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Biologia Reinos

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1 INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido, recentemente, acerca das formas vivas que existem em nosso planeta. Desde 1986, o termo biodiversidade formado através de um neologismo entre as palavras biologia (bio, radical grego que significa vida) e diversidade (grande variedade) têm adquirido um amplo uso no que diz a respeito da variedade genética encontrada e aos ecossistemas que nos rodeiam. 
Ao fazer uma análise da terceira cachoeira da Gruta Nossa Senhora da Salete, buscou-se descobrir as distinções que as espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos tem se apresentado e da mesma forma compreender ecossistemas, comunidades e habitats terrestres, marinhos e outros.
Também, foi possível observar um desequilíbrio sobre o ecossistema do local. O principal responsável dessa ação ainda é o homem, que destrói os habitat, polui e contamina a água, solo e o ar, introduz espécies exóticas e utiliza muitos recursos de maneira descontrolada. Isso faz com que muitas espécies entrem em extinção como o observado nas últimas décadas do Século XX.
2 DESENVOLVIMENTO 
Com estimativas que variam entre 10 e 100 milhões de espécies no mundo, buscou-se organizar cada espécie de acordo com o grau de parentesco evolutivo entre os diversos grupos de seres vivos. Para obter resultados, dividiu-se a biodiversidade em diversidade genética, de espécies e ecossistemas, onde se analisou semelhanças e diferenças embrionárias, estrutura celular, bioquímica, anatômica e fisiológica de acordo com as diferenças entre indivíduos e comunidade.
Baseando-se nesse conceito e em pesquisas como as de Robert Whittaker em 1969, agruparam-se registros relacionando:
2.1 PLANTAS COMUNS
Na região noroeste do Rio Grande do Sul, existe predomínio de áreas íngreme e montanhosas que são acompanhados por uma mata densa com semelhanças as plantas da Floresta Amazônica. Essas características pertencem ao bioma da Mata Atlântica que atualmente ocupa 6% do território brasileiro.
Figura 1: Localização da terceira cachoeira da Gruta Nossa Senhora da Salete. Fonte: FUSSINGER I. A.
A vegetação dessas florestas é representada por: 
Figura 2: Representação das áreas onde a Mata Atlântica ainda está presente. Fonte: BERNOULLI A.
:
2.1.1 Lianas 
Em nossa análise encontramos os seguintes aspectos referentes a lianas (cipós):
Características gerais: são plantas sem estruturas maciças, das quais germinam no solo e necessitam de um suporte para chegar à luz solar. 
Reprodução: na maioria das vezes lianas regenera-se da semente ou como rebentos vegetativos das raízes ou caules caídos de indivíduos estabelecidos. 
 Figura 3: Imagem com exemplares de cipó milome. Fonte: FUSSINGER I
Anatomia e fisiologia: apresentam características que são semelhantes às árvores. Porém lianas se diferenciam por apresentar:
Vasos de condução com grande diâmetro e tecidos moles abundantes no xilema.
Um número maior de folhas largas em relação a certas árvores.
Caules com maior flexibilidade.
2.1.2 Epífitas 
Em nossa analise encontramos os seguintes aspectos referentes as epífita:
Figura 4: Exemplares de Tillandsia (3ª imagem em ordem da esquerda para a direita) e Orquídea Capanemia Micromera (1ª) Fonte: FUSSINGER, I. A.
Características gerais: as epífitas vivem sobre outras plantas, sem retirar nutrientes delas, apenas se apoiando e não possuem raízes diretas no solo. Sendo na grande maioria classificada como plantas epífitas no grupo das monocotiledôneas.
2.1.3 Briófitas
Em nossa analise encontramos os seguintes aspectos referentes às briófitas:
Características gerais: são espécies de pequeno porte, sendo o primeiro grupo de plantas a colonizar o ambiente terrestre, sem estruturas de sustentação e sistema de condução de seiva, assim o transporte de substâncias é realizado por difusão (muito lento) relacionado com os estudos da meiose. 
Figura 5: Exemplares de Briófitas, com exemplares aproximados. Fonte: BERNOULLI A; FUSSINGER I. A.
Reprodução: possuem alternância de gerações, e o transporte de gameta é feito por gotas de chuva. Após fecundação, o zigoto sofre mitoses e origina um embrião, assim o embrião forma o esporófito que, por sua vez, produz esporos. Após isso, o esporófito morre e o gametófito permanece, sendo fase dominante haploide.
Anatomia e fisiologia: sendo de pequeno porte as briófitas possuem características microscópica como:
 Possuem seu corpo dividido em gametófito (n - vida duradoura) onde estão presentes rizoides, cauloides e filoides. Sua outra parte é composta pelo esporófito (2n - vida curta) onde estão presentes a capsula carrega de esporos, e a haste.
2.1.4 Pteridófitos 
Em nossa analise encontramos os seguintes aspectos referentes às pteridófitos:
Características gerais: é um grupo composto por filicíneas, licopoidíneas e as equisetíneas, que em seu bioma apresenta as seguintes características:
São plantas vasculares que não possuem sementes;
Cormo composto por raiz, caule e folhas; 
São traqueófitas, ou seja, possuem um sistema de condução que transporta a seiva das raízes até as folhas. Nestes dutos também são transportados alimentos para o restante do organismo;
Possuem folhas divididas em folíolos;
O sistema de transporte de seiva possibilita sustentação à planta;
Possuem a capacidade de se desenvolverem sobre o tronco de árvore;
Possui caule, chamado de rizoma, muito parecido com uma raiz.
Figura 6: Exemplares de Pteridófitos. Fonte: FUSSINGER I. A.
Figura 7: Representação aproximada dos Pteridófitos. Fonte: BERNOULLI A.
Reprodução: Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um prótalo, aquela plantinha em forma de coração. O prótalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.
O prótalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do prótalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião. O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
2.1.5 Angiospermas
Em nossa analise encontramos os seguintes aspectos referentes às briófitas:
Características gerais: As angiospermas são plantas que possuem sementes protegidas por frutos. Estas plantas também apresentam flores. A presença de flores e frutos é fundamental para o desenvolvimento das angiospermas. As flores possuem cores vivas, néctar e cheiros que atraem pássaros e insetos que vão ajudar no processo de polinização. Já os frutos são importantes para proteger as sementes das plantas.
Reprodução: Com a polinização os pólens são levados até o estigma, assim com a fecundação do óvulo da flor, esse transforma em semente, e as paredes do ovário transformam-se em fruto. Os frutos protegem as sementes, que são o meio de reprodução da espécie. 
Figura 8: Exemplares de angiospermas. Fonte: FUSSINGER I.A.
2.2 ANIMAIS COMUNS
Em nossa analise encontramos os seguintes aspectos referentes aos animais:
Figura 9: Exemplares de pássaros encontrados no local. Fonte: FUSSINGER I. A.
Características gerais dos urubus: Os urubus alimentam-se, principalmente, de carne de animais mortos. Porém, quando não encontram carniça (carne de animal morto), costumam caçar pequenos roedores, sapos e lagartos. Dentre as características mais comuns estão:
As fêmeas costumam construir os ninhos no chão ou em arbustos secos e espinhosos onde ali botam dois ovos de cada vez. Além disso, costumam voar alto, em círculos, para procurar o alimento. Para tanto, utilizam as correntes de ar quente.
Não possuem siringe (órgão vocal das aves), logo não podem cantar. Portanto, ao invés de cantar eles crocitam.
Como se alimentam de carne em estadode putrefação, são extremamente importantes para o equilíbrio ecológico, pois evitam a disseminação de doenças. É uma ave de hábitos diurnos.
Características gerais da Sábia de Peito Roxo ou laranja: Em relação a sua anatomia apresenta o alto da cabeça arredondado, acinzentada nos lados e olivácea na parte alta, sem a mácula negra à frente dos olhos. Bico cinza escuro uniforme. O tom acinzentado domina as costas, tornando-se amarronzado nas asas. Peito acinzentado, com a garganta branca e listras cinza escuras bem definidas. Quando voa, às vezes mostra a área alaranjada da parte interna das asas. A parte inferior da cauda é clara.
Sua alimentação é composta basicamente de minhocas e artrópodes. Assim como outros sabiás revira as folhas caídas em busca de pequenos invertebrados e também se alimenta de pequenos frutos.
 
2.3 FUNGOS COMUNS
Nesse bioma, os fungos são caracterizados como decompositores e dessa forma, foi possível depara-se com espécies de orelhas-de-pau sobre os troncos de madeira morta. Certas espécies de fungos, muitas vezes associadas também indicam a presença de um ambiente sem poluição, como é o caso dos liquens. Essas e outras espécies estão destacadas na seguinte forma:
Figura 10: Exemplares de formações de fungos. Fonte: FUSSINGER I. A.
Características gerais: Nesse bioma, os fungos são caracterizados como decompositores e dessa forma, foi possível depara-se com espécies de orelhas-de-pau sobre os troncos de madeira morta. Certas espécies de fungos, muitas vezes associadas também indicam a presença de um ambiente sem poluição, como é o caso dos liquens.
Reprodução: Os fungos apresentam reprodução assexuada e sexuada. Hifas férteis organizam geralmente no meio aéreo, uma estrutura chamada de corpo de frutificação. Essa estrutura contém um "chapéu" portador de vários esporângios. Cada esporângio é uma estrutura produtora de unidades de reprodução chamadas esporos. Uma vez produzidos nos esporângios, os esporos são limitados no ambiente, podendo se espalhar pela ação do vento, por exemplo; ao encontrar condições favoráveis, num certo local, os esporos germinam e originam hifas que formarão um novo fungo. O número de corpos de frutificação emitidos por um cogumelo-de-chapéu é variável, conforme a espécie. O micélio de um único cogumelo Agaricus bisporus, comestível e conhecido como champignon, é capaz de emitir, em média, de 80 a 100 "chapéus" no meio aéreo.
2.4 RELAÇÕES ECOLOGICAS
Em nossa análise encontramos líquens que é a associação simbiótica de mutualismo entre fungos e algas, sendo os fungos que formam os liquens, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação. A natureza dupla do líquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do líquen é formado pelo fungo. Existem três tipos de talo os crostoso, folioso e fruticoso em nossa analise encontramos sobre uma rocha um líquen com o talo crostoso em que é semelhante com uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.
A reprodução dos líquens pode ser assexuadamente por meio sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. Os esporos formados pelos fungos dos líquens germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria. O fotobionte se reproduz vegetativamente. O líquen também pode se reproduzir por fragmentação do talo. Os liquens não apresentam estruturas de reprodução sexuada. O micobionte pode formam conídios, ascósporos ou basidiósporos. As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio.
Os liquens possuem ampla distribuição e habitam nas mais diferentes regiões. Em nossa analise o líquen estava presente em uma rocha, porem existe outros locais como superfícies de folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.Figura 11: Exemplares de líquens. Fonte: F.A.I.
Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.
Os liquens possuem algumas importâncias ecológicas, pois produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica. Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo. Os liquens são extremamente sensíveis à poluição, e por isso podem ser considerados bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais. Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.
3 CONCLUSÃO
Portanto, a partir do momento em que se conhece a formação de um bioma, começa também a compreender o porquê da grande importância que se reserva para esse ecossistema. Basicamente, se percebe que cada reino presente naquele espaço, apresenta uma função para que nesse bioma consiga se atender todas as necessidades. 
Entretanto, este espaço, hoje tão indispensável para o meio ambiente, é um dos locais que mais vem sendo degradado no território brasileiro. São essas complicações que fazem com que lugares belos como a Gruta Nossa Senhora da Salete se tornem mais raros.
Figura 12: Símbolo da Gruta Nossa Senhora da Salete. Fonte: FUSSINGER I.A.
4 REFERÊNCIAS 
4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia 1ªed. São Paulo. Ática, 2009.
4.2 REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
BOLD, Harold C. Reinos. Disponível em: http://www.todabiologia.com/botanica Acesso em: 10 JUN. 2016.
LOURENDO, Paula. Reino Plantae. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/ biologia/reino-plantae.htm Acesso em: 10 JUN. 2016.

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