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AGRESSÃO

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- É considerado agressão todo o tipo de comportamentos que visa causar danos físicos ou psicológicos a alguém e é onde se reflete a intenção de destruir. A agressão pode assim ser classificada em relação a diversos aspetos, dos quais se revelam a intenção do sujeito, o alvo da agressão e a sua forma de expressão.
Os tipos de agressão quanto à intenção do sujeito são a agressão hostil e a agressão instrumental.
- Agressão hostil é um tipo de agressão emocional e geralmente impulsiva. É um comportamento que visa causar danos ao outro, independentemente de qualquer vantagem que possa obter. Por exemplo: um condutor bate propositadamente na traseira de um automóvel só porque este o ultrapassou.
- Agressão instrumental é um tipo de agressão que visa a um objetivo, que tem por fim conseguir algo independentemente do dano que possa causar. Normalmente é planeada, logo não é impulsiva. Por exemplo, num assalto a finalidade é obter o dinheiro, a agressão que possa surgir durante o assalto é subproduto da ação.
Já os tipos de agressão quanto ao alvo podem ser classificados em agressão direta, deslocada e em autoagressão
- Na agressão direta o comportamento agressivo dirige-se à pessoa ou ao objeto que justifica a agressão. Como por exemplo, a criança que agride o colega que lhe tirou o brinquedo.
- Na agressão deslocada o sujeito dirige a agressão a um alvo que não é responsável pela causa que lhe deu origem. Por exemplo, a educadora está presente e a criança não pode agredir o colega que lhe tirou o brinquedo, ou seja, em vez de agredir o colega dá um pontapé na parede.
- Autoagressão: o sujeito desloca a agressão para si próprio. Por exemplo, quando os pais recusam comprar um brinquedo ao filho e este não almoça.
Nos tipos de agressão quanto à forma de expressão temos a agressão aberta, dissimulada e inibida.
- A agressão aberta pode-se manifestar pela violência física ou psicológica e é explícita. Temos como exemplos espancamento, humilhação e ataques à autoestima.
- A agressão dissimulada recorre a meios não abertos para agredir. Tais como o sarcasmo e o cinismo.
- Por fim, na agressão inibida o sujeito não manifesta agressão para o outro, mas dirige-a contra si próprio, ou seja, “guarda-a” só para ele, através de, por exemplo, o sentimento de rancor.
Pelo ponto de vista da genética podemos concluir que ainda não há consenso sobre a existência de genes para agressão e mesmo sobre doenças genéticas que possuam a agressividade como característica de doenças, a exemplo da Síndrome XYY e Epilepsia do lobo temporal, especialmente quanto à determinação genética dessa última. As gêneses da sociopatia e de personalidades sádicas e agressivas têm que ser consideradas de natureza multifatorial, envolvendo tantas características da origem psicossocial como biológica.
Quanto à origem da agressividade temos 4 conceções, a conceção de Freud, de Lorenz, de Bandura e de Dollard.
Para Freud a agressão teria origem numa pulsão inata, a pulsão da morte. Os comportamentos agressivos seriam explicados por uma disposição instintiva e primitiva do ser humano. Segundo este a agressividade teria uma origem biológica. Seria uma energia que tem de ser descarregada e uma das principais funções da socialização e das regras de organização social é tentar reprimir esta pulsão destrutiva.
Para Lorenz a agressividade humana estava programada geneticamente, sendo desencadeada em determinadas situações.
O ser humano não teria os mecanismos reguladores de agressividade como os animais, o que explicaria as guerras.
Para Bandura o comportamento agressivo era apreendido por observação e imitação de modelos. A criança, no seu processo de socialização, imitaria comportamentos dos modelos, como dos pais, dos professores e dos pares, incluindo os comportamentos agressivos (Aprendizagem Social/Modelação).
Para Dollard a agressão é explicada pelo facto de um sujeito ter sido frustrado, isto é, existiria uma ligação inata entre um estímulo – a frustração – e o comportamento de agressão. A agressão funcionaria como um meio de afastar tudo o que impedisse o sujeito de atingir os seus objetivos.
 
Analisar criticamente estas teorias.
As conceções acerca da origem da agressão dividem-se entre aquelas que a consideram um comportamento inato à nossa condição de animal (origem orgânica) e as que a consideram um comportamento apreendido da sociedade (origem intelectual).
Há efetivamente no Homem algumas características fisiológicas direcionadas para a agressão, como as glândulas suprarrenais, o sistema nervoso simpático, o hipotálamo e algumas partes do sistema límbico. No entanto, a existência destas estruturas não é sinónimo de total programação para a agressão.
Apesar de haver tais componentes biológicos e bioquímicos que permitem a agressividade, o ser humano é flexível e possui plasticidade cerebral, podendo, por isso, mudar os seus comportamentos e não ceder à animalidade. Por isso, é impossível negar a influência do contexto social, da aprendizagem, do processo de socialização, das experiências vividas e do carácter da pessoa na estimulação ou inibição da agressão em dadas situações. Só assim seria possível que duas pessoas na mesma situação possam ter comportamentos totalmente díspares no que respeita à agressão.
 
Fatores que induzem à agressão:
Mecanismos biológicos
– Existem hormonas e outras substâncias que, circulando no sangue, afetam o sistema nervoso ativando e inibindo a expressão de agressividade. Apesar disto não se pode afirmar que a agressividade seja transmitida por hereditariedade.
Álcool
– Vários estudos apontam para uma relação entre a embriaguez e a violência. Por razões de ordem biológica, social e psicológica, o álcool desencadeia respostas mais agressivas às provocações.
Temperatura
– De acordo com algumas estatísticas dá-se um aumento da violência doméstica e de crimes mais violentes no Verão, em comparação com o Inverno, e nos dias de mais calor. Em testes laboratoriais, as pessoas reagem mais violentamente às provocações quando expostas a temperaturas mais elevadas.
Cultura
– Oatley defendeu, nos anos 90, que as culturas individualistas eram mais agressivas do que as coletivistas. Numa sociedade onde a violência é valorizada, os indivíduos tendem a ser mais agressivos. As notícias, a banalidade com que se exibem armas, a falta de realismo ao retratar o sofrimento das vítimas, os filmes e séries violentas, o comportamento agressivo dos heróis, são fatores que influenciam os comportamentos agressivos.
Podemos apontar outros fatores: experiências negativas, provocações, insultos e as humilhações que, afetando a autoestima, motivam condutas agressivas.

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