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PARASITOLOGIA BÁSICA

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Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Conteúdo Programático desta aula 
 Principais características das 
diferentes relações biológicas 
entre seres vivos; 
 
 Relações entre as parasitoses e as 
questões de saneamento básico; 
 
 Relações entre os fatores bióticos 
e fatores abióticos; 
 
 Conceitos de epidemiologia de 
uma infecção parasitária. 
 
Aula 1- Introdução à parasitologia 
PARASITOLOGIA BÁSICA 
Importância do Estudo de Parasitologia 
O estudo da parasitologia é fundamental, pois, 
as doenças parasitárias são frequentes na 
população mundial. A parasitologia 
humana recebeu uma importância renovada 
uma vez que, com a globalização o mundo se 
tornou menor devido à rápida movimentação 
de pessoas e imigrantes de áreas endêmicas. 
 
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Por uma variedade de razões, 
especialmente em pacientes com 
AIDS, fez com que parasitos 
anteriormente sem importância 
clínica em humanos passaram a ser 
observados. 
Importância do Estudo de Parasitologia 
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O grau de intensidade da doença parasitária depende de 
vários fatores, entre eles, podemos destacar: o número de 
formas infectantes presentes, a virulência da cepa, a idade 
e o estado nutricional do hospedeiro, os órgãos atingidos, a 
associação de um parasita com outra espécie e o grau da 
reposta imune ou inflamatória desencadeada. 
Importância do Estudo de Parasitologia 
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Apesar do grande avanço tecnológico, do 
alto padrão educacional, da boa nutrição 
e de boas condições sanitárias, mesmo 
os países desenvolvidos estão sujeitos a 
doenças parasitárias. Desta forma, o 
estudo da PARASITOLOGIA HUMANA é de 
suma importância. 
Importância do Estudo de Parasitologia 
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O Introdução à Parasitologia 
A parasitologia é uma ciência que estuda os organismos que 
vivem no interior ou exterior de outro hospedeiro, obtendo 
alimento às expensas de seu hospedeiro, consumindo-lhe os 
tecidos e humores ou o conteúdo intestinal. 
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No entanto, o relacionamento do parasita com seu 
hospedeiro tem base nutricional não podendo lesar 
drasticamente o hospedeiro, evitando alterações 
comprometedoras, o que o faria perder seu hospedeiro. 
Esta convivência nem sempre nociva ao hospedeiro, pois 
o parasitismo ideal é aquele que não causa dano ao 
hospedeiro e, por conseguinte, não provoca doença. 
O Introdução à Parasitologia 
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A parasitologia na prática abrange o 
estudo de protozoários, helmintos e 
artrópodes, onde a maiorias dos 
parasitos de importância médica e 
veterinária estão situados. 
O Introdução à Parasitologia 
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Formas de transmissão dos parasitas 
O parasita é capaz de se reproduzir disseminando seus ovos, 
e estes, costumam infectar outros hospedeiros, dos quais 
eles retirarão seus meios de sobrevivência através do 
parasitismo. Eles podem ser transmitidos entre os seres 
humanos através do contato pessoal ou do uso de objetos 
pessoais. 
 
 
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Podem também ser transmitidos 
através da água, alimentos, mãos 
sem a devida higienização, poeira, 
através do solo contaminado por 
larvas, por hospedeiros 
intermediários (moluscos) e por 
muitos outros meios. 
Formas de transmissão dos parasitas 
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Classificação dos parasitos segundo alguns critérios: 
• Quanto ao número de hospedeiros: 
• monoxenos/monogenéticos e heteroxenos/digenéticos 
• Quanto à localização nos hospedeiros: 
• ectoparasitas ou endoparasitas 
• Quanto ao número de células: 
• unicelulares ou pluricelulares 
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Monoxenos ou monogenéticos: 
são os parasitas que realizam o 
seu ciclo evolutivo em um 
único hospedeiro. 
Exemplos: o Ascaris 
lumbricoides (lombriga) e o 
Enterobius vermicularis 
(oxiúrio). 
Quanto ao número de hospedeiros: 
Ascaris lumbricoides 
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Heteroxenos ou 
digenéticos: são os 
parasitas que só completam 
o seu ciclo evolutivo 
passando pelo menos em 
dois hospedeiros. 
Exemplos: Schistossoma sp 
(esquistossomo) e o 
Trypanosoma cruzi 
(tripanossoma). 
 
Quanto ao número de hospedeiros: 
Schistossoma sp (esquistossomo) 
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Quanto à localização nos hospedeiros: 
Ectoparasitas: são os que se 
localizam nas partes 
externas dos hospedeiros. 
Exemplos: a sanguessuga, o 
piolho, a pulga, etc. 
piolho 
pulga 
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Endoparasitas: são os que se 
localizam nas partes internas 
dos hospedeiros. 
Exemplos: as tênias (solitárias), 
a lombriga, o esquistossomo, 
etc. 
Quanto à localização nos hospedeiros: 
esquistossomose 
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Unicelulares: possuem uma única célula que apresenta o 
núcleo organizado, ou seja, está separado do citoplasma 
pela membrana nuclear. São, portanto, organismos 
eucariontes. 
Exemplos: protozoários 
Quanto ao número de células: 
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Pluricelulares: são organismos formados por 
conjuntos de células semelhantes e interdependentes, 
Que desempenham uma ou mais funções. 
São, portanto, organismos eucariontes. 
Exemplos: helmintos 
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CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
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PARASITISMO: 
É a interação entre indivíduos de espécies diferentes, em 
que se estabelecem relações intimas e duradouras com 
certo grau de dependência metabólica. Geralmente o 
hospedeiro proporciona ao parasito todos os nutrientes e 
as condições fisiológicas requeridas por este. 
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Especificidade do hospedeiro: 
Dependendo das necessidades individuais de cada parasito, 
ele utilizará apenas determinada espécie de hospedeiro ou 
um grupo de diferentes espécies ou mais. 
Quando o parasito exige apenas uma espécie de hospedeiro 
para completar seu ciclo biológico, é dito monoxeno e, se a 
espécie for sempre à mesma, será considerado estenoxeno. 
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Especificidade do hospedeiro 
 
Por outro lado, quando o parasito necessita de mais de uma 
espécie de hospedeiro para completar seu ciclo biológico, 
um deles será o hospedeiro definitivo e os demais são 
considerados hospedeiros intermediários. 
 
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HOSPEDEIRO DEFINITIVO - é 
o que apresenta o parasito 
em fase de maturidade ou 
em fase de atividade sexual. 
Exemplo: do Plasmodium é o 
Anopheles; do S. mansoni é o 
ser humano 
S. mansoni: ciclo da vida 
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HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO 
- é o que apresenta o parasito 
em fase larvária ou em fase 
assexuada. 
Exemplo: doTrypanosoma 
cruzi é o triatomíneo, do S. 
mansoni é o caramujo. 
S. mansoni: ciclo da vida 
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Adaptações ao parasitismo 
 
A adaptação é a marca do parasitismo. Mostra a evolução 
do parasito para melhorar seu relacionamento com o 
hospedeiro. E esta evolução tornou o parasito (invasor) 
mais dependente de seu hospedeiro. 
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As adaptações são principais são: 
Morfológicas 
• Degenerativas – perdas ou atrofias de órgãos 
locomotores, aparelhos digestivo, etc... 
• Hipertrofia – encontradas prioritariamente nos órgãos 
de fixação, resistência ou proteção e reprodução 
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Biológicas 
• Capacidade reprodutiva – produção de grandes 
quantidades de ovos, cistos, ou outras formas 
infectantes. 
• Tipos de reprodução - reprodução mais fácil ou mais 
segura: hermafroditismo, partenogênese, esquizogonia, 
etc... 
• Tropismos – para facilitar a propagação, reprodução ou 
sobrevivência. 
 
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Relação parasito-hospedeiro 
Existem diversos tipos de interação entre os parasitos e seus 
hospedeiros. Mas com frequência, provocam uma resposta 
do sistema imunológico com diferentes resultados: 
• destruição do próprio parasito e cura da infecção; 
• limitação da população parasitária, levando ao equilíbrio 
da relação; 
• hipersensibilidade ou inflamação, podem levar a necrose 
do tecido em torno. 
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AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE OS HOSPEDEIROS 
Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro 
indica que está havendo ação patogênica do mesmo. Em 
geral, os distúrbios que ocorrem são de pequena monta, pois 
há uma tendência de haver um equilíbrio entre a ação do 
parasito e a capacidade de resistência do hospedeiro. Dessa 
forma, vê-se que a ação patogênica dos parasitos é muito 
variável, podendo ser assim apresentado. 
 
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A AÇÃO PATOGÊNICA DOS PARASITOS É MUITO VARIÁVEL, 
PODENDO SER: 
• Ação espoliativa 
• Ação tóxica 
• Ação mecânica 
• Ação traumática 
• Ação irriativa 
• Anóxia 
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AÇÃO ESPOLIATIVA 
Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do 
hospedeiro, podem deixar pontos hemorrágicos na mucosa 
quando abandonam o local de sucção. 
 
AÇÃO TÓXICA 
Acontece quando algumas espécies produzem enzimas ou 
metabólicos que podem lesar o hospedeiro. 
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AÇÃO MECÂNICA 
Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou 
absorção alimentar. 
 
AÇÃO TRAUMÁTICA 
É provocada, geralmente, pela migração de formas larvais de 
helmintos, embora vermes adultos e protozoários também 
possam fazê-lo. 
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AÇÃO IRRIATIVA 
Alguns parasitos têm a propriedade de sensibilizar o 
organismo humano, causando fenômenos alérgicos. 
 
ANÓXIA 
Qualquer parasito que consuma o oxigênio da hemoglobina, ou 
produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia. 
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RELAÇÕES ENTRE SERES VIVOS 
 
Podemos classificar as relações entre seres vivos 
inicialmente em dois grupos: 
• intraespecíficas 
• interespecíficas 
 harmônicas ou positivas e 
 desarmônicas ou negativas 
 
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RELAÇÕES HARMÔNICAS 
Ocorrem entre organismos de espécies diferentes. 
 mutualismo, 
 comensalismo e 
 simbiose. 
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RELAÇÕES DESARMÔNICAS 
Entre espécies diferentes, em uma mesma comunidade, 
apresentam nichos ecológicos iguais ou muito semelhantes. 
 Competição, 
 Canibalismo, 
 Parasitismo e 
 Predatismo. 
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Nesta aula, você: 
 Aprendeu que a Parasitologia é ciência que estuda os 
parasitos, seus hospedeiros e as relações entre eles, além 
de estudar os métodos de diagnóstico e controle dessas 
parasitoses; 
 Tomou conhecimento das relações entre os parasitos e 
seus hospedeiros.

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