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Distúrbios de Aprendizagem

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Distúrbios de Aprendizagem
1) Comente como para Piaget, a epistemologia genética objetiva explicar a continuidade entre processos biológicos e cognitivos, sem tentar reduzir os últimos aos primeiros, o que  justifica, e ao mesmo tempo delimita, a especificidade de sua pesquisa epistemológica.
2) O termo definido por Schein (1984) como uma "tendência de suposições fundamentais que determinado grupo tem desenvolvido na aprendizagem para resolver seus problemas de adaptação externa e integração interna, e que tem trabalhado suficientemente bem para ser ensinada para os outros membros como o caminho correto de perceber, pensar e sentir". Descreva sobre.
3) O Ministério da Educação busca assegurar às pessoas com deficiência física e sensorial condições básicas de acesso ao ensino superior. Desse modo, o psicólogo, enquanto parte de uma instituição de ensino superior, deve estar preparado para atender esse grupo de pessoas. Relate quanto os direitos e deveres.
4) Segundo Philippe Ariès, a aprendizagem social deixou de se realizar por meio do convívio direto com os adultos, sendo substituída, a partir do século XVII, enfoque por qual tipo de educação?
Texto resposta
 A Epistemologia Genética é a teoria desenvolvida por Jean Piaget, e consiste numa síntese das teorias então existentes, o apriorismo e o empirismo. Piaget não acredita que o conhecimento seja inerente ao próprio sujeito, como postula o apriorismo, nem que o conhecimento provenha totalmente das observações do meio que o cerca, como postula o empirismo. O conhecimento é desenvolvido através de 4 fases.
 Para Piaget, o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes no sujeito. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com os objetos.
 Jean Piaget coordenou projetos de pesquisas, que deram base à compreensão contemporânea do desenvolvimento infantil. Piaget estava interessado em investigar como o conhecimento se desenvolvia nos humanos. Piaget fez sua formação inicial em Biologia e por isso alguns conceitos desta disciplina influenciaram sua teoria e descobertas sobre o desenvolvimento infantil.
 Na concepção piagetiana, a aquisição de conhecimento só ocorre mediante a consolidação das estruturas de pensamento e, portanto sempre se dá após a consolidação do esquema que a suporta, da mesma forma a passagem de um estágio a outro depende da consolidação e superação do anterior.
 Para Piaget, o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições de um período sejam necessariamente integradas nos períodos posteriores.
 Segundo Schein a respeito da cultura organizacional, cultura tem um significado bem abrangente, e em uma sociedade ele pode ser delimitado como as relações entre certos grupos. A sociedade em que vivemos contém diversos grupos e cada grupo contém uma forma diferente de se relacionar, se comunicar e aprender entre si. 
 Com isso, afirmamos que o homem se constitui na relação de mediação com o social, relação em que homem e sociedade vivem a tensão constante de serem diferentes, opostos, mas de se constituírem mutuamente.
 Assim, indivíduo e sociedade vivem uma relação na qual se incluem e se excluem ao mesmo tempo. 
 Atualmente, está cada vez mais comum se deparar com pessoas com deficiência exercendo ações nas mais diferentes áreas. A cada ano fica mais fácil perceber que apresentar uma deficiência não é sinônimo de limitação, mas sim de superação.
 A política geral do governo abrange os cidadãos com deficiência e garante que: “às pessoas com deficiência assiste o direito inerente a todo e qualquer ser humano de ser respeitado, sejam quais forem seus antecedentes, natureza e severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos direitos que os outros indivíduos da mesma idade, fato que implica desfrutar de vida decente, tão normal quanto possível”. (Art. 3º da Declaração dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência).
 Para que as pessoas com deficiência possam ter liberdade de ir e vir e se sentir parte da comunidade, elas necessitam de um meio físico adequado e que garanta segurança e acesso. O direito a acessibilidade está descrito nas Leis 10.098/00 - regulamentada através do Decreto 5.296/04 - e 10.048/00 que prevêem a adequação das vias e de espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios, nos meios de transporte e de comunicação e do acesso a informação.
 Para que a inclusão social das pessoas com deficiência tenha êxito é necessário que as atitudes e que a visão da sociedade mudem, bem como as das pessoas com deficiência sobre si mesmas e sobre o mundo ao seu redor. Todos devem agir e contribuir para o bem comum e para a construção de uma sociedade inclusiva.
 As pessoas com deficiência são cidadãos e fazem parte da sociedade, e esta deve se preparar para lidar com a diversidade humana.
 Phillipe Ariès, em seus estudos, observou que a indistinção entre adultos e crianças.
Entretanto, já desde o século xvii aconteceu uma distinção entre as atividades praticadas por adultos (mais elaboradas) e as praticadas pelas crianças e pessoas pertencentes ao povo pobre. Dessa maneira podemos afirmar que a consagração do adulto honrado e civilizado em distinção ao povo pobre e rude, favoreceu também a distinção do adulto em relação à criança, pela expectativa social produzida ao longo destes séculos em relação aos hábitos, costumes e comportamentos de um adulto civilizado, ou ainda a sua capacidade plena de autocoerção. 
 Mas a condição de ser adulto civilizado, distinto das camadas pobres e rudes, foi sendo elaborada não somente a partir das necessidades sociais de distinção de classes, mas também a partir da elaboração das prescrições de educação civilizada das crianças. Conter emoções em relação a ela, aplicarlhes castigos e ensinamentos morais, acompanhar o seu desenvolvimento, além das fortes críticas ao seu abandono e as orientações para que as famílias assumissem a responsabilidade pelo seu cuidado, foram ações e ideias que consolidaram a produção de um novo lugar do adulto. Destaca-se, por exemplo, a organização da família nuclear e produção do padrão de comportamento da mulher adulta civilizada, ou seja, aquela que deve saber e assumir de modo esclarecido e consciente sua nova condição de mulher: ser mãe de família e esposa dedicada. Nesse contexto, ocorreram significativas alterações na dinâmica relacional não somente entre ricos e pobres, mas especialmente entre adultos e crianças e homens e mulheres, interferindo radicalmente em suas relações de interdependência. No caso das relações entre as gerações infantil e adulta, observa-se um maior desequilíbrio de poderes. 
 Na medida em que se tem, por um lado, maior conhecimento do desenvolvimento biológico e psicológico das 26 Educar na infância crianças e, de outro, maior sofisticação nos aparatos legais de organização da sociedade, ocorreu uma ampliação da dependência funcional das crianças em relação aos adultos e dependência social das crianças em relação ao Estado e a diferentes instituições, com destaque aqui para a escola.
 Dessa maneira, podemos dizer que a constituição da infância civilizada se fez em meio às alterações das funções sociais dos adultos, à racionaliza- ção das atitudes e à produção de expectativas sobre o lugar do futuro adulto. Quando os adultos foram deixando, aos poucos, de perceber a criança no seu presente como um “adulto em miniatura”, projetaram-na para o futuro, sendo a infância interpretada como um tempo de construção do futuro num contexto de reelaboração dos sentimentos da passagem do tempo e de elaboração da noção de previsibilidade.
 Compreendendo o tempo como um símbolo cultural e uma produção histórica, é o próprio tempo uma experiência de coerção externa e autocorreção. Tal experiência é fruto de aprendizagem social e componente do processo civilizador que se conformou lentamente em um habitus social. Envolve a individualizaçãoda regulação social do tempo e o desenvolvimento do sentimento de passagem do tempo como referência ao curso da vida individual e das transformações da sociedade.
Referencias
VEIGA, Cynthia G. Educar Na Infância Perspectivas Histórico – sociais, As crianças na história da educação. Editora Contexto, São Paulo, 2010 p.
SATO, Leny; JACO-VILELA, Ana Maria. Diálogos Em Psicologia Social. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. Rio de Janeiro, 2012, p 482.
TETRABAN. Cartilha Direitos E Deveres. Disponivel em: <http://www.Tetraban.org.br,cartilhadireitosedeveres> . Acesso em 19 de ago. 2017.

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