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1. ↑ Sumário
01) Verbo Infinitivo ↑ Sumário .............................. 4
Flexão do infinitivo ...................................................... 4
02) Voz passiva ↑ Sumário .................................... 7
02) Pontuação ↑ Sumário ...................................... 8
**CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA ........ 13
03) Concordância Verbal ..................................... 34
04) Pronome relativo ↑ Sumário ......................... 38
05) Colocação Pronominal ↑ Sumário ............... 44
06) Orações ↑ Sumário ........................................ 49
07) Conectores ↑ Sumário ................................... 56
08) Partícula “SE” ↑ Sumário ............................... 79
09) Partícula “QUE” ↑ Sumário .......................... 83
10) Ter / Haver / Existir ↑ Sumário .................... 86
11) Aspectos de Verbo ↑ Sumário .................... 87
12) Equivalência De Estrutura Verbal ↑ Sumário
89
13) Transitividade Verbal ↑ Sumário ................ 96
14) Classificação do Sujeito e do predicado ↑
Sumário ....................................................................... 100
Diferenças entre o complemento nominal e o
adjunto adnominal. ............................................. 102
CN X ADJ. ADNOMINAL ....................................... 102
15) Identificação do Sujeito ↑ Sumário .......... 114
16) Condordância Nominal ↑ Sumário ............ 122
17) Casos mais comuns CESPE ↑ Sumário .. 127
18) Outras estruturas ↑ Sumário .................... 134
19) Uso de Preposição ↑ Sumário ................... 137
20) Tipologia Textual ↑ Sumário ...................... 139
21) Acentuação gráfica ↑ Sumário ................. 152
22) Crase ↑ Sumário ......................................... 161
23) Regência ↑ Sumário .................................. 166
24) Redação Oficial ↑ Sumário ......................... 184
25) Casos Facultativos ↑ Sumário .................. 199
26) Casos Obrigatórios ↑ Sumário ................. 201
27) Casos Proibidos ↑ Sumário ....................... 202
28) Semântica ↑ Sumário ................................ 203
29) Interpretação de Texto ↑ Sumário ........... 215
30) Dicas Locução verbal ↑ Sumário ............. 219
32) Dicas homônimos ↑ Sumário ................... 223
33) Coesão e Coerência ↑ Sumário ................. 242
34) Fonética e Fonologia ↑ Sumário .............. 248
35) Separação de silabas ↑ Sumário ............. 266
36) Emprego De Classes Gramaticais ↑
Sumário ....................................................................... 282
Artigo ↑ Sumário ................................................ 282
Numeral ↑ Sumário ............................................. 284
Pronome ↑ Sumário ............................................ 287
Substantivo ↑ Sumário ....................................... 300
Adjetivo ↑ Sumário .............................................. 304
Verbo ↑ Sumário ................................................. 307
Advérbio ↑ Sumário ............................................ 310
Preposição ↑ Sumário ........................................ 316
Conjunção ↑ Sumário ......................................... 321
Interjeição ↑ Sumário .......................................... 325
37) Ortografia ↑ Sumário .................................. 327
EO EI (espontâneo – espontaneidade) ....... 327
IO EI (sério – seriedade) ................................ 327
OAR / UAR E (perdoar – perdoe continuar –
continue) .................................................................... 327
AIR / OER /UIR I ( atrair – atrai doer – doi
possuir – possui) ...................................................... 327
EAR (penteio- penteias – penteia- penteamos –
penteais – penteiam ................................................ 327
MARIO (mediar – ansiar - remediar – intermediar
incendiar - odiar) = verbo odiar ............................. 327
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35 Uso Dos Porquês ↑ Sumário ..................... 347
NOVA ORTOGRAFIA .............................................. 350
DICAS COMO A CESPE COBRA!!! ↑ Sumário
.................................................................................... 355
PAG. 8 QUESTÃO 5 ................................................ 355
*** CUIDADO “prejuízo” a assertiva está errada ,
mas a questão está CERTA. .................................. 355
assertiva está certa, questão “ERRADO” ............. 355
“está certa a afirmação” assertiva certa, questão
“CERTA” .................................................................... 355
Assertiva errada, questão “ERRADA” ................... 355
Acentuação gráfica .................................................. 355
Pronome .................................................................. 355
Verbo ....................................................................... 355
Conjunções .............................................................. 356
Sentido palavras ...................................................... 356
Coesão e coerência ................................................. 356
Reescritura de frase ................................................ 356
Vírgulas .................................................................... 356
Interpretação Texto (tem que estar correta em
relação ao textoe não em relação ao consenso da
sociedade.) .............................................................. 356
Correspondência oficial .......................................... 357
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1- A Fonologia estuda:
- as sílabas (divisão silábica)
- os encontros vocálicos
- os dígrafos
- ortografia
- acentuação gráfica
2- A Morfologia estuda:
- classes gramaticais
- estrutura e formação de palavras
3- A Sintaxe estuda:
- período simples
- período composto
- concordância verbal e nominal
- regência verbal e nominal
- colocação pronominal
4-A Semântica estuda:
- sinônimos
- antônimos
- parônimos
- homônimos
-hiperônimos
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01) Verbo Infinitivo ↑ Sumário
FLAVIA RITA CESPE
Flexão do infinitivo
Regras Básicas
Condições:
- Sujeito Próprio ↓
Infinitivo Flexionado
- Sujeito Explícito↑
- suj. idêntico e oculto Infinitivo com ou sem flexão (suj. contextual)
1ª regra: Emprega-se o infinitivo impessoal quando se deseja designar um fato, ação
de forma vaga – sem sujeito e sem tempo. Ex.: Correr (SUJ. OR.) fortalece (3ª SING.) os
músculos das pernas.
Jesus mandou amar o próximo.
2ª regra.: Emprega-se obrigatoriamente o infinitivo flexionado quando este possuir
sujeito próprio.
Ex.: Vovó comprou uns docinhos para seus netinhos (suj.plural) comerem à noite.
Não saia (vocês) da empresa antes de os diretores (suj.plural) assinarem o contrato.
(ele/ela) Deixou a sala sem serem (inf. Flex.) analisadas as cláusulas do acordo
(suj.plural).
3ª regra.: Emprega-se facultativamente quando sujeito é idêntico ao sujeito da oração
que o precede.
(Emprega-se preferencialmente o infinitivo não flexionado quando o sujeito deste for
igual ao sujeito da oração anteposta e vier oculto / elíptico - contextual).
a- Os chefes fizeram tudo para (os chefes) sair / saírem bem na foto.
**Preferência para a não flexão
b- Tu estas doente apesar de (tu não apresentares – flex. obrig.) (tu) não apresentar
febre.
(Se o suj. estiver explicito o verbo fica flexionado, oculto e idêntico facultativo
preferência não flexionado)
c- Eles deixaram a sala sem (eles resolverem) resolver o problema.
d- (nós)Terminamos o projeto mais cedo para (suj. idênticodesinencial) enviarmos /
enviar ao chefe.
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Clivagem identificação de um mineral.
Influxo Ato de influir. Influência.
SUJEITO ORACIONAL
Fumar e Beber (suj. oracional) é terminantemente proibido.(mesmo tendo 2 suj.
oracional o verbo mantem-se na 3ª pess. Do sing.)
É fundamental que você compareça à reunião
É importante ....
Sabe-se(PA) que Rômulo não gosta de Paulo.
Convém que não se atrase para a entrevista.
Algo convém a alguém.
Núcleos do sujeito no infinitivo.
O verbo fica no singular.
– Andar e nadar faz bem à saúde.
– Ver-te e não te querer é improvável, é impossível. (Skank – adaptado)
Obs.: Se os infinitivos vierem determinados ou se forem antônimos, o verbo
ficará no plural: O andar e o nadar fazem bem à saúde. / Rir e chorar se
alternam no ser humano.
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar
a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja,
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país.
1.(MPU)- analista 2010) A forma verbal “é” (L. 4) está flexionada no singular porque, na oração
em que ocorre, subentende-se “inovar” (L1) como sujeito. (CERTO)
Inovar sujeito (função substantiva) – suj. oracional
↓ infinitivo
Forma verbal do verbo { INFINITIVO (substantivo)-suj. OD, OI, CN, AG.
Passiva, Aposto, Predicativo, Vocativo.
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PARTICÍPIO (adjetivo) –adj adnominal
GERUNDIO (advérbio)adj. Adverbial }
Flexão do infinitivo
Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona.
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder,
dever, ir, continuar,...
As pessoas têm que avaliar o futuro
... avaliarem ...
**Em caso de período composto, quando a 2ª oração for introduzida
pela preposição a, a flexão do inf. Será facultativo.
Os mais velhos (suj.) incentivam os mais novos (suj.) a deixar
(deixarem) o lar.
(oração com sujeitos diferentes.)
CASO (DEFAMAVOS) 3ª Sing.
**Caso (DEFAMAVOS) –deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir
(DEFAMAVOS) + infinitivo
Se suj. for pronome a flexão será proibida.
Se o suj. for nome a flexão será facultativa.
Deixou os meninos dormir / dormirem.
(Ele)Deixou-os dormir.
Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem
**CESPE ** ( ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o
pronome oblíquo as.
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02) Voz passiva ↑ Sumário
01) (1 forma se pode trocar um pelo outro)
Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical....
A decisão do governo não foi justificada por ninguém.
...substituir a expressão “foi justificada” por “se justificou”. (V) (equivalência
passiva sintética e analítica), tempo verbal (se justifica), palavra atrativa,
Voz passiva sintética e analítica são formas equivalentes do ponto de vista
semântico e estrutural.
Fique atento a colocação pronominal
Seria expresso o tema do acordo.
Expressaria-se o tema do acordo. (fut. Do pretérito) (F)
Expressar-se-ia ...
Tempo verbal
Ninguém foi encontrado no local.
Não se encontrava ninguém no local. (F)
Não se encontrou... (mesmo tempo verbal)
Concordância (não pode trocar para a voz ativa.
Ainda não foram discutidos os projetos do governo.
...se discutiu...(F) (concordância ...se discutiram...)
Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona.
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir,
continuar,... (a transitividade do verbo auxiliar é a mesma do verbo Principal)
Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...)
Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país
Apoio volta a ser pedido no país.
Sabe-se, que o governo é corrupto. (+ formal)
Sabemos ... (- formal, traços de subjetividade)
Sei... (1ª singular, visão pessoal, particular)
**1ª pessoa do plural e 3ª p. são equivalentes do ponto de vista
argumentativo.**
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Se trata de (VTI) + OI (de um corte epistemológico)
Distinção importante:
VTD + SE (PA)
VTDI + SE (PA)
VI, VL, VTI + SE (IIS) Índice de indeterminação do suj.
TERMO REGIDO POR PREPOSIÇÃO JAMAIS EXERCERÁ A FUNÇÃO DE NÚCLEO
DE SUJEITO.
Ex.: No trecho “assim se faz um livro” L 26, a expressão “um livro” exerce a
função de sujeito. (CERTO)
VTD + SE (PA) + suj. (um livro)
02) Pontuação ↑ Sumário
a) Ordem Indireta (Sujeito (S) + Verbo ou Locução Verbal (V ou LV) + Objeto direto (OD) + Objeto
indireto (OI) + Adjunto Adverbial (AA - termo que se refere ao verbo e – entre muitos valores semânticos –
traduz lugar, modo, tempo, causa, condição, concessão, conformidade, finalidade, meio e instrumento;)
b) Aposto
c) Vocativo
d) Termos semelhantes
e) Coordenadas Sindéticas; ( coordenadas aditivas não apresentam vírgulas)
f) Coordenadas adjetivas explicativas
g) Coordenadas substantivas apositivas
h) Coordenadas adverbiais ordem indireta
As coordenadas sindéticas aditivas [e, ou e nem] Não devem ser
usadas com vírgulas, exceto nestes casos:
a) Quando a conjunção [e] e o [nem] vierem, várias vezes, repetidos,
constituindo aquilo que, em figura de linguagem, chama-se
polissíndeto:
● Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
● Ela não era bela, nem elegante, nem culta.
b) Quando as orações ligadas pela conjunção [e] tiverem os sujeitos
diferentes:
● O menino não se mexeu, e Paulo desejou matá-lo.
● À noite não acabava, e às vezes a miséria se reproduzia.
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c) Quando se deseja como recurso estilístico, realçar a oração iniciada
pela conjunção [e], ocasião em que a pausa é mais forte:
● Deitara-se cedo, e sonhou.
● Em todo caso repugnava-lhe a idéia de recuar, e foi andando.
Oração coordenada sindética adversativa: transmite uma ideia de oposição à oração anterior.
É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas adversativas. São
utilizadas conjunções coordenativas adversativas ou locuções conjuncionais coordenativas
adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, nada
obstante, antes, ainda assim, etc.
Exemplos:
Usa-se a vírgula para separar orações coordenadas (aditivas)
iniciadas pela conjunção [e] com valor adversativo, ou seja, igual a
[mas]:
● Tivera a felicidade entre as mãos, e (mas) a deixara fugir.
Eu queria ir à festa, mas minha mãe não deixou.
Gostava de ter sido aeromoça, contudo não tive essa oportunidade.
Emprega-se [mas] sempre no começo da oração; as demais podem vir
ora no início da oração, ora após um dos seus termos:
• Vá onde quiser, mas fique morando conosco.(mas somente antes da
2ª oração)
● Vá onde quiser, porém fique morando conosco.(demais conj. Pode
deslocar na oração)
● Vá onde quiser, fique, porém, morando conosco.
Oração coordenada sindética alternativa: transmite uma ideia de alternância em relação à
oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas entre orações coordenadas sindéticas
alternativas. Caso haja apenas uma oração coordenada sindética alternativa o uso da vírgula é
opcional. São utilizadas conjunções coordenativas alternativas ou locuções conjuncionais
coordenativas alternativas: ou, ou...ou, já…já, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem…nem, etc.
Exemplos:
Faça o que o juiz manda ou irá preso. (facultativa)
Ora você gosta de mim, ora não gosta. (obrigatória)
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Quer festeje hoje, quer festeje amanhã, não irei ao seu aniversário. (obrigatória)
Oração coordenada sindética conclusiva: transmite a conclusão de uma ideia expressana
oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas
conclusivas. São utilizadas conjunções coordenativas conclusivas ou locuções conjuncionais
coordenativas conclusivas: logo, pois, portanto, assim, por isso, por consequência, por
conseguinte, consequentemente, de modo que, desse modo, então, etc.
Exemplo:
Reprovei na quinta série, portanto não seremos mais da mesma turma.
Ela fez um belíssimo trabalho, por isso será contratada novamente.
Nós presenciamos o acidente; seremos, pois, chamados para depor. (entre vírgulas após o
verbo, deslocada da oração)
Pois (introduzindo uma conclusão) vem sempre posposto a um termo da
oração a que pertence e, portanto, isolado por vírgulas:
• Não obedece à ordem, é, pois, um rebelde.
Oração coordenada sindética explicativa: transmite a explicação de uma ideia expressa na
oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas
explicativas. São utilizadas conjunções coordenativas explicativas ou locuções conjuncionais
coordenativas explicativas: que, porque, porquanto, pois, na verdade, isto é, ou seja, a saber, etc.
Exemplos:
Não consegui ir trabalhar hoje, pois estava tudo alagado.
Sai cedo da festa, porque precisava dormir.
Existem dois tipos de porquês: o coordenativo explicativo e o
subordinativo casual. Antes do explicativo sempre use a vírgula, pois ele
introduz uma oração explicativa precedida por uma pequena pausa.
Como reconhecer o [porque] explicativo? Toda vez que você puder
substituí-lo pela palavra que ele será explicativo:
● Não faça isso, (que, pois) porque estamos aqui para ouvi-lo.
● Não corra, porque (que, pois) você pode cair.
Já o porquê que introduz a oração causal não pode ser substituído pelo que
e, neste caso, a vírgula é facultativa.
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Pois (introduzindo uma explicação) vem, sempre, após a vírgula que
introduz a oração: O exame era difícil, pois nem sequer havíamos estudado.
Vírgula após pois (explicativo) só se houver outra oração intercalada na
seqüência da frase:
● Os meninos jogaram bem, pois, como fora combinado, dariam tudo de
si.
Para intercalar termos e expressões num período simples:
«Tentei tudo, isto é, quase tudo.»
«Paulo não pode vir, ou melhor, recusou-se a vir.»
b) Usa-se vírgula para separar as orações coordenadas: adversativas, conclusivas e
explicativas.:
Alguns estudiosos do Direito esforçaram-se muito, mas não
conseguiram aprovação no último exame da OAB. (Adversativa).
O exame da OAB tem sido cada vez mais exigente, portanto é necessário um
estudo continuado para solidificar o conteúdo das disciplinas. (Conclusiva).
Ultimamente deve ter havido pouca concentração nos estudos, pois os resultados
têm sido desanimadores. (Explicativa).
“No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial
que a afirmação da cidadania se completou”: Mas, apenas depois
da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se.
O conector "mas" é o único que não admite a vírgula após Ele.
A história constitucional brasileira está repleta de
referências difusas à segurança pública, mas, até a Constituição
Federal de 1988 (CF), esse tema não era tratado em capítulo
4 próprio nem previsto mais detalhadamente no texto
constitucional
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se
suprimisse a vírgula antes da conjunção “mas” (R.2).
JUSTIFICATIVA – Nesse caso, a vírgula é obrigatória, pois
separa oração coordenada adversativa.
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c) Usa-se a vírgula para separar a oração subordinada adverbial de sua principal.
(Oração subordinada adverbial indica uma circunstância em relação à oração
principal.) Exemplos:
Circunstância de causa:
.
Não cheguei a tempo para a aula, porque choveu torrencialmente na
serra.
“Porque” pode ser substituído por: uma vez que, visto que, pois que.
Circunstância de concessão:
Embora seja possível, é improvável uma terceira guerra mundial.
É improvável uma terceira guerra mundial, embora seja possível.
É improvável, embora seja possível, uma terceira guerra mundial.
Admite ideia contrária à ideia expressa na oração principal.
A conjunção “embora” pode ser substituída por: ainda que, mesmo que e outras.
d) Usa-se a vírgula para separar a oração reduzida do infinitivo, do gerúndio ou do
particípio. Exemplos:
Ao perder a chave, mantenha a calma. (ou Mantenha a calma, ao
perder a chave).
Perdida a chave, não se desespere.
Perdendo a chave, não se desespere
* Há neste grupo somente uma exceção: o fato de que as orações subordinadas apositivas
são regidas pelo uso da vírgula ou pelos dois pontos:
Apenas tenho um desejo, que você volte em breve.
* Já as subordinadas adjetivas explicativas aparecem sempre demarcadas pela vírgula:
Machado de Assis, | que é autor de Dom Casmurro|, tornou-se canonizado.
Or. subordinada adjetiva explicativa
As orações condicionais são antecedidas por vírgula.
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As orações subordinadas condicionais se realizam de três formas:
Realização impossível
Representa uma hipótese irrealizável: verbo da oração principal e da subordinada representam
ação completa, isto é, tempo perfectum:
«Se a prova tivesse sido hoje, eu teria me preparado melhor.» (pretérito imperfeito do
subjuntivo e futuro do pretérito do indicativo)
Realização possível
Tanto o verbo da oração principal quanto o da subordinada estão em ação incompleta. É
possível que se dê a ocorrência do fato:
«Se ela me chamasse, eu iria correndo.»
«Podem dizer o que quiserem, contanto que não mintam.» (principal -> condicional)
«Sem que obtenhas o visto no passaporte,não viajarás.» (condicional -> principal)
Representa um desejo e esperança
(situações indefinidas, não claras: frases reticenciosas e exclamativas)
«- Ah, iria, se eu pudesse!...»
**CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA
O histórico dos crimes cibernéticos, por sua
14vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi
15definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, (sem vírgula antes do que, logo
restritiva) 16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de
17sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais.
13 A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (R. de 15 a 17) é de
natureza restritiva.
Explicação ou restrição
Retirada
Troca
Sentido
O jornalista1, Roberto Teixeira dos Santos 2, estava no local do crime 3, mas
4, segundo testemunhas 5, não registrou fatos , cenas ou imagens 6 que
comprometessem o rapaz.
14
(F ) 1 e 2 especificam (restrige) o termo antecedente restringindo-o. (F)
Nenhuma entrada de índice remissivo foi encontrada.) aposto
(LEMBRETE: VIRGULA E RESTRIÇÃO NÃO COMBINA)
( V ) 1 e 2 podem ser substituídos por parênteses. (V)
(V ) 3 poderia ser substituído por “;” e isto melhoraria a coesão textual. (V)
(Ponto E Vírgula Pode Separar As Orações Coordenadas)
( F ) 4 e 5 isolam um seguimento de natureza explicativa. (F)
(F ) 6 a colocação de uma virgula antes do “que” melhoraria a correção
gramatical e o sentido. (F) (RESTRITIVA EXPLICATIVA)
A) O menino, de quinze anos, assinou o texto. Expl. aposto
Os pais, responsáveis pelos filhos, educam. Expl. aposto
O governo, que investe a em turismo, deve ser valorizado. Expl. or. adj.
Expl. aposto
Explicação = (entre vírgulas) conj. Unitário ou generalização (um / todos)
Meu irmão, que é médico, chegou. (só há um irmão e ele é medico)
Meus irmãos, que são médicos chegaram.(todos os irmãos são médicos
Restrição = (sem vírgulas) parte de um conj. (Um dos / Alguns dos)
Meu irmão que é médico chegou. (mais de um irmão e um deles é medico)
Meus irmão que são médicos chegaram. (mais de um irmão e um alguns deles são
médicos)
Meu pai, que é médico, chegou. (um pai e ele é médico.)(vírgula obrigatória pois
temos um só pai)
** cuidado com determinadas frases que não é possível generalizar pelo fato de ser
único. ** restrição é um “tipo de”.
B) Expressões de natureza explicativa podem vir entre vírgulas, parênteses ou
travessões.
O Brasil, a China – país em abertura- o Canadá e outras nações assinaram
o acordo.
Brigam muito, por isso querem o divórcio.
Brigam muito: querem o divórcio.
- É usual usar (:) entre orações coordenadas sem conector.
- Os dois pontos entre orações coordenadas, normalmente, marcam relação
de Explicação ou conclusão.
- Não pode ser trocado por conectores (mas) consecutivos.
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C) O ponto e vírgula só pode ser usado para separar orações coordenadas, Ele
será mais adequado que a vírgula sempre que já
- houver vírgula no interior das orações.
- houver ideia de oposição
- houver simetria entre as orações.
- as orações estiverem agrupadas.
Pedro me ama; José, não. (a vírgula é possível, mas, causa perda de
coerência) { , ,} ;{ , ,}
D) O sistema eleitoral será de tal,ordem que o poder (...)
1- Conj. Consecutiva Adverbial depois da Principal vírgula
facultativa(pode-se colocar uma vírgula depois de ordem)
O Brasil, se houvesse mais investimento, cresceria.
2- Se a or. Adverbial estiver antes da principal ou intercalada, a vírgula será
obrigatória.
E) Confundem, e (...) , o povo(CV)
1- Não se separa por vírgula: Suj. x predicado, verbo x complemento, nome
CN / Adj. Adnominal.
2- Entre os constituintes diretos da oração pode haver termos intercalados
entre vírgulas (aposto, explicações).
Os sinais de pontuação servem para dar sentido aos textos escritos.
Alterações na pontuação podem modificar o sentido de um texto.
Os homens 1, as mulheres 3 – com menos frequência – 2 , os adolescentes e as
crianças são 4, ao mesmo tempo 5 , críticos e receptivos às mudanças 6 , que 7 , de
modo geral 8 , são vistas como assustadoras quando não estamos preparados.
1 (V ) As vírgulas usadas em 1 e 2 têm a mesma justificativa. (separa enumeração,
mesma classe gramatical)
2 ( V ) os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou
parênteses....(Vírgulase a explicação não der ambiguidade)
3 ( F ) tirar a vírgula em 4 (ou entre vírgula ou sem vírgulas “advérbio”)
4 ( F ) tirar 6 (“ or adj. Explicativa”)
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5 ( V ) tirar 7 e 8 (para CESPE o adjunto adverbial deslocado mesmo de grande
extensão é facultativo)
6 (V ) colocar vírgula antes de quando (or. Subord.. adverbial no final da frase
facultativa)
O governo investiu no setor, no entanto a população (,no entanto,) ainda não viu
resultados.
1 ( F ) colocar uma vírgula após no entanto.(o conector coordenativo no início da
segunda oração “somente uma vírgula antes do conector” – se deslocado na oração o
conector deve vir entre vírgulas “interior de oração”
2 ( C ) substituir a vírgula por “;” (orações coordenadas pode ser separado por ”ponto
e vírgula” ou “ponto final”.
3 ( ) colocar o termo ainda entre vírgulas. (adj adverbial independente da extensão
pode ser separado por vírgulas)
NÃO SE USA VÍRGULAS
1 Entre Sujeito E Predicado.
Quem ama não trai.
As pessoas que investem no futuro (or. Adj. Restritiva se separar por vírgulas fica
incoerente) apresentam postura mais otimista diante da vida.
3 Entre verbo e complemento.
O governo discute propostas de médio e longo prazo.
3 Entre nome e complemento ou adjunto adniminal.
A atual crise política brasileira 2 divulgada pela imprensa 1 prejudicará a imagem do
país no exterior.
1 ( E ) Apenas uma vírgula em 1. (separaria o sujeito do predicado)
2 ( F )Colocar um par de vírgulas (2 – 1) sem alterar o sentido e a correção.
(gramaticalmente possível , mas altera o sentido – Restritiva para explicativa)
3 ( V ) Apenas uma vírgula após “país” para dar mais ênfase a expressão adverbial.
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CASOS DE VÍRGULA NA ORAÇÃO
1 Isolar aposto.
2 Isolar vocativo.
3 Isolar expressões explicativos
4 separar expressões enfáticas ou retificativas.
Quanto ao projeto, já o divulgamos. (caráter enfático)
Já divulgamos o projeto.
5 Separar itens de enumeração.
6 Isolar complementos pleonástico
7 Separar local de data.
8 Indicar Zeugma ou Elipse
9 Indicar deslocamento de adjunto adverbial . (sempre facultativo – desde que
não altere o sentido da frase)
10 Indicar deslocamento de conjunção coordenativa. ( porém, portanto,
contudo, entretanto, por isso, no entanto, assim, então, logo...- deve vir no
interior de oração)
O Brasil é um país rico, a população, no entanto, passa fome)
VÍRGULA ENTRE ORAÇÕES
1 Separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas,
Penso, logo existo.
2 VÍRGULA ANTES DO CONECTOR “E”
Mesmo Sujeito Não Se Usa Vírgula
O governo investe em educação e demonstra seus projetos.
Sujeitos distintos
O governo investe em educação, e o país evolui.
Valor adversativo
O governo prometeu investir em educação, e (mas) não cumpriu.(facultativo)
Polissíndeto
Ela chorava, e pedia, e implorava pela volta do amigo. (mesmo suj., mas caráter
obrigatório de vírgula)
3 Isolar or. Subord. Apositiva
18
Os brasileiros querem apenas uma coisa: que (conj. Integrante) o governo
cumpra suas promessas.
Quem tem interesse no setor adquire experiência com a prática.
As demais orações substantivas não podem ser separadas de sua or. Principal
por vírgula.
4 isolar or. Subord. adjetiva explicativa
A menina, que tinha 10 anos, não se feriu.
A expressão introduzida pelo pronome “que” restringe, delimita o termo
antecedente ( F ) (apenas explica) existe apenas 1 garota de 10 anos.
A retirada das vírgulas não implica erro gramatical , mas altera o sentido do
texto. ( V )
Os políticos brasileiros, que são corruptos, não merecem apoio do povo.
O autor adota uma postura generalista ao afirmar no texto, que nenhum político
brasileiro merece apoio do povo. ( v ) (todos os políticos brasileiros são
corruptos)
A retirada das vírgulas não implica erro gramatical, mas altera o sentido do texto.
( V )
5 Isolar or. Subor. Adverbial anteposta ou intercalada à principal.
Quando o governo resolver o caso, (Subor. Adverbial temporal) a população
ficará tranquila. (a or. Sub. Adv. poderá ser colocada para o final da frase)
Os cidadão, embora não entendam o processo, estão sempre disposto a
questioná-lo. (a or. Sub. Adv. Não poderá ser colocada para o final da frase
porque tem um pronome que retoma de forma anafórico o termo processo –
deslocando-o para o final perde-se a coesão textual da frase)
O governo resolveria o problema se quisesse. . (a or. Sub. Adv. Não poderá ser
colocada para o inicio da frase, sem devidas alterações “,”.
6 Isolam-se as orações interferentes por vírgulas.
O pai, dizia ele, não o apoiava.
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PONTO E VÍRGULA. ↑ Sumário
Não pode ser usado para separar orações subordinadas e em períodos simples.
Pontuação
1 - Ponto (.)
Quando utilizar o ponto simples:
a) Para indicar o fim de um período simples, de uma frase com sentido completo.
Nada mais tenho a dizer.
b) Para abreviar:
Sr. (Senhor)
a.C. (antes de Cristo)
num. (numeral)
adj. (adjetivo)
etc. (et cetera)
Significa "e outras coisas". Observe que como já possui o conectivo "e", não é
necessário escrever "e etc.", nem precisa ser precedido por vírgula,embora seja
aceito por alguns gramáticos que argumentam que o termo se tounou um item
enumerativo.
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks e etc. (Errado)
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo)
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks, etc. (Aceito)
Quanto ao uso de reticências com etc. (etc...), devemos optar ou pelo uso do etc., ou
pelo uso das reticências:
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc... (Errado)
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo)
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks... (Certo)
Lembre-se que "etc." refere-se a "e outras coisas", então não use para pessoas, pois
obviamente não são coisas. Para pessoas utilize "et al." (abreviatura de et alii, que
significa "e outros").
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2 – Ponto de Interrogação (?)
Quando utilizar a ponto de interrogação:
a) Para realizar perguntas.
Você quer perguntar alguma coisa ?
b) Pode-se utilizar desta pontuação para indicar diversos sentimentos (surpresa,
indignação, expectativa):
Os alagoanos elegeram Renan Calheiros ? (indignação)
Lula não sabia do mensalão ? (indignação)
Você está me pedindo em casamento ? (surpresa)
Ganhamos na loto ? (expectativa)
O seu time finamente venceu ? (Ironia)
3 – Ponto de Exclamação (!)
Quando utilizar o ponto de exclamação:
a) Para expressar sentimentos tais como: empolgação, súplica, reclamação, surpresa,
horror:
Vamos sair do Brasil ! (empolgação)
Por favor, votem direito ! (súplica)
Mais rápido, amor ! (reclamação)
Que negócio grande ! (surpresa)
Que horror ! (horror)
b) Para interjeições e locuções interjetivas:
"Oh! Meu Deus! É só você e eu".
"Eu te amo, porra!"
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c) Depois de vocativos:
Você consegue, garoto!
Se liga, pivete!
OBS1: Para expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, pode-se usar
interrogação e exclamação juntos.
Que coisa, não?!
OBS2: Para intensificar ainda mais a situação ou os sentimentos expressos, pode-se
repetir várias vezes estes sinais de pontuação.
-Você topa, mesmo???
-Topo sim!!!
4 - Reticências (…)
Quando utilizar as reticências:
a) Para suprimir trechos:
Era uma vez (...) e viveram felizes para sempre.
b) Para indicar continuidade de pensamento ou de enumerações:
Eu gostei do novo técnico, mas dos novos jogadores...
E veio uma sensação de alegria, euforia, felicidade...
5 - Parênteses ( )
Quando utilizar os parênteses:
a) Para indicar uma explicação.
E Deus disse: Moshé Moshé, erés codó! (Eretz Kadóch – terra santa).
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b) Na indicação de fontes bibliográficas.
E disse a Moisés: tira os sapatos, pois estás em terra santa (Êxodo 3:5).
c) Para isolar um comentário ou pensamento.
Votarei nulo (político nenhum me representa).
6 - Aspas (“ ”)
Quando utilizar aspas:
a) Para destacar transcrições:
Dessa música todos lembram:“Para nooossa alegria!” (Galhos secos, banda Êxodos).
b) Para destacar uma frase escrita ou dita por alguém.
É como ele sempre diz: “Só querem saber do venha a nós e nada do ao vosso reino”.
c) Para indicar expressões estrangeiras, neologismos, arcaísmos, gírias, apelidos ou
para dar ênfase a qualquer expressão:
Dei um "joinha" e "printei". (arcaísmo e neologismo)
Também foi preso Luiz Romão, o “Macarrão”. (apelido)
A plateia respondeu com um sonoro "não". (destacar expressão)
Já treinamos bastante, agora "let's rock". (expressão extrangeira)
d) Para indicar ironia.
Apertando várias vezes o botão, o elevador entra em “modo de urgência”. (Esse
modo não existe realmente. Alguém pode dizer isso para criticar os impacientes que
apertam o botão várias vezes na esperança de que seja mais rápido. Explicação
necessária para pessoas com SIEI - "Síndrome da Incapacidade de Entender
Ironia".)
e) Para relativizar o sentido de uma expressão.
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A raça humana que é mais "inteligente", destrói seu próprio meio.
7 - Travessão (-)
Quando utilizar travessão:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
– Ôh mainha, leva eu pro circo? (Junim)
– Não sinhô! Quem quiser lhe ver venha aquin. (Dona Zefa)
– Armaria mainha, nãm! (Junim)
b) Separar orações intercaladas, como se fossem vírgulas:
Quanto à água no copo – disse o oportunista – enquanto vocês discutiam, eu a bebi.
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:
Gostaria de agradecer a pessoa mais importante para mim – eu.
d) Expressar comentário ou opinião do autor do texto:
Quem já teve chance – e o privilégio – de presenciar filhotes de animais brincando,
sabe como são divertidos.
8 – Dois pontos (:)
Quando utilizar os dois pontos:
a) Para fazer uma citação ou introduzir uma fala:
Ela foi vaiada porque declarou: “Me impressionou como a tecnologia pode ajudar os
portadores de deficiência”.
O policial disse:
- Mãos para cima!
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E ele respondeu:
- Cintura solta, da meia volta, dança kuduro.
b) Para indicar explicação, esclarecimento ou resumo do que foi dito:
- É o país do carnaval, bunda e futebol: é o Brasil. (resumo)
- Lá estava a feliz família: alegres, risonhos, vivendo sua rotina. (explicação)
c) Antes de orações apositivas:
Viverás para Deus com uma condição: que morra para o mundo.
(A oração subordinada apositiva tem a função de aposto, indica uma explicação. No
exemplo dado, "morrer para o mundo" explica qual é a condição citada.)
d) Quando se quer indicar uma enumeração:
- O Brasil não progride porque só lhe interessa: carnaval, bunda e futebol.
e) Na introdução de exemplos, notas e observações:
Obs.: Não use linguagem coloquial em correspondências oficiais.
f) Em invocações de correspondências:
Prezados Senhores:
Convido-lhes para o meu aniversário dia 30 de Fevereiro.
g) Em citações e referências:
Parafraseando Jesus: nem sempre sua sede será de água, sua fome será de pão, sua
nudez será de roupas e sua prisão será de algemas.
É como diz um probérbio Chinês: "um sábio não diz que sabe, um tolo não sabe o que
diz".
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9 – Ponto e Vírgula (;)
Quando utilizar o ponto e vírgula:
a) Para separar itens:
Os cinco solas da reforma:
I – Só a escritura sagrada é veículo de revelação;
II – Só Jesus Cristo salva, mas nenhum outro(a);
III – Só o Espírito Santo nos leva a Deus, só a sua graça;
IV – A salvação vem pela fé dada pela graça;
V – Glória somente a Deus, a nada ou ninguém mais.
b) Este sinal de pontuação pode ser usado para evitar o excesso de vígulas quando
for preciso separar orações coordenadas que já possuem vírgulas:
Ela não comentou nada, apenas olhou nos meus olhos, sentou-se ao meu lado; queria
ficar comigo.
Quando criança, roubava queimado; moço, roubava armado; agora, adulto, político
formado.
Vote em qualquer um; fique, depois, arrependido.
c) Para separar antítese.
Muitos querem; poucos podem.
Uns mandam; outros trabalham.
d) Para dar maior pausa a conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, etc.)
O time estava completo; porém, perdeu o jogo.
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10 - Vírgula (,)
Quando utilizar a vírgula:
10.1 - Em estruturas específicas.
a) Para separar os nomes dos locais de datas:
Salvador, 11 de julho de 2009.
b) Em correspondências, após a saudação.
Atenciosamente,
Com amor,
10.2 - A vírgula no interior da oração.
a) Para separar termos com mesma função sintática:
Há um partido ladrão, traidor e enganador. (vírgula separando predicativos)A criança brincou, correu, pulou e dormiu. (vírgula separando verbos.)
b) Para separar o vocativo:
Brasileiro, deixe de se orgulhar dessa sua "experteza".
c) Para separar o aposto:
O João, brasileiro típico, jogou seu lixo pela janela do carro.
d) Após termos deslocados:
1. Complemento do verbo deslocado:
Ela viu uma forte paixão naqueles olhos.
27
Uma forte paixão, ela viu naqueles olhos.
O complemento do verbo pode ser um objeto direto ou indireto. No exemplo
acima, o verbo ver pede um complemento direto - quem vê, vê algo. Quando o
complemento do verbo for deslocado, utilize vírgula.
OBS: Nunca separe o sujeito do verbo nem o verbo de seu complemento na ordem
direta:
Ela, viu uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO)
Ela viu, uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO)
Ela viu, uma forte paixão, naqueles olhos. (ERRADO)
2. Antecipação de adjunto adverbial:
Ela viu uma forte paixão naqueles olhos.
Naqueles olhos, ela viu uma forte paixão.
Ela viu, naqueles olhos, uma forte paixão.
OBS: É facultativo o uso de vírgulas em adjuntos pequenos (no máximo três
palavras curtas), pois podem prejudicar a linearidade do texto. Entretanto,
quando presente, fornece ênfase:
Infelizmente o juiz marcou pênalti.
Infelizmente, o juiz marcou pênalti. (com ênfase)
Lá em cima vimos o pênalti. (facultativa, adjunto curto)
Sentados na arquibancada, vimos o pênalti. (obrigatória, adjunto longo)
Na ordem direta, em geral, não se usa vírgula para separar o adjunto adverbial. Mas
esta pode ser usada para fornercer ênfase, como em:
Limpamos e cozinhamos todo santo dia.
Limpamos e cozinhamos, todo santo dia. (com ênfase)
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e) Para separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como conectivos.
(mas, contudo, logo, por exemplo, ou seja, aliás, etc.)
Nós viajaremos para Madrid, aliás, para Barcelona.
f) Para indicar um elemento elíptico no período:
Uma disse que era um urso, a outra disse que era um lobo.
Uma disse que era um urso, a outra, que era um lobo.
g) Quando um complemento pleonástico estiver antecipado.
O presente, eviei-o por correio. (Objeto Direto Pleonástico)
10.3 A vírgula entre orações:
a) Para separar oração intercalada.
Nenhuma pesquisa, que saibamos, explorou tal assunto.
Então publique um artigo, respondi prontamente.
Obs.: Orações intercaladas (ou interferentes), são independentes e acrescentam
esclarecimento, observação, ressalva, etc. Pode-se usar outro sinal de pontuação
para realizar este isolamento: o travessão.
b) Para separar o paralelismo de provérbios.
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
c) Para isolar elementos repetidos:
Estou morto, morto de cansado.
Eu vou ficar, ficar com certeza maluco beleza.
A massa, a massa foi amassada.
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d) Em oração subordinada adjetiva:
I. Explicativa – Ficam isoladas por vírgula.
A cena do Hulk espancando o "deus" Loki, que ocorre no filme, é muito hilária.
II. Restritiva – Proibido anteceder com vírgula.
O Iron Man é o herói que mais me cativou no filme.
e) Orações subordinadas substantivas são separadas por vírgula nos seguintes casos:
I) Quando antepostas à principal.
"É necessário que pensem rápido." (principal: É necessário)
"Que pensem rápido, é necessário."
II) Subordinada substantiva apositiva pode estar após dois pontos (comum) ou após
vírgula.
Há uma lei principal na vida: que devemos ser felizes.
Há uma lei principal na vida, que devemos ser felizes.
f) Subordinadas adverbiais: A pontuação obedece às mesmas regras dos adjuntos
adverbiais:
Tomará uma atitude quando mudar.
Tomará uma atitude, quando mudar. (ênfase, facultativo)
Quando mudar, tomará uma atitude. (deslocada, obrigatório)
Tomará, quando mudar, uma atitude. (deslocada, obrigatório)
g) Para separar orações coordenadas:
I. Assindéticas (não ligadas por conectivos).
Todos comeram, beberam, dividiram a conta, deu tudo certo.
30
II. Sindéticas (ligadas por conectivos - a conjunção [e] é um caso a parte):
Penso, logo desisto.
A oração foi perfeita, pois Deus a conduziu.
OBS0: No início de período , é facultativo usar vírgula após conjunção, exceto no
caso do [mas].
Jamais vi um ovni. Portanto não acredito.
Jamais vi um ovni. Portanto, não acredito.
Jamais vi um ovni. Mas conheço quem viu.
Jamais vi um ovni. Mas, conheço quem viu. (Errado)
OBS1: Aditivas – Não são antecedidas por vírgula: conjunções [e, nem, ou, mas]
com valor aditivo.
Eu e ele vimos.
Nem eu nem ele vimos.
Não apenas eu mas também ele vimos.
Não apenas eu, mas também ele vimos. (Errado)
OBS2: Adversativas – Conjunções adversativas [mas, porém, contudo...] são
antecedidas por vírgula. Ficam entre vírgulas apenas quando deslocadas ou
seguidas de expressão intercalada.
Comprarei, mas quero um desconto.
Comprarei, mas, quero um desconto. (Errado)
Comprarei; quero, porém, um desconto. (adversativa deslocada)
Comprarei, mas, sem desconto, não pago à vista.
OBS3: Alternativas – Conjunções [ora...ora, ou...ou] ficam separadas por vírgulas.
Estava sempre ora trabalhando, ora estudando.
Tenho que conseguir, ou serei um fracassado.
OBS4: Conclusivas – Conjunções [logo, então, assim, portanto, pois] são
antecedidas por vírgulas. São seguidas por vírgula apenas se houver termo
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deslocado. Quando o [pois] tem valor conclusivo, sempre deve estar entre vírgulas.
Ele não se importa, logo é um insensível.
Ele não se importa, logo, sem dúvidas, é um insensível.
Não se importa, é, pois, um insensível. (pois com valor de portanto)
OBS5: Explicativas – Conjunções [que, porque, porquanto, pois] são antecedidas
por vírgula. Quando o [pois] tem valor explicativo, não é seguido por vírgula
(exceção se houver termo ou oração deslocada).
Tente sempre, porque você é capaz.
Tente sempre, pois você é capaz. (pois com valor de porque)
Tente, pois, quando chegar a hora, você conseguirá.
A conjunção [e] geralmente não está acompanhada do uso da vírgula, mas existem
exceções:
I. Quando as orações possuem sujeitos diferentes.
O silêncio engoliu o ego, e a escuridão engoliu o silêncio.
Conheça (tu) a si e ao inimigo, e ninguém vencerá a ti.
II. Quando houver repetição da conjunção (polissíndeto).
E canta, e dança, e imita, e tudo faz.
III. Quando possuir valor não aditivo:
Treinou tanto, e foi reprovado. ( e com valor adversativo)
Treinou tanto, mas foi reprovado.
IV. Quando houver aposto, termo ou expressão deslocados ou intercalados, o e
estará acompanhado por vírgula.
O presidente, líder do Executivo da Banânia, e seus 40 ladrões afundaram o
país. (aposto)
O atacante cobrou o pênalti e, implacável, converteu. (adjunto deslocado)
Tendo decidido, e nada mudaria tal decisão, desistiu. (oração intercalada)
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V. Quando necessário pausa respiratória. Neste caso, a vírgula tem valor
entoativo, não sintático.
A cidade de Salvador é uma das capitais que está localizada na região Nordeste
do Brasil, e é também a capital cultural do país.
Vírgula em Orações Reduzidas
Em geral, nas orações reduzidas, o uso da vírgula obedecerá às regras acima. Ao
estender a oração reduzida fica mais fácil saber qual regra aplicar. Nem sempre é
possível realizar este procedimento, neste caso, basta analisar se a oração configura
subordinação e qual tipo é (substantiva, adjetiva ou adverbial) e aplicar as regras para
orações subordinadas descritas acima.
I) Oração reduzida de gerúndio: Quando possuir valor de oração coordenada aditiva,
deve estar isolada por vírgula.
Ligueipara o Palácio, tentando contactar o presidente. (valor aditivo)
Liguei para o Palácio e tentei contactar o presidente.
Jogando granadas, você matará aquelas aranhas.
Caso jogue granadas, você matará aquelas aranhas.
(Oração Subordinada Adverbial, regra 10.3f - deslocada)
O monstro, guardando a entrada, foi obterado.
O monstro, que guardava a entrada, foi obterado.
(Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I)
II) Oração reduzida de particípio:
A comida indicada pelo garçom estava ruim.
A comida que o garçom indicou estava ruim.
(Oração Sub. Adjetiva Restritiva, regra 10.3d.II - sem vígulas)
A lista de comidas, descrita no cardápio, é ruim.
A lista de comidas, que o cardápio descreve, é ruim.
(Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I)
Terminadas as provas, todos passaram.
Quando terminaram as provas, todos passaram.
(Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f)
33
III) Oração reduzida de infinitivo:
A vender tudo, ele está disposto.
(Oração Sub. Substantiva, regra 10.3e.I - deslocada)
Aquela, a dançar no palco, namorou comigo.
Aquela, que dança no palco, namorou comigo.
(Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I)
Fui um dos poucos a apreciar a dança.
Fui um dos poucos que apreciou a dança.
(Oração Sub. Adjetiva Restritiva, regra 10.3d.II - sem vírgulas)
Vendi tudo para alimentar os pobres.
Vendi tudo para que alimentasse os pobres.
(Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f - vírgula facultativa)
Vendi, para alimentar os pobres, tudo.
(Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f - deslocada)
34
03) Concordância Verbal
Devemos ter cuidado em escrever os verbos das seguintes formas:
a. Houve decisões favoráveis às minorais (Haver = existir: o haver fica no singular).
b. Pode haver decisões favoráveis às minorias (o auxiliar é contaminado pela
impessoalidade do verbo haver e fica no singular por isso).
c. Trata-se de novos projetos de lei. (o verbo TRATAR-SE é impessoal e deve, por
isso, não ser precedido de nenhuma palavra que pareça sujeito e deve ser
empregado apenas no singular).
d. Mantiveram-se os artigos polêmicos (=os artigos polêmicos foram mantidos –
portanto, há plural).
e. Precisa-se de revisões constantes. (como não é possível reescrever a frase, o
verbo ficou no singular).
f. A revisão da lei e do decreto ocorreu em meio à polêmica. (há uma revisão para
os dois).
g. A revisão da lei e a do decreto ocorreram em meio à polêmica. (notem que há
dois artigos, o que indica sujeito composto que leva o verbo para o plural).
Emprego de pronomes relativos
só empregue ONDE, como relativo, se este pronome fizer menção a lugar físico.
Exemplos:
Foi em Brasília onde o grupo se reuniu.
Foi na década de 80 onde [em que, quando] o Brasil conheceu seu rock urbano.
É em Brasília aonde o grupo irá para fazer o protesto. [se há verbo de movimento e
ideia de lugar físico, empregamos AONDE].
Regência Verbal
Exemplos:
As pessoas visam a um país melhor.
As pessoas visam ter um país melhor. (seguido de verbo, não há preposição A).
sição.
35
Exemplo:
A reforma implicou descontentamento.
Exemplo:
Motoristas não obedecem às Leis de Trânsito.
Emprego da Crase
Exemplo: a partir desta ideia, definiremos os termos.
tes de masculino.
Exemplo: tudo será divulgado a prazo.
“toda”, “uma” etc.).
Exemplo: a cada ano, diminuem os recursos naturais.
inos: esta, essa, ela.
Exemplo: dia a dia, face a face etc.
definido feminino também flexionado no plural.
Exemplos:
Não vou a festas./Não vou às festas.
10
medida que, às vezes, à vista, à proporção que, à direita, à luz de etc.
Uso da vírgula e de outras pontuações
ra separar adjunto adverbial descolado
(início ou meio da frase).
Exemplos:
No Brasil, ainda há muita tolerância em relação à corrupção.
36
Não sabemos, no Brasil, fazer uso do voto.
quando
estes forem oração subordinadas adverbiais reduzidas.
Exemplos:
O MP entrará com uma ação, objetivando corrigir o desvio legal.
O MP entrará com uma ação. Objetivando corrigir o desvio legal. [erro]
a conjunção explicativa.
Exemplo:
É preciso conciliar a manutenção da justiça social com os direitos humanos, pois um
implica a construção do outro. [correto].
Exemplos:
Na política há um conflito que envolve o interesse dos defensores das minores, a
questão agrária, e a contrapartida dos evangélicos. [errado]
Na política há um conflito que envolve o interesse dos defensores das minores, a
questão agrária e a contrapartida dos evangélicos. [correto]
Exemplo:
Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como, por exemplo,
o Ibama.
Exemplos:
Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como: o Ibama.
[errado]
Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como os seguintes: o
Ibama e a Polícia Federal.[correto]
s.
Exemplo: Banco do Brasil (BB).
37
FALHAS TEXTUAIS
Emprego de pronomes demonstrativos
os mais empregados numa dissertação.
a também podem resgatar o que já se passou, mas devem se referir
pontualmente a substantivos, não a ideias.
Exemplos:
a.O Banco do Brasil está financiando imóveis do programa Minha Casa Minha Vida.
Isso ajudará milhões de família a conseguirem comprar seu primeiro imóvel.
b. O Banco do Brasil está financiando imóveis do programa Minha Casa Minha Vida.
Este ajudará milhões de família a conseguirem comprar seu primeiro imóvel.
Uso de conjunções
– não é conjunção causal!!!)
medida em que = porque e é diferente de à medida que.
errar o uso de uma conjunção e perder pontos até mesmo na coerência entre as
ideais.
Vocabulário
mpregado somente quando se quer destacar, diferenciar
algo. Em provas, é melhor empregá-lo apenas quando houver uso do verbo
DESTACAR. Em outros casos, melhor será o uso de ENTRE.
-SE = como é de uso muito restrito, deve-se investir em outro verbo para
evitar complicações.
atravessar meio físico. No entanto, ele pode ser empregado livremente, quando já
se usou “por meio de” na redação.
38
egar aspas sobre
coisa. De preferência, não é recomendável trabalhar com isso.
-SE, PORTANTO,... = ou se usa a conjunção conclusiva ou o verbo
concluir.
aísmos e devem ser evitados.
deve ficar em segundo plano. É bom dar preferência ao sentido real, objetivo e claro
do que se escreve. Portanto, o emprego de vocabulário simples é a melhor resposta
ao tecnicismo vazio.
04) Pronome relativo ↑ Sumário
(coesivo, anafórico, antecedente, relação de sentido, cadeias remissivas,
concordância.
QUE A QUAL, O QUAL (depende do elemento anafórico retomado e sentido
da frase , observar a concordância do verbo
Em uma situação... (situação é tempo)
Em janeiro... (janeiro é tempo)
No casamento (local da festalugar / no período do casamento tempo)
Em uma sociedade na qual se avaliam homens e mulheres, tudo é
possível.(Dentro da sociedade, só não é um local geográfico normal ,lugar) o
que não é lugar tempo, situação
***CESPE cobra: Sociedade, internet, Constituição...==> como lugar.
( V ) Seria possível (...) substituir a expressão “na qual” por “onde”.
Onde é só para lugar, no entanto, o CESPE tem uma visão ampla do que
seja lugar.
Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o
trecho “em que se situam esses princípios fundamentais” (R.18)
poderia ser substituído por aonde se situam esses princípios
fundamentais. JUSTIFICATIVA – A substituição de em que
por aonde prejudica a correção gramatical do texto.
**A TROCA POR “ONDE” ESTARIA CORRETA.**
Os verbos que devem ser utilizadosao lado da palavra “onde” ou no contexto em que
esse termo aparece são os que indicam estado ou permanência.
39
Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar,
no sentido de localização, mas quando transmitir a ideia de movimento. Portanto,
preste atenção aos verbos, pois os que indicam movimento, tais como: ir, chegar,
dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”.
O pronome cujo é usado para indicar posse e não possui sinônimo perfeito.
Os cidadãos a cujos princípios se fez alusão estiveram lá.
As quais
REGRA 1 ( especificam os antecedentes)
O Brasil é uma nação que (NAÇÃO) investe em turismo.
A maioria das pessoas que obtém ((v. sing.) retoma MAIORIA) média em
provas.
Jovens escolarizados (suprimindo-se a palavra escolarizados o “QUE”
retoma jovens e crianças) e crianças que ( quem não teve acesso à
educação? Crianças ) não tiveram acesso à educação formal têm os mesmos
direitos.
REGRA 2 (sentido restritivo)
Os trabalhadores brasileiros, que são mal remunerados, precisam se
qualificar mais.
OR. Adj. EXPLICATIVA ( entre vírgulas, visão generalista, retirada vírgula
muda sentido) UM SÓ / TODOS
(explica caracteriza)
OR. RESTRITIVA ( sem vírgulas, refere-se A uma parte de um conjunto maior)
UM DOS / ALGUNS DOS.
(especificarestringe, limita) A oração o termo “homem”...
O Canadá, que é um país frio, recebe muitos turistas. ( A retirada das vírgulas
implicaria em incoerência textual e erro de pontuação , caso obrigatório no
uso das vírgulas)
O tiro, que acertou o rapaz, saiu da arma de um policial. ((Com vírgulas houve
somente um tiro) sem as vírgulas houve mais tiros e um deles acertou o
rapaz)
Vírgula Facultativo quando não tem mudança de sentido
*Nas OR. ADJ. A vírgula nunca será facultativa.
A decisão, tomada pelo governo, gerou polêmica. (pode ser trocada por “, que
o governo tomou,”)
40
REGRA 3 (concordância verbal)
As coisas em que as pessoas acreditam ( quem acredita acredita em) podem
ser fantasiosas.
A reunião em que o governo compareceu foi produtiva (que compareceu
compareceu a a que ou à qual
O local onde chegaram parecia deserto. (quem chega chega a aonde
REGRA 4 (QUE / QUEM com prep.. monossílabo)
A pessoa da qual falávamos estava no local.
Sobre quem (pode ser sobre a qual ou de quem)
Os pronomes “QUE, QUEM só podem ser acompanhados por preposição
mono silábica com uma silaba. Em caso com preposição com mais de uma
sílaba, use “O QUAL e variações”
REGRA 5
A pessoa a quem conheci merece respeito. (a preposição a foi exigida pelo
pronome quem, qdo seguido de VTD, para melhorar a sonoridade da frase
ajuste fonético.
A pessoa a quem fiz alusão esteve no local. (“a” exigido do VTI alusão.
REGRA 6
“QUEM”PESSOAS / ENTES PERSONIFICADOS
A Justiça(termo personificado), a quem o cidadão comum recorre, está à sua
disposição. (“a” regido pelo verbo recorrer)
REGRA 7
“ONDE” LUGAR (LOCAL GEOGRÁFICO)
Sociedade, internet, constituição ...
ONDE EM QUE sempre pode
EM QUE ONDE nem sempre pode ser trocado (pode ser tempo ou lugar)
Em uma sociedade (onde ou em que) todos têm acesso à cultura, tudo
caminha bem
Na semana (em que ou na qual) (não pode ser usado “onde“ sentido de tempo
e não de lugar) eles assinaram o acordo, algo ocorreu.
41
REGRA 8
ONDEEM (local fixo)
Estar, permanecer, morar, continuar, residir, assistir
AONDEA (movimento
Chegar, comparecer, retornar, ir, voltar
O local (onde / em que)ela chegou. (aonde, ao qual, a que)
REGRA 9 CUJO E VARIAÇÕES
- Indicam posse
-Vêm entre dois substantivos
-Referem-se a um antecedente
-Não admitem posposição de artigo
-Não apresentam sinônimo perfeito. (NÃO pode ser trocado por DAS QUAIS,
DE QUE, DE ONDE) só com devidas alterações)
A criação do imposto cuja decretação ocorreu ontem levou anos.
CUJA
* evita a repetição da expressão “ criação de imposto” (F “imposto”)
* pode ser substituído por a qual (F não pode ser substituído por nenhum
outro pronome relativo)
* pode ser substituído por cujo a (F não pode ser posposto por artigo)
* indica posse e tem como referente o termo “imposto” (C)
* introduz uma informação de natureza explicativa (F não há vírgula ,logo,
natureza restritiva, indica possessiva)
O rapaz de cujas ( retoma rapaz e concorda com decisões)decisões
duvidamos foi questionado.
REGRA 10
O QUAL E VARIAÇÕES
- podem ser usados para coisas, pessoas ou lugares.
- o artigo faz parte do pronome
- o pronome concorda sempre com o antecedente que ele substitui
-admite contração ou combinação da preposição ao artigo
O homem a qual me refiro está lá. ( ao qual concorda com “homem”)
A pessoa a qual me refiro estava lá. (à qual quem se refere se refere “a”)
A pessoa da qual gostava estava lá.(quem gosta gosta de)
42
REGRA 11
COMO só é pronome relativo depois de modo, maneira, forma, jeito...
A maneira como o ser humano age diz muito de sua natureza. (restritivo)
que
REGRA 12
QUANTOsó é pronome relativo depois de tudo, nada, isso, aquilo
Tudo quanto queremos é possível. (restritivo)
que
AMBIGUIDADE
A situação da moça sobre a qual falávamos é considerada delicada.
Rapaz ( a qual , da qual)
- a frase apresentada, fora de contexto, é ambígua, pois o pronome “a qual”
pode, em termos gramaticais, se referir a qualquer um dos antecedentes.
*pronominal dupla referenciação
O professor deseja apenas que o aluno entenda seu texto.
*vocabularpolissemia
“Respeito as casadas como as solteiras”
*estrutural formulação do período
“Ele viu o incêndio do prédio.”
Cespe se há ambiguidade intenciona (recurso expressivo)correção
USO DE O / LHE
O, A OS,AS (E VARIAÇÕES)
m, til no, na, nos, nas
r/s/z corta-se o consoante final lo, la, los, las
Pronome com Função de sujeito
Caso: DEFAMAVOS + PRONOME + V. INFINITIVO
Verbos Causativos: deixar, fazer, mandar.
43
Sensitivos: Ver, ouvir, sentir.
** O pronome será sempre suj. do infinitivo.
Verbo (defamavos) + pron. (suj.) + v. infinitivo
(eu) Mandei-o (suj. do verbo ficar) ficar aqui.
Não o (suj. entrar) vi(VTD) entrar em casa.OD
(Eu) Mandei o rapaz entrar. Mandei os rapazes entrarem.
Mandei que o rapaz entre.
(Eu) ... ele ....
(Eu) ... lhe ....
(Eu) ... o ....
LHE, LHES A ELE(S) / A ELA(S)
SUBSTITUEM TERMOS COM PREPOSIÇÃO
Sem prejuízo do sentido ou da
correção gramatical do texto.
Eis a razão por que (pela qual) a matéria/
(de) que eram compostos os seus mundos imaginados (Os seus mundos imaginários
eram compostos “de” matéria
/ era toda de riso.
44
05) Colocação Pronominal ↑ Sumário
Ela reconheceu-me.(VTD)
Ela obedeceu-me. (VTI)
Ela reconheceu a mim.
Ela obedeceu a mim.
Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes
oblíquos tônicos:
Ela gosta de mim.
Ela mentiu perante mim.
Ela faz tudo por mim.
“No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial
que a afirmação da cidadania se completou”: Mas, apenas depois
da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se.
“que a cidadania solidificou-se”. (que palavra atrativa , mesmo que haja outras
palavras entre o “que” e o verbo, recomenda-se que se coloque na próclise.)
Locuções verbais formadas por auxiliar mais infinitivo:
3.6.1 Não havendo atração, o pronome fica depois do auxiliar ou do
infinitivo. Ex.: quero te provaralgo ou quero provar-te algo – o juiz deve se ater
ao pedido ou o juiz deve ater-se ao pedido.
3.6.2 Havendo atração, o pronome fica antes do auxiliar ou
depois do infinitivo. Ex.: não te quero provar algo ou não quero proManual
de Redação do Ministério Público do Estado de Goiás 107
var-te algo – o juiz não se deve ater ao que disse ou o juiz não deve ater-se
ao que disse.
3.7 Locuções verbais formadas por auxiliar mais preposição e
infinitivo:
3.7.1 Não havendo atração, o pronome fica depois da preposição ou
do infinitivo. Ex.: deixou de o avisar ou deixou de avisá-lo.
3.7.2 Havendo atração, o pronome fica antes do auxiliar ou depois
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do infinitivo. Ex.: não o deixou de avisar ou não deixou de avisá-lo.
3.8 Locuções verbais formadas por auxiliar mais gerúndio:
3.8.1 Não havendo atração, o pronome fica depois do auxiliar ou do
gerúndio. Ex.: vinha se queixando ou vinha queixando-se. 2.8.2 Havendo atração, o
pronome fica apenas antes do auxiliar. Ex.:
não se vinha queixando.
3.9 Locuções verbais formadas por auxiliar mais particípio:
3.9.1 Não havendo atração, o pronome fica antes ou depois do auxiliar.
Ex.: a médica lhe havia recomendado descanso ou a médica havia lhe
recomendado descanso.
3.9.2 Havendo atração, o pronome fica apenas antes do auxiliar. Ex.:
a médica não lhe havia recomendado descanso.
Observação: não se admitem construções em que o pronome átono
se posicione depois do particípio. Ex.: use o chefe lhe havia dito ou o chefe
havia lhe dito no lugar de o chefe havia dito-lhe.
CESPE cobrou como loc. Verbal
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,...
1. (V ) PODE-SE RESOLVER O PROBLEMA DE OUTRA FORMA.
Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical, retirar o hífen
da forma “Pode-se”, mas isso implicaria mudança na posição do pronome.
Enclise do auxiliar “pode”
Se tirar hífen torna-se próclise do verbo “resolver”, então, muda de posição e
é possível eliminar na norma culta.
Casos Com O Verbo “PODER E DEVER” (FCC)
Pode (V. Aux.)-se (PA) resolver (VTD) conflitos (Suj.). CESPE
Podem (VTD)-se(PA) resolver conflitos(Suj. Oracional). (pouco cobrado como
suj. oracional)
Deve-se (PA) discutir(VTD) os prazos. (Suj.). CESPE
Devem (VTD)-se (PA) discutir os prazos (Suj. Oracional). (pouco cobrado
como suj. oracional)
2. (V) O rapaz (se) lembra-se de outro fato.
46
Seria possível, (...) colocar o pronome “-se” em outra posição.
ESQUEMA DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL
PRON OBLIQUOS ATONOSme, te, se, nos, vos,
Lhe, lhes
O, a, os, as, (variações)
Próclise
Não me disse a verdade
Mesóclise
Dar-me-á a verdade
Ênclise
Contou-me a verdade.
CASOS PROIBIDOS DE COLOCAÇÃO
1. Inicio de frase
(Se) Discutiu-se a proposta do político.
Se concentravam(-se) nas tarefas domésticas. (típica da oralidade)
2. Depois de particípio ado, ido, do, to, go, so...
Tinha se expressado (-se) com clareza.
3. Depois do futuro do indicativo
Futuro do Presente
-rei, rás, rá
-remos, reis, rão
Futuro do Pretérito
-ria, rias, ria
-ríamos, ríeis, riam
(se) Contar-se-ia (-se) o caso de outra maneira.
(se) Encontrar-se-ão (-se) tais produtos em outros países.
Obs.:
1. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa.
*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe**
Se o encontrar na cidade, dê-lhe nas tarefas. (a conjunção “Se”(caso) inicial
indica que o verbo está conjugado no futuro do subjuntivo, logo este verbo não
está no infinitivo.)
CAP-QUE (Conjunção “Se” atrai a preposição caso de próclise obrigatório.)
47
Começou a ajudá-la nas tarefas. (o verbo está no infinitivo, mas a construção “a
a ajudar” não se craseia preposição com pronome obliquo , logo é um caso
proibido, única construção possível é “ajudá-la”(ajudar a).
Começou a ajudar-me nas tarefas. (A construção é possível “a me ajudar”
preposição “a” + pronome obliquo “me”.)
2. Se não houver palavra atrativa a colocação será sempre facultativa.
O governo (-se) (facultativo) comprometer-se-ia (-se) (proibido)com o caso.
A moça se mostrou (-se)(facultativo) uma pessoa responsável.
Os homens se contentam(-se)(facultativo) com pouco.
A humanidade se esqueceria (-se) (proibido)do fato. (Pode haver mesóclise)
Nunca nos esqueceremos (-se) (proibido)do fato. (caso de Próclise com palavra
atrativa)
CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA (ATRAÇÃO SÓ ANTES só se for a 1ª
vista)
CAP- QUE EM GERUNDIO –Próclise
1. Palavra de sentido negativo não, nunca, nem, jamais, nada, coisa alguma
”se”, nenhuma
Coisa alguma se divulga aqui.
2. Conjunções subordinativas(se, como, quando, quanto, enquanto, caso,
que)
3. Pronomes relativo (que, cujo, o qual,...)
4. Advérbios curtos sem vírgulas ( hoje, já, ainda, ontem, agora,... )
5. Gerúndio precedido de “em”
Em se tratando de Brasil, tudo é possível.
A moça se convenceu(-se)(facultativo) hoje do fato. (ATRAÇÃO SÓ ANTES só
se for a 1ª vista)
CASOS DE MESÓCLISE
1. A mesóclise só poderá ser empregado se não tiver caso de próclise.
2. A mesóclise só pode ser usada com verbos nos Futuros do indicativo.
3. A mesóclise só será obrigatória no Futuro, iniciar o período.
48
4. Se não houver caso de próclise nem mesóclise, as duas colocações serão
aceitas. (facultativo)
O governo se manifestar(-se-)á (futuro do ind.)(facultativo) acerca do ocorrido.
Faria-se um acordo entre as partes.(Não pode ter próclise, mas é caso de
mesóclise, logo, ênclise proibido) “Far-se-ia”
CASOS DE ÊNCLISE obrigatória qdo Próclise proibido. (ênclise
proibido com futuro)
Dê-me outra chance. (Próclise proibido)
Tratando-se do tema, o problema foi resolvido. (Próclise proibido)
Em se tratando....(outra possibilidade)
COLOCAÇÕES EM LOCUÇÕES VERBAIS
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,...
1 V aux. 2 + 3 V principal 4 forma nominal (gerúndio, particípio, infinitivo)
O governo 1se pode 2-se 3se manifestar 4se sobre o fato.
Ninguém 1se pode 2-se (ênclise proibido, caso de próclise obrigatório com
palavra negativa) 3se manifestar 4-se sobre o fato.
O governo 1se tinha2-se 3se manifestado 4-se (ênclise proibido, com
particípio no verbo principal) sobre o fato.
Assim que 1se pôde 2-se 3se vingar 4-se da ofensa sofrida ...
Verbos precedidos das conjunções coordenativas não só... mas também,
quer... quer, já... já, ou... ou, ora... ora. Exemplo: Não só me trouxe a
encomenda, mas também me ofereceu um presente./ Quer se retire, quer se
acomode.../ Ou se afasta ou se enquadra nas normas./ Ora se irrita, ora se
mostra alegre.
OBS.: As conjunções coordenativas e, mas, porém, todavia, contudo e portanto não
atraem o verbo.
Com as formas verbais proparoxítonas. Exemplo: Nós lhe perdoaríamos a
desfeita./ Nós o teríamos feito./ Nós nos derramávamos em elogios.
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CASOS DE ÊNCLISE obrigatória qdo Próclise proibido. (ênclise proibido com
futuro)
O governo se manifestar(-se-)á (futuro do ind.)(facultativo) acerca do ocorrido.
Faria-se um acordo entre as partes.(Não pode ter próclise, mas é caso de
mesóclise, logo, ênclise proibido) “Far-se-ia”
Dê-me outra chance. (Próclise proibido)
Tratando-se do tema, o problema foi resolvido. (Próclise proibido)
Em se tratando....(outra possibilidade)
06) Orações ↑ Sumário
CESPE – AULA ORAÇÕES REDUZIDAS
As orações reduzidas são, por estrutura subordinadas, mas podem aparecer
coordenadas entre si.
Não apresentamconector e o verbo deve, obrigatoriamente, estar em uma forma
nominal (gerúndio , infinitivo ou particípio).
Para desenvolver uma oração reduzida, basta inserir conector e conjugar o
verbo.
A decisão tomada pelo juiz agradou a todos.
Que foi tomada pelo juiz (que o juiz tomou) voz ativa
A considerar os fatos, teria outro tipo de atitude.
A + condição (se)
Se considerasse os fatos, teria outro...
Ao entrar no local do evento, verificou o que estava acontecendo.
Ao quando (ver conjugação do verbo)
Quando entrou no local do evento, verificou ...
O VERBO DA ORAÇÃO PRINCIPAL SERVE COMO REFERÊNCIA PARA CONJUGAÇÃO DA ORAÇÃO
SUBORDINADA.
Correlação fixas de infinitivo
A + inf.==> condição se/ caso
Ao + inf tempo quando
50
Por + inf causa Porque
Apesar de + inf concessão embora
Afim de / Para finalidade a fim de que / para que
Ao retornarem á base do país, perceberam quais seriam os problemas.
( F ) Seria possível (...), substituir a expressão “ao retornarem” por “quando
retornarem”
Quando retornaram... (tempo verbal) verifique sempre a concordância e
conjugação do verbo depende da OP – oração principal - )
O vocábulo “caso” usado como uma condicional
Gramática
Formas verbais específicas são aplicadas ao vocábulo “caso” usado como uma condicional.
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A começar pela ilustração que abre o artigo, convido você, caro (a) usuário (a), a observar
ambas as colocações, uma vez expressas por:
CASO EU FOR...*
CASO EU VÁ...
Analisemos juntos dois aspectos preponderantes na questão que se evidencia: o primeiro deles
se refere ao vocábulo “caso”, ora retratado por um substantivo, mas que pode ser também
aplicado com valor de conjunção, cuja noção se revela pelo aspecto condicional.
Em se tratando desse mesmo aspecto, lembramo-nos naturalmente da conjunção “se”, básica,
por excelência. Dessa forma, analisemos os enunciados que seguem, cujos discursos se
manifestam tanto pelo uso da conjunção “se”, como da conjunção “caso”:
Se eu for ao cinema, avisarei com antecedência.
Caso eu vá ao cinema, avisarei com antecedência.
Ratificando, ambas as conjunções revelam uma noção hipotética, um fato provável, ou seja,
tanto pode ser que ele se realize, quanto pode ser que não. Dessa forma, nosso intento é fazer
com que você compreenda e perceba que as formas verbais foram aplicadas de maneiras
distintas, tendo em vista a conjunção utilizada.
51
Nesse sentido, cabe afirmar que se trata de tempos inerentes ao modo subjuntivo, mas
diferentes, aplicáveis a casos particulares, respectivamente demarcados pelo futuro do
subjuntivo (se eu for) e presente do subjuntivo (caso eu vá)
A encontrar (se encontrar ) uma solução para o fato, mudará de atitude.
(caso encontre) caso não admite o modo subjuntivo
Ao reconquistar sua liberdade, mudará de atitude.
Quando reconquistar
Por terem pouco juízo, os adolescentes sofrem mais.
Porque têm pouco...
Apesar de ser um país rico, o Brasil oferece poucos empregos.
Embora seja um país rico,... (presente do subjuntivo)
Para ele estudar, a mãe fez de tudo.
Para que ele estudasse,...
Possibilidade Semânticas do Gerúndio
CESPE cobra (causa / condição/tempo)
Estudando muito, ela conseguiu realizar seu sonho.
Causa Como estudou muito,...
Já que estudou muito, ...
Estudando muito, ela conseguiria realizar seu sonho.
Condição/ possibilidade
Se estudasse muito,...
Caso estudasse muito,...
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Chegando ao local do evento, resolveu as pendências.
Tempo
Quando chegou ao local...
Ela saiu correndo pela casa.
a correr
NGB (não considera como modo) é uma locução verbal (saiu correndo)
Modo (se não tiver outra nomenclatura deve-se classificar como modo)
CESPE valor do gerúndio --modo
• Orações Reduzidas de Infinitivo:
*Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir. O infinitivo também pode vir conjugado, sendo
chamado “infinitivo pessoal”.
Reduzida: É preciso comer frutas e legumes.
Desenvolvida: É preciso que se coma frutas e legumes. (Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva)
Reduzida: O vendedor afirmou ser de qualidade a mercadoria.
Desenvolvida: O vendedor afirmou que era de qualidade mercadoria. (Oração
Subordinada Substantiva Objetiva Direta)
Reduzida: Não gosto de você sair sozinho.
Desenvolvida: Não gosto de que você saia sozinho. (Oração Subordinada Substantiva
Objetiva Indireta)
Reduzida: Meu desejo era ganhar uma viagem.
Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse uma viagem. (Oração Subordinada
Substantiva Predicativa)
Reduzida: Tenho esperança de não haver fome no futuro.
Desenvolvida: Tenho esperança de que não haja fome no futuro. (Oração
Subordinada Substantiva Completiva Nominal)
Reduzida: Decidiram o seguinte: comemorarem juntos o Ano Novo.
Desenvolvida: Decidiram o seguinte: que comemorarão juntos o Ano Novo. (Oração
Subordinada Substantiva Apositiva)
Reduzida: Ela foi a única a apreciar o show.
Desenvolvida: Ela foi a única que apreciou o show. (Oração Subordinada Adjetiva
Restritiva)
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Reduzida: Fiz as mudanças necessárias ao voltar das férias.
Desenvolvida: Fiz as mudanças necessárias quando voltei das férias. (Oração
Subordinada Substantiva Adverbial Temporal)
Reduzida: Se estudar será recompensado.
Desenvolvida: Caso estude será recompensado. (Oração Subordinada Substantiva
Adverbial Condicional).
Reduzida: Por ficar doente, não fui trabalhar.
Desenvolvida: Porque fiquei doente, não fui trabalhar. (Oração Subordinada
Substantiva Adverbial Causal).
• Orações Reduzidas de Particípio:
*Particípio: terminações –ado, -ido.
Reduzida: Temos apenas um filho, criado com muito amor.
Desenvolvida: Temos apenas um filho, que criamos com muito amor. (Oração
Subordinada Adjetiva Explicativa)
Reduzida: A criança sequestrada foi resgatada.
Desenvolvida: A criança que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada
Adjetiva Restritiva)
Reduzida: Ferido, não foi escalado para a partida.
Desenvolvida: Porque se feriu, não foi escalado para a partida. (Oração Subordinada
Adverbial Causal)
Reduzida: Cumpridas as exigências, serão dispensados.
Desenvolvida: Se cumprirem as exigências, serão dispensados. (Oração Subordinada
Adverbial Condicional)
Reduzida: Rimos muito depois de passado tudo.
Desenvolvida: Rimos muito depois que tudo passou. (Oração Subordinada Adverbial
Temporal)
Orações Reduzidas de Gerúndio:
Gerúndio: terminação –ndo.
Reduzida: Emocionei-me com a criança cantando.
Desenvolvida: Emocionei-me com a criança que cantava. (Oração Subordinada
Adjetiva Restritiva)
Reduzida: O garoto, desafiando as autoridades, não cumpriu com as determinações
do juiz.
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Desenvolvida: O garoto, que desafiou as autoridades, não cumpriu com as
determinações do juiz. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa)
Reduzida: Não enviando o relátorio a tempo, perdeu a bolsa de estudos.
Desenvolvida: Porque não enviou o relatório a tempo, perdeu a bolsa de estudos.
(Oração Subordinada Adverbial Causal)
Reduzida: Mesmo fazendo de tudo, não consegui convencê-la a voltar.
Desenvolvida: Mesmo que eu tenha feito de tudo, não consegui convencê-la a voltar.
(Oração Subordinada Adverbial Concessiva)
Reduzida: Respeitando as normas, não terão problemas.
Desenvolvida: Desde que respeitem as normas, não terão problemas. (Oração
Subordinada Adverbial Condicional)
O fiscal verificou se (conj. Integrante) todos os dados estavam corretos..
Tente examinar todos quantos (pron relativo)OS QUAIS) comparecerem ao
consultório.
OR. SUB. ADJ. RESTRITIVA
Toda oração subordinada adjetiva (explicativa ourestritiva) exerce apenas uma função
sintática: adjunto adnominal.
EM QUE ONDE ( GEOGRÁFICO)
a sociedade (no lugar) (em que)onde nos encontramos merece outras
referências.
ONDE quando podemos colocar ou tirar
(TODO LOCAL EM QUE PODE SE ESTAR)
SOCIEDADE, CONSTITUIÇÃO, INTERNET
A QUE À QUAL
“QUE” RETOMA TERMO ANAFÓRICO (retoma de acordo com o sentido)
Homens e mulheres, que (quem sempre foram vítimas de preconceitoAS
MULHERES) sempre foram vítimas de preconceito no mercado de trabalho.
CUJO O. S. A. EXPLICATIVA
55
A moça, cuja mãe é deputada, encantou a todos
Nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz, o substantivo
repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então, usar o pronome relativo cujo, que
será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, a
namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo definido
(o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando assim:
cujo + o = cujo;
cujo + a = cuja;
cujo + os = cujos;
cujo + as = cujas.
Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações:
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.
56
07) Conectores ↑ Sumário
DICAS PARA DECORAR
Tanto, tudo (coordenadas)
Adversativa: entretanto, contudo.
Conclusivas: portanto
Explicativas: porquanto (imperativo + 2ª oração)
Quanto (Subordinadas)
Causais: porquanto. (Causa e consequência)
Concessiva: conquanto.
COMPARATIVAS: tanto quanto
Temporal: enquanto.
Pois (Coordenadas)
Conclusiva (deslocado, ENTRE VÍRGULAS)
Explicativa 1º(causa) imperativo 2º explicação (consequência)
(QUE, PORQUE, POIS, PORQUANTO)
Causal (subordinada) 1º na causa
Porque (Coordenada explicativa)
Verbo no imperativo
Conectivo 2ª oração, 2º ato da oração
Porque (Subordinada causal)
Conectivo 1º ato causa e consequência na 2ª oração
CAUSA: PORQUE? JA, POIS! UMA VEZ VISTO DADO SENDO NA MEDIDA QUE.
CONCESSIVA: EMBORA CON (quanto) POSTO, NEM MAL (grado) MESMO AINDA BEM, APESAR DE SE
BEM EM QUE (PESE)
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CONDICIONAL: SE CASO CONTANTO UMA VEZ ME SALVO AO MENOS DESDE QUE EXCETO A NÃO
SER QUE
CONSECUTIVA: Tesão QUE, SORTE (toda) DE FORMA, MANEIRA, E MODO QUE
COMPARATIVA : Tesão QUAL COMO TANTO QUANTO
PROPORÇÃO: À MEDIDA QUE
Brigam muito: querem o divórcio.
Brigam muito, por isso querem o divórcio,
1. É usual “ : ” entre orações coordenadas sem conector.
2. Os dois pontos entre as orações coordenadas,
normalmente marcam relação de explicação ou conclusão.
CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES
ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM
ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM,
CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO
ENTANTO
ALTERNATIVAS (demais vírgula
obrigatória)
3 OU (vírgula facultativa),
ORA...ORA, OU...OU, NEM...NEM,
QUER...QUER, SEJA...SEJA
CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, entre vírgulas),
LOGO, PORTANTO, POR
CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM
EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS,
PORQUANTO (geralmente o verbo
da primeira está no imperativo)
O subjuntivo na oração subordinada pode também denotar causa, concessão,
finalidade, referência temporal, condição e consequência.
VERBOS NO MODO SUBJUNTIVO
VERBOS NO MODO INDICATIVO
58
SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES
1. INTEGRANTES QUE / SE (=ISSO)
ADVERBIAIS
CAUSAIS já que PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS,
JÁ QUE, UMA VEZ QUE, desde que,
PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO
QUE, VISTO QUE, VISTO COMO,
QUE
CONDICIONAIS se, caso SE, CASO, SEM QUE (=SE NÃO),
UMA VEZ QUE, desde que,
CONTANTO, SALVO SE, DADO
QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE,
A NÃO SER QUE
CONCESSIVAS ainda que EMBORA, MESMO QUE, AINDA
QUE, CONQUANTO, POSTO QUE,
BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS
QUE, POR MENOS QUE, APESAR
DE QUE, NEM QUE, QUE
(=EMBORA)
COMPARATIVAS tanto quanto COMO, QUE (DO QUE) - DEPOIS DE
MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR,
MELHOR E PIOR-, QUANTO
(DEPOIS DE TANTO), QUAL
(DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO,
BEM COMO, COMO SE, QUE NEM
CONSECUTIVAS tanto que
(vírgula facultativa qdo depois da
oração principal)
QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL,
TAMANHO, TANTO), DE FORMA
QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO
QUE, DE SORTE QUE
CONFORMATIVAS conforme CONFORME, COMO (= CONFORME),
SEGUNDO, CONSOANTE
FINAIS para que PARA QUE, A FIM DE QUE,
PORQUE (= PARA QUE)
59
TEMPORAIS desde que QUANDO, ANTES QUE,
DEPOIS QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE,
SEMPRE QUE, ASSIM QUE,
DESDE QUE, TODAS AS VEZES
QUE, CADA VEZ QUE, APENAS,
MAL, QUE (= DESDE QUE),
ENQUANTO
PROPORCIONAIS à medida que À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE,
À PROPORÇÃO QUE
Quando tempo Se condição , mas muda o sentido
Quando encontrar recursos para o projeto, volte a apresentá-la
( V ) Seria possível, do ponto de vista gramatical, substituir o conector
“Quando” pelo conector “SE” sem comprometimento do sentido do texto e
da coerência textual (diferente De manter o sentido do período da frase).(o
conector pode ser trocado gramaticalmente, mas teremos uma mudança
de sentido .)
1. Observar se o CESPE pede gramaticalmente ou sentido do texto), é
possível que haja mudança de sentido no período que não afete de
modo significativa o texto (sentido do texto).
2. Há conectores que são sinônimos do ponto de vista semântico, mas não
se ajustam gramaticalmente (necessário adaptação).
( F )Se houver outro projeto do mesmo tipo, caberá ao governo analisá-la.
“Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e da
coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos, mas é necessário fazer
ajustes no verbo para “haja”. “Caso”, não aceita fut. Do subjuntivo)
Quando , Se Fut. Do subjuntivo
Caso Pres. Do Subjuntivo
3. Observar o CESPE : cobra a concordância verbal, tempo verbal.
( V )Se houvesse outro projeto do mesmo tipo, caberia ao governo analisá-
la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e
da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos neste caso como o verbo
60
está conjugado no pretérito Imp. do subjuntivo, não há necessidade de
correção para que a frase se torne verdadeira. “Caso” pode ser empregado
no pret. Do subj. , única restrição para o Fut. Do Subj.. )
Apesar de ser... (sinônimos, mas não se ajustam gramaticalmente)
Embora (concessivas) fos
se responsável pelo fato, nada lhe foi cobrado.
“contanto que” (condição) por “ainda que” por “Mesmo que”
( F )Seria possível, (...) substituir o conector “embora” pelos 3 conectores
acima?
( V ) A conjugação do verbo (no subjuntivo) se deve ao conector
(subordinativo)“embora”.
Quando chegar ...
4. O modo subjuntivo (hipótese, incerteza) é utilizado em função de uma
conjunção subordinativa ou de outro mecanismo coesivo.
O governo investe em educação, falta, no entanto (conector deslocado na
2ª oração), reconhecimento disso por parte do povo.
Mas (não pode ser colocado deslocado)/ Contudo / Entretanto / Todavia
5. Mas / ou /”e” não podem ser trocados qdo os conectores estiver
deslocado na oração. Estes 3 só é admitido no início da oração
coordenadas.
6. “Pois” deslocado, muda de sentido. Explicativo conclusivo (entre
virgulas)
( F ) Seria possível, (...) substituir o conector “no entanto” pelos 4
conectores acima?
** Sem estudar, passou. (Concessiva Embora não tenha estudado,
passou)
**Sem estudar, não passa. (Condição Se você não estudar, não passa.)
61
A persistir os sintomas, o médico deve ser procurado.(condição) Se
persistir...
Ao persistir os sintomas... (Tempo) Quando os sintomas persistirem...
7* Os brasileiros estão acostumados à toda sorte de desrespeito. Não
questionam o governo nem compreendem seus direitos como cidadãos.
( F ) Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical....
colocar antes da 2ª oração que compõe o trecho o conector “no entanto”
fazendo as adaptações necessária de maiúscula e minúscula e na
pontuação. (No entanto (concessivo),...) no entanto dá ideia de oposição
a 1ª ideia
Acostumado por isso não questiona (conclusão)
*** Se as orações estiverem desvinculadas com “.”, no máximo poderemos
colocar uma conjunção coordenativas entre elas, subordinativas nunca,
além do verbo necessitar ser colocado no modo subjuntivo.
*** Não se esqueçam de verificar a relação semântica a partir dos verbos
existentes nas relações.
Oposição, conclusão ou explicação (os 3 mais comuns)
Polissemia – Valor dos Conectivos
O valor significativo dos conectivos é definido quando se consegue compreender o
caráter e o papel desempenhados por eles na estrutura oracional. As orações
conectadas traduzirão por si mesmas, com a presença do conector sintático, o valor
semântico, isto é, o significado do período por elas composto.
Valor semântico da conjunção “e”.
Valor aditivo:
Ele é aplicado e muito inteligente.
Valor adversativo:
62
Ela me deve um dinheirão, e não paga.
Estudou muito e foi reprovado.
“Tudo é mistério e tudo está cheio de significado.” (PESSOA, 1986)
Valor conclusivo:
Estudou muito e passou.
Valor final:
O garoto ia buscar o livro e entregá-lo à diretora.
Valor semântico da conjunção “mas”.
Valor aditivo:
Não só é aplicado, mas inteligente.
É um aluno estudioso, mas principalmente dedicado.
Valor de compensação:
Perdeu o ano, mas conheceu vários países.
Valor de não compensação:
Estudou muito, mas foi reprovada.
Valor de restrição:
Terás o dinheiro, mas apenas parte dele.
Valor de atenuação:
Estava triste, mas disfarçava.
Valor de retificação:
Super-heróis são famosos, mas os verdadeiros heróis poucos conhecem.
Valor semântico da conjunção “como”.
Valor aditivo:
Não apenas é aplicado, como inteligente.
Valor comparativo:
Simples e rápido como um passe de mágica.
Valor conformativo:
Faço o trabalho como o regulamento prescreve.
Valor causal:
Como estava chovendo, não fui ao trabalho.
63
Valor semântico da conjunção “se”.
Valor condicional:
Se você estudar, conseguirá seu intento. (equivale a "caso");
Valor causal:
Se você sabia que era proibido entrar lá, por que não me avisou. (equivale a "já
que");
Valor concessivo:
Se não ofendeu a todos, ainda assim insultou os mais velhos. (equivale a “apesar
de”)
Valor temporal
Se fala, irrita a todos. (equivale a “quando”)
Conjunção integrante:
Não sei se ficarei lá muito tempo. (se funciona como objeto direto do verbo
"saber".)
Valor da conjunção “que”.
a) QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA
1. Conjunção coordenativa aditiva – O <que> como conjunção coordenativa
aditiva aparecerá sempre entre duas formas verbais de idêntico valor,
correspondendo ao conectivo e.
a) Reclama que reclama, mas não toma nenhuma atitude séria.
b) A mim que não a ti cabe intervir na empresa.
2. Conjunção coordenativa explicativa – O <que> como conjunção coordenativa
explicativa pode ser substituído por pois ou porque (também conjunções
coordenativas explicativas).
a) Levante-se, que o sol já vai alto.
b) Apressemos o passo, que a noite já vai chegar.
c) Ande na ponta dos pés, que os músculos serão reforçados.
3. Conjunção coordenativa adversativa – O <que> como conjunção coordenativa
adversativa corresponde a mas, porém.
a) Outros livros, que não estes aqui, poderiam ajudá-los na prova de vestibular.
64
b) Preciso de dinheiro, que não essa quantia exagerada.
c) Você pode chorar bem alto, que ninguém virá socorrê-lo.
b) QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA
1. Conjunção subordinativa integrante – O <que> como conjunção subordinativa
integrante estará sempre iniciando uma oração subordinada substantiva, a qual
vai exercer, em relação à oração anterior, uma das funções do substantivo
(sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal
e aposto).
a) Foi preciso que a polícia interviesse.
<que a polícia interviesse> é sujeito de <Foi preciso>.
que = Sujeito.
b) O importante é que façamos tudo com muita cautela.
<que façamos tudo com muita cautela> é predicativo do sujeito <O importante>.
que = Predicativo do sujeito.
c) Quero que você me perdoe.
<que você me perdoe> é objeto direto de <Quero>.
que = Objeto direto.
d) É conveniente esquecer-se de que ela já foi sua esposa.
<de que ela já foi sua esposa> é objeto indireto de <esquecer-se>
que = Objeto indireto.
e) Sempre haverá necessidade de que o povo fiscalize as ações dos políticos.
<de que o povo fiscaliza as ações dos políticos> é complemento nominal de
<necessidade>.
que = Complemento nominal.
f) Só desejamos uma coisa: que a nova geração seja melhor que a anterior.
<que a nova geração seja melhor que a anterior> é amposto de <coisa>.
que = Aposto.
2. Conjunção subordinativa consecutiva - O <que> tem este valor, normalmente,
quando aparece nas expressões tão… que, tanto… que, tamanho… que e tal…
que.
a) Tanto perseguiu o sonho que conseguiu realizá-lo.
Oração subordinada adverbial consecutiva: “que conseguiu realizá-lo”.
b) Ficou tão cansada de caminhar que prostrou-se no outro dia.
65
Oração subordinada adverbial consecutiva: “que prostrou-se no outro dia”.
3. Conjunção subordinativa comparativa - O <que> tem este valor, normalmente,
nas expressões <mais que, menos que>. Fora dessas expressões, corresponde a
<do que ou como>.
a) Em situação normal, ela corre mais que o irmão.
Oração subordinada adverbial comparativa: “mais que o irmão (corre)”.
b) Pegada em flagrante, ela ficou corada que nem pimentão maduro.
Oração subordinada adverbial comparativa: “que nem pimentão maduro (fica)”.
4. Conjunção subordinativa concessiva - O <que> tem este valor
quando corresponde a <embora> ou a <ainda que, por mais que>.
a) Boa que seja a moça, ela não é nenhuma santa.
Oração subordinada adverbial concessiva: “Boa que seja a moça”.
b) Algumas mudanças que fossem, ainda assim seria muita conquista para os
operários.
Oração subordinada adverbial concessiva: “Algumas mudanças que fossem”.
5. Conjunção subordinativa temporal – O <que> tem este valor
quando corresponde a <depois que, logo que, antes que, assim que, depois que,
sempre que>.
a) Convocados que fomos, dirigimo-nos à sala do diretor.
Oração subordinada adverbial temporal: “Convocados que fomos”.
b) Sempre que lhe conto uma história, ela adormece.
Oração subordinada adverbial temporal: “Sempre que lhe conto uma história”.
6. Conjunção subordinativa final – O <que> tem este valor quando corresponde a
<para que, a fim de que>.
a) Ganharam o matagal para que ninguém os perturbasse.
Oração subordinada adverbial final: “para que ninguém os perturbasse”.
b) Enxergando-a sobre a árvore, fez sinal que descesse.
Oração subordinada adverbial final: “fez sinal que descesse”.
7. Conjunção subordinativa causal – O <que> tem este valor quando corresponde
a <porque, visto que, já que>.
66
a) Desconfiado que era, mandou instalar câmeras até nos banheiros da
residência.
Oração subordinada adverbialcausal: “Desconfiado que era”.
b) Já que todos exigiam, candidatou-se a prefeito.
Oração subordinada adverbial causal: “Já que todos exigiam”.
8. Conjunção subordinativa modal – O <que> tem este valor quando corresponde
a <sem que>.
a) Farás tudo com normalidade sem que desconfiem de ti.
Oração subordinada adverbial modal: “sem que desconfiem de ti”.
b) Sem que percebas, ela irá subtraindo as tuas energias.
Oração subordinada adverbial modal: “sem que percebas”.
Valor semântico de A
A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. (condição)
O filho puxou ao pai. (conformidade, semelhança)
Nas férias passadas, viajamos a Roma. (destino)
A prova deve ser feita a caneta. (instrumento)
Valor semântico de COM
Com as enchentes, eles perderam tudo. (causa)
Amanhã sairei com amigos. (companhia)
Na final, o Bahia jogará com o Vitória. (oposição)
A idosa bateu no ladrão com a bengala. (instrumento)
A moça estava atrasada, caminhava com pressa. (modo)
Com certeza, iremos ao teatro no feriado. (afirmação)
No sistema capitalista, as pessoas somente sobrevivem com recursos.
(condição)
Valor semântico de DE
Saí de casa. (origem)
Falaram de você. (assunto)
Veio de táxi. (meio)
A menina chorou de raiva. (causa)
Os siris andam de lado. (modo)
Voltemos de noite. (tempo)
67
Comprei um relógio de ouro. (matéria)
Aquele livro é de Marcelo. (posse)
Ontem, bebemos dois copos de vinho. (conteúdo)
Escondeu-se embaixo de uma mesa. (lugar)
Valor semântico de EM
Hoje à noite, estarei em casa. (lugar)
Formou-se em Direito. (especialidade)
O relógio é feito em ouro. (matéria)
Tenho que apresentar o tema em quinze minutos. (tempo)
Valor semântico de PARA
O bombeiro veio para socorrê-lo. (finalidade)
Viajou para a Itália. (destino)
Para João, o Flamengo é o melhor time. (conformidade)
É proibida a venda de bebidas para menores. (restrição)
Chegarei lá para as oito da noite. (tempo)
Valor semântico de preposição POR
Soube por telefone. (meio)
Sofreu muito por amor. (causa)
“Eu sei que vou te amar por toda a minha vida” (tempo)
Viajamos por diversas cidades. (lugar)
Fiz isso por te querer muito. (finalidade)
Comprei o livro por cem reais. (preço)
O Brasil foi colonizado por portugueses. (agente da passiva)
Cuidado para não levar gato por lebre. (troca).
Questões cobradas CESPE 2014
*** Analisar a relação que a oração exerce sobre a outra.***
COORDENADAS
6 Seriam mantidos o sentido do texto e a correção gramatical CERTO
caso o termo “contudo” (R.9) fosse substituído por todavia. (CONECTOR
ADVERSATIVA)
SUBORDINADAS
68
3 No trecho “à medida que as fabricantes, a partir dos anos 90 ERRADO
do século passado, tornavam-se principalmente montadoras de
itens importados” (R.19-21), a expressão “à medida que”
introduz uma oração que exprime ideia de conformidade.(PROPORÇÃO)
à medida que (PROPORÇÃO) = A PROPORÇÃO QUE
na medida em que (CAUSA) = PORQUE
9 Sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do CERTO
texto, poderia ser inserida a expressão do modo ou a expressão
da maneira imediatamente após a forma verbal “resistem”
(R.23).
CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES
ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM
ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM,
CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO
ENTANTO
ALTERNATIVAS 3 OU, ORA...ORA, OU...OU,
NEM...NEM, QUER...QUER,
SEJA...SEJA
CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, ENTRE
VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO,
POR CONSEGUINTE, POR ISSO,
ASSIM
EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS,
PORQUANTO (GERALMENTE O
VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO
IMPERATIVO)
Quando tempo Se condição , mas muda o sentido
Quando encontrar recursos para o projeto, volte a apresentá-la
( V ) Seria possível, do ponto de vista gramatical, substituir o
conector “Quando” pelo conector “SE” sem comprometimento do
69
sentido do texto e da coerência textual (diferente De manter o sentido
do período da frase).(o conector pode ser trocado gramaticalmente,
mas teremos uma mudança de sentido .)
1. Observar se o CESPE pede gramaticalmente ou sentido do texto),
é possível que haja mudança de sentido no período que não afete
de modo significativa o texto (sentido do texto).
2. Há conectores que são sinônimos do ponto de vista semântico,
mas não se ajustam gramaticalmente (necessário adaptação).
( F )Se houver outro projeto do mesmo tipo, caberá ao governo
analisá-la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do
sentido do texto e da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos,
mas é necessário fazer ajustes no verbo para “haja”. “Caso”, não
aceita fut. Do subjuntivo)
Quando , Se Fut. Do subjuntivo
Caso Pres. Do Subjuntivo
3. Observar o CESPE : cobra a concordância verbal, tempo verbal.
( V )Se houvesse outro projeto do mesmo tipo, caberia ao governo
analisá-la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do
sentido do texto e da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos
neste caso como o verbo está conjugado no pretérito Imp. do
subjuntivo, não há necessidade de correção para que a frase se
torne verdadeira. “Caso” pode ser empregado no pret. Do subj. ,
única restrição para o Fut. Do Subj.. )
Apesar de ser... (sinônimos, mas não se ajustam gramaticalmente)
Embora (concessivas) fosse responsável pelo fato, nada lhe foi
cobrado.
“contanto que” (condição) por “ainda que” por “Mesmo que”
( F )Seria possível, (...) substituir o conector “embora” pelos 3
conectores acima?
( V ) A conjugação do verbo (no subjuntivo) se deve ao conector
(subordinativo)“embora”.
Quando chegar ...
4. O modo subjuntivo (hipótese, incerteza) é utilizado em função de
uma conjunção subordinativa ou de outro mecanismo coesivo.
70
O governo investe em educação, falta, no entanto (conector
deslocado na 2ª oração), reconhecimento disso por parte do povo.
Mas (não pode ser colocado deslocado)/ Contudo / Entretanto /
Todavia
5. Mas / ou /”e” não podem ser trocados qdo os conectores estiver
deslocado na oração. Estes 3 só é admitido no início da oração
coordenadas.
6. “Pois” deslocado, muda de sentido. Explicativo conclusivo (entre
virgulas)
( F ) Seria possível, (...) substituir o conector “no entanto” pelos 4
conectores acima?
** Sem estudar, passou. (Concessiva Embora não tenha
estudado, passou)
**Sem estudar, não passa. (Condição Se você não estudar, não
passa.)
A persistir os sintomas, o médico deve ser procurado. (condição) Se
persistir...
Ao persistir os sintomas... (Tempo) Quando os sintomas
persistirem...
7* Os brasileiros estão acostumados à toda sorte de desrespeito.
Não questionam o governo nem compreendem seus direitos como
cidadãos.
( F ) Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção
gramatical.... colocar antes da 2ª oração que compõe o trecho o
conector “no entanto” fazendo as adaptações necessária de
maiúscula e minúscula e na pontuação. (No entanto (concessivo),...)
no entanto dá ideia de oposição a 1ª ideia
Acostumado por isso não questiona (conclusão)
*** Se as orações estiverem desvinculadas com “.”, no máximo
poderemos colocar uma conjunção coordenativas entre elas,
subordinativas nunca, além do verbo necessitar ser colocado no
modo subjuntivo.
71
*** Não se esqueçam de verificar a relação semântica a partir dos
verbos existentes nas relações.
Oposição, conclusão ou explicação (os 3 mais comuns)
Se (condicional) houver outra opção para o setor, seremos avisados.
1. (F ) Seria possível, (...), substituir o conector “se” por “caso”(“caso” não pode
ser com verbo no futuro subjuntivo, mas sim no pretérito – Caso haja outra...-)***CESPE SEMPRE SENTIDO E CORREÇÃO GRAMATICAL***
Embora tivesse grandes planos agia com humildade.
Embora (pretérito) Apesar de (ter só fut. subjuntivo)
2. (V ) Do ponto de vista gramatical, seria possível substituir o conector “se” por
“quando” sem prejuízo para a coerência textual (mantém o mesmo sentido, .
Todo país vota. (qquer país)
Todo o país vota. (um determinado país) * sentido diferente*
Todo o nordeste brasileiro é seco. * não podemos suprimir o artigo ”o”, pois
se retirarmos ficará incoerente, pois o Brasil tem apenas um nordeste.*
3. (F ) A frase “Se(conj. Integrante) havia gente no local do local do acidente,
ninguém soube responder “estabelece o mesmo tipo de relação semântica do
período em análise.”
DICAS GERAIS
Há conectores sinônimos do ponto de vista semântico que não se ajustam
gramaticalmente.
Embora o governo não tenha investido no setor a população questionam as
medidas.
Embora
ainda que (C)
Apesar de o governo ter investido(...) (tem que ajustar o verbo)
Porquanto (F) (causa) variação semântico.
Manutenção do sentido significa manter exatamente o mesmo sentido.
Manutenção da coerência textual permite alterações de sentido, desde que o
texto continue com sentido lógico.
Porquanto (causa) o governo investisse em educação, o setor apresentou
melhoras.
72
Porquanto
Como (V) (em início de frase o sentido do “como” é de causa.)
Mesmo que (concessivo) ( F ) haveria alteração de sentido (perde sentido conj.
Concessivo)manutenção da coerência
Correto seria .: Mesmo que o governo investisse em educação, o setor não
apresentará melhoras.
Como (causa) não ocorreu o evento esperado , o espaço ficou livre para outros
projetos
Como (conformidade) foi orientado no início das atividades, todos devem assinar
a ata.
CONECTORES DE COORDENAÇÃO.
UNEM ORAÇÕES SINTATICAMENTE INDEPENDENTES
O GOVERNO INVESTIU MUITO NO SETOR, ENTRETANTO (COORDENAÇÃO) NÃO TEVE (v. modo
indicativo) O RETORNO ESPERADO.
O GOVERNO INVESTIU MUITO NO SETOR, EMBORA (subordinação) NÃO TENHA (v. modo
subjuntivo) OBTIDO O RETORNO ESPERADO.
(v. modo indicativo) típico coordenação, os dois verbos são indicativos
(v. modo subjuntivo) típico das orações subordinadas
**Cespe pode se trocar os conectores coordenada
para subordinada desde que se faça os ajustes no
verbo.**
Pode se substituir a vírgula por ponto final com a colocação da letra
maiúscula na primeira letra da segunda frase.
1- Conector coordenativos introduzem orações
independentes.
2- Observe os verbos como referencia de coordenação. (2
verbos no modo indicativo ou 1 no imperativo – nunca
estará no subjuntivo)
73
3- Em caso de subordinação as orações são dependentes
entre si ( o verbo virá flexionado no modo subjuntivo em
função da existência de uma conjunção subordinativa)
4- Algumas orações coordenadas e subordinadas
apresentam sentido próximo, permitindo equivalência desde
que haja ajuste no verbo.
Fui ao clube, mas estava chovendo.
, embora estivesse chovendo.
Concessão / adversidade
Consequência / conclusão
Ele estudou tanto que (consequência) passou em 1º lugar
Ele estudou muito, por isso passou em 1º lugar
5- Nas relações de coordenação a ordem em que as orações estão dispostas
é relevante o deslocamento gera incoerência ou mudança de sentido.
6- Nas orações subordinadas, a ordem não interfere no sentido. (podem ser
feitas pequenos ajustes.)
7- O conector coordenativo, em geral, pode aparecer deslocado, ou seja,
no interior da oração que faz parte. O conector subordinativo deve estar no
início da oração subordinada que ela introduz.
8- As orações coordenadas, por serem independentes, admitem inúmeros
sinais de pontuação (podem ter “, ; . :”) (não muda o sentido, mas muda a
relação semântica entre as duas)
9- Nas orações subordinadas adverbiais, apenas a vírgula será possível. Se a
oração adverbial, a vírgula será facultativa. Se a oração adverbial estiver no
início o no meio do período (deslocada), a vírgula será obrigatória.
Ele voltará ao país, (facultativo) quando (temporal) quiser(modo subjuntivo).
Quando quiser, (obrigatório, or. Adv. deslocada) ele voltará ao país.
Coordenada pode, .
, ;
, não pode retirar o verbo
74
Conjunção deslocar fazendo ajustes necessárias
Frase inteira não pode mudar a ordem da frase por perder sentido
Subordinada
, . Ou ; Subordinada não pode orações dependentes
entre si.
Conjunção não pode deslocar a conjunção só no início de cada
frase.
Frase inteira não pode mudar a ordem da frase por perder sentido
, pode retirar o verbo (nos casos facultativos)
CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES
ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM
ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM,
CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO
ENTANTO
ALTERNATIVAS 3 OU, ORA...ORA, OU...OU,
NEM...NEM, QUER...QUER,
SEJA...SEJA
CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, ENTRE
VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO,
POR CONSEGUINTE, POR ISSO,
ASSIM
EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS,
PORQUANTO (GERALMENTE O
VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO
IMPERATIVO)
1- Mesmo sem conector as orações coordenadas guardam entre si uma relação de
sentido (oposição ou conclusão)
Os brasileiros estão acostumados a toda sorte de desrespeito. Não questionam o
governo e nem questionam os seus direitos
No entanto (fica incoerente, embora bonita) / por isso (por estar acostumados,
conclui-se, não questiona) ** ver relação coesiva verbo, antônimo oposição
2- Os conectores “e, mas”, ocasionalmente são empregados fora do sentido real.
Os governantes prometem e (mas) não cumpres. (oposição, fora do seu sentido
habitual )
3- “ou” ocasionalmente o conector “ou” pode ter valor de “e” (inclusão)
75
Ao adquirir um seguro contra furto ou (inclusão) roubo, o cidadão isenta o governo
de medidas políticas. (seguro para os dois eventos)
4- O conector “pois” muda de sentido em função de sua posição na frase.
O governo é eleito pelo povo, pois (porque) o representa. (explicativo)
O governo é eleito pelo povo; representa-o pois (por isso). (conclusão)
Ao mudar o conector de posição mudou-se de sentido.
5- Porque
O governo resolveu o problema porque a população solicitou. (causa, motivo) 1
passo
O governo resolveu o problema porque a população parou de reclamar.
(explicação, evidência) 2 passo
O governo tem projetos voltados para o povo; a sociedade, no entanto, os rejeita
por não se adaptarem a eles.
1. (F ) Seria possível, (...), substitui o conector “no entanto” por mas, contudo,
entretanto ou todavia. (conectivo monossilábico não pode ser deslocado) ou,
mas, e.
2. (V) trocar ; por , prejudica a coesão
Pedro me ama; José, não.
3. (V) Os / eles tem o mesmo referente “projetos”
4. (V) O pronome “os” poderia ser deslocado para depois do verbo.
5. (V) O Seguimento da frase é assegurado por relações de oposição(no entanto) e
causa(por...adaptarem)
6. (V) No trecho há um desvio de concordância tipicamente motivado por relações
de sentido. (a sociedade ...adaptarem (conc. Verbal adaptar)
7. (F) Está de acordo com a norma culta.
8. (F) Poderia compor uma redação oficial.
SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES
2. INTEGRANTES QUE / SE (=ISSO)
ADVERBIAIS
CAUSAIS PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS,
JÁ QUE, UMA VEZ QUE,
PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO
76
QUE, VISTO QUE, VISTO COMO,
QUE
CONDICIONAIS SE, CASO, SEM QUE (=SE NÃO),
CONTANTO, SALVOSE, DADO
QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE,
A NÃO SER QUE
CONCESSIVAS EMBORA, MESMO QUE, AINDA
QUE, CONQUANTO, POSTO QUE,
BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS
QUE, POR MENOS QUE, APESAR
DE QUE, NEM QUE, QUE
(=EMBORA)
COMPARATIVAS COMO, QUE (DO QUE) - DEPOIS DE
MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR,
MELHOR E PIOR-, QUANTO
(DEPOIS DE TANTO), QUAL
(DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO,
BEM COMO, COMO SE, QUE NEM
CONSECUTIVAS QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL,
TAMANHO, TANTO), DE FORMA
QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO
QUE, DE SORTE QUE
CONFORMATIVAS CONFORME, COMO (= CONFORME),
SEGUNDO, CONSOANTE
FINAIS PARA QUE, A FIM DE QUE,
PORQUE (= PARA QUE)
TEMPORAIS QUANDO, ANTES QUE, DEPOIS
QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE,
SEMPRE QUE, ASSIM QUE, DESDE
QUE, TODAS AS VEZES QUE, CADA
VEZ QUE, APENAS, MAL, QUE (=
DESDE QUE), ENQUANTO
PROPORCIONAIS À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, À
PROPORÇÃO QUE
A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento
entre os seres humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem
77
competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as
perspectivas de uns em benefício de outros)
poderiam ser condensados no seguinte período:
A discriminação, elemento indissociável do relacionamento entre seres
humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva,
porquanto corresponde a uma tentativa de se reduzirem as perspectivas de
uns em benefício de outros. (EXPLICATIVA) VER SE A OUTRA ORAÇÃO
TAMBÉM É EXPLICATIVA.
78
CESPE- Aula 8 - Parte II
Classificação de conectores
1 A sociedade precisa de valores sólidos, precisa de referências concretas para o seu
crescimento. 2 Uma população que investe em leis define para si o que acha justo. 3
É importante encontrar meios eficazes de desenvolvimento e criar referências para as
gerações futuras. 4 Não se pode esperar que o mundo se defina sozinho.
1- Caso o autor opta-se por uma construção menos prolixa, a segunda oração poderia
ser reduzida a um complemento do verbo da 1ª oração. (V)
2- No segundo período do texto, há uma oração que especifica, delimita o vocábulo
população. (V)
3- A oração reduzida “encontrar meios eficazes de desenvolvimento” poderia ser
desenvolvida da seguinte forma: que se encontrem meios eficazes de
desenvolvimento, sendo possível encaixá-la no texto sem outros ajustes
gramaticais. (F) (AO DESENVOLVER A 1ª TORNA NECESSÁRIA O
DESENVOLVIMENTO DA SEGUNDA ORAÇÃO COORDENADA)
4- No terceiro período do texto, há duas orações coordenadas entre si que funcionam
como sujeito da oração é importante. (V)
5- A substituição do conector “e” por uma “,” não compromete a correção gramatical
do texto, mas pode alterar sua percepção semântica. (F)
6- As formas verbais “encontrar e criar” podem ser substituídas, sem que haja prejuízo
do sentido e ou da correção gramatical por “que se encontre e que se crie “
respectivamente. (F)
7- A última oração do texto funciona como complemento verbal de esperar. (V)
ORAÇÕES
Coordenadas (-independentes entre si)
Sindéticas com conectores
Assindéticas sem conectores
Apresentam relação de sentido
(Adição, oposição, alternância, explicação, conclusão)
Subordinadas (podem estar coordenadas entre si)
- reduzidas de gerúndio / infinitivo ou gerundio
Substantivas função sintática ( suj. objeto, CN, aposto, predicativo)
Adjetivas ( explicação, restrição)
Adverbiais circunstâncias – conectores ( causa, consequência, comparação...)
79
08) Partícula “SE” ↑ Sumário
PRON. APASSIVADOR
IIS
PRON. REFLEXIVO, OD
PRON. REFLEXIVO, OI
PRON. RECÍPROCO, OD
PRON. RECÍPROCO, OI
CONJUNÇÃO : CONDICIONAL OU CAUSAL
SUJ. DO INFINITIVO
PARTE INTEGRANTE DE VERBOS PRONOMINAIS
PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE.
1- (PA) Partícula apassivadora
Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país
2- (IIS) Índice de Indeterminação do Sujeito
Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...)
3- Pronome Reflexivo
Ele se feriu.
4- Pronome Recíproco
Eles se olharam. Ele se orgulhava do projeto.
5- Conjunção Condicional (= caso)
Ele viajará se (caso) puder.
6- Conjunção Integrante (= isso)
Perguntei (isso) se ele virá.
7- (PIV)Parte integrante do Verbo. (não pode ser retirada do verbo)
Ele se arrependeu da compra.
Ela se queixou do frio.
80
A sociedade 1 se (se parte integrante do verbo) manifesta(verbo intransitivo,
pronominal) de várias maneiras, mas ações severas não 2 se (PA) justificam(VTD)
em situação alguma. Pede(VTD) - 3 se (PA) a essência humana (é perdida) quando 4
se aceitam (VTD) valores em que não 5 se(IIS) acredita (VTI) de fato. Vão- 6 se
(partícula expletiva) os princípios morais e a ética (sujeito) em situações de
extremismo.
1- Em 1, a partícula “se” não desempenha função sintática e integra a estrutura de
um verbo pronominal, sendo indispensável à construção.(V)
2- Em 2, a partícula “se” foi empregada para apassivar o sujeito. Sendo portanto
equivalente a um auxiliar de passiva. (V)
3- Em 3 e 4, a partícula “se” integra o mesmo tipo de construção e recebe a mesma
classificação. (V)
4- Em 3, a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito da mesma
maneira que ocorre em 5. (F)
5- Em 5, a retirada da partícula “se” implicaria uma vez que o pronome integra e é
indispensável na oração. (V) (IIS) (não é parte integrante do verbo, parte
integrante seria o verbo pronominal.)
6- Em 6, o pronome indica que a ação recai sobre o próprio sujeito expresso na
oração. (F) (A ação recai sobre o sujeito quando o verbo é reflexiva.)
7- Em 6, o pronome é dispensável no contexto oracional embora possa haver
prejuízos fonéticos à construção. (V) (como pronome expletiva, o pronome pode
ser retirado)
Esquematizando – “SE” PRONOME
Tipos Condições sujeito Concordância Voz Exemplo
PA VTD, VTDI Suj. paciente O verbo
concorda com
o sujeito
V. sintética
ou analítica
Eram-se referências
positivas a seu respeito.
IIS Não haver suj.
explícito ou
subentendido
Suj.
indeterminado
3ª pessoa
singular
Voz ativa Obedeceu-se ao
regulamento.
Não se trata de temas
novos.
P.
Reflexivo
(OD ou
OI)
A ação recai
sobre o próprio
sujeito
Sujeito expresso
ou
subentendido
O verbo
concordará
com o sujeito
voz
reflexiva
Ela (Suj.) se
(OD)considera(VTd) uma
boa pessoa.
Parte
integrante
Verbo pronominal
O pronome não
tem função.
Idem anterior Idem anterior Voz ativa Ela (Suj.) se referiu(VTI)
ao resultado(OI) da
pesquisa.
Parte
Expletiva
(verbo ir)
Sentido
de
acabar,
Não ser nenhum
dos anteriores
Idem anterior Idem anterior Voz ativa Foi-se o tempo em que as
mulheres eram
submissas.
81
finalizar
Se haverá solução para os problemas brasileiros, ninguém sabe dizer. (frase invertida,
conj. Integrante)
OR. SUB. SUBST. OBJ DIRETA
Se houver solução para os problemas brasileiros, alguém saberá dizer. (“SE”
condicional, verbo modo subjuntivo)
Caso haja solução .... (caso não admite fut. Do subjuntivo)
O uso da partícula SE
Outra questão que engendra muitas dificuldades para quem redige é
o uso da partícula se, que ora aparece como conjunção, ora como pronome.
Seguem-se, neste ponto, as lições de Napoleão Mendes de Almeida33 .
2.1 Como conjunção, o se pode ser:
2.1.1 Conjunção condicional, ligando à oração principal uma subordinada
que se apresenta como condição da primeira. Ex.: Todos iríamos à
festa se tivéssemos transporte.
2.1.2 Conjunção integrante, iniciando uma oração subordinada substantiva,
com o sentido de se porventura,se por acaso. Ex.: Veremos se ele será
aprovado.
2.1.3 Conjunção expletiva, exercendo a função retórica de reforçar
uma afirmação, sendo porém dispensável sintaticamente. Ex.: Ela vai se ver
comigo! Ah, se vai!
2.2 Todavia, a maior fonte de dificuldades reside mesmo no uso da
partícula se como pronome, situação em que pode exercer as seguintes funções:
2.2.1 Reflexibilidade pronunciada, tornando o sujeito, ao mesmo
tempo, agente e recipiente da ação verbal. Emprega-se o se com verbos
transitivos diretos, que passam a ter força reflexiva. Essa reflexibilidade é
dita pronunciada porque a ação deve necessariamente atingir um objeto –
no caso, o próprio sujeito. Ex.: Ele se feriu. Ela se viu no espelho.
2.2.2 Reflexibilidade atenuada, na qual o se indica que a ação deve
necessariamente ficar no sujeito. Ex.: Ele se arrependeu de seus atos. Ela se
queixou de seu marido.
2.2.3 Reciprocidade, quando, em orações de sujeito composto, a ação
de cada um se dirige ao outro. Ex.: Eles quase se mataram (um ao outro) em
uma briga. Apesar de inimigos, eles se trocaram cumprimentos.
2.2.4 Passividade, quando atua como indicador da voz passiva na
82
oração, sendo então denominado pronome apassivador. Isso ocorre quando
o sujeito é coisa inanimada ou quando o sentido da oração revela que o
sujeito é o paciente da ação verbal. Ex.: vendem-se casas (casas são vendidas)
– consertam-se relógios (relógios são consertados).
83
09) Partícula “QUE” ↑ Sumário
1- Pronome Relativo (= o qual, a qual, os quais, as quais)
2- Pronome Interrogativo.
Que ... ?
3- Conjunção integrante (=isso).
4- Conjunção comparativo.
Mais alto que o irmão.
... do que ... (facultativo)
5- Conjunção Consecutiva.
Leu tanto que (consequência) ficou com dor de cabeça.
6- Advérbio de Intensidade. (= quão, muito)
Que linda a paisagem do alto do mirante.
7- Substantivo (Acentuado e precedido de artigo ou pronome)
Havia um quê de louco.
8- Palavra de realce ou partícula expletiva. (pode ser retirado)
Que é que fizeram com o dinheiro.
]==> pode-se retirar o que + o verbo ser
Foi ele que recebeu a multa.
(realce ao sujeito ou OD)
São essas atitudes humanitárias (suj.) que engrandecem o homem.
Foram muitas as justificativas (OD) que o advogado apresentou.
9- Preposição.
Ter (obrigação) + que
Eu tenho de lutar.
... que lutar.
Testar....
Isso (CI)
as quais, aquilo as quais (PR)
Muito (intensidade)
84
mais que “do que” (comparativo)
Que = De (preposição)
Que + ? (pron. Interrogativo)
Foi ...+ que
Tesão + Que (consequência)
Um Quê ( substantivo)
Será necessário 1 que (conj. Integrante- isso)o governo reveja metas 2 que
(pron. Relativo- as quais) ficaram aquém do desejado. A questão é tão
essencial para o país 3 que (conj. Consecutiva- tão que) deve ser
priorizado. Foi em janeiro de 2011 4 que (pron. expletivo) o governo definiu
tais parâmetros 5 que (pron. Relativo- as quais- sujeito da oração)se usam
hoje.
1- O vocábulo “que” em 1, é um articulador que evita repetição de
palavras.(F) (conj. Integrante OR. S.S.SUBJETIVA)(articulador que
evita repetição de palavra = pron. relativo)
2- O vocábulo “que” em 1(Or. S.S.Subjeitva) e 2(or.s. Adj.restritiva),
introduz o mesmo tipo de oração e recebe a mesma classificação. .(F)
3- A colocação de uma vírgula antes do vocábulo “que” (3) não
comprometeria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do
trecho. .(F) (Or. Adverbial depois da principal a vírgula é facultativa.)
4- O vocábulo “que” em 4, introduz uma oração de natureza adjetiva
restritiva. (F) (não é restritiva, pois o pronome não é pronome relativo)
5- O vocábulo “que” em 5, é o suj. sintático do verbo usar embora a
concordância seja feito com o núcleo do texto antecedente
(parâmetros). .(V) (pron. Relativa exerce função sintático dentro da
oração)
Tipos Características Exemplos
Pron. Relativo
(Tem função sintática)
Retoma antecedente
Or. Adjetiva
Pontuação altera o sentido
As pessoas que se preparam
para o futuro vivem melhor.
Conj. Integrante Não retoma termos.
Não tem carga semântica.
Introduz Or. substantiva
É importante que as pessoas se
preparem para o futuro.
Partícula Expletiva
(só realce pode ser retirado da
frase sem fazer falta para a
Serve para melhorar a
sonoridade
Não tem função sintática , nem
Foi em Londres que tudo
aconteceu.
85
frase.) semântica.
Aparece “QUE” ou “ser” + “QUE”
Tudo aconteceu em Londres.
Prep. Acidental Aparece em “ter” + infinitivo de
/ que
Ela tem que resolver o fato.
Ela tem de resolver o fato,
Conj. Consecutiva Intensificador (tão, tal, tanto...)
+ que
Ela estuda tanto que merece
passar.
Conj. Explicativa Tem valor de pois, usado Após
imperativo.
Estudem, que (pois) as provas
podem estar difíceis.
Conj. Aditiva Aparecem entre verbos repetidos
e tem valor de “E”
O governo promete que promete
Conj. Comparativa **CESPE** Ideia de comparação que ou do
que
Isso é mais importante do que
outras coisas.
Pronome interrogativo Usado em perguntas diretas
“QUE” ou “O QUE”
O (pode ser retirado o “O” sem
prejuízo expletivo) Que
aconteceu com ele?
Substantivo Valor de um pouco e sempre
acentuado
Ela tem um quê de tristeza
Advérbio de intensidade Dá ideia de intensidade Que bondosa é (muito, quão
bondosa) aquela mulher.
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10) Ter / Haver / Existir ↑ Sumário
Ter (não valor haver) /haver (3ª sing.) / existir
Em um país onde há leis rígidas, tudo é possível.
Verbo EXISTIR é verbo pessoal se flexiona.
Verbo HAVER (VTD) com valor existencial 3ª pess. Do sing.
Verbo TER com valor existencial não pode ser empregado
Pode ser trocado quando o valor for de posse.
( F ) “onde há” no qual existe(m)
( C ) “onde há” que tem (Em um país que (suj.) tem(possui) leis
rígidas, tudo é possível.) Em um pais tudo é possível. Um país tem
(possui) leis rígidas. ***Cespe*** cuidado
( F ) “onde há” onde tem
( F ) “onde há” onde existe(m)
87
11) Aspectos de Verbo ↑ Sumário
1 o governo podia (erro gramatical o certo seria fut. Do pret.) acabar com a
corrupção no país se houvesse interesse.
Podia por Poderia (C)
Poderia (não aconteceu ainda) por Podia (aconteceu)(E)
2 O governo vai ao evento no próximo mês.
Vai por irá (C)
3 O governo conseguiu controlar os gastos públicos depois que a lei entrou em
vigor.(1º a lei entrou em vigor, 2º o governo controlou)
Conseguiu por conseguira (pret. Mais que perfeito)(E)
(PMQPERF. Teria controlado antes de a lei entrar em vigor)
Conseguiu por passou a (C)
Entrou por entrara (C)
ASPECTOS SEMÂNTICOS DO VERBO
MODO INDICATIVO (exprime certeza, afirmação)
Presente do indicativo possui ampla carga semântica, podendo dar ideia de
passado, presente ou futuro.
1- O governo acaba de aprovar a medida.
CESPE o tempo do verbo distoa do tempo da ação.
Verbo pres. Do ind. com valor de passado próximo.
A troca de acaba por acabou melhora o entendimento. ok
Por um ponto, passam infinitas retas.
(exprime uma ação atemporal, é uma afirmação absoluta)
2- As pessoas trabalham a vida toda por um propósito.
(ideia de continuidade ; no passado, presente e futuro; habitualidade
Ela vai ao evento no próximo mês.
Vai = irá (presente indicando futuro próximo)
3- Em 1808, a Família Real chega ao Brasil e renova os valores da sociedade.
(passado histórico para aproximar o fato passado ao presente)
Chega por chegou (de trocartambém renova por renovou) observar os verbos da
frase.
Chega por chegava (não pode pois o fato já se concluiu)
Ela está bonita hoje. ação pontual no presente.
pretérito perfeito indica uma ação totalmente concluída no passado
88
4- O governo assinou o acordo proposto.
pretérito imperfeito indica uma ação inacabada ou uma ação frequente no
passado, ou passado habitual
5- Ela lia as obras de Machado de Assis. (ação habitual)
Ela lia o livro qdo isso aconteceu. (ação interrompido)
pretérito mais que perfeito indica uma ação anterior a outra no passado
Depois que estudara música, ganhou sensibilidade.
6- Morrera o pai, morreu o filho, morria a mãe.
Enfoque temporal gradativa.
futuro do presente sugere certeza
7- Ela resolverá o caso, se eu pedir.(fut. Do subj..)
futuro do pretérito sugere duvida
8- Ela resolveria o caso, se eu pedisse.(pret. Do subj..)
MODO SUBJUNTIVO exprime dúvida, possibilidade.
O modo subjuntivo no todo, está associado a conjunções subordinativas.
As conj. Subordinativas, de uma maneira geral, exigem que o verbo esteja
conjugado no modo subjuntivo.
A substituição do indicativo pelo subjuntivo ou vice-versa só é possível quando o
conector é um pronome relativo. (com conjunção integrante não é possível)
Mesmo sendo gramaticalmente possível, as relações semânticas sempre serão
alteradas.
CESPE
Ainda que tivesse pontos sem esclarecimento, o problema foi resolvido.
( C ) A forma verbal “tivesse” se encontra no subjuntivo em função do conector
“ainda que” (a conj. Subodinada pede o modo subjuntivo)
( E ) O uso do modo subjuntivo em “tivesse” indica dúvida, possibilidade, incerteza.
(“TIVESSE” concessão + certeza (com a resolução do problema))
( E ) A frase tal como foi redigida, por seus aspectos semânticos e gramaticais,
poderia compor uma redação oficial. (VERBO “TER” com valor existencial deve
se trocar por houvesse ou existissem)
Espera-se que os governantes, em algum momento, tomem atitudes acertadas.
tomem tomam (conj. integrante pede modo subjuntivo)
gramaticalmente não se aceita a substituição
89
Mulheres que investem no futuro têm mais chances de crescimento.
Invetem(pres. Ind. Certeza) invistam (pron. Relativo pres. Subj.. , dúvida)
Pode ser trocado, mas altera o sentido da frase.
Há , no Brasil, uma série de fatores que prejudicam o país e seu crescimento.
Prejudicam(certeza) prejudiquem (pron. Relativo duvida)
Há quem compre as ideias alheias.
compre dúvida compra- certeza (pronome relativo )
Pode ser trocado, mas altera o sentido da frase.
(Quem / onde sujeito subentendido pessoa)
PRESENTE DO SUBJUNTIVO exprime dúvida, possibilidade,
Conj. Integrante / pronome relativo
Aceita pres. Do indicativo com alteração de sentido
PRETÉRITO DO SUBJUNTIVO - SSE
Carga semântica do pretérito depende do conector.
FUTURO DO SUBJUNTIVO - R
A carga semântica do fut. Também depende do conector.
Quando houver tempo, ela discutirá o tema. Certeza
Se houver(dúvida por causa do conector “se”) tempo, ela discutirá o tema.
Ainda que (concessão) fosse pequeno, não seria (hipótese) beneficiado.
Embora fosse (modo subjuntivo por causa do conector) uma pessoa culta, valorizava
(certeza) pouco o estudo.
Era uma pessoa culta, mas valorizava pouco os estudos.
12) Equivalência De Estrutura Verbal ↑ Sumário
Tempo composto = Particípio
Ela tinha resolvido o fato. Tinha / havia + particípio = -ra PMQP comp.
resolveu (E) (RESOLVERA)
Espero que ela tenha resolvido o caso.
90
haja (pres. Do ind) tempo comp. Ter / Haver um substitui o
outro em tempos compostos, mesmo que fique feio a frase.
O governo tem investido no setor. (Pres. Do ind. + particípio = tempo v. Pret.
Perf.)
É uma construção no tempo passado que sugere continuidade e equivalente a
está investindo. (pode ser substituído, mas não são tempos compostos ...está
investindo, ... está a investir)
O governo devia investir em educação para que o país melhorasse.
1.(devia está empregada de forma errada na frasedevia é passado a forma
correta é deveria uma hipótese , uma forma futura para se melhorar o país.
( V ) deveria fut. Do pretérito ( a troca de deveria para devia, faz com
que a frase se torna errado, logo não poderia ser trocada.)
Alguns verbos com: dever, poder e querer são usados indevidamente no pret. Imp.
Com valor de futuro Do pret.
Eu queria sair com você. Errado (então não quer mais sair) Eu quereria sair com
você.
Eu podia ajudar o rapaz naquela época. (hoje eu não posso ajudar mais.)
Eu podia (poderia) ajudar o rapaz se ele quisesse. (ação hipotética Eu ainda
tenho a possibilidade de ajudar)
3. O governo devia investir em educação(...) para que o país melhorasse.
para o país melhorar. (or.
Desenvolvida para oração reduzida)
( V ) Caso o conector que fosse suprimido afim de se manter a correção
gramatical deveria se trocar o verbo na forma infinita melhorasse por melhorar.
( V ) Devia Deverá por melhorar melhore. (a troca do tempo verbal de um
verbo acarreta uma cadeia de alterações na frase ***CUIDADO***)
O governo vai participar do evento no mês que vem.
irá (ok) pres. Com sentido de futuro
Iria – só mantém a correção gramatical, com alteração do sentido
Fut. Do Presente Fut. Certo
Fut. Do Pret. Hipótese
Presente dá ideia de – Presente (ela está bonita hoje)
91
- futuro (Ela vai ao baile na semana que vem.)
- passado (O governo acaba de assinar o contrato)
- Ação contínua (O governo investe a algum tempo na
agricultura.)
- asseveração (verdade absoluta) ( Água mole pedra dura
tanto bate até que fura)
O governo encontrou dificuldades no processo depois que foi divulgado o dado.
( F ) Encontrou encontrara (anterioridade) encontrou depois divulgou
ação totalmente concluída no passado = Pret. Perfeito
anterioridade = Pret. Mais que Perfeito
ação contínua no passado = Pret. Imperfeito
ação inacabada = Pret. Imperfeito
( F )Foi divulgado divulgou-se (errado a correção gramatical) (troca da
passiva analítica por sintética = equivalentes) 3 dicas
VPA VPSint. 1- colocação pronominal (depois que = atrai pronome)
2- concordância
3- tempo verbal
( V )Foi fora (e melhora a coesão)
A questão não se justifica.
Justifica por é justificada
VPSint VPA (mesmo tempo verbal)
Justifica por é (VL) justificável (ADJ.). (errado na conversão VPSint par VPA,
muda sentido da frase)
O rapaz seria levado para outro setor.
Levaria-se o rapaz para outro setor. Levar-se-ia ...
Acréscimo de verbo
O governo encontrou dificuldades depois que foi divulgado o dado.
passou a encontrar ( V ) – depende do conector da frase. Coerência frasal
A troca Presente – Ind. Certeza
-- Subj. dúvida, possibilidades depende do tipo de que.
Que = pron. Relativo (PR) (pode)
92
Que = CIntegr. (CI) (não pode, o verbo sempre modo subjuntivo)
Um país que (PR) investe no futuro merece apoio.
invista (V) A troca é possível, mas altera o sentido.
Espero que (CI) o governo, a médio prazo, encontre uma saída.
encontra (F) Não pode ser trocado.
Um governoque (PR) encontra uma forma de conciliar interesses cresce
encontre (V) A troca é possível, mas altera o sentido.
Presente – Ind. Certeza
-- Subj. dúvida, possibilidades
**Sempre altera o sentido
**Gramaticalmente ind. subj.
Parece difícil que(...) uma perspectiva que (PR) limite.
Limite=> Limita
É (VL) possível (PRED.) que (CI) instituições funcionem...
Funcionem = subj.. possibilidade POR instituições funcionam
Ainda que o governo tivesse ressalvas sobre o fato, o problema foi resolvido.
Fut. Subj. Ou Pret. Imp. Subj. conector com carga semântica.
Conj. Subordinativa(Ainda que) obriga o verbo estar no modo subjuntivo.
A forma verbal tivesse está no subjuntivo em função do articulador Ainda
que.(V)
A forma verbal tivesse, empregada no modo subjuntivo, denota a opção do
autor por um aspecto de dúvida, possibilidade
(dúvida ou possibilidade somente para o Presente do Subjuntivo
Pret. Imp. Subj. e Fut. Subjuntivo depende do conector)
9- O governo tinha discutido a proposta do ministro.( ter / haver + particípio)
Pret. Imperfeito + particípio = pret. Mais que perfeito
Tinha discutido (tempo composto) por discutiu discutira ok
Tinha discutido por havia discutido (ok)
10- Espera-se que ele tenha resolvido o problema
Tenha por haja ( V ) (pres. Do subj. Tempo composto ter/haver)
11- O governo tem feito reformas em diversos segmentos sociais.
Forma verbal destacada encontra-se no passado, mas sugere semanticamente,
ação contínua, podendo ser substituída por “vem fazendo, está fazendo”. ( V )
TEMPO COMPOSTO
TER / HAVER + PARTICÍPIO RESPEITANDO-SE O TEMPO
93
Presente pret. Perfeito pretérito imperf. pret. Mais que perfeito
Formas compostas Tempo composto
Pres. Ind. + particípio pretérito perfeito composto do indicativo (tem/tenho +
particípio)
Ele tem feito. Eu tenho feito. Valor de tempo contínuo
Pret. Imp. Do ind. + particípio pretérito M Q perf. composto do indicativo (tinha/havia +
particípio)
Fut. Do presente + particípio 0 fut. Do pres. composto do indicativo
Fut. Do pretérito + particípio 0 fut. Do pretérito composto do indicativo
Pres. Do subjuntivo + particípio pretérito perfeito composto do subjuntivo
Pret. Imp. Do subjuntivo + particípio pretérito M Q perf. composto do subjuntivo
Fut. Do subjuntivo + particípio 0 futuro composto do subjuntivo
Vozes verbais
Trata-se da relação existente entre o verbo e o seu sujeito.
1- Voz Ativa
Suj. Agente
Verbo aux. Ter / Haver
Qualquer verbo.
O dólar caiu (VI) nos últimos meses.
O governo decidiu (VTD) a taxa de investimento (OD).
2- Voz Passiva
Sujeito paciente (sofre a ação).
Formada somente a partir verbos (VTD) ou (VTI).
(VPA) SER/ ESTAR + verbo particípio (LOC. DA PASSIVA)
(VPS) = verbo + -se (PA) ( o verbo deve concordar com o sujeito.
A tarefa foi realizada ontem.
Realizou-se a tarefa ontem.
3- Voz Reflexiva
Sujeito agente e paciente
Pronome reflexivo (OD) (OI)
Ocasionalmente pode indicar reciprocidade.
Ela se deu uma nova chance. (a si mesma) (Reflexiva)
Os jovens se cumprimentam sem reservas. (reciprocidade)
(VPS)=VOZ PASSIVA SINTÉTICA
(VPA)=VOZ PASSIVA ANALÍTICA
12- A questão se justifica de diversas maneiras
Se (PA) justifica (VTD) (VPS) é justificada (VPA)
94
13- Não foram avaliados todos os pontos. (colocação pronominal)
Foram avaliados (VPA) avaliaram-se (VPS) (não se avaliaram)
14- Ainda não foram notificados todos os candidatos. (concordância verbal)
Ainda não foram notificados ainda não se notificou.(notificaram)
15- Não era observado o padrão utilizado.( Tempo verbal)
Não era observado(pret. Imperf.) não se observou(pret. Perf.) (observava)
16- Ela seria avaliada na ocasião (sujeito posposto)
Ela seria avaliada Avaliar-se-ia ela (suj.) na ocasião
TRANSPOSIÇÃO DE VOZES
1 (VTD) OU (VTDI)
(VA) O rapaz (SUJ) resolveu (verbo VTD) antigos problemas (OD), na ocasião
(Adj.adv.) .
(VPA)10 Antigos 2 problemas (suj. paciente) foram 3,4,5(verbo aux. SER) resolvidos
(loc. Da passiva) pelo 6,7 (POR/PELO/DE) rapaz (agente da passiva) na ocasião 9
(adj. Adv.).
(VPS)10 Resolveram 3 -se (PA) antigos 11 problemas (suj) 0 8 (ag. Passiva) na
ocasião 9 (adj. Adv.).
1- A passagem da voz ativa para passiva ou vice-versa só é possível quando, o verbo
é (VTD) OU (VTDI).
2- O objeto direto da voz ativa sempre corresponderá ao sujeito da passiva.
3- O verbo da voz ativa, ao ser passado para a passiva, sofrerá acréscimo de auxiliar
de passiva ou de partícula apassivadora.
4- Deve-se manter tempo / modo ao longo da transposição.
5- Em função do novo sujeito, podem ser feitos ajustes na concordância.
6- O sujeito da voz ativa sempre corresponderá ao agente da passiva.
7- O agente da passiva pode ser introduzida pelas preposições por, pelo (a) ou de
8- Na voz passiva sintética, é comum se omitir o agente da passiva.
9- Outros termos sintáticos como OI e adj. Adv. Não sofrem alterações quando se
modificam a voz da frase.
10- Voz passiva analítica e sintética são sempre formas equivalentes desde que
mantidas as relações de tempo e concordância.
Não se notaram aspectos positivos naquela relação. (VPS)
( E ) passando-se a frase acima, que se encontra na ativa, para a
passiva teremos: Aspectos positivos não foram notados naquela relação.
95
O governo tinha discutido novas formas de campanha.
( E ) passando-se a frase acima para VPA teremos
Novas formas de campanha foram (tinham sido) discutidas pelo governo.
Não se (PA)espera que o governo resolva isso sozinho(SUJ.
PACIENTE).
( E )a oração destacada funciona como complemento verbal (sujeito) do
verbo esperar.
96
13) Transitividade Verbal ↑ Sumário
6 Nos trechos dizia-se “que qualquer editora contrataria por somas CERTO ?
astronômicas” (R.6-7) e tínhamos achado “que muitos colecionadores
cobiçariam” (R.22), o vocábulo “que”(retoma o a expressão anterior) introduz orações
adjetivas restritivas,
nas quais exerce a função de complemento verbal.(o que exerce a função de OD nas
suas orações)
Gente, dizia-se, que brilharia no corpo docente de qualquer
universidade; especialistas que (OD do verbo contratar)
qualquer editora contrataria por somas astronômicas
(certos astros não são muito grandes).
. Tínhamos achado preciosidades que (OD do verbo cobiçar)
muitos colecionadores cobiçariam.
ANÁLISE SINTÁTICA
Informaram ao rapaz (OI) que o problema seria
resolvido em breve e chamaram (VTD – cognominar – dar nome de )o governo (OD)
de corrupto (PRED. DO OBJ) pela falta (CN) de assistência ao (CN) povo.
Não se pose questionar que (OR. S. SUBJ.) o governo tem sido
omisso em diversas situações, mas (OR. COORD. ADVERSATIVA) há questões
complexas
em todas as bases administrativas.
1- Os verbos informar (VTDI) e chamar apresentam dois complementos verbais.
(E)
2- O vocábulo “que”, que aparece na linha 1 introduz o mesmo tipo de oração
que aparece na linha 4. 1ª OR. S. OBJ. DIRETA 2ª OR S. SUBJETIVA (E)
3- A preposição “de” em falta de assistência, e “a” em assistência ao povo
introduzem o mesmo tipo de complemento. (CN) (V)
4- O segundo período do trecho apresenta estrutura complexa com as orações
coordenadas e subordinadas. (OR. S. SUBJ.) E (OR. COORD.
ADVERSATIVA) (V)
5- A preposição “pela” na linha 3 introduz um adjunto adverbial. (V) ADJ
ADVERBIAL CAUSA
97I- TRANSITIVIDADE / PREDICAÇÃO VERBAL
Ele Buscava organização...( v. transitivo aceita sujeito)
Organização era buscada... (v. transitivo dir. aceita passiva)
1- Falta v. int. organização suj. no sistema educacional brasileiro .
2- O governo permaneceu v. intr. no local durante adj. Adv. lugar todo o evento.
adj. Adv. tempo
3- Não me OI disseram VTDI coisas relevantes OD.
4- O Brasil se tornou VL um país de corruptos PREDIC. SUJ.
5- Ela acordou v. intr. nervosa PREDIC. SUJ.
6- Eles suj. se OD consideravam VTD pessoas honestas PRED. DO OBJ.
A) VERBO INTRANSITIVO
Não apresentam OD nem OI.
Podem apresentar ADJ ADV. Ou predicativos.
Podem ou não ter sentido completo.
Restava V. INT uma opção para o rapaz. SUJ
Ela ficou V. INT em casa hoje. adj. adv.
Ela ficou V. INT nervosa. pred. do suj.
Ela ficou VTD com o dinheiro. OI
B) VTD
Exigem OD, ou seja, complemento sem preposição.
Admitem adj. Adverbiais e predicativos.
Admitem voz passiva.
As meninas suj. encontraram VTD os pais OD nervosos. PO (pred. Objeto)
(Eu) Não o OD (pronome) encontrei VTD novamente.
(Eu)Deixei VTD que ele me ajudasse nas tarefas. OD (oração)
(Eu)Conhecia VTD apenas uma parte da verdade. OD (nome)
Obj Direto pode ser representado por NOME, PRONOME ou ORAÇÃO.
Amava VTD a mim. OD preposicionado (exigida pelo objeto e não pelo verbo)
Amava VTD a (ênfase) seus filhos. OD preposicionado
A preposição aparece por exigência do tipo de complemento ou para dar ênfase
ao objeto. (pronome átono sempre preposicionado)
98
Este trabalho(OD pleonástico), já o OD realizei VTD outras vezes.
(OD pleonástico) trata-se da repetição do OD na mesma estrutura oracional.
Viveu VTD uma vida de aventuras. OD interno (intrínseco)
Consiste na utilização de uma palavra cognata ao verbo como núcleo do OD.
C) VTI
Exigem OI regido por preposição.
Ocasionalmente, a preposição pode vir subentendido.
Admitem adj. Adv. E ou predicativos.
Não adj.adv. lhe OI(pronome) interessava VTI o assunto . suj.
Duvidava VTI de que o problema seria resolvido. OI (oração)
Precisamos VTI de pouca coisa OI (nome) ao longo da vida. Adj.adv.
OI pode ser representado NOME, PRONOME ou ORAÇÃO.
D) VTDI
Apresentam dois complementos sintáticos distintos OD + OI.
Podem apresentar adj. Adv. E ou predicativos.
(ele)Avisou VTDI os amigos OD sobre sua decisão. OI
(ele)Avisou VTDI aos amigos OI sua decisão. OD
Avisou-me sobre sua decisão.
E) VL
Unem o sujeito a um predicativo do sujeito.
LISTA Ser, estar permanecer, continuar, parecer, tornar-se, viver (= estar),
andar(= estar), virar (= tornar-se)
Para ser VL tem que estar na lista + pred. Do sujeito
Podem apresentar adj. Adverbiais
Nunca apresentam OD nem OI.
Ela suj. continuava v. int longe dos pais adj. Adv.
Ela suj. continuava VL estar na lista uma pessoa simples pred. Do sujeito depois
de tudo. adj. Adv.
CESPE pensando...
1 O governo suj. me OD considerou VTD adequada à tarefa ( a mim) (PO)
( V ) O verbo considerar apresenta natureza transitiva predicativa(obj +
predicativo), conforme se verifica no enunciado acima.
2 Morava V. int. em Belo Horizonte adj. Adv. lugar há anos. adj. Adv. tempo
99
( V ) O verbo morar exige a preposição “em” e é um verbo intransitivo adverbiado
ou circunstanciado.
3 Queixou-se do amigo OI com o irmão. OI (Queixar-se de alguém com alguém )
( V ) O verbo queixar é pronominal ok (queixar-se) e foi usado com dois
complementos indiretos, ou seja, regidos por preposição.
4 O governo suj. comunicou VTD o fato OD na ocasião. adj. adv. (implícito OI a
alguém)
( e ) O verbo comunicar, usualmente regido de dois complementos, foram
empregados apenas com obj, direto, deixando implícito seu complemento
direto.(indireto)
100
14) Classificação do Sujeito e do predicado ↑ Sumário
II- CLASSIFICAÇÃO DE SUJEITO
Solução (suj. OD) existia (V. int.) (havia-VTD or. Sem suj. ), mas as
polícias (suj. simples) civil e militar estavam longe de encontrá-la.(retoma suj.
“Solução”)
1- ( E ) a substituição do verbo existir pelo verbo haver na linha 1 não comprometeria
o sentido nem alteraria as funções sintáticas dos termos da oração, desde que
mantidos o tempo e o modo do verbo original. (A oração faz sentido e está correta,
mas ocorre alteração na estrutura sintática da oração. )
2- ( ) A segunda oração do período apresenta sujeito composto anteposto ao verbo.
(suj. simples apresenta apenas um núcleo com dois adjetivos qualificando as
polícias)
3- ( ) O pronome “lá” que exerce função sintática de OD retoma contextualmente o
sujeito da 1ª oração do período. (retoma suj. “Solução”)
Sujeito - Determinado (existe e pode ser identificado na oração ou no contexto.)
* simples – expresso ou subentendido
*composto
* oracional
- Indeterminado (existe, mas não pode ser identificado)
* 3ª plural sem agente
* 3ª do sing. + se (IIS)
- Inexistente ( não existe sujeito)
* haver (existencial),
* haver e fazer (tempo)
* fenômenos naturais
* ser (hora, data, distância)
Classificando o sujeito
1- (ele)Não havia resolvido a data da prova.(suj. simples, subentendido, desinencial)
2- Aqui se avalia(VTD) o ensino (suj. SIMPLES,paciente)
3- Não se(IIS) trata (VTI) de um fato relevante(OI). (or. Sem sujeito)
4- Já faz(tempo decorrido) cinco anos que ele (suj. simples) está aqui. (suj.
inexistente)
5- No Brasil, roubaram políticos, roubaram anônimos, roubaram todos e ninguém se
move.(suj. simples(todos 4))
101
CESPE A construção da frase permite entender “políticos, anônimos, todos”
como suj. e objeto, mas o contexto discursivo faz entende-los como sujeitos. (V)
Pode-se colocar uma vírgula antes da conjunção “e”(sim, pois são sujeitos
diferentes) (V)
O vocábulo “ninguém” usualmente empregado para pessoas no contexto discursivo
pode ser entendido como país. (V)
6- As crenças (suj . simples) de jovens e (+ as)( tornaria suj. composto)de adultos
mudam ao longo do tempo.
O verbo mudar está no plural para concordar com sujeito composto.(F)
Trata-se de um suj. simples e o núcleo do sujeito está no plural. (V)
Se eu colocar um “as” depois do “e” muda-se a estrutura sintática e o sentido da frase
(V) (torna-se sujeito composto)
Posso retirar a preposição “de” sem alterar a estrutura e entendimento da frase(V)
7- Nada (suj.) interessa (VTI) à população local. (OI)
8- Cabe ao governo (OI) rever metas. (SUJ. oracional)
Tipos de
Predicado
Verbo Predicativo
Verbal (único que não
apresente predicativo)
VI, VTD, VTI, VTDI O
Nominal (único que apresenta
v. de ligação)
V. LIG Pred. Do sujeito
Verbo-nominal (apresenta
predicativo, mas não
apresenta v. de lig.)
VI, VTD, VTI, VTDI Pred. Do sujeito
ou
pred. Do objeto
VERBOS DE LIGAÇÃO
SECA PP FT
Seca Pres. Prudente faz tempo vivo
Ser, estar, continuar, andar (estar), parecer, permanecer, ficar, tornar-se,
viver (estar), virar (tornar-se)
**Suj. + VL (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)**
Suj. + VL VI (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)
Suj. + VL VI (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)
Ela (suj.) ficou VL (está na lista) triste (pred. Suj.)
Ela (suj.) ficou VI (está na lista) em casa (adj. adv. lugar) falta o pred. Suj.
Ela (suj.) ficou VTI (está na lista) com a herança (OI)
102Quem fica fica com
O rapaz(suj.) acordou (não está na lista) VI nervoso (pred. Suj) /naquele dia. (adj adv.
Tempo)
Diferenças entre o complemento nominal e o adjunto
adnominal.
DIFERENÇA: o Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos, a
adjetivos e a advérbios + mente; ligado por preposição (-) exceto preposição “de”
o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo
nome a que se liga;
o complemento não expressa ideia de posse;
CN normalmente núcleo não é uma pessoa e não tem reescritura para voz passiva
analítica.
o Adjunto Adnominal se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou
concretos.
o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo
modificado por ele.
O adjunto frequentemente indica posse.
CN X ADJ. ADNOMINAL
As pessoas encontram, hoje em dia, soluções 1 para quase todos os
problemas 2a da humanidade, o que implica, 5 até certo aspecto, 3 uma
série 2b de visões diferentes 4 sobre o homem sob um enfoque analítico.
1- **( F ) para tem como termo regente o termo de natureza verbal que
requer para si 2 complementos. (CN) (localização do termo regente)
103
2- **( V ) a preposição de 2a (AD.ADN) na linha 2 estabelece o mesmo
tipo de relação sintática que a preposição de 2b (AD.ADN) na linha 2
Relação sintática 2 tipos:
NOMINAL CN OU AA
VERBAL OI OD OD PREPOSICIONADO
CN (compl. Nominal)
Nome antecedente for adjetivo ou adverbio
Qdo suj. abstrato (PACIENTE)
Amor à mãe (a mãe é amada)
AMOR, PENSAMENTO (Subst. Abstrato) logo CN
AA (ADJ. ADNOMINAL)
Qdo sem preposição.
Suj. concreto.
Qdo suj. Abstrato (AGENTE)
Amor de mãe (a mãe que ama)
Problemas da humanidade
Série de visões.
Problemas e Série (subs. Concreto) logo AA
*** todas são Adj. Adnominal, exceto as com preposição***
Ideia de posse
Com preposição se for concreto “tá junto”
Abstrato, “fantasma, não anda junto” só se ele for agente
COMPLEMENTO NOMINAL
CN (não tem ideia de posse)
Só com Preposição
Fantasma paciente
Adjetivo , Advérbio (também são fantasmas)
104
Toda oração subordinada adjetiva (explicativa ou restritiva) exerce apenas uma
função sintática: adjunto adnominal.
Preposição + (...)
NÃO ADJ ADN.
SIM
ADJETIVO E ADVERBIO CN
SUBSTANTIVO CONCRETO ADJUNTO ADNOMINAL
SUBSTANTIVO ABSTRATO (SAQE – sentimento, ação, qualidade,
estado)
Agente Adj. Adnominal
Paciente Complemento Nominal
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
“De madeira” é complemento nominal ou adjunto?
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga
exclusivamente a substantivos abstratos.
“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”.
Logo, “de madeira” é adjunto adnominal.
Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”.
Qual a função de “ao pai”?
Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo.
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a
adjetivos, o adjunto não.
105
Portanto, “ao pai” é complemento nominal.
Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”.
Qual a função do termo “de mãe”?
Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”.
Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto.
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o
amor.
Assim, “de mãe” é adjunto adnominal.
Mais um: “O amor à mãe é sagrado”.
O termo “mãe” agora tem sentido passivo.
“Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo.
Conclusão: “à mãe” é complemento nominal.
Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”.
Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal.
106
Classificando de predicado
1- A ideia (suj.) está (VI, não tem predicativo) na cabeça de quase todo o
governo.(adj. Adv. Lugar) pred. verbal
2- Não o(OD) tornarei (VTd) um homem menos forte. (pred. Do objeto) pred.
Verbo-nominal
3- A decisão (suj.) foi avaliada (loc. Passiva)(avaliou-se)diversas vezes.(adj.
Adv.) pred. verbal
4- O governo (suj.) permaneceu (VL) imóvel (pred. Do sujeito) diante da cena.
(adj. Adv.)
5- As pessoas (suj.) chegaram (VI) atrasadas (pred. Do sujeito) ao local do
evento .(adj. Adv. lugar)em função do trânsito. .(adj. Adv.)
III- Termos sintáticos ligados ao nome.
O jovem, de quinze anos,(explicativa, apenas 1 jovem de 15 anos) reapareceu no
local do crime. ”As mulheres de hoje não conseguem lidar com esse tipo de relação e
buscam outras opções.”
A crítica ao diretor foi severa, caros leitores.
1- As vírgulas na expressão “de quinze anos”, tem caráter meramente enfático e
poderiam ser suprimidas sem alteração de sentido. (E) (generaliza para todos os
jovens de 15 anos)
2- A expressão de quinze anos, constitui um termo sintaticamente articulado ao nome
antecedente, restringindo-lhe o significado. (E) (explica)
3- A expressão “de hoje” tem natureza adverbial que se refere no contexto ao
vocábulo “mulheres”.(E) (função adjetiva restritiva, caracteriza o termo
antecedente)
4- A preposição “com” na linha 2 introduz um complemento nominal do termo
antecedente.(E) (complemento verbal OI)
5- O conector ”e” na linha 2 poderia ser precedido pelo conector “por isso” entre
vírgulas.(E) (seguido entre vírgulas, ou substituído com apenas uma vírgula antes
do conector)
6- A combinação “ao” ao se substituído por “do” alteraria significativamente o sentido
do texto, mas não comprometeria nem alteraria as relações sintáticas existentes
entre crítica e diretor. (E) (de complemento verbal vira adjunto adnominal)
7- O termo “caro eleitores” não se comunica semanticamente com nenhum outro
termo da frase e poderia, feito ajustes na pontuação, ser deslocado ao longo do
período sem mudar sua função sintática. Em função da mobilidade que possui. (V)
107
Outros termos sintáticos
Complemento Nominal (é um termo obrigatoriamente
preposicionado que completa o sentido de nomes transitivos.) = pode
completar substantivo Abstrato , adjetivos ou advérbios.
Os homens são favoráveis (nome, adjetivo) às mudanças.
adjunto Adnominal (acompanha substantivos concretos ou
abstratos, atribuindo-lhes características, qualidade ou estado)junto
do nome
Os homens velhos voltaram ao local
Aposto (termo de natureza explicativa que vem entre vírgulas,
parênteses ou travessões; que se refere ao termo antecedente.)
Vocativo é um termo isolado da oração, refere-se ao ouvinte, vem
sempre entre vírgulas ou pausas equivalentes. (?,!, :)
O jornalista, Roberto Andrade, esteve aqui. (pode ser aposto , ou
vocativo; existe ambiguidade)
Roberto Andrade, o jornalista, esteve aqui. (aposto)
Termo típica da passiva analítica que pratica a ação sobre o sujeito
paciente. (por, pelo, de)
O local estava lotado de estrangeiros.
Os estrangeiros lotavam o local.
adjunto adverbial (palavras ou expressões que exprimem
circunstâncias)
Modificam adj. , verbos ou advérbios.
Predicativo (termo do predicado que sugere qualidade,
característica ou estado ao sujeito ou ao objeto.)
Elas encontraram os pais sozinhos. (pred. Do objeto)
108
Elas encontraram os pais sozinhas. (pred. Do suj.)
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114
15) Identificação do Sujeito ↑ Sumário
COMO IDENTIFICAR:SUJEITO DA ORAÇÃO
1- Função de sujeito Caso DEFAMAVOS
( verbos causativos: deixar, fazer, mandarVerbos sensitivos: ver, ouvir, sentir. + pronome (o, a) + v. Inf.)
(Eu) Mandei-/o (Suj.) ficar aqui/ OD.
(Eu) Não o (Suj.) vi /entrar em casa/OD.
2- Pronome Demonstrativo
O (aquilo) (suj.) que (suj.) mais admiro em você são os seus olhos.(VL
conconda com o Predic. do Suj. )
O Verbo "Ser"
A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser,
essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito.
O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:
a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o
predicativo estiver no plural.
Exemplos:
Isso são lembranças inesquecíveis.
Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.
b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo
no plural.
Exemplos:
Nosso piquenique foram só guloseimas.
Sujeito (coisa) Predicativo do Sujeito
Sua rotina eram só alegrias.
Sujeito (coisa) Predicativo do Sujeito
115
Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito.
Por Exemplo:
Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.
(oração invertida) A criança é a alegria. E não, a alegria que é a criança.
Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento
sobre o outro.
Por Exemplo:
A vida é ilusões.
c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.
Por Exemplo:
Que são esses papéis?
Quem são aquelas crianças?
Cuidado
Chegaram as novas cartas (suj) relação ativo
Enviaram as novas cartas (OD) relação passivo (pode ir para passiva)
1. O enfoque nas soluções únicas dos problemas
/ que (OD)”NÓS”(suj. desinencial) enfrentamos/ (os problemas)
empobrece, quase sempre, a qualidade mesma do raciocínio.
(A) O (Aquilo) / que há (existencial)de mais terrível nas cenas de violência
transmitidas pela TV /
(Aquilo)- está- estão nas reações de indiferença de alguns
espectadores.
1. São as possibilidades de enfoques alternativos o (aquilo) que(suj. retoma
aquilo) importa nas operações que(suj. retoma operações)levam a
soluções múltiplas.
Aula 10.3
116
2. Quase ninguém, /entre os que (suj. pron. Relat. Retoma “os” aqueles) se
valem (valer) do controle remoto,/ resiste à tentação de passar velozmente por
todos os canais de TV.
(o “pron demons.” = v. Sing. , os = v. Plural ou pred. Do suj. no Plural)
3. O (aquilo) /que (suj. do verbo impõe retoma aquilo) nos mandamentos de
Moisés se impõe como um dos princípios fundamentais / é a necessidade
de reconhecimento dos nossos limites.
4. Quando o /que indica (indicar) nossos caminhos/ são os apelos da voz
interior (predicativo do sujeito no plural) , a escolha profissional não é
aleatória.
5. Podem ser mais fortes do que as circunstâncias humanas o interesse
daqueles que (Daqueles) estabelecem de vez a concentração do poder
econômico.
Quando o sujeito é representado por 'que ou quem, nada, tudo, isso, isto,
aquilo, o', o verbo SER, preferencialmente, concorda com o predicativo do
sujeito se estiver no singular ou no plural
3- Sujeito Oracional.
Sujeito oracional 3ª sing. Masculino
Fumar e Beber neste local é proibido.
OBS.: Na Língua portuguesa os infinitivos e asa orações representam o número
singular e o gênero masculino.
4- Aos moradores jamais poderia ocorrer (isso) que os policiais se solidarizassem
com eles.(suj. oracional)
5- (PA) Sujeito passivo
“Em qualquer notícia que provenha do nosso íntimo não mais HÃO (haver) de
se (PA)ocultar (VTD) as verdades (suj. passivo) que fingimos desconhecer.
... há de haver (VTD) as verdades (OD)...
...Hão de existir as verdades (SUJ.)
Se tivessem havido firmes reações...
117
VERBO DISTANTE DO SUJEITO
INVERSÃO FRASE
FRASE INVERTIDA SUJEITO PÓSPOSTO AO VERBO
2. Nas palavras dos piores contraventores (existir) insolentes alusões
à moralidade.
* Quem pratica a ação de existir. –
- insolentes alusões ...existem....
3. Aqueles/ de quem não advém qualquer reação contra os desonestos/
(Aqueles)acabam estimulando a corrupção.
4. Está (estar) nos traços da cultura brasileira,
/que são também estratégias de sobrevivência, / (or. Adjetiva)
uma forte inspiração para um ensino que ensine. Suj. total
5. São muitas as pessoas
/ a quem (pron. relativo) pode convencer (loc. verbal) uma proposta ampla, honesta e
revolucionária para o nosso ensino.
6. O despertar para a dialética e para relações contrastantes abre (abrir)
um caminho mais consequente para a reflexão e para a prática.
7. A entrada dos 2 000 tem (têm) trazido a reversão das expectativas de que
haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da
humanidade.
FRASE COM SE
118
Não se devem (sujeito oculto "ninguém" ) responder aos sacrifícios humanos com o
cinismo de quem se julga superior.
Ninguém deve responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se
julga superior!
Então a frase fica assim:
Não se deve responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se
julga superior!
FRASE COM QUE
I) Orações Subordinadas Substantivas:
Equivalem a um substantivo (=isto). Apresentam-se introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se ou por pronome indefinido, pronome ou advérbio interrogativo.
1) Subjetivas: Exercem a função sintática de sujeito.
a) Verbo na 3ª pessoa do singular (CONVIR, CUMPRIR, IMPORTAR, URGIR,
ACONTECER, PARECER, etc.) seguidos de QUE, SE.
b) Expressões na voz passiva: SABE-SE, SOUBE-SE, DIZ-SE, CONTA-SE, É
SABIDO, ESTAVA DECIDIDO, etc.
c) Verbo de ligação mais predicativo: É BOM, É CONVENIENTE, ESTÁ CLARO,
etc.
Ex.: Parece [que ela chega hoje.]
Não se sabia [se era verdade.]
É claro [que ficarás bom.]
SUJEITO ORACIONAL: quando o sujeito aparece sob forma de oração, a expressão
da
oração principal não varia.
a) Verbos do tipo: Convém, Basta, Parece, Falta, Importa...
Convém/que estejas aqui na hora marcada.
or. princ. or. subord. subst. subjetiva
b) Verbo de ligação + predicativo do sujeito: É bom, Está claro, Parece possível...
É bom / que digas a verdade
or. princ. or. subord. subst. subjetiva
c) Expressões na Voz Passiva: Sabe-se, Diz-se, Conta-se, É sabido...
Sabe-se/que ele disse a verdade.
or. princ. or. subord. subst. subjetiva
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO
Observação:
119
Em muitas orações, o sujeito é exercido pelo pronome relativo QUE ou por seus
relativos correspondentes - O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS.
A FUNÇÃO DO PRONOME RELATIVO(SUJ. OU OD) não tem relação com o termo
retomado.
9.(nós) Somos o único povo da História que(pro. Rel. retoma “povo”) ainda
mantém um pouco da alegria do viver.
10 .No intervalo da conferência, surgiram várias ideias (suj. de surgiram)
asquais(suj. de induziram) (retoma ideias) induziram o palestrante a mudar o
rumo
de seu discurso.
USO DO QUE (SUJEITO OU OD)
Isto é um exemplo do que pode acontecer.
Isto são exemplos do que pode acontecer.
Tudo o que eu quero é um dia sossegado.
Tudo o que eu quero são dias sossegados.
Quem é este garoto?
Quem são estes garotos?
Que é este embrulho?
Que são estes embrulhos?
SUJEITO NÃO PODE TER CARGA PASSIVO
1. Caberia comercializarem-se os televisores com uma advertência
expressa
sobreo perigo que (OD) representa as exposições contínuas à tela de uma
TV.
Cuidado: São asexposições contínuas .... que representa o perigo.
2. Incluem-se(a pensão, e o seguro) entre tantas vantagens
que(OD)proporcionam o trabalho assalariado a pensão para os que se
acidentam e o seguro para os que perdem o emprego.
*É o trabalho assalariado que proporciona vantagens.Cuidado ver sentido
da oração.
120
> Ainda cabe aos alunos da 1ª série consertar o dano que causaram à
escola. não é o sujeito
>Enreda-se nas tramas das próprias memórias todo aquele que não busca
abrir, para si mesmo, novos tempos e novas experiências.
> A qualquer pessoa podem ocorrer, neste tempo de radicalismos,
argumentos
em favor da mais pessimista expectativa histórica.
>Se a cada um de nos efetivamente perturbassem os que agem mal, a
impunidade
seria impossível.
Para as pessoas mais sensatas implica VTDI (implicar) sérios riscos
(OD)
a drástica divisão entre pessimistas e otimistas.
> Não ocorre aos bons cidadãos que os maus contam com o silencio da
sociedade (sujeito oracional) para seguirem sendo o que são.
b) Em virtude da regra acima, não se deve, portanto, preposicionar um
termo
que exerce a função sintática de sujeito. Observe:
>Esta na hora da onça beber água. (construção errada)
Corrija-se para...
> Esta na hora de a onça beber água.
sujeito do verbo "beber"
:> Apesar da manifestação ocupar as ruas principais, o transito fluía
normalmente.
(construção errada)
Corrija-se para...
121
>Apesar de a manifestação ocupar as ruas principais, o transito fluía
normalmente.
sujeito do verbo "ocupar"
Apesar do trânsito não fluir bem...
Apesar de o trânsito fluir bem ...(o que flui bem é o trânsito (suj.))
Questão CESPE TRE/BA
“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a
indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um homem
dele haver
violento, pareceu compreensível aos depoentes.”
** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento”
pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido
considerado um homem violento.
** Devem existir ratos (suj.)no porão
Mas...
Deve (3ª sing. haver (VTD) ratos (OD)no porão.
** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da
legalização da maconha.
Mas...
Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização
da maconha.
122
16) Condordância Nominal ↑ Sumário
OBS: milhão e milhares são palavras masculinas
Os milhares de pessoas chegaram.
Os milhões de mulheres chegaram.
Ela reconheceu-me.(VTD)
Ela obedeceu-me. (VTI)
Ela reconheceu a mim.
Ela obedeceu a mim.
Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes
oblíquos tônicos:
Ela gosta de mim.
Ela mentiu perante mim.
Ela faz tudo por mim.
1- Expressão partitiva
(uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção
de, a maioria de, etc)
Boa parte dos inscritos no último concurso irá / irão realizar a prova.
Grande número de automóveis circula / circulam ...
2- Sujeito Subs. Coletivo (bando, grupo, equipe = necessita especificação)
Um bando de aves sobrevoava / sobrevoavam ...
Um grupo de arruaceiros invadiu / invadiram ...
O ramalhete de rosas murchou. (ramalhete só pode ser de flor expressão
específico = verbo concorda com ramalhete)
123
3- Verbo anteposto (coletivos, partitivos) “só admitido concordância nuclear”
Nas capitais, circula grande número de automóveis.
4- Numeral no sujeito (cerca de, perto de, mais de, obra de)
***Não altera o sentido do texto *** CESPE ***
1% dos alunos pode / podem
2% do alunado pode / podem
0,8 vez
2,5 vezes
Perto de 15 manifestantes se aglomeraram...
Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por
um dos pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo ou “coisas”, o
verbo ser concordará com o predicativo (preferencialmente) ou
com o sujeito.
No início, tudo é/são flores.
Tua Palavra sempre foi/foram as Sagradas Escrituras.
Vestidos, sapatos e bolsas são/é assunto de mulher.
“Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário
nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente
ditos.” (Revista CNT, “Lixo tributário”)
a) “Com os verbos ser e parecer a concordância se faz de preferência com
o predicativo, se este é plural.” (Luiz Antonio Sacconi)
O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os
pronomes interrogativos que ou quem.
– Que são anacolutos?
– Quem foram os classificados?
Em indicações de horas, datas, tempo, distância (predicativos), o
verbo concorda
com o predicativo.
– São nove horas.
– É frio aqui.
124
– Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas?
– Daqui à Cidade são só dez quilômetros.
Cuidado!!!
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois
subentendese
a palavra dia.
– Hoje são 4 de setembro.
– Hoje é (dia) 4 de setembro.
Indicando horas e seguido de locuções como “perto de”, “cerca de”,
“mais
de”, o verbo “ser” tanto pode ficar no singular como no plural.
– Era/Eram cerca de dez horas.
Fica o verbo “ser” no singular quando a ele se seguem termos
como muito, pouco,
nada, tudo, bastante, mais, menos, etc. junto a especificações de
preço, peso,
quantidade, distância, etc. Ou seguido do pronome demonstrativo
o.
– Cento e cinquenta reais é nada, perto do que irei ganhar em São
Paulo.
– Cem metros é muito para uma criança.
– Duas surras será pouco para ele aprender.
– Divertimentos é o que não lhe falta naquele parque temático.
Na expressão expletiva é que, se o sujeito da oração não
aparecer entre o verbo
ser e o que, o ser ficará invariável. Se o ser vier separado do que,
o verbo concordará
com o termo não preposicionado entre eles.
– Eles é que sempre chegam atrasados.
– São eles que sempre chegam atrasados.
– São nessas horas que a gente precisa de ajuda. (construção
inadequada)
– É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (construção
adequada)
125
“O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da inclusão de
qualquer cidadão”:
O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de estudar são a mola mestra da inclusão de
qualquer cidadão.
Justificativa Para A Concordância
Alteração na concordância Sentido
Substituição de termo
1. ( E ) O povo brasileiro tem interesse no setor, os políticos, não.
A vírgula empregada no trecho é um mecanismo coesivo capaz de evitar a
repetição vocabular. No contexto, a vírgula equivale a expressão “tem (“têm”
refere-se aos políticos, plural) interesse no site”
2. ( E ) Caros eleitores (vocativo), votem (vocês)votei(eu) com consciência o uso
plural, na fase, em “votem” se justifica pela concordância com forma
nominação “caros eleitores”.
3. ( ) Falta, no Brasil, recurso e administração efetiva.
Anteposto (Faltam) Recurso e adm. Efetiva (suj. composto) faltam no Brasil.
4. A maioria da população brasileira dispõe de crédito.
(dispõem) não pode ser trocado a maioria sing. A população brasileira tbém é
singular
A maioria dos brasileiros dispõe ou dispõem de crédito.
5. Esperava que existissem, no país, normas sobre o fato.
Tivessem (não pode ser usado com sentido existencial)
6. Não pode, em situações comuns, haver problemas. (OD).
Podem... existir problemas (suj.) (não pode
existirem)
7. No Brasil, os governantes, têm que discutir propostas.
... têm ... discutirem...(locuçãoverbal só flexiona o auxiliar)
8. Nenhum de nós sabe (sabemos) o que aconteceu no local. (cada e nenhum
sempre singular.
1- ( F ) Caros eleitores (vocativo), (vocês) votem com consciência.
(...,votei com consciência) pode se trocar a conjugação.
O uso da 3ª pess. Do plural é justificado em função do termo de
natureza nominal (Caro eleitores).
2- ( F ) Cada um de nós sabe o que é relevante.
126
Seria possível substituir a forma verbal sabe por sabemos sem
prejuízo para a norma e / ou sentido do texto, permitindo, desse modo,
uma maior interação com o leitor. (cada um e nenhum não pode ser
plural 3ª pessoa singular)
3- ( V ) Os governantes lutam para, em algum momento, modificar o
futuro do país.
Modificar modificarem (período composto – mesmo sujeito)
( F ) As pessoas que se dispuseram a resolver o caso não estavam no
local
Resolver resolverem (locução verbal apenas o auxiliar varia)
( V ) Deixou os brasileiros (suj.) agirem por conta própria.
AGIREM AGIR (os) (regra defamavos) se nome facultativo se
pronominal 3ª sing.
127
17) Casos mais comuns CESPE ↑ Sumário
Tratam(VTI)-se(ISS) de fatos complexos. 3ª sing.
3ª sing.
Cada um(s) 3ª sing.
Nenhum(a) de / dos das 3ª sing.
Nenhum de nós escolheu a vida que tem.
... escolhemos ...
Haver (existencial) 3ª sing. TER (existencial) 3ª sing.
Haver / Fazer (tempo) 3ª sing. *existir / ocorrer / acontecer - Flexiona
Auxiliar de verbos impessoais 3ª sing.
Coisas novas podem acontecer no setor.
...pode haver...
Suj. oracional 3ª sing.
Cabe aos homens discutir o futuro. (suj. oracional)
Procura-se avaliar a resposta. (suj. oracional)
Concordância lógica ou atrativa.
Um(a) dos / das que
Grande parte de / A maioria de ...
Suj. composto posposto
Numeral + determinante
Resta ao homem moderno decepção e renda. (atrativa)
( F ) a frase poderia ser construída desta forma
Decepção e renda ao homem moderno resta.(restam) (lógica)
A maioria da população enfrenta. (só sing.)
Pron. De Tratamento 3ª pessoa
Vossa excelência sabe de vossas suas obrigações.
Flexão do infinitivo
Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona.
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever,
ir, continuar,...
As pessoas têm que avaliar o futuro
... avaliarem ...
128
** Em caso de período composto, quando a 2ª oração for
introduzida pela preposição a, a flexão do inf. Será facultativo.
Os mais velhos (suj.) incentivam os mais novos (suj.) a deixar
(deixarem) o lar.
(oração com sujeitos diferentes.)
** Caso (DEFAMAVOS)–deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir
(DEFAMAVOS) + infinitivo
Se suj. for pronome a flexão será proibida.
Se o suj. for nome a flexão será facultativa.
Deixou os meninos dormir / dormirem.
(Ele) Deixou-os dormir.
Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem
**CESPE ** ( F ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o
pronome oblíquo as.
A maneira de Eles agirem me agrada.
Em se tratando de sujeitos distintos, flexiona-se o infinitivo
Período composto com o sujeito, a flexão facultativa sobretudo se o inf.
Estiver preposicionado.
As pessoas têm medo de se sentir mal.
de se sentirem mal.(tem o mesmo sujeito)
Eles pediram para sair / saírem mais cedo.
Parecer. apenas o parecer varia. LV
apenas o infinitivo varia. PC
Pareciam compreender a matéria.
Parecia compreenderem a matéria.
Casos de Concordância da CESPE
1 Em locuções verbais, apenas o verbo auxiliar se flexiona o infinitivo não varia,
Os brasileiro começaram, em algum momento, a questionar o Governo.
principais: Ter, haver, começar (a), voltar (a), chegar(a), ir, ser, estar, dever,
poder, continuar (a), passar (a)...
Ela fez as moças falar / falarem.(Ela fez com que as moças falassem)
DEFAMAVOS
2 Deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir. verbos causativos e sensitivos +
inf.
129
Se o sujeito for um nome plural , a flexão so infinitivo será facultativa.
Se o sujeito for pronome plural, a flexão será proibido.
Deixei os meninos dormir ou dormirem.
Deixei-os dormir/dormirem.
3 Em caso de período composto em que as orações apresentam o mesmo
sujeito, a flexão do infinitivo será facultativa.
Eles pediram para sair mais cedo.
Saírem
Saírmos
Eles têm medo de se sentir mal
Se sentirem
4 Em construções com sujeitos distintos a flexão no infinitivo é necessária
A maneira de Eles agir / agirem é interessante.
A forma de os rapazes conduzirem o caso é interessante.
É hora de a onça beber agua.
5 Em casos de períodos compostos , quando a segunda oração vier regida pela
preposição “a” a flexão do infinitivo será facultativa,
Viu os rapazes a cantar naquele dias.
A cantarem...
Eles estavam dispostos (eles aceitaram o pedido) a aceitar / aceitarem o pedido.
6 Pron. De tratamento 3ª pessoa com verbos e formas auxiliares
concorda em gênero com o sexo da pessoa a que se referem.
Vossa Excelência, Senhor Juiz, está ciente de suas obrigações, por isso esta
preocupado.
7 Que sujeito, o verbo concordará com o termo antecedente
Fomos nós que resolvemos o problema.
8 Quem sujeito, o verbo concordará com o termo antecedente ou
permanecerá n 3ª pessoa sing., concordando com o próprio quem.
Fomos nós quem resolveu / resolvemos o problema.
Foram as mulheres quem mais evoluíram / evoluiu nos últimos anos.
9 Nenhum (a) de / dos / das 3ª do sing.
Nenhum de nós reconhece / reconhecemos seus problemas.
10 Cada um (a) de / dos / das 3ª do sing.
Cada uma delas sabe o que quer.
Sabem
Cada um de nós tem temos um sonho.
11 Haver com valor existencial (3ª, verbo impessoal, or. sem suj. , VTD,
contamina o verbo.
Coisas diferentes começaram (começou), por razões diversa, a haver; mas, por
outro lado, foram elas necessárias para que tudo melhorassem.
Mudanças precisa haver.
130
Mudanças precisam existir.(existir, acontecer, ocorrer são variáveis)
Mudanças precisam ter.
Na reunião, teve (houve) quem criticasse o governo.(verbo ter não pode ser
usado com valor existencial)
Haviam (Eles) encontrado o rapaz. = Encontraram o rapaz (verbo haver com
outro sentido – não existencial- variam)
12 haver / Fazer (tempo decorrido ) 3ª do sing., verbo impessoal, or. Sem
suj., auxiliares também não variam.
Vai fazer dois anos que estamos aqui.
Haviam Havia semanas que não se falavam.
13 suj. oracional o verbo da oração principal fica sempre na 3ª do sing.
Cabem Cabe aos homens, discutir o futuro do país (suj. oracional).
É importante que vocês estudem.
Não é sabido...
Não se (PA) sabe(VTD) se o país cresceu nos últimos anos.
O verbo saber está singular porque apresenta uma construção genérica, com
sujeito indeterminado. (E)
Se * PA o verbo concordará com o sujeito. Não se explicam tais fenômenos.
* IIS o verbo permanecerá na 3ª do sing. Trata se de fatos recentes.
CESPE- Aula 5 - Parte II
Lógica ou atrativa
14 Suj. composto posposto ao verbo
Resta ou restam uma esperança e alguns recursos no caso.
15 Expressões partitiva + determinante
Grande parte dos produtores investe ou investem nisso.
16 numeral + determinante
15 % da produção apresentou ou apresentaram defeito.
17 Pron. Indefinido ou interrogativo, no plural, + nós / vós.
Quais de nós sabem ou sabemos a verdade?
Qual de nós sabe ou sabemos a verdade? ( se o pronome estiverno singular só
aceita o verbo no singular “sabe”.)
Alguns de vós trouxeram ou trouxestes o pedido.
18 sujeitos ligados com “ou” (alteração enfática)
inclusão – plural
exclusão – singular
131
Dupla possibilidade
O político ou seu assessor mentiu(um dos dois mentiu) ou mentiram( pode ser
que os dois tenham mentidos) (possibilidade 1 aceita os dois com alteração do
sentido)
Uma única possibilidade
Não se se é a força da biologia ou o meio que predomina sobre o
comportamento humano. (possibilidade 2 aceita somente o singular, pois
predomina indica predominância de um sobre o outro, não pode ser ao mesmo
tempo os dois.)
Cigarro ou álcool fazem mal a saúde. (possibilidade 3 plural obrigatória
(inclusão; os dois fazem mal a saúde).)
19 sujeitos ligados com “com” (alteração enfática)
usa-se o plural
O presidente com os ministros decidiram a medida.
Ex:. CESPE
O verbo decidiram está no plural para concordar com “os ministros”(com termo
mais próximo(E).(E)
O verbo concorda com os dois termos da oração (V).
Pode se colocar entre vírgulas (E).(ideia de adição e não de enumeração) “ou”
com sentido de “E”
admite-se o singular para se dar ênfase ao 1º elemento.
O presidente com os ministros decidiu a medida. ( Foi o presidente que decidiu a
medida)
O presidente, com os ministros, decidiu, a medida.
CESPE
Pode-se separar os termos “com os ministros” entre vírgulas sem alteração de
sentido. (F)
Os termos “com os ministros” torna-se adj. adverbial de companhia
- ocorre alteração da estrutura sintática, altera sentido, deixa de ser parte do
sujeito para tornar adj. Adverbial de companhia,
20 gradação ou sinônimo (alteração enfática)
sinônimo
Amor e paixão fazem bem à alma. (dois sentimentos diferentes)
Amor e paixão faz bem à alma. (os sentimentos são iguais (sinônimos))
Medir e avaliar..... não é tarefa fácil.
São tarefas fáceis.
CESPE
132
O verbo está no singular, pois foi tomado os verbos medir e avaliar como
sinônimos.(V)
O verbo “ser” pode ser colocado no plural sem necessidade de correção e
estrutura da frase (E).
gradação
Um olhar, um gesto, uma palavra muda ou mudam tudo.(singular se tomar como
um sentido só; plural se tomar como ideias diferentes.)
21Concordância ideológica (Silepse)
A gente somos moradores neste país. (não é aceita n norma culta)
Mais de um aluno esteve aqui. (norma culta singular, ideia ideológica sentido de
plural)
CESPE
O uso do singular embora esteja de acordo com a norma culta, não converge
com a ideia sugerida pelo termo do texto, se apenas a ideia sugerido pelo termo
fosse levada em consideração seria “estiveram” “ mais de um estiveram” o
CESPE cobra nesta questão não a norma culta da frase, mas o sentido da frase.
(reflexão linguística)
OBS :. Orações subordinadas Substantivas Reduzidas de infinitivo são
desenvolvidas com acréscimo de conjunção e uso de passiva (sintética ou
analítica)
É necessário questionar o governo.
É necessário que o governo seja questionado.
É necessário que se questione o governo.
PLURAL
É necessário questionar os governantes.
É necessário que os governantes sejam questionados.
É necessário que se questionem os governantes.
*OBS .: 10 PALAVRAS QUE MAIS ALTERAM O SENTIDO COM A TROCA DE
LUGAR NA FRASE
SÓ, APENAS, SOMENTE, POBRE, GRANDE, CERTO, SIMPLES, ALGUM,
QUALQUER, NOVO
Só o Brasil assinou o acordo. (nenhum pais mais assinou o acordo)
O Brasil só assinou o acordo. (o Brasil só assinou o acordo, não fez mais nada)
133
Fernando pestana reconhecimento de frases corretas e incorretas 2014 002
O trecho:
“aos autores pertence o direito exclusivo de utilização,
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar”
poderia ser corretamente
reescrito da seguinte forma:
... pelo tempo que a lei permitir (adj. Adv. Longo sem vírgula)
pertence, aos autores, o direito exclusivo de utilização, de publicação ou de
reprodução de suas obras, o qual é transmissível a seus herdeiros. (separação por
vírgula do verbo do seu sujeito (qdo deslocado nunca se separa por vígulas), do
objeto.
134
18) Outras estruturas ↑ Sumário
1- Estava em um local seguro.
Em um num (V) –Norma Culta admite a troca (separado em forma mais formal)
2- O governo investe mais em educação que outros países (investem).
Que do que (V) (nas estruturas de comparação as duas estão corretas)
O governo e outros países desempenham a mesma função sintática. (V)
(or. Comparativo verbo implícito investem)
( F ) depois de outros países subentendem o verbo investe ?(investem)
**CESPE** O governo tem mais que outros países (suj.) (têm). CUIDADO
O CESPE pode cobrar concordância verbal, além de cobrar o verbo implícito da or.
Comparativa. Análise Sintática e concordância verbal.
O governo (sujeito da 1ª oração)
Outros países. (sujeito da 2ª oração)
3- O governo falou mais do que seria feito no setor.
(F) Mais do que é uma expressão comparativa por isso é possível suprimir o do.
(do pronome de + aquilo e não é comparativo é superlativo)
(V) Trocar do por sobre o.
O + que (Sempre observar o como aquilo)
4- O governo tem que investir em educação.
Que de (V) (locução verbal formadas por ter + inf pode ser usada que ou
de(prep.. acidental))
5- Isso fará com que ele estude mais.
Pode-se suprimir o com. (V) (fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com)
6- A maneira / de os brasileiros corruptos se manifestarem / é essa.
Pode-se trocar de os por dos (F) (suj. do verbo manifestarem)-Na norma Culta não
podemos fazer a fusão da prep.. com artigo ou pronome qdo houver verbo no
infinitivo
O modo dela/ (de ela) agir /me assusta.
7- Isso consta no documento.
No do (V) (regência do verbo constar em/de)
8- A decisão acarretará problemas.
Pode-se inserir em antes de problemas. (F)(Regência do verbo acarretar VTD não
admite preposição)
9- O governo visa (deseja) a discutir o caso. (período composto ...que se discuta o
caso.
Visava a resolver a questão. ( em caso de OI. Oracional prep. Facultativo qdo não
houver prejuízo para a eufonia da frase)
135
Pode-se suprimir o a. (V)
(visar VTI mas pode –se suprimir por se tratar de objeto indireto oracional + inf.)
Chegou a discutir o caso.
Nas loc. Verbais não pode suprimir o a em voltar, começar e chegar.
( locução verbal (ter, haver(de)), ser, estar, chegar(a), ir, voltar(a), começar(a),
poder, dever)
Auxiliar ativa T/H (Tempo Composto) Ter/Haver + inf + (que ou de -Facultativo-)
Auxiliar Passiva S/E
C / I / V
C / P / D
10- Chamaram(denominar), na ocasião, por motivos óbvios, o (ao) governo de
corrupto(pred. Obj.).
Trocar o por ao (V) (Regência do v. Chamar- pode tudo VTD ou VTI)
suprimir o de (V) (pred. Do Obj. preposição Facultativo) (frase pode ser
passível de ambiguidade)
11- Não lhe informaram suas obrigações.
Pode-se colocar a preposição de antes de suas obrigações. (F) (v. informar VTDI,
então não pode por preposição)
Pode-se por as antes de suas obrigações. (V) (o artigo antes de pronomes
possessivos é Facultativo)
MESMO x 7 = ?
1. Adjetivo
Vou ao mesmo restaurante direto.
2. Pronome demonstrativo (reforçativo)
Elas mesmas/próprias costuram seus vestidos.
3. Pronome demonstrativo
136
Ele foi demitido, e o mesmo aconteceu com ela.
4. Preposição acidental concessiva
Mesmo chovendo, saí de casa.
5. Advérbio de inclusão
Ele malha, mesmo de madrugada.
6. Advérbio de afirmação
Ela falou a verdade mesmo!
7. Substantivo
O mesmo é um vocábulo dissílabo.
13719) Uso de Preposição ↑ Sumário
As pessoas encontram, hoje em dia, soluções 1 para quase todos os
problemas 2a da humanidade, o que implica, 5 até certo aspecto, 3 uma
série 2b de visões diferentes 4 sobre o homem sob um enfoque analítico.
3- **( F ) para tem como termo regente o termo de natureza verbal que
requer para si 2 complementos. (CN) (localização do termo regente)
4- **( V ) a preposição de 2a (AD.ADN) na linha 2 estabelece o mesmo
tipo de relação sintática que a preposição de 2b (AD.ADN) na linha 2
Relação sintática 2 tipos:
NOMINAL CN OU AA
VERBAL OI OD OD PREPOSICIONADO
CN (compl. Nominal)
Nome antecedente for adjetivo ou adverbio
Qdo suj. abstrato (PACIENTE)
Amor à mãe (a mãe é amada)
AMOR, PENSAMENTO (Subst. Abstrato) logo CN
AA (ADJ. ADNOMINAL)
Qdo sem preposição.
Suj. concreto.
Qdo suj. Abstrato (AGENTE)
Amor de mãe (a mãe que ama)
Problemas da humanidade
Série de visões.
Problemas e Série (subs. Concreto) logo AA
5- ( F ) Seria possível a inserir da preposição em antes do vocábulo
uma na linha 2 (Verbo implicar VTD ) não pode colocar preposição
ante de (OD)
138
6- ( F) Se é possível trocar sobre o por a cerca do (distância) (ACERCA
DE)
OU para por a fim de (afim de)
7- ( V ) a preposição até denota limite. (RESTRINGE)
8- ( V ) posso trocar sob por de, mas altera-se o sentido do texto embora
o texto continue coerente. (NORMA X SENTIDO)
139
20) Tipologia Textual ↑ Sumário
Um texto pode ter + de 1 tipologia
1- Descritivo Estatístico / Observação
2- Narrativo Fato / Evolução Temporal
3- Dissertativo Opinião / Tese / Argumento
4- Injuntivo Instrucional / Topicalizado / Imperativo = lei, instrução normativa
5- Expositivo Conceitual / Explicativo
Funções linguístico
- Poético: figuras de linguagem, conotação, neologismos, construções
estruturais não convencionais, polissemia etc.;
-Conotativo Apelativo: o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é
estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.;
- Emotivo expressivo Opinião / 1ª pessoa
- Referencial (Informativa / Denotativa) Texto formal, Gráficos, didáticos
encontramos tal função predominantemente em textos jornalísticos,
científicos, didáticos e afins (não literária).
- Metalinguística : um ato de comunicação em que se usa a linguagem para
falar sobre ela própria;
- Fático: algumas marcas linguísticas: “Bom dia/tarde/noite”, “Oi”, “Olá”,
“Fala...”, “E aí”, “Estou entendendo”, “Vamos lá?”, “Pronto”, “Atenção”,
“Sei...”, “Fui”, “Valeu”, “Tchau” etc.
Tipologia Textual
1. Narração
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real.
Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o
140
passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis
até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica,
romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou
um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua
função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever
sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa
"criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do
objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega
facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em
gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele.
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta
informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo.
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é
informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos
expositivos de revistas e jornais, etc.
3.1 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do
autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando
convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente
utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia,
dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.
4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são,
na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do
infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos;
súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e
instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex:
recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal,
aniversário, etc.).
OBS: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns também
consideram que os tipos listados abaixo possuem características suficientes para
141
receber a classificação de tipo textual.
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual
ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas,
previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.
6. Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos
gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles
orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm
sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções
comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se
tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam
eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então,
ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do
tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à
sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. No caso da "carta
denúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente necessidade de o expor
ao seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais utilizados.
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de
propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor
apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a
sensibilidade do mesmo.
Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e
injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto
uso do medicamento.
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a
fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes,
142
além disso, com verbos no imperativo, dado o sentidode ordem, para que o leitor siga
corretamente as instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar
ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o
posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da
presença da objetividade.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido
que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo
determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens
envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara,
com linguagem direta.
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela
conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para
obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente
envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de
entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos
narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na
entrevista médica.
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados
em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando
uma espécie de conversação.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica,
através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário
sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser
estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua
composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber
classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático,
etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes
neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o
conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o
que toca e comove pode ser considerado como poético. Assim, quando aplica-se a
143
poesia ao gênero <poema>, resulta-se em um poema poético, quando aplicada à
prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser
assim considerados).
Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em
estrofes e as rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um
refrão, parte da letra que se repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma
interação direta com os instrumentos musicais. A tipologia narrativa tem prevalência
neste caso.
Advinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem
algum nível de engenhosidade. Predominantemente dialogal.
Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é
utilizado para publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não
necessariamente a cada ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo.
Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar
aquilo que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e da
linguagem, consegue utilizar todas as tipologias textuais com facilidade.
Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a
informações de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta,
através da orientação que cada um traz.
Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem
ocorrer no futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo
também características dos tipos narrativo e descritivo.
Domínio Principal Gêneros textuais
Científico
Artigo científico
Verbete de enciclopédia
Nota de aula
Nota de rodapé
Tese
Dissertação
Trabalho de conclusão
Biografia
Patente
Tabela
Mapa
Gráfico
144
Resumo
Resenha
Jornalístico
Editorial
Notícia
Reportagem
Artigo de opinião
Entrevista
Anúncio
Carta ao leitor
Resumo de novela
Capa de revista
Expediente
Errata
Programação semanal
Debate
Religioso
Oração
Reza
Lamentação
Catecismo
Homilia
Cântico religioso
Sermão
Comercial
Nota de venda
Nota de compra
Fatura
Anúncio
Comprovante de pagamento
Nota promissória
Nota fiscal
Boleto
Código de barras
Rótulo
Logomarca
Comprovante de renda
Curriculum vitae
Instrucional
Receita culinária
Manual de instrução
Manual de montagem
Regra de jogo
Roteiro de viagem
Contrato
Horóscopo
Formulário
Edital
Placa
Catálogo
Glossário
Receita médica
Bula de remédio
145
Jurídico
Contrato
Lei
Regimento
Regulamento
Estatuto
Norma
Certidão
Atestado
Declaração
Alvará
Parecer
Certificado
Diploma
Edital
Documento pessoal
Boletim de ocorrência
Publicitário
Propaganda
Anúncio
Cartaz
Folheto
Logomarca
Endereço postal
Humorístico
Piada
Adivinha
Charge
Interpessoal
Carta pessoal
Carta comercial
Carta aberta
Carta do leitor
Carta oficial
Carta convite
Bilhete
Ata
Telegrama
Agradecimento
Convite
Advertência
Bate-papo
Aviso
Informe
Memorando
Mensagem
Relato
Requerimento
Petição
Órdem
E-mail
Ameaça
Fofoca
146
Entrevista médica
Ficcional
Poema
Conto
Mito
Peça de teatro
Lenda
Fábula
Romance
Drama
Crônica
História em quadrinhos
RPG
Gêneros literários:
Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o
lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado
apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de
concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a
crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos
estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como:
quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um
povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc.
Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis
e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de
Homero.
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e
de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas
principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes,
“proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão
proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo
de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do
romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as
obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
147
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta
situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura
oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação
de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia textualnarrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de
aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade;
contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se
desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos
de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens
principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem
coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente,
quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV..
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e
manifestos descritivos.
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias,
críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e
mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal
e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral,
comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou
provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a
tolerância, de John Locke.
Gênero Dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um
narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por
atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e
terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave,
de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não
narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a
sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo,
castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao
148
emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos,
os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas.
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de
riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares.
Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos.
Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por
este povo.
Gênero Lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre
corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do
mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o
predomínio da função emotiva da linguagem.
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada
como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme,
decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a
peça Roan e yufa, de william shakespeare.
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas
com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta
nas noites nupciais.
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e
aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante
para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical;
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à
natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou
seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada
(pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga
é um idílio com diálogos (muito rara);
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom
sério ou irônico.
Acalanto: ou canção de ninar;
149
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras
iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo
(elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança;
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical;
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio;
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema
japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5
sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois
tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de
maldizer); satíricas, portanto.
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados
da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o
texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite
impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra
interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa
função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências
comerciais. Exemplos:
Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”.
(O Popular, 16 out. 2008.)
"Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de alterações bioquímicas,
fisiológicas e imunológicas coletivamente denominadas inflamação." (Descrição da
inflamação em um artigo científico.)
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e
anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é
subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. Não é
o fato, mas o ponto de vista do emissor que está em destaque, sua percepção dos
acontecimentos. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é
150
uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e
reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor
dramático ou romântico. Exemplos:
“Porém meus olhos não perguntam nada. / O homem atrás do bigode é sério, simples
e forte. / Quase não conversa. / Tem poucos, raros amigos / o homem atrás dos
óculos e do bigode.”
(Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
“Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por iniciativa própria,
assisti cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a crítica brasileira condenasse o
filme por não ser convencional, mas tive uma satisfação imensa quando li críticas
unânimes na imprensa. Fantástico! Parabéns, Sérgio Rizzo, seus textos nunca me
decepcionam.”
(Luciano Duarte. Guia da Folha, 10 a 16 de junho 2005.)
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de
alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo
(daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (compre! faça!) ou
conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu
desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em
discursos políticos, horóscopose textos de auto-ajuda. Exemplo:
“Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!”
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o
emissor explica um código usando o próprio código. Por exemplo, quando um poema
fala da própria ação de se fazer um poema, ou quando um cartunista descreve o
modo como ele faz seus desenhos em um cartum. Exemplos:
“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos mal rompe a manhã. São
muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse,
teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para
meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e
não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Função fática: O interesse do emissor é testar ou chamar a atenção para o canal de
comunicação, isto é, verificar a "ponte" de comunicação e certificar-se sobre o contato
151
estabelecido, de forma a prolongá-lo. Os cacoetes de linguagem
como: alô?!, né?, certo?, afinal?, ahã! hum... São exemplos usados para verificar a
comunicação ou estendê-la.
Função poética ou estética: É aquela que põe em evidência a forma da mensagem.
O foco recai sobre o trabalho e a construção da mensagem. A mensagem é posta em
destaque, chamando a atenção para o modo como foi organizada. Há um interesse
pela mensagem através do arranjo e da estética, valorizando as palavras e suas
combinações. Essa função aparece comumente em textos publicitários, provérbios,
músicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Quando a mensagem é elaborada de
forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras e rítmicas, jogos de
imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem.
Exemplo:
negócio/ego/ócio/cio/0.
(Na poesia acima, “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma
combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro.)
Canção
Ouvi cantar de tristeza,
porém não me comoveu.
Para o que todos deploram.
que coragem Deus me deu!
Ouvi cantar de alegria.
No meu caminho parei.
Meu coração fez-se noite.
Fechei os olhos. Chorei.
[...]
(Cecília Meireles)
152
21) Acentuação gráfica ↑ Sumário
Prosódia é a parte da língua que trata da correta pronúncia das palavras.
Erros de prosódia ou, como diria Caetano Veloso, “confusões de prosódia”
são muito comuns.
Pensando nisso, preparamos uma lista de palavras que geralmente nos
confundem, levando-nos ao dito “erro de prosódia”.
Assim, são palavras proparoxítonas, segundo a norma culta:
abóbada, aeródromo, aerólito, ágape, álacre, âmago, anátema, antífona,
antífrase, apóstata, aríete, arquétipo, autóctone, autópsia (alguns
dicionários registram "autopsia"), azáfama, azêmola, bígamo, bímano,
brâmane, cotilédone, crisântemo, dálmata, écloga, êmbolo, epíteto, êxodo,
fagócito, hégira, ínterim, ímprobo, ínclito, leucócito, lêvedo, monólito, óbolo,
ômega, pântano, périplo, protótipo, quadrúmano, revérbero, sátrapa, sílfide,
sílica, trânsfuga, vermífugo, zéfiro, zênite.
São paroxítonas:
AU-TÓP-SIA NE-CROP-SI-A
ne.crop.si.a Var. de necrópsia.
ne.cróp.sia s.f. MED. Exame feito em (NECRO) cadáver (psia) = exame a fim de
se conhecerem as causas da morte; autópsia. (auto) = em si mesma
acórdão, albúmen, alcácer, algaravia, aljôfar, almíscar, âmbar, ambrosia,
austero, avaro, aziago, azimute, barbárie, batavo, bíceps, busílis, cáften,
cânon, caracteres, cartomancia, celtiberos, ciclope, cível, cizânia, clímax,
cóccix, cólon, dândi, decano, díspar, dólmã, efebo, elétron, enigma, erudito,
estalido, estêncil, estigma, estratégia, exegese, fêmur, filantropo, filatelia,
flúor, fórceps, fortuito, gêiser, glúten, húmus, impudico, inaudito, índex,
jângal, látex, libido, líquen, mercancia, meteorito, mícron, miosótis,
misantropo, múnus, necropsia (alguns dicionários registram "necrópsia"),
néctar, nenúfar, nêutron, ônix, opimo, pegada, pênsil, perito, pletora, pólen,
policromo, poliglota, primata, próton, pudico, quiromancia, recorde, refrega,
rubrica, sótão, suéter, têxteis, têxtil, tórax, tulipa, vésper, vômer.
153
Observou que nem “biotipo” nem “biótipo” entraram na lista?
É porque atualmente as duas formas são aceitas.
A norma culta prefere “biótipo”.
"Biotipo", porém, é muito mais usual.
1. ( E ) A palavra 1 “análise” recebe acento gráfico para se diferenciar da forma
verbal 2 “analise” (por, pode, forma)
Análise proparoxítona
Analise (verbo) paroxítona
2. ( E ) A palavra “caráter” e “família” recebem acento gráfico pelo mesmo motivo
gramatical.
Caráter paroxítona terminada em “r”
Família paroxítona terminada em ditongo crescente( regra especial)
3. ( E ) O vocábulo “íamos” recebe acento gráfico por ser um hiato tônico.
Íamos proparoxítona ( regras gerais prevalece a regra especial)
4. ( E ) As palavras “interim” e “ruim” não são acentuadas graficamente e apresentam
a mesma tonicidade.
Ínterim proparoxítona
Ruim oxítona
5. ( E ) As palavras “silencio” e “gratuito” apresentam o mesmo número de sílabas.
Si- len- ci- o gra- tui- to
REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. ACENTUAM MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADAS A / E / O (+S).
Subs., Adj., verbo, pron. Tônico
Mês, dó, é, e (conj), de (preposição), dê (verbo), nós, vez
Nu(terminada em u)
Eles Têm (diferencial sing. Plural) outra regra
Céu ( ditongo) outra regra
2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A / E / O (+S), em e ens.
Baú (hiato) casos especiais
Caju regra oxítonas
154
3. Todas as paroxítonas são acentuadas exceto as terminadas em. A / E / O (+S), em
e ens.
Hifens hífen
Polens pólen
Itens item
Carateres caráter
Prótons próton
4. Um R- X – I – N – L – PS US- Ã – ÃO –
DITONGO crescente ( outra regra) (proparoxítonas eventuais) CESPE não cobra
(As paroxítonas terminadas em ditongo decrescente regra geral um rouxinol os)
A
O ^
E crescente decrescente
I v
U
AMÁVEIS decrescente
Horário crescente
Família crescente
Tênue crescente
5. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Sílaba, tônico, átomo, ínterim
1 h 15 min
CASOS ESPECIAIS
( A regra geral se sobrepõe sobre a regra especial.)
1. Acentuam-se os hiatos tônicos formados por “i” ou “u”, em segunda posição,
sozinha ou com –s e longe de -nh.
I / u 2ª tônico
Sozinha ou com “s”
Longe de nh.
Baú - Havaí - balaústre - saída - sairdes – sairmos (i sozinho ou seguido de “s”)
- juiz - juíza - juízes
Veículo (regra geral proparoxítona) regra de hiato não se aplica.
155
2. Acentuam-se os ditongos abertos oi, eu, e ei em final de palavras.
Ideia, plateia, epopeia, joia, heroico. (perderam o acento gráfico com a reforma)
Constrói, céu, herói, anéis, papéis.
3. Emprega-se o acento diferencial em pôr (verbo), pôde (pretérito) e fôrma (subst..
facultativo)
Pelo, polo (não tem mais)
4. Considerações:
Ter e vir - Ele tem / Eles têm
- Ele vem / Eles vêm
Derivados de ter e vir (agudo sing. Circunflexo plural
-Ele obtém / Eles obtêm
- Ele intervém / Eles intervêm
Crer, dar, ler, ver, e derivados (circunflexo no sing. E duplica a vogal no plural)
- Ele crê / Eles creem
- Ele revê / Eles reveem
CESPE aula 4 parte II
Regras de Acentuação Gráfica:
Oxítona: Quando a última sílaba é mais forte, exemplo: você
Paroxítona: Quando a penúltima sílaba é mais forte, exemplo: aprende
Proparoxítona: Quando a antepenúltima sílaba é mais forte, exemplo: rápido
Caso Quando acentuar ObservaçõesProparoxítona
simpática
lúcido
sólido
cômodo
SEMPRE
1) Pode diferir conforme o país:
acadêmico (BR)
académico (PT)
2) Proparoxítonas aparentes:
São paroxítonas terminadas em ditongo
crescente. Podem ser pronunciadas de duas
formas:
Mi-sé-ri-a ou Mi-sé-ria
156
Cór-ne-a ou Cór-nea
Vá-cu-o ou Vá-cuo
Paroxítonas
caráter,
látex
hífen
fácil
bíceps
táxi
vírus
álbum(ns)
rádom
ímã
órfãos
árduos
Não terminadas em:
a(s)
e(s)
o(s)
em, ens
am
ou seja,
terminadas em:
r, x, n, l
ps
i(s), u(s)
um, uns
om, on(s)
ã(s), ão(s)
Ditongo
1) Paroxítona com terminação [ens] não recebe
acento:
pólen = acentuada
polens = não acentuada
2) Não se acentua prefixo paroxítono com
terminação [i] ou [r]:
arqui-inimigo
semianalfabeto
antiterrorismo
super-homem
inter-relação
hipertensão
3) O acento utilizado pode diferir conforme a
região:
gêmeo, fêmea (Brasil)
gémeo, fémea (Portugal).
Oxítonas
vatapá
igarapé
avô
refém
terminadas em:
a(s)
e(s)
1) Terminadas em [i(s)] ou [u(s)] não possuem
acentuação gráfica:
caqui
cupuaçu
pirarucu
2) O acento utilizado pode diferir conforme a
região:
157
parabéns o(s)
em, ens
caratê, nenê (Brasil);
caraté, nené (Portugal).
3) Lembre-se de colocar acentos em verbos na
forma oxítona acrescidos de pronome oblíquo:
lembrá-lo
colocá-lo
fazê-lo
Monossílabos
tônicos
vá, pás
pé, mês
pó, pôs
terminadas em:
a(s)
e(s)
o(s)
í(s) e ú(s)
sa-í-da
sa-ú-de
a-í
E-sa-ú
Lu-ís
I-ta-ú
Pi-au-í
Quando formar
hiato
Exceções:
1) Quando seguidos de 'nh':
ra-i-nha
la-da-i-nha
mo-i-nho
2) Paroxítona precedida de ditongo:
bai-u-ca
fei-u-ra
mao-is-mo
tao-is-ta
OBS: Acentua nos casos de oxítona ou
proparoxítona:
Pi-au-í
fei-ís-si-mo
Ditongos abertos
Exceções:
1) Em paroxítonas, não mais levam acento:
158
papéis
herói
céu
ÉI(S)
ÓI(S)
ÉU(S)
paranoia
boia
ideia
OBS: Acentue se cair em outra regra:
Méier
destróier
OO, EE
Voo
Enjoo
Leem
Veem
Acentuação abolida em tais
casos.
Acento diferencial
A acentuação diferencial foi
abolida, exceto os casos de
"poder" e "por".
Exceções:
PODER
Para diferenciar passado e presente:
"Se ele pôde fazer antes, ainda pode agora".
PÔR
Para diferenciar da preposição "por":
"Vamos por um caminho frio, então vamos pôr
casacos";
Caso facultativo:
FÔRMA
Para diferenciar substantivo "fôrma" e
derivações do verbo "formar":
"Compre a fôrma para pudim que forma um
círculo."
159
Caso facultativo:
DÊMOS
Para diferenciar presente do subjuntivo de
pretérito perfeito do indicativo:
"Esperam que nós dêmos tantos brinquedos
quanto demos ano passado."
Caso facultativo:
Verbos terminados em [ar]
Quando o verbo estiver na primeira pessoa do
plural:
Nós amamos (Presente)
Nós amámos (Passado)
Acento diferencial
Ter, Vir e
derivações
Na terceira pessoa do plural
recebem acento diferencial
circunflexo
ele:
tem,
vem,
detém,
intervém
eles:
têm,
vêm,
detêm,
intervêm
Dupla
pronúncia e
Silabada
(erro de
prosódia).
São oxítonas:
ureter
mister
condor
Nobel
sutil
São paroxítonas :
avaro
pudico
austero
160
látex
recorde
filantropo
misantropo
rubrica
ibero
biotipo
gratuito
fortuito
São proparoxítonas:
aerólito
bávaro
ínterim
monólito
lêvedo
arquétipo
protótipo
ímprobo
Admitem dupla pronúncia:
acróbata / acrobata
transístor / transistor
hieróglifo / hieroglifo
réptil / reptil
projétil / projetil
Oceânia / Oceania
xérox / xerox
dúplex / duplex
tríplex / triplex
clítoris / clitóris
averígue / averigúe
enxágue / enxagúe
delínque / delinqúe
águe / agúe
deságue / desagúe
apazígue / apazigúe
averígue / averigúe
Trema
Não mais ocorre.
Ainda é válido para palavras de língua estrangeira:
Dülsseldorf, Müler, Bündcher (Gisele).
Obs: O Trema não é acento gráfico. É um sinal
diacrítico / notação léxica.
161
22) Crase ↑ Sumário
1- Voltaram à cidade de Mariana.
A supressão da expressão “cidade de” não comprometeria o sentido nem a
correção gramatical do período. (F) (deverá se retirar a crase)
2- Ela se referiu à população em geral.
A inclusão do vocábulo nossa antes de população facultaria o uso do acento
grave no período. (V) (inclusão do pronome possessivo crase facultativo)
3- Era favorável ao rapaz.
A substituição do artigo “o” pelo pronome demonstrativo “aquele” exigiria o
emprego de acento grave, àquele, para manutenção da norma. (V)
EMPREGO CRASE
1- Informaram(VTDI) a assistência social(OD) de que resolveriam(OI) o caso em
breve. (caso a preposição “de” fosse suprimida “à assistência social” se tornaria
OI do verbo informaram)
2- A solução encontrada foi similar à (solução – subentendido) de outras
épocas(complemento nominal).
3- A reunião foi marcada para as vinte horas. (a preposição para não permite a
crase)
4- Referiam-se a pessoas de bom gosto. (“a” sing. Seguida de palavra plural)
5- Ficaram frente a frente durante a reunião. (palavra repetida)
6- No Brasil, as pessoas não obedecem a lei. **CESPE**
Se for tomada como lei (específico deve ser sem crase)
Se tomada se modo genérico (todas as leis) – com crase
7- Voltaram a suas origens depois de anos.
...às suas...
(“a” sing. Seguida de palavra plural) se colocar o a no plural “as” crase
obrigatório.
8- A partir de hoje, estariam à espera de novas oportunidades de trabalho.(sem
crase antes de verbo, com crase antes de expressões femininas)
04. Qual das alternativas completa corretamente os
espaços vazios?
I – A concorrência foi ganha por dois grupos _____
cuja seriedade o sindicato fazia ressalvas.
II – Os quinze minutos foram contados no relógio
do Rubião, (...) ____ quem ela perguntou duas
vezes que horas eram(...) (M.de Assis)
III – De caminho, lembrou-se de ir _____ casa;
162
podia achar algum recado de Rita, que lhe
explicasse tudo. ( M. de Assis)
IV – (...) de quantas famílias iguais _____ dele não
saíam cangaceiros, criminosos? (J.L.Rego)
A) a, a, a, à;
B) à, à, a, a;
C) a, a, a, a;
D) à, a, à, a;
E) a, à, a, à.
9. (CESGRANRIO) Preencha os espaços vazios com a, à, as, às:
1. “(...)Rubião teimava em dizer que ...as......noites do Rio não podiam comparar-
se.....à..(noite).. de Barbacena(...)” (Machado de Assis)2. “......a........ queda do Homem
persiste, como ....a..(queda).... das cachoeiras.” (Guimarães Rosa)3. “É uma história
curiosa ...a..... que vou lhe contar, minha prima.” (José de Alencar)4. A camisa que
ganhei de minha mãe é idêntica ...à..... que você está usando hoje.5. “(...) de quantas
famílias iguais ....à...(família). dele não saíam cangaceiros, criminosos?” (José Lins do
Rego)
10. Complete os espaços vazios com há, a, à, às:
6. “....há....muito, por uma combinação tácita, nenhum deles traz mulher para casa no
meio da noite.”(Rubem Braga)7. “Daí ...a..... meia hora vieram de novo os vômitos;
cresceram-lhe as agonias.” (Aluísio Azevedo)8. “Vinha chegando a ele a grande
batalha que Deus lhe reservara ..há...... vinte anos.” (José Lins do Rego)9. “deixei-me
ficar pelas ruas até ....(às ou as) ... quatro horas da tarde, quando me dirigi ...(á ou
a)..... sua casa, saudoso dele, ...a......... quem não via ...há.... mais de vinte dias.”
(Lima Barreto)
11. Complete as alternativas, usando os pronomes demonstrativos, com ou sem
crase:
I- “E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual
......àquele...... que ouvira em Limoeiro.” (José Lins do Rego) (aquele/àquela)II-
“Habituara-se .àquela..... boa vida, tendo de um tudo, regalada.” (Jorge Amado)
(aquela/àquela)III. “Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente
fazer isso e não fazer .........aquilo......................” (Millôr Fernandes) (aquilo/àquilo)
CASOS PROIBIDOS NO USO DA CRASE
1- Antes de masculino
2- Antes de verbo
3- Depois de preposição (exceto “até” – facultativo)
4- Antes de “a” singular seguido de palavra plural.
(Não obedeço a pessoas grossas)
163
5- Antes de artigo indefinido (em qualquer posição)
6- Antes de numeral (exceto hora)
7- Antes de nome próprio completo
8- Antes de palavras repetidas
9- Em sujeito
10- Em objeto direto
11- Antes de pronome de tratamento (exceto senhora e senhorita)
12- Antes de pronome demonstrativo (não iniciados por “a” a esta / a essa.)
13- Antes de pronome indefinido (Exceção: mesma, outra, própria – admitem crase)
14- Antes de pronome pessoal
15- Antes do pronome Relativo que A peça a que (à qual) assisti foi ótima.
16- Antes de dona + nome
17- Antes de casa, terra e distância sem especificador (voltou a casa depois de anos)
18- Antes de nomes de lugar neutros sem especificador ( Ela retornará a BH em
breve) (Ela voltará à BH das praças),
19- Antes de nomes próprios femininos (de pessoas famosas).
Era uma referência a Elisabeth II. Agradeceu a Virgem Maria.
No Brasil, as pessoas não obedecem à lei. **CESPE** Crase contextual
A crase pode ser retirada
Se for tomada como lei (específico deve ser sem crase)
Se tomada se modo genérico (todas as leis) – com crase
Em certos contextos sintáticos e semânticos, uma palavra poderá ser tomada em
sentido genérico. Nesse caso, a crase poderá ser dispensável caso o termo possa
ser interpretado em sentido genérico.(caso a lei não for individualizado Lei, Lei
8.112.)
Não obedeço a pessoas grossas. **CESPE** sempre cobra – a sing. Seguida de
palavra obrigatória
À(s)...Se colocarmos um s após o “a” a crase será obrigatória.
Antes de palavras plurais quando “a” estiver no singular não haverá crase.
Se o mesmo “A” receber indicação de plural, a crase será obrigatória.
CASOS FACULTATIVOS NO USO DA CRASE
1- Antes De pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam
palavras. (o uso do artigo é facultativo)
Ninguém se referiu a / à sua conduta. (pode se substituir por “a conduta dele”(F))
...`a conduta dele. (foi especificado, logo crase obrigatório)
164
— Nada conte a minha mãe. (artigo facultativo)
a/ao meu pai.
Mas:
— Nada conte às suas amigas. (obrigatório) artigo obrigatório
— Nada conte a suas amigas.(inexistente)
2- Depois da preposição “até”. (o uso da preposição é facultativo)
A preposição “a” é facultativo depois de “até” (mesmo em palavras masculinas)
Foi até o escritório. ou Foi até ao escritório.
Ela iria até a escola. ou Ela iria à escola.
3- Antes de nomes próprios femininos (comuns) sem especificador.
Referiu-se à Flavia. ou Referiu-se a Flavia.
Referi-me à Ana, minha mulher amiga. (ideia de intimidade) crase obrigatória
Referi-me a Ana, uma funcionária da empresa. (ideia contextual Ana não é intima
da interlocutora, mas apenas uma simples funcionária da empresa) crase proibida
Observação:
1) Não se usa crase diante de nomes
históricos:
— Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra.
2) Quando os nomes vêm modificados, é obrigatória:
— Ofereceu um chocolate à linda Paloma.
CRASE SERÁ EMPREGADA EM
Caso lógica, regência
1- Fusão da prep.. “a” com o art. “a(s)”
Visava à felicidade de todos.
2- Fusões da preposição “a” a um pron. Demonstrativo (aquele (s), aquela (s), aquilo,
a (s)). Referiu-se à que estava de branco.
Era favorável àquele posicionamento
Casos de tradição linguística
165
3- Em locuções adversativas, prepositivas ou conjuntivas formadas por palavras
femininas. circunstâncias: À noite, à espera de, às vésperas, às vezes, à direita,
à procura.
4- Em indicações de horas. Saiu às duas horas.
5- Se as expressões “moda de” ou “maneira de” estiverem subentendidas.
Cantava à Roberto Carlos.
166
23) Regência ↑ Sumário
REGÊNCIA
A Decisão implicará (VTD= ACARRETAR) problemas para as pessoas que visavam
à paz. No entanto, para aqueles que aspiram a uma vida melhor, mais trabalho é
preferível a mais tempo, essa é a premissa dos que chegam aonde querem
sempre.
1- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical inserindo a
preposição “em” antes do vocábulo problemas. (F)
2- Seria possível, mantendo a correção gramatical suprimir a crase na expressão
“a paz”. .(V) (Eu Preciso De Paz) Sentido genérico (pode se retirar o artigo)
3- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical suprimindo a
prep.. “a” antes do termo “uma vida”. .(F)
4- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical substituir a prep..
“a” por “do que” antes de “mais tempo”. .(F)
5- Seria possível substituir a forma “aonde” por “onde” sem prejuízo sentido e a
correção gramatical. .(F)
Regência Nominal
A regência nominal estuda os casos em que "nomes" (substantivos, adjetivos e
advérbios) exigem uma outra palavra para completar-lhes o sentido. Em geral, a
relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida por uma preposição.
É bacharel em direito. (se é bacharel, é bacharel em algo)
Tenho aversão a altitude. (se tem aversão, tem aversão a algo)
É preciso ter amor a vida. (se tem amor, tem amor a algo)
Fico feliz por você. (se fica feliz, fica feliz por alguém)
Quero sempre estar junto a ti. (se está junto, está junto a alguém)
Cabe observar que certos nomes admitem mais de uma regência, ou seja, mais de
uma preposição. A escolha desta ou daquela preposição deve obedecer às exigências
da clareza, da eufonia e adequar-se às diferentes nuanças do pensamento,
obedencendo à gramática padrão. No exemplo a seguir, o adjetivo "acostumado", que
pede um complemento (quem está acostumado, está acostumado "a algo" ou "com
algo"), pode ser completado por intermédio de pelo menos duas preposições
diferentes:
Estou acostumado a essa vida agitada.
Estou acostumado com o trânsito de São Paulo sempre travado.
167
Ao aprender a regência de um verbo, você estará praticamente aprendendo a
regência do nome cognato (que vem da mesma raiz do verbo). É ocaso, por exemplo,
do verbo obedecer e do nome obediente. Este verbo exige a preposição [a], que é a
mesma exigida pelo nome derivado do verbo. Ex:
Devemos obedecer a lei.
Devemos ser obedientes a lei.
Da mesma forma, todos os advérbios formados de adjetivos + [mente], tendem a
apresentar a mesma regência dos adjetivos dos quais derivaram. Ex:
compatível [com] => compativelmente [com]
relativo [a] => relativamente [a]
próximo [a, de] => proximamente [a, de]
Por fim, existe também o caso em que o nome é completado por uma outra oração
(frase com um verbo). Nestes casos, o complemento será intermediado por
preposição e por uma conjunção integrante (que, se) exercendo sua função típica de
integrar orações. Trata-se das orações subordinadas completivas nominais. Ex:
Ficamos temerosos de que você demorasse muito.
Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito.
Para identificar facilmente os casos de orações subordinadas substantivas, basta
verificar se a substituição da oração pelo termo ISSO é adequada. Ex:
Ficamos temerosos dISSO (de + ISSO).
Ficamos temerosos sobre ISSO.
Erros Comuns
“Quanto você pagaria por um disco em vinil com uma música de grande sucesso?”
O emprego da preposição em onde ela não cabe é um erro comum. Com o verbo
<resistir> e o substantivo <resistência>, por exemplo, não se deve usar esta
preposição. Em vez de “resiste em fazer algo”, o correto é “resiste a fazer algo. Na
situação do notícia acima, é clara a necessidade da preposição de. Dizemos que um
168
disco é feito de vinil, que um anel é feito de ouro ou de prata etc. É um erro usar a
preposição em indicando a matéria de que algo é constituído. Logo, a frase correta é
"Quanto você pagaria por um disco de vinil com uma música de grande sucesso?"
Vejamos outro exemplo de erro comum:
“A intenção do governo em aumentar a arrecadação é absurda.”
Um caso relativamente corriqueiro é o de construções em que um substantivo
comporta dois complementos diferentes regidos pela mesma preposição, mas o
redator troca um desses por outra preposição para “evitar a repetição”. Atenção:
evita-se a repetição de nomes, mas não a de elementos de coesão, que têm função
de articular sintaticamente as partes do texto. Não é correta uma construção como a
apresentada acima porque os dois complementos (“governo” e “aumentar a
arrecadação”), ambos ligados ao substantivo “intenção”, devem ser introduzidos pela
preposição de. Assim, a construção adequada é :
“A intenção do governo de aumentar a arrecadação é absurda.”
A regência nominal não é um assunto tão cobrado em provas, como a regência verbal.
Mas pode aparecer. Segue abaixo uma relação de erros comuns de nomes que
pedem complementos ou adjuntos com preposição e a forma que está de acordo com
a norma culta.
TV (em)
Estamos na era da TV a cores. (errado)
Estamos na era da TV em cores.
Igual (a)
Outro igual eu você não encontrará. (errado)
Outro igual a mim você não encontrará.
Bacharel (em)
Se formou como bacharel de ciência da computação. (errado)
169
Se formou como bacharel em ciência da computação.
Alienado (de, a, para)
Estão todos alienados com os últimos acontecimentos. (errado)
Estão todos alienados dos últimos acontecimentos.
O veículo está alienado a um banco.
O veículo está alienado para um banco.
Curioso (de, sobre, por)
Fiquei curioso com o que aconteceu. (errado)
Fiquei curioso do que aconteceu.
Fiquei curioso sobre o que aconteceu.
Fiquei curioso pelo que aconteceu.
Recurso (de, contra)
Não cabe recurso à decisão. (errado)
Não cabe recurso contra a decisão.
Não cabe recurso da decisão.
Acostumado / Habituado (a, com)
Fiquei acostumado de lanches na hora do almoço. (errado)
Fiquei acostumado a lanches na hora do almoço.
Fiquei acostumado com lanches na hora do almoço.
Ansioso (por, para, de)
Estava ansioso em conhecê-la. (errado)
Estava ansioso de ver o cometa.
Está ansioso por uma nova oportunidade.
Permaneceu ansioso para falar.
170
Confiante (em)
Continuava confiante da vitória. (errado)
Continuava confiante em vitória.
Compatível (com, entre)
O doador tinha o sangue compatível ao da vítima. (errado)
O doador tinha o sangue compatível com o da vítima.
Os sangues de doador e vítima eram compatíveis entre si.
Entendido, Perito (em)
Era entendido de Mecânica. (errado)
Era entendido em Mecânica.
Era perito em construções.
Incluído (em, entre)
Foi incluído ao grupo. (errado)
Foi incluído no grupo.
Estava incluído entre os mais capacitados.
Morador / Residente / Situado/ Estabelecido (em, de)
Residente à rua Vila Bernadete. (errado)
Era morador na Rua do Lavradio.
Foi morador da Rua Santa Clara.
Junto (de, a)
A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto)
A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto)
O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo italiano.
O empresário não conseguiu quitar sua dívida junto ao banco. (errado)
O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco.
171
Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado)
Pediu vários empréstimos ao banco.
A audiência da novela cresceu assustadoramente junto aos espectadores. (errado)
A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores.
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto à Portuguesa. (errado)
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe da Portuguesa.
O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado)
O advogado entrou com um recurso no tribunal.
Próximo (a, de)
Fiquei próximo ao muro.
Deixamos o carro próximo da árvore.
Apaixonado (por, de)
Era um apaixonado da natureza.
Estava apaixonada pelo colega de trabalho.
Apto/Aptidão (a, para)
Farei o teste de aptidão a pilotagem militar
Sempre teve aptidão para as artes
Sentia-se apto ao trabalho externo.
Considerei-o apto para exercer a profissão.
Conforme (a, com)
Assumiu uma postura conforme às suas raízes. (semelhante)
Essa atitude é mais conforme com seus ideais. (coerente)
Estudante, Estudioso (de)
O jornalista é estudioso de ufologia.
Parecido (com, a)
Era parecido com o avô.
172
Sendo parecido ao pai, foi aceito logo.
Grato (a, para, por)
Sou grato a todos neste dia especial.
Sua ajuda é sempre grata para meus filhos.
Mostrou-se grato pelo conselho que lhe dei.
Medo (de, a)
O menino tem medo do escuro.
Tive medo ao inspetor.
Regência verbal é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus
complementos.
Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto dizia:
“… a marca que o mundo confia.”
Acontece que quem confia, "confia em”. Logo, o correto seria dizer:
“… a marca em que o mundo confia.”
As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais
gosto”. O correto seria dizer “A rua em que moro” (quem mora, mora em...), “Os
países a que fui” (quem vai, vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem gosta,
gosta de...).
O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos,
“Emoções”.
“… são tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci…”
Se eu me esqueci, eu "me esqueci de". Quem esquece, "esquece algo".
Quem se esquece, "esquece-se de algo". Logo, o correto seria “são momentos de que
não me esqueci.” Pode-se, também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria
“são momentos que eu não esqueci”.
Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava:
"A gentenunca esquece do aniversário de um amigo.”
O que poderia ser corretamente escrito das seguintes formas:
“A gente nunca esquece o aniversário de um amigo.”
173
(quem esquece, esquece algo)
“A gente nunca se esquece do aniversário de um amigo.”
(quem se esquece, esquece-se de...)
Verbos Intransitivos
São os verbos que não necessitam ser completados. Sozinhos, indicam a ação ou o
fato.
Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e Dirigir-se:
Estes verbos aparentam ter complemento, por exemplo, “Quem vai, vai a algum
lugar”. Porém a indicação de lugar é circunstância, não complementação.
Classificamos este complemento como Adjunto Adverbial de Lugar. É importante
observar que a regência destes verbos exige a preposição a na indicação de destino
e de na indicação de procedência. Só se usa a preposição em na indicação de meio,
instrumento.
Irei em Santiago de Cuba; (errado)
Irei a Santiago de Cuba;
Vou em São Paulo; (errado)
Vou a São Paulo;
Muitos não compareceram na prova do Enem; (errado)
Muitos não compareceram à prova do Enem;
Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando sobre o mar;
A comida caiu no chão; (errado)
A comida caiu ao chão;
Você caiu do céu;
Voltei de lá;
Cheguei de Curitiba há meia hora;
OBS: O fenômeno denominado crase também ocorrerá quando houver um verbo
intransitivo regendo a preposição a, seguido de um substantivo feminino, que exija o
artigo a, como no terceiro exemplo acima.
Morar, Residir e Situar-se:
São intransitivos mas costumam estar acompanhados de adjunto adverbial, regendo a
preposição em.
Moro / Resido em Londrina;
Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis;
Não utilize a preposição a para logradouros.
Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado)
174
Moro a cem metros da estrada;
Deitar-se e Levantar-se:
Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo.
Verbos Transitivos Diretos
São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro termo,
denominado <objeto direto>. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de
analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois
somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além dos
verbos (des)obedecer, pagar, perdoar, aludir, apelar, responder, assistir(ver), que
admitem a passiva mesmo não sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.)
O objeto direto pode ser representado por um substantivo, palavra substantivada,
oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou pronome oblíquo. Uma vez
que pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só são
usados com preposição, quando estes representam objeto direto, tem-se um objeto
direto preposicionado.
Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos:
Desfrutar e Usufruir:
São VTD, apesar de serem muito usados com a preposição de.
Desfrutei os bens deixados por meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o usufruem.
Desfrutaremos da aposentadoria na velhice.
Compartilhar:
É VTD, apesar de ser muito usado com a preposição de.
Berenice compartilhou o meu sofrimento.
Compartilharam de tudo durante a vida.
Verbos Transitivos Indiretos
São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O
complemento é denominado <objeto indireto>. O objeto indireto pode ser
175
representado por substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada
substantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo.
OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, lhes como objeto indireto; alguns,
porém, não.
Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele => Obedeceu-lhe.
Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, aspirar, recorrer, depender. Os
gramáticos não trazem as razões históricas para esse modo peculiar de construção de
alguns verbos. Nem precisariam fazê-lo, assim como não precisam justificar o motivo
de um determinado verbo ser hoje transitivo direto e outro, transitivo indireto. Às
vezes, os verbos são sinônimos, mas apresentam diferentes transitividades. Em
verdade, a função primordial da Gramática não é fixar regras impositivas de cima para
baixo, mas sistematizar os fatos e as condutas que encontra na língua como
manifestação.
Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Referir-se (a):
Todos falam desse filme, mas eu não assiti a ele ainda.
Constar (de, em):
Quando se usa o verbo constar com o sentido de “estar escrito, registrado ou
mencionado” ou “fazer parte, incluir-se”, as preposições – de e em – são corretas :
Seu nome consta da lista de aprovados.
Consta nos autos que...
Consta dos autos que...
Vou fazer constar o incidente em meu relatório.
Já quando constar tem o significado de “ser composto, constituído ou formado;
consistir em algo”, usa-se apenas a preposição de:
A casa consta de partes grandes e arejadas.
Seu relatório constava de 50 páginas.
Obedecer e Desobedecer (a):
Obedeço a todas as regras da empresa.
Revidar (a):
Ele revidou ao ataque instintivamente.
Responder (a):
Responda aos testes com atenção.
Simpatizar e Antipatizar (com):
176
Não são verbos pronominais, portanto não se deve dizer simpatizar-se,
nem antipatizar-se.
Sempre simpatizei com ele, mas antipatizo com seu irmão.
Sobressair (em):
Não é verbo pronominal, portanto não se deve usar sobressair-se.
No colegial, sobressaía em todas as matérias.
Torcer (por, para):
Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a
preposição para, que dará início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade. Para
ficar mais fácil, memorize assim:
Torcer por + substantivo ou pronome.
Torcer para + oração (com verbo).
Estamos torcendo por você.
Estamos torcendo para você conseguir seu intento.
Verbos bitransitivos
Também chamados de transitivo diretos e indiretos. São os verbos que possuem os
dois complementos - objeto direto e objeto indireto.
Agradecer, Pagar e Perdoar:
São VTDI, com a preposição a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto
indireto, a pessoa.
Agradeci a ela o convite.
Paguei a conta ao Banco.
Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria aos jogadores a derrota em casa.
Pedir:
É VTDI, com a preposição a. A frase deve ser sintaticamente estruturada assim:
“Quem pede, pede algo a/para alguém”;
“Quem pede, pede que alguém faça algo”;
Pedimos a todos que trouxessem os livros.
Pedimos que todos trouxessem os livros.
É inadequado ao padrão culto da língua:
"Pedir para que alguém faça algo".
Preferir:
É VTDI, com a preposição a. Não admite ênfase, como: mais, muito mais, mil vezes.
177
Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.
Informar, avisar, advertir, certificar, comunicar, lembrar,
noticiar, notificar, prevenir:
São VTDI, admitindo duas construções:
“Quem informa, informa algo a alguém”;
“Quem informa, informa alguém de/sobre algo.”
Informamos aos usuários que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos.
Informamos os usuários de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos.
Regência oscilante / Mais de uma Regência
Aspirar:
Será VTD, quando significar sorver, absorver.
Como é bom aspirar a brisa da tarde.
Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar.
Aspiramos a uma vaga naquela universidade.
Agradar:
Será VTI, com a preposição a, quando significar ser agradável; satisfazer.
Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.
Será VTD, quando significar acariciar ou contentar.
A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas.
Assistir:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar ajudar, prestar
assistência.
Minha família sempre assistiu o Lardos Velhinhos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
Será VTI com a preposição a quando significar ver ou ter direito.
Gosto de assistir aos jogos do Santos.
O descanso semanal remunerado assiste ao trabalhador.
Será VI quando implicar morada.
Assisto em Londrina desde que nasci.
O papa assiste no Vaticano.
178
Chamar:
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar dar qualidade. A qualidade
pode vir precedida da preposição de, ou não.
Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
Será VTI com a preposição por quando significar invocar.
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
Será VTD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios para participarem da reunião.
Será VTDI, com a preposição a, quando significar repreender.
Chamei os meninos à atenção, pois conversavam na sala de aula.
Chamei-o à atenção.
Obs.: Não confundir com a express]ao sem crase “chamar a atenção”, que não
significa repreender, mas fazer ser notado.
O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.
Casar:
Será VI quando por si só apresentar sentido completo.
Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de pronome reflexivo).
Será VTI quando requisitar um complemento regido pelo uso da preposição:
Ele se casou com a melhor amiga.
Será VTDI quando requisitar os dois complementos:
O vizinho casou sua filha com meu primo.
Custar:
Será VI quando significar ter preço.
Estes sapatos custaram muito.
Será VTDI, com a preposição a, quando significar causar trabalho, transtorno.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.
Será VTI com a preposição a quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar
terá como sujeito aquilo que é difícil. A pessoa a quem algo é difícil será objeto
indireto.
179
Custou-lhe acreditar em Maria.
Custou a ele acreditar em Maria.
Ele custou a acreditar... (está errado)
Atender:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
Anteceder:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
A velhice antecede a morte.
A velhice antecede à morte.
Esquecer e Lembrar:
Serão VTD quando não forem pronominais, ou seja, quando não forem
acompanhados de pronome oblíquo átono (esquecer-se, lembrar-se):
Esqueci que havíamos combinado sair.
Ela não lembrou o meu nome.
Esquecer-se e Lembrar-se:
Serão VTI, com a preposição de, quando forem pronominais:
Esqueci-me de que havíamos combinado sair.
Ela lembrou-se do meu nome.
Implicar:
Será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender, produzir como consequência,
acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
As despesas extras implicam em gastos desnecessários.
Será VTI, com a preposição com, quando significar antipatizar.
Não sei por que o professor implica comigo.
Os alunos implicaram com o professor.
Será VTDI, com a preposição em, quando significar envolver alguém em algo.
Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
180
Ela implicou-se em atos ilícitos.
Namorar:
Apesar de ser muito usado com a preposição com, que só deveria ser usada para
iniciar adjunto adverbial de companhia, será VTD quando possuir os significados de
inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência,
cobiçar.
Joana namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
Eu estava namorando este cargo há anos.
Pode ser também VI:
Comecei a namorar muito cedo.
Presidir:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Presidir o país.
Presidir ao país.
Proceder:
Será VTI, com a preposição de, quando significar derivar-se, originar-se.
Esse mau humor de Pedro procede da educação que recebeu.
Será VTI, com a preposição a, quando significar dar início.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Será VI quando significar ter fundamento.
Suas palavras não procedem.
Renunciar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Nunca renuncie seus sonhos.
Nunca renuncie a seus sonhos.
Satisfazer:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a.
Não satisfaça todos os seus desejos.
Não satisfaça a todos os seus desejos.
Abdicar:
181
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de, e também VI.
O Imperador abdicou o trono.
O Imperador abdicou do trono.
O Imperador abdicou.
Gozar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de.
Ele não goza sua melhor forma física.
Ele não goza de sua melhor forma física.
Atentar:
Pode ser VTD ou VTI, com as preposições em, para ou por.
Atente o ouvido.
Deram-se bem os que atentaram nisso.
Não atentes para os elementos supérfluos.
Atente por si, enquanto é tempo.
Cogitar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição em ou de:
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro.
Hei de cogitar no caso.
O diretor cogitou de demitir-se.
Consentir:
Pode se VTD ou VTI, com a preposição em.
Como o pai desse garoto consente tantos agravos?
Consentimos em que saíssem mais cedo.
Ansiar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por:
Ansiamos dias melhores.
Ansiamos por dias melhores.
Almejar:
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou VTDI, com a preposição a.
Almejamos dias melhores.
Almejamos por dias melhores.
Almejamos dias melhores ao nosso país.
182
Faltar, Bastar e Restar:
Podem ser VI ou VTI, com a preposição a.
Muitos alunos faltaram hoje.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Pisar:
Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a preposição em, iniciando Adjunto
Adverbial de Lugar.
Pisei a grama para poder entrar em casa.
Não pise no tapete, menino!
Prevenir
Pode ser VTD fazendo referência a evitar dano:
A precaução previne acontecimentos inesperados.
Pode ser VTDI referindo-se ao ato de avisar com antecedência.
Prevenimos os moradores de que haveria corte de energia.
Querer:
Será VTI, com a preposição a, quando significar estimar.
Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.
Será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar.
Sempre quis seu bem.
Quero que me digam quem é o culpado.
Visar:
Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar.
Sempre visei a uma vida melhor.
Será VTD, quando significar mirar, ou dar visto.
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.
O gerente visou o cheque do cliente.
Proibir:
Pode ser VTD. Proibir alguma coisa:
A lei brasileira proíbe o aborto.
183
Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / Proibir alguma coisa a alguém:
O pai proibiu o filho de viajar.
A ANVISA proíbe oferecer premios à indústria farmacêutica.
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido:
· abdicar (de)
· acreditar (em)
· almejar (por)
· ansiar (por)
· anteceder (a)
· atender (a)
· atentar (em, para)
· cogitar (de, em)
· consentir (em)
· crer (em)
· deparar (com)
· desfrutar (de)
· desdenhar (de)
· gozar (de)
· necessitar (de)
· preceder (a)
· precisar (de)
· presidir (a)
· renunciar (a)
· satisfazer (a)
· versar (sobre).
Exemplos:
· Precisamos pessoas honestas.
· Precisamos de pessoas honestas.
·Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias.
· Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias.
184
24) Redação Oficial ↑ Sumário
Dicas :
**Vocativo para Ofícios e avisos O memorando não traz vocativo.
Nesse documento, o destinatário é identificado pelo cargo.
Aviso e Ofício finalidade o tratamento de assuntos oficiais
Comunicação ministerial
para presidente da República EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
exclusivo por Ministros de Estado para mesma hierarquia
entre ministérios aviso
para demais autoridades incluindo membros e
servidores do Ministério Público. ofício
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
É forma de correspondência oficial dirigida ou assinada por Ministro
de Estado ou por dirigentes de órgãos da Presidência da República,
com o intuito de justificar medidas propostas em anexo
ou submeter à deliberação presidencial assuntos administrativos.
185
O Chefe do Poder Executivo, conforme o caso, soluciona-os
por despacho, decreto ou mensagem ao Congresso Nacional.
Por extensão, recebe também essa denominação a correspondência
usada para os mesmos fins, dirigida a outras autoridades por seus auxiliares.
Os parágrafos devem ser numerados, com exceção do primeiro e do fecho.
MEMORANDO
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas
de um mesmo órgão, de igual hierarquia ou não. Trata-se, portanto,
de uma forma de comunicação eminentemente interna.
A tramitação do memorando em qualquer órgão deve ser rápida, por
meio de procedimentos burocráticos simples. Para evitar o desnecessário
aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem
ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de
continuação.
Comunicação, papeleta e nota são documentos que têm as mesmas
características do memorando, usadas conforme a tradição do órgão.
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício,
com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo
que ocupa.
Pronomes de Tratamento:
a) Vossa Excelência para as seguintes autoridades:
PODER EXECUTIVO PODER LEGISLATIVO PODER JUDICIÁRIO
PODER EXECUTIVO
-Presidente da República;
-Governadores de Estado e Distrito Federal;
-Generais das Forças Armadas;
pantes de cargos de natureza especial;
*são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios:
a Institucional;
-Geral da Presidência da República;
-Geral da União;
-Geral da União.
PODER LEGISLATIVO
itais;
186
PODER JUDICIÁRIO
.
OBS.: O Vereador e o Vice-Prefeito NÃO
recebem tratamento de Vossa Excelência,
apenas o de Vossa Senhoria!
Vocativos:
Excelentíssimo Senhor + cargo que ocupa Senhor + cargo que ocupa
Apenas para os Chefes de Poder: (não pode abreviar!)
Senhor Presidente da República,
Para as demais autoridades e particulares:
l,
** OBS. Tratamento de senador
Vossa Excelência Senador
VOCATIVO: Senhor Senador
Exposição de Motivos: é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao
Vice-Presidente. Em regra, é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de
Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, esta
deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo por essa razão
chamada de interministerial.
Mensagem: comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos,
notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder
Legislativo.
Telegrama: Devido ao alto custo, deve restringir-se apenas àquelas situações que
não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua
utilização. Segue a forma e estrutura disponível nos Correios.
187
Fax: É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e envio antecipado de
documento, quando não há condições de envio por meio eletrônico. É conveniente o
envio, juntamente com o documento principal, um pequeno formulário (folha de rosto)
com os dados de identificação do órgão expedidor, data, dados incluindo telefone do
destinatário e do remetente, quantidade de páginas enviadas, número do documento e
observações.
Correio Eletrônico (e-mail): Por seu baixo custo e celeridade transformou-se na
principal forma de comunicação. Um dos atrativos é a flexibilidade, não interessando
definir forma rígida para sua estrutura. O campo assunto deve ser preenchido e
documento em anexo devem preferencialmente utilizar o formato Rich Text. (.rtf)
Deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Para
que a tenha valor documental (aceita como documento original), é necessário existir
certificação digital.
R.O. pode ser impressa em ambas faces do papel, ( C )
R.O O texto é destinado Ao cidadão comum utilizar-se uma diferenciação
em função do fato e / ou cidadão. (tratamento homogêneo)
R.O. corpo da letra e o tipo (não varia) variam no texto(12), nas citações(11) e
notas de rodapés(10) (fonte times new roman , (symbols ou Wingdings)
Poder público ao redigir textos oficiais utilizam-se de linguagens específicas,
condizentes com o interesse a adm. Pública. ( E ) (utiliza o português padrão)
O uso da 1ª pessoa, tanto do sing. Quanto do plural, é inadequado aos textos
oficiais, pois fere(não fere) o princípio da impessoalidade. ( E ) (pode ser
utilizado a 1ª) (não deve se utilizar adjetivos desnecessários... formas de
cortesia. )
A imparcialidade (impessoalidade) é uma característica essencial aos textos
públicos.
5 princípios: impessoalidade, uniformidade, clareza, concisão e utilização da
norma culta.
A forma adequada de se referir ao presidente da república no endereçamento de
uma correspondência oficial é vossa (sua excelência) excelência
Endereçamento (fora do texto) sua excelência
Vocativo (início do texto) Excelentíssimo Senhor
Pronome de tratamento (interior do texto) vossa excelência
Aviso, ofício, memorando se diferenciam mais pela forma que pelo conteúdo. ( E
) (diferenciam + pelo do conteúdo do que a forma)
Todos (excluídas as comunicação do presidente) os textos oficiais devem trazer
identificação do signatário com assinatura / nome / cargo. ( E )
Os fechos mais indicados (únicos existentes) para comunicações oficiais são:
respeitosamente e atenciosamente. ( E )
188
3.1 Partes do Padrão Ofício:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do
órgão que o expede:
Mem. 123/2002-MF
Aviso 123/2002-SG
Of. 123/2002-MME
b) local e data em que foi assinado, por extenso,
com alinhamento à direita:
Brasília, 15 de março de 1991.
c) assunto: resumo do teor do documento
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos
computadores.
d)destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem
é dirigida a comunicação.
• Ofício: nome, cargo e endereço;
• Aviso: nome e cargo;
• Memorando: somente o cargo.
f) fecho: Respeitosamente ou Atenciosamente,
conforme o caso.
g) assinatura: do autor da comunicação.
h) Identificação do signatário (identificação de quem assina):
excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede.
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do
remetente:
– nome do órgão ou setor;
– endereço postal;
– telefone e endereço de correio eletrônico.
3.2 Forma de diagramação:
Os documentos do Padrão Ofício devem
obedecer à seguinte forma de apresentação
189
apresentada abaixo:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New
Roman de corpo12 no texto em geral, 11 nas
citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times
New Roman poder-se-á utilizar as fontes
Symbole Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda
página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes
poderão ser impressos em ambas as faces do
papel. Neste caso, as margens esquerda e
direita terão as distâncias invertidas nas
páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5
cm de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda
terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá
1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre
as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo,
ou, se o editor de texto utilizado não comportar
tal recurso, de uma linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico,
sublinhado, letras maiúsculas, sombreado,
sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma
de formatação que afete a elegância e a
sobriedade do documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor
preta em papel branco. A impressão colorida
deve ser usada apenas para gráficos e
ilustrações;
190
l) todos os tipos de documentos do Padrão
Ofício devem ser impressos em papel de
tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o
formato de arquivo RichText (extensão .rtf) nos
documentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos
elaborados devem ter o arquivo de texto
preservado para consulta posterior ou
aproveitamento de trechos para casos
análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos
arquivos devem ser formados da seguinte
maneira:
tipo do documento + número do documento +
palavras-chaves do conteúdo
Exemplo: “Of. 123 - relatório produtividade ano
2002”
3.3 AVISO E OFÍCIO:
são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença
entre eles é que o aviso é expedido
exclusivamente por Ministros de Estado, para
autoridades de mesma hierarquia, ao passo
que o ofício é expedido para e pelas demais
autoridades.
Ambos têm como finalidade o tratamento de
assuntos oficiais pelos órgãos da
Administração Pública entre si e, no caso do
ofício, também com particulares
Forma e Estrutura do Aviso e Ofício:
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o
modelo do padrão ofício, com acréscimo do
vocativo, que invoca o destinatário seguido de
vírgula.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Senhora Ministra,
191
Senhor Chefe de Gabinete,
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do
ofício as seguintes informações do remetente:
• nome do órgão ou setor;
• endereço postal;
• telefone e endereço de correio eletrônico.
3.4 MEMORANDO:
O memorando é a modalidade de
comunicação entre unidades administrativas
de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em
níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma
forma de comunicação eminentemente
interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou
ser empregado para a exposição de projetos,
ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por
determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A
tramitação do memorando em qualquer órgão
deve pautar-se pela rapidez e pela
simplicidade de procedimentos burocráticos.
Para evitar desnecessário aumento do número
de comunicações, os despachos ao
memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso de falta de espaço, em
folha de continuação. Esse procedimento
permite formar uma espécie de processo
simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e
permitindo que se historie o andamento da
matéria tratada no memorando.
Forma e Estrutura do Memorando:
Quanto a sua forma, o memorando segue o
modelo do padrão ofício, com a diferença de
que o seu destinatário deve ser mencionado
pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
192
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
193
Exemplo de Ofício
(297 x 210mm)
(CABEÇALHO DO OFÍCIO)
[Ministério]
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]
[Endereço para correspondência].
[Endereço - continuação]
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]
Ofício no 524/1991/SG-PR
Brasília, 27 de maio de 1991.
A Sua Excelência o Senhor (No envelope, o endereçamento das comunicações)
Deputado [Nome] (destinatário nome, cargo e endereço)
Câmara dos Deputados
70.160-900 – Brasília – DF
Assunto: Demarcação de terras indígenas
Senhor Deputado, (VOCATIVO)
2,5 cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril
último, informo Vossa Excelência (Pronomes de Tratamento)de que as medidas mencionadas em sua carta
no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e
demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características socioeconômicas
regionais.
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida
de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal.
Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame
deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem
pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas
da sociedade civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados
juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada
pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras
indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua
carta, com a necessária transparência e agilidade.
Atenciosamente, (para = ou hierarquias inferiores) Fechos para Comunicações:
[Assinatura] Identificação do Signatário:
[Nome]
[cargo]
194
ENVELOPE
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70064-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70165-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Rua ABC, no 123
01010-000 – São Paulo. SP
2. Vossa Senhoria:
é empregado para as demais autoridades e
para particulares.
O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
12345-000 – Curitiba. PR
2.2 FECHO
Arrematar o texto e saudar o destinatário.
• para autoridades superiores, inclusive o
Presidente da República:
Respeitosamente,
• para autoridades de mesma hierarquia ou de
hierarquia inferior:
Atenciosamente,
195
Exemplo de Aviso (INTERMINISTERIAL)
Aviso no 45/SCT-PR
Brasília, 27 de fevereiro de 1991.
A Sua Excelência o Senhor
[Nome (destinatário nome, cargo)
e cargo]
Assunto: Seminário sobre uso de energiano setor público.
Senhor Ministro, (VOCATIVO)
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre
o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no
auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas
Isoladas Sul, nesta capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do
Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em
Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de
1990.
Atenciosamente,
[Assinatura]
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
196
Exemplo de Memorando
(297 x 210mm)
Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria
verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste
Departamento.
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas,
que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de
monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois
tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia
ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização,
cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos
deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os
servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Atenciosamente,
[Assinatura]
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
197
CIRCULAR GERAL Nº 58, Porto Alegre, 17 de dezembro de 1998. (data meio da pág,)
ASSUNTO: Obras no Estacionamento
Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passará por obras
de reforma estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este
período o local estará interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos
veículos.
Atenciosamente,
Fulano de Tal
Fulano de Tal
Diretor-Geral de Negócios
198
Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo
(297 x 210mm)
5 cm
EM no 00146/1991-MRE
Brasília, 24 de maio de 1991.
5 cm
Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
1,5 cm
O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa
mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na Conferência do
Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de proscrição total das armas
químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de dois por cento de seu arsenal químico até a
adesão à convenção de todos os países em condições de produzir armas químicas, os Estados
Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países participantes do processo
negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado venha a ser
concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)
1 cm
Respeitosamente,
2,5cm
[Nome]
Cargo
Exemplo de Mensagem
(297 x 210mm)
5 cm
Mensagem no 118
4 cm
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
2 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM no 106 a
110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos nos 93 a 97, de
1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.
2 cm
Brasília, 28 de março de 1991.
199
25) Casos Facultativos ↑ Sumário
Pode-se retirar sem prejuízo para a correção e sentido.
1- Objeto Indireto Oracional
Não duvidava de que(disso) ele fosse capaz disso.
O governo visa (deseja) a discutir o caso.
2- Artigo Antes De Pronomes Possessivos
Ela se referiu à população em geral.
A inclusão do vocábulo nossa antes de população facultaria o uso do acento
grave no período. (V) (inclusão do pronome possessivo crase facultativo)
Não lhe informaram (as) suas obrigações.
Pode-se por as antes de suas obrigações. (V)
3- Pred. Do obj. Preposição facultativo
Chamaram(denominar), na ocasião, por motivos óbvios, o (ao) governo de
corrupto(pred. Obj.).
Trocar o por ao (V) (Regência do v. Chamar- pode tudo VTD ou VTI)
suprimir o de (V) (pred. Do Obj. preposição Facultativo) (frase pode ser
passível de ambiguidade)
4- Crase
1 Antes De pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam
palavras. (o uso do artigo é facultativo)
Ninguém se referiu a / à sua conduta. (pode se substituir por “a conduta dele”(F))
...`a conduta dele. (foi especificado, logo crase obrigatório)
Não assisto à (a+a) novela. (determinada novela)
Não assisto a novela. (Nenhuma novela)
Contei tudo à (a+a) Maria. (Existe familiaridade ou afetividade)
Contei tudo a Maria. (Maria não é próxima)
Fiz homenagem à Joana D’arc. (Errado)
Fiz homenagem a Joana D’arc. (Certo)
2 Depois da preposição “até”. (o uso da preposição é facultativo)
A preposição “a” é facultativo depois de “até” (mesmo em palavras masculinas)
Foi até o escritório. ou Foi até ao escritório.
Ela iria até a escola. ou Ela iria à escola.
3 Antes de nomes próprios femininos (comuns) sem especificador.
200
Referiu-se à Flavia. ou Referiu-se a Flavia.
Referi-me à Ana, minha mulher amiga. (ideia de intimidade) crase obrigatória
Referi-me a Ana, uma funcionária da empresa. (ideia contextual Ana não é intima
da interlocutora, mas apenas uma simples funcionária da empresa) crase proibida
A Decisão implicará (VTD= ACARRETAR) problemas para as pessoas que
visavam (desejava) à paz. No entanto, para aqueles que aspiram a uma vida
melhor, mais trabalho é preferível a mais tempo, essa é a premissa dos que
chegam aonde querem sempre.
Seria possível, mantendo a correção gramatical suprimir a crase na expressão
“a paz”?. .(V) (Eu Preciso De Paz) Sentido genérico (pode se retirar o artigo)
Obs.:
1. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa.
*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe**
Se o encontrar na cidade, dê-lhe nas tarefas. (a conjunção “Se”(caso) inicial
indica que o verbo está conjugado no futuro do subjuntivo, logo este verbo não
está no infinitivo.)
CAP-QUE (Conjunção “Se” atrai a preposição caso de próclise obrigatório.)
Começou a ajudá-la nas tarefas. (o verbo está no infinitivo, mas a construção “a
a ajudar” não se craseia preposição com pronome obliquo , logo é um caso
proibido, única construção possível é “ajudá-la”(ajudar a).
Começou a ajudar-me nas tarefas. (A construção é possível “a me ajudar”
preposição “a” + pronome obliquo “me”.)
2. Se não houver palavra atrativa a colocação será sempre facultativa.
O governo (-se) (facultativo) comprometer-se-ia (-se) (proibido)com o caso.
A moça se mostrou (-se)(facultativo) uma pessoa responsável.
Os homens se contentam(-se)(facultativo) com pouco.
A humanidade se esqueceria (-se) (proibido)do fato. (Pode haver mesóclise)
Nunca nos esqueceremos (-se) (proibido)do fato. (caso de Próclise com palavra
atrativa)
Obs.:
3. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa.
*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe**
201
5- Fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com
Isso fará com que ele estude mais.
Pode-se suprimir o com. (V) (fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com)
6- SUJEITO COMPOSTODEPOIS DO VERBO
concordância gramatical ou atrativa
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza, a incompetência corrupta do governo do
Fatah, o cruel bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por Israel e a opção, tomada
por EUA e União Europeia, de ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP.
O verbo foi flexionado no plural para concordar com o sujeito composto
posposto: “Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a incompetência corrupta do
governo do Fatah (1), o cruel bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por
Israel (2) e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de ignorar
diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP (3).”. São três os núcleos:
incompetência, bloqueio e opção. O verbo foi flexionado, mas, por estar o sujeito posposto,
poderia ter sido realizada a concordância atrativa, ou seja, com o núcleo mais próximo.
Como esse primeiro núcleo está representado por um substantivo no singular, o verbo
também poderia estar nesse número: “Facilitou a ascensão do extremismo em Gaza a
incompetência...”. A decisão de flexionar o verbo (concordância gramatical) se deve ao
fato de que o sujeito possui muitos elementos, e a concordância apenas com o primeiro
núcleo acarretaria uma perda da ênfase em todos eles.
7- Nas orações subordinadas adverbiais, apenas a vírgula será
possível. Se a oração adverbial, a vírgula será facultativa. Se a oração
adverbial estiver no início o no meio do período (deslocada), a vírgula
será obrigatória.
Ele voltará ao país, (facultativo) quando (temporal) quiser(modo subjuntivo).
Quando quiser, (obrigatório, or. Adv. deslocada) ele voltará ao país.
8-
26) Casos Obrigatórios ↑ Sumário
Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
202
27) Casos Proibidos ↑ Sumário
1- Pron. Relativo CUJA
* pode ser substituído por a qual (F não pode ser substituído por nenhum
outro pronome relativo) -Não apresentam sinônimo perfeito. (NÃO pode ser
trocado por DAS QUAIS, DE QUE, DE ONDE) só com devidas alterações)
* pode ser substituído por cujo a (F não pode ser posposto por artigo)
1- CASOS PROIBIDOS DE COLOCAÇÃO CRASE
4. Inicio de frase
(Se) Discutiu-se a proposta do político.
Se concentravam(-se) nas tarefas domésticas. (típica da oralidade)
5. Depois de particípio ado, ido, do, to, go, so...
Tinha se expressado (-se) com clareza.
O governo 1se tinha2-se 3se manifestado 4se (ênclise proibido, com
particípio no verbo principal) sobre o fato.
6. Depois do futuro do indicativo
Futuro do Presente
-rei, rás, rá
-remos, reis, rão
Futuro do Pretérito
-ria, rias, ria
-ríamos, ríeis, riam
(se) Contar-se-ia (-se) o caso de outra maneira.
(se) Encontrar-se-ão (-se) tais produtos em outros países.
203
28) Semântica ↑ Sumário
SEMÂNTICA
1- As ideias dos jovens e as (ideias) das pessoas mais velhas não são
compatíveis. Pode ser retirada “das” do trecho?
Alterou a relação semântica do trecho. Sem alterar a coerência do trecho.
A supressão de determinantes ou contrações pode alterar o sentido do
trecho sem necessariamente comprometer o sentido do texto.
2- z
Parte da gramática que trata do sentido das palavras. Assunto explorado em
todos os concursos públicos, requer cuidados especiais. Vamos dividi-la em
tópicos.
1) Denotação e conotação.
● Denotação Emprego de uma palavra com seu sentido original, real,
dicionarizado. Ex.: A menina ganhou uma flor.
A palavra flor está empregada com o seu sentido normal, registrado em
dicionários: trata-se do vegetal que todos conhecem. Diz-se que ela tem valor denotativo.
. ● Conotação Emprego especial, figurado de uma palavra. Ex.: A menina é uma
flor.
A palavra flor, agora, não pode ser entendida como o vegetal que colhemos em
determinadas plantas. Na realidade, menina é um ser animal; flor, um ser vegetal.
Então, ao pé da letra, uma menina não pode ser uma flor. A frase só pode ser entendida
se a desdobrarmos em uma comparação: a menina é bonita como uma flor. Nesta, flor
tem valor denotativo. No entanto, quando se diz diretamente, quando se afirma que
alguém é uma flor, a palavra flor tem um sentido especial, que extrapola a realidade da
palavra. Diz-se, então, que ela tem valor conotativo.
Observações
a) A noção de denotação e conotação é muito importante para o entendimento do texto.
Pode ser cobrada diretamente, aparecendo as duas palavras, ou de maneira indireta,
em
questões de compreensão e interpretação de textos.
b) Quando a conotação tem base em uma comparação, temos uma figura de linguagem
conhecida como metáfora.
Ex.: A jovem tem olhos de pérola.
204
Ninguém pode ter olhos de pérola. Entenda-se: olhos negros e brilhantes como
pérolas. Assim, o emprego da palavras pérola constitui um caso de conotação conhecido
como metáfora. A linguagem se diz conotativa, figurada ou metafórica. Veja abaixo a
famosa frase de José de Alencar a respeito de Iracema.
“Iracema, a virgem dos lábios de mel”. A palavra mel tem
valor conotativo, pois os lábios de uma pessoa não podem ser de
mel. A idéia de doçura contida na palavra mel é transferida para os
lábios de Iracema.
c) Às vezes é difícil perceber que se trata de conotação.
Ex.: Nesta frase, não há coesão.
Em gramática, coesão é, como veremos adiante, a ligação entre as partes de um
texto. Mas coesão, em seu sentido original, primitivo, é a força atrativa que existe entre
as moléculas de um corpo. Assim, na frase dada, coesão tem sentido conotativo.
2) Sinonímia
Emprego de sinônimos, isto é, palavras de mesmo sentido. Ex.: A frase está certa. A
frase está correta.
3) Antonímia
Emprego de antônimos, isto é, palavras de sentido oposto.
Ex.: Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa.
Observações
a) Não existem sinônimos perfeitos. Tudo depende
do contexto. Ex.: Ele é forte. Ele é robusto.
O seu forte é a matemática. (não cabe a palavra robusto)
b) É claro que todos sabem o que são sinônimos e antônimos. Mas é
preferível, em provas, que eles não apareçam. É impossível saber o
sentido de todas as palavras. Tudo acaba tornando-se uma grande
loteria. Veja a frase abaixo.
Era uma jovem pudibunda. Isso
apareceu numa prova, há pouco tempo. Você conhece
a palavra? A banca do concurso deu como sinônimo
pundonorosa. Triste, não é mesmo?
c) É necessário melhorar o vocabulário. Leia bastante. Quando
desconhecer o sentido de uma palavra, pegue o amigo de todos nós, o
dicionário. E procure aprender a nova palavra.
4) Homonímia
205
Emprego de palavras que têm identidade de pronúncia ou de
grafia, os chamados homônimos.
.● Homônimos homófonos
. Mesma pronúncia, grafia diferente. Ex.: cozer − coser
.● Homônimos homógrafos Mesma grafia, pronúncia diferente. Ex.:
sobre (^) − sobre (´)
.apoio − apóio Obs.: Mesmo um tendo acento, as palavras são
consideradas homógrafas.
. ● Homônimos perfeitos (ou homófonos e homógrafos)
Mesma grafia e mesma
pronúncia. Ex.: pena (pluma)
− pena (compaixão)
5) Paronímia Emprego
de parônimos, isto é,
palavras muito
parecidas. Ex.: O
mandato do deputado é
de quatro anos. Expediu
um mandado de busca.
Procure gravar os homônimos e parônimos colocados abaixo. São
muito importantes.
absolver − inocentar absorver − esgotar, consumir
acender − pôr fogo a ascender −
elevar-se
acento − inflexão da
voz assento − lugar
onde se senta
aferir −
conferir
auferir −
conseguir
amoral − sem o senso
206
da moral imoral − que
atenta contra a moral
apóstrofe − chamamentoapóstrofo − tipo de sinal gráfico
arrear −
pôr arreios
arriar −
abaixar
asado − com asas, alado
azado − oportuno,
propício assoar − limpar
o nariz assuar − vaiar
astral − sideral austral
− que fica no sul
atuar − exercer
atividade autuar −
processar
bocal − abertura de vaso bucal − relativo à boca
caçar − perseguir cassar − anular
cavaleiro − que anda a
cavalo cavalheiro −
educado
cegar − tirar a visão de segar − ceifar, cortar
cela − cômodo pequeno sela −
arreio
censo − recenseamento senso
− juízo, raciocínio
cerração − nevoeiro serração − ato de
serrar
207
cervo − veado servo − criado; escravo
cessão − ato de ceder sessão −
tempo que dura uma reunião seção
− departamento, divisão
cesto − pequena cesta,
balaio sexto − ordinal de
seis
chácara − propriedade rural
xácara − narrativa popular em
versos cidra − tipo de fruta sidra −
tipo de bebida
cheque − ordem de
pagamento xeque − lance do
jogo de xadrez
comprimento − extensão cumprimento − saudação; ato de cumprir
concerto − harmonia; sessão
musical conserto − reparo
conjetura − hipótese conjuntura − situação; ocorrência
coser − costurar cozer − cozinhar
deferir − conceder,
atender diferir − ser
diferente; adiar
degredar − desterrar degradar − rebaixar, aviltar
delatar −
denunciar dilatar −
alargar
descrição − ato de descrever
discrição − qualidade de
discreto
208
descriminar − inocentar
discriminar − separar
despensa − estoque de alimentos
dispensa − ato de dispensar;
licença
despercebido − sem ser
notado desapercebido −
desprevenido
destinto − desbotado distinto − que sobressai; diferente destratar −
insultar distratar − desfazer
divagar − sair do
assunto devagar −
lento
elevar − levantar,
aumentar enlevar −
encantar, extasiar
emergir − vir à tona
imergir − mergulhar
emigrar − sair de um país
imigrar − entrar em um país
eminente − destacado,
importante iminente − prestes a
acontecer
empossar − dar posse
empoçar − formar
poça
encetar − principiar
incitar − provocar,
instigar
esbaforido − ofegante espavorido
209
− apavorado
esperto − inteligente,
vivo experto − perito
espiar − olhar expiar
− sofrer castigo
estada − permanência de alguém
estadia − tempo de um navio no
porto
estático − parado extático − absorto, em êxtase
estofar − cobrir de estofo
estufar − inchar; pôr em
estufa estrato − camada; tipo
de nuvem extrato − que se
extraiu
flagrante − evidente; o ato
fragrante − perfumado
fluir − correr; manar fruir −
desfrutar
incerto −
duvidoso inserto
− inserido
incipiente − que está começando
insipiente − que não sabe,
ignorante
inflação − desvalorização do
dinheiro infração − transgressão
infligir − aplicar (pena ou
castigo) infringir − transgredir
intemerato − puro intimorato −
210
corajoso
lactante − que amamenta lactente
− que mama
locador − proprietário locatário −
inquilino
lustre − candelabro
lustro − cinco anos;
brilho
mandado − ordem
judicial mandato −
procuração
peão −tipo de trabalhador; peça de
xadrez pião − tipo de brinquedo
pleito − disputa;
pedido preito −
homenagem
prescrever − receitar;
expirar (prazo)
proscrever − afastar,
expulsar
ratificar − confirmar retificar − corrigir
sortir −
abastecer
surtir − resultar
subentender − entender o que não estava
expresso subtender − estender por baixo
sustar −
suspender
suster −
sustentar
211
tacha − tipo de prego taxa −
imposto
tráfego − movimento, trânsito tráfico − comércio
usuário − aquele que usa usurário
− avaro; agiota
vestuário − veste, trajo vestiário − local onde se troca de roupa
vultoso − grande, volumoso vultuoso − com vultuosidade (inchado e
vermelho)
6) Campos semânticos
Diz-se que as palavras pertencem ao mesmo campo semântico
quando estão associadas, de alguma forma, pelo sentido. Ex.: tristeza,
melancolia, pesar
vinho, leite, refrigerante
7) Polissemia Pluralidade de sentidos de uma palavra.
Ex.: A paixão de Cristo. (o sofrimento) Tinha uma grande paixão por ela.
(sentimento forte e desequilibrado) Apresentou-me a paixão de
sua vida. (a pessoa por quem se está apaixonado)
● Coesão
Ligação que existe entre os componentes de um texto. É importante
que se conheçam as palavras e expressões que têm a capacidade de
ligar termos, orações, períodos, parágrafos. Ex.: Havia pouquíssimas
pessoas trabalhando no balcão, porém fui logo atendido.
A conjunção porém é adversativa, liga orações de sentido adverso,
contrário. Ela é
o elemento conector no período, que apresenta duas idéias
contrárias: “haver poucas pessoas atendendo” e “ser logo atendido”.
Assim, pode-se afirmar que o texto tem coesão, porque a conjunção
porém, por seu sentido, se presta a ligar esses dois segmentos.
Observe, agora, a frase colocada abaixo.
Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, portanto fui
logo atendido.
Ora, a conjunção portanto, que é conclusiva, não pode fazer a
ligação de coisas
212
opostas. Nesta frase, está faltando coesão, isto é, a conjunção
não está ligando devidamente os dois segmentos do texto.
● Coerência Sentido lógico do texto.Quando falta a coesão,
normalmente falta a coerência, ou seja,
o texto fica ilógico.
Ex.: Estudei muito, apesar disso fui aprovado.
Não há coerência na frase, uma vez que não há coesão. Apesar
disso é expressão concessiva, introduz termos que se opõem ao que se
afirmou ou vai afirmar. Para tornálo coerente, precisamos de uma
expressão que indique conclusão ou conseqüência. Assim, poderíamos
dizer “Estudei muito, por isso fui aprovado” (portanto, por causa disso,
então etc.)
213
Observações
a) A incoerência pode não depender do emprego dos conectivos. Ex.: Foi à
farmácia e, lá, comprou as laranjas que faltavam. Não se compram laranjas
em farmácia.
b) Qualquer palavra que se refira a outra no texto é coesiva, isto é, promove a coesão
textual.
Ex.: Cheguei muito cedo ao estádio, pois o jogo só começaria às quatro. Por isso,
encontrei-o vazio.
Além das conjunções pois e por isso, que ligam as orações do período, temos
o pronome o, que se refere a estádio. Nesse caso, estádio é o referente da
palavra o. Também o adjetivo vazio tem como referente a palavra estádio.
9) Sentido de locuções adjetivas Importante para enriquecer o vocabulário. Eis
algumas que convém saber.
de agulha − acicular de gafanhoto − acrídeo de diamante − adamantino ou diamantino
de cordeiro − agnelino de galo − alectório da alma − anímico de pato ou ganso −
anserino de abelha − apícola de águia − aquilino de aranha − aracnídeo de árvore −
arbóreo de prata − argênteo de carneiro − arietino de asno − asinino de ouro − áureo
de orelha − auricular do sul − austral ou meridional do tio, da tia − avuncular de rã −
batracóide da guerra − bélico do norte − boreal ou setentrional de búfalo − bubalino do
campo − campesino ou campestre do cabelo − capilar de cabra − caprino de queijo −
caseoso da cabeça − cefálico de cera − céreo do céu − celeste, cerúleo ou cérulo de
veado, cervo − cerval ou elafiano do pescoço − cervical dos quadris − ciático de
cegonha − ciconídeo de cinza − cinéreo de cobra − colubrino de pombo − columbino
de couro − coriáceo da tarde − crepuscular, vesperal ou vespertino da coxa − crural
de abóbora − cucurbitáceo de coelho − cunicular de cobre − cúprico da pele − cutâneo
de marfim − ebúrneo ou ebóreo da igreja − eclesiástico de bronze − êneo de inseto −
entômico do vento − eólio do bispo− episcopal de cavaleiro − eqüestre de cavalo −
eqüino ou hípico do alto mar − equóreo de espelho − especular de fantasma −
espectral ou lemural do baço − esplênico de coruja − estrigídeo de fábrica − fabril de
falcão − falconídeo de gato − felino do fêmur − femoral de selo − filatélico de rio −
fluvial do relâmpago − fulgural do estômago − gástrico do joelho − genicular de gesso
− gípseo de gelo − glacial das nádegas − glúteo da garganta − gutural do sangue −
hemático do fígado − hepático de brasão − heráldico de erva − herbáceo, herbático ou
herbóreo de vidro − hialino ou vítreo do inverno − hibernal de mercúrio − hidrargírico
de bode − hircino de andorinha − hirundino de peixe − ictíico ou písceo de fogo −
ígneo de ilha − insular de alface − lactúceo de lago − lacustre de tijolo − laterário de
lebre − leporino de madeira − lígneo de lesma − limacídeo de lobo − lupino de monge
− monacal da morte − mortal ou letal de rato − murino ou murídeo do bosque −
nemoral de neve − níveo ou nival da noz − nucular da nuca − occipital de serpente −
ofídico de sonho − onírico do olho − ocular, óptico ou oftálmico do ouvido − ótico de
pântano − palustre da borboleta − papilionáceo da parede − parietal do peito −
pectoral de dinheiro − pecuniário de paixão − passional da bacia − pélvico de chumbo
214
− plúmbeo de chuva − pluvial de proteína − protéico de criança − pueril ou infantil do
pus − purulento da espinha dorsal − raquiano de rocha − rupestre de açúcar − sacarino
da Lua − selênico de velho − senil de seda − sérico de selva − silvestre de macaco −
simiesco do corpo − somático de porco − suíno de enxofre − sulfúrico de touro − táureo
ou taurino da Terra, do solo − telúrico de treva − tenebroso das amídalas − tonsilar do
tórax − torácico de trigo − tritíceo ou tritícola de rola − turturino de unha − ungueal de
esposa − uxoriano de vaca − vacum da veia − venoso de vinho − víneo de víbora −
viperino da vida − vital da vontade − volitivo da raposa − vulpino de abutre − vulturino .
215
29) Interpretação de Texto ↑ Sumário
Sobre interpretação, a maioria dos textos são dissertativo-argumentativos ou
narrativos (com elementos de texto descritivo, às vezes), por isso é preciso dominar
as características desses tipos de texto.
Interpretação Texto
1- Inferência Simples - Posicionamento diferente da sociedade –
Obs. Anafóricos, contradições, manutenções, conservadores, sinônimos
Serão consideradas alternativas incorretas em relação ao texto aquelas que
Extrapolarem (pode estar correta, mas não estão contidas no texto)
Limitarem
Contradizerem
Forem parciais (opinião do elaborador)
Não abordarem o tema do texto
Como interpretar textos
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com
a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações
específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a
concursos públicos.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de
responder as questões relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si,
formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO
COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma
delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a
posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o
relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de
seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado
diferente daquele inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou
indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso
denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de
um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as
ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações,
216
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma
argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças
entre as situações do texto.
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade,
opinando a respeito.
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só
parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.
EXEMPLO
TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES
"O HOMEM UNIDO ”
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura
do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se:
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia,
polissemia, figuras de linguagem, entre outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e
217
d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR x COMPREENDER
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA
- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR,
TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR.
- TIPOS DE ENUNCIADOS
• Através do texto, INFERE-SE que...
• É possível DEDUZIR que...
• O autor permite CONCLUIR que...
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao
afirmar que...
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO,
ATENÇÃO AO QUE REALMENTE ESTÁ
ESCRITO.
- TIPOS DE ENUNCIADOS:
• O texto DIZ que...
• É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, é CORRETA ou
ERRADA a afirmação...
• O narrador AFIRMA...
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de
interpretação. Os mais frequentes são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto,
esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar
conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor.
Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve
ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras,
orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se
quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o
que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles,
está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este
218
depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode
esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, poisseu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em
consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
a saber:
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS
DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE.
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR.
QUEM (PESSOA)
CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O
OBJETO POSSUÍDO.
COMO (MODO)
ONDE (LUGAR)
QUANDO (TEMPO)
QUANTO (MONTANTE)
EXEMPLO:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o
demonstrativo O ).
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos
(BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem
expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se
erros graves como:
- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.
- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto
oblíquo átono correto é O .
- “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau
uso
219
30) Dicas Locução verbal ↑ Sumário
Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona.
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir,
continuar,...
Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...)
Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país
Apoio volta a ser pedido no país.
(a transitividade do verbo auxiliar é a mesma do verbo Principal)
Ela saiu correndo pela casa.
a correr
NGB (não considera como modo) é uma locução verbal (saiu correndo)
Modo (se não tiver outra nomenclatura deve-se classificar como modo)
CESPE valor do gerúndio –modo
“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a
indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um
homem
dele haver
violento, pareceu compreensível aos depoentes.”
** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento”
pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido
considerado um homem violento.
** Devem existir ratos (suj.)no porão
Mas...
Deve (3ª sing. haver (VTD) ratos (OD)no porão.
** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da
legalização da maconha.
Mas...
220
Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização
da maconha.
221
31) Dicas Defamavos ↑ Sumário
CASO (DEFAMAVOS) 3ª Sing.
**Caso (DEFAMAVOS) DEFAMAVOS + PRONOME + V.
INFINITIVO
Verbos Causativos: deixar, fazer, mandar.
Sensitivos: Ver, ouvir, sentir.
(DEFAMAVOS) + infinitivo
Se suj. for pronome a flexão será proibida.
Se o suj. for nome a flexão será facultativa.
Deixou os meninos dormir / dormirem.
(Ele)Deixou-os dormir.
Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem
**CESPE ** ( ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o
pronome oblíquo as.
Pronome com Função de sujeito
** O pronome será sempre suj. do infinitivo.
Verbo (defamavos) + pron. (suj.) + v. infinitivo
(Eu) Mandei-/o (Suj. do verbo ficar) ficar aqui/ OD.
(Eu) Não o (Suj.) vi /entrar em casa/OD.
(Eu) Mandei o rapaz entrar. Mandei os rapazes entrarem.
Mandei que o rapaz entre.
(Eu) ... ele ....
(Eu) ... lhe ....
(Eu) ... o ....
222
“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a
indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um
homem
dele haver
violento, pareceu compreensível aos depoentes.”
** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento”
pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido
considerado um homem violento.
** Devem existir ratos (suj.)no porão
Mas...
Deve (3ª sing.) haver (VTD) ratos (OD)no porão.
** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da
legalização da maconha.
Mas...
Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização
da maconha.
223
32) Dicas homônimos ↑ Sumário
HOMÔNIMOS
São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de
homônimos:
HOMÔNIMOS PERFEITOS
Têm a mesma grafia e o mesmo som.
- A manga está uma delícia.
- A manga da camisa ficou perfeita.
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS
Têm a mesma grafia, mas sons diferentes.
- Eu começo a trabalhar em breve.
- O começo do filme foi ótimo.
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS
Têm o mesmo som, mas grafias diferentes.
-Os concertos são realizados nas maiores e mais importantes salas de Viena, como
a Ópera de Viena.
-O conserto do meu celular durou uma semana.
PARÔNIMOS:
São palavras parecidas, mas com pronúncia, grafia e significação diferentes.
-Jesus ascendeu aos céus.
-A inquisição católica acendeu fogueiras.
Emprego do C, Ç, S e SS
Acender atear fogo Ascender subir
Acento inflexão da voz; sinal
gráfico
Assento lugar onde a gente se
assenta
Acerto ajuste Asserto afirmação; asserção;
Acessório que não é
fundamental
Assessório relativo ao assessor
Anticético oposto aos céticos Antissético desinfetante
Apreçar marcar ou ver o preço Apressar tornar rápido
Caçar perseguir a caça Cassar anular
224
Cessão doação;
anuência
Secção
ou
Seção
corte;
divisão
Sessão reunião
Cesta recipiente
aberto;
Sexta núm.
ordinal
Sesta hora de descanso
Cético que ou quem duvida Sético que causa infecção
Cegar fazer perder a vista a Segar ceifar; cortar
Cela prisão Sela arreio de cavalgadura
Celeiro depósito de provisões Seleiro fabricante de selas
Cenário decoração de teatro Senário que consta de seis unidades
Censo recenseamento Senso juízo
Censual relativo ao censo Sensual relativo aos sentidos
Cerração nevoeiro espesso Serração ato de serrar
Cerrar fechar Serrar cortar
Cervo veado Servo servente
Cessação ato de cessar Sessação ato de sessar
Cessar interromper Sessar peneirar
Ciclo período Siclo moeda judaica
Cilício cinto para penitências Silício elemento químico
Cinemático relativo ao movimento
mecânico
Sinemático relativo aos estames
Círio vela grande de cera Sírio da síria
Concertar harmonizar; combinar Consertar remendar; reparar
Corço cabrito selvagem Corso natural da Córsega
Empoçar formar poça Empossar dar posse a
Graça favor; elegância;
gracejo, que faz rir;
Grassa do verbo grassar; difunde-se,
propaga-se.
Incerto duvidoso Inserto inserido, incluído
indefeso sem defesa indefesso incansável
Incipiente principiante Insipiente ignorante
Intercessão rogo, súplica Interseção ponto em que duas linhas se
cortam
Laço laçada Lasso cansado, frouxo
225
Maça clava Massa quantidade de matéria;
pasta;
Maçudo indigesto; monótono Massudo volumoso
Obcecação ato ou efeito de
obcecar, teimosia,
cegueira.
Obsessão impertinência, perseguição,
ideia fixa.
Paço palácio Passo passada
Remição ato de remir (pagar),
resgate, quitação;
Remissão ato de remitir; perdão,
expiação.
Repressão ato de reprimir,
contenção,
impedimento,
proibição.
Repreensão ato de repreender, enérgica
admoestação, censura,
advertência.
Ruço pardacento; grisalho Russo natural da rússia
Sanção aprovação; pena
imposta pela lei ou
por contrato para
punir sua infração.
Sansão personagem bíblico; certo tipo
de guindaste.
Sedento que tem sede;
sequioso;
Cedente que cede, que dá.
Tenção
Intenção
propósito Tensão intensidade
Empregodo S ou do Z
Ás exímio em sua atividade;
carta do baralho.
Az esquadrão, ala do
exército.
Asado que tem asas Azado oportuno
Asar guarnecer com asas Azar má sorte
Coser costurar Cozer cozinhar
Fúsil que pode
fundir
Fuzil carabina Fusível dispositivo
elétrico
Presar capturar, agarrar, apresar. Prezar respeitar, estimar
muito, acatar.
Revezar substituir alternadamente Revisar rever; corrigir
Traz do verbo trazer Trás advérbio de lugar
226
Vês forma do verbo ver Vez ocasião
Emprego do S ou X
Espectador aquele que assiste
qualquer ato ou
espetáculo, testemunha.
Expectador que tem expectativa,
que espera.
Esperto inteligente, ativo; Experto perito, entendido;
Espiar espreitar; Expiar sofrer pena ou
castigo;
Espirar respirar; soprar; Expirar expelir o ar; morrer;
Esterno osso do
peito;
Externo exterior; Hesterno relativo ao dia de
ontem;
Estrato camada sedimentar; tipo
de nuvem;
Extrato o que foi tirado de
dentro; fragmento;
Emprego do CH ou X
Arrochar apertar com arrocho, apertar muito. Arroxar
Arroxear
roxear: tornar roxo.
Brocha prego curto de cabeça larga e chata Broxa pincel
Bucho estômago de animais Buxo arbusto ornamental
Cachão borbotão; fervura Caixão caixa grande; féretro
Cachola cabeça; bestunto Caixola pequena caixa
Cartucho canudo de papel Cartuxo pertencente à ordem da cartuxa
Chá arbusto; infusão Xá título de soberano no oriente
Chácara quinta Xácara narrativa popular em verso
Chalé casa campestre em estilo suíço Xale cobertura para os ombros
Cheque ordem de pagamento Xeque incidente no jogo de xadrez;
contratempo
Cocha gamela Coxa parte da perna
Cocho vasilha feita com um tronco de madeira Coxo aquele que manca
227
escavada
Luchar sujar Luxar deslocar; desconjuntar
Tacha brocha; pequeno prego Taxa imposto; preço
Tachar censurar; notar defeito em Taxar estabelecer o preço ou o imposto
Emprego do A ou I
Acidente acontecimento casual;
desastre
Incidente episódio; que
incide, que
ocorre
Amoral indiferente à moral Imoral contra a moral,
libertino, devasso
Estada ato de estar,
permanência
Estadia prazo para carga
e descarga de
navio ancorado
em porto
Induzir causar, sugerir,
aconselhar, levar a
Aduzir expor,
apresentar
Emprego do E ou I
Arrear pôr arreios Arriar abaixar
Carear atrair, ganhar,
granjear.
Cariar criar carie
Delatar
(delação)
denunciar, revelar
crime ou delito,
acusar.
Dilatar
(dilação)
alargar, estender; adiar, diferir
Deferir atender Diferir distinguir-se, divergir
Descrição ato de descrever Discrição ato de ser discreto
Descriminar inocentar Discriminar
diferenciar, distinguir
Dessecar secar bem, enxugar,
tornar seco
Dissecar analisar minuciosamente, dividir
anatomicamente.
Despensa compartimento Dispensa desobrigação
Destratar insultar, maltratar
com palavras.
Distratar desfazer um trato, anular.
Distensão ato de
distender;
torção de
ligamento
.
Distinção elegância,
nobreza;
diferença;
Dissensã
o
desavença, diferença de opiniões
ou interesses.
228
Elidir suprimir,
eliminar.
Ilidir contestar, refutar, desmentir.
Emergir vir à tona Imergir mergulhar; adentrar
Emigrar deixar o país
para residir em
outro.
Imigrar entrar em país estrangeiro para nele viver.
Eminente nobre, alto,
excelente
Iminente
prestes a
acontecer
Emitir
(emissão)
produzir,
expedir,
publicar.
Imitir
(imissão)
fazer entrar, introduzir, investir.
Encrostar criar crosta. Incrustar cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se,
arraigar-se.
Entender compreender,
perceber,
deduzir.
Intender exercer vigilância, superintender.
Enumerar numerar,
enunciar, narrar,
arrolar.
Inúmero inumerável, sem conta, sem número.
Estância lugar onde se
está, morada,
recinto.
Instância solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.
Elidir suprimir,
eliminar.
Ilidir contestar, refutar, desmentir.
Emergir vir à tona Imergir mergulhar; adentrar
Emigrar deixar o país
para residir em
outro.
Imigrar entrar em país estrangeiro para nele viver.
Eminente nobre, alto,
excelente
Iminente
prestes a
acontecer
Emitir
(emissão)
produzir,
expedir,
publicar.
Imitir
(imissão)
fazer entrar, introduzir, investir.
Encrostar criar crosta. Incrustar cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se,
arraigar-se.
Entender compreender,
perceber,
deduzir.
Intender exercer vigilância, superintender.
Enumerar numerar,
enunciar, narrar,
arrolar.
Inúmero inumerável, sem conta, sem número.
Estância lugar onde se
está, morada,
recinto.
Instância solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.
Evocar lembrar,
invocar
Avocar atribuir-se;
chamar
Invocar pedir (a ajuda de); chamar; proferir
Incontinente imoderado, que
não se contém,
descontrolado.
Incontinenti imediatamente, sem demora, logo, sem
interrupção.
Inquerir apertar (a carga
de animais),
encilhar.
Inquirir procurar informações sobre, indagar, investigar,
interrogar.
229
Peão aquele que anda
a pé, domador
de cavalos
Pião
tipo de brinquedo
Prover providenciar,
dotar, abastecer,
nomear para
cargo
Provir originar-se, proceder; resultar
Recrear proporcionar
recreio, divertir,
alegrar.
Recriar criar de novo.
Reincidir tornar a incidir,
recair, repetir.
Rescindir dissolver, invalidar, romper, desfazer:
Subentender supor Subtender estender
por baixo
Subintender exercer função de subintendente
Tráfego trânsito de
veículos,
percurso,
transporte
.
Tráfico negócio ilícito, comércio, negociação.
Emprego do E ou O
Apóstrofe figura de linguagem Apóstrofo sinal gráfico
Lustre brilho, glória, fama; abajur. Lustro quinquênio; polimento.
Preceder ir ou estar adiante de,
anteceder, adiantar-se.
Proceder originar-se, derivar, provir; levar a
efeito, executar.
Preeminente que ocupa lugar elevado,
nobre, distinto.
Proeminente alto, saliente, que se alteia acima
do que o circunda.
Preposição ato de prepor, preferência;
palavra invariável que liga
constituintes da frase.
Proposição ato de propor, proposta; máxima,
sentença; afirmativa, asserção.
Preposto aquele que representa e tem
conhecimento dos fatos.
Proposto do verbo propor.
Prescrever
(Prescrito)
fixar limites, ordenar de modo
explícito, determinar; ficar sem
efeito, anular-se
Proscrever
(Proscrito)
abolir, extinguir, proibir, terminar;
desterrar.
Emprego do O ou U
Arrolhar tapar com rolha Arrulhar som feito por rolas e pombos.
Assoar limpar nariz de mucos; Assuar insultar com vaias;
Augurar prognosticar, prever,
auspiciar
Agourar pressagiar, predizer
Bocal abertura de vaso ou frasco;
Embocadura de instrumento
de sopro;
Bucal relativo a boca;
230
Comprimento extensão Cumprimento saudação
Coro conjunto de vozes Couro pelo de animal
Costear navegar junto à costa,
contornar.
Custear pagar o custo de, prover, subsidiar.
Florescente que floresce, próspero,
viçoso.
Fluorescente que tem a propriedade da
fluorescência.
Poupa
(Subst.)
tufo de penas na cabeça de
pássaros.
Polpa parte carnosa de frutos. polpudo =
volumoso.
Poupa
(Verbo)
do verbo poupar; economiza;
guardar em poupança;
Popa parte posterior de embarcação
Sortir abastecer Surtir originar
Soar produzir som Suar transpirar
Vultosode grande vulto, volumoso. Vultuoso atacado de vultuosidade (congestão
da face).
Emprego do L ou R
Flagrante ato que surpreende (flagrante
delito); ardente, acalorado;.
Fragrante que tem fragrância ou perfume;
cheiroso.
Inflação ato ou efeito de inflar; aumento
de preços.
Infração ato ou efeito de infringir ou violar
uma norma.
Pleito questão em juízo, demanda,
litígio, discussão
Preito sujeição, respeito, homenagem
Outros casos
Aderência característica física;
grudar;
Adesão fazer parte; apoiar algo;
Aferir conferir com padrões;
avaliar, medir
Auferir colher, conseguir, ter bons
resultados
Cavaleiro que anda a cavalo,
cavalariano.
Cavalheiro indivíduo distinto, gentil, nobre
Degradar deteriorar, desgastar,
diminuir, rebaixar.
Degredar impor pena de degredo, desterrar,
banir.
Derrogar revogar parcialmente
(uma lei), anular.
Derrocar destruir, arrasar, desmoronar.
Despercebido que não se notou, para o
que não se atentou
Desapercebido desprevenido, desacautelado
Discente relativo a alunos Docente relativo a professores
Emenda correção de falta ou
defeito, regeneração,
remendo
Ementa apontamento, súmula de decisão
judicial ou do objeto de uma lei.
Folhar produzir folhas, ornar
com folhagem, revestir
lâminas.
Folhear percorrer as folhas de um livro,
compulsar, consultar.
231
Fim
(substantivo)
contrário de início Final
(adjetivo)
contrário de inicial
Friso tecido crespo; moldura; Frisa faixa decorativa;
Infligir aplicar pena ou castigo Infringir transgredir, violar, desrespeitar
Liberação ato de liberar, quitação
de dívida ou obrigação.
Libertação ato de libertar ou libertar-se.
Mandado ordem judicial Mandato procuração
Mau contrário de bom Mal contrário de bem
Ordinal numeral que indica
ordem ou série (primeiro,
segundo, milésimo, etc.).
Ordinário comum, frequente, trivial, vulgar.
Original com caráter próprio;
inicial, primordial.
Originário que provém de, oriundo; inicial,
primitivo.
Percentual /
Porcentual
parte de um todo de cem
partes
Percentil uma das divisões centesimais da
distribuição de uma variável
observada
Prolatar proferir sentença,
promulgar.
Protelar adiar, prorrogar.
Retificar corrigir; deixar exato; Ratificar; confirmar
Sobrescritar endereçar, destinar,
dirigir.
Subscritar assinar, subscrever.
Sustar interromper, suspender;
parar, interromper-se
(sustar-se).
Suster sustentar, manter; fazer parar,
deter.
Tapar fechar, cobrir, abafar. Tampar pôr tampa em.
Vestiário guarda-roupa; local em
que se trocam roupas.
Vestuário as roupas que se vestem, traje.
QUADROS DE EXEMPLOS
EXEMPLOS DE PARÔNIMOS
Absorver (assimilar)
Apreciar (dar apreço)
Comprimento (extensão)
Conjuntura (situação)
Deferimento (concessão)
Descrição (ato de descrever)
Descriminar (isentar de crime)
Despensa (cômodo para mantimentos)
Despercebido (desatento)
Destratar (ofender)
Delatar (denunciar)
Dessecar (enxugar)
Devisar (planejar)
Elidir (suprimir)
Emenda (correção)
Emergir (vir à tona)
Emigrar (sair do país)
Eminente (destacado)
Emérito (insigne)
232
Emitir (mandar para fora)
Entender (compreender)
Espavorido (apavorado)
Flagrante (evidente)
Incontinenti (sem demora)
Infligir (aplicar pena)
Intemerato (íntegro)
Invicto (sem derrota)
Lide (demanda)
Mandato (procuração)
Preeminente (distinto)
Preito (homenagem)
Prescrever (ordenar)
Ratificar (confirmar)
Reincidir (incidir novamente)
Senáculo (lugar de sessões)
Suar (transpirar)
Sucessão (sequência)
Torvo (que causa terror)
Tráfico (comércio ilegal)
Treplicar (fazer tréplica)
Vultoso (volumoso)
Absolver (perdoar)
Apreçar (dar preço)
Cumprimento (saudação, execução)
Conjetura (suposição)
Diferimento (adiamento)
Discrição (reserva, modéstia)
Discriminar (diferenciar)
Dispensa (desobrigação)
Desapercebido (desprevenido)
Distratar (romper o trato)
Dilatar (alargar)
Dissecar (analisar em detalhes)
Divisar (avistar)
Ilidir (refutar, anular)
Ementa (resumo)
Imergir (mergulhar)
Imigrar (entrar no país)
Iminente (prestes a ocorrer)
Imérito (imerecido)
Imitir (investir em)
Intender (superintender)
Esbaforido (ofegante)
Fragrante (perfumado)
Incontinente (falto de moderação)
233
Infringir (desobedecer)
Intimorato (destemido)
Invito (involuntário)
Lida (trabalho)
Mandado (ordem, determinação)
Proeminente (saliente)
Pleito (eleição)
Proscrever (banir)
Retificar (corrigir)
Rescindir (desfazer)
Cenáculo (lugar de ceia)
Soar (tilintar)
Secessão (separação)
Turvo (escuro)
Tráfego (trânsito)
Triplicar (tornar três vezes maior)
Vultuoso (vermelhidão da face)
EXEMPLOS DE HOMÔNIMOS HOMÓFONOS
Acender (alumiar)
Acento (sinal gráfico)
Acerto (ato de acertar)
Acessório (que não é fundamental)
Apressar (dar pressa a)
Caçar (apanhar animais)
Cédula (bilhete)
Cegar (privar da vista)
Cerrar (fechar)
Cessão (ato de ceder)
Cela (prisão)
Cesta (caixa de vime)
Cheque (ordem de pagamento)
Concelho (circunscrição administrativa)
Conserto (reparo)
Coser (costurar)
Espectador (aquele que vê)
Esperto (astuto)
Estático (imóvel)
Incipiente (principiante)
Laço (nó)
Paço (palácio)
Remissão (perdão)
Russo (da rússia)
Sede (lugar)
Silha (assento)
Tacha (pequeno prego)
234
Tenção (propósito)
Vês (verbo ver)
Viagem (substantivo)
Ascender (subir)
Assento (lugar de sentar-se)
Asserto (afirmação)
Assessório (relativo a assessor)
Apreçar (dar preço de)
Cassar (anular)
Sédula (cuidadosa)
Segar (ceifar)
Serrar (cortar)
Sessão (reunião); seção (repartição)
Sela (arreio)
Sexta (6ª)
Xeque (lance de xadrez)
Conselho (aviso, reunião de pessoas)
Concerto (sessão musical)
Cozer (cozinhar)
Expectador (aquele que tem expectativa)
Experto (perito)
Extático (em êxtase)
Insipiente (ignorante)
Lasso (frouxo)
Passo (verbo passar)
Remição (resgate)
Ruço (pardacento)
Cede (verbo ceder)
Cilha (cinta)
Taxa (tributo)
Tensão (qualidade de tenso)
Vez (ocasião)
Viajem (verbo viajar)
a x há
Para marcar distância no espaço e no tempo, utiliza-se a preposição <a>.
A Lua está a vários anos luz da Terra.
Vimos o carro tombar a 30 metros de onde estávamos.
A propaganda começou a dois meses das eleições.
235
<Há>, do verbo haver, é utilizado para indicar existência de algo ou tempo
decorrido. Pode ser substituído por “existe” ou “faz”.
Eu nasci há (faz) dez mil anos atrás
Naquela sala, há (existem) quarenta estudantes.
Acerca de, (A) cerca de, Há cerca de
1. <Acerca de> é uma locução prepositiva, sinônimo de “a respeito de”.
Falei acerca da situação econômica do Brasil.
2. <Cerca de> é uma expressão adverbial, significa “aproximadamente”.
Seu salário é de cerca de R$ 3 mil.
3. <A cerca de> combina a preposição "a" com a expressão adverbial "cerca de",
implicando distância aproximada.
Estávamos a cerca de dois quarteirões do local do crime.
4. <Há cerca de> combina o verbo "haver" com a expressão adverbial "cerca de",
significando "existe / faz aproximadamente”.
Ele viajou há cerca de duas horas.
Não chove no Nordeste há cerca de dois meses
Nesta gaveta, há cerca de trinta revistas antigas.
Senão x Se não
1. <SENÃO> junto é principalmente conjunção alternativa, sinônimo de "do
contrário".
Coma, senão vai ficar de castigo.
Estuda, senão terás nota negativa no teste
2. <SENÃO> pode ser também conjunção adversativa, sinônimo de "mas, porém".
Não obteve aplausos nem respeito, senão vaias.
3. <SENÃO> aindapode ser preposição, sinônimo de "com exceção de".
Todos, senão você, riram-se do tombo do Juvenal.
Não comeu nada senão chocolates.
Fazes outra coisa senão dormir?
236
4. Pode ainda ser substantivo, indicando “qualidade negativa”.
A casa tem apenas um senão: é muito fria no Inverno.
5. <SE NÃO> separado pode ser conjunção condicional <SE> + advérbio de
negação <NÃO>, sinônimo de "caso não".
Se não fizerem gol, vamos perder.
6. <SE NÃO> separado pode ser conjunção integrante <SE> + advérbio de
negação <NÃO>, sinônimo de "que não".
Verificou se não se esquecera de nada;
Perguntou se não havia outra solução;
7. <SE NÃO> pode ocorrer também na inversão da ordem normal do advérbio
<NÃO> e do pronome <SE>.
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das
coisas que se não veem.
OBS: A confusão que alguns fazem entre estas construções advém adicionalmente
do fato de o uso como conjunção <senão> poder ocorrer algumas vezes no mesmo
contexto do uso da conjunção condicional <se>.
Senão eu, quem vai fazer você feliz?
Se não [for] eu, quem vai fazer você feliz?
Afim x A fim
Afim / Afim de
Sozinho, numa única palavra, corresponde a: que tem afinidade, ligação,
semelhança ou parentesco.
Eles são almas afins.
Ele é afim da Fernanda. (parente)
A fim de
No sentido de finalidade, objetivo, equivale a "para".
Chegou a fim de iniciar a reunião.
A fim de retomar a amizade, ele ligou para ela.
OBS: Coloquialmente é usado no sentido de <estar com vontade de> ou no sentido
amoroso.
Ele estava a fim de ir ao shopping.
João estava a fim dela.
237
Em vez de X Ao invés de
O termo <invés> é substantivo e variante de <inverso> e significa <lado oposto>,
<avesso>. Na expressão <ao invés>, o substantivo <invés> é utilizado para indicar
oposição, significa <ao contrário de>.
O Brasil importa alimentos, ao invés de exportá-los.
Amor, ao invés do ódio, eleva a alma.
Já a expressão <em vez de> é empregada com o significado de <em lugar de>,
quando há mais de uma possibilidade, podendo ser usado também com o mesmo
sentido de <ao invés de>. Sempre que se usar <em vez de> não haverá erro, mas
constitui erro usar <ao invés> quando não há oposição.
Em vez de falar, preferiu calar. (poderia usar <ao invés de>).
Viajou de carro em vez de avião. (não poderia usar <ao invés de>, pois há
multiplas possibilidades, não uma oposição de termos).
Onde x Aonde x Donde
Seja como advérbios interrogativos ou pronomes relativos, <onde> e <aonde> são
empregados da seguinte forma.
Onde = “em que lugar”. Indica permanência, lugar sem movimento. O lugar em que
se está ou em que se passa algum fato. É usado com verbos que expressam
estado ou permanência.
Onde está a mala? (= em que lugar está a mala?)
A mala está onde a viste ontem. (= no lugar em que)
Aonde = “a que lugar”, “para que lugar”. Aonde indica ideia de movimento ou
aproximação. Normalmente, empregado com verbos de movimento (ir, vir, voltar,
regressar, retornar, sair, subir, levar, etc.) e outros que pedem a preposição [a].
Aonde vais? (= a que lugar vais?)
O lugar aonde vou não te diz respeito. (= ao qual vou)
Donde = “de que lugar”, é a junção da preposição [de] + [onde]. Usado apenas
quando se vem de algum lugar. De modo que pode ser substituído por “de que
lugar”.
Donde é que ele veio? (= De que lugar ele veio?)
238
Donde vens, aonde vais? (Castro Alves)
Ao encontro de X De encontro a
<Ao encontro de> tem significado de “para junto de”, “estar de acordo com”,
“favorável a”.
Vamos ao encontro de nossa turma. (para junto)
Essa lei vem ao encontro dos interesses do povo. (vem a favor)
<De encontro a> tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se
com”.
O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (chocou-se com a árvore).
Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (contra os
interesses).
Aparte X À parte
<Aparte> é um substantivo masculino que designa um comentário à margem, uma
interrupção ou observação.
Os apartes dele são sempre muito inconvenientes.
<À parte> pode ser sinônima de “em particular” ou “exceto”.
O patrão chamou-o para uma conversa à parte.
A viagem correu bem, à parte um pequeno problema com malas;
A princípio X Em princípio
Ambas são locuções adverbiais que se parecem na forma e por isso são
frequentemente confundidas, mas têm empregos diferentes. <A princípio> equivale
239
a "no começo", "inicialmente". <Em princípio> significa "em tese",
"preliminarmente", "de modo geral".
A princípio, o time estava nervoso, mas surgiram os gols.
A princípio, a seleção peruana respeitou o Brasil, mas depois começou a
gostar do jogo.
Em princípio, concordo com o esquema tático da seleção.
Em princípio, o jogo foi equilibrado.
A ver x Haver
<A ver> é uma expressão formada pela preposição “a” e o verbo “ver”, geralmente
associada ao verbo “ter” (ter a ver com). Já o verbo <haver> é sinônimo de “existir”,
“acontecer”, “ter passado”.
Eu não tenho nada a ver com isso.
Haver muito desemprego é algo que nos preocupa.
Decerto x De certo
<DECERTO>: Quando tem o sentido de “certamente” ou "por certo" devemos
empregar o advérbio decerto. (=certamente)
O professor decerto aceitará nossa proposta de emprego.
<DE CERTO>: Preposição “de” e pronome indefinido “certo”. (=de determinado)
Não gosto do ar de certo indivíduo que costuma passar aqui.
<DE CERTO>: Preposição de e substantivo certo. (=de certeza)
O que temos de certo nessa história é que ela não compareceu.
<DE CERTO>: Locução adverbial. (=modo)
De certo modo, tudo ocorreu bem.
240
À medida que X Na medida em que
<À medida que> é uma locução conjuntiva proporcional, expressa ideia de
proporção, pode ser substituída por “à proporção que”. Uma oração que contenha
“à medida que” é subordinada à principal e mantém uma comparação com a
mesma de igualdade, de aumento ou diminuição.
À medida que nós subimos, ficamos mais cansados.
À medida que convivemos com pessoas, tornamo-nos mais maduros.
(Tornamo-nos mais maduros à proporção que convivemos com pessoas.)
<Na medida em que> é uma locução conjuntiva causal, haverá noções de
causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Pode ser
substituída pelas equivalentes “uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e
“tendo em vista que”.
Nós precisamos ler mais na medida em que crescemos, pois temos maior
entendimento ao passar dos anos. (visto que)
A pesquisa dever ser feita antes de dezembro na medida em que vamos estar
de férias nesse período. (porque)
Na medida em que convivemos com pessoas, tornamo-nos mais maduros.
(Tornamo-nos mais maduros porque convivemos com pessoas.)
De trás X detrás
A expressão <de trás> representa uma locução adverbial designativa de lugar e/ou
espaço, faz referência à “de onde”, com verbos expressando sempre movimento.
O objeto foi retirado de trás do armário. (de onde o objeto foi retirado?)
Ela saiu de trás da porta. (de onde ela saiu?)
Já o vocábulo <detrás> se classifica como um advérbio, fazendo referência a “lugar
onde”, representando o sinônimo de “atrás”.
O garoto se escondeu detrás da porta. (onde o garoto se escondeu?)
As crianças devem viajar no banco detrás. (onde as crianças devem viajar?)
241
242
33) Coesão e Coerência ↑ Sumário
• Ambos ou Ambas e Zero são consideradosnumerais cardinais. Ambos (as)
significa "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade.
Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro.
OBS: A forma "ambos os dois" é considerada enfática.
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir
ao interlocutor a compreensão do que é dito, ou lido.
Esses mecanismos linguísticos que estabelecem a conectividade e retomada do
que foi escrito ou dito, são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual
para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como
também entre a sequência de orações dentro do texto.
Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em
conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. Por
exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o público a quem se dirige
deveria ser de conhecimento geral, evita que se lance mão de repetições inúteis.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e
expressões - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações
de sentido entre eles.
Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais
(repetição, substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes,
conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações, períodos, que irão
apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual.
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma
contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso daqueles
elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro
no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do
texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara (1), “o enunciado não se constrói
com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios
gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por
unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é
imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e
coerentes formando o texto.
Além disso, relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre
os elementos que compõem a estrutura textual.
Há diversas formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de
um texto:
1. Substituição de palavras com o emprego de sinônimos, ou de palavras ou
expressões do mesmo campo associativo.
2. Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo
correspondente (desgastar / desgaste / desgastante).
243
3. Repetição na ligação semântica dos termos, empregada como recurso estilístico
de intenção articulatória, e não uma redundância - resultado da pobreza de
vocabulário. Por exemplo, “Grande no pensamento, grande na ação, grande na
glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Rocha Lima)
4. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade
do significado de um deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais
genérico).
5. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com
outros de sentido mais específico. Por exemplo, felino está numa relação de
hiperonímia com gato.
6. Substitutos universais, como os verbos vicários (ex.: Necessito viajar, porém só o
farei no ano vindouro) A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de conectivos,
como certos pronomes, certos advérbios e expressões adverbiais, conjunções,
elipses, entre outros. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado
anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem recolheu-se cedo.
... Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser
repetido e, assim, estabelece a relação entre as duas orações.).
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a propriedade de fazer referência ao
contexto situacional ou ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função
de progressão textual, dada sua característica: são elementos que não significam,
apenas indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa.
Já os componentes concentram em si a significação. Elisa Guimarães (2) nos
ensina a esse respeito:
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do
discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais,
bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento da enunciação,
podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.
Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente,
ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano,
depois de (futuro).”
Esse conceito será de grande valia quando tratarmos do uso dos pronomes
demonstrativos. Somente a coesão, contudo, não é suficiente para que haja sentido
no texto, esse é o papel da coerência, e coerência se relaciona intimamente a
contexto.
Como nosso intuito nesta página é a apresentação de conceitos, sem aprofundá-los
em demasia, bastam-nos essas informações.
Vejamos como o examinador tem abordado o assunto:
(PROVA AFTN/RN 2005)
Assinale a opção em que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna
correspondente provoca defeito de coesão e incoerência nos sentidos do texto.
A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. ___1___ dados recentes
mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em
conta o risco de morte por homicídio.
Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil
habitantes. ___2___, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional
aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6%
244
–, ___3___, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem
mil habitantes. ___4___, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%,
isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5%
entre os anos 1980 e 1990.
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da
violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997.
___5___ a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens
pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a
própria vida o preço da escalada da violência no Brasil.
a) 1 – Tanto é assim que
b) 2 – Lamentavelmente
c) 3 – Ou seja
d) 4 – Simultaneamente
e) 5 – Se bem que
COMENTÁRIO: As lacunas no texto ocultam palavras e expressões que atuam
como conectores – ligam orações estabelecendo relações semânticas entre os
períodos. A banca sugere algumas opções de preenchimento.
Dessas, a única que não atende ao solicitado é a de número 5, uma vez que a
expressão “Se bem que” deveria introduzir uma oração de valor concessivo,
estabelecendo, assim, ideia contrária à que foi apresentada até então pelo texto.
Verifica-se, contudo, que o que se segue ratifica as informações anteriores ao
fornecer dados complementares às estatísticas sobre homicídios. Sendo aceita a
sugestão da banca, a coerência textual seria prejudicada. Por isso, o gabarito é a
opção E.
Coesão Recorrencial
Caracteriza-se pela repetição de algum tipo de elemento anterior que não
funciona, a exemplo do caso da coesão referencial, como uma alusão ao
mesmo referente, mas como uma “recordação” de um mesmo padrão. Ela
pode aparecer de várias formas:
1. A recorrência de termos: Rosa falava,falava, falava...
1. O paralelismo, que consiste na recorrência da mesma estrutura sintática:
Pão no forno, água na garrafa e fruta na geladeira não alimentam.
2. A paráfrase, que se refere à recorrência de conteúdos semânticos,
marcada por expressões introdutórias como ,isto é: Ela não compareceu, ou
seja, sumiu.
3. Recursos fonológicos, ou sons, caso da rima: A bola não ficou triste, a
bola alegre resiste .
Coesão Sequencial
É estabelecida por elementos que fazem o texto progredir, a partir da conexão por
eles operacionalizada. Esses elementos são os conectivos, termos que
estabelecem uma relação semântica a partir do sentido que expressam. Esse tipo
de mecanismo de coesão se refere ao desenvolvimento textual propriamente dito,
245
ora por procedimentos de manutenção temática, com o emprego no mesmo campo
semântico, ora por meio de processos de progressão temática.
A progressão temática pode realizar-se por meio da satisfação de compromissos
textuais anteriores ou por meio de novos acréscimos ao texto.
Sequenciação por conexão
Está interdependência semântica ou programática é expressa por operadores do
tipo lógico, operadores discursivos e pausas.
Os operadores do tipo lógico podem estabelecer relações de :
Disjunção,Condicionalidade,Causalidade,Mediação,complementação,e restrição ou
delimitação.
Já os operadores do discurso, podem ser por exemplo de : Conjunção, Disjunção,
contra junção, conclusão, explicação e comparação.
Pausa para análise de textos
Num texto a exploração de alguns fatores em detrimento de outros evidencia a
constituição peculiar de cada texto, caracterizando consequentemente seu
produtor.
As marcas linguísticas constituem indicadores das intenções do autor, porém
podem não coincidir exatamente com estas mesmas intenções ou porque eles as
mascarou ou por que o texto permite leituras não previstas. Assim, nunca se pode
saber o que o autor quis realmente dizer.
Neste sentido, pode-se dizer que todo leitor é também um produtor. Por razões
didáticas serão levantadas predominantemente marcas de coesão e posteriormente
em outros textos, as de coerência, Por isso, embora predomine a análise de marcas
coesivas, outras também serão coesivas.
Facilitando a localização dos fatos apontados, os textos foram enumerados e esta
numeração está indicada na análise.
Nota-se que a maioria dos textos,se caracteriza pela intensa utilização da elipse e
das pausas.
Este procedimento trouxe, uma série de implicações ao nível da coerência, fazendo
com que o texto possa ser coerente para uns, e não para outros, possibilitando
amplamente várias leituras.
Reformulando a noção de coerência
Como já estudamos nos capítulos anteriores, os fatores de coesão são os que dão
conta da estruturação da sequência superficial do texto, e os de coerência, os que
dão conta do processo do texto, permitindo uma análise mais profunda do mesmo.
Deste modo, um texto não é em si, coerente ou incoerente, ele é o objetivo principal
para um leitor/alocutário numa determinada situação, pois sabemos que texto exige
um pouco de conhecimento e modernismo.
A coerência opera dois níveis de aquisição de conhecimentos: razão e experiência
nela distinguem-se dois tipos de conhecimento: o declarativo e o procedimental .
Conhecimento declarativo: é aquele dado por sentenças e preposições, que
organizam os conhecimentos a respeito de situações, eventos e fatos do mundo
real e entre as quais se estabelecem relações do tipo lógico como de
generalização, especificação, causalidade etc.
Conhecimento procedimental: é aquele dado pelos fatos ou convicções num
determinado formato, para um uso determinado. Tal conhecimento, armazenado na
246
memória episódica através de determinados modelos globais, é culturalmente
construído através da experiência e trazido na memória ativa.
Esses conhecimentos, determinam a produção de sentido e consequentemente a
coerência, e estão armazenados na memória em estruturas cognitivas:
As estruturas Cognitivas
Trata-se de uma constelação de conhecimentos armazenados, na memória
semântica e na memória episódica, em unidades consistentes porém não
monolíticas ou estanques. Embora não exaustiva dos conceitos, dintingui-se como
primários e secundários.
As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação
e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de
estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança
da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo
consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de
assimilação e acomodação.
modelos cognitivos globais
Entre os modelos cognitivos globais, os frames funcionam como um tipo básico
auxiliar na compreensão de textos. São
modelos globais que contêm o conhecimento do senso comum sobre um conceito
central (por exemplo: Natal, viagem aérea, estabelecem quais as coisas que, em
princípio, são componentes de um todo, mas não estabelecem entre eles uma
ordem ou sequência (lógica ou temporal).
A teoria dos frames foi proposta por Minsky, dentro de uma perspectiva cognitiva, e
como o próprio titulo da obra o indica, trata-se de um mecanismo de armazenagem
de conhecimento por computadores, ou seja, como representar o conhecimento na
linguagem artificial de forma que se aproxime da linguagem natural .
Pausa para análise de textos
Os textos apresentados, são analisados seguindo procedimentos, adotados no
capitulo 7. cada texto é destacado a análise de coesão e coerência. No entanto são
apresentados os seguintes textos :
A classe – Luis Fernando Veríssimo
Negociações – Luis Fernando Veríssimo
O evento – Millôr Fernandes
Infância – Carlos Drummond de Andrade
Cidadezinha qualquer – Carlos Drummond de Andrade
Os textos apresentam elementos coesivos bastante escassos, que tem função
mínima na estruturação dos sentidos . Nota-se também repetições de
acontecimentos em relação aos textos, ressaltando monotonia. Essa recorrência e
o paralelismo constituem um meio para deixar fluir os textos, e acentuam a
monotonia.
Coesão e Coerência no texto conversacional
O texto conversacional é uma atividade linguística básica que pertence as práticas
diárias de qualquer cidadão, independente de seu nível sociocultural.
Embora tanto no texto escrito quanto falado o sistema linguístico seja o mesmo
para a construção das frases. [“ As regras de efetivação, bem como os meios
247
empregados são diversos e específicos o que acaba por evidenciar produtos
diferenciados” ] ( Marcushi1986) .
Akinnaso ressalta que tanto a língua falada como a escrita derivam da mesma base
semântica, fazendo uso do mesmo sistema léxico – sintático e variando
principalmente na escolha e distribuição dos modelos sintáticos e do vocabulário
em respostas das restrições pragmáticas da modalidade especifíca ou em outras
palavras : Fala e escrita são variações funcionais do mesmo sistema linguístico.
Coesão e Coerência
Muitas das regras usadas pelos interlocutores, podem ser explicitadas e
formalizadas, identificando elementos de coesão e coerência, porém como dizem
os linguistas que se dedicam ao estudo da questão, analisar coesão e coerência no
texto oral é enfrentar uma questão polêmica por se tratar de um fenômeno de
poucas evidencias empíricas.
248
34) Fonética e Fonologia ↑ Sumário
RESUMO
DIGRAFO = 2 consoantes com 1 fonema
1 dígrafo consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs.
Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, ar-ras-tão, as-sa-do, des-cen-den-te,
Cres-ça, ex-ci-ta-do, ex-su-dar.
2 dígrafo vocálicos ou nasais:
a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!)
Ex.: cam-po, an-ta/em-pre-sa, en-tra-da/im-ba-tí-vel, ca-in-do/om-bro,
On-da/um-bigo,un-tar.
DITONGO = 2 vogais unidos na mesma sílaba
ENCONTRO CONSONANTAL = 2 consoantes com 2 fonemas
Encontro consonantal perfeito:Braço (2 fonema) Psicologia Prato
Encontro consonantal imperfeito: Rit-mo Ad-vogar Cor-tar
HIATO = 2 vogais separadas em duas sílabas.
os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do-a, ca-a-tin-ga,
sa-ú-de, flu-ir;
DIGRAFO (consoante)= DITONGO (vogal)
ENCONTRO CONSONANTAL = HIATO
Ditongo
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal).
Crescente (SV + V, na mesma sílaba):
Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze
(oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio
(nasal)...
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba):
Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral),
249
ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)...
Cuidado!!!
Os ditongos não são separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -
io, -
oa, -ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical
Brasileira) e por muitos gramáticos como possíveis hiatos de palavras
proparoxítonas
acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-tó-ria (paroxítona/
ditongo crescente) ou his-tó-ri-a (proparoxítona/hiato). Em concurso, é
comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colé-
gio, má-goa, á-gua, tênue, tríduo. Olho vivo!
Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou não verbo), -en (nome), -
en(s) (verbo ou não verbo) apresentam ditongo decrescente nasal
66/1611
(também chamado de ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu),
bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi), conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)...
Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém: trenzinho, vintenzinho...
A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausência
de marca de nasalização. A Língua Portuguesa apresenta outras palavras
assim: Elaine, andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar), Roraima (também
existe a pronúncia Roráima), etc.
Interessante é a palavra ioiô, que se separa em io-iô (há dois ditongos
crescentes).
Outras palavras podem apresentar mais de um encontro vocálico,
como Pi-au-í (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado também
com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos decrescentes, e
não hiatos!
1º) Os ditongos orais são representados por i ou u: ai, ei, éi, ui, ou:
caixa quereis coronéis uivar cacau leu Mandou Ilheú
2º) Algumas particularidades.
a) As 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e também a 2ª pessoa
do imperativo que são grafados com ui, terão a seguinte grafia:
Constituis, influi, retribui etc.
b) Ditongos orais geralmente são decrescentes, mas terá a existência de ditongos
crescentes, representadas por ea, ia, ie, oa, ua, eu, uo:
áurea, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, tênue
250
3º) Ditongos nasais podem ser de dois tipos: ditongos representados por vogal com
til e semivogal e ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal
m.
a) Os ditongos nasais com til e semivogais são no total de quatro: ãe, ãi, ão, õe:
cães, mãe, cãibra, mão, quão, Camões, põe, Guimarães
b) Os ditongos representados por uma vogal e a consoante m são dois: am e em.
Exceções:
- Am empregado em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram.
- Em usado em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo flexões
verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela
acentuação ou, simultaneamente, pela posição e pela acentuação:
bem armazém cem devem nem quem sem
virgem Benfica bens enfim homenzinho amém mantém
Tritongo
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal.
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou
(oral), deságuam (nasal), aguei (oral)...
Dígrafo e Dífono
dígrafo
1. substantivo masculino
ling grupo de duas letras us. para representar um único fonema; digrama,
monotongo [No português são dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc ; incluem-
se tb. am, an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais),
gu e qu antes de <e>e de , e tb. ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estrangeiras,
th, ph, nn, dd, ck, oo etc.].
Dígrafo constitui-se de duas letras representando um só fonema. A segunda
letra é diacrítica, isto é, existe apenas para ajudar numa determinada pronúncia.
Por exemplo, se dissermos caro, o R terá um som diferente de RR, em carro. Este
segundo
R, em carro, é uma letra diacrítica.
251
Há dois tipos:
dígrafo consonantais:
gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs.
Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, arrastão, assado, descendente,
cresça, excitado, exsudar.
dígrafo vocálicos ou nasais:
a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!)
Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatível, caindo/ombro,
onda/umbigo, untar.
Chamamos de dífono o som KS representado pela letra X.
Ex.: tóxico (tóksico), complexo (complekso), tórax (tóraks)...
Encontro consonantal
1 - Folha:
Letras: (5 letras)
Fonemas: (4 fonemas)
2 - Táxi:
Letras: (4 letras)
Fonemas: (5 fonemas)
3 - Cheque:
Letras: (6 letras)
Fonemas: ( 4 fonemas)
A letra é a representação gráfica, enquanto o fonema é a representação sonora.
Como demonstrado pelos exemplos, é possível que uma palavra tenha mais letras
do que fonemas, mas o oposto também pode acontecer. Entender isso é
fundamental no momento de diferenciar dígrafo consonantal de encontro
consonantal. Acompanhe:
Dígrafo consonantal: É a presença de duas letras que representam um único som.
Alguns dígrafos são inseparáveis, entretanto, há aqueles que não devem ficar
juntos na divisão silábica. Veja alguns exemplos de dígrafos:
Dígrafos Consonantais
252
Letras Fonemas Exemplos
lh lhe telhado
nh nhe marinheiro
ch xe chave
rr
Re (no interior da
palavra)
carro
ss
se (no interior da
palavra)
passo
qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo
gu gue (seguido de e e i) guerra, guia
sc se crescer
sç se desço
xc se exceção
Carro
Pássaro
Abelha
Guerrear
Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.
Fonemas Letras Exemplos
ã am tampa
an canto
em templo
en lenda
im limpo
in lindo
õ om tombo
on tonto
um chumbo
un corcunda
Encontro Consonantal:
253
Quando duas ou mais consoantes se unem, sem que haja entre elas uma vogal.
O encontro consonantal pode ser classificado como perfeito (quando as
consoantes são inseparáveis) e imperfeito (quando as consoantes devem se
separar). Embora nesse encontro as consoantes estejam unidas, cada uma
delas mantém sua unidade sonora (fonema). Logo, haverá correspondência
entre letra e fonema quando houver encontro consonantal. Veja:
OBS: não confundir com dígrafo! Quando as duas consoantes formam um só
som, ou quando uma das consoantes tem som vocálico, não se caracteriza
um encontro consonantal. Exemplos: planta, passo. (1 fonema)
Encontro consonantal perfeito:
Braço (2 fonema)
Psicologia
Prato
Encontro consonantal imperfeito:
Ritmo
Advogar
Cortar
Se compararmos as palavras “Abelha” e “Ritmo”, comprovaremos que tanto no
encontro consonantal quanto no dígrafo consonantal há a presença de consoantes
unidas. Então, o que os diferencia é que, no dígrafo consonantal, duas
consoantes representam um fonema; já no encontro consonantal, as
consoantes representam fonemas diferentes.
1) O M e o N usados após as vogais, nasalizando-as, não são fonemas nem
consoantes.
Logo, seo “homem da banca” quiser dar uma “pernada” em você,
ele vai dizer que ocorre o encontro de duas consoantes em menta, por
exemplo. Não caia nessa! O M e o N são apenas marcas de nasalização da
60/1611
vogal, como se fossem um til (~). Se vierem, porém, antes da vogal (na-tação)
ou em outra sílaba (Fa-bi-a-na), aí sim são fonemas, são, de fato,
consoantes.
254
2) Sempre que uma palavra tiver dígrafo, o número de letras será maior que o
número de fonemas. Na palavra champanha, há 9 letras e 6 fonemas, pois
há dois dígrafos consonantais (ch, nh) e um vocálico (am).
3) Se as palavras terminam em -AM, -EM, -EN(S), tais terminações não são
dígrafos
vocálicos, mas sim ditongos decrescentes nasais. Falarei mais disso
daqui a pouco.
4) Parece bobeira, mas não confunda, por exemplo, piscina (sc: 1 som), escola
(sc: 2 sons). Outra informação: na antiga ortografia, os dígrafos GU e QU,
que só são dígrafos se seguidos da letra E ou I, recebiam trema em algumas
palavras, o que facilitava a nossa vida em palavras como qüiproquó (os
us são pronunciados, mesmo sem trema: quiproquó). Hoje (com a nova
ortografia),
sem trema, algumas palavras podem dificultar nossa vida. Exemplo:
como se pronuncia liquidificador? Pronunciando o U ou não? As duas
formas são possíveis (qüi/qui), mas se acostume com a ausência do trema,
que tanto facilitava nossa vida na pronúncia das palavras. Depois reclamavam
dele! Vai deixar saudades...
5) A letra H é chamada de letra etimológica, pois se manteve do latim até o
português
atual. Não representa fonema algum.
6) Nunca é demais dizer que depois de M se usa P e B: âmbar, amplexo,
embromar,
empréstimo etc.
1. Classificação dos Fonemas
Os fonemas são de três tipos: vogais, semivogais e consoantes.
Vogais
São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da passagem do ar. São
mais tônicos, ou seja, têm a pronúncia mais forte que as semivogais. São o centro
de toda sílaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais (indicadas
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pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem ser representadas pelas
letras
abaixo. Veja:
A: casa (oral), cama (nasal)
E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro (nasal)
I: amigo (oral), índio (nasal)
O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe (nasal)
U: saúde (oral), untar (nasal)
Y: hobby (oral)
Obs.: Os fonemas vocálicos representados pelas letras E e O são pronunciados,
respectivamente, como I e U quando terminam palavra: pente (penti);
ovo (ovu). No Sul do país, a pronúncia alterna. Outra informação importante:
sempre que o acento agudo ou circunflexo estiver em cima
de E, I, O, U, tais fonemas serão vogais; o A será sempre vogal!
Semivogais
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Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em
uma vogal, na mesma sílaba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que
as
vogais. São representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja:
pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal,
na mesma sílaba.
mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois está apoiada em uma
vogal, na mesma sílaba.
mãe: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e está
apoiada
em uma vogal, na mesma sílaba.
pão: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e está
apoiada
em uma vogal, na mesma sílaba.
cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e está
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= cantãu).
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dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I e está
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= dancẽi).
hífen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está
apoiada
em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi).
glutens: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está
apoiada
em uma vogal, na mesma sílaba (= glutẽis).
windsurf: note que a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e está
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
office boy: note que a letra Y representa uma semivogal, pois tem som de I e está
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
Cuidado!!!
1) Celso Cunha, Sacconi e outros gramáticos, por exemplo, consideram a letra
L uma semivogal em fim de sílaba (sal, mal, sol, alto...) por ter som de U.
No Sul do Brasil, entretanto, mesmo nessa situação, o L tem som de L
mesmo, predominantemente. Nunca vi em concurso algum tal exigência,
mas... nunca se sabe... vai que...
2) Em um encontro vocálico, para saber qual fonema vocálico é vogal ou
semivogal, sugiro substituir as vogais por valores de intensidade; assim:
A=3, E=2, I=1, O=2, U=1. Por exemplo, em vácuo (u=1, o=2, logo U é
semivogal e O é vogal). Saiba que o encontro vocálico -eo (óleo), por não
se encaixar na minha sugestão, é analisado assim: semivogal (e) + vogal
(o). Por fim, num encontro vocálico com I e U, o que vier após outro
será, normalmente, vogal. Uma maneira de perceber isso é colocando um
acento agudo hipotético em cima desses fonemas; Ex.: partíu (i, vogal; u,
semivogal); gratúito (u, vogal; i, semivogal); saguí (u, semivogal; i, vogal).
Esta última palavra é escrita com trema, segundo a antiga ortografia.
4) As palavras “windsurf” e “office boy”, de origem estrangeira, já figuram nos
256
dicionários de língua portuguesa do Brasil, por isso não podemos deixar
de analisar as já consideradas letras do nosso alfabeto K, W e Y sob uma
perspectiva fonológica. Só de curiosidade: Charles Darwin (w com som de
u, semivogal).
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Consoantes
São fonemas produzidos com interferência de um ou mais órgãos da boca
(dentes, língua, lábios). Todas as demais letras do alfabeto representam, na escrita,
os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com
som de V, Wagner), X, Z.
Sílaba
A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas centrados numa vogal. Toda
sílaba é expressa numa só emissão de voz, havendo breves pausas entre cada
sílaba.
Isso fica mais perceptível quando pronunciamos uma palavra bem pausadamente.
Por isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as sílabas é falar bem
pausadamente
a palavra. Exemplo: FO... NO... LO... GI... A. Percebeu?
Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, sem ela, não há sílaba, ok? Há
palavras com apenas uma vogal formando cada sílaba: aí, que se pronuncia a-í
(duas sílabas).
Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em:
• Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão.
• Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga.
• Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra.
• Polissílabas (mais de três vogais, mais de três sílabas): man-guei-ren-se.
Ou quem sabe esta: pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-nió-
ti-co.
Se eu ainda sei contar, são 20 vogais, logo 20 sílabas. Esta é polissílaba desde
criancinha!
Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta intensidade na pronúncia) e átona
(baixa intensidade na pronúncia). Sempre há apenas uma (1) sílaba tônica por
palavra,
ok? Ela se encontra em uma das três sílabas finais da palavra (isto é, se a palavra
apresentar três sílabas).
Bizu: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, aí estará a
sílaba tônica da palavra.
Qual seria, então, a sílaba tônica de
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico?
Moleza, não? Veja: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiÓtico.
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Se não houver acento agudo ou circunflexo para facilitar a nossa vida, coloque
um acento hipotético para identificar a sílaba tônica: cástelo, castélo ou casteló?
Como falamos? É claro que a sílaba tônica é a segunda: cas-te-lo.
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras só podem ser:
• Oxítonas (última sílaba tônica): condor.
257
• Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica.
• Proparoxítonas(antepenúltima sílaba tônica): ínterim.
Cuidado!!!
1) Conheça a posição da sílaba tônica de algumas palavras: SÁbia, saBIa, sabiÁ,
misTER, noBEL, ureTER, ruIM, filanTROpo, puDIco, reCORde, graTUIto,
iBEro, LÊvedo, aRÍete, ZÊnite, QUÉops...
2) Há palavras que têm dupla possibilidade de posição da sílaba tônica: proJÉtil/
projeTIL, RÉPtil/repTIL, XÉrox/XeROX... Note que há mudança na acentuação
gráfica...
3) Só para relaxar: “A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia
assobiar”.
E as sílabas tônicas?
Falaremos sobre Prosódia (assunto que trata, basicamente, da correta posição
da sílaba tônica) com calma mais à frente. Relax!
Ortoepia e Prosódia
Ortoepia ou Ortoépia trata da pronúncia adequada das palavras. Já a Prosódia
trata, basicamente, da correta acentuação tônica das palavras, ou seja, da posição
adequada da sílaba tônica das palavras. Quando alguém comete um desvio de
prosódia, damos a isso o nome de silabada – deslocamento da sílaba tônica.
Este assunto está ligado à fonologia, à ortografia e à acentuação, por isso
revisite-o sempre. Não é incomum ouvirmos as pessoas dizendo menDINgo,
morTANdela, aDEvogado, PREvilégio ou RÉcorde, RÚbrica, inteRIM, gratuÍto etc.,
certo?
Até o mais conceituado apresentador de telejornal brasileiro diz RÉcorde! Preste
atenção!
No entanto, sabemos que mendigo, mortadela, advogado e privilégio são as
adequadas
pronúncias, o que acaba influenciando a ortografia, percebe? Sabemos
também que o adequado é reCORde, ruBRIca, ÍNterim, graTUIto. Beleza?
Nós, falantes cultos da língua, devemos nos preocupar muito em pronunciar
adequadamente as palavras, sem acrescentar ou retirar partes das palavras, ou
ainda
deslocar a posição da sílaba tônica delas. Nossa ascensão social depende disso,
seja
em uma entrevista de emprego seja em uma prova de concurso. Fique ligado nisso!
Leia e releia os desvios mais clássicos:
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ADEQUADO INADEQUADO
Admissão Adimissão
Absoluto Abissoluto
Advogado Adevogado
Aforismo Aforisma
Aleijar Alejar
Aterrissagem Aterrizagem
Adivinhar Advinhar
258
Apropriado Apropiado
Bandeja Bandeija
Bugiganga Buginganga
Beneficente Beneficiente
Bebedouro Bebedor
Bochecha Buchecha
Boteco Buteco
Braguilha Barguilha
Bueiro Boeiro
Cabeleireiro Cabelereiro
Caranguejo Carangueijo
Cutucar Cotucar
71/1611
Creolina Criolina
Descarrilar Descarrilhar
Digladiar Degladiar
Disenteria Desinteria
Empecilho Impecilho
Engajamento Enganjamento
Estourar Estorar
Estupro Estrupo
Esteja Esteje
Etimologia Etmologia
Fratricídio Fatricídio
Freada Freiada
Fragrância Fragância
Frustração Frustação
Intitular Entitular
Lagarto Largato
Lagartixa Largatixa
Manteigueira Mantegueira
Mendigo Mendingo
Meritíssimo Meretíssimo
72/1611
Meteorologia Meterologia
Mortadela Mortandela
Prazerosamente Prazeirosamente
Privilégio Previlégio
Problema Pobrema/Poblema
Proprietário Propietário
Prostrar Prostar
Reivindicar Reinvidicar
Salsicha Salchicha
Seja Seje
Sobrancelha Sombrancelha
Supetão Sopetão
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Superstição Supertição
Tábua Talba
Tóxico Tóxico (ch)
Umbigo Imbigo
Basculante Vasculante
* Para os professores de plantão, não entrarei no mérito da epêntese e de outros
fenômenos
prosódicos, pois isso não cai em prova.
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Prefixos de Origem Grega
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:
anônimo, amoral, ateu, afônico
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:
analogia, análise, anagrama, anacrônico
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:
anfiteatro, anfíbio, anfibologia
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:
antídoto, antipatia, antagonista, antítese
apo- : Afastamento, separação. Exemplos:
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário
cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:
cataplasma, catálogo, catarata
di-: Duplicidade. Exemplos:
dissílabo, ditongo, dilema
dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:
diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
260
dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
endo- : Movimento para dentro. Exemplos:
endovenoso, endocarpo, endosmose
epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos:
epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:
eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia
hemi- : Metade, meio. Exemplos:
hemisfério, hemistíquio, hemiplégico
hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos:
hipertensão, hipérbole, hipertrofia
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:
hipocrisia, hipótese, hipodérmico
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:
metamorfose, metáfora, metacarpo
para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma
peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:
periferia, peripécia, período, periscópio
261
pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:
prólogo, prognóstico, profeta, programa
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos:
prosélito, prosódia
proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos:
proto-história, protótipo, protomártir
poli- : Multiplicidade. Exemplos:
polissílabo, polissíndeto, politeísmo
sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse
tele- : Distância, afastamento. Exemplos:
televisão, telepatia, telégrafo
Prefixos de Origem Latina
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos:
aversão, abuso, abstinência, abstração
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:
adjunto,advogado, advir, aposto
ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos:
antebraço, antessala, anteontem, antever
ambi- : Duplicidade. Exemplos:
ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:
benefício, bendito
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:
262
bisneto, bimestral, bisavô, biscoito
circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:
circunferência, circunscrito, circulação
cis- : Posição aquém. Exemplos:
cisalpino, cisplatino, cisandino
co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos:
colégio, cooperativa, condutor
contra- : Oposição. Exemplos:
contrapeso, contrapor, contradizer
de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:
decapitar, decair, depor
de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:
desventura, discórdia, discussão
e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:
excêntrico, evasão, exportação, expelir
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma,
revestimento. Exemplos:
imergir, enterrar, embeber, injetar, importar
extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos:
extradição, extraordinário, extraviar
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:
ilegal, impossível, improdutivo
inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos:
internacional, interplanetário
263
intra- : Posição interior. Exemplos:
- intramuscular, intravenoso, intraverbal
intro- : Movimento para dentro. Exemplos:
introduzir, introvertido, introspectivo
justa- : Posição ao lado. Exemplos:
justapor, justalinear
ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos:
obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo
per- : Movimento através.Exemplos:
percorrer, perplexo, perfurar, perverter
pos- : Posterioridade. Exemplos:
pospor, posterior, pós-graduado
pre- : Anterioridade . Exemplos:
prefácio, prever, prefixo, preliminar
pro- : Movimento para frente. Exemplos:
progresso, promover, prosseguir, projeção
re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos:
rever, reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento para trás. Exemplos:
retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
soterrar, sobpor, subestimar
super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos:
supercílio, supérfluo
264
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos:
soto-mestre, sota-voga, soto-pôr
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:
transatlântico, tresnoitar, tradição
ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos:
ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta
vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:
vice-presidente, visconde, vice-almirante
Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos
PREFIXOS
GREGOS
PREFIXOS
LATINOS
SIGNIFICADO EXEMPLOS
a, an des, in privação, negação anarquia, desigual,
inativo
anti contra oposição, ação contrária antibiótico,
contraditório
anfi ambi duplicidade, de um e
outro lado, em torno
anfiteatro, ambivalente
apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair
di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão
dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir
e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir,
irromper
endo intra movimento para dentro,
posição interior
endovenoso,
intramuscular
e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora,
mudança de estado
êxodo, excêntrico,
estender
epi, super,
hiper
supra posição superior,
excesso
epílogo, supervisão,
hipérbole, supradito
eu bene excelência, perfeição,
bondade
eufemismo, benéfico
hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculo
hipo sub posição inferior hipodérmico,
submarino
para ad proximidade, adjunção paralelo, adjacência
265
peri circum em torno de periferia, circunferência
cata de movimento para baixo catavento, derrubar
si(n)(m) cum simultaneidade,
companhia
sinfonia, silogeu,
cúmplice
Algumas pronúncias e grafias duplas registradas em dicionários e/ou no
VOLP
acróbata ou acrobata/aborígine ou aborígene/arteriosclerose ou
aterosclerose/abóbada ou
abóboda/assoviar ou assobiar/aterrissar ou aterrizar/boêmia ou boemia/infarto,
infarte, enfarte
ou enfarto/diabetes ou diabete/percentagem ou porcentagem/ambrósia ou
ambrosia/
hieróglifo ou hieroglifo/Oceânia ou Oceania/xerox ou xérox/zângão ou
zangão/autopsia ou
autópsia/biopsia ou biópsia/ortoepia ou ortoépia/projétil ou projetil/réptil ou
reptil/sóror ou
soror/homília ou homilia/Madagáscar ou Madagascar/elétrodo ou eletrodo/dúplex ou
duplex (...)
Quanto ao timbre da vogal, há muito desacordo entre os gramáticos. Tentei
alistar algumas palavras em que há certo consenso, mas, cada vez que eu
pesquisava
mais profundamente, ficava mais desesperado. Há muuuuuita discordância! Você
não tem ideia. Por isso minha lista é breve:
• Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, coldre, dolo, grelha, inodoro, ileso,
leso, molho (feixe, conjunto), obeso, obsoleto, piloro, suor.
• Com timbre fechado: acervo, alcova, algoz, algozes (pode ser com timbre
aberto), bodas, crosta, cerda, escaravelho, omeleta (a pronúncia de omeléte
é polêmica), reses, torpe.
O Que Cai Mais na Prova?
Se eu fosse você, estudaria a posição da sílaba tônica (proparoxítona, paroxítona,
oxítona), os encontros vocálicos (hiato, ditongo, tritongo) e as separações
silábicas.
Questões de Concursos
Veja agora quais bancas gostam de trabalhar questões de Fonologia. De uma
coisa eu tenho certeza: a maioria das questões relacionadas à Fonologia,
atualmente,
não são trabalhadas pelas bancas de maior prestígio no universo dos concursos
civis. Além disso, a maior parte das questões é de nível fundamental/médio.
Adaptei as questões antigas (antes de 2009) à nova ortografia, que agora foi
adiada para 2016. Chega de papo! Vamos trabalhar!
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35) Separação de silabas ↑ Sumário
tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-tí-cio, pers-pi-caz...
Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se.
Entre as diversas regras existentes, destacam-se:
Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.
Regras práticas:
ditongos e tritongos (SV+V+SV) pertencem a uma única sílaba: au-tô-no-mo,
ou-to-no, di-nhei-ro, sal-dar, dês-mai-a-do, U-ru-guai, i-guais, quais-quer, u-
ru-guai-a-na;
Separam-se grupos formados por ditongo decrescente (V+SV)+ vogal (aia,
eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu). Ex.: prai-a, tei-a, jói-a, sa-
bo-rei-e, es-tei-o, ar-roi-o, com-lui-o, tui-ui-ú. Não confunda com tritongo:
tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal
(SV+V+SV);
os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do-a, ca-a-tin-ga,
sa-ú-de, flu-ir;
os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma única sílaba: chu-va, mo-lha,
es-ta-nho, guel-ra, a-que-la, to-cha, fi-lha, ni-nho, que-rer, guei-xa;
as letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, sç, xs, e xc devem ser separadas:
bar-ro, as-sun-to, des-cer, nas-ço, es-xu-dar, ex-ce-to, car-ro, nas-cer, dês-
ço, ex-ces-so;
os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser
separados, excetuando-se aquelas em que a segunda consoante é l ou r: Ex.:
ab-do-me, sub-ma-ri-no, ap-ti-dão, dig-no, con-vic-ção, as-tu-to, ap-to, cír-cu-
lo, ad-mi-tir, ob-tu-rar; a-pli-ca-ção, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, de-ca-tlo.
Exceção: ab-rup-to;
Os grupos consonantais que iniciam palavras não são separáveis: Ex.: gnós-
ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co. Lembre-se! Não há sílaba sem vogal;
Separam-se as vogais idênticas aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc,
cç. Ex.: Sa-a-ra, com-pre-em-do, xi-i-ta, vo-o, pa-ra-cu-u-ba; oc-ci-pi-tal, in-te-
lec-ção;
267
Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das
palavras (prefixos, radicais, sufixos: in, a, dês, intra, pré, supra, semi, etc.).
Ex.: de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do. Uma vez
incorporado à alguma palavra, esses elementos mórficos passam a fazer
parte da nova palavra. Portanto, obedecem às regras gerais;
Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte se iniciar por vogal.
A consoante sempre se ligará à vogal subsequente. Ex.: sub-lin-gual, su-ben-
tem-der, dis-fun-ção, di-sen-te-ri-a, su-per-mer-ca-do, su-pe-ra-mi-go;
Na translineação (partição das palavras em fim de linha), além das normas
estabelecidas para a divisão silábica, seguir-se-ão os seguintes critérios:
Dissílabos como ai, sai, ato, rua, ódio, unha, etc., não devem ser partidos,
para que uma letra não fique isolada no fim ou no início da linha;
Na partição de palavras de mais de duas sílabas, não se isola sílaba de uma
só vogal: agos-to (e não a-gosto), La-goa (e não lago-a), ida-de (e não i-
dade);
1. Na partição de compostos hifenizados, ao translinear, repetir-se-á o hífen
quando a seção da palavra coincidir com o final de um dos elementos do
vocábulo composto. (cf. Novo acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Ex.:
saca-/-rolhas, melão-de-/-são-caetano, Maria-vai-/-com-as-outras.
Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetivada,
formar-se palavra estranha ao contexto. Não quer dizer aqui que essas
separações silábicas sejam erradas; é uma simples questão de elegância de
estilo. Ex.: presi-/-dente, samam-/-baia.
EncontrosVocálicos
Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vocálicos. Há três tipos:
Hiato
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em
sílabas separadas (V – V), porque só pode haver uma vogal por sílaba.
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or...
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Cuidado!!!
1) Em palavras com a sequência V+SV+V, como praia, meio, joio, ocorre um falso
hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque prai-a, por exemplo, apresenta
semivogal (i) separada de vogal (a). Na realidade, o que ocorre é
um fenômeno chamado glide, isto é, cada uma das palavras acima apresenta
dois ditongos, pois a semivogal (i) se prolonga até a sílaba
seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi isso em prova de concurso, mas...
nunca se sabe...
2) As palavras rio, cio, mia, tia, dia não são monossilábicas! São dissilábicas, pois
apresentam hiato!
2. Ditongo
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal).
Crescente (SV + V, na mesma sílaba):
Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze
(oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio
(nasal)...
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba):
Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral),
ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)...
Cuidado!!!
1) Os ditongos não são separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -
oa, -ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical
Brasileira) e por muitos gramáticos como possíveis hiatos de palavras
proparoxítonas
acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-tó-ria (paroxítona/
ditongo crescente) ou his-tó-ri-a (proparoxítona/hiato). Em concurso, é
comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colé-
gio, má-goa, á-gua, tênue, tríduo. Olho vivo!
2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou não verbo), -en (nome), -
en(s) (verbo ou não verbo) apresentam ditongo decrescente nasal
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(também chamado de ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu),
bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi), conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)...
Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém: trenzinho, vintenzinho...
3) A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausência
de marca de nasalização. A Língua Portuguesa apresenta outras palavras
assim: Elaine, andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar), Roraima (também
existe a pronúncia Roráima), etc.
4) Interessante é a palavra ioiô, que se separa em io-iô (há dois ditongos
crescentes).
Outras palavras podem apresentar mais de um encontro vocálico,
como Pi-au-í (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado
também com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos
decrescentes, e não hiatos!
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Tritongo
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal.
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou
(oral), deságuam (nasal), aguei (oral)...
Cuidado!!!
1) O M dos exemplos de tritongo é uma semivogal. Logo, não pense que, em
enxáguem e deságuam, os encontros UEM e UAM formam ditongos crescentes
nasais. São tritongos: SV+V+SV.
2) Há duas palavras perigosas: se-quoi-a e ra-diou-vin-te. Há tritongo nelas, hein!
3) Como eu já disse mais acima (em Hiato), palavras como praia, joio, veia não
têm tritongo!
Encontros Consonantais
É a sequência de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos (inseparáveis,
pois ficam na mesma sílaba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam na
mesma
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sílaba). Geralmente, os encontros consonantais perfeitos apresentam consoante +
l
ou r.
Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go
Vasco (imperfeito) > Vas-co
Obs.: Não confunda encontro consonantal com dígrafo consonantal! Exemplo:
campo (o M nasaliza a vogal anterior; não é consoante, é só uma marca
de nasalização; não forma encontro consonantal com P!).
Separação Silábica
Trata da adequada separação das sílabas de uma palavra. Lembre-se: toda
sílaba tem de apresentar uma vogal.
Separam-se
Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na, cu-ri-o-so, ál-co-ois (ou al-
coóis)...
Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-
so, ex-sicar...
Os encontros consonantais que não iniciam imediatamente as palavras (pç,
bd, cc, cç, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, oc-ci-
pi-tal,
fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-dão,
ins-pi-rar,
cons-pur-car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab-rup-to...
Obs.: Quando a palavra for seguida de um conjunto de consoantes, separar-se-á
a última da penúltima: tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-tí-cio, pers-pi-caz...
Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se.
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A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.),
quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-
sal-pi-no,
tran-sa-tlân-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue, in-te-res-ta-du-al...
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Obs.: É preciso atenção quando uma palavra PARECE ter prefixo. Exemplo:
suboficial
(a palavra oficial existe, logo “sub” é prefixo; assim: su-bo-fi-ci-al),
mas sublime (a palavra lime não existe, logo “sub” pertence ao radical,
não é prefixo; assim: su-bli-me).
Não se separam
Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o (proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to,
pleu-ra,
bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so, plêi-a-de,
Cui-a-bá,
boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou...
Obs.: Muitos dicionários divergem quanto à separação do encontro vocálico -io
no meio da palavra; analisam ora como ditongo, ora como hiato (ambas
as formas estão adequadas, por falta de consenso). Exemplo: fi-sio-
te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a).
Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra...
Encontros consonantais perfeitos no início de palavras, normalmente: gno-mo,
mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go, pro-ble-ma, cni-dá-rio...
A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se
seguida de consoante, não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dân-cia,
subli-
nhar (cai muito em prova!), BI-SA-VÔ cis-pla-ti-no, trans-por-tar, su-per-ho-mem,
ex-car-ce-rar, in-ter-na-
cio-nal...
Cuidado!!!
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A translineação silábica trata da separação das sílabas de uma linha para outra
em um texto formal, como em uma Redação Oficial. Seguem as normas
gramaticais
estabelecidas para a divisão silábica em uma redação:
1) Deve-se evitar que a sílaba constituída de vogal fique isolada no fim ou no início
de linha: úmi-do, e não ú-mido.
2) Deve-se evitar que a translineação provoque a ocorrência de palavras chulas
ou inadequadas: apósto-lo, e não após-tolo; dispu-ta, e não dis-puta.
O Novo Acordo Ortográfico recomenda, por clareza gráfica, quando o hífen de
palavra composta, ou com prefixo, coincidir com o fim de linha, repeti-lo no início
da linha seguinte:
.......................A defesa pleiteou no pedido de habeas corpus a expedição de salvo-
-conduto para que o militar não
fosse............................................................................
1. (NCE/UFRJ – TRE/RJ – Auxiliar Judiciário – 2001) O item abaixo que apresenta
erradamente uma
separação de sílabas é:
a) trans-o-ce-â-ni-co;
b) cor-rup-te-la;
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c) sub-li-nhar;
d) pneu-má-ti-co;
e) e-co-no-mi-a.
2. (FGV – SPTRANS – Especialista em Transportes – 2001) Assinale a alternativa
em que o x representa
fonema igual ao de “exame”.
a) exceto.
b) enxame.
c) óxido.
d) exequível.
3. (Vunesp – Prefeitura de São Paulo – Auxiliar de Zoonoses – 2002) Assinale a
alternativa em que as
sílabas de todas as palavras