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Escola de Chicago

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TEORIA ECOLÓGICA / ESCOLA DE CHICAGO[1: Texto adaptado, a partir de dois outros textos disponíveis na web, comparados com a literatura científica da área. Parte do texto pode ser encontrado em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4240/67/ulfl085099_tm_2_introd_criminologia.pdf ]
Provocação inicial
A Escola de Chicago se destaca como teoria posterior a dois paradigmas já estudados: o da Escola Clássica (Humanista) e o da Escola Etiológica (Positiva).
Na Escola Clássica é que se dará a primeira reflexão rigorosa (mas não científica) acerca do direito penal, debate este que irá propor uma humanização do sistema. Já a Escola Positiva se destacará por ser a primeira tentativa de dissertar sobre as causas do crime a partir de uma perspectiva científica. 
Enquanto a primeira foca no problema da arbitrariedade das decisões judiciais (os juízes tinham liberdade para fixar a pena, que não tinha o seu mínimo e máximo estabelecido em lei), na desproporcionalidade da pena e barbárie do cárcere, a segunda escola se concentrará em analisar a pessoa do infrator, concluindo que se trata de um fator endógeno, inerente à condição do infrator, um fator atávico, um problema no processo evolutivo, que não proporcionou ao infrator aqueles mecanismos biológicos inibidores ou controladores dos impulsos criminosos (o criminoso não tem consciência moral, sensibilidade à dor, controle sobre impulsos de violência, etc.).
Para a primeira teoria (Escola Clássica), o infrator comete crimes por puro ato de escolha. Sendo assim, a pena deveria servir como um mecanismo usado para dissuadir o eventual infrator. O que inibe o crime não é uma pena alta, antes, é o sentimento de que haverá seguramente uma punição a cada crime cometido.
Já para a Escola Positiva, uma vez que a índole criminosa é inata (no caso do criminoso nato), a pena é um mecanismo de controle do crime, ou seja, não tem relação com eventual ressocialização. Ela serve para retirar do convívio social uma pessoa que não tem cura.
A teoria a ser estudada aqui será a Teoria Ecológica (ou Escola de Chicago). Esta teoria continuará perguntando: “por que o infrator comete crimes?”. Centralizará sua pesquisa nas causas do comportamento criminoso, a fim de tentar encontrar formas de controle desta criminalidade. No entanto, diverge das duas escolas anteriores: o crime não é o mero resultado de escolhas livres nem tampouco é uma determinação biológica inescapável. O crime é o resultado de uma influência cultural e comportamental exercida pelo ambiente em que a pessoa vive.
Em outras palavras, esta teoria propõe uma causa intermediária: o ser humano não é completamente livre nem é completamente determinado por fatores alheios à sua vontade. Ele é influenciável pelo ambiente. A alteração positiva do ambiente pode, portanto, resultar em uma diminuição da criminalidade.
Antes de adentrar na teoria, vejamos um exemplo concreto: crianças que crescem em meio a traficantes de drogas não são invencivelmente determinadas a entrarem para o crime. Mas também não estão completamente livres da influência dos traficantes, que no contexto, acabam por representar os heróis da vila. Crescendo neste ambiente, a criança pode “aprender” a admirar o criminoso como uma espécie de herói e a ver as autoridades de segurança pública como “inimigos”. Na medida em que cometerem atos infracionais e serem elogiados por estes atos pelos adultos inseridos no crime, um sistema de valores invertido se desenvolve nesta criança, iniciando, eventualmente, a carreira criminal. Se a mesma crescesse e se desenvolvesse em outro ambiente (em uma família cuidadosa ou em um ambiente religioso, por exemplo), suas escolhas seriam majoritariamente diferentes. Não significa que ela não tenha liberdade de escolhas, antes, que esta liberdade está diminuída pelo número de influências que este ambiente proporciona. O ser humano é influenciável. Um ambiente criminógeno tem um poder de influência maior do que um ambiente saudável.
Um ambiente ruim pode ser caracterizado por aquele onde o crime organizado se manifesta livremente, ao lado de uma desigualdade social gritante, em um contexto onde falta infraestrutura no bairro, impera uma ausência de segurança pública, ausência de escolas e clubes desportivos, de postos de saúde, de igrejas e associações de bairro, entre outros elementos que proporcionariam um ambiente mais saudável e pedagógico para as crianças formarem suas identidades e autoestima, bem como projetos de vida. As chances das crianças neste ambiente tomarem escolhas erradas são diferentes daquelas que vivem em ambientes saneados pela contínua presença de controle e estímulos positivos.
CONTEXTO DA ESCOLA DE CHICAGO
Chicago foi uma das cidades norte-americanas que mais recebeu imigrantes, sendo que em 1890 passou a ser a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos. Por conta desse aumento demográfico a cidade passou por um processo de crescimento extremamente acelerado sem que possuísse uma estrutura adequada que a sustentasse, principalmente no que se referia à questão da moradia. 
As pessoas que mais sofreram com esse problema foram justamente os imigrantes que, marginalizados, acabavam se instalando em locais pequenos, insalubres, dando origem aos cortiços, que mais tarde viriam a se tornar os guetos. A gangue, ao lado do cortiço, também é outro fenômeno mencionado como originário da grande cidade. 
Essa explosão populacional foi acompanhada do crescimento da criminalidade. Como ressalta Klineberg, Chicago em 1916, com somente um terço da população de Londres, apresentava 105 assassinatos contra 9 em Londres. Tal paralelo gerou muitas teorias a respeito da correlação entre as raças dos imigrantes e o crime, tanto que Morrison atribuiu o alto índice de criminalidade na América “à hospitalidade sem limites de suas costas”.
Muitos estudiosos defendiam a criminalidade racial, sustentados por dados estatísticos altamente manipulados para tal fim. A Comissão de Imigração, em 1910, realizou um cuidadoso estudo e conclui que os estrangeiros apresentavam menores índices de prisões e condenações . Em 1915, a Junta do Conselho sobre o Crime da cidade de Chicago chegou à mesma conclusão. 
A Escola de Chicago
A Universidade de Chicago foi fundada em 1892 graças ao esforço do magnata J.D. Rockefeller e de W.R. Harper, seu primeiro Reitor. Este contou, desde a sua criação, com um elevado número de figuras da ciência norte-americana da época e converteu-se de imediato num centro académico de enorme influência. Nesta Universidade foi criado, nesse mesmo ano, o primeiro Departamento de Sociologia dos Estados Unidos, que veio a ter, algum tempo depois, uma marcada influência na consagração, orientação e desenvolvimento da Criminologia, especialmente naquele país, graças, entre outras coisas, à presença de sociólogos como Park, Burgess, E. Faris, Ogburn, Wirth (geralmente incluídos na chamada segunda geração) e, sobretudo, Thomas – que teve uma influência decisiva devido a propostas teóricas de carácter sociológico, como o conceito de desorganização social; e metodológicas empíricas, sobretudo o seu desenvolvimento das histórias de vida. (...)
Um dos pontos principais a destacar é que a Escola de Chicago promoveu de forma decisiva o método científico – enfatizando a teoria, a observação e a objetividade – no estudo do comportamento social e humano, perante uma tradição em que a abordagem predominante continuava a ser mais especulativa.(...) Foi praticamente com ele que se criou a Sociologia Empírica nos Estados Unidos.
A orientação da Escola de Chicago incluía uma forte preocupação pela melhoria das condições sociais: pela utilização da investigação científica para implementar programas de política social que melhorassem as condições de vida das pessoas.
Isto deveu-se, sem, dúvida, a um espírito otimista – que, mais à frente, foi um dos responsáveis pelo surgimento da Sociologia na Europa e nos Estados Unidos – e ao facto de a própria ideia que presidiu à fundação da Universidade ter sidofilantrópica e religiosa, mas também à forte influência do chamado Pragmatismo americano. (...)
*** O que é o Pragmatismo? É uma corrente filosófica diversificada, que tem orientação empírica que julga uma teoria a partir dos resultados que ela produz. A teoria é boa se ela é capaz de alterar a realidade que se investiga. Neste sentido, uma boa teoria criminológica é aquela capaz de promover intervenção e controle da criminalidade.
A orientação da Escola foi decididamente sociológica. Embora não excluísse de maneira absoluta eventuais influências biológicas no comportamento humano e por vezes, inclusivamente, insistisse na ideia de que se tratavam de perspectivas diferentes, a verdade é que não considerou que a Biologia fosse muito prometedora para a explicação deste. Outras doutrinas influentes na época, como a dos instintos – de orientação psicológica – também sofreram uma rejeição. 
A Sociologia da Escola de Chicago foi o Interacionismo simbólico, desenvolvido, originariamente, também por pensadores com Dewey, Cooley e, sobretudo, Mead.
Esta perspectiva prende-se com a importância que a sociedade tem para as pessoas; estas movem-se em grupos mais ou menos pequenos e íntimos, comunicam e interagem entre elas através da linguagem; e é precisamente essa interação que influencia a sua personalidade e conduta. A imagem que uma pessoa tem de si mesma, do mundo em que vive e, em geral, das situações que se lhe apresentam e que se formam principalmente a partir das concepções dos outros. 
Por exemplo, alguns autores relacionados com a teoria da rotulagem sugeriram que, se um jovem for detido, isso pode fazer com que o mesmo se sinta um delinquente e que, quando liberto, atue como tal – de modo que, por vezes, as detenções e, sobretudo, as penas privativas da liberdade podem dar origem a efeitos contraproducentes nos jovens. 
Efetivamente, a noção que qualquer um tem de si mesmo forma-se da intersecção com os outros: da reação que uma pessoa provoca e da concepção que os outros têm dele. Também a interação que uma pessoa tem consigo mesma é decisiva, tanto quando dialogamos internamente como quando observamos os nossos próprios comportamentos. A consequência disso é que cada um atuará de uma forma ou de outra dependendo de como defina a situação em que se encontre. Outras duas consequências básicas são que o ser humano é muito flexível e, portanto, susceptível a mudanças e, também, que pode adoptar uma posição ativa nas suas ações.
Metodologia - Dada à importância, tanto desta complementaridade como dos avanços nos métodos quantitativos que trouxe, a Escola de Chicago cultivou com especial dedicação e êxito as metodologias qualitativas. Esta orientação é especialmente coerente com o Interacionismo simbólico, defendendo que as pessoas interagem entre si e aquilatando como se definem as situações, como cada qual responde às interpretações despertadas nos outros e, por fim, que implicações tem a experiência particular das pessoas. Tudo isto dificilmente pode ser reduzido a quantificações, fazendo parte do mundo da compreensão.
O método da observação participante, na qual o investigador convive com o grupo humano que quer conhecer e descrever, foi o seguido. Em vez de se prenderem em bibliotecas (como teólogos e filósofos costumavam fazer), os estudiosos desta escola faziam suas pesquisas no ambiente social, efervescente, onde a vida ocorre.
A Ecologia Humana
Efetivamente, embora a Escola de Chicago tenha tratado um elevado número de assuntos de relevância sociológica, não há dúvida que destacou graças aos seus estudos ecológicos urbanos, especialmente no que diz respeito à área da criminalidade.
Durante os anos de esplendor da Escola, e inclusivamente antes, muitas cidades norte-americanas, especialmente Chicago, receberam verdadeiras ondas de imigrantes oriundos da Europa, convertendo-se em autênticos formigueiros submetidos a mudanças vertiginosas. Tudo isto despertou um enorme interesse científico pelo estudo da cidade e converteu Chicago numa espécie de enorme laboratório. Partindo de uma abordagem semelhante à que tinha sido utilizada no estudo das plantas, defendia o estudo da Ecologia Humana, que estuda as relações dos seres humanos com o seu meio, mais concretamente as relações que as pessoas têm no seu habitat urbano.
Efetivamente, na cidade intervêm uma série de forças naturais que têm tendência para criar uma ordem típica na sua população e instituições; em resultado destas forças tende a formar-se o que Park chamou áreas naturais – portanto, diferentes das divisões administrativas das cidades em bairros ou zonas, por exemplo -, que acolhem um grupo social natural e que apresentam características específicas.
É verdade, do ponto de vista sociológico, que todas as cidades têm um forte carácter dinâmico e estão submetidas a fortes conflitos e a mudanças constantes, que são muito mais rápidos e profundos com a chegada maciça de imigrantes. 
Assim sendo, as áreas naturais nascem a partir da segregação e seleção de determinados grupos de pessoas: por exemplo, os menos bem instalados – normalmente os imigrantes acabados de chegar – terão tendência para ocupar as zonas mais desfavorecidas da cidade, visto que só podem viver onde a rendas das casas são mais baratas.
Teoria das Zonas Concêntricas
Efetivamente, Burgess observou que as cidades tinham tendência para ordenar-se idealmente formando círculos concêntricos: 
a zona central (Zona I) estava, na maioria das cidades americanas daquela época, ocupada pelo centro de negócios e centro industrial;
os de menos posses ocupavam a zona localizada que rodeava o centro, chamada Zona em Transição (Zona II);
e conforme os círculos se iam afastando do centro, as zonas iam sendo mais confortáveis e habitadas por grupos economicamente mais favorecidos, como operários que não queriam viver longe do seu local de trabalho (Zona III)
e outras pessoas mais bem posicionadas (Zona IV); 
e, finalmente formavam-se, no último círculo concêntrico, os bairros residências (Zona V).
Depois comprovou-se que a criminalidade e muitos outros problemas sociais não se distribuíam aleatoriamente pela cidade, mas tinham tendência para se concentrar nas mesmas áreas, mais concretamente na zona de transição.
O estabelecimento definitivo destes achados contribuiu para a técnica de colocação de pontos de tinta em mapas, por exemplo, no local de residência de um delinquente juvenil. Desde o início que estes estudos indicavam que isso não parecia ser resultado de que determinados tipos de pessoas – como podem ser os criminosos ou os esquizofrénicos – tivessem ido para lá viver inevitavelmente, mas porque tinham dificuldades económicas e isso empurrava-os para as referidas zonas onde muitas vezes nasciam e viviam grande parte das suas vidas. 
A Teoria das Zonas Concêntricas (ou teoria da Desorganização Social)
Um dos estudos mais impactantes elaborados na linha da teoria ecológica da Escola de Chicago é o de Shaw e MacKay. Reconhecendo investigações muito anteriores às deles, estes autores estabeleceram, como acabamos de ver, que os criminosos não se distribuem de maneira uniforme pelas cidades, mas centram-se em determinadas zonas das mesmas. Efetivamente, os criminosos procediam principalmente das zonas adjacentes ao centro industrial e de negócios, e desta mesma zona central. Esta concentração ia diminuindo conforme as áreas residências se iam afastando do centro. (...)
Tratava-se, mais concretamente, de áreas caracterizadas por estas três seguintes particularidades:
Um status socioeconómico baixo – muitas famílias recebiam subsídios, os seus rendimentos médios eram baixos, poucos eram proprietários das suas residências.
Uma mobilidade da população alta – ou seja, a população tinha tendência a mudar-se e, portanto, esses mesmos grupos não ficavam muito tempo no mesmo lugar e a população tinha tendência para baixar. Isto fazia com que as referidas zonas se caracterizassem por um alto grau de deterioração física,como as explorações industriais já mencionadas, edifícios demolidos ou danificados e, portanto, pouco atraentes para nelas se viver -; e
Concentração de grupos pertencentes a minorias – sobretudo imigrantes e pessoas de cor, o que fazia com que houvesse uma certa heterogeneidade.
As zonas com um elevado número de criminosos mantêm-se ao longo do tempo, mesmo que os seus habitantes mudassem: «em geral, as áreas com altos índices de criminalidade, por volta de 1900, eram as áreas de altas concentrações também várias décadas depois». 
Os mesmos autores constataram, igualmente, que nas mesmas zonas se concentravam outros problemas sociais de forma desproporcionada: crianças que faltavam às aulas na escola, jovens delinquentes, mortalidade infantil, tuberculose e doenças mentais, de modo que também estes problemas se encontravam intimamente relacionados, bem como a criminalidade, com as condições do bairro – muito mais que com as características dos seus habitantes. 
Estes dados foram corroborados para outras cidades americanas. É fundamental destacar que os motivos pelos quais a cidade se desenvolve deste modo, criando as condições ideais para que existam comportamentos desviados e criminosos, são as forças ecológicas que se encontram fora do alcance dos seus habitantes, forças que a Escola de Chicago já vinha a estudar quase desde o seu início.
É de destacar, em especial, a descoberta seguinte: Os novos imigrantes, conforme iam chegando ao país, tendiam a concentrar-se nas áreas mais desfavorecidas e com maior criminalidade da cidade: mas, pouco a pouco e com o passar do tempo, todos os grupos de imigrantes conseguiam sair daquelas zonas para se estabelecerem noutras melhores, sendo substituídos por novas vagas de recém-chegados imigrantes. Conforme iam abandonando estes bairros, baixava vertiginosamente o número de detenções e comparências no Tribunal de Menores, efetuadas pela suposta prática de crimes, de que estes grupos eram protagonistas: «os descendentes dos primeiros grupos de imigrantes que saíram das áreas de índices mais altos não comparecem a Tribunal de Menores em grande número».
Deste modo, a possível relação entre imigração e crime desaparecia: a causa não estava nas características das pessoas, mas no lugar que ocupavam na cidade. Os que partiam abandonavam o crime, mas eram substituídos, conforme iam chegando, por outros imigrantes. O mesmo acontecia com os jovens de cor: tendiam a delinquir menos quanto mais se afastassem do centro.
Pelo facto de existirem grupos nacionais e raciais diferentes, é difícil que nestas comunidades se reconheça um conjunto de valores, interesses e normas semelhantes. Quando isto não existe, duas consequências se formam:
torna-se muito difícil que um grupo possa organizar-se para controlar o crime de uma forma efetiva;
da mesma forma, os residentes desejam abandonar rapidamente esta área, e acabam por não se empenhar em construir ou a apoiar instituições sociais como a escola, que por sua vez carecem de dinheiro, meios e conhecimentos, encontrando-se assim isoladas, e outras vezes as instituições, nestas condições, dificilmente podem construir meios eficazes de controle.
Em outras palavras, não se desenvolve nestes ambientes o “controle social informal” da criminalidade (vigilância comunitária, escolas, associações de bairro, igrejas, famílias fortes, etc.).
Contudo, a preocupação básica, especialmente de Shaw, era essencialmente a prevenção do crime e não a explicação etiológica do mesmo. (...) A melhor maneira de prevenir o crime passaria por reorganizar socialmente as zonas mais desfavorecidas da cidade, bairros onde os criminosos se concentravam desproporcionadamente. (...) As estratégias eram variadas e incluíam a promoção de programas recreativos e desportivos, a abertura de campos de férias ou a atribuição de trabalhadores sociais a grupos de jovens, etc.
Quais as principais propostas para controle da criminalidade por parte da escola de Chicago? 
Proposta sempre visando a prevenção: mudança nas condições econômicas e sociais das crianças;
Programas que envolvam recursos humanos junto à comunidade, para reconstruir a solidariedade social e aproximar os homens no controle da criminalidade; 
Programas envolvendo pessoas marginalizadas, como desempregados e prostitutas;
Intensificação na formação sociocultural;
Melhoria das residências, conservação físicas dos prédios e melhoria sanitária das condições de alguns bairros;
Mudou o paradigma etiológico (causa individual do comportamento criminoso) para o ecológico (influência do meio ambiente). 
Indicação de Filmes – para quem desejar adentrar no contexto das escolas trabalhadas, recomendo que vejam os filmes a seguir:
Escola Clássica: 
Fantasmas de Goya (2005) - Frei Lorenzo, membro da inquisição espanhola, tenta pagar um favor ao General prendendo a musa do artista Francisco Goya. Mas o plano falha quando o pai rico da moça captura e tortura o Frei.
Escola Positiva: 
Os Miseráveis (1998) - Na França do século 19, o ex-prisioneiro Jean Valjean, perseguido ao longo de décadas pelo impiedoso policial Javert por ter violado sua liberdade condicional, busca redenção pelo seu passado e decide acolher a filha da prostituta Fantine.
Escola de Chicago: 
Cidade de Deus (2002) - Nas favelas do Rio de Janeiro dos anos 1970, dois rapazes seguem caminhos diferentes. Buscapé é um fotógrafo que registra o cotidiano violento do lugar, e Zé Pequeno é um ambicioso traficante que usa as fotos de Buscapé para provar como é durão.
Gangs de Nova Yorque (2002) - William Cutting é o líder de uma gangue violenta na Nova York do século XIX que confronta seus rivais. Um jovem imigrante irlandês jura se vingar do perverso gângster que matou seu pai, mas está dividido entre a sede de vingança e um fascínio pelo carismático Cutting.

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