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RECURSO+DE+REVISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
Processo nº ______/______
JONAS FAGUNDES, devidamente qualificado nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, na reclamação trabalhista proposta em face de LOJAS MENSA LTDA, inconformada com o venerando acórdão de folhas __, vem tempestiva e respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor
RECURSO DE REVISTA
com fulcro no artigo 896, alínea "a" da CLT, de acordo com as razões em anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região, seguindo em anexo os comprovantes das custas e depósito recursal, devidamente recolhidos.
A matéria abordada nas razões está devidamente prequestionada, conforme Súmula 297 do TST.
O presente recurso está em consonância com a transcendência descrita no artigo 896-A da CLT.
O presente recurso está de acordo com a Instrução Normativa nº 23/03.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Florianópolis – SC, (Data)
Advogado
OAB/UF nº ____
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
Origem: __ Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.
Processo nº ____/____
Recorrente: Jonas Fagundes
Recorrido: Justiça Pública
Egrégio Tribunal Superior do Trabalho!
Colenda Turma!
Eméritos Julgadores!
1- RESUMO DA DEMANDA
Em acórdão o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho de 12ª Região, negou provimento ao reconhecimento da multa disposta no Art. 477, § 8º, da CLT, alegando que para que a multa em questão seja aplicável, é necessário que haja atraso no seu pagamento. Dessa forma, tendo a relação de emprego sido reconhecida somente em juízo, não houve atraso no pagamento das verbas rescisórias.
Assim, o r. acórdão ousou discordar do disposto na Súmula nº 462, do TST, dando provimento ao Recurso Ordinário Adesivo, a fim de que o pedido de pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, seja julgado improcedente.
2- DO CABIMENTO DE RECURSO DE REVISTA
O presente recurso no que tange em sua matéria, já foi prequestionada, conforme Súmula 297 do TST, ou seja, a recorrente buscou reformar de todas as maneiras legais o venerando acórdão de folhas ___. Só restando o Recurso de Revista para o reexame da matéria.
Nesta esteira, a transcendência do artigo 896-A da CLT, está respeitada, tendo em vista que a matéria não está pacífica neste Tribunal, acarretando insegurança jurídica para as partes.
Ressalta-se ainda que o presente recurso de revista está em conformidade com a Instrução Normativa nº 23/03 em todos os seus aspectos.
Por derradeiro, cumpre ressaltar a este Douto Tribunal, que o preparo foi devidamente recolhido pela recorrente e o recurso é tempestivo.
Diante dos pressupostos recursais preenchidos, abaixo será abordado o mérito da ação.
3 - DOS MOTIVOS QUE O VENERANDO ACÓRDÃO.
3.1- DO PROVIMENTO DA MULTA DO ART. 477, § 8º, da CLT.
O venerando acórdão, negou provimento ao pedido de pagamento da multa prescrita no Art. 477, § 8º, da CLT, tendo a seguinte decisão:
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
[...] A reclamada também se insurge contra a condenação ao pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT. 
Razão lhe assiste. 
No caso em tela, houve o reconhecimento judicial do vínculo empregatício. Todavia, para que a multa em questão seja aplicável, é necessário que haja atraso no seu pagamento, conforme disposto no art. 477, §6º, da CLT. Tendo a relação de emprego sido reconhecida somente em juízo, não houve atraso no pagamento das verbas rescisórias.
Diante do exposto, ouso discordar do disposto na Súmula nº 462, do TST, dando provimento ao Recurso Ordinário Adesivo, a fim de que o pedido de pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, seja julgado improcedente. [...]
Ocorre que o venerando acórdão desrespeitou a Súmula jurisprudencial nº 462, do TST, dando origem a presente ação, na qual assegura:
Súmula nº 462 do TST
multa do art. 477, § 8º, da clt. incidência. reconhecimento JUDICIAL DA RELAÇÃO DE EMPREGO (Republicada em razão de erro material) - DEJT divulgado em 30.06.2016
A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em juízo não tem o condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando, comprovadamente, o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias.
3.2 – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
Ademais, o r. Acórdão também não reconheceu o direito do reclamante ao adicional de periculosidade, discordando, portanto do art. 193, §4º, da CLT, conforme na íntegra:
[...] Insurge o trabalhador em face da sentença também no que diz respeito ao adicional de periculosidade pelo uso de motocicleta.
Todavia, corroboro do entendimento consubstanciado na decisão de primeiro grau. O art. 193, §4º, da CLT, somente deve ser aplicado àqueles casos em que o trabalhador de fato passa todo o trabalho na motocicleta, o que não é o caso do recorrente, que apenas a utilizava para se deslocar de um cliente para outro. Assim, não estava suscetível aos mesmos riscos do que, por exemplo, um motoboy. 
O fato de realizar 4 (quatro) ou 5 (cinco) visitas a clientes a cada dia de trabalho não é suficiente para caracterizar risco passível de deferimento do adicional de periculosidade. 
Dessa forma, nego provimento ao Recurso Ordinário.
Ocorre que o trabalhador laborava durante 44 horas semanais, utilizando-se da motocicleta para chegar ao destino para a montagem dos móveis, expondo-se a riscos e perigos. 
Desta forma, requer a reforma do venerando acórdão de folhas ___, reconhecendo o direito da reclamante e impondo a reclamada o pagamento da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT e ao adicional de periculosidade, prescrito no Art. 193, § 4º da CLT.
Por fim, requer que o presente recurso seja conhecido e provido, pelos mais puros motivos da
JUSTIÇA!
Florianópolis – SC, (Data)
Advogado
OAB/UF nº ____

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