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1 
 
1. ↑ Sumário 
01) Verbo Infinitivo ↑ Sumário .............................. 4 
Flexão do infinitivo ...................................................... 4 
02) Voz passiva ↑ Sumário .................................... 7 
02) Pontuação ↑ Sumário ...................................... 8 
**CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA ........ 13 
03) Concordância Verbal ..................................... 34 
04) Pronome relativo ↑ Sumário ......................... 38 
05) Colocação Pronominal ↑ Sumário ............... 44 
06) Orações ↑ Sumário ........................................ 49 
07) Conectores ↑ Sumário ................................... 56 
08) Partícula “SE” ↑ Sumário ............................... 79 
09) Partícula “QUE” ↑ Sumário .......................... 83 
10) Ter / Haver / Existir ↑ Sumário .................... 86 
11) Aspectos de Verbo ↑ Sumário .................... 87 
12) Equivalência De Estrutura Verbal ↑ Sumário
 89 
13) Transitividade Verbal ↑ Sumário ................ 96 
14) Classificação do Sujeito e do predicado ↑ 
Sumário ....................................................................... 100 
Diferenças entre o complemento nominal e o 
adjunto adnominal. ............................................. 102 
CN X ADJ. ADNOMINAL ....................................... 102 
15) Identificação do Sujeito ↑ Sumário .......... 114 
16) Condordância Nominal ↑ Sumário ............ 122 
17) Casos mais comuns CESPE ↑ Sumário .. 127 
18) Outras estruturas ↑ Sumário .................... 134 
19) Uso de Preposição ↑ Sumário ................... 137 
20) Tipologia Textual ↑ Sumário ...................... 139 
21) Acentuação gráfica ↑ Sumário ................. 152 
22) Crase ↑ Sumário ......................................... 161 
23) Regência ↑ Sumário .................................. 166 
24) Redação Oficial ↑ Sumário ......................... 184 
25) Casos Facultativos ↑ Sumário .................. 199 
26) Casos Obrigatórios ↑ Sumário ................. 201 
27) Casos Proibidos ↑ Sumário ....................... 202 
28) Semântica ↑ Sumário ................................ 203 
29) Interpretação de Texto ↑ Sumário ........... 215 
30) Dicas Locução verbal ↑ Sumário ............. 219 
32) Dicas homônimos ↑ Sumário ................... 223 
33) Coesão e Coerência ↑ Sumário ................. 242 
34) Fonética e Fonologia ↑ Sumário .............. 248 
35) Separação de silabas ↑ Sumário ............. 266 
36) Emprego De Classes Gramaticais ↑ 
Sumário ....................................................................... 282 
Artigo ↑ Sumário ................................................ 282 
Numeral ↑ Sumário ............................................. 284 
Pronome ↑ Sumário ............................................ 287 
Substantivo ↑ Sumário ....................................... 300 
Adjetivo ↑ Sumário .............................................. 304 
Verbo ↑ Sumário ................................................. 307 
Advérbio ↑ Sumário ............................................ 310 
Preposição ↑ Sumário ........................................ 316 
Conjunção ↑ Sumário ......................................... 321 
Interjeição ↑ Sumário .......................................... 325 
37) Ortografia ↑ Sumário .................................. 327 
EO  EI (espontâneo – espontaneidade) ....... 327 
IO  EI (sério – seriedade) ................................ 327 
OAR / UAR  E (perdoar – perdoe continuar – 
continue) .................................................................... 327 
AIR / OER /UIR  I ( atrair – atrai doer – doi 
possuir – possui) ...................................................... 327 
EAR (penteio- penteias – penteia- penteamos – 
penteais – penteiam ................................................ 327 
MARIO (mediar – ansiar - remediar – intermediar 
incendiar - odiar) = verbo odiar ............................. 327 
2 
 
35 Uso Dos Porquês ↑ Sumário ..................... 347 
NOVA ORTOGRAFIA .............................................. 350 
DICAS COMO A CESPE COBRA!!! ↑ Sumário
 .................................................................................... 355 
PAG. 8 QUESTÃO 5 ................................................ 355 
*** CUIDADO “prejuízo” a assertiva está errada , 
mas a questão está CERTA. .................................. 355 
assertiva está certa, questão “ERRADO” ............. 355 
“está certa a afirmação” assertiva certa, questão 
“CERTA” .................................................................... 355 
Assertiva errada, questão “ERRADA” ................... 355 
Acentuação gráfica .................................................. 355 
Pronome .................................................................. 355 
Verbo ....................................................................... 355 
Conjunções .............................................................. 356 
Sentido palavras ...................................................... 356 
Coesão e coerência ................................................. 356 
Reescritura de frase ................................................ 356 
Vírgulas .................................................................... 356 
Interpretação Texto (tem que estar correta em 
relação ao textoe não em relação ao consenso da 
sociedade.) .............................................................. 356 
Correspondência oficial .......................................... 357 
 
 
 
3 
 
1- A Fonologia estuda: 
- as sílabas (divisão silábica) 
- os encontros vocálicos 
- os dígrafos 
- ortografia 
- acentuação gráfica 
2- A Morfologia estuda: 
- classes gramaticais 
- estrutura e formação de palavras 
 
3- A Sintaxe estuda: 
- período simples 
- período composto 
- concordância verbal e nominal 
- regência verbal e nominal 
- colocação pronominal 
 
4-A Semântica estuda: 
- sinônimos 
- antônimos 
- parônimos 
- homônimos 
-hiperônimos 
 
4 
 
01) Verbo Infinitivo ↑ Sumário 
FLAVIA RITA CESPE 
Flexão do infinitivo 
Regras Básicas 
 
Condições: 
- Sujeito Próprio ↓ 
 Infinitivo Flexionado 
- Sujeito Explícito↑ 
 
- suj. idêntico e oculto  Infinitivo com ou sem flexão (suj. contextual) 
 
 1ª regra: Emprega-se o infinitivo impessoal quando se deseja designar um fato, ação 
de forma vaga – sem sujeito e sem tempo. Ex.: Correr (SUJ. OR.) fortalece (3ª SING.) os 
músculos das pernas. 
 Jesus mandou amar o próximo. 
 2ª regra.: Emprega-se obrigatoriamente o infinitivo flexionado quando este possuir 
sujeito próprio. 
Ex.: Vovó comprou uns docinhos para seus netinhos (suj.plural) comerem à noite. 
Não saia (vocês) da empresa antes de os diretores (suj.plural) assinarem o contrato. 
(ele/ela) Deixou a sala sem serem (inf. Flex.) analisadas as cláusulas do acordo 
(suj.plural). 
 3ª regra.: Emprega-se facultativamente quando sujeito é idêntico ao sujeito da oração 
que o precede. 
 
 (Emprega-se preferencialmente o infinitivo não flexionado quando o sujeito deste for 
igual ao sujeito da oração anteposta e vier oculto / elíptico - contextual). 
 
 
a- Os chefes fizeram tudo para (os chefes) sair / saírem bem na foto. 
**Preferência para a não flexão 
b- Tu estas doente apesar de (tu não apresentares – flex. obrig.) (tu) não apresentar 
febre. 
(Se o suj. estiver explicito o verbo fica flexionado, oculto e idêntico facultativo 
preferência não flexionado) 
c- Eles deixaram a sala sem (eles resolverem) resolver o problema. 
d- (nós)Terminamos o projeto mais cedo para (suj. idênticodesinencial) enviarmos / 
enviar ao chefe. 
5 
 
 
Clivagem identificação de um mineral. 
Influxo Ato de influir. Influência. 
 
 
 SUJEITO ORACIONAL 
Fumar e Beber (suj. oracional) é terminantemente proibido.(mesmo tendo 2 suj. 
oracional o verbo mantem-se na 3ª pess. Do sing.) 
 
É fundamental que você compareça à reunião 
É importante .... 
Sabe-se(PA) que Rômulo não gosta de Paulo. 
Convém que não se atrase para a entrevista. 
 
Algo convém a alguém. 
 
 Núcleos do sujeito no infinitivo. 
 
O verbo fica no singular. 
– Andar e nadar faz bem à saúde. 
– Ver-te e não te querer é improvável, é impossível. (Skank – adaptado) 
Obs.: Se os infinitivos vierem determinados ou se forem antônimos, o verbo 
ficará no plural: O andar e o nadar fazem bem à saúde. / Rir e chorar se 
alternam no ser humano. 
 
 
1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar 
a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos 
gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 
4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país. 
 
1.(MPU)- analista 2010) A forma verbal “é” (L. 4) está flexionada no singular porque, na oração 
em que ocorre, subentende-se “inovar” (L1) como sujeito. (CERTO) 
Inovar  sujeito (função substantiva) – suj. oracional 
 ↓ infinitivo 
Forma verbal do verbo { INFINITIVO (substantivo)-suj. OD, OI, CN, AG. 
 Passiva, Aposto, Predicativo, Vocativo. 
6 
 
 PARTICÍPIO (adjetivo) –adj adnominal 
 GERUNDIO (advérbio)adj. Adverbial } 
 
 
 Flexão do infinitivo 
Loc. Verbal  apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. 
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, 
dever, ir, continuar,... 
 
As pessoas têm que avaliar o futuro 
 ... avaliarem ... 
 **Em caso de período composto, quando a 2ª oração for introduzida 
pela preposição a, a flexão do inf. Será facultativo. 
Os mais velhos (suj.) incentivam os mais novos (suj.) a deixar 
(deixarem) o lar. 
 (oração com sujeitos diferentes.) 
 
 CASO (DEFAMAVOS) 3ª Sing. 
 
 **Caso (DEFAMAVOS) –deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir 
(DEFAMAVOS) + infinitivo 
Se suj. for pronome a flexão será proibida. 
Se o suj. for nome a flexão será facultativa. 
Deixou os meninos dormir / dormirem. 
(Ele)Deixou-os dormir. 
 
Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem 
**CESPE ** ( ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o 
pronome oblíquo as. 
 
7 
 
02) Voz passiva ↑ Sumário 
01) (1 forma se pode trocar um pelo outro) 
Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical.... 
 A decisão do governo não foi justificada por ninguém. 
...substituir a expressão “foi justificada” por “se justificou”. (V) (equivalência 
passiva sintética e analítica), tempo verbal (se justifica), palavra atrativa, 
Voz passiva sintética e analítica são formas equivalentes do ponto de vista 
semântico e estrutural. 
 Fique atento a colocação pronominal 
Seria expresso o tema do acordo. 
Expressaria-se o tema do acordo. (fut. Do pretérito) (F) 
Expressar-se-ia ... 
 Tempo verbal 
Ninguém foi encontrado no local. 
Não se encontrava ninguém no local. (F) 
Não se encontrou... (mesmo tempo verbal) 
 Concordância (não pode trocar para a voz ativa. 
Ainda não foram discutidos os projetos do governo. 
 ...se discutiu...(F) (concordância ...se discutiram...) 
 Loc. Verbal  apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. 
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, 
continuar,... (a transitividade do verbo auxiliar é a mesma do verbo Principal) 
Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...) 
Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país 
Apoio volta a ser pedido no país. 
 
Sabe-se, que o governo é corrupto. (+ formal) 
Sabemos ... (- formal, traços de subjetividade) 
Sei... (1ª singular, visão pessoal, particular) 
**1ª pessoa do plural e 3ª p. são equivalentes do ponto de vista 
argumentativo.** 
8 
 
Se trata de (VTI) + OI (de um corte epistemológico) 
Distinção importante: 
VTD + SE (PA) 
VTDI + SE (PA) 
 
VI, VL, VTI + SE (IIS) Índice de indeterminação do suj. 
TERMO REGIDO POR PREPOSIÇÃO JAMAIS EXERCERÁ A FUNÇÃO DE NÚCLEO 
DE SUJEITO. 
Ex.: No trecho “assim se faz um livro” L 26, a expressão “um livro” exerce a 
função de sujeito. (CERTO) 
VTD + SE (PA) + suj. (um livro) 
 
02) Pontuação ↑ Sumário 
a) Ordem Indireta (Sujeito (S) + Verbo ou Locução Verbal (V ou LV) + Objeto direto (OD) + Objeto 
indireto (OI) + Adjunto Adverbial (AA - termo que se refere ao verbo e – entre muitos valores semânticos – 
traduz lugar, modo, tempo, causa, condição, concessão, conformidade, finalidade, meio e instrumento;) 
b) Aposto 
c) Vocativo 
d) Termos semelhantes 
e) Coordenadas Sindéticas; ( coordenadas aditivas não apresentam vírgulas) 
f) Coordenadas adjetivas explicativas 
g) Coordenadas substantivas apositivas 
h) Coordenadas adverbiais ordem indireta 
As coordenadas sindéticas aditivas [e, ou e nem] Não devem ser 
usadas com vírgulas, exceto nestes casos: 
a) Quando a conjunção [e] e o [nem] vierem, várias vezes, repetidos, 
constituindo aquilo que, em figura de linguagem, chama-se 
polissíndeto: 
● Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! 
● Ela não era bela, nem elegante, nem culta. 
b) Quando as orações ligadas pela conjunção [e] tiverem os sujeitos 
diferentes: 
● O menino não se mexeu, e Paulo desejou matá-lo. 
● À noite não acabava, e às vezes a miséria se reproduzia. 
9 
 
c) Quando se deseja como recurso estilístico, realçar a oração iniciada 
pela conjunção [e], ocasião em que a pausa é mais forte: 
● Deitara-se cedo, e sonhou. 
● Em todo caso repugnava-lhe a idéia de recuar, e foi andando. 
 
 
Oração coordenada sindética adversativa: transmite uma ideia de oposição à oração anterior. 
É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas adversativas. São 
utilizadas conjunções coordenativas adversativas ou locuções conjuncionais coordenativas 
adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, nada 
obstante, antes, ainda assim, etc. 
Exemplos: 
Usa-se a vírgula para separar orações coordenadas (aditivas) 
iniciadas pela conjunção [e] com valor adversativo, ou seja, igual a 
[mas]: 
● Tivera a felicidade entre as mãos, e (mas) a deixara fugir. 
 Eu queria ir à festa, mas minha mãe não deixou. 
 Gostava de ter sido aeromoça, contudo não tive essa oportunidade. 
Emprega-se [mas] sempre no começo da oração; as demais podem vir 
ora no início da oração, ora após um dos seus termos: 
 • Vá onde quiser, mas fique morando conosco.(mas somente antes da 
2ª oração) 
 ● Vá onde quiser, porém fique morando conosco.(demais conj. Pode 
deslocar na oração) 
 ● Vá onde quiser, fique, porém, morando conosco. 
 
Oração coordenada sindética alternativa: transmite uma ideia de alternância em relação à 
oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas entre orações coordenadas sindéticas 
alternativas. Caso haja apenas uma oração coordenada sindética alternativa o uso da vírgula é 
opcional. São utilizadas conjunções coordenativas alternativas ou locuções conjuncionais 
coordenativas alternativas: ou, ou...ou, já…já, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem…nem, etc. 
Exemplos: 
 Faça o que o juiz manda ou irá preso. (facultativa) 
 Ora você gosta de mim, ora não gosta. (obrigatória) 
10 
 
 Quer festeje hoje, quer festeje amanhã, não irei ao seu aniversário. (obrigatória) 
 
Oração coordenada sindética conclusiva: transmite a conclusão de uma ideia expressana 
oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas 
conclusivas. São utilizadas conjunções coordenativas conclusivas ou locuções conjuncionais 
coordenativas conclusivas: logo, pois, portanto, assim, por isso, por consequência, por 
conseguinte, consequentemente, de modo que, desse modo, então, etc. 
Exemplo: 
 Reprovei na quinta série, portanto não seremos mais da mesma turma. 
 Ela fez um belíssimo trabalho, por isso será contratada novamente. 
 Nós presenciamos o acidente; seremos, pois, chamados para depor. (entre vírgulas após o 
verbo, deslocada da oração) 
Pois (introduzindo uma conclusão) vem sempre posposto a um termo da 
oração a que pertence e, portanto, isolado por vírgulas: 
• Não obedece à ordem, é, pois, um rebelde. 
 
Oração coordenada sindética explicativa: transmite a explicação de uma ideia expressa na 
oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas 
explicativas. São utilizadas conjunções coordenativas explicativas ou locuções conjuncionais 
coordenativas explicativas: que, porque, porquanto, pois, na verdade, isto é, ou seja, a saber, etc. 
Exemplos: 
 Não consegui ir trabalhar hoje, pois estava tudo alagado. 
 Sai cedo da festa, porque precisava dormir. 
Existem dois tipos de porquês: o coordenativo explicativo e o 
subordinativo casual. Antes do explicativo sempre use a vírgula, pois ele 
introduz uma oração explicativa precedida por uma pequena pausa. 
Como reconhecer o [porque] explicativo? Toda vez que você puder 
substituí-lo pela palavra que ele será explicativo: 
● Não faça isso, (que, pois) porque estamos aqui para ouvi-lo. 
● Não corra, porque (que, pois) você pode cair. 
Já o porquê que introduz a oração causal não pode ser substituído pelo que 
e, neste caso, a vírgula é facultativa. 
11 
 
Pois (introduzindo uma explicação) vem, sempre, após a vírgula que 
introduz a oração: O exame era difícil, pois nem sequer havíamos estudado. 
 
Vírgula após pois (explicativo) só se houver outra oração intercalada na 
seqüência da frase: 
● Os meninos jogaram bem, pois, como fora combinado, dariam tudo de 
si. 
 
 Para intercalar termos e expressões num período simples: 
«Tentei tudo, isto é, quase tudo.» 
«Paulo não pode vir, ou melhor, recusou-se a vir.» 
 b) Usa-se vírgula para separar as orações coordenadas: adversativas, conclusivas e 
explicativas.: 
 
 Alguns estudiosos do Direito esforçaram-se muito, mas não 
conseguiram aprovação no último exame da OAB. (Adversativa). 
 
 O exame da OAB tem sido cada vez mais exigente, portanto é necessário um 
estudo continuado para solidificar o conteúdo das disciplinas. (Conclusiva). 
 
 Ultimamente deve ter havido pouca concentração nos estudos, pois os resultados 
têm sido desanimadores. (Explicativa). 
 
“No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial 
que a afirmação da cidadania se completou”: Mas, apenas depois 
da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se. 
 
O conector "mas" é o único que não admite a vírgula após Ele. 
A história constitucional brasileira está repleta de 
referências difusas à segurança pública, mas, até a Constituição 
Federal de 1988 (CF), esse tema não era tratado em capítulo 
4 próprio nem previsto mais detalhadamente no texto 
constitucional 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se 
suprimisse a vírgula antes da conjunção “mas” (R.2). 
JUSTIFICATIVA – Nesse caso, a vírgula é obrigatória, pois 
separa oração coordenada adversativa. 
12 
 
c) Usa-se a vírgula para separar a oração subordinada adverbial de sua principal. 
(Oração subordinada adverbial indica uma circunstância em relação à oração 
principal.) Exemplos: 
 
Circunstância de causa: 
. 
 Não cheguei a tempo para a aula, porque choveu torrencialmente na 
serra. 
“Porque” pode ser substituído por: uma vez que, visto que, pois que. 
 
Circunstância de concessão: 
 
 Embora seja possível, é improvável uma terceira guerra mundial. 
 
 É improvável uma terceira guerra mundial, embora seja possível. 
 
 É improvável, embora seja possível, uma terceira guerra mundial. 
Admite ideia contrária à ideia expressa na oração principal. 
A conjunção “embora” pode ser substituída por: ainda que, mesmo que e outras. 
d) Usa-se a vírgula para separar a oração reduzida do infinitivo, do gerúndio ou do 
particípio. Exemplos: 
 
 Ao perder a chave, mantenha a calma. (ou Mantenha a calma, ao 
perder a chave). 
 Perdida a chave, não se desespere. 
 Perdendo a chave, não se desespere 
* Há neste grupo somente uma exceção: o fato de que as orações subordinadas apositivas 
são regidas pelo uso da vírgula ou pelos dois pontos: 
 
 
Apenas tenho um desejo, que você volte em breve. 
* Já as subordinadas adjetivas explicativas aparecem sempre demarcadas pela vírgula: 
 
 
Machado de Assis, | que é autor de Dom Casmurro|, tornou-se canonizado. 
 Or. subordinada adjetiva explicativa 
As orações condicionais são antecedidas por vírgula. 
13 
 
As orações subordinadas condicionais se realizam de três formas: 
 Realização impossível 
Representa uma hipótese irrealizável: verbo da oração principal e da subordinada representam 
ação completa, isto é, tempo perfectum: 
«Se a prova tivesse sido hoje, eu teria me preparado melhor.» (pretérito imperfeito do 
subjuntivo e futuro do pretérito do indicativo) 
 Realização possível 
Tanto o verbo da oração principal quanto o da subordinada estão em ação incompleta. É 
possível que se dê a ocorrência do fato: 
«Se ela me chamasse, eu iria correndo.» 
«Podem dizer o que quiserem, contanto que não mintam.» (principal -> condicional) 
«Sem que obtenhas o visto no passaporte,não viajarás.» (condicional -> principal) 
 Representa um desejo e esperança 
(situações indefinidas, não claras: frases reticenciosas e exclamativas) 
«- Ah, iria, se eu pudesse!...» 
 
**CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA 
O histórico dos crimes cibernéticos, por sua 
14vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi 
15definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, (sem vírgula antes do que, logo 
restritiva) 16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de 
17sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais. 
 
13 A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (R. de 15 a 17) é de 
natureza restritiva. 
 
Explicação ou restrição 
Retirada 
Troca 
Sentido 
O jornalista1, Roberto Teixeira dos Santos 2, estava no local do crime 3, mas 
4, segundo testemunhas 5, não registrou fatos , cenas ou imagens 6 que 
comprometessem o rapaz. 
14 
 
 (F ) 1 e 2 especificam (restrige) o termo antecedente restringindo-o. (F) 
Nenhuma entrada de índice remissivo foi encontrada.) aposto 
(LEMBRETE: VIRGULA E RESTRIÇÃO NÃO COMBINA) 
 ( V ) 1 e 2 podem ser substituídos por parênteses. (V) 
 (V ) 3 poderia ser substituído por “;” e isto melhoraria a coesão textual. (V) 
(Ponto E Vírgula Pode Separar As Orações Coordenadas) 
 ( F ) 4 e 5 isolam um seguimento de natureza explicativa. (F) 
 (F ) 6 a colocação de uma virgula antes do “que” melhoraria a correção 
gramatical e o sentido. (F) (RESTRITIVA EXPLICATIVA) 
A) O menino, de quinze anos, assinou o texto. Expl.  aposto 
Os pais, responsáveis pelos filhos, educam. Expl.  aposto 
O governo, que investe a em turismo, deve ser valorizado. Expl.  or. adj. 
Expl. aposto 
Explicação = (entre vírgulas)  conj. Unitário ou generalização (um / todos) 
Meu irmão, que é médico, chegou. (só há um irmão e ele é medico) 
Meus irmãos, que são médicos chegaram.(todos os irmãos são médicos 
 
Restrição = (sem vírgulas) parte de um conj. (Um dos / Alguns dos) 
Meu irmão que é médico chegou. (mais de um irmão e um deles é medico) 
Meus irmão que são médicos chegaram. (mais de um irmão e um alguns deles são 
médicos) 
Meu pai, que é médico, chegou. (um pai e ele é médico.)(vírgula obrigatória pois 
temos um só pai) 
** cuidado com determinadas frases que não é possível generalizar pelo fato de ser 
único. ** restrição é um “tipo de”. 
B) Expressões de natureza explicativa podem vir entre vírgulas, parênteses ou 
travessões. 
O Brasil, a China – país em abertura- o Canadá e outras nações assinaram 
o acordo. 
 
Brigam muito, por isso querem o divórcio. 
Brigam muito: querem o divórcio. 
- É usual usar (:) entre orações coordenadas sem conector. 
- Os dois pontos entre orações coordenadas, normalmente, marcam relação 
de Explicação ou conclusão. 
- Não pode ser trocado por conectores (mas) consecutivos. 
15 
 
 
C) O ponto e vírgula só pode ser usado para separar orações coordenadas, Ele 
será mais adequado que a vírgula sempre que já 
- houver vírgula no interior das orações. 
- houver ideia de oposição 
- houver simetria entre as orações. 
- as orações estiverem agrupadas. 
 
Pedro me ama; José, não. (a vírgula é possível, mas, causa perda de 
coerência) { , ,} ;{ , ,} 
D) O sistema eleitoral será de tal,ordem que o poder (...) 
1- Conj. Consecutiva Adverbial depois da Principal  vírgula 
facultativa(pode-se colocar uma vírgula depois de ordem) 
 
O Brasil, se houvesse mais investimento, cresceria. 
2- Se a or. Adverbial estiver antes da principal ou intercalada, a vírgula será 
obrigatória. 
 
E) Confundem, e (...) , o povo(CV) 
1- Não se separa por vírgula: Suj. x predicado, verbo x complemento, nome 
CN / Adj. Adnominal. 
2- Entre os constituintes diretos da oração pode haver termos intercalados 
entre vírgulas (aposto, explicações). 
 
Os sinais de pontuação servem para dar sentido aos textos escritos. 
Alterações na pontuação podem modificar o sentido de um texto. 
 
Os homens 1, as mulheres 3 – com menos frequência – 2 , os adolescentes e as 
crianças são 4, ao mesmo tempo 5 , críticos e receptivos às mudanças 6 , que 7 , de 
modo geral 8 , são vistas como assustadoras quando não estamos preparados. 
1 (V ) As vírgulas usadas em 1 e 2 têm a mesma justificativa. (separa enumeração, 
mesma classe gramatical) 
2 ( V ) os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou 
parênteses....(Vírgulase a explicação não der ambiguidade) 
3 ( F ) tirar a vírgula em 4 (ou entre vírgula ou sem vírgulas “advérbio”) 
4 ( F ) tirar 6 (“ or adj. Explicativa”) 
16 
 
5 ( V ) tirar 7 e 8 (para CESPE o adjunto adverbial deslocado mesmo de grande 
extensão é facultativo) 
6 (V ) colocar vírgula antes de quando (or. Subord.. adverbial no final da frase 
facultativa) 
 
O governo investiu no setor, no entanto a população (,no entanto,) ainda não viu 
resultados. 
1 ( F ) colocar uma vírgula após no entanto.(o conector coordenativo no início da 
segunda oração “somente uma vírgula antes do conector” – se deslocado na oração o 
conector deve vir entre vírgulas “interior de oração” 
2 ( C ) substituir a vírgula por “;” (orações coordenadas pode ser separado por ”ponto 
e vírgula” ou “ponto final”. 
3 ( ) colocar o termo ainda entre vírgulas. (adj adverbial independente da extensão 
pode ser separado por vírgulas) 
NÃO SE USA VÍRGULAS 
 
1 Entre Sujeito E Predicado. 
Quem ama não trai. 
As pessoas que investem no futuro (or. Adj. Restritiva  se separar por vírgulas fica 
incoerente) apresentam postura mais otimista diante da vida. 
3 Entre verbo e complemento. 
O governo discute propostas de médio e longo prazo. 
3 Entre nome e complemento ou adjunto adniminal. 
A atual crise política brasileira 2 divulgada pela imprensa 1 prejudicará a imagem do 
país no exterior. 
1 ( E ) Apenas uma vírgula em 1. (separaria o sujeito do predicado) 
2 ( F )Colocar um par de vírgulas (2 – 1) sem alterar o sentido e a correção. 
(gramaticalmente possível , mas altera o sentido – Restritiva para explicativa) 
3 ( V ) Apenas uma vírgula após “país” para dar mais ênfase a expressão adverbial. 
 
17 
 
 
CASOS DE VÍRGULA NA ORAÇÃO 
1 Isolar aposto. 
2 Isolar vocativo. 
3 Isolar expressões explicativos 
4 separar expressões enfáticas ou retificativas. 
Quanto ao projeto, já o divulgamos. (caráter enfático) 
Já divulgamos o projeto. 
 
5 Separar itens de enumeração. 
6 Isolar complementos pleonástico 
 
7 Separar local de data. 
8 Indicar Zeugma ou Elipse 
9 Indicar deslocamento de adjunto adverbial . (sempre facultativo – desde que 
não altere o sentido da frase) 
10 Indicar deslocamento de conjunção coordenativa. ( porém, portanto, 
contudo, entretanto, por isso, no entanto, assim, então, logo...- deve vir no 
interior de oração) 
O Brasil é um país rico, a população, no entanto, passa fome) 
 
 
VÍRGULA ENTRE ORAÇÕES 
1 Separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas, 
Penso, logo existo. 
 
2 VÍRGULA ANTES DO CONECTOR “E” 
 
 Mesmo Sujeito  Não Se Usa Vírgula 
O governo investe em educação e demonstra seus projetos. 
 Sujeitos distintos 
O governo investe em educação, e o país evolui. 
 Valor adversativo 
O governo prometeu investir em educação, e (mas) não cumpriu.(facultativo) 
 Polissíndeto 
Ela chorava, e pedia, e implorava pela volta do amigo. (mesmo suj., mas caráter 
obrigatório de vírgula) 
 
3 Isolar or. Subord. Apositiva 
 
18 
 
Os brasileiros querem apenas uma coisa: que (conj. Integrante) o governo 
cumpra suas promessas. 
 
Quem tem interesse no setor adquire experiência com a prática. 
As demais orações substantivas não podem ser separadas de sua or. Principal 
por vírgula. 
 
4 isolar or. Subord. adjetiva explicativa 
A menina, que tinha 10 anos, não se feriu. 
 
A expressão introduzida pelo pronome “que” restringe, delimita o termo 
antecedente ( F ) (apenas explica) existe apenas 1 garota de 10 anos. 
 A retirada das vírgulas não implica erro gramatical , mas altera o sentido do 
texto. ( V ) 
 
Os políticos brasileiros, que são corruptos, não merecem apoio do povo. 
O autor adota uma postura generalista ao afirmar no texto, que nenhum político 
brasileiro merece apoio do povo. ( v ) (todos os políticos brasileiros são 
corruptos) 
 
A retirada das vírgulas não implica erro gramatical, mas altera o sentido do texto. 
( V ) 
 
5 Isolar or. Subor. Adverbial anteposta ou intercalada à principal. 
 
Quando o governo resolver o caso, (Subor. Adverbial temporal) a população 
ficará tranquila. (a or. Sub. Adv. poderá ser colocada para o final da frase) 
 
Os cidadão, embora não entendam o processo, estão sempre disposto a 
questioná-lo. (a or. Sub. Adv. Não poderá ser colocada para o final da frase 
porque tem um pronome que retoma de forma anafórico o termo processo – 
deslocando-o para o final perde-se a coesão textual da frase) 
 
O governo resolveria o problema se quisesse. . (a or. Sub. Adv. Não poderá ser 
colocada para o inicio da frase, sem devidas alterações “,”. 
 
6 Isolam-se as orações interferentes por vírgulas. 
 
O pai, dizia ele, não o apoiava. 
 
 
19 
 
PONTO E VÍRGULA. ↑ Sumário 
 
 Não pode ser usado para separar orações subordinadas e em períodos simples. 
Pontuação 
1 - Ponto (.) 
Quando utilizar o ponto simples: 
a) Para indicar o fim de um período simples, de uma frase com sentido completo. 
Nada mais tenho a dizer. 
 
b) Para abreviar: 
Sr. (Senhor) 
a.C. (antes de Cristo) 
num. (numeral) 
adj. (adjetivo) 
etc. (et cetera) 
Significa "e outras coisas". Observe que como já possui o conectivo "e", não é 
necessário escrever "e etc.", nem precisa ser precedido por vírgula,embora seja 
aceito por alguns gramáticos que argumentam que o termo se tounou um item 
enumerativo. 
 
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks e etc. (Errado) 
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo) 
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks, etc. (Aceito) 
 
Quanto ao uso de reticências com etc. (etc...), devemos optar ou pelo uso do etc., ou 
pelo uso das reticências: 
 
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc... (Errado) 
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo) 
Gostamos de tablets, smartphones, notebooks... (Certo) 
 
Lembre-se que "etc." refere-se a "e outras coisas", então não use para pessoas, pois 
obviamente não são coisas. Para pessoas utilize "et al." (abreviatura de et alii, que 
significa "e outros"). 
 
 
20 
 
2 – Ponto de Interrogação (?) 
Quando utilizar a ponto de interrogação: 
a) Para realizar perguntas. 
Você quer perguntar alguma coisa ? 
 
b) Pode-se utilizar desta pontuação para indicar diversos sentimentos (surpresa, 
indignação, expectativa): 
Os alagoanos elegeram Renan Calheiros ? (indignação) 
Lula não sabia do mensalão ? (indignação) 
 
Você está me pedindo em casamento ? (surpresa) 
 
Ganhamos na loto ? (expectativa) 
 
O seu time finamente venceu ? (Ironia) 
 
 
3 – Ponto de Exclamação (!) 
Quando utilizar o ponto de exclamação: 
a) Para expressar sentimentos tais como: empolgação, súplica, reclamação, surpresa, 
horror: 
Vamos sair do Brasil ! (empolgação) 
Por favor, votem direito ! (súplica) 
Mais rápido, amor ! (reclamação) 
Que negócio grande ! (surpresa) 
Que horror ! (horror) 
 
b) Para interjeições e locuções interjetivas: 
"Oh! Meu Deus! É só você e eu". 
"Eu te amo, porra!" 
21 
 
c) Depois de vocativos: 
Você consegue, garoto! 
Se liga, pivete! 
 
OBS1: Para expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, pode-se usar 
interrogação e exclamação juntos. 
Que coisa, não?! 
OBS2: Para intensificar ainda mais a situação ou os sentimentos expressos, pode-se 
repetir várias vezes estes sinais de pontuação. 
-Você topa, mesmo??? 
-Topo sim!!! 
 
 
4 - Reticências (…) 
Quando utilizar as reticências: 
a) Para suprimir trechos: 
Era uma vez (...) e viveram felizes para sempre. 
 
b) Para indicar continuidade de pensamento ou de enumerações: 
Eu gostei do novo técnico, mas dos novos jogadores... 
 
E veio uma sensação de alegria, euforia, felicidade... 
 
 
5 - Parênteses ( ) 
Quando utilizar os parênteses: 
a) Para indicar uma explicação. 
E Deus disse: Moshé Moshé, erés codó! (Eretz Kadóch – terra santa). 
 
22 
 
b) Na indicação de fontes bibliográficas. 
E disse a Moisés: tira os sapatos, pois estás em terra santa (Êxodo 3:5). 
 
c) Para isolar um comentário ou pensamento. 
Votarei nulo (político nenhum me representa). 
 
 
6 - Aspas (“ ”) 
Quando utilizar aspas: 
a) Para destacar transcrições: 
Dessa música todos lembram:“Para nooossa alegria!” (Galhos secos, banda Êxodos). 
 
b) Para destacar uma frase escrita ou dita por alguém. 
É como ele sempre diz: “Só querem saber do venha a nós e nada do ao vosso reino”. 
 
c) Para indicar expressões estrangeiras, neologismos, arcaísmos, gírias, apelidos ou 
para dar ênfase a qualquer expressão: 
Dei um "joinha" e "printei". (arcaísmo e neologismo) 
Também foi preso Luiz Romão, o “Macarrão”. (apelido) 
A plateia respondeu com um sonoro "não". (destacar expressão) 
Já treinamos bastante, agora "let's rock". (expressão extrangeira) 
 
d) Para indicar ironia. 
Apertando várias vezes o botão, o elevador entra em “modo de urgência”. (Esse 
modo não existe realmente. Alguém pode dizer isso para criticar os impacientes que 
apertam o botão várias vezes na esperança de que seja mais rápido. Explicação 
necessária para pessoas com SIEI - "Síndrome da Incapacidade de Entender 
Ironia".) 
 
e) Para relativizar o sentido de uma expressão. 
23 
 
A raça humana que é mais "inteligente", destrói seu próprio meio. 
 
 
7 - Travessão (-) 
Quando utilizar travessão: 
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo: 
– Ôh mainha, leva eu pro circo? (Junim) 
– Não sinhô! Quem quiser lhe ver venha aquin. (Dona Zefa) 
– Armaria mainha, nãm! (Junim) 
 
b) Separar orações intercaladas, como se fossem vírgulas: 
Quanto à água no copo – disse o oportunista – enquanto vocês discutiam, eu a bebi. 
 
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra: 
Gostaria de agradecer a pessoa mais importante para mim – eu. 
 
d) Expressar comentário ou opinião do autor do texto: 
Quem já teve chance – e o privilégio – de presenciar filhotes de animais brincando, 
sabe como são divertidos. 
 
 
8 – Dois pontos (:) 
Quando utilizar os dois pontos: 
a) Para fazer uma citação ou introduzir uma fala: 
Ela foi vaiada porque declarou: “Me impressionou como a tecnologia pode ajudar os 
portadores de deficiência”. 
 
O policial disse: 
- Mãos para cima! 
24 
 
E ele respondeu: 
- Cintura solta, da meia volta, dança kuduro. 
 
b) Para indicar explicação, esclarecimento ou resumo do que foi dito: 
- É o país do carnaval, bunda e futebol: é o Brasil. (resumo) 
- Lá estava a feliz família: alegres, risonhos, vivendo sua rotina. (explicação) 
 
c) Antes de orações apositivas: 
Viverás para Deus com uma condição: que morra para o mundo. 
 
(A oração subordinada apositiva tem a função de aposto, indica uma explicação. No 
exemplo dado, "morrer para o mundo" explica qual é a condição citada.) 
 
d) Quando se quer indicar uma enumeração: 
- O Brasil não progride porque só lhe interessa: carnaval, bunda e futebol. 
 
e) Na introdução de exemplos, notas e observações: 
Obs.: Não use linguagem coloquial em correspondências oficiais. 
 
 
f) Em invocações de correspondências: 
Prezados Senhores: 
 Convido-lhes para o meu aniversário dia 30 de Fevereiro. 
 
 
g) Em citações e referências: 
Parafraseando Jesus: nem sempre sua sede será de água, sua fome será de pão, sua 
nudez será de roupas e sua prisão será de algemas. 
 
É como diz um probérbio Chinês: "um sábio não diz que sabe, um tolo não sabe o que 
diz". 
 
 
25 
 
 
 
 
9 – Ponto e Vírgula (;) 
Quando utilizar o ponto e vírgula: 
a) Para separar itens: 
Os cinco solas da reforma: 
I – Só a escritura sagrada é veículo de revelação; 
II – Só Jesus Cristo salva, mas nenhum outro(a); 
III – Só o Espírito Santo nos leva a Deus, só a sua graça; 
IV – A salvação vem pela fé dada pela graça; 
V – Glória somente a Deus, a nada ou ninguém mais. 
 
b) Este sinal de pontuação pode ser usado para evitar o excesso de vígulas quando 
for preciso separar orações coordenadas que já possuem vírgulas: 
Ela não comentou nada, apenas olhou nos meus olhos, sentou-se ao meu lado; queria 
ficar comigo. 
Quando criança, roubava queimado; moço, roubava armado; agora, adulto, político 
formado. 
Vote em qualquer um; fique, depois, arrependido. 
 
c) Para separar antítese. 
Muitos querem; poucos podem. 
Uns mandam; outros trabalham. 
 
d) Para dar maior pausa a conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, 
entretanto, etc.) 
O time estava completo; porém, perdeu o jogo. 
 
26 
 
 
10 - Vírgula (,) 
Quando utilizar a vírgula: 
 
10.1 - Em estruturas específicas. 
a) Para separar os nomes dos locais de datas: 
Salvador, 11 de julho de 2009. 
 
b) Em correspondências, após a saudação. 
Atenciosamente, 
Com amor, 
 
 
10.2 - A vírgula no interior da oração. 
a) Para separar termos com mesma função sintática: 
Há um partido ladrão, traidor e enganador. (vírgula separando predicativos)A criança brincou, correu, pulou e dormiu. (vírgula separando verbos.) 
 
b) Para separar o vocativo: 
Brasileiro, deixe de se orgulhar dessa sua "experteza". 
 
c) Para separar o aposto: 
O João, brasileiro típico, jogou seu lixo pela janela do carro. 
 
d) Após termos deslocados: 
1. Complemento do verbo deslocado: 
Ela viu uma forte paixão naqueles olhos. 
27 
 
Uma forte paixão, ela viu naqueles olhos. 
 
O complemento do verbo pode ser um objeto direto ou indireto. No exemplo 
acima, o verbo ver pede um complemento direto - quem vê, vê algo. Quando o 
complemento do verbo for deslocado, utilize vírgula. 
OBS: Nunca separe o sujeito do verbo nem o verbo de seu complemento na ordem 
direta: 
Ela, viu uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO) 
 
Ela viu, uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO) 
Ela viu, uma forte paixão, naqueles olhos. (ERRADO) 
 
2. Antecipação de adjunto adverbial: 
Ela viu uma forte paixão naqueles olhos. 
Naqueles olhos, ela viu uma forte paixão. 
Ela viu, naqueles olhos, uma forte paixão. 
 
OBS: É facultativo o uso de vírgulas em adjuntos pequenos (no máximo três 
palavras curtas), pois podem prejudicar a linearidade do texto. Entretanto, 
quando presente, fornece ênfase: 
Infelizmente o juiz marcou pênalti. 
Infelizmente, o juiz marcou pênalti. (com ênfase) 
Lá em cima vimos o pênalti. (facultativa, adjunto curto) 
Sentados na arquibancada, vimos o pênalti. (obrigatória, adjunto longo) 
 
Na ordem direta, em geral, não se usa vírgula para separar o adjunto adverbial. Mas 
esta pode ser usada para fornercer ênfase, como em: 
Limpamos e cozinhamos todo santo dia. 
Limpamos e cozinhamos, todo santo dia. (com ênfase) 
 
28 
 
 
e) Para separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como conectivos. 
(mas, contudo, logo, por exemplo, ou seja, aliás, etc.) 
Nós viajaremos para Madrid, aliás, para Barcelona. 
 
f) Para indicar um elemento elíptico no período: 
Uma disse que era um urso, a outra disse que era um lobo. 
Uma disse que era um urso, a outra, que era um lobo. 
 
g) Quando um complemento pleonástico estiver antecipado. 
O presente, eviei-o por correio. (Objeto Direto Pleonástico) 
 
 
10.3 A vírgula entre orações: 
a) Para separar oração intercalada. 
Nenhuma pesquisa, que saibamos, explorou tal assunto. 
Então publique um artigo, respondi prontamente. 
 
Obs.: Orações intercaladas (ou interferentes), são independentes e acrescentam 
esclarecimento, observação, ressalva, etc. Pode-se usar outro sinal de pontuação 
para realizar este isolamento: o travessão. 
 
b) Para separar o paralelismo de provérbios. 
Ladrão de tostão, ladrão de milhão. 
 
c) Para isolar elementos repetidos: 
Estou morto, morto de cansado. 
Eu vou ficar, ficar com certeza maluco beleza. 
A massa, a massa foi amassada. 
29 
 
 
d) Em oração subordinada adjetiva: 
I. Explicativa – Ficam isoladas por vírgula. 
A cena do Hulk espancando o "deus" Loki, que ocorre no filme, é muito hilária. 
 
II. Restritiva – Proibido anteceder com vírgula. 
O Iron Man é o herói que mais me cativou no filme. 
 
e) Orações subordinadas substantivas são separadas por vírgula nos seguintes casos: 
I) Quando antepostas à principal. 
"É necessário que pensem rápido." (principal: É necessário) 
"Que pensem rápido, é necessário." 
 
II) Subordinada substantiva apositiva pode estar após dois pontos (comum) ou após 
vírgula. 
Há uma lei principal na vida: que devemos ser felizes. 
 
Há uma lei principal na vida, que devemos ser felizes. 
 
f) Subordinadas adverbiais: A pontuação obedece às mesmas regras dos adjuntos 
adverbiais: 
Tomará uma atitude quando mudar. 
Tomará uma atitude, quando mudar. (ênfase, facultativo) 
Quando mudar, tomará uma atitude. (deslocada, obrigatório) 
Tomará, quando mudar, uma atitude. (deslocada, obrigatório) 
 
g) Para separar orações coordenadas: 
I. Assindéticas (não ligadas por conectivos). 
Todos comeram, beberam, dividiram a conta, deu tudo certo. 
30 
 
 
II. Sindéticas (ligadas por conectivos - a conjunção [e] é um caso a parte): 
Penso, logo desisto. 
A oração foi perfeita, pois Deus a conduziu. 
 
OBS0: No início de período , é facultativo usar vírgula após conjunção, exceto no 
caso do [mas]. 
 
 
Jamais vi um ovni. Portanto não acredito. 
Jamais vi um ovni. Portanto, não acredito. 
Jamais vi um ovni. Mas conheço quem viu. 
Jamais vi um ovni. Mas, conheço quem viu. (Errado) 
OBS1: Aditivas – Não são antecedidas por vírgula: conjunções [e, nem, ou, mas] 
com valor aditivo. 
 
Eu e ele vimos. 
Nem eu nem ele vimos. 
Não apenas eu mas também ele vimos. 
Não apenas eu, mas também ele vimos. (Errado) 
 
OBS2: Adversativas – Conjunções adversativas [mas, porém, contudo...] são 
antecedidas por vírgula. Ficam entre vírgulas apenas quando deslocadas ou 
seguidas de expressão intercalada. 
 
Comprarei, mas quero um desconto. 
Comprarei, mas, quero um desconto. (Errado) 
 
Comprarei; quero, porém, um desconto. (adversativa deslocada) 
Comprarei, mas, sem desconto, não pago à vista. 
 
OBS3: Alternativas – Conjunções [ora...ora, ou...ou] ficam separadas por vírgulas. 
 
Estava sempre ora trabalhando, ora estudando. 
Tenho que conseguir, ou serei um fracassado. 
 
OBS4: Conclusivas – Conjunções [logo, então, assim, portanto, pois] são 
antecedidas por vírgulas. São seguidas por vírgula apenas se houver termo 
31 
 
deslocado. Quando o [pois] tem valor conclusivo, sempre deve estar entre vírgulas. 
 
Ele não se importa, logo é um insensível. 
Ele não se importa, logo, sem dúvidas, é um insensível. 
Não se importa, é, pois, um insensível. (pois com valor de portanto) 
OBS5: Explicativas – Conjunções [que, porque, porquanto, pois] são antecedidas 
por vírgula. Quando o [pois] tem valor explicativo, não é seguido por vírgula 
(exceção se houver termo ou oração deslocada). 
 
Tente sempre, porque você é capaz. 
Tente sempre, pois você é capaz. (pois com valor de porque) 
Tente, pois, quando chegar a hora, você conseguirá. 
 
A conjunção [e] geralmente não está acompanhada do uso da vírgula, mas existem 
exceções: 
I. Quando as orações possuem sujeitos diferentes. 
O silêncio engoliu o ego, e a escuridão engoliu o silêncio. 
Conheça (tu) a si e ao inimigo, e ninguém vencerá a ti. 
 
II. Quando houver repetição da conjunção (polissíndeto). 
E canta, e dança, e imita, e tudo faz. 
 
III. Quando possuir valor não aditivo: 
Treinou tanto, e foi reprovado. ( e com valor adversativo) 
Treinou tanto, mas foi reprovado. 
 
IV. Quando houver aposto, termo ou expressão deslocados ou intercalados, o e 
estará acompanhado por vírgula. 
O presidente, líder do Executivo da Banânia, e seus 40 ladrões afundaram o 
país. (aposto) 
O atacante cobrou o pênalti e, implacável, converteu. (adjunto deslocado) 
Tendo decidido, e nada mudaria tal decisão, desistiu. (oração intercalada) 
32 
 
 
V. Quando necessário pausa respiratória. Neste caso, a vírgula tem valor 
entoativo, não sintático. 
A cidade de Salvador é uma das capitais que está localizada na região Nordeste 
do Brasil, e é também a capital cultural do país. 
 
 
Vírgula em Orações Reduzidas 
Em geral, nas orações reduzidas, o uso da vírgula obedecerá às regras acima. Ao 
estender a oração reduzida fica mais fácil saber qual regra aplicar. Nem sempre é 
possível realizar este procedimento, neste caso, basta analisar se a oração configura 
subordinação e qual tipo é (substantiva, adjetiva ou adverbial) e aplicar as regras para 
orações subordinadas descritas acima. 
 
I) Oração reduzida de gerúndio: Quando possuir valor de oração coordenada aditiva, 
deve estar isolada por vírgula. 
Ligueipara o Palácio, tentando contactar o presidente. (valor aditivo) 
Liguei para o Palácio e tentei contactar o presidente. 
 
Jogando granadas, você matará aquelas aranhas. 
Caso jogue granadas, você matará aquelas aranhas. 
(Oração Subordinada Adverbial, regra 10.3f - deslocada) 
 
O monstro, guardando a entrada, foi obterado. 
O monstro, que guardava a entrada, foi obterado. 
(Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I) 
 
II) Oração reduzida de particípio: 
A comida indicada pelo garçom estava ruim. 
A comida que o garçom indicou estava ruim. 
(Oração Sub. Adjetiva Restritiva, regra 10.3d.II - sem vígulas) 
A lista de comidas, descrita no cardápio, é ruim. 
A lista de comidas, que o cardápio descreve, é ruim. 
(Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I) 
Terminadas as provas, todos passaram. 
Quando terminaram as provas, todos passaram. 
(Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f) 
33 
 
 
III) Oração reduzida de infinitivo: 
A vender tudo, ele está disposto. 
(Oração Sub. Substantiva, regra 10.3e.I - deslocada) 
Aquela, a dançar no palco, namorou comigo. 
Aquela, que dança no palco, namorou comigo. 
(Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I) 
 
Fui um dos poucos a apreciar a dança. 
Fui um dos poucos que apreciou a dança. 
(Oração Sub. Adjetiva Restritiva, regra 10.3d.II - sem vírgulas) 
 
Vendi tudo para alimentar os pobres. 
Vendi tudo para que alimentasse os pobres. 
(Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f - vírgula facultativa) 
 
Vendi, para alimentar os pobres, tudo. 
(Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f - deslocada) 
 
 
34 
 
03) Concordância Verbal 
Devemos ter cuidado em escrever os verbos das seguintes formas: 
a. Houve decisões favoráveis às minorais (Haver = existir: o haver fica no singular). 
b. Pode haver decisões favoráveis às minorias (o auxiliar é contaminado pela 
impessoalidade do verbo haver e fica no singular por isso). 
c. Trata-se de novos projetos de lei. (o verbo TRATAR-SE é impessoal e deve, por 
isso, não ser precedido de nenhuma palavra que pareça sujeito e deve ser 
empregado apenas no singular). 
d. Mantiveram-se os artigos polêmicos (=os artigos polêmicos foram mantidos – 
portanto, há plural). 
e. Precisa-se de revisões constantes. (como não é possível reescrever a frase, o 
verbo ficou no singular). 
f. A revisão da lei e do decreto ocorreu em meio à polêmica. (há uma revisão para 
os dois). 
g. A revisão da lei e a do decreto ocorreram em meio à polêmica. (notem que há 
dois artigos, o que indica sujeito composto que leva o verbo para o plural). 
Emprego de pronomes relativos 
só empregue ONDE, como relativo, se este pronome fizer menção a lugar físico. 
Exemplos: 
Foi em Brasília onde o grupo se reuniu. 
Foi na década de 80 onde [em que, quando] o Brasil conheceu seu rock urbano. 
É em Brasília aonde o grupo irá para fazer o protesto. [se há verbo de movimento e 
ideia de lugar físico, empregamos AONDE]. 
Regência Verbal 
 
Exemplos: 
As pessoas visam a um país melhor. 
As pessoas visam ter um país melhor. (seguido de verbo, não há preposição A). 
sição. 
35 
 
Exemplo: 
A reforma implicou descontentamento. 
 
Exemplo: 
Motoristas não obedecem às Leis de Trânsito. 
Emprego da Crase 
 
Exemplo: a partir desta ideia, definiremos os termos. 
tes de masculino. 
Exemplo: tudo será divulgado a prazo. 
“toda”, “uma” etc.). 
Exemplo: a cada ano, diminuem os recursos naturais. 
inos: esta, essa, ela. 
 
Exemplo: dia a dia, face a face etc. 
definido feminino também flexionado no plural. 
Exemplos: 
Não vou a festas./Não vou às festas. 
10 
medida que, às vezes, à vista, à proporção que, à direita, à luz de etc. 
Uso da vírgula e de outras pontuações 
ra separar adjunto adverbial descolado 
(início ou meio da frase). 
Exemplos: 
No Brasil, ainda há muita tolerância em relação à corrupção. 
36 
 
Não sabemos, no Brasil, fazer uso do voto. 
 quando 
estes forem oração subordinadas adverbiais reduzidas. 
Exemplos: 
O MP entrará com uma ação, objetivando corrigir o desvio legal. 
O MP entrará com uma ação. Objetivando corrigir o desvio legal. [erro] 
a conjunção explicativa. 
Exemplo: 
É preciso conciliar a manutenção da justiça social com os direitos humanos, pois um 
implica a construção do outro. [correto]. 
 
Exemplos: 
Na política há um conflito que envolve o interesse dos defensores das minores, a 
questão agrária, e a contrapartida dos evangélicos. [errado] 
Na política há um conflito que envolve o interesse dos defensores das minores, a 
questão agrária e a contrapartida dos evangélicos. [correto] 
 
Exemplo: 
Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como, por exemplo, 
o Ibama. 
 
Exemplos: 
Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como: o Ibama. 
[errado] 
Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como os seguintes: o 
Ibama e a Polícia Federal.[correto] 
s. 
 
Exemplo: Banco do Brasil (BB). 
37 
 
FALHAS TEXTUAIS 
Emprego de pronomes demonstrativos 
os mais empregados numa dissertação. 
a também podem resgatar o que já se passou, mas devem se referir 
pontualmente a substantivos, não a ideias. 
Exemplos: 
a.O Banco do Brasil está financiando imóveis do programa Minha Casa Minha Vida. 
Isso ajudará milhões de família a conseguirem comprar seu primeiro imóvel. 
b. O Banco do Brasil está financiando imóveis do programa Minha Casa Minha Vida. 
Este ajudará milhões de família a conseguirem comprar seu primeiro imóvel. 
Uso de conjunções 
– não é conjunção causal!!!) 
 medida em que = porque e é diferente de à medida que. 
errar o uso de uma conjunção e perder pontos até mesmo na coerência entre as 
ideais. 
Vocabulário 
mpregado somente quando se quer destacar, diferenciar 
algo. Em provas, é melhor empregá-lo apenas quando houver uso do verbo 
DESTACAR. Em outros casos, melhor será o uso de ENTRE. 
 
-SE = como é de uso muito restrito, deve-se investir em outro verbo para 
evitar complicações. 
 
atravessar meio físico. No entanto, ele pode ser empregado livremente, quando já 
se usou “por meio de” na redação. 
 
 
38 
 
egar aspas sobre 
coisa. De preferência, não é recomendável trabalhar com isso. 
-SE, PORTANTO,... = ou se usa a conjunção conclusiva ou o verbo 
concluir. 
 
aísmos e devem ser evitados. 
 
deve ficar em segundo plano. É bom dar preferência ao sentido real, objetivo e claro 
do que se escreve. Portanto, o emprego de vocabulário simples é a melhor resposta 
ao tecnicismo vazio. 
04) Pronome relativo ↑ Sumário 
(coesivo, anafórico, antecedente, relação de sentido, cadeias remissivas, 
concordância. 
QUE  A QUAL, O QUAL (depende do elemento anafórico retomado e sentido 
da frase , observar a concordância do verbo 
 
Em uma situação... (situação é tempo) 
Em janeiro... (janeiro é tempo) 
No casamento (local da festalugar / no período do casamento  tempo) 
 
Em uma sociedade na qual se avaliam homens e mulheres, tudo é 
possível.(Dentro da sociedade, só não é um local geográfico normal ,lugar) o 
que não é lugar tempo, situação 
***CESPE cobra: Sociedade, internet, Constituição...==> como lugar. 
 ( V ) Seria possível (...) substituir a expressão “na qual” por “onde”. 
 Onde é só para lugar, no entanto, o CESPE tem uma visão ampla do que 
seja lugar. 
Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o 
trecho “em que se situam esses princípios fundamentais” (R.18) 
poderia ser substituído por aonde se situam esses princípios 
fundamentais. JUSTIFICATIVA – A substituição de em que 
por aonde prejudica a correção gramatical do texto. 
**A TROCA POR “ONDE” ESTARIA CORRETA.** 
Os verbos que devem ser utilizadosao lado da palavra “onde” ou no contexto em que 
esse termo aparece são os que indicam estado ou permanência. 
39 
 
Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar, 
no sentido de localização, mas quando transmitir a ideia de movimento. Portanto, 
preste atenção aos verbos, pois os que indicam movimento, tais como: ir, chegar, 
dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”. 
 O pronome cujo é usado para indicar posse e não possui sinônimo perfeito. 
 
Os cidadãos a cujos princípios se fez alusão estiveram lá. 
 As quais 
REGRA 1 ( especificam os antecedentes) 
 O Brasil é uma nação que (NAÇÃO) investe em turismo. 
A maioria das pessoas que obtém ((v. sing.) retoma MAIORIA) média em 
provas. 
Jovens escolarizados (suprimindo-se a palavra escolarizados o “QUE” 
retoma jovens e crianças) e crianças que ( quem não teve acesso à 
educação? Crianças ) não tiveram acesso à educação formal têm os mesmos 
direitos. 
 
REGRA 2 (sentido restritivo) 
Os trabalhadores brasileiros, que são mal remunerados, precisam se 
qualificar mais. 
 
OR. Adj. EXPLICATIVA ( entre vírgulas, visão generalista, retirada vírgula 
muda sentido) UM SÓ / TODOS 
(explica  caracteriza) 
OR. RESTRITIVA ( sem vírgulas, refere-se A uma parte de um conjunto maior) 
UM DOS / ALGUNS DOS. 
(especificarestringe, limita) A oração o termo “homem”... 
 
O Canadá, que é um país frio, recebe muitos turistas. ( A retirada das vírgulas 
implicaria em incoerência textual e erro de pontuação , caso obrigatório no 
uso das vírgulas) 
 
O tiro, que acertou o rapaz, saiu da arma de um policial. ((Com vírgulas houve 
somente um tiro) sem as vírgulas houve mais tiros e um deles acertou o 
rapaz) 
Vírgula Facultativo quando não tem mudança de sentido 
*Nas OR. ADJ. A vírgula nunca será facultativa. 
 
 
A decisão, tomada pelo governo, gerou polêmica. (pode ser trocada por “, que 
o governo tomou,”) 
40 
 
 
 
REGRA 3 (concordância verbal) 
 As coisas em que as pessoas acreditam ( quem acredita acredita em) podem 
ser fantasiosas. 
A reunião em que o governo compareceu foi produtiva (que compareceu 
compareceu a  a que ou à qual 
O local onde chegaram parecia deserto. (quem chega chega a  aonde 
 
REGRA 4 (QUE / QUEM com prep.. monossílabo) 
A pessoa da qual falávamos estava no local. 
 Sobre quem (pode ser sobre a qual ou de quem) 
 
Os pronomes “QUE, QUEM só podem ser acompanhados por preposição 
mono silábica  com uma silaba. Em caso com preposição com mais de uma 
sílaba, use “O QUAL e variações” 
 
 
REGRA 5 
A pessoa a quem conheci merece respeito. (a preposição a foi exigida pelo 
pronome quem, qdo seguido de VTD, para melhorar a sonoridade da frase 
ajuste fonético. 
 
A pessoa a quem fiz alusão esteve no local. (“a” exigido do VTI alusão. 
 
REGRA 6 
“QUEM”PESSOAS / ENTES PERSONIFICADOS 
A Justiça(termo personificado), a quem o cidadão comum recorre, está à sua 
disposição. (“a” regido pelo verbo recorrer) 
 
REGRA 7 
“ONDE” LUGAR (LOCAL GEOGRÁFICO) 
 
Sociedade, internet, constituição ... 
 
ONDE EM QUE sempre pode 
EM QUE  ONDE nem sempre pode ser trocado (pode ser tempo ou lugar) 
Em uma sociedade (onde ou em que) todos têm acesso à cultura, tudo 
caminha bem 
 
Na semana (em que ou na qual) (não pode ser usado “onde“ sentido de tempo 
e não de lugar) eles assinaram o acordo, algo ocorreu. 
 
41 
 
REGRA 8 
ONDEEM (local fixo) 
Estar, permanecer, morar, continuar, residir, assistir 
 
AONDEA (movimento 
Chegar, comparecer, retornar, ir, voltar 
 
O local (onde / em que)ela chegou. (aonde, ao qual, a que) 
 
REGRA 9 CUJO E VARIAÇÕES 
 
- Indicam posse 
-Vêm entre dois substantivos 
-Referem-se a um antecedente 
-Não admitem posposição de artigo 
-Não apresentam sinônimo perfeito. (NÃO pode ser trocado por DAS QUAIS, 
DE QUE, DE ONDE) só com devidas alterações) 
A criação do imposto cuja decretação ocorreu ontem levou anos. 
 
CUJA 
 * evita a repetição da expressão “ criação de imposto” (F “imposto”) 
 * pode ser substituído por a qual (F não pode ser substituído por nenhum 
outro pronome relativo) 
 * pode ser substituído por cujo a (F não pode ser posposto por artigo) 
 * indica posse e tem como referente o termo “imposto” (C) 
 * introduz uma informação de natureza explicativa (F não há vírgula ,logo, 
natureza restritiva, indica possessiva) 
 
O rapaz de cujas ( retoma rapaz e concorda com decisões)decisões 
duvidamos foi questionado. 
 
REGRA 10 
 
O QUAL E VARIAÇÕES 
- podem ser usados para coisas, pessoas ou lugares. 
- o artigo faz parte do pronome 
- o pronome concorda sempre com o antecedente que ele substitui 
-admite contração ou combinação da preposição ao artigo 
 
O homem a qual me refiro está lá. ( ao qual concorda com “homem”) 
A pessoa a qual me refiro estava lá. (à qual quem se refere se refere “a”) 
A pessoa da qual gostava estava lá.(quem gosta gosta de) 
 
42 
 
REGRA 11 
COMO só é pronome relativo depois de modo, maneira, forma, jeito... 
A maneira como o ser humano age diz muito de sua natureza. (restritivo) 
 que 
 
REGRA 12 
QUANTOsó é pronome relativo depois de tudo, nada, isso, aquilo 
 
Tudo quanto queremos é possível. (restritivo) 
 que 
 
 
 
AMBIGUIDADE 
 
A situação da moça sobre a qual falávamos é considerada delicada. 
 Rapaz ( a qual , da qual) 
- a frase apresentada, fora de contexto, é ambígua, pois o pronome “a qual” 
pode, em termos gramaticais, se referir a qualquer um dos antecedentes. 
 
 
*pronominal  dupla referenciação 
O professor deseja apenas que o aluno entenda seu texto. 
 
*vocabularpolissemia 
“Respeito as casadas como as solteiras” 
 
*estrutural formulação do período 
“Ele viu o incêndio do prédio.” 
 
Cespe  se há ambiguidade  intenciona (recurso expressivo)correção 
 
USO DE O / LHE 
 
O, A OS,AS (E VARIAÇÕES) 
 m, til  no, na, nos, nas 
 r/s/z corta-se o consoante final  lo, la, los, las 
 
Pronome com Função de sujeito 
Caso: DEFAMAVOS + PRONOME + V. INFINITIVO 
Verbos Causativos: deixar, fazer, mandar. 
43 
 
 Sensitivos: Ver, ouvir, sentir. 
 
 
** O pronome será sempre suj. do infinitivo. 
Verbo (defamavos) + pron. (suj.) + v. infinitivo 
 
(eu) Mandei-o (suj. do verbo ficar) ficar aqui. 
Não o (suj. entrar) vi(VTD) entrar em casa.OD 
 
(Eu) Mandei o rapaz entrar. Mandei os rapazes entrarem. 
 Mandei que o rapaz entre. 
(Eu) ... ele .... 
(Eu) ... lhe .... 
(Eu) ... o .... 
 
 
LHE, LHES  A ELE(S) / A ELA(S) 
 SUBSTITUEM TERMOS COM PREPOSIÇÃO 
 
Sem prejuízo do sentido ou da 
correção gramatical do texto. 
Eis a razão por que (pela qual) a matéria/ 
 (de) que eram compostos os seus mundos imaginados (Os seus mundos imaginários 
eram compostos “de” matéria 
/ era toda de riso. 
 
44 
 
 
 
05) Colocação Pronominal ↑ Sumário 
 
 Ela reconheceu-me.(VTD) 
 Ela obedeceu-me. (VTI) 
 Ela reconheceu a mim. 
 Ela obedeceu a mim. 
 
Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes 
oblíquos tônicos: 
 
 Ela gosta de mim. 
 Ela mentiu perante mim. 
 Ela faz tudo por mim. 
 “No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial 
que a afirmação da cidadania se completou”: Mas, apenas depois 
da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se. 
 
 “que a cidadania solidificou-se”. (que palavra atrativa , mesmo que haja outras 
palavras entre o “que” e o verbo, recomenda-se que se coloque na próclise.) 
 
Locuções verbais formadas por auxiliar mais infinitivo: 
3.6.1 Não havendo atração, o pronome fica depois do auxiliar ou do 
infinitivo. Ex.: quero te provaralgo ou quero provar-te algo – o juiz deve se ater 
ao pedido ou o juiz deve ater-se ao pedido. 
3.6.2 Havendo atração, o pronome fica antes do auxiliar ou 
depois do infinitivo. Ex.: não te quero provar algo ou não quero proManual 
de Redação do Ministério Público do Estado de Goiás 107 
var-te algo – o juiz não se deve ater ao que disse ou o juiz não deve ater-se 
ao que disse. 
3.7 Locuções verbais formadas por auxiliar mais preposição e 
infinitivo: 
3.7.1 Não havendo atração, o pronome fica depois da preposição ou 
do infinitivo. Ex.: deixou de o avisar ou deixou de avisá-lo. 
3.7.2 Havendo atração, o pronome fica antes do auxiliar ou depois 
45 
 
do infinitivo. Ex.: não o deixou de avisar ou não deixou de avisá-lo. 
 
 
3.8 Locuções verbais formadas por auxiliar mais gerúndio: 
3.8.1 Não havendo atração, o pronome fica depois do auxiliar ou do 
gerúndio. Ex.: vinha se queixando ou vinha queixando-se. 2.8.2 Havendo atração, o 
pronome fica apenas antes do auxiliar. Ex.: 
não se vinha queixando. 
3.9 Locuções verbais formadas por auxiliar mais particípio: 
3.9.1 Não havendo atração, o pronome fica antes ou depois do auxiliar. 
Ex.: a médica lhe havia recomendado descanso ou a médica havia lhe 
recomendado descanso. 
3.9.2 Havendo atração, o pronome fica apenas antes do auxiliar. Ex.: 
a médica não lhe havia recomendado descanso. 
Observação: não se admitem construções em que o pronome átono 
se posicione depois do particípio. Ex.: use o chefe lhe havia dito ou o chefe 
havia lhe dito no lugar de o chefe havia dito-lhe. 
 
CESPE  cobrou como loc. Verbal 
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,... 
 
1. (V ) PODE-SE RESOLVER O PROBLEMA DE OUTRA FORMA. 
 Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical, retirar o hífen 
da forma “Pode-se”, mas isso implicaria mudança na posição do pronome. 
Enclise do auxiliar “pode” 
Se tirar hífen torna-se próclise do verbo “resolver”, então, muda de posição e 
é possível eliminar na norma culta. 
 
Casos Com O Verbo “PODER E DEVER” (FCC) 
Pode (V. Aux.)-se (PA) resolver (VTD) conflitos (Suj.). CESPE 
 
Podem (VTD)-se(PA) resolver conflitos(Suj. Oracional). (pouco cobrado como 
suj. oracional) 
 
Deve-se (PA) discutir(VTD) os prazos. (Suj.). CESPE 
 
 
Devem (VTD)-se (PA) discutir os prazos (Suj. Oracional). (pouco cobrado 
como suj. oracional) 
 
 
2. (V) O rapaz (se) lembra-se de outro fato. 
46 
 
Seria possível, (...) colocar o pronome “-se” em outra posição. 
ESQUEMA DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
PRON OBLIQUOS ATONOSme, te, se, nos, vos, 
 Lhe, lhes 
 O, a, os, as, (variações) 
 Próclise 
Não me disse a verdade 
 Mesóclise 
Dar-me-á a verdade 
 Ênclise 
Contou-me a verdade. 
 
CASOS PROIBIDOS DE COLOCAÇÃO 
 
1. Inicio de frase 
(Se) Discutiu-se a proposta do político. 
Se concentravam(-se) nas tarefas domésticas. (típica da oralidade) 
 
2. Depois de particípio ado, ido, do, to, go, so... 
Tinha se expressado (-se) com clareza. 
3. Depois do futuro do indicativo 
 Futuro do Presente 
-rei, rás, rá 
-remos, reis, rão 
 Futuro do Pretérito 
-ria, rias, ria 
-ríamos, ríeis, riam 
 
(se) Contar-se-ia (-se) o caso de outra maneira. 
(se) Encontrar-se-ão (-se) tais produtos em outros países. 
 
Obs.: 
1. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa. 
*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe** 
 
Se o encontrar na cidade, dê-lhe nas tarefas. (a conjunção “Se”(caso) inicial 
indica que o verbo está conjugado no futuro do subjuntivo, logo este verbo não 
está no infinitivo.) 
CAP-QUE (Conjunção “Se” atrai a preposição caso de próclise obrigatório.) 
 
47 
 
Começou a ajudá-la nas tarefas. (o verbo está no infinitivo, mas a construção “a 
a ajudar” não se craseia preposição com pronome obliquo , logo é um caso 
proibido, única construção possível é “ajudá-la”(ajudar a). 
Começou a ajudar-me nas tarefas. (A construção é possível “a me ajudar” 
preposição “a” + pronome obliquo “me”.) 
 
2. Se não houver palavra atrativa a colocação será sempre facultativa. 
O governo (-se) (facultativo) comprometer-se-ia (-se) (proibido)com o caso. 
A moça se mostrou (-se)(facultativo) uma pessoa responsável. 
Os homens se contentam(-se)(facultativo) com pouco. 
A humanidade se esqueceria (-se) (proibido)do fato. (Pode haver mesóclise) 
Nunca nos esqueceremos (-se) (proibido)do fato. (caso de Próclise com palavra 
atrativa) 
 
CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA (ATRAÇÃO SÓ ANTES só se for a 1ª 
vista) 
 
CAP- QUE EM GERUNDIO –Próclise 
 
1. Palavra de sentido negativo não, nunca, nem, jamais, nada, coisa alguma 
”se”, nenhuma 
Coisa alguma se divulga aqui. 
 
2. Conjunções subordinativas(se, como, quando, quanto, enquanto, caso, 
que) 
 
3. Pronomes relativo (que, cujo, o qual,...) 
 
4. Advérbios curtos sem vírgulas ( hoje, já, ainda, ontem, agora,... ) 
 
5. Gerúndio precedido de “em” 
 
Em se tratando de Brasil, tudo é possível. 
 
A moça se convenceu(-se)(facultativo) hoje do fato. (ATRAÇÃO SÓ ANTES só 
se for a 1ª vista) 
 
 
CASOS DE MESÓCLISE 
1. A mesóclise só poderá ser empregado se não tiver caso de próclise. 
2. A mesóclise só pode ser usada com verbos nos Futuros do indicativo. 
3. A mesóclise só será obrigatória no Futuro, iniciar o período. 
48 
 
4. Se não houver caso de próclise nem mesóclise, as duas colocações serão 
aceitas. (facultativo) 
 
O governo se manifestar(-se-)á (futuro do ind.)(facultativo) acerca do ocorrido. 
Faria-se um acordo entre as partes.(Não pode ter próclise, mas é caso de 
mesóclise, logo, ênclise proibido) “Far-se-ia” 
 
 CASOS DE ÊNCLISE  obrigatória qdo Próclise proibido. (ênclise 
proibido com futuro) 
Dê-me outra chance. (Próclise proibido) 
Tratando-se do tema, o problema foi resolvido. (Próclise proibido) 
 Em se tratando....(outra possibilidade) 
 
COLOCAÇÕES EM LOCUÇÕES VERBAIS 
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,... 
 
1 V aux. 2 + 3 V principal 4  forma nominal (gerúndio, particípio, infinitivo) 
 
O governo 1se pode 2-se 3se manifestar 4se sobre o fato. 
 
Ninguém 1se pode 2-se (ênclise proibido, caso de próclise obrigatório com 
palavra negativa) 3se manifestar 4-se sobre o fato. 
 
O governo 1se tinha2-se 3se manifestado 4-se (ênclise proibido, com 
particípio no verbo principal) sobre o fato. 
 
Assim que 1se pôde 2-se 3se vingar 4-se da ofensa sofrida ... 
 
 Verbos precedidos das conjunções coordenativas não só... mas também, 
quer... quer, já... já, ou... ou, ora... ora. Exemplo: Não só me trouxe a 
encomenda, mas também me ofereceu um presente./ Quer se retire, quer se 
acomode.../ Ou se afasta ou se enquadra nas normas./ Ora se irrita, ora se 
mostra alegre. 
 
OBS.: As conjunções coordenativas e, mas, porém, todavia, contudo e portanto não 
atraem o verbo. 
 
 Com as formas verbais proparoxítonas. Exemplo: Nós lhe perdoaríamos a 
desfeita./ Nós o teríamos feito./ Nós nos derramávamos em elogios. 
 
49 
 
CASOS DE ÊNCLISE  obrigatória qdo Próclise proibido. (ênclise proibido com 
futuro) 
 
O governo se manifestar(-se-)á (futuro do ind.)(facultativo) acerca do ocorrido. 
Faria-se um acordo entre as partes.(Não pode ter próclise, mas é caso de 
mesóclise, logo, ênclise proibido) “Far-se-ia” 
 
Dê-me outra chance. (Próclise proibido) 
Tratando-se do tema, o problema foi resolvido. (Próclise proibido) 
 Em se tratando....(outra possibilidade) 
 
 
06) Orações ↑ Sumário 
CESPE – AULA ORAÇÕES REDUZIDAS 
 As orações reduzidas são, por estrutura subordinadas, mas podem aparecer 
coordenadas entre si. 
 Não apresentamconector e o verbo deve, obrigatoriamente, estar em uma forma 
nominal (gerúndio , infinitivo ou particípio). 
 Para desenvolver uma oração reduzida, basta inserir conector e conjugar o 
verbo. 
 
A decisão tomada pelo juiz agradou a todos. 
 Que foi tomada pelo juiz (que o juiz tomou) voz ativa 
A considerar os fatos, teria outro tipo de atitude. 
A + condição  (se) 
Se considerasse os fatos, teria outro... 
 
Ao entrar no local do evento, verificou o que estava acontecendo. 
 
 Ao quando (ver conjugação do verbo) 
Quando entrou no local do evento, verificou ... 
 
O VERBO DA ORAÇÃO PRINCIPAL SERVE COMO REFERÊNCIA PARA CONJUGAÇÃO DA ORAÇÃO 
SUBORDINADA. 
 Correlação fixas de infinitivo 
A + inf.==> condição  se/ caso 
Ao + inf  tempo quando 
50 
 
Por + inf  causa  Porque 
Apesar de + inf  concessão  embora 
Afim de / Para  finalidade  a fim de que / para que 
Ao retornarem á base do país, perceberam quais seriam os problemas. 
( F ) Seria possível (...), substituir a expressão “ao retornarem” por “quando 
retornarem” 
Quando retornaram... (tempo verbal) verifique sempre a concordância e 
conjugação do verbo depende da OP – oração principal - ) 
O vocábulo “caso” usado como uma condicional 
Gramática 
Formas verbais específicas são aplicadas ao vocábulo “caso” usado como uma condicional. 
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A começar pela ilustração que abre o artigo, convido você, caro (a) usuário (a), a observar 
ambas as colocações, uma vez expressas por: 
CASO EU FOR...* 
CASO EU VÁ... 
Analisemos juntos dois aspectos preponderantes na questão que se evidencia: o primeiro deles 
se refere ao vocábulo “caso”, ora retratado por um substantivo, mas que pode ser também 
aplicado com valor de conjunção, cuja noção se revela pelo aspecto condicional. 
Em se tratando desse mesmo aspecto, lembramo-nos naturalmente da conjunção “se”, básica, 
por excelência. Dessa forma, analisemos os enunciados que seguem, cujos discursos se 
manifestam tanto pelo uso da conjunção “se”, como da conjunção “caso”: 
 
Se eu for ao cinema, avisarei com antecedência. 
Caso eu vá ao cinema, avisarei com antecedência. 
 
Ratificando, ambas as conjunções revelam uma noção hipotética, um fato provável, ou seja, 
tanto pode ser que ele se realize, quanto pode ser que não. Dessa forma, nosso intento é fazer 
com que você compreenda e perceba que as formas verbais foram aplicadas de maneiras 
distintas, tendo em vista a conjunção utilizada. 
51 
 
 
Nesse sentido, cabe afirmar que se trata de tempos inerentes ao modo subjuntivo, mas 
diferentes, aplicáveis a casos particulares, respectivamente demarcados pelo futuro do 
subjuntivo (se eu for) e presente do subjuntivo (caso eu vá) 
 
A encontrar (se encontrar ) uma solução para o fato, mudará de atitude. 
(caso encontre)  caso não admite o modo subjuntivo 
Ao reconquistar sua liberdade, mudará de atitude. 
Quando reconquistar 
Por terem pouco juízo, os adolescentes sofrem mais. 
Porque têm pouco... 
Apesar de ser um país rico, o Brasil oferece poucos empregos. 
Embora seja um país rico,... (presente do subjuntivo) 
Para ele estudar, a mãe fez de tudo. 
Para que ele estudasse,... 
 
Possibilidade Semânticas do Gerúndio 
CESPE cobra (causa / condição/tempo) 
 
Estudando muito, ela conseguiu realizar seu sonho. 
Causa Como estudou muito,... 
Já que estudou muito, ... 
Estudando muito, ela conseguiria realizar seu sonho. 
Condição/ possibilidade 
Se estudasse muito,... 
Caso estudasse muito,... 
52 
 
Chegando ao local do evento, resolveu as pendências. 
Tempo  
Quando chegou ao local... 
Ela saiu correndo pela casa. 
 a correr 
NGB (não considera como modo) é uma locução verbal (saiu correndo) 
Modo  (se não tiver outra nomenclatura deve-se classificar como modo) 
CESPE valor do gerúndio --modo 
• Orações Reduzidas de Infinitivo: 
*Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir. O infinitivo também pode vir conjugado, sendo 
chamado “infinitivo pessoal”. 
 
Reduzida: É preciso comer frutas e legumes. 
Desenvolvida: É preciso que se coma frutas e legumes. (Oração Subordinada 
Substantiva Subjetiva) 
 
Reduzida: O vendedor afirmou ser de qualidade a mercadoria. 
Desenvolvida: O vendedor afirmou que era de qualidade mercadoria. (Oração 
Subordinada Substantiva Objetiva Direta) 
 
Reduzida: Não gosto de você sair sozinho. 
Desenvolvida: Não gosto de que você saia sozinho. (Oração Subordinada Substantiva 
Objetiva Indireta) 
 
Reduzida: Meu desejo era ganhar uma viagem. 
Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse uma viagem. (Oração Subordinada 
Substantiva Predicativa) 
Reduzida: Tenho esperança de não haver fome no futuro. 
Desenvolvida: Tenho esperança de que não haja fome no futuro. (Oração 
Subordinada Substantiva Completiva Nominal) 
Reduzida: Decidiram o seguinte: comemorarem juntos o Ano Novo. 
Desenvolvida: Decidiram o seguinte: que comemorarão juntos o Ano Novo. (Oração 
Subordinada Substantiva Apositiva) 
 
Reduzida: Ela foi a única a apreciar o show. 
Desenvolvida: Ela foi a única que apreciou o show. (Oração Subordinada Adjetiva 
Restritiva) 
 
53 
 
Reduzida: Fiz as mudanças necessárias ao voltar das férias. 
Desenvolvida: Fiz as mudanças necessárias quando voltei das férias. (Oração 
Subordinada Substantiva Adverbial Temporal) 
Reduzida: Se estudar será recompensado. 
Desenvolvida: Caso estude será recompensado. (Oração Subordinada Substantiva 
Adverbial Condicional). 
Reduzida: Por ficar doente, não fui trabalhar. 
Desenvolvida: Porque fiquei doente, não fui trabalhar. (Oração Subordinada 
Substantiva Adverbial Causal). 
• Orações Reduzidas de Particípio: 
 
*Particípio: terminações –ado, -ido. 
 
Reduzida: Temos apenas um filho, criado com muito amor. 
Desenvolvida: Temos apenas um filho, que criamos com muito amor. (Oração 
Subordinada Adjetiva Explicativa) 
 
Reduzida: A criança sequestrada foi resgatada. 
Desenvolvida: A criança que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada 
Adjetiva Restritiva) 
 
Reduzida: Ferido, não foi escalado para a partida. 
Desenvolvida: Porque se feriu, não foi escalado para a partida. (Oração Subordinada 
Adverbial Causal) 
 
Reduzida: Cumpridas as exigências, serão dispensados. 
Desenvolvida: Se cumprirem as exigências, serão dispensados. (Oração Subordinada 
Adverbial Condicional) 
 
Reduzida: Rimos muito depois de passado tudo. 
Desenvolvida: Rimos muito depois que tudo passou. (Oração Subordinada Adverbial 
Temporal) 
Orações Reduzidas de Gerúndio: 
 
Gerúndio: terminação –ndo. 
 
Reduzida: Emocionei-me com a criança cantando. 
Desenvolvida: Emocionei-me com a criança que cantava. (Oração Subordinada 
Adjetiva Restritiva) 
 
Reduzida: O garoto, desafiando as autoridades, não cumpriu com as determinações 
do juiz. 
54 
 
Desenvolvida: O garoto, que desafiou as autoridades, não cumpriu com as 
determinações do juiz. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa) 
 
Reduzida: Não enviando o relátorio a tempo, perdeu a bolsa de estudos. 
Desenvolvida: Porque não enviou o relatório a tempo, perdeu a bolsa de estudos. 
(Oração Subordinada Adverbial Causal) 
Reduzida: Mesmo fazendo de tudo, não consegui convencê-la a voltar. 
Desenvolvida: Mesmo que eu tenha feito de tudo, não consegui convencê-la a voltar. 
(Oração Subordinada Adverbial Concessiva) 
 
Reduzida: Respeitando as normas, não terão problemas. 
Desenvolvida: Desde que respeitem as normas, não terão problemas. (Oração 
Subordinada Adverbial Condicional) 
 
O fiscal verificou se (conj. Integrante) todos os dados estavam corretos.. 
Tente examinar todos quantos (pron relativo)OS QUAIS) comparecerem ao 
consultório. 
 
 OR. SUB. ADJ. RESTRITIVA 
 
Toda oração subordinada adjetiva (explicativa ourestritiva) exerce apenas uma função 
sintática: adjunto adnominal. 
 
EM QUE ONDE ( GEOGRÁFICO) 
a sociedade (no lugar) (em que)onde nos encontramos merece outras 
referências. 
ONDE quando podemos colocar ou tirar 
(TODO LOCAL EM QUE PODE SE ESTAR) 
SOCIEDADE, CONSTITUIÇÃO, INTERNET 
 
A QUE À QUAL 
 
“QUE” RETOMA TERMO ANAFÓRICO (retoma de acordo com o sentido) 
 
Homens e mulheres, que (quem sempre foram vítimas de preconceitoAS 
MULHERES) sempre foram vítimas de preconceito no mercado de trabalho. 
 
 
CUJO O. S. A. EXPLICATIVA 
 
55 
 
A moça, cuja mãe é deputada, encantou a todos 
 
Nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz, o substantivo 
repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então, usar o pronome relativo cujo, que 
será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, a 
namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo definido 
(o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando assim: 
 
cujo + o = cujo; 
 
cujo + a = cuja; 
 
cujo + os = cujos; 
 
cujo + as = cujas. 
 
Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações: 
 
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece. 
56 
 
07) Conectores ↑ Sumário 
DICAS PARA DECORAR 
Tanto, tudo (coordenadas) 
 Adversativa: entretanto, contudo. 
 Conclusivas: portanto 
 Explicativas: porquanto (imperativo + 2ª oração) 
 
Quanto (Subordinadas) 
 Causais: porquanto. (Causa e consequência) 
 Concessiva: conquanto. 
 COMPARATIVAS: tanto quanto 
 Temporal: enquanto. 
 
Pois (Coordenadas) 
 Conclusiva (deslocado, ENTRE VÍRGULAS) 
 Explicativa 1º(causa) imperativo 2º explicação (consequência) 
(QUE, PORQUE, POIS, PORQUANTO) 
 Causal (subordinada) 1º na causa 
 
Porque (Coordenada explicativa) 
 Verbo no imperativo 
 Conectivo 2ª oração, 2º ato da oração 
 
Porque (Subordinada causal) 
 Conectivo 1º ato causa e consequência na 2ª oração 
CAUSA: PORQUE? JA, POIS! UMA VEZ VISTO DADO SENDO NA MEDIDA QUE. 
 
CONCESSIVA: EMBORA CON (quanto) POSTO, NEM MAL (grado) MESMO AINDA BEM, APESAR DE SE 
BEM EM QUE (PESE) 
57 
 
CONDICIONAL: SE CASO CONTANTO UMA VEZ ME SALVO AO MENOS DESDE QUE EXCETO A NÃO 
SER QUE 
CONSECUTIVA: Tesão QUE, SORTE (toda) DE FORMA, MANEIRA, E MODO QUE 
COMPARATIVA : Tesão QUAL COMO TANTO QUANTO 
PROPORÇÃO: À MEDIDA QUE 
Brigam muito: querem o divórcio. 
Brigam muito, por isso querem o divórcio, 
1. É usual “ : ” entre orações coordenadas sem conector. 
2. Os dois pontos entre as orações coordenadas, 
normalmente marcam relação de explicação ou conclusão. 
CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES 
ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM 
 
ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM, 
CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO 
ENTANTO 
 
ALTERNATIVAS (demais vírgula 
obrigatória) 
3 OU (vírgula facultativa), 
ORA...ORA, OU...OU, NEM...NEM, 
QUER...QUER, SEJA...SEJA 
 
CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, entre vírgulas), 
LOGO, PORTANTO, POR 
CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM 
 
EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS, 
PORQUANTO (geralmente o verbo 
da primeira está no imperativo) 
 
 
 
O subjuntivo na oração subordinada pode também denotar causa, concessão, 
finalidade, referência temporal, condição e consequência. 
VERBOS NO MODO SUBJUNTIVO 
VERBOS NO MODO INDICATIVO 
 
58 
 
SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES 
1. INTEGRANTES QUE / SE (=ISSO) 
ADVERBIAIS 
CAUSAIS  já que PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS, 
JÁ QUE, UMA VEZ QUE, desde que, 
PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO 
QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, 
QUE 
CONDICIONAIS  se, caso SE, CASO, SEM QUE (=SE NÃO), 
UMA VEZ QUE, desde que, 
CONTANTO, SALVO SE, DADO 
QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE, 
A NÃO SER QUE 
CONCESSIVAS  ainda que EMBORA, MESMO QUE, AINDA 
QUE, CONQUANTO, POSTO QUE, 
BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS 
QUE, POR MENOS QUE, APESAR 
DE QUE, NEM QUE, QUE 
(=EMBORA) 
 
COMPARATIVAS tanto quanto COMO, QUE (DO QUE) - DEPOIS DE 
MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR, 
MELHOR E PIOR-, QUANTO 
(DEPOIS DE TANTO), QUAL 
(DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO, 
BEM COMO, COMO SE, QUE NEM 
 
CONSECUTIVAS  tanto que 
 (vírgula facultativa qdo depois da 
oração principal) 
QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL, 
TAMANHO, TANTO), DE FORMA 
QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO 
QUE, DE SORTE QUE 
 
CONFORMATIVAS conforme CONFORME, COMO (= CONFORME), 
SEGUNDO, CONSOANTE 
FINAIS  para que PARA QUE, A FIM DE QUE, 
PORQUE (= PARA QUE) 
59 
 
TEMPORAIS  desde que QUANDO, ANTES QUE, 
DEPOIS QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE, 
SEMPRE QUE, ASSIM QUE, 
DESDE QUE, TODAS AS VEZES 
QUE, CADA VEZ QUE, APENAS, 
MAL, QUE (= DESDE QUE), 
ENQUANTO 
 
PROPORCIONAIS  à medida que À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, 
 À PROPORÇÃO QUE 
 
Quando  tempo Se condição , mas muda o sentido 
Quando encontrar recursos para o projeto, volte a apresentá-la 
( V ) Seria possível, do ponto de vista gramatical, substituir o conector 
“Quando” pelo conector “SE” sem comprometimento do sentido do texto e 
da coerência textual (diferente De manter o sentido do período da frase).(o 
conector pode ser trocado gramaticalmente, mas teremos uma mudança 
de sentido .) 
1. Observar se o CESPE pede gramaticalmente ou sentido do texto), é 
possível que haja mudança de sentido no período que não afete de 
modo significativa o texto (sentido do texto). 
2. Há conectores que são sinônimos do ponto de vista semântico, mas não 
se ajustam gramaticalmente (necessário adaptação). 
( F )Se houver outro projeto do mesmo tipo, caberá ao governo analisá-la. 
“Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e da 
coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos, mas é necessário fazer 
ajustes no verbo para “haja”. “Caso”, não aceita fut. Do subjuntivo) 
Quando , Se  Fut. Do subjuntivo 
Caso  Pres. Do Subjuntivo 
3. Observar o CESPE : cobra a concordância verbal, tempo verbal. 
( V )Se houvesse outro projeto do mesmo tipo, caberia ao governo analisá-
la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e 
da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos neste caso como o verbo 
60 
 
está conjugado no pretérito Imp. do subjuntivo, não há necessidade de 
correção para que a frase se torne verdadeira. “Caso” pode ser empregado 
no pret. Do subj. , única restrição para o Fut. Do Subj.. ) 
 
Apesar de ser... (sinônimos, mas não se ajustam gramaticalmente) 
Embora (concessivas) fos 
se responsável pelo fato, nada lhe foi cobrado. 
“contanto que” (condição) por “ainda que” por “Mesmo que” 
( F )Seria possível, (...) substituir o conector “embora” pelos 3 conectores 
acima? 
( V ) A conjugação do verbo (no subjuntivo) se deve ao conector 
(subordinativo)“embora”. 
Quando chegar ... 
4. O modo subjuntivo (hipótese, incerteza) é utilizado em função de uma 
conjunção subordinativa ou de outro mecanismo coesivo. 
 
O governo investe em educação, falta, no entanto (conector deslocado na 
2ª oração), reconhecimento disso por parte do povo. 
Mas (não pode ser colocado deslocado)/ Contudo / Entretanto / Todavia 
5. Mas / ou /”e”  não podem ser trocados qdo os conectores estiver 
deslocado na oração. Estes 3 só é admitido no início da oração 
coordenadas. 
6. “Pois” deslocado, muda de sentido. Explicativo conclusivo (entre 
virgulas) 
( F ) Seria possível, (...) substituir o conector “no entanto” pelos 4 
conectores acima? 
 
** Sem estudar, passou. (Concessiva  Embora não tenha estudado, 
passou) 
**Sem estudar, não passa. (Condição  Se você não estudar, não passa.) 
61 
 
A persistir os sintomas, o médico deve ser procurado.(condição) Se 
persistir... 
Ao persistir os sintomas... (Tempo) Quando os sintomas persistirem... 
 
7* Os brasileiros estão acostumados à toda sorte de desrespeito. Não 
questionam o governo nem compreendem seus direitos como cidadãos. 
 
 
( F ) Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical.... 
colocar antes da 2ª oração que compõe o trecho o conector “no entanto” 
fazendo as adaptações necessária de maiúscula e minúscula e na 
pontuação. (No entanto (concessivo),...) no entanto  dá ideia de oposição 
a 1ª ideia 
Acostumado  por isso não questiona (conclusão) 
 
*** Se as orações estiverem desvinculadas com “.”, no máximo poderemos 
colocar uma conjunção coordenativas entre elas, subordinativas nunca, 
além do verbo necessitar ser colocado no modo subjuntivo. 
*** Não se esqueçam de verificar a relação semântica a partir dos verbos 
existentes nas relações. 
Oposição, conclusão ou explicação (os 3 mais comuns) 
Polissemia – Valor dos Conectivos 
 
O valor significativo dos conectivos é definido quando se consegue compreender o 
caráter e o papel desempenhados por eles na estrutura oracional. As orações 
conectadas traduzirão por si mesmas, com a presença do conector sintático, o valor 
semântico, isto é, o significado do período por elas composto. 
 
Valor semântico da conjunção “e”. 
Valor aditivo: 
 Ele é aplicado e muito inteligente. 
 
Valor adversativo: 
62 
 
Ela me deve um dinheirão, e não paga. 
Estudou muito e foi reprovado. 
 “Tudo é mistério e tudo está cheio de significado.” (PESSOA, 1986) 
 
Valor conclusivo: 
Estudou muito e passou. 
 
Valor final: 
O garoto ia buscar o livro e entregá-lo à diretora. 
 
 
Valor semântico da conjunção “mas”. 
Valor aditivo: 
Não só é aplicado, mas inteligente. 
É um aluno estudioso, mas principalmente dedicado. 
 
Valor de compensação: 
Perdeu o ano, mas conheceu vários países. 
 
Valor de não compensação: 
Estudou muito, mas foi reprovada. 
 
Valor de restrição: 
Terás o dinheiro, mas apenas parte dele. 
 
Valor de atenuação: 
Estava triste, mas disfarçava. 
 
Valor de retificação: 
Super-heróis são famosos, mas os verdadeiros heróis poucos conhecem. 
 
 
Valor semântico da conjunção “como”. 
Valor aditivo: 
Não apenas é aplicado, como inteligente. 
 
Valor comparativo: 
Simples e rápido como um passe de mágica. 
 
Valor conformativo: 
Faço o trabalho como o regulamento prescreve. 
 
Valor causal: 
Como estava chovendo, não fui ao trabalho. 
 
63 
 
 
Valor semântico da conjunção “se”. 
Valor condicional: 
Se você estudar, conseguirá seu intento. (equivale a "caso"); 
 
Valor causal: 
Se você sabia que era proibido entrar lá, por que não me avisou. (equivale a "já 
que"); 
 
Valor concessivo: 
Se não ofendeu a todos, ainda assim insultou os mais velhos. (equivale a “apesar 
de”) 
 
Valor temporal 
Se fala, irrita a todos. (equivale a “quando”) 
 
Conjunção integrante: 
Não sei se ficarei lá muito tempo. (se funciona como objeto direto do verbo 
"saber".) 
 
 
 
Valor da conjunção “que”. 
 
a) QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA 
1. Conjunção coordenativa aditiva – O <que> como conjunção coordenativa 
aditiva aparecerá sempre entre duas formas verbais de idêntico valor, 
correspondendo ao conectivo e. 
 
a) Reclama que reclama, mas não toma nenhuma atitude séria. 
b) A mim que não a ti cabe intervir na empresa. 
 
2. Conjunção coordenativa explicativa – O <que> como conjunção coordenativa 
explicativa pode ser substituído por pois ou porque (também conjunções 
coordenativas explicativas). 
 
a) Levante-se, que o sol já vai alto. 
b) Apressemos o passo, que a noite já vai chegar. 
c) Ande na ponta dos pés, que os músculos serão reforçados. 
 
3. Conjunção coordenativa adversativa – O <que> como conjunção coordenativa 
adversativa corresponde a mas, porém. 
 
a) Outros livros, que não estes aqui, poderiam ajudá-los na prova de vestibular. 
64 
 
b) Preciso de dinheiro, que não essa quantia exagerada. 
c) Você pode chorar bem alto, que ninguém virá socorrê-lo. 
 
b) QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 
1. Conjunção subordinativa integrante – O <que> como conjunção subordinativa 
integrante estará sempre iniciando uma oração subordinada substantiva, a qual 
vai exercer, em relação à oração anterior, uma das funções do substantivo 
(sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal 
e aposto). 
 
a) Foi preciso que a polícia interviesse. 
<que a polícia interviesse> é sujeito de <Foi preciso>. 
que = Sujeito. 
 
b) O importante é que façamos tudo com muita cautela. 
<que façamos tudo com muita cautela> é predicativo do sujeito <O importante>. 
que = Predicativo do sujeito. 
 
c) Quero que você me perdoe. 
<que você me perdoe> é objeto direto de <Quero>. 
que = Objeto direto. 
 
d) É conveniente esquecer-se de que ela já foi sua esposa. 
<de que ela já foi sua esposa> é objeto indireto de <esquecer-se> 
que = Objeto indireto. 
 
e) Sempre haverá necessidade de que o povo fiscalize as ações dos políticos. 
<de que o povo fiscaliza as ações dos políticos> é complemento nominal de 
<necessidade>. 
que = Complemento nominal. 
 
f) Só desejamos uma coisa: que a nova geração seja melhor que a anterior. 
<que a nova geração seja melhor que a anterior> é amposto de <coisa>. 
que = Aposto. 
 
 
2. Conjunção subordinativa consecutiva - O <que> tem este valor, normalmente, 
quando aparece nas expressões tão… que, tanto… que, tamanho… que e tal… 
que. 
 
a) Tanto perseguiu o sonho que conseguiu realizá-lo. 
Oração subordinada adverbial consecutiva: “que conseguiu realizá-lo”. 
 
b) Ficou tão cansada de caminhar que prostrou-se no outro dia. 
65 
 
Oração subordinada adverbial consecutiva: “que prostrou-se no outro dia”. 
 
3. Conjunção subordinativa comparativa - O <que> tem este valor, normalmente, 
nas expressões <mais que, menos que>. Fora dessas expressões, corresponde a 
<do que ou como>. 
 
a) Em situação normal, ela corre mais que o irmão. 
Oração subordinada adverbial comparativa: “mais que o irmão (corre)”. 
 
b) Pegada em flagrante, ela ficou corada que nem pimentão maduro. 
Oração subordinada adverbial comparativa: “que nem pimentão maduro (fica)”. 
 
4. Conjunção subordinativa concessiva - O <que> tem este valor 
quando corresponde a <embora> ou a <ainda que, por mais que>. 
 
a) Boa que seja a moça, ela não é nenhuma santa. 
Oração subordinada adverbial concessiva: “Boa que seja a moça”. 
 
b) Algumas mudanças que fossem, ainda assim seria muita conquista para os 
operários. 
Oração subordinada adverbial concessiva: “Algumas mudanças que fossem”. 
 
5. Conjunção subordinativa temporal – O <que> tem este valor 
quando corresponde a <depois que, logo que, antes que, assim que, depois que, 
sempre que>. 
 
a) Convocados que fomos, dirigimo-nos à sala do diretor. 
Oração subordinada adverbial temporal: “Convocados que fomos”. 
 
b) Sempre que lhe conto uma história, ela adormece. 
Oração subordinada adverbial temporal: “Sempre que lhe conto uma história”. 
 
6. Conjunção subordinativa final – O <que> tem este valor quando corresponde a 
<para que, a fim de que>. 
 
a) Ganharam o matagal para que ninguém os perturbasse. 
Oração subordinada adverbial final: “para que ninguém os perturbasse”. 
 
b) Enxergando-a sobre a árvore, fez sinal que descesse. 
Oração subordinada adverbial final: “fez sinal que descesse”. 
 
7. Conjunção subordinativa causal – O <que> tem este valor quando corresponde 
a <porque, visto que, já que>. 
 
66 
 
a) Desconfiado que era, mandou instalar câmeras até nos banheiros da 
residência. 
Oração subordinada adverbialcausal: “Desconfiado que era”. 
 
b) Já que todos exigiam, candidatou-se a prefeito. 
Oração subordinada adverbial causal: “Já que todos exigiam”. 
 
8. Conjunção subordinativa modal – O <que> tem este valor quando corresponde 
a <sem que>. 
 
a) Farás tudo com normalidade sem que desconfiem de ti. 
Oração subordinada adverbial modal: “sem que desconfiem de ti”. 
 
b) Sem que percebas, ela irá subtraindo as tuas energias. 
Oração subordinada adverbial modal: “sem que percebas”. 
 
 
 
Valor semântico de A 
A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. (condição) 
O filho puxou ao pai. (conformidade, semelhança) 
Nas férias passadas, viajamos a Roma. (destino) 
A prova deve ser feita a caneta. (instrumento) 
 
 
 
Valor semântico de COM 
Com as enchentes, eles perderam tudo. (causa) 
Amanhã sairei com amigos. (companhia) 
Na final, o Bahia jogará com o Vitória. (oposição) 
A idosa bateu no ladrão com a bengala. (instrumento) 
A moça estava atrasada, caminhava com pressa. (modo) 
Com certeza, iremos ao teatro no feriado. (afirmação) 
No sistema capitalista, as pessoas somente sobrevivem com recursos. 
(condição) 
 
 
Valor semântico de DE 
Saí de casa. (origem) 
Falaram de você. (assunto) 
Veio de táxi. (meio) 
A menina chorou de raiva. (causa) 
Os siris andam de lado. (modo) 
Voltemos de noite. (tempo) 
67 
 
Comprei um relógio de ouro. (matéria) 
Aquele livro é de Marcelo. (posse) 
Ontem, bebemos dois copos de vinho. (conteúdo) 
Escondeu-se embaixo de uma mesa. (lugar) 
 
 
Valor semântico de EM 
Hoje à noite, estarei em casa. (lugar) 
Formou-se em Direito. (especialidade) 
O relógio é feito em ouro. (matéria) 
Tenho que apresentar o tema em quinze minutos. (tempo) 
 
 
Valor semântico de PARA 
O bombeiro veio para socorrê-lo. (finalidade) 
Viajou para a Itália. (destino) 
Para João, o Flamengo é o melhor time. (conformidade) 
É proibida a venda de bebidas para menores. (restrição) 
Chegarei lá para as oito da noite. (tempo) 
 
 
Valor semântico de preposição POR 
Soube por telefone. (meio) 
Sofreu muito por amor. (causa) 
“Eu sei que vou te amar por toda a minha vida” (tempo) 
Viajamos por diversas cidades. (lugar) 
Fiz isso por te querer muito. (finalidade) 
Comprei o livro por cem reais. (preço) 
O Brasil foi colonizado por portugueses. (agente da passiva) 
Cuidado para não levar gato por lebre. (troca). 
 
Questões cobradas CESPE 2014 
*** Analisar a relação que a oração exerce sobre a outra.*** 
COORDENADAS 
6 Seriam mantidos o sentido do texto e a correção gramatical CERTO 
caso o termo “contudo” (R.9) fosse substituído por todavia. (CONECTOR 
ADVERSATIVA) 
 
 
SUBORDINADAS 
68 
 
3 No trecho “à medida que as fabricantes, a partir dos anos 90 ERRADO 
do século passado, tornavam-se principalmente montadoras de 
itens importados” (R.19-21), a expressão “à medida que” 
introduz uma oração que exprime ideia de conformidade.(PROPORÇÃO) 
 
à medida que (PROPORÇÃO) = A PROPORÇÃO QUE 
na medida em que (CAUSA) = PORQUE 
9 Sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do CERTO 
texto, poderia ser inserida a expressão do modo ou a expressão 
da maneira imediatamente após a forma verbal “resistem” 
(R.23). 
CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES 
ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM 
 
ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM, 
CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO 
ENTANTO 
 
ALTERNATIVAS 3 OU, ORA...ORA, OU...OU, 
NEM...NEM, QUER...QUER, 
SEJA...SEJA 
 
CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, ENTRE 
VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO, 
POR CONSEGUINTE, POR ISSO, 
ASSIM 
 
EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS, 
PORQUANTO (GERALMENTE O 
VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO 
IMPERATIVO) 
 
 
 
 
 
Quando  tempo Se condição , mas muda o sentido 
Quando encontrar recursos para o projeto, volte a apresentá-la 
( V ) Seria possível, do ponto de vista gramatical, substituir o 
conector “Quando” pelo conector “SE” sem comprometimento do 
69 
 
sentido do texto e da coerência textual (diferente De manter o sentido 
do período da frase).(o conector pode ser trocado gramaticalmente, 
mas teremos uma mudança de sentido .) 
1. Observar se o CESPE pede gramaticalmente ou sentido do texto), 
é possível que haja mudança de sentido no período que não afete 
de modo significativa o texto (sentido do texto). 
2. Há conectores que são sinônimos do ponto de vista semântico, 
mas não se ajustam gramaticalmente (necessário adaptação). 
( F )Se houver outro projeto do mesmo tipo, caberá ao governo 
analisá-la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do 
sentido do texto e da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos, 
mas é necessário fazer ajustes no verbo para “haja”. “Caso”, não 
aceita fut. Do subjuntivo) 
Quando , Se  Fut. Do subjuntivo 
Caso  Pres. Do Subjuntivo 
3. Observar o CESPE : cobra a concordância verbal, tempo verbal. 
( V )Se houvesse outro projeto do mesmo tipo, caberia ao governo 
analisá-la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do 
sentido do texto e da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos 
neste caso como o verbo está conjugado no pretérito Imp. do 
subjuntivo, não há necessidade de correção para que a frase se 
torne verdadeira. “Caso” pode ser empregado no pret. Do subj. , 
única restrição para o Fut. Do Subj.. ) 
 
Apesar de ser... (sinônimos, mas não se ajustam gramaticalmente) 
Embora (concessivas) fosse responsável pelo fato, nada lhe foi 
cobrado. 
“contanto que” (condição) por “ainda que” por “Mesmo que” 
( F )Seria possível, (...) substituir o conector “embora” pelos 3 
conectores acima? 
( V ) A conjugação do verbo (no subjuntivo) se deve ao conector 
(subordinativo)“embora”. 
Quando chegar ... 
4. O modo subjuntivo (hipótese, incerteza) é utilizado em função de 
uma conjunção subordinativa ou de outro mecanismo coesivo. 
 
70 
 
O governo investe em educação, falta, no entanto (conector 
deslocado na 2ª oração), reconhecimento disso por parte do povo. 
Mas (não pode ser colocado deslocado)/ Contudo / Entretanto / 
Todavia 
5. Mas / ou /”e”  não podem ser trocados qdo os conectores estiver 
deslocado na oração. Estes 3 só é admitido no início da oração 
coordenadas. 
6. “Pois” deslocado, muda de sentido. Explicativo conclusivo (entre 
virgulas) 
( F ) Seria possível, (...) substituir o conector “no entanto” pelos 4 
conectores acima? 
 
** Sem estudar, passou. (Concessiva  Embora não tenha 
estudado, passou) 
**Sem estudar, não passa. (Condição  Se você não estudar, não 
passa.) 
A persistir os sintomas, o médico deve ser procurado. (condição) Se 
persistir... 
Ao persistir os sintomas... (Tempo) Quando os sintomas 
persistirem... 
 
7* Os brasileiros estão acostumados à toda sorte de desrespeito. 
Não questionam o governo nem compreendem seus direitos como 
cidadãos. 
 
 
( F ) Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção 
gramatical.... colocar antes da 2ª oração que compõe o trecho o 
conector “no entanto” fazendo as adaptações necessária de 
maiúscula e minúscula e na pontuação. (No entanto (concessivo),...) 
no entanto  dá ideia de oposição a 1ª ideia 
Acostumado  por isso não questiona (conclusão) 
 
*** Se as orações estiverem desvinculadas com “.”, no máximo 
poderemos colocar uma conjunção coordenativas entre elas, 
subordinativas nunca, além do verbo necessitar ser colocado no 
modo subjuntivo. 
71 
 
*** Não se esqueçam de verificar a relação semântica a partir dos 
verbos existentes nas relações. 
Oposição, conclusão ou explicação (os 3 mais comuns) 
 
 Se (condicional) houver outra opção para o setor, seremos avisados. 
1. (F ) Seria possível, (...), substituir o conector “se” por “caso”(“caso” não pode 
ser com verbo no futuro subjuntivo, mas sim no pretérito – Caso haja outra...-)***CESPE SEMPRE SENTIDO E CORREÇÃO GRAMATICAL*** 
Embora tivesse grandes planos agia com humildade. 
Embora (pretérito) Apesar de (ter só fut. subjuntivo) 
2. (V ) Do ponto de vista gramatical, seria possível substituir o conector “se” por 
“quando” sem prejuízo para a coerência textual (mantém o mesmo sentido, . 
 
Todo país vota. (qquer país) 
Todo o país vota. (um determinado país) * sentido diferente* 
 
Todo o nordeste brasileiro é seco. * não podemos suprimir o artigo ”o”, pois 
se retirarmos ficará incoerente, pois o Brasil tem apenas um nordeste.* 
 
3. (F ) A frase “Se(conj. Integrante) havia gente no local do local do acidente, 
ninguém soube responder “estabelece o mesmo tipo de relação semântica do 
período em análise.” 
 
 
DICAS GERAIS 
 Há conectores sinônimos do ponto de vista semântico que não se ajustam 
gramaticalmente. 
Embora o governo não tenha investido no setor a população questionam as 
medidas. 
Embora  
ainda que (C) 
Apesar de o governo ter investido(...) (tem que ajustar o verbo) 
Porquanto (F) (causa) variação semântico. 
 
 Manutenção do sentido significa manter exatamente o mesmo sentido. 
Manutenção da coerência textual permite alterações de sentido, desde que o 
texto continue com sentido lógico. 
Porquanto (causa) o governo investisse em educação, o setor apresentou 
melhoras. 
72 
 
 
Porquanto  
Como (V) (em início de frase o sentido do “como” é de causa.) 
Mesmo que (concessivo) ( F ) haveria alteração de sentido (perde sentido conj. 
Concessivo)manutenção da coerência 
 
Correto seria .: Mesmo que o governo investisse em educação, o setor não 
apresentará melhoras. 
 
 
 Como (causa) não ocorreu o evento esperado , o espaço ficou livre para outros 
projetos 
Como (conformidade) foi orientado no início das atividades, todos devem assinar 
a ata. 
 
 
CONECTORES DE COORDENAÇÃO. 
 
 UNEM ORAÇÕES SINTATICAMENTE INDEPENDENTES 
 
 
O GOVERNO INVESTIU MUITO NO SETOR, ENTRETANTO (COORDENAÇÃO) NÃO TEVE (v. modo 
indicativo) O RETORNO ESPERADO. 
 
O GOVERNO INVESTIU MUITO NO SETOR, EMBORA (subordinação) NÃO TENHA (v. modo 
subjuntivo) OBTIDO O RETORNO ESPERADO. 
 
(v. modo indicativo) típico coordenação, os dois verbos são indicativos 
 (v. modo subjuntivo) típico das orações subordinadas 
 
**Cespe pode se trocar os conectores coordenada 
para subordinada desde que se faça os ajustes no 
verbo.** 
 
Pode se substituir a vírgula por ponto final com a colocação da letra 
maiúscula na primeira letra da segunda frase. 
 
1- Conector coordenativos introduzem orações 
independentes. 
2- Observe os verbos como referencia de coordenação. (2 
verbos no modo indicativo ou 1 no imperativo – nunca 
estará no subjuntivo) 
73 
 
3- Em caso de subordinação as orações são dependentes 
entre si ( o verbo virá flexionado no modo subjuntivo em 
função da existência de uma conjunção subordinativa) 
4- Algumas orações coordenadas e subordinadas 
apresentam sentido próximo, permitindo equivalência desde 
que haja ajuste no verbo. 
Fui ao clube, mas estava chovendo. 
 , embora estivesse chovendo. 
 
Concessão / adversidade 
Consequência / conclusão 
Ele estudou tanto que (consequência) passou em 1º lugar 
Ele estudou muito, por isso passou em 1º lugar 
 
5- Nas relações de coordenação a ordem em que as orações estão dispostas 
é relevante o deslocamento gera incoerência ou mudança de sentido. 
6- Nas orações subordinadas, a ordem não interfere no sentido. (podem ser 
feitas pequenos ajustes.) 
 
7- O conector coordenativo, em geral, pode aparecer deslocado, ou seja, 
no interior da oração que faz parte. O conector subordinativo deve estar no 
início da oração subordinada que ela introduz. 
 
8- As orações coordenadas, por serem independentes, admitem inúmeros 
sinais de pontuação (podem ter “, ; . :”) (não muda o sentido, mas muda a 
relação semântica entre as duas) 
 
9- Nas orações subordinadas adverbiais, apenas a vírgula será possível. Se a 
oração adverbial, a vírgula será facultativa. Se a oração adverbial estiver no 
início o no meio do período (deslocada), a vírgula será obrigatória. 
 
Ele voltará ao país, (facultativo) quando (temporal) quiser(modo subjuntivo). 
Quando quiser, (obrigatório, or. Adv. deslocada) ele voltará ao país. 
 
 
 
Coordenada pode,  . 
 ,  ; 
 ,  não pode retirar o verbo 
74 
 
 
 Conjunção deslocar fazendo ajustes necessárias 
 Frase inteira  não pode mudar a ordem da frase por perder sentido 
 
Subordinada 
 , . Ou ; Subordinada não pode orações dependentes 
entre si. 
 Conjunção  não pode deslocar a conjunção só no início de cada 
frase. 
 Frase inteira  não pode mudar a ordem da frase por perder sentido 
 ,  pode retirar o verbo (nos casos facultativos) 
 
CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES 
ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM 
ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM, 
CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO 
ENTANTO 
ALTERNATIVAS 3 OU, ORA...ORA, OU...OU, 
NEM...NEM, QUER...QUER, 
SEJA...SEJA 
CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, ENTRE 
VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO, 
POR CONSEGUINTE, POR ISSO, 
ASSIM 
EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS, 
PORQUANTO (GERALMENTE O 
VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO 
IMPERATIVO) 
 
 
 
 
1- Mesmo sem conector as orações coordenadas guardam entre si uma relação de 
sentido (oposição ou conclusão) 
Os brasileiros estão acostumados a toda sorte de desrespeito. Não questionam o 
governo e nem questionam os seus direitos 
No entanto (fica incoerente, embora bonita) / por isso (por estar acostumados, 
conclui-se, não questiona) ** ver relação coesiva verbo, antônimo  oposição 
2- Os conectores “e, mas”, ocasionalmente são empregados fora do sentido real. 
Os governantes prometem e (mas) não cumpres. (oposição, fora do seu sentido 
habitual ) 
3- “ou” ocasionalmente o conector “ou” pode ter valor de “e” (inclusão) 
75 
 
Ao adquirir um seguro contra furto ou (inclusão) roubo, o cidadão isenta o governo 
de medidas políticas. (seguro para os dois eventos) 
 
 
4- O conector “pois” muda de sentido em função de sua posição na frase. 
O governo é eleito pelo povo, pois (porque) o representa. (explicativo) 
O governo é eleito pelo povo; representa-o pois (por isso). (conclusão) 
Ao mudar o conector de posição mudou-se de sentido. 
5- Porque 
O governo resolveu o problema porque a população solicitou. (causa, motivo) 1 
passo 
O governo resolveu o problema porque a população parou de reclamar. 
(explicação, evidência) 2 passo 
 
O governo tem projetos voltados para o povo; a sociedade, no entanto, os rejeita 
por não se adaptarem a eles. 
1. (F ) Seria possível, (...), substitui o conector “no entanto” por mas, contudo, 
entretanto ou todavia. (conectivo monossilábico não pode ser deslocado) ou, 
mas, e. 
2. (V) trocar ; por ,  prejudica a coesão 
Pedro me ama; José, não. 
3. (V) Os / eles  tem o mesmo referente “projetos” 
4. (V) O pronome “os” poderia ser deslocado para depois do verbo. 
5. (V) O Seguimento da frase é assegurado por relações de oposição(no entanto) e 
causa(por...adaptarem) 
6. (V) No trecho há um desvio de concordância tipicamente motivado por relações 
de sentido. (a sociedade ...adaptarem (conc. Verbal adaptar) 
7. (F) Está de acordo com a norma culta. 
8. (F) Poderia compor uma redação oficial. 
 
 
SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES 
2. INTEGRANTES QUE / SE (=ISSO) 
ADVERBIAIS 
CAUSAIS PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS, 
JÁ QUE, UMA VEZ QUE, 
PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO 
76 
 
QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, 
QUE 
CONDICIONAIS SE, CASO, SEM QUE (=SE NÃO), 
CONTANTO, SALVOSE, DADO 
QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE, 
A NÃO SER QUE 
CONCESSIVAS EMBORA, MESMO QUE, AINDA 
QUE, CONQUANTO, POSTO QUE, 
BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS 
QUE, POR MENOS QUE, APESAR 
DE QUE, NEM QUE, QUE 
(=EMBORA) 
COMPARATIVAS COMO, QUE (DO QUE) - DEPOIS DE 
MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR, 
MELHOR E PIOR-, QUANTO 
(DEPOIS DE TANTO), QUAL 
(DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO, 
BEM COMO, COMO SE, QUE NEM 
CONSECUTIVAS QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL, 
TAMANHO, TANTO), DE FORMA 
QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO 
QUE, DE SORTE QUE 
 
CONFORMATIVAS CONFORME, COMO (= CONFORME), 
SEGUNDO, CONSOANTE 
FINAIS PARA QUE, A FIM DE QUE, 
PORQUE (= PARA QUE) 
TEMPORAIS QUANDO, ANTES QUE, DEPOIS 
QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE, 
SEMPRE QUE, ASSIM QUE, DESDE 
QUE, TODAS AS VEZES QUE, CADA 
VEZ QUE, APENAS, MAL, QUE (= 
DESDE QUE), ENQUANTO 
PROPORCIONAIS À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, À 
PROPORÇÃO QUE 
 
 
A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento 
entre os seres humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem 
77 
 
competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as 
perspectivas de uns em benefício de outros) 
 
poderiam ser condensados no seguinte período: 
 
A discriminação, elemento indissociável do relacionamento entre seres 
humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva, 
porquanto corresponde a uma tentativa de se reduzirem as perspectivas de 
uns em benefício de outros. (EXPLICATIVA) VER SE A OUTRA ORAÇÃO 
TAMBÉM É EXPLICATIVA.
78 
 
CESPE- Aula 8 - Parte II 
Classificação de conectores 
1 A sociedade precisa de valores sólidos, precisa de referências concretas para o seu 
crescimento. 2 Uma população que investe em leis define para si o que acha justo. 3 
É importante encontrar meios eficazes de desenvolvimento e criar referências para as 
gerações futuras. 4 Não se pode esperar que o mundo se defina sozinho. 
1- Caso o autor opta-se por uma construção menos prolixa, a segunda oração poderia 
ser reduzida a um complemento do verbo da 1ª oração. (V) 
2- No segundo período do texto, há uma oração que especifica, delimita o vocábulo 
população. (V) 
3- A oração reduzida “encontrar meios eficazes de desenvolvimento” poderia ser 
desenvolvida da seguinte forma: que se encontrem meios eficazes de 
desenvolvimento, sendo possível encaixá-la no texto sem outros ajustes 
gramaticais. (F) (AO DESENVOLVER A 1ª TORNA NECESSÁRIA O 
DESENVOLVIMENTO DA SEGUNDA ORAÇÃO COORDENADA) 
4- No terceiro período do texto, há duas orações coordenadas entre si que funcionam 
como sujeito da oração é importante. (V) 
5- A substituição do conector “e” por uma “,” não compromete a correção gramatical 
do texto, mas pode alterar sua percepção semântica. (F) 
6- As formas verbais “encontrar e criar” podem ser substituídas, sem que haja prejuízo 
do sentido e ou da correção gramatical por “que se encontre e que se crie “ 
respectivamente. (F) 
7- A última oração do texto funciona como complemento verbal de esperar. (V) 
 
ORAÇÕES 
 Coordenadas (-independentes entre si) 
 Sindéticas  com conectores 
 Assindéticas  sem conectores 
 Apresentam relação de sentido 
 (Adição, oposição, alternância, explicação, conclusão) 
 
 
 Subordinadas (podem estar coordenadas entre si) 
 - reduzidas de gerúndio / infinitivo ou gerundio 
 Substantivas  função sintática ( suj. objeto, CN, aposto, predicativo) 
 Adjetivas  ( explicação, restrição) 
 Adverbiais  circunstâncias – conectores ( causa, consequência, comparação...) 
 
79 
 
08) Partícula “SE” ↑ Sumário 
 
 PRON. APASSIVADOR 
 IIS 
 PRON. REFLEXIVO, OD 
 PRON. REFLEXIVO, OI 
 PRON. RECÍPROCO, OD 
 PRON. RECÍPROCO, OI 
 CONJUNÇÃO : CONDICIONAL OU CAUSAL 
 SUJ. DO INFINITIVO 
 PARTE INTEGRANTE DE VERBOS PRONOMINAIS 
 PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE. 
 
 
1- (PA) Partícula apassivadora 
Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país 
 
2- (IIS) Índice de Indeterminação do Sujeito 
Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...) 
 
3- Pronome Reflexivo 
Ele se feriu. 
 
4- Pronome Recíproco 
Eles se olharam. Ele se orgulhava do projeto. 
 
5- Conjunção Condicional (= caso) 
Ele viajará se (caso) puder. 
 
6- Conjunção Integrante (= isso) 
Perguntei (isso) se ele virá. 
 
7- (PIV)Parte integrante do Verbo. (não pode ser retirada do verbo) 
Ele se arrependeu da compra. 
Ela se queixou do frio. 
 
80 
 
A sociedade 1 se (se parte integrante do verbo) manifesta(verbo intransitivo, 
pronominal) de várias maneiras, mas ações severas não 2 se (PA) justificam(VTD) 
em situação alguma. Pede(VTD) - 3 se (PA) a essência humana (é perdida) quando 4 
se aceitam (VTD) valores em que não 5 se(IIS) acredita (VTI) de fato. Vão- 6 se 
(partícula expletiva) os princípios morais e a ética (sujeito) em situações de 
extremismo. 
1- Em 1, a partícula “se” não desempenha função sintática e integra a estrutura de 
um verbo pronominal, sendo indispensável à construção.(V) 
2- Em 2, a partícula “se” foi empregada para apassivar o sujeito. Sendo portanto 
equivalente a um auxiliar de passiva. (V) 
3- Em 3 e 4, a partícula “se” integra o mesmo tipo de construção e recebe a mesma 
classificação. (V) 
4- Em 3, a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito da mesma 
maneira que ocorre em 5. (F) 
5- Em 5, a retirada da partícula “se” implicaria uma vez que o pronome integra e é 
indispensável na oração. (V) (IIS) (não é parte integrante do verbo, parte 
integrante seria o verbo pronominal.) 
6- Em 6, o pronome indica que a ação recai sobre o próprio sujeito expresso na 
oração. (F) (A ação recai sobre o sujeito quando o verbo é reflexiva.) 
7- Em 6, o pronome é dispensável no contexto oracional embora possa haver 
prejuízos fonéticos à construção. (V) (como pronome expletiva, o pronome pode 
ser retirado) 
 
Esquematizando – “SE” PRONOME 
Tipos Condições sujeito Concordância Voz Exemplo 
PA VTD, VTDI Suj. paciente O verbo 
concorda com 
o sujeito 
V. sintética 
ou analítica 
Eram-se referências 
positivas a seu respeito. 
IIS Não haver suj. 
explícito ou 
subentendido 
Suj. 
indeterminado 
3ª pessoa 
singular 
Voz ativa Obedeceu-se ao 
regulamento. 
Não se trata de temas 
novos. 
P. 
Reflexivo 
(OD ou 
OI) 
A ação recai 
sobre o próprio 
sujeito 
Sujeito expresso 
ou 
subentendido 
O verbo 
concordará 
com o sujeito 
voz 
reflexiva 
Ela (Suj.) se 
(OD)considera(VTd) uma 
boa pessoa. 
Parte 
integrante 
Verbo pronominal 
O pronome não 
tem função. 
Idem anterior Idem anterior Voz ativa Ela (Suj.) se referiu(VTI) 
ao resultado(OI) da 
pesquisa. 
Parte 
Expletiva 
(verbo ir) 
Sentido 
de 
acabar, 
Não ser nenhum 
dos anteriores 
Idem anterior Idem anterior Voz ativa Foi-se o tempo em que as 
mulheres eram 
submissas. 
81 
 
finalizar 
 
Se haverá solução para os problemas brasileiros, ninguém sabe dizer. (frase invertida, 
conj. Integrante) 
OR. SUB. SUBST. OBJ DIRETA 
Se houver solução para os problemas brasileiros, alguém saberá dizer. (“SE” 
condicional, verbo modo subjuntivo) 
Caso haja solução .... (caso não admite fut. Do subjuntivo) 
 
O uso da partícula SE 
Outra questão que engendra muitas dificuldades para quem redige é 
o uso da partícula se, que ora aparece como conjunção, ora como pronome. 
Seguem-se, neste ponto, as lições de Napoleão Mendes de Almeida33 . 
2.1 Como conjunção, o se pode ser: 
2.1.1 Conjunção condicional, ligando à oração principal uma subordinada 
que se apresenta como condição da primeira. Ex.: Todos iríamos à 
festa se tivéssemos transporte. 
2.1.2 Conjunção integrante, iniciando uma oração subordinada substantiva, 
com o sentido de se porventura,se por acaso. Ex.: Veremos se ele será 
aprovado. 
2.1.3 Conjunção expletiva, exercendo a função retórica de reforçar 
uma afirmação, sendo porém dispensável sintaticamente. Ex.: Ela vai se ver 
comigo! Ah, se vai! 
2.2 Todavia, a maior fonte de dificuldades reside mesmo no uso da 
partícula se como pronome, situação em que pode exercer as seguintes funções: 
2.2.1 Reflexibilidade pronunciada, tornando o sujeito, ao mesmo 
tempo, agente e recipiente da ação verbal. Emprega-se o se com verbos 
transitivos diretos, que passam a ter força reflexiva. Essa reflexibilidade é 
dita pronunciada porque a ação deve necessariamente atingir um objeto – 
no caso, o próprio sujeito. Ex.: Ele se feriu. Ela se viu no espelho. 
2.2.2 Reflexibilidade atenuada, na qual o se indica que a ação deve 
necessariamente ficar no sujeito. Ex.: Ele se arrependeu de seus atos. Ela se 
queixou de seu marido. 
2.2.3 Reciprocidade, quando, em orações de sujeito composto, a ação 
de cada um se dirige ao outro. Ex.: Eles quase se mataram (um ao outro) em 
uma briga. Apesar de inimigos, eles se trocaram cumprimentos. 
2.2.4 Passividade, quando atua como indicador da voz passiva na 
82 
 
oração, sendo então denominado pronome apassivador. Isso ocorre quando 
o sujeito é coisa inanimada ou quando o sentido da oração revela que o 
sujeito é o paciente da ação verbal. Ex.: vendem-se casas (casas são vendidas) 
– consertam-se relógios (relógios são consertados). 
83 
 
09) Partícula “QUE” ↑ Sumário 
1- Pronome Relativo (= o qual, a qual, os quais, as quais) 
 
2- Pronome Interrogativo. 
Que ... ? 
 
3- Conjunção integrante (=isso). 
 
4- Conjunção comparativo. 
Mais alto que o irmão. 
 ... do que ... (facultativo) 
 
5- Conjunção Consecutiva. 
Leu tanto que (consequência) ficou com dor de cabeça. 
 
6- Advérbio de Intensidade. (= quão, muito) 
Que linda a paisagem do alto do mirante. 
 
7- Substantivo (Acentuado e precedido de artigo ou pronome) 
Havia um quê de louco. 
 
8- Palavra de realce ou partícula expletiva. (pode ser retirado) 
Que é que fizeram com o dinheiro. 
 ]==> pode-se retirar o que + o verbo ser 
Foi ele que recebeu a multa. 
(realce ao sujeito ou OD) 
São essas atitudes humanitárias (suj.) que engrandecem o homem. 
Foram muitas as justificativas (OD) que o advogado apresentou. 
9- Preposição. 
Ter (obrigação) + que 
Eu tenho de lutar. 
 ... que lutar. 
 
Testar.... 
 Isso (CI) 
 as quais, aquilo as quais (PR) 
 Muito (intensidade) 
84 
 
 mais que “do que” (comparativo) 
 Que = De (preposição) 
 Que + ? (pron. Interrogativo) 
 Foi ...+ que 
 Tesão + Que (consequência) 
Um Quê ( substantivo) 
Será necessário 1 que (conj. Integrante- isso)o governo reveja metas 2 que 
(pron. Relativo- as quais) ficaram aquém do desejado. A questão é tão 
essencial para o país 3 que (conj. Consecutiva- tão que) deve ser 
priorizado. Foi em janeiro de 2011 4 que (pron. expletivo) o governo definiu 
tais parâmetros 5 que (pron. Relativo- as quais- sujeito da oração)se usam 
hoje. 
1- O vocábulo “que” em 1, é um articulador que evita repetição de 
palavras.(F) (conj. Integrante OR. S.S.SUBJETIVA)(articulador que 
evita repetição de palavra = pron. relativo) 
2- O vocábulo “que” em 1(Or. S.S.Subjeitva) e 2(or.s. Adj.restritiva), 
introduz o mesmo tipo de oração e recebe a mesma classificação. .(F) 
3- A colocação de uma vírgula antes do vocábulo “que” (3) não 
comprometeria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do 
trecho. .(F) (Or. Adverbial depois da principal a vírgula é facultativa.) 
4- O vocábulo “que” em 4, introduz uma oração de natureza adjetiva 
restritiva. (F) (não é restritiva, pois o pronome não é pronome relativo) 
5- O vocábulo “que” em 5, é o suj. sintático do verbo usar embora a 
concordância seja feito com o núcleo do texto antecedente 
(parâmetros). .(V) (pron. Relativa exerce função sintático dentro da 
oração) 
 
 
Tipos Características Exemplos 
Pron. Relativo 
(Tem função sintática) 
Retoma antecedente 
Or. Adjetiva 
Pontuação altera o sentido 
As pessoas que se preparam 
para o futuro vivem melhor. 
Conj. Integrante Não retoma termos. 
Não tem carga semântica. 
Introduz Or. substantiva 
É importante que as pessoas se 
preparem para o futuro. 
Partícula Expletiva 
(só realce pode ser retirado da 
frase sem fazer falta para a 
Serve para melhorar a 
sonoridade 
Não tem função sintática , nem 
Foi em Londres que tudo 
aconteceu. 
 
85 
 
frase.) semântica. 
Aparece “QUE” ou “ser” + “QUE” 
Tudo aconteceu em Londres. 
Prep. Acidental Aparece em “ter” + infinitivo  de 
/ que 
Ela tem que resolver o fato. 
Ela tem de resolver o fato, 
Conj. Consecutiva Intensificador (tão, tal, tanto...) 
+ que 
Ela estuda tanto que merece 
passar. 
Conj. Explicativa Tem valor de pois, usado Após 
imperativo. 
Estudem, que (pois) as provas 
podem estar difíceis. 
Conj. Aditiva Aparecem entre verbos repetidos 
e tem valor de “E” 
O governo promete que promete 
Conj. Comparativa **CESPE** Ideia de comparação que ou do 
que 
Isso é mais importante do que 
outras coisas. 
Pronome interrogativo Usado em perguntas diretas 
“QUE” ou “O QUE” 
O (pode ser retirado o “O” sem 
prejuízo expletivo) Que 
aconteceu com ele? 
Substantivo Valor de um pouco e sempre 
acentuado 
Ela tem um quê de tristeza 
Advérbio de intensidade Dá ideia de intensidade Que bondosa é (muito, quão 
bondosa) aquela mulher. 
 
 
 
86 
 
 
10) Ter / Haver / Existir ↑ Sumário 
 
Ter (não valor haver) /haver (3ª sing.) / existir 
Em um país onde há leis rígidas, tudo é possível. 
 
Verbo EXISTIR é verbo pessoal se flexiona. 
 
Verbo HAVER (VTD) com valor existencial 3ª pess. Do sing. 
 
Verbo TER com valor existencial não pode ser empregado 
 Pode ser trocado quando o valor for de posse. 
 
( F ) “onde há”  no qual existe(m) 
( C ) “onde há”  que tem (Em um país que (suj.) tem(possui) leis 
rígidas, tudo é possível.) Em um pais tudo é possível. Um país tem 
(possui) leis rígidas. ***Cespe*** cuidado 
 
( F ) “onde há”  onde tem 
( F ) “onde há”  onde existe(m) 
 
 
87 
 
11) Aspectos de Verbo ↑ Sumário 
 1 o governo podia (erro gramatical o certo seria fut. Do pret.) acabar com a 
corrupção no país se houvesse interesse. 
 Podia por Poderia (C) 
 Poderia (não aconteceu ainda) por Podia (aconteceu)(E) 
 
2 O governo vai ao evento no próximo mês. 
 Vai por irá (C) 
3 O governo conseguiu controlar os gastos públicos depois que a lei entrou em 
vigor.(1º a lei entrou em vigor, 2º o governo controlou) 
 Conseguiu por conseguira (pret. Mais que perfeito)(E) 
(PMQPERF. Teria controlado antes de a lei entrar em vigor) 
 Conseguiu por passou a (C) 
 Entrou por entrara (C) 
 
ASPECTOS SEMÂNTICOS DO VERBO 
MODO INDICATIVO (exprime certeza, afirmação) 
Presente do indicativo possui ampla carga semântica, podendo dar ideia de 
passado, presente ou futuro. 
 
1- O governo acaba de aprovar a medida. 
CESPE o tempo do verbo distoa do tempo da ação. 
 
Verbo pres. Do ind.  com valor de passado próximo. 
A troca de acaba por acabou melhora o entendimento. ok 
Por um ponto, passam infinitas retas. 
(exprime uma ação atemporal, é uma afirmação absoluta) 
 
2- As pessoas trabalham a vida toda por um propósito. 
(ideia de continuidade ; no passado, presente e futuro; habitualidade 
Ela vai ao evento no próximo mês. 
Vai = irá (presente indicando futuro próximo) 
 
3- Em 1808, a Família Real chega ao Brasil e renova os valores da sociedade. 
(passado histórico  para aproximar o fato passado ao presente) 
Chega por chegou (de trocartambém renova por renovou) observar os verbos da 
frase. 
Chega por chegava (não pode pois o fato já se concluiu) 
 
Ela está bonita hoje.  ação pontual no presente. 
 
pretérito perfeito indica uma ação totalmente concluída no passado 
88 
 
4- O governo assinou o acordo proposto. 
 
pretérito imperfeito indica uma ação inacabada ou uma ação frequente no 
passado, ou passado habitual 
5- Ela lia as obras de Machado de Assis. (ação habitual) 
Ela lia o livro qdo isso aconteceu. (ação interrompido) 
 
pretérito mais que perfeito indica uma ação anterior a outra no passado 
Depois que estudara música, ganhou sensibilidade. 
 
6- Morrera o pai, morreu o filho, morria a mãe. 
Enfoque temporal gradativa. 
 
futuro do presente sugere certeza 
7- Ela resolverá o caso, se eu pedir.(fut. Do subj..) 
 
futuro do pretérito sugere duvida 
8- Ela resolveria o caso, se eu pedisse.(pret. Do subj..) 
 
MODO SUBJUNTIVO exprime dúvida, possibilidade. 
 O modo subjuntivo no todo, está associado a conjunções subordinativas. 
 As conj. Subordinativas, de uma maneira geral, exigem que o verbo esteja 
conjugado no modo subjuntivo. 
 A substituição do indicativo pelo subjuntivo ou vice-versa só é possível quando o 
conector é um pronome relativo. (com conjunção integrante não é possível) 
 Mesmo sendo gramaticalmente possível, as relações semânticas sempre serão 
alteradas. 
CESPE 
 Ainda que tivesse pontos sem esclarecimento, o problema foi resolvido. 
( C ) A forma verbal “tivesse” se encontra no subjuntivo em função do conector 
“ainda que” (a conj. Subodinada pede o modo subjuntivo) 
( E ) O uso do modo subjuntivo em “tivesse” indica dúvida, possibilidade, incerteza. 
(“TIVESSE” concessão + certeza (com a resolução do problema)) 
( E ) A frase tal como foi redigida, por seus aspectos semânticos e gramaticais, 
poderia compor uma redação oficial. (VERBO “TER” com valor existencial deve 
se trocar por houvesse ou existissem) 
 
 
 Espera-se que os governantes, em algum momento, tomem atitudes acertadas. 
 tomem  tomam (conj. integrante pede modo subjuntivo) 
gramaticalmente não se aceita a substituição 
89 
 
 Mulheres que investem no futuro têm mais chances de crescimento. 
 Invetem(pres. Ind. Certeza)  invistam (pron. Relativo pres. Subj.. , dúvida) 
Pode ser trocado, mas altera o sentido da frase. 
 Há , no Brasil, uma série de fatores que prejudicam o país e seu crescimento. 
 Prejudicam(certeza)  prejudiquem (pron. Relativo duvida) 
 Há quem compre as ideias alheias. 
 compre dúvida compra- certeza (pronome relativo ) 
Pode ser trocado, mas altera o sentido da frase. 
 
(Quem / onde sujeito subentendido pessoa) 
 
 PRESENTE DO SUBJUNTIVO exprime dúvida, possibilidade, 
 
 Conj. Integrante / pronome relativo 
 Aceita pres. Do indicativo com alteração de sentido 
 
 PRETÉRITO DO SUBJUNTIVO - SSE 
 Carga semântica do pretérito depende do conector. 
 
 
 FUTURO DO SUBJUNTIVO - R 
 A carga semântica do fut. Também depende do conector. 
 
Quando houver tempo, ela discutirá o tema. Certeza 
Se houver(dúvida por causa do conector “se”) tempo, ela discutirá o tema. 
Ainda que (concessão) fosse pequeno, não seria (hipótese) beneficiado. 
Embora fosse (modo subjuntivo por causa do conector) uma pessoa culta, valorizava 
(certeza) pouco o estudo. 
Era uma pessoa culta, mas valorizava pouco os estudos. 
 
12) Equivalência De Estrutura Verbal ↑ Sumário 
Tempo composto = Particípio 
 Ela tinha resolvido o fato. Tinha / havia + particípio = -ra PMQP comp. 
 resolveu (E) (RESOLVERA) 
 Espero que ela tenha resolvido o caso. 
90 
 
 haja (pres. Do ind) tempo comp. Ter / Haver  um substitui o 
outro em tempos compostos, mesmo que fique feio a frase. 
 O governo tem investido no setor. (Pres. Do ind. + particípio = tempo v. Pret. 
Perf.) 
É uma construção no tempo passado que sugere continuidade e equivalente a 
está investindo. (pode ser substituído, mas não são tempos compostos ...está 
investindo, ... está a investir) 
 O governo devia investir em educação para que o país melhorasse. 
 
1.(devia está empregada de forma errada na frasedevia é passado a forma 
correta é deveria uma hipótese , uma forma futura para se melhorar o país. 
 ( V ) deveria fut. Do pretérito ( a troca de deveria para devia, faz com 
que a frase se torna errado, logo não poderia ser trocada.) 
 
Alguns verbos com: dever, poder e querer são usados indevidamente no pret. Imp. 
Com valor de futuro Do pret. 
Eu queria sair com você. Errado (então não quer mais sair)  Eu quereria sair com 
você. 
 
Eu podia ajudar o rapaz naquela época. (hoje eu não posso ajudar mais.) 
Eu podia (poderia) ajudar o rapaz se ele quisesse. (ação hipotética  Eu ainda 
tenho a possibilidade de ajudar) 
 
3. O governo devia investir em educação(...) para que o país melhorasse. 
 para o país melhorar. (or. 
Desenvolvida para oração reduzida) 
( V ) Caso o conector que fosse suprimido afim de se manter a correção 
gramatical deveria se trocar o verbo na forma infinita melhorasse por melhorar. 
 ( V ) Devia Deverá por melhorar melhore. (a troca do tempo verbal de um 
verbo acarreta uma cadeia de alterações na frase ***CUIDADO***) 
 
 O governo vai participar do evento no mês que vem. 
 irá (ok) pres. Com sentido de futuro 
 Iria – só mantém a correção gramatical, com alteração do sentido 
 
Fut. Do Presente  Fut. Certo 
Fut. Do Pret.  Hipótese 
 
Presente dá ideia de – Presente (ela está bonita hoje) 
91 
 
 - futuro (Ela vai ao baile na semana que vem.) 
 - passado (O governo acaba de assinar o contrato) 
 - Ação contínua (O governo investe a algum tempo na 
agricultura.) 
 - asseveração (verdade absoluta) ( Água mole pedra dura 
tanto bate até que fura) 
 
 O governo encontrou dificuldades no processo depois que foi divulgado o dado. 
( F ) Encontrou  encontrara (anterioridade) encontrou depois divulgou 
 ação totalmente concluída no passado = Pret. Perfeito 
 anterioridade = Pret. Mais que Perfeito 
 ação contínua no passado = Pret. Imperfeito 
 ação inacabada = Pret. Imperfeito 
( F )Foi divulgado  divulgou-se (errado a correção gramatical) (troca da 
passiva analítica por sintética = equivalentes) 3 dicas 
VPA  VPSint. 1- colocação pronominal (depois que = atrai pronome) 
 2- concordância 
 3- tempo verbal 
( V )Foi  fora (e melhora a coesão) 
 A questão não se justifica. 
Justifica por é justificada 
VPSint  VPA (mesmo tempo verbal) 
 
Justifica por é (VL) justificável (ADJ.). (errado na conversão VPSint par VPA, 
muda sentido da frase) 
 O rapaz seria levado para outro setor. 
Levaria-se o rapaz para outro setor. Levar-se-ia ... 
 
 Acréscimo de verbo 
O governo encontrou dificuldades depois que foi divulgado o dado. 
passou a encontrar ( V ) – depende do conector da frase. Coerência frasal 
 
A troca Presente – Ind. Certeza 
 -- Subj. dúvida, possibilidades depende do tipo de que. 
 
Que = pron. Relativo (PR) (pode) 
92 
 
Que = CIntegr. (CI) (não pode, o verbo sempre modo subjuntivo) 
 
 Um país que (PR) investe no futuro merece apoio. 
invista (V) A troca é possível, mas altera o sentido. 
 Espero que (CI) o governo, a médio prazo, encontre uma saída. 
encontra (F) Não pode ser trocado. 
 Um governoque (PR) encontra uma forma de conciliar interesses cresce 
encontre (V) A troca é possível, mas altera o sentido. 
 
Presente – Ind. Certeza 
 -- Subj. dúvida, possibilidades 
**Sempre altera o sentido 
**Gramaticalmente  ind. subj. 
 Parece difícil que(...) uma perspectiva que (PR) limite. 
Limite=> Limita 
 É (VL) possível (PRED.) que (CI) instituições funcionem... 
Funcionem = subj.. possibilidade POR instituições funcionam 
 
 Ainda que o governo tivesse ressalvas sobre o fato, o problema foi resolvido. 
Fut. Subj. Ou Pret. Imp. Subj.  conector com carga semântica. 
Conj. Subordinativa(Ainda que) obriga o verbo estar no modo subjuntivo. 
A forma verbal tivesse está no subjuntivo em função do articulador Ainda 
que.(V) 
 
A forma verbal tivesse, empregada no modo subjuntivo, denota a opção do 
autor por um aspecto de dúvida, possibilidade 
(dúvida ou possibilidade somente para o Presente do Subjuntivo 
Pret. Imp. Subj. e Fut. Subjuntivo depende do conector) 
 
9- O governo tinha discutido a proposta do ministro.( ter / haver + particípio) 
Pret. Imperfeito + particípio = pret. Mais que perfeito 
Tinha discutido (tempo composto) por discutiu discutira ok 
Tinha discutido por havia discutido (ok) 
10- Espera-se que ele tenha resolvido o problema 
 Tenha por haja ( V ) (pres. Do subj. Tempo composto ter/haver) 
11- O governo tem feito reformas em diversos segmentos sociais. 
Forma verbal destacada encontra-se no passado, mas sugere semanticamente, 
ação contínua, podendo ser substituída por “vem fazendo, está fazendo”. ( V ) 
 
TEMPO COMPOSTO 
TER / HAVER + PARTICÍPIO RESPEITANDO-SE O TEMPO 
93 
 
Presente  pret. Perfeito pretérito imperf.  pret. Mais que perfeito 
Formas compostas Tempo composto 
 
Pres. Ind. + particípio pretérito perfeito composto do indicativo (tem/tenho + 
particípio) 
 Ele tem feito. Eu tenho feito. Valor de tempo contínuo 
Pret. Imp. Do ind. + particípio pretérito M Q perf. composto do indicativo (tinha/havia + 
particípio) 
Fut. Do presente + particípio 0 fut. Do pres. composto do indicativo 
Fut. Do pretérito + particípio 0 fut. Do pretérito composto do indicativo 
Pres. Do subjuntivo + particípio pretérito perfeito composto do subjuntivo 
Pret. Imp. Do subjuntivo + particípio pretérito M Q perf. composto do subjuntivo 
Fut. Do subjuntivo + particípio 0 futuro composto do subjuntivo 
Vozes verbais 
 Trata-se da relação existente entre o verbo e o seu sujeito. 
 1- Voz Ativa 
Suj. Agente 
Verbo aux. Ter / Haver 
Qualquer verbo. 
O dólar caiu (VI) nos últimos meses. 
O governo decidiu (VTD) a taxa de investimento (OD). 
 2- Voz Passiva 
Sujeito paciente (sofre a ação). 
Formada somente a partir verbos (VTD) ou (VTI). 
(VPA) SER/ ESTAR + verbo particípio (LOC. DA PASSIVA) 
(VPS) = verbo + -se (PA) ( o verbo deve concordar com o sujeito. 
 
A tarefa foi realizada ontem. 
Realizou-se a tarefa ontem. 
 
 3- Voz Reflexiva 
Sujeito agente e paciente 
Pronome reflexivo (OD) (OI) 
Ocasionalmente pode indicar reciprocidade. 
 
Ela se deu uma nova chance. (a si mesma) (Reflexiva) 
Os jovens se cumprimentam sem reservas. (reciprocidade) 
 
(VPS)=VOZ PASSIVA SINTÉTICA 
(VPA)=VOZ PASSIVA ANALÍTICA 
12- A questão se justifica de diversas maneiras 
Se (PA) justifica (VTD) (VPS) é justificada (VPA) 
94 
 
 
13- Não foram avaliados todos os pontos. (colocação pronominal) 
Foram avaliados (VPA) avaliaram-se (VPS) (não se avaliaram) 
14- Ainda não foram notificados todos os candidatos. (concordância verbal) 
Ainda não foram notificados  ainda não se notificou.(notificaram) 
15- Não era observado o padrão utilizado.( Tempo verbal) 
Não era observado(pret. Imperf.) não se observou(pret. Perf.) (observava) 
16- Ela seria avaliada na ocasião (sujeito posposto) 
Ela seria avaliada  Avaliar-se-ia ela (suj.) na ocasião 
 
TRANSPOSIÇÃO DE VOZES 
1 (VTD) OU (VTDI) 
(VA) O rapaz (SUJ) resolveu (verbo VTD) antigos problemas (OD), na ocasião 
(Adj.adv.) . 
(VPA)10 Antigos 2 problemas (suj. paciente) foram 3,4,5(verbo aux. SER) resolvidos 
(loc. Da passiva) pelo 6,7 (POR/PELO/DE) rapaz (agente da passiva) na ocasião 9 
(adj. Adv.). 
(VPS)10 Resolveram 3 -se (PA) antigos 11 problemas (suj) 0 8 (ag. Passiva) na 
ocasião 9 (adj. Adv.). 
1- A passagem da voz ativa para passiva ou vice-versa só é possível quando, o verbo 
é (VTD) OU (VTDI). 
2- O objeto direto da voz ativa sempre corresponderá ao sujeito da passiva. 
3- O verbo da voz ativa, ao ser passado para a passiva, sofrerá acréscimo de auxiliar 
de passiva ou de partícula apassivadora. 
4- Deve-se manter tempo / modo ao longo da transposição. 
5- Em função do novo sujeito, podem ser feitos ajustes na concordância. 
6- O sujeito da voz ativa sempre corresponderá ao agente da passiva. 
7- O agente da passiva pode ser introduzida pelas preposições por, pelo (a) ou de 
8- Na voz passiva sintética, é comum se omitir o agente da passiva. 
9- Outros termos sintáticos como OI e adj. Adv. Não sofrem alterações quando se 
modificam a voz da frase. 
10- Voz passiva analítica e sintética são sempre formas equivalentes desde que 
mantidas as relações de tempo e concordância. 
 
Não se notaram aspectos positivos naquela relação. (VPS) 
( E ) passando-se a frase acima, que se encontra na ativa, para a 
passiva teremos: Aspectos positivos não foram notados naquela relação. 
95 
 
O governo tinha discutido novas formas de campanha. 
( E ) passando-se a frase acima para VPA teremos 
Novas formas de campanha foram (tinham sido) discutidas pelo governo. 
Não se (PA)espera que o governo resolva isso sozinho(SUJ. 
PACIENTE). 
( E )a oração destacada funciona como complemento verbal (sujeito) do 
verbo esperar. 
 
 
 
 
96 
 
13) Transitividade Verbal ↑ Sumário 
 
6 Nos trechos dizia-se “que qualquer editora contrataria por somas CERTO ? 
astronômicas” (R.6-7) e tínhamos achado “que muitos colecionadores 
cobiçariam” (R.22), o vocábulo “que”(retoma o a expressão anterior) introduz orações 
adjetivas restritivas, 
 nas quais exerce a função de complemento verbal.(o que exerce a função de OD nas 
suas orações) 
 
Gente, dizia-se, que brilharia no corpo docente de qualquer 
universidade; especialistas que (OD do verbo contratar) 
qualquer editora contrataria por somas astronômicas 
(certos astros não são muito grandes). 
 
. Tínhamos achado preciosidades que (OD do verbo cobiçar) 
 muitos colecionadores cobiçariam. 
 
 
ANÁLISE SINTÁTICA 
Informaram ao rapaz (OI) que o problema seria 
resolvido em breve e chamaram (VTD – cognominar – dar nome de )o governo (OD) 
de corrupto (PRED. DO OBJ) pela falta (CN) de assistência ao (CN) povo. 
Não se pose questionar que (OR. S. SUBJ.) o governo tem sido 
omisso em diversas situações, mas (OR. COORD. ADVERSATIVA) há questões 
complexas 
 em todas as bases administrativas. 
1- Os verbos informar (VTDI) e chamar apresentam dois complementos verbais. 
(E) 
2- O vocábulo “que”, que aparece na linha 1 introduz o mesmo tipo de oração 
que aparece na linha 4. 1ª OR. S. OBJ. DIRETA 2ª OR S. SUBJETIVA (E) 
3- A preposição “de” em falta de assistência, e “a” em assistência ao povo 
introduzem o mesmo tipo de complemento. (CN) (V) 
4- O segundo período do trecho apresenta estrutura complexa com as orações 
coordenadas e subordinadas. (OR. S. SUBJ.) E (OR. COORD. 
ADVERSATIVA) (V) 
5- A preposição “pela” na linha 3 introduz um adjunto adverbial. (V) ADJ 
ADVERBIAL CAUSA 
 
97I- TRANSITIVIDADE / PREDICAÇÃO VERBAL 
 
 Ele Buscava organização...( v. transitivo aceita sujeito) 
Organização era buscada... (v. transitivo dir. aceita passiva) 
1- Falta v. int. organização suj. no sistema educacional brasileiro . 
2- O governo permaneceu v. intr. no local durante adj. Adv. lugar todo o evento. 
adj. Adv. tempo 
3- Não me OI disseram VTDI coisas relevantes OD. 
4- O Brasil se tornou VL um país de corruptos PREDIC. SUJ. 
5- Ela acordou v. intr. nervosa PREDIC. SUJ. 
6- Eles suj. se OD consideravam VTD pessoas honestas PRED. DO OBJ. 
 
 
A) VERBO INTRANSITIVO 
Não apresentam OD nem OI. 
Podem apresentar ADJ ADV. Ou predicativos. 
Podem ou não ter sentido completo. 
 
Restava V. INT uma opção para o rapaz. SUJ 
Ela ficou V. INT em casa hoje. adj. adv. 
Ela ficou V. INT nervosa. pred. do suj. 
Ela ficou VTD com o dinheiro. OI 
 
B) VTD 
Exigem OD, ou seja, complemento sem preposição. 
Admitem adj. Adverbiais e predicativos. 
Admitem voz passiva. 
 
As meninas suj. encontraram VTD os pais OD nervosos. PO (pred. Objeto) 
 
(Eu) Não o OD (pronome) encontrei VTD novamente. 
(Eu)Deixei VTD que ele me ajudasse nas tarefas. OD (oração) 
(Eu)Conhecia VTD apenas uma parte da verdade. OD (nome) 
 
 Obj Direto pode ser representado por NOME, PRONOME ou ORAÇÃO. 
 
Amava VTD a mim. OD preposicionado (exigida pelo objeto e não pelo verbo) 
Amava VTD a (ênfase) seus filhos. OD preposicionado 
 A preposição aparece por exigência do tipo de complemento ou para dar ênfase 
ao objeto. (pronome átono sempre preposicionado) 
 
98 
 
Este trabalho(OD pleonástico), já o OD realizei VTD outras vezes. 
 (OD pleonástico) trata-se da repetição do OD na mesma estrutura oracional. 
 
Viveu VTD uma vida de aventuras. OD interno (intrínseco) 
 Consiste na utilização de uma palavra cognata ao verbo como núcleo do OD. 
C) VTI 
Exigem OI regido por preposição. 
Ocasionalmente, a preposição pode vir subentendido. 
Admitem adj. Adv. E ou predicativos. 
 
Não adj.adv. lhe OI(pronome) interessava VTI o assunto . suj. 
Duvidava VTI de que o problema seria resolvido. OI (oração) 
Precisamos VTI de pouca coisa OI (nome) ao longo da vida. Adj.adv. 
 OI pode ser representado NOME, PRONOME ou ORAÇÃO. 
 
D) VTDI 
Apresentam dois complementos sintáticos distintos OD + OI. 
Podem apresentar adj. Adv. E ou predicativos. 
 
(ele)Avisou VTDI os amigos OD sobre sua decisão. OI 
(ele)Avisou VTDI aos amigos OI sua decisão. OD 
Avisou-me sobre sua decisão. 
E) VL 
Unem o sujeito a um predicativo do sujeito. 
 
LISTA Ser, estar permanecer, continuar, parecer, tornar-se, viver (= estar), 
andar(= estar), virar (= tornar-se) 
 Para ser VL  tem que estar na lista + pred. Do sujeito 
 Podem apresentar adj. Adverbiais 
 Nunca apresentam OD nem OI. 
 
Ela suj. continuava v. int longe dos pais adj. Adv. 
Ela suj. continuava VL estar na lista uma pessoa simples pred. Do sujeito depois 
de tudo. adj. Adv. 
 
CESPE pensando... 
1 O governo suj. me OD considerou VTD adequada à tarefa ( a mim) (PO) 
 
( V ) O verbo considerar apresenta natureza transitiva predicativa(obj + 
predicativo), conforme se verifica no enunciado acima. 
 
2 Morava V. int. em Belo Horizonte adj. Adv. lugar há anos. adj. Adv. tempo 
99 
 
( V ) O verbo morar exige a preposição “em” e é um verbo intransitivo adverbiado 
ou circunstanciado. 
 
3 Queixou-se do amigo OI com o irmão. OI (Queixar-se de alguém com alguém ) 
( V ) O verbo queixar é pronominal ok (queixar-se) e foi usado com dois 
complementos indiretos, ou seja, regidos por preposição. 
 
4 O governo suj. comunicou VTD o fato OD na ocasião. adj. adv. (implícito OI a 
alguém) 
( e ) O verbo comunicar, usualmente regido de dois complementos, foram 
empregados apenas com obj, direto, deixando implícito seu complemento 
direto.(indireto) 
 
 
100 
 
14) Classificação do Sujeito e do predicado ↑ Sumário 
II- CLASSIFICAÇÃO DE SUJEITO 
 
 Solução (suj. OD) existia (V. int.) (havia-VTD or. Sem suj. ), mas as 
polícias (suj. simples) civil e militar estavam longe de encontrá-la.(retoma suj. 
“Solução”) 
1- ( E ) a substituição do verbo existir pelo verbo haver na linha 1 não comprometeria 
o sentido nem alteraria as funções sintáticas dos termos da oração, desde que 
mantidos o tempo e o modo do verbo original. (A oração faz sentido e está correta, 
mas ocorre alteração na estrutura sintática da oração. ) 
2- ( ) A segunda oração do período apresenta sujeito composto anteposto ao verbo. 
(suj. simples apresenta apenas um núcleo com dois adjetivos qualificando as 
polícias) 
3- ( ) O pronome “lá” que exerce função sintática de OD retoma contextualmente o 
sujeito da 1ª oração do período. (retoma suj. “Solução”) 
 
Sujeito - Determinado (existe e pode ser identificado na oração ou no contexto.) 
 * simples – expresso ou subentendido 
 *composto 
 * oracional 
 
- Indeterminado (existe, mas não pode ser identificado) 
 * 3ª plural sem agente 
 * 3ª do sing. + se (IIS) 
 
- Inexistente ( não existe sujeito) 
 * haver (existencial), 
 * haver e fazer (tempo) 
 * fenômenos naturais 
 * ser (hora, data, distância) 
 
Classificando o sujeito 
 
1- (ele)Não havia resolvido a data da prova.(suj. simples, subentendido, desinencial) 
2- Aqui se avalia(VTD) o ensino (suj. SIMPLES,paciente) 
3- Não se(IIS) trata (VTI) de um fato relevante(OI). (or. Sem sujeito) 
4- Já faz(tempo decorrido) cinco anos que ele (suj. simples) está aqui. (suj. 
inexistente) 
5- No Brasil, roubaram políticos, roubaram anônimos, roubaram todos e ninguém se 
move.(suj. simples(todos 4)) 
101 
 
CESPE  A construção da frase permite entender “políticos, anônimos, todos” 
como suj. e objeto, mas o contexto discursivo faz entende-los como sujeitos. (V) 
Pode-se colocar uma vírgula antes da conjunção “e”(sim, pois são sujeitos 
diferentes) (V) 
O vocábulo “ninguém” usualmente empregado para pessoas no contexto discursivo 
pode ser entendido como país. (V) 
6- As crenças (suj . simples) de jovens e (+ as)( tornaria suj. composto)de adultos 
mudam ao longo do tempo. 
 O verbo mudar está no plural para concordar com sujeito composto.(F) 
 Trata-se de um suj. simples e o núcleo do sujeito está no plural. (V) 
 Se eu colocar um “as” depois do “e” muda-se a estrutura sintática e o sentido da frase 
(V) (torna-se sujeito composto) 
Posso retirar a preposição “de” sem alterar a estrutura e entendimento da frase(V) 
7- Nada (suj.) interessa (VTI) à população local. (OI) 
8- Cabe ao governo (OI) rever metas. (SUJ. oracional) 
 
 
Tipos de 
Predicado 
Verbo Predicativo 
Verbal (único que não 
apresente predicativo) 
VI, VTD, VTI, VTDI O 
Nominal (único que apresenta 
v. de ligação) 
V. LIG Pred. Do sujeito 
Verbo-nominal (apresenta 
predicativo, mas não 
apresenta v. de lig.) 
VI, VTD, VTI, VTDI Pred. Do sujeito 
 ou 
pred. Do objeto 
 
VERBOS DE LIGAÇÃO 
SECA PP FT 
Seca Pres. Prudente faz tempo vivo 
Ser, estar, continuar, andar (estar), parecer, permanecer, ficar, tornar-se, 
viver (estar), virar (tornar-se) 
**Suj. + VL (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)** 
Suj. + VL VI (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial) 
Suj. + VL VI (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial) 
 
Ela (suj.) ficou VL (está na lista) triste (pred. Suj.) 
Ela (suj.) ficou VI (está na lista) em casa (adj. adv. lugar) falta o pred. Suj. 
Ela (suj.) ficou VTI (está na lista) com a herança (OI) 
102Quem fica fica com 
O rapaz(suj.) acordou (não está na lista) VI nervoso (pred. Suj) /naquele dia. (adj adv. 
Tempo) 
 
Diferenças entre o complemento nominal e o adjunto 
adnominal. 
 
 
DIFERENÇA: o Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos, a 
adjetivos e a advérbios + mente; ligado por preposição (-) exceto preposição “de” 
 
o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo 
nome a que se liga; 
 
o complemento não expressa ideia de posse; 
 
CN normalmente núcleo não é uma pessoa e não tem reescritura para voz passiva 
analítica. 
 
o Adjunto Adnominal se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou 
concretos. 
 
o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo 
modificado por ele. 
 
O adjunto frequentemente indica posse. 
 
 
 
CN X ADJ. ADNOMINAL 
As pessoas encontram, hoje em dia, soluções 1 para quase todos os 
problemas 2a da humanidade, o que implica, 5 até certo aspecto, 3 uma 
série 2b de visões diferentes 4 sobre o homem sob um enfoque analítico. 
1- **( F ) para tem como termo regente o termo de natureza verbal que 
requer para si 2 complementos. (CN) (localização do termo regente) 
103 
 
2- **( V ) a preposição de 2a (AD.ADN) na linha 2 estabelece o mesmo 
tipo de relação sintática que a preposição de 2b (AD.ADN) na linha 2 
 Relação sintática 2 tipos: 
NOMINAL CN OU AA 
VERBAL OI OD OD PREPOSICIONADO 
  CN (compl. Nominal) 
 Nome antecedente for adjetivo ou adverbio 
 Qdo suj. abstrato (PACIENTE) 
Amor à mãe (a mãe é amada) 
AMOR, PENSAMENTO (Subst. Abstrato) logo CN 
  AA (ADJ. ADNOMINAL) 
 Qdo sem preposição. 
 Suj. concreto. 
 Qdo suj. Abstrato (AGENTE) 
Amor de mãe (a mãe que ama) 
 Problemas da humanidade 
 Série de visões. 
Problemas e Série (subs. Concreto) logo AA 
 
*** todas são Adj. Adnominal, exceto as com preposição*** 
 
 Ideia de posse 
Com preposição se for concreto “tá junto” 
Abstrato, “fantasma, não anda junto” só se ele for agente 
COMPLEMENTO NOMINAL 
CN (não tem ideia de posse) 
Só com Preposição 
 Fantasma paciente 
 Adjetivo , Advérbio (também são fantasmas) 
 
104 
 
Toda oração subordinada adjetiva (explicativa ou restritiva) exerce apenas uma 
função sintática: adjunto adnominal. 
 
Preposição + (...) 
 
 NÃO  ADJ ADN. 
 
 SIM 
 
 ADJETIVO E ADVERBIO  CN 
 SUBSTANTIVO CONCRETO  ADJUNTO ADNOMINAL 
 
 SUBSTANTIVO ABSTRATO (SAQE – sentimento, ação, qualidade, 
estado) 
 Agente  Adj. Adnominal 
 Paciente  Complemento Nominal 
 
 
 
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno". 
 
“De madeira” é complemento nominal ou adjunto? 
 
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga 
exclusivamente a substantivos abstratos. 
 
“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”. 
 
Logo, “de madeira” é adjunto adnominal. 
 
Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”. 
 
Qual a função de “ao pai”? 
 
Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo. 
 
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a 
adjetivos, o adjunto não. 
 
105 
 
Portanto, “ao pai” é complemento nominal. 
 
Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”. 
 
Qual a função do termo “de mãe”? 
 
Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”. 
 
Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto. 
 
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o 
amor. 
 
Assim, “de mãe” é adjunto adnominal. 
 
Mais um: “O amor à mãe é sagrado”. 
 
O termo “mãe” agora tem sentido passivo. 
 
“Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo. 
 
Conclusão: “à mãe” é complemento nominal. 
 
Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”. 
 
Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal. 
 
106 
 
Classificando de predicado 
 
1- A ideia (suj.) está (VI, não tem predicativo) na cabeça de quase todo o 
governo.(adj. Adv. Lugar) pred. verbal 
2- Não o(OD) tornarei (VTd) um homem menos forte. (pred. Do objeto) pred. 
Verbo-nominal 
3- A decisão (suj.) foi avaliada (loc. Passiva)(avaliou-se)diversas vezes.(adj. 
Adv.) pred. verbal 
4- O governo (suj.) permaneceu (VL) imóvel (pred. Do sujeito) diante da cena. 
(adj. Adv.) 
5- As pessoas (suj.) chegaram (VI) atrasadas (pred. Do sujeito) ao local do 
evento .(adj. Adv. lugar)em função do trânsito. .(adj. Adv.) 
 
 
III- Termos sintáticos ligados ao nome. 
 
O jovem, de quinze anos,(explicativa, apenas 1 jovem de 15 anos) reapareceu no 
local do crime. ”As mulheres de hoje não conseguem lidar com esse tipo de relação e 
buscam outras opções.” 
A crítica ao diretor foi severa, caros leitores. 
1- As vírgulas na expressão “de quinze anos”, tem caráter meramente enfático e 
poderiam ser suprimidas sem alteração de sentido. (E) (generaliza para todos os 
jovens de 15 anos) 
2- A expressão de quinze anos, constitui um termo sintaticamente articulado ao nome 
antecedente, restringindo-lhe o significado. (E) (explica) 
3- A expressão “de hoje” tem natureza adverbial que se refere no contexto ao 
vocábulo “mulheres”.(E) (função adjetiva restritiva, caracteriza o termo 
antecedente) 
4- A preposição “com” na linha 2 introduz um complemento nominal do termo 
antecedente.(E) (complemento verbal OI) 
5- O conector ”e” na linha 2 poderia ser precedido pelo conector “por isso” entre 
vírgulas.(E) (seguido entre vírgulas, ou substituído com apenas uma vírgula antes 
do conector) 
6- A combinação “ao” ao se substituído por “do” alteraria significativamente o sentido 
do texto, mas não comprometeria nem alteraria as relações sintáticas existentes 
entre crítica e diretor. (E) (de complemento verbal vira adjunto adnominal) 
7- O termo “caro eleitores” não se comunica semanticamente com nenhum outro 
termo da frase e poderia, feito ajustes na pontuação, ser deslocado ao longo do 
período sem mudar sua função sintática. Em função da mobilidade que possui. (V) 
 
107 
 
 
Outros termos sintáticos 
 Complemento Nominal (é um termo obrigatoriamente 
preposicionado que completa o sentido de nomes transitivos.) = pode 
completar substantivo Abstrato , adjetivos ou advérbios. 
Os homens são favoráveis (nome, adjetivo) às mudanças. 
adjunto Adnominal (acompanha substantivos concretos ou 
abstratos, atribuindo-lhes características, qualidade ou estado)junto 
do nome 
Os homens velhos voltaram ao local 
Aposto (termo de natureza explicativa que vem entre vírgulas, 
parênteses ou travessões; que se refere ao termo antecedente.) 
Vocativo é um termo isolado da oração, refere-se ao ouvinte, vem 
sempre entre vírgulas ou pausas equivalentes. (?,!, :) 
O jornalista, Roberto Andrade, esteve aqui. (pode ser aposto , ou 
vocativo; existe ambiguidade) 
Roberto Andrade, o jornalista, esteve aqui. (aposto) 
Termo típica da passiva analítica que pratica a ação sobre o sujeito 
paciente. (por, pelo, de) 
O local estava lotado de estrangeiros. 
Os estrangeiros lotavam o local. 
adjunto adverbial (palavras ou expressões que exprimem 
circunstâncias) 
Modificam adj. , verbos ou advérbios. 
Predicativo (termo do predicado que sugere qualidade, 
característica ou estado ao sujeito ou ao objeto.) 
Elas encontraram os pais sozinhos. (pred. Do objeto) 
108 
 
Elas encontraram os pais sozinhas. (pred. Do suj.) 
 
109 
 
 
 
110 
 
 
111 
 
 
112 
 
113 
 
 
114 
 
15) Identificação do Sujeito ↑ Sumário 
COMO IDENTIFICAR:SUJEITO DA ORAÇÃO 
 
1- Função de sujeito Caso DEFAMAVOS 
( verbos causativos: deixar, fazer, mandarVerbos sensitivos: ver, ouvir, sentir. + pronome (o, a) + v. Inf.) 
(Eu) Mandei-/o (Suj.) ficar aqui/ OD. 
(Eu) Não o (Suj.) vi /entrar em casa/OD. 
 
2- Pronome Demonstrativo 
O (aquilo) (suj.) que (suj.) mais admiro em você são os seus olhos.(VL 
conconda com o Predic. do Suj. ) 
O Verbo "Ser" 
A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, 
essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito. 
O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito: 
a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o 
predicativo estiver no plural. 
Exemplos: 
Isso são lembranças inesquecíveis. 
Aquilo eram problemas gravíssimos. 
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos. 
b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo 
no plural. 
Exemplos: 
Nosso piquenique foram só guloseimas. 
 Sujeito (coisa) Predicativo do Sujeito 
 
Sua rotina eram só alegrias. 
Sujeito (coisa) Predicativo do Sujeito 
115 
 
Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. 
Por Exemplo: 
Gustavo era só decepções. 
Minhas alegrias é esta criança. 
(oração invertida) A criança é a alegria. E não, a alegria que é a criança. 
Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento 
sobre o outro. 
Por Exemplo: 
A vida é ilusões. 
c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. 
Por Exemplo: 
Que são esses papéis? 
Quem são aquelas crianças? 
Cuidado 
 Chegaram as novas cartas (suj) relação ativo 
 Enviaram as novas cartas (OD) relação passivo (pode ir para passiva) 
1. O enfoque nas soluções únicas dos problemas 
 / que (OD)”NÓS”(suj. desinencial) enfrentamos/ (os problemas) 
empobrece, quase sempre, a qualidade mesma do raciocínio. 
(A) O (Aquilo) / que há (existencial)de mais terrível nas cenas de violência 
transmitidas pela TV / 
(Aquilo)- está- estão nas reações de indiferença de alguns 
espectadores. 
 
1. São as possibilidades de enfoques alternativos o (aquilo) que(suj. retoma 
aquilo) importa nas operações que(suj. retoma operações)levam a 
soluções múltiplas. 
 
Aula 10.3 
116 
 
 
2. Quase ninguém, /entre os que (suj. pron. Relat. Retoma “os” aqueles) se 
valem (valer) do controle remoto,/ resiste à tentação de passar velozmente por 
todos os canais de TV. 
 
(o “pron demons.” = v. Sing. , os = v. Plural ou pred. Do suj. no Plural) 
 
3. O (aquilo) /que (suj. do verbo impõe retoma aquilo) nos mandamentos de 
Moisés se impõe como um dos princípios fundamentais / é a necessidade 
de reconhecimento dos nossos limites. 
 
4. Quando o /que indica (indicar) nossos caminhos/ são os apelos da voz 
interior (predicativo do sujeito no plural) , a escolha profissional não é 
aleatória. 
 
5. Podem ser mais fortes do que as circunstâncias humanas o interesse 
daqueles que (Daqueles) estabelecem de vez a concentração do poder 
econômico. 
Quando o sujeito é representado por 'que ou quem, nada, tudo, isso, isto, 
aquilo, o', o verbo SER, preferencialmente, concorda com o predicativo do 
sujeito se estiver no singular ou no plural 
 
3- Sujeito Oracional. 
 
Sujeito oracional 3ª sing. Masculino 
Fumar e Beber neste local é proibido. 
OBS.: Na Língua portuguesa os infinitivos e asa orações representam o número 
singular e o gênero masculino. 
 
4- Aos moradores jamais poderia ocorrer (isso) que os policiais se solidarizassem 
com eles.(suj. oracional) 
5- (PA) Sujeito passivo 
“Em qualquer notícia que provenha do nosso íntimo não mais HÃO (haver) de 
se (PA)ocultar (VTD) as verdades (suj. passivo) que fingimos desconhecer. 
... há de haver (VTD) as verdades (OD)... 
...Hão de existir as verdades (SUJ.) 
 
Se tivessem havido firmes reações... 
 
117 
 
 VERBO DISTANTE DO SUJEITO 
INVERSÃO FRASE 
 
 FRASE INVERTIDA SUJEITO PÓSPOSTO AO VERBO 
2. Nas palavras dos piores contraventores (existir) insolentes alusões 
à moralidade. 
* Quem pratica a ação de existir. – 
- insolentes alusões ...existem.... 
3. Aqueles/ de quem não advém qualquer reação contra os desonestos/ 
 
(Aqueles)acabam estimulando a corrupção. 
4. Está (estar) nos traços da cultura brasileira, 
/que são também estratégias de sobrevivência, / (or. Adjetiva) 
uma forte inspiração para um ensino que ensine. Suj. total 
 
5. São muitas as pessoas 
/ a quem (pron. relativo) pode convencer (loc. verbal) uma proposta ampla, honesta e 
revolucionária para o nosso ensino. 
 
6. O despertar para a dialética e para relações contrastantes abre (abrir) 
um caminho mais consequente para a reflexão e para a prática. 
 
 
7. A entrada dos 2 000 tem (têm) trazido a reversão das expectativas de que 
haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da 
humanidade. 
 
FRASE COM SE 
 
118 
 
Não se devem (sujeito oculto "ninguém" ) responder aos sacrifícios humanos com o 
cinismo de quem se julga superior. 
 
Ninguém deve responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se 
julga superior! 
Então a frase fica assim: 
Não se deve responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se 
julga superior! 
 
 FRASE COM QUE 
I) Orações Subordinadas Substantivas: 
Equivalem a um substantivo (=isto). Apresentam-se introduzidas pelas conjunções 
integrantes que e se ou por pronome indefinido, pronome ou advérbio interrogativo. 
1) Subjetivas: Exercem a função sintática de sujeito. 
a) Verbo na 3ª pessoa do singular (CONVIR, CUMPRIR, IMPORTAR, URGIR, 
ACONTECER, PARECER, etc.) seguidos de QUE, SE. 
b) Expressões na voz passiva: SABE-SE, SOUBE-SE, DIZ-SE, CONTA-SE, É 
SABIDO, ESTAVA DECIDIDO, etc. 
c) Verbo de ligação mais predicativo: É BOM, É CONVENIENTE, ESTÁ CLARO, 
etc. 
Ex.: Parece [que ela chega hoje.] 
Não se sabia [se era verdade.] 
É claro [que ficarás bom.] 
SUJEITO ORACIONAL: quando o sujeito aparece sob forma de oração, a expressão 
da 
oração principal não varia. 
a) Verbos do tipo: Convém, Basta, Parece, Falta, Importa... 
Convém/que estejas aqui na hora marcada. 
or. princ. or. subord. subst. subjetiva 
b) Verbo de ligação + predicativo do sujeito: É bom, Está claro, Parece possível... 
É bom / que digas a verdade 
or. princ. or. subord. subst. subjetiva 
c) Expressões na Voz Passiva: Sabe-se, Diz-se, Conta-se, É sabido... 
Sabe-se/que ele disse a verdade. 
or. princ. or. subord. subst. subjetiva 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO 
Observação: 
119 
 
Em muitas orações, o sujeito é exercido pelo pronome relativo QUE ou por seus 
relativos correspondentes - O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS. 
A FUNÇÃO DO PRONOME RELATIVO(SUJ. OU OD) não tem relação com o termo 
retomado. 
9.(nós) Somos o único povo da História que(pro. Rel. retoma “povo”) ainda 
mantém um pouco da alegria do viver. 
 
 
10 .No intervalo da conferência, surgiram várias ideias (suj. de surgiram) 
asquais(suj. de induziram) (retoma ideias) induziram o palestrante a mudar o 
rumo 
de seu discurso. 
 
 USO DO QUE (SUJEITO OU OD) 
 Isto é um exemplo do que pode acontecer. 
 Isto são exemplos do que pode acontecer. 
 Tudo o que eu quero é um dia sossegado. 
 Tudo o que eu quero são dias sossegados. 
 
 Quem é este garoto? 
 Quem são estes garotos? 
 Que é este embrulho? 
 Que são estes embrulhos? 
SUJEITO NÃO PODE TER CARGA PASSIVO 
1. Caberia comercializarem-se os televisores com uma advertência 
expressa 
sobreo perigo que (OD) representa as exposições contínuas à tela de uma 
TV. 
 
 Cuidado: São asexposições contínuas .... que representa o perigo. 
 
2. Incluem-se(a pensão, e o seguro) entre tantas vantagens 
que(OD)proporcionam o trabalho assalariado a pensão para os que se 
acidentam e o seguro para os que perdem o emprego. 
*É o trabalho assalariado que proporciona vantagens.Cuidado ver sentido 
da oração. 
120 
 
 
> Ainda cabe aos alunos da 1ª série consertar o dano que causaram à 
escola. não é o sujeito 
 
>Enreda-se nas tramas das próprias memórias todo aquele que não busca 
abrir, para si mesmo, novos tempos e novas experiências. 
 
> A qualquer pessoa podem ocorrer, neste tempo de radicalismos, 
argumentos 
em favor da mais pessimista expectativa histórica. 
 
>Se a cada um de nos efetivamente perturbassem os que agem mal, a 
impunidade 
seria impossível. 
 
 Para as pessoas mais sensatas implica VTDI (implicar) sérios riscos 
(OD) 
a drástica divisão entre pessimistas e otimistas. 
 
 
> Não ocorre aos bons cidadãos que os maus contam com o silencio da 
sociedade (sujeito oracional) para seguirem sendo o que são. 
 
b) Em virtude da regra acima, não se deve, portanto, preposicionar um 
termo 
que exerce a função sintática de sujeito. Observe: 
 
 
>Esta na hora da onça beber água. (construção errada) 
Corrija-se para... 
> Esta na hora de a onça beber água. 
sujeito do verbo "beber" 
:> Apesar da manifestação ocupar as ruas principais, o transito fluía 
normalmente. 
(construção errada) 
Corrija-se para... 
121 
 
>Apesar de a manifestação ocupar as ruas principais, o transito fluía 
normalmente. 
sujeito do verbo "ocupar" 
 
Apesar do trânsito não fluir bem... 
 Apesar de o trânsito fluir bem ...(o que flui bem é o trânsito (suj.)) 
 
 
Questão CESPE TRE/BA 
 
“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a 
indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um homem 
 dele haver 
violento, pareceu compreensível aos depoentes.” 
 
** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento” 
pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido 
considerado um homem violento. 
** Devem existir ratos (suj.)no porão 
Mas... 
Deve (3ª sing. haver (VTD) ratos (OD)no porão. 
 
** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da 
legalização da maconha. 
Mas... 
Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização 
da maconha. 
122 
 
 
16) Condordância Nominal ↑ Sumário 
 
 
OBS: milhão e milhares são palavras masculinas 
Os milhares de pessoas chegaram. 
Os milhões de mulheres chegaram. 
 Ela reconheceu-me.(VTD) 
 Ela obedeceu-me. (VTI) 
 Ela reconheceu a mim. 
 Ela obedeceu a mim. 
 
Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes 
oblíquos tônicos: 
 
 Ela gosta de mim. 
 Ela mentiu perante mim. 
 Ela faz tudo por mim. 
1- Expressão partitiva 
(uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção 
de, a maioria de, etc) 
 
 Boa parte dos inscritos no último concurso irá / irão realizar a prova. 
 Grande número de automóveis circula / circulam ... 
 
2- Sujeito Subs. Coletivo (bando, grupo, equipe = necessita especificação) 
 
 Um bando de aves sobrevoava / sobrevoavam ... 
 Um grupo de arruaceiros invadiu / invadiram ... 
 O ramalhete de rosas murchou. (ramalhete só pode ser de flor  expressão 
específico = verbo concorda com ramalhete) 
 
123 
 
3- Verbo anteposto (coletivos, partitivos) “só admitido concordância nuclear” 
 
 Nas capitais, circula grande número de automóveis. 
 
4- Numeral no sujeito (cerca de, perto de, mais de, obra de) 
***Não altera o sentido do texto *** CESPE *** 
 1% dos alunos pode / podem 
 2% do alunado pode / podem 
 0,8 vez 
 2,5 vezes 
 Perto de 15 manifestantes se aglomeraram... 
 
 Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por 
um dos pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo ou “coisas”, o 
verbo ser concordará com o predicativo (preferencialmente) ou 
com o sujeito. 
No início, tudo é/são flores. 
Tua Palavra sempre foi/foram as Sagradas Escrituras. 
Vestidos, sapatos e bolsas são/é assunto de mulher. 
 
“Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário 
nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente 
ditos.” (Revista CNT, “Lixo tributário”) 
 
a) “Com os verbos ser e parecer a concordância se faz de preferência com 
o predicativo, se este é plural.” (Luiz Antonio Sacconi) 
 
 O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os 
pronomes interrogativos que ou quem. 
– Que são anacolutos? 
– Quem foram os classificados? 
 
 Em indicações de horas, datas, tempo, distância (predicativos), o 
verbo concorda 
com o predicativo. 
– São nove horas. 
– É frio aqui. 
124 
 
– Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas? 
– Daqui à Cidade são só dez quilômetros. 
 
Cuidado!!! 
 Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois 
subentendese 
a palavra dia. 
– Hoje são 4 de setembro. 
– Hoje é (dia) 4 de setembro. 
 Indicando horas e seguido de locuções como “perto de”, “cerca de”, 
“mais 
de”, o verbo “ser” tanto pode ficar no singular como no plural. 
– Era/Eram cerca de dez horas. 
 
 Fica o verbo “ser” no singular quando a ele se seguem termos 
como muito, pouco, 
nada, tudo, bastante, mais, menos, etc. junto a especificações de 
preço, peso, 
quantidade, distância, etc. Ou seguido do pronome demonstrativo 
o. 
– Cento e cinquenta reais é nada, perto do que irei ganhar em São 
Paulo. 
– Cem metros é muito para uma criança. 
– Duas surras será pouco para ele aprender. 
– Divertimentos é o que não lhe falta naquele parque temático. 
 Na expressão expletiva é que, se o sujeito da oração não 
aparecer entre o verbo 
ser e o que, o ser ficará invariável. Se o ser vier separado do que, 
o verbo concordará 
com o termo não preposicionado entre eles. 
– Eles é que sempre chegam atrasados. 
– São eles que sempre chegam atrasados. 
– São nessas horas que a gente precisa de ajuda. (construção 
inadequada) 
– É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (construção 
adequada) 
 
125 
 
“O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da inclusão de 
qualquer cidadão”: 
 
O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de estudar são a mola mestra da inclusão de 
qualquer cidadão. 
 
 
Justificativa Para A Concordância 
Alteração na concordância  Sentido 
Substituição de termo 
 
1. ( E ) O povo brasileiro tem interesse no setor, os políticos, não. 
A vírgula empregada no trecho é um mecanismo coesivo capaz de evitar a 
repetição vocabular. No contexto, a vírgula equivale a expressão “tem (“têm” 
refere-se aos políticos, plural) interesse no site” 
2. ( E ) Caros eleitores (vocativo), votem (vocês)votei(eu) com consciência o uso 
plural, na fase, em “votem” se justifica pela concordância com forma 
nominação “caros eleitores”. 
3. ( ) Falta, no Brasil, recurso e administração efetiva. 
Anteposto (Faltam) Recurso e adm. Efetiva (suj. composto) faltam no Brasil. 
4. A maioria da população brasileira dispõe de crédito. 
(dispõem) não pode ser trocado a maioria sing. A população brasileira tbém é 
singular 
A maioria dos brasileiros dispõe ou dispõem de crédito. 
5. Esperava que existissem, no país, normas sobre o fato. 
 Tivessem (não pode ser usado com sentido existencial) 
6. Não pode, em situações comuns, haver problemas. (OD). 
 Podem... existir problemas (suj.) (não pode 
existirem) 
7. No Brasil, os governantes, têm que discutir propostas. 
 ... têm ... discutirem...(locuçãoverbal só flexiona o auxiliar) 
8. Nenhum de nós sabe (sabemos) o que aconteceu no local. (cada e nenhum 
sempre singular. 
 
 
1- ( F ) Caros eleitores (vocativo), (vocês) votem com consciência. 
(...,votei com consciência) pode se trocar a conjugação. 
O uso da 3ª pess. Do plural é justificado em função do termo de 
natureza nominal (Caro eleitores). 
2- ( F ) Cada um de nós sabe o que é relevante. 
126 
 
Seria possível substituir a forma verbal sabe por sabemos sem 
prejuízo para a norma e / ou sentido do texto, permitindo, desse modo, 
uma maior interação com o leitor. (cada um e nenhum não pode ser 
plural 3ª pessoa singular) 
3- ( V ) Os governantes lutam para, em algum momento, modificar o 
futuro do país. 
Modificar  modificarem (período composto – mesmo sujeito) 
( F ) As pessoas que se dispuseram a resolver o caso não estavam no 
local 
Resolver  resolverem (locução verbal apenas o auxiliar varia) 
( V ) Deixou os brasileiros (suj.) agirem por conta própria. 
AGIREM  AGIR (os) (regra defamavos) se nome facultativo se 
pronominal 3ª sing. 
 
127 
 
17) Casos mais comuns CESPE ↑ Sumário 
 Tratam(VTI)-se(ISS) de fatos complexos. 3ª sing. 
3ª sing. 
 Cada um(s) 3ª sing. 
Nenhum(a) de / dos das 3ª sing. 
Nenhum de nós escolheu a vida que tem. 
 ... escolhemos ... 
 Haver (existencial) 3ª sing. TER (existencial) 3ª sing. 
Haver / Fazer (tempo) 3ª sing. *existir / ocorrer / acontecer - Flexiona 
Auxiliar de verbos impessoais 3ª sing. 
Coisas novas podem acontecer no setor. 
 ...pode haver... 
 Suj. oracional  3ª sing. 
Cabe aos homens discutir o futuro. (suj. oracional) 
Procura-se avaliar a resposta. (suj. oracional) 
 Concordância lógica ou atrativa. 
Um(a) dos / das que 
Grande parte de / A maioria de ... 
Suj. composto posposto 
Numeral + determinante 
Resta ao homem moderno decepção e renda. (atrativa) 
( F ) a frase poderia ser construída desta forma 
Decepção e renda ao homem moderno resta.(restam) (lógica) 
A maioria da população enfrenta. (só sing.) 
 
 Pron. De Tratamento 3ª pessoa 
Vossa excelência sabe de vossas suas obrigações. 
 
 Flexão do infinitivo 
Loc. Verbal  apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. 
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, 
ir, continuar,... 
 
As pessoas têm que avaliar o futuro 
 ... avaliarem ... 
128 
 
 ** Em caso de período composto, quando a 2ª oração for 
introduzida pela preposição a, a flexão do inf. Será facultativo. 
Os mais velhos (suj.) incentivam os mais novos (suj.) a deixar 
(deixarem) o lar. 
 (oração com sujeitos diferentes.) 
 ** Caso (DEFAMAVOS)–deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir 
(DEFAMAVOS) + infinitivo 
Se suj. for pronome a flexão será proibida. 
Se o suj. for nome a flexão será facultativa. 
Deixou os meninos dormir / dormirem. 
(Ele) Deixou-os dormir. 
 
Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem 
**CESPE ** ( F ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o 
pronome oblíquo as. 
 
 A maneira de Eles agirem me agrada. 
Em se tratando de sujeitos distintos, flexiona-se o infinitivo 
 Período composto com o sujeito, a flexão facultativa sobretudo se o inf. 
Estiver preposicionado. 
 As pessoas têm medo de se sentir mal. 
 de se sentirem mal.(tem o mesmo sujeito) 
 Eles pediram para sair / saírem mais cedo. 
 Parecer.  apenas o parecer varia. LV 
  apenas o infinitivo varia. PC 
 
Pareciam compreender a matéria. 
Parecia compreenderem a matéria. 
Casos de Concordância da CESPE 
 1 Em locuções verbais, apenas o verbo auxiliar se flexiona o infinitivo não varia, 
Os brasileiro começaram, em algum momento, a questionar o Governo. 
 principais: Ter, haver, começar (a), voltar (a), chegar(a), ir, ser, estar, dever, 
poder, continuar (a), passar (a)... 
Ela fez as moças falar / falarem.(Ela fez com que as moças falassem) 
DEFAMAVOS 
 2 Deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir.  verbos causativos e sensitivos + 
inf. 
129 
 
Se o sujeito for um nome plural , a flexão so infinitivo será facultativa. 
Se o sujeito for pronome plural, a flexão será proibido. 
Deixei os meninos dormir ou dormirem. 
Deixei-os dormir/dormirem. 
 3 Em caso de período composto em que as orações apresentam o mesmo 
sujeito, a flexão do infinitivo será facultativa. 
Eles pediram para sair mais cedo. 
 Saírem 
 Saírmos 
Eles têm medo de se sentir mal 
 Se sentirem 
 4 Em construções com sujeitos distintos a flexão no infinitivo é necessária 
A maneira de Eles agir / agirem é interessante. 
A forma de os rapazes conduzirem o caso é interessante. 
É hora de a onça beber agua. 
 
 5 Em casos de períodos compostos , quando a segunda oração vier regida pela 
preposição “a” a flexão do infinitivo será facultativa, 
Viu os rapazes a cantar naquele dias. 
 A cantarem... 
Eles estavam dispostos (eles aceitaram o pedido) a aceitar / aceitarem o pedido. 
 6 Pron. De tratamento 3ª pessoa com verbos e formas auxiliares 
 concorda em gênero com o sexo da pessoa a que se referem. 
Vossa Excelência, Senhor Juiz, está ciente de suas obrigações, por isso esta 
preocupado. 
 7 Que sujeito, o verbo concordará com o termo antecedente 
Fomos nós que resolvemos o problema. 
 8 Quem  sujeito, o verbo concordará com o termo antecedente ou 
permanecerá n 3ª pessoa sing., concordando com o próprio quem. 
Fomos nós quem resolveu / resolvemos o problema. 
Foram as mulheres quem mais evoluíram / evoluiu nos últimos anos. 
 9 Nenhum (a) de / dos / das  3ª do sing. 
Nenhum de nós reconhece / reconhecemos seus problemas. 
 10 Cada um (a) de / dos / das  3ª do sing. 
Cada uma delas sabe o que quer. 
 Sabem 
Cada um de nós tem temos um sonho. 
 11 Haver com valor existencial (3ª, verbo impessoal, or. sem suj. , VTD, 
contamina o verbo. 
Coisas diferentes começaram (começou), por razões diversa, a haver; mas, por 
outro lado, foram elas necessárias para que tudo melhorassem. 
Mudanças precisa haver. 
130 
 
Mudanças precisam existir.(existir, acontecer, ocorrer são variáveis) 
Mudanças precisam ter. 
Na reunião, teve (houve) quem criticasse o governo.(verbo ter não pode ser 
usado com valor existencial) 
Haviam (Eles) encontrado o rapaz. = Encontraram o rapaz (verbo haver com 
outro sentido – não existencial- variam) 
 12 haver / Fazer (tempo decorrido )  3ª do sing., verbo impessoal, or. Sem 
suj., auxiliares também não variam. 
Vai fazer dois anos que estamos aqui. 
Haviam Havia semanas que não se falavam. 
 13 suj. oracional  o verbo da oração principal fica sempre na 3ª do sing. 
Cabem Cabe aos homens, discutir o futuro do país (suj. oracional). 
É importante que vocês estudem. 
 
Não é sabido... 
Não se (PA) sabe(VTD) se o país cresceu nos últimos anos. 
O verbo saber está singular porque apresenta uma construção genérica, com 
sujeito indeterminado. (E) 
 Se * PA  o verbo concordará com o sujeito. Não se explicam tais fenômenos. 
 * IIS  o verbo permanecerá na 3ª do sing. Trata se de fatos recentes. 
 
 
CESPE- Aula 5 - Parte II 
Lógica ou atrativa 
 14 Suj. composto posposto ao verbo 
Resta ou restam uma esperança e alguns recursos no caso. 
 
 15 Expressões partitiva + determinante 
Grande parte dos produtores investe ou investem nisso. 
 16 numeral + determinante 
15 % da produção apresentou ou apresentaram defeito. 
 17 Pron. Indefinido ou interrogativo, no plural, + nós / vós. 
Quais de nós sabem ou sabemos a verdade? 
Qual de nós sabe ou sabemos a verdade? ( se o pronome estiverno singular só 
aceita o verbo no singular “sabe”.) 
Alguns de vós trouxeram ou trouxestes o pedido. 
 18 sujeitos ligados com “ou” (alteração enfática) 
 inclusão – plural 
 
exclusão – singular 
 
131 
 
Dupla possibilidade 
O político ou seu assessor mentiu(um dos dois mentiu) ou mentiram( pode ser 
que os dois tenham mentidos) (possibilidade 1 aceita os dois com alteração do 
sentido) 
 
Uma única possibilidade 
Não se se é a força da biologia ou o meio que predomina sobre o 
comportamento humano. (possibilidade 2 aceita somente o singular, pois 
predomina indica predominância de um sobre o outro, não pode ser ao mesmo 
tempo os dois.) 
 
Cigarro ou álcool fazem mal a saúde. (possibilidade 3 plural obrigatória 
(inclusão; os dois fazem mal a saúde).) 
 
 
 19 sujeitos ligados com “com” (alteração enfática) 
usa-se o plural 
O presidente com os ministros decidiram a medida. 
Ex:. CESPE 
O verbo decidiram está no plural para concordar com “os ministros”(com termo 
mais próximo(E).(E) 
O verbo concorda com os dois termos da oração (V). 
Pode se colocar entre vírgulas (E).(ideia de adição e não de enumeração) “ou” 
com sentido de “E” 
admite-se o singular para se dar ênfase ao 1º elemento. 
O presidente com os ministros decidiu a medida. ( Foi o presidente que decidiu a 
medida) 
O presidente, com os ministros, decidiu, a medida. 
CESPE 
Pode-se separar os termos “com os ministros” entre vírgulas sem alteração de 
sentido. (F) 
Os termos “com os ministros” torna-se adj. adverbial de companhia 
- ocorre alteração da estrutura sintática, altera sentido, deixa de ser parte do 
sujeito para tornar adj. Adverbial de companhia, 
 20 gradação ou sinônimo (alteração enfática) 
sinônimo 
Amor e paixão fazem bem à alma. (dois sentimentos diferentes) 
Amor e paixão faz bem à alma. (os sentimentos são iguais (sinônimos)) 
Medir e avaliar..... não é tarefa fácil. 
 São tarefas fáceis. 
CESPE 
132 
 
O verbo está no singular, pois foi tomado os verbos medir e avaliar como 
sinônimos.(V) 
O verbo “ser” pode ser colocado no plural sem necessidade de correção e 
estrutura da frase (E). 
gradação 
Um olhar, um gesto, uma palavra muda ou mudam tudo.(singular se tomar como 
um sentido só; plural se tomar como ideias diferentes.) 
 
 21Concordância ideológica (Silepse) 
A gente somos moradores neste país. (não é aceita n norma culta) 
Mais de um aluno esteve aqui. (norma culta singular, ideia ideológica sentido de 
plural) 
 
CESPE 
O uso do singular embora esteja de acordo com a norma culta, não converge 
com a ideia sugerida pelo termo do texto, se apenas a ideia sugerido pelo termo 
fosse levada em consideração seria “estiveram” “ mais de um estiveram” o 
CESPE cobra nesta questão não a norma culta da frase, mas o sentido da frase. 
(reflexão linguística) 
 
 
 OBS :. Orações subordinadas Substantivas Reduzidas de infinitivo são 
desenvolvidas com acréscimo de conjunção e uso de passiva (sintética ou 
analítica) 
 É necessário questionar o governo. 
É necessário que o governo seja questionado. 
É necessário que se questione o governo. 
PLURAL 
É necessário questionar os governantes. 
É necessário que os governantes sejam questionados. 
É necessário que se questionem os governantes. 
 
*OBS .: 10 PALAVRAS QUE MAIS ALTERAM O SENTIDO COM A TROCA DE 
LUGAR NA FRASE 
 
 
SÓ, APENAS, SOMENTE, POBRE, GRANDE, CERTO, SIMPLES, ALGUM, 
QUALQUER, NOVO 
Só o Brasil assinou o acordo. (nenhum pais mais assinou o acordo) 
O Brasil só assinou o acordo. (o Brasil só assinou o acordo, não fez mais nada) 
133 
 
 
Fernando pestana reconhecimento de frases corretas e incorretas 2014 002 
O trecho: 
 “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, 
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar” 
 
 poderia ser corretamente 
reescrito da seguinte forma: 
 
... pelo tempo que a lei permitir (adj. Adv. Longo sem vírgula) 
pertence, aos autores, o direito exclusivo de utilização, de publicação ou de 
reprodução de suas obras, o qual é transmissível a seus herdeiros. (separação por 
vírgula do verbo do seu sujeito (qdo deslocado nunca se separa por vígulas), do 
objeto. 
 
 
134 
 
18) Outras estruturas ↑ Sumário 
1- Estava em um local seguro. 
Em um  num (V) –Norma Culta admite a troca (separado em forma mais formal) 
2- O governo investe mais em educação que outros países (investem). 
Que  do que (V) (nas estruturas de comparação as duas estão corretas) 
O governo e outros países desempenham a mesma função sintática. (V) 
(or. Comparativo verbo implícito investem) 
( F ) depois de outros países subentendem o verbo investe ?(investem) 
**CESPE** O governo tem mais que outros países (suj.) (têm). CUIDADO 
O CESPE pode cobrar concordância verbal, além de cobrar o verbo implícito da or. 
Comparativa. Análise Sintática e concordância verbal. 
O governo (sujeito da 1ª oração) 
Outros países. (sujeito da 2ª oração) 
 
3- O governo falou mais do que seria feito no setor. 
(F) Mais do que é uma expressão comparativa por isso é possível suprimir o do. 
(do pronome de + aquilo e não é comparativo é superlativo) 
(V) Trocar do por sobre o. 
O + que (Sempre observar o como aquilo) 
 
4- O governo tem que investir em educação. 
Que  de (V) (locução verbal formadas por ter + inf pode ser usada que ou 
de(prep.. acidental)) 
 
5- Isso fará com que ele estude mais. 
Pode-se suprimir o com. (V) (fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com) 
 
6- A maneira / de os brasileiros corruptos se manifestarem / é essa. 
Pode-se trocar de os por dos (F) (suj. do verbo manifestarem)-Na norma Culta não 
podemos fazer a fusão da prep.. com artigo ou pronome qdo houver verbo no 
infinitivo 
O modo dela/ (de ela) agir /me assusta. 
7- Isso consta no documento. 
No  do (V) (regência do verbo constar em/de) 
8- A decisão acarretará problemas. 
Pode-se inserir em antes de problemas. (F)(Regência do verbo acarretar VTD não 
admite preposição) 
 
9- O governo visa (deseja) a discutir o caso. (período composto ...que se discuta o 
caso. 
Visava a resolver a questão. ( em caso de OI. Oracional prep. Facultativo qdo não 
houver prejuízo para a eufonia da frase) 
135 
 
Pode-se suprimir o a. (V) 
 
(visar VTI  mas pode –se suprimir por se tratar de objeto indireto oracional + inf.) 
 
Chegou a discutir o caso. 
  Nas loc. Verbais não pode suprimir o a em voltar, começar e chegar. 
 
( locução verbal (ter, haver(de)), ser, estar, chegar(a), ir, voltar(a), começar(a), 
poder, dever) 
 
Auxiliar ativa T/H (Tempo Composto) Ter/Haver + inf + (que ou de -Facultativo-) 
Auxiliar Passiva S/E 
C / I / V 
C / P / D 
 
 
10- Chamaram(denominar), na ocasião, por motivos óbvios, o (ao) governo de 
corrupto(pred. Obj.). 
Trocar o por ao (V) (Regência do v. Chamar- pode tudo VTD ou VTI) 
 suprimir o de (V) (pred. Do Obj. preposição Facultativo) (frase pode ser 
passível de ambiguidade) 
 
11- Não lhe informaram suas obrigações. 
Pode-se colocar a preposição de antes de suas obrigações. (F) (v. informar VTDI, 
então não pode por preposição) 
Pode-se por as antes de suas obrigações. (V) (o artigo antes de pronomes 
possessivos é Facultativo) 
 
 
MESMO x 7 = ? 
1. Adjetivo 
Vou ao mesmo restaurante direto. 
2. Pronome demonstrativo (reforçativo) 
Elas mesmas/próprias costuram seus vestidos. 
3. Pronome demonstrativo 
136 
 
Ele foi demitido, e o mesmo aconteceu com ela. 
4. Preposição acidental concessiva 
Mesmo chovendo, saí de casa. 
5. Advérbio de inclusão 
Ele malha, mesmo de madrugada. 
6. Advérbio de afirmação 
Ela falou a verdade mesmo! 
7. Substantivo 
O mesmo é um vocábulo dissílabo. 
 
13719) Uso de Preposição ↑ Sumário 
As pessoas encontram, hoje em dia, soluções 1 para quase todos os 
problemas 2a da humanidade, o que implica, 5 até certo aspecto, 3 uma 
série 2b de visões diferentes 4 sobre o homem sob um enfoque analítico. 
3- **( F ) para tem como termo regente o termo de natureza verbal que 
requer para si 2 complementos. (CN) (localização do termo regente) 
4- **( V ) a preposição de 2a (AD.ADN) na linha 2 estabelece o mesmo 
tipo de relação sintática que a preposição de 2b (AD.ADN) na linha 2 
 Relação sintática 2 tipos: 
NOMINAL CN OU AA 
VERBAL OI OD OD PREPOSICIONADO 
  CN (compl. Nominal) 
 Nome antecedente for adjetivo ou adverbio 
 Qdo suj. abstrato (PACIENTE) 
Amor à mãe (a mãe é amada) 
AMOR, PENSAMENTO (Subst. Abstrato) logo CN 
  AA (ADJ. ADNOMINAL) 
 Qdo sem preposição. 
 Suj. concreto. 
 Qdo suj. Abstrato (AGENTE) 
Amor de mãe (a mãe que ama) 
 Problemas da humanidade 
 Série de visões. 
Problemas e Série (subs. Concreto) logo AA 
5- ( F ) Seria possível a inserir da preposição em antes do vocábulo 
uma na linha 2 (Verbo implicar VTD ) não pode colocar preposição 
ante de (OD) 
138 
 
6- ( F) Se é possível trocar sobre o por a cerca do (distância) (ACERCA 
DE) 
OU para por a fim de (afim de) 
7- ( V ) a preposição até denota limite. (RESTRINGE) 
8- ( V ) posso trocar sob por de, mas altera-se o sentido do texto embora 
o texto continue coerente. (NORMA X SENTIDO) 
 
 
139 
 
20) Tipologia Textual ↑ Sumário 
Um texto pode ter + de 1 tipologia 
1- Descritivo  Estatístico / Observação 
2- Narrativo  Fato / Evolução Temporal 
3- Dissertativo  Opinião / Tese / Argumento 
4- Injuntivo Instrucional / Topicalizado / Imperativo = lei, instrução normativa 
5- Expositivo  Conceitual / Explicativo 
 
Funções linguístico 
- Poético: figuras de linguagem, conotação, neologismos, construções 
estruturais não convencionais, polissemia etc.; 
 
-Conotativo Apelativo: o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é 
estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.; 
 
- Emotivo expressivo  Opinião / 1ª pessoa 
- Referencial  (Informativa / Denotativa) Texto formal, Gráficos, didáticos 
encontramos tal função predominantemente em textos jornalísticos, 
científicos, didáticos e afins (não literária). 
 
- Metalinguística : um ato de comunicação em que se usa a linguagem para 
falar sobre ela própria; 
 
- Fático: algumas marcas linguísticas: “Bom dia/tarde/noite”, “Oi”, “Olá”, 
“Fala...”, “E aí”, “Estou entendendo”, “Vamos lá?”, “Pronto”, “Atenção”, 
“Sei...”, “Fui”, “Valeu”, “Tchau” etc. 
 
Tipologia Textual 
 
1. Narração 
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado 
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. 
Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o 
140 
 
passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis 
até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, 
romance, novela, depoimento, piada, relato, etc. 
2. Descrição 
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou 
um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua 
função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever 
sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa 
"criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do 
objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega 
facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em 
gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. 
3. Dissertação 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. 
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. 
3.1 Dissertação-Exposição 
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta 
informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. 
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é 
informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos 
expositivos de revistas e jornais, etc. 
 
3.1 Dissertação-Argumentação 
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do 
autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando 
convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente 
utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, 
dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. 
4. Injunção / Instrucional 
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, 
na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do 
infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; 
súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e 
instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: 
recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, 
aniversário, etc.). 
 
 
OBS: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns também 
consideram que os tipos listados abaixo possuem características suficientes para 
141 
 
receber a classificação de tipo textual. 
 
 
5. Predição 
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual 
ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, 
previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 
 
6. Dialogal / Conversacional 
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos 
gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc. 
 
 
Gêneros textuais 
 
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles 
orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm 
sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções 
comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se 
tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam 
eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, 
ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: 
 
 
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do 
tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à 
sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos 
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. No caso da "carta 
denúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente necessidade de o expor 
ao seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais utilizados. 
 
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de 
propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor 
apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a 
sensibilidade do mesmo. 
 
Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e 
injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto 
uso do medicamento. 
 
Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a 
fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, 
142 
 
além disso, com verbos no imperativo, dado o sentidode ordem, para que o leitor siga 
corretamente as instruções. 
 
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar 
ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. 
 
Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o 
posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da 
presença da objetividade. 
 
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido 
que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo 
determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens 
envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos. 
 
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A 
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, 
com linguagem direta. 
 
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela 
conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para 
obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente 
envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de 
entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos 
narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na 
entrevista médica. 
 
História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados 
em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando 
uma espécie de conversação. 
 
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, 
através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário 
sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. 
 
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser 
estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua 
composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber 
classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, 
etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes 
neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o 
conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o 
que toca e comove pode ser considerado como poético. Assim, quando aplica-se a 
143 
 
poesia ao gênero <poema>, resulta-se em um poema poético, quando aplicada à 
prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser 
assim considerados). 
Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em 
estrofes e as rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um 
refrão, parte da letra que se repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma 
interação direta com os instrumentos musicais. A tipologia narrativa tem prevalência 
neste caso. 
Advinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem 
algum nível de engenhosidade. Predominantemente dialogal. 
Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é 
utilizado para publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não 
necessariamente a cada ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo. 
Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar 
aquilo que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e da 
linguagem, consegue utilizar todas as tipologias textuais com facilidade. 
 
Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a 
informações de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, 
através da orientação que cada um traz. 
 
Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem 
ocorrer no futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo 
também características dos tipos narrativo e descritivo. 
 
 
Domínio Principal Gêneros textuais 
Científico 
Artigo científico 
Verbete de enciclopédia 
Nota de aula 
Nota de rodapé 
Tese 
Dissertação 
Trabalho de conclusão 
Biografia 
Patente 
Tabela 
Mapa 
Gráfico 
144 
 
Resumo 
Resenha 
Jornalístico 
Editorial 
Notícia 
Reportagem 
Artigo de opinião 
Entrevista 
Anúncio 
Carta ao leitor 
Resumo de novela 
Capa de revista 
Expediente 
Errata 
Programação semanal 
Debate 
Religioso 
Oração 
Reza 
Lamentação 
Catecismo 
Homilia 
Cântico religioso 
Sermão 
Comercial 
Nota de venda 
Nota de compra 
Fatura 
Anúncio 
Comprovante de pagamento 
Nota promissória 
Nota fiscal 
Boleto 
Código de barras 
Rótulo 
Logomarca 
Comprovante de renda 
Curriculum vitae 
Instrucional 
Receita culinária 
Manual de instrução 
Manual de montagem 
Regra de jogo 
Roteiro de viagem 
Contrato 
Horóscopo 
Formulário 
Edital 
Placa 
Catálogo 
Glossário 
Receita médica 
Bula de remédio 
145 
 
Jurídico 
Contrato 
Lei 
Regimento 
Regulamento 
Estatuto 
Norma 
Certidão 
Atestado 
Declaração 
Alvará 
Parecer 
Certificado 
Diploma 
Edital 
Documento pessoal 
Boletim de ocorrência 
 
Publicitário 
Propaganda 
Anúncio 
Cartaz 
Folheto 
Logomarca 
Endereço postal 
Humorístico 
Piada 
Adivinha 
Charge 
Interpessoal 
Carta pessoal 
Carta comercial 
Carta aberta 
Carta do leitor 
Carta oficial 
Carta convite 
Bilhete 
Ata 
Telegrama 
Agradecimento 
Convite 
Advertência 
Bate-papo 
Aviso 
Informe 
Memorando 
Mensagem 
Relato 
Requerimento 
Petição 
Órdem 
E-mail 
Ameaça 
Fofoca 
146 
 
Entrevista médica 
Ficcional 
Poema 
Conto 
Mito 
Peça de teatro 
Lenda 
Fábula 
Romance 
Drama 
Crônica 
História em quadrinhos 
RPG 
 
 
 
 
 
Gêneros literários: 
 
 Gênero Narrativo: 
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o 
lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado 
apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de 
concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a 
crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos 
estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: 
quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: 
 
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um 
povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. 
Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis 
e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de 
Homero. 
 
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e 
de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas 
principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, 
“proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão 
proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo 
de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. 
 
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do 
romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as 
obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. 
147 
 
 
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta 
situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura 
oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação 
de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia textualnarrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de 
aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; 
contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se 
desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos 
de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. 
 
Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens 
principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. 
 
Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem 
coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, 
quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.. 
 
Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e 
manifestos descritivos. 
 
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, 
críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e 
mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal 
e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, 
comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou 
provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a 
tolerância, de John Locke. 
 
 
 Gênero Dramático: 
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um 
narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por 
atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas. 
 
Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e 
terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, 
de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não 
narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. 
 
Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a 
sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, 
castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao 
148 
 
emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, 
os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas. 
 
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de 
riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares. 
 
Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. 
Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. 
 
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo 
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por 
este povo. 
 
 
 Gênero Lírico: 
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre 
corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do 
mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o 
predomínio da função emotiva da linguagem. 
 
Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada 
como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, 
decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a 
peça Roan e yufa, de william shakespeare. 
 
Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas 
com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta 
nas noites nupciais. 
 
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e 
aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante 
para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical; 
 
Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à 
natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou 
seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada 
(pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga 
é um idílio com diálogos (muito rara); 
 
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom 
sério ou irônico. 
 
Acalanto: ou canção de ninar; 
149 
 
 
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras 
iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase; 
 
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo 
(elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança; 
 
Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical; 
 
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio; 
 
Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema 
japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 
sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas; 
Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois 
tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. 
 
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de 
maldizer); satíricas, portanto. 
 
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados 
da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o 
texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite 
impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra 
interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa 
função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências 
comerciais. Exemplos: 
 
Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. 
(O Popular, 16 out. 2008.) 
 
"Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de alterações bioquímicas, 
fisiológicas e imunológicas coletivamente denominadas inflamação." (Descrição da 
inflamação em um artigo científico.) 
 
 
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e 
anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é 
subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. Não é 
o fato, mas o ponto de vista do emissor que está em destaque, sua percepção dos 
acontecimentos. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é 
150 
 
uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e 
reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor 
dramático ou romântico. Exemplos: 
 
“Porém meus olhos não perguntam nada. / O homem atrás do bigode é sério, simples 
e forte. / Quase não conversa. / Tem poucos, raros amigos / o homem atrás dos 
óculos e do bigode.” 
(Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade) 
 
 
“Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por iniciativa própria, 
assisti cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a crítica brasileira condenasse o 
filme por não ser convencional, mas tive uma satisfação imensa quando li críticas 
unânimes na imprensa. Fantástico! Parabéns, Sérgio Rizzo, seus textos nunca me 
decepcionam.” 
(Luciano Duarte. Guia da Folha, 10 a 16 de junho 2005.) 
 
 
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de 
alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo 
(daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (compre! faça!) ou 
conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu 
desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em 
discursos políticos, horóscopose textos de auto-ajuda. Exemplo: 
 
“Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!” 
 
 
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o 
emissor explica um código usando o próprio código. Por exemplo, quando um poema 
fala da própria ação de se fazer um poema, ou quando um cartunista descreve o 
modo como ele faz seus desenhos em um cartum. Exemplos: 
 
“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos mal rompe a manhã. São 
muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, 
teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para 
meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e 
não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.” 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
 
Função fática: O interesse do emissor é testar ou chamar a atenção para o canal de 
comunicação, isto é, verificar a "ponte" de comunicação e certificar-se sobre o contato 
151 
 
estabelecido, de forma a prolongá-lo. Os cacoetes de linguagem 
como: alô?!, né?, certo?, afinal?, ahã! hum... São exemplos usados para verificar a 
comunicação ou estendê-la. 
 
 
Função poética ou estética: É aquela que põe em evidência a forma da mensagem. 
O foco recai sobre o trabalho e a construção da mensagem. A mensagem é posta em 
destaque, chamando a atenção para o modo como foi organizada. Há um interesse 
pela mensagem através do arranjo e da estética, valorizando as palavras e suas 
combinações. Essa função aparece comumente em textos publicitários, provérbios, 
músicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Quando a mensagem é elaborada de 
forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras e rítmicas, jogos de 
imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem. 
Exemplo: 
negócio/ego/ócio/cio/0. 
(Na poesia acima, “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma 
combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro.) 
 
Canção 
Ouvi cantar de tristeza, 
porém não me comoveu. 
Para o que todos deploram. 
que coragem Deus me deu! 
Ouvi cantar de alegria. 
No meu caminho parei. 
Meu coração fez-se noite. 
Fechei os olhos. Chorei. 
[...] 
(Cecília Meireles) 
 
 
152 
 
21) Acentuação gráfica ↑ Sumário 
Prosódia é a parte da língua que trata da correta pronúncia das palavras. 
 
Erros de prosódia ou, como diria Caetano Veloso, “confusões de prosódia” 
são muito comuns. 
 
Pensando nisso, preparamos uma lista de palavras que geralmente nos 
confundem, levando-nos ao dito “erro de prosódia”. 
 
Assim, são palavras proparoxítonas, segundo a norma culta: 
 
abóbada, aeródromo, aerólito, ágape, álacre, âmago, anátema, antífona, 
antífrase, apóstata, aríete, arquétipo, autóctone, autópsia (alguns 
dicionários registram "autopsia"), azáfama, azêmola, bígamo, bímano, 
brâmane, cotilédone, crisântemo, dálmata, écloga, êmbolo, epíteto, êxodo, 
fagócito, hégira, ínterim, ímprobo, ínclito, leucócito, lêvedo, monólito, óbolo, 
ômega, pântano, périplo, protótipo, quadrúmano, revérbero, sátrapa, sílfide, 
sílica, trânsfuga, vermífugo, zéfiro, zênite. 
 
São paroxítonas: 
AU-TÓP-SIA NE-CROP-SI-A 
ne.crop.si.a Var. de necrópsia. 
ne.cróp.sia s.f. MED. Exame feito em (NECRO) cadáver (psia) = exame a fim de 
se conhecerem as causas da morte; autópsia. (auto) = em si mesma 
 
acórdão, albúmen, alcácer, algaravia, aljôfar, almíscar, âmbar, ambrosia, 
austero, avaro, aziago, azimute, barbárie, batavo, bíceps, busílis, cáften, 
cânon, caracteres, cartomancia, celtiberos, ciclope, cível, cizânia, clímax, 
cóccix, cólon, dândi, decano, díspar, dólmã, efebo, elétron, enigma, erudito, 
estalido, estêncil, estigma, estratégia, exegese, fêmur, filantropo, filatelia, 
flúor, fórceps, fortuito, gêiser, glúten, húmus, impudico, inaudito, índex, 
jângal, látex, libido, líquen, mercancia, meteorito, mícron, miosótis, 
misantropo, múnus, necropsia (alguns dicionários registram "necrópsia"), 
néctar, nenúfar, nêutron, ônix, opimo, pegada, pênsil, perito, pletora, pólen, 
policromo, poliglota, primata, próton, pudico, quiromancia, recorde, refrega, 
rubrica, sótão, suéter, têxteis, têxtil, tórax, tulipa, vésper, vômer. 
 
153 
 
Observou que nem “biotipo” nem “biótipo” entraram na lista? 
 
É porque atualmente as duas formas são aceitas. 
 
A norma culta prefere “biótipo”. 
 
"Biotipo", porém, é muito mais usual. 
 
1. ( E ) A palavra 1 “análise” recebe acento gráfico para se diferenciar da forma 
verbal 2 “analise” (por, pode, forma) 
Análise  proparoxítona 
Analise (verbo)  paroxítona 
2. ( E ) A palavra “caráter” e “família” recebem acento gráfico pelo mesmo motivo 
gramatical. 
Caráter  paroxítona terminada em “r” 
Família  paroxítona terminada em ditongo crescente( regra especial) 
3. ( E ) O vocábulo “íamos” recebe acento gráfico por ser um hiato tônico. 
Íamos  proparoxítona ( regras gerais prevalece a regra especial) 
4. ( E ) As palavras “interim” e “ruim” não são acentuadas graficamente e apresentam 
a mesma tonicidade. 
Ínterim  proparoxítona 
Ruim  oxítona 
 
5. ( E ) As palavras “silencio” e “gratuito” apresentam o mesmo número de sílabas. 
Si- len- ci- o gra- tui- to 
 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
1. ACENTUAM MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADAS A / E / O (+S). 
Subs., Adj., verbo, pron. Tônico 
Mês, dó, é, e (conj), de (preposição), dê (verbo), nós, vez 
Nu(terminada em u) 
Eles Têm (diferencial sing. Plural) outra regra 
Céu ( ditongo) outra regra 
2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A / E / O (+S), em e ens. 
Baú (hiato) casos especiais 
Caju regra oxítonas 
154 
 
3. Todas as paroxítonas são acentuadas exceto as terminadas em. A / E / O (+S), em 
e ens. 
Hifens hífen 
Polens pólen 
Itens item 
Carateres caráter 
Prótons próton 
4. Um R- X – I – N – L – PS US- Ã – ÃO – 
 
DITONGO crescente ( outra regra) (proparoxítonas eventuais) CESPE não cobra 
 
(As paroxítonas terminadas em ditongo decrescente regra geral um rouxinol os) 
A 
O ^ 
E crescente decrescente 
I v 
U 
 
 
AMÁVEIS decrescente 
Horário crescente 
Família crescente 
Tênue crescente 
 
5. Todas as proparoxítonas são acentuadas. 
Sílaba, tônico, átomo, ínterim 
 
 
 
1 h 15 min 
CASOS ESPECIAIS 
( A regra geral se sobrepõe sobre a regra especial.) 
1. Acentuam-se os hiatos tônicos formados por “i” ou “u”, em segunda posição, 
sozinha ou com –s e longe de -nh. 
I / u 2ª tônico 
Sozinha ou com “s” 
Longe de nh. 
Baú - Havaí - balaústre - saída - sairdes – sairmos (i sozinho ou seguido de “s”) 
- juiz - juíza - juízes 
Veículo (regra geral proparoxítona) regra de hiato não se aplica. 
155 
 
2. Acentuam-se os ditongos abertos oi, eu, e ei em final de palavras. 
Ideia, plateia, epopeia, joia, heroico. (perderam o acento gráfico com a reforma) 
Constrói, céu, herói, anéis, papéis. 
3. Emprega-se o acento diferencial em pôr (verbo), pôde (pretérito) e fôrma (subst.. 
facultativo) 
Pelo, polo (não tem mais) 
4. Considerações: 
 Ter e vir - Ele tem / Eles têm 
 - Ele vem / Eles vêm 
 Derivados de ter e vir (agudo sing. Circunflexo plural 
 -Ele obtém / Eles obtêm 
 - Ele intervém / Eles intervêm 
 Crer, dar, ler, ver, e derivados (circunflexo no sing. E duplica a vogal no plural) 
 - Ele crê / Eles creem 
 - Ele revê / Eles reveem 
 
 
CESPE aula 4 parte II 
Regras de Acentuação Gráfica: 
 
Oxítona: Quando a última sílaba é mais forte, exemplo: você 
Paroxítona: Quando a penúltima sílaba é mais forte, exemplo: aprende 
Proparoxítona: Quando a antepenúltima sílaba é mais forte, exemplo: rápido 
 
 
 
 
Caso Quando acentuar ObservaçõesProparoxítona 
 
simpática 
lúcido 
sólido 
cômodo 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMPRE 
 
1) Pode diferir conforme o país: 
acadêmico (BR) 
académico (PT) 
 
2) Proparoxítonas aparentes: 
São paroxítonas terminadas em ditongo 
crescente. Podem ser pronunciadas de duas 
formas: 
 
 Mi-sé-ri-a ou Mi-sé-ria 
156 
 
Cór-ne-a ou Cór-nea 
Vá-cu-o ou Vá-cuo 
 
 
 
Paroxítonas 
 
 
caráter, 
látex 
hífen 
fácil 
bíceps 
táxi 
vírus 
álbum(ns) 
rádom 
ímã 
órfãos 
árduos 
 
 
 
Não terminadas em: 
 
a(s) 
e(s) 
o(s) 
em, ens 
am 
 
 
 
ou seja, 
terminadas em: 
 
r, x, n, l 
ps 
i(s), u(s) 
um, uns 
om, on(s) 
ã(s), ão(s) 
Ditongo 
 
1) Paroxítona com terminação [ens] não recebe 
acento: 
 
pólen = acentuada 
polens = não acentuada 
 
2) Não se acentua prefixo paroxítono com 
terminação [i] ou [r]: 
 
arqui-inimigo 
semianalfabeto 
antiterrorismo 
super-homem 
inter-relação 
hipertensão 
 
3) O acento utilizado pode diferir conforme a 
região: 
 
gêmeo, fêmea (Brasil) 
gémeo, fémea (Portugal). 
 
 
 
 
 Oxítonas 
 
 
 vatapá 
igarapé 
avô 
refém 
 
 
 
 
 
 
terminadas em: 
 
a(s) 
e(s) 
1) Terminadas em [i(s)] ou [u(s)] não possuem 
acentuação gráfica: 
 
caqui 
cupuaçu 
pirarucu 
 
2) O acento utilizado pode diferir conforme a 
região: 
 
157 
 
parabéns o(s) 
em, ens 
caratê, nenê (Brasil); 
caraté, nené (Portugal). 
 
3) Lembre-se de colocar acentos em verbos na 
forma oxítona acrescidos de pronome oblíquo: 
 
lembrá-lo 
colocá-lo 
fazê-lo 
Monossílabos 
tônicos 
 
vá, pás 
pé, mês 
pó, pôs 
 
 
 terminadas em: 
 
a(s) 
e(s) 
o(s) 
 
 
 
 í(s) e ú(s) 
 
 
sa-í-da 
sa-ú-de 
a-í 
E-sa-ú 
Lu-ís 
I-ta-ú 
Pi-au-í 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando formar 
 
hiato 
Exceções: 
1) Quando seguidos de 'nh': 
 
ra-i-nha 
la-da-i-nha 
mo-i-nho 
 
2) Paroxítona precedida de ditongo: 
 
bai-u-ca 
fei-u-ra 
mao-is-mo 
tao-is-ta 
 
OBS: Acentua nos casos de oxítona ou 
proparoxítona: 
 
Pi-au-í 
fei-ís-si-mo 
 
 Ditongos abertos 
 
 
Exceções: 
1) Em paroxítonas, não mais levam acento: 
158 
 
 
papéis 
herói 
céu 
 
 
ÉI(S) 
ÓI(S) 
ÉU(S) 
paranoia 
boia 
ideia 
 
OBS: Acentue se cair em outra regra: 
 
Méier 
destróier 
 OO, EE 
 
Voo 
Enjoo 
Leem 
Veem 
 
 
 
Acentuação abolida em tais 
casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acento diferencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A acentuação diferencial foi 
abolida, exceto os casos de 
"poder" e "por". 
Exceções: 
 
PODER 
Para diferenciar passado e presente: 
 
"Se ele pôde fazer antes, ainda pode agora". 
 
 
PÔR 
Para diferenciar da preposição "por": 
 
"Vamos por um caminho frio, então vamos pôr 
casacos"; 
 
 
Caso facultativo: 
FÔRMA 
Para diferenciar substantivo "fôrma" e 
derivações do verbo "formar": 
 
"Compre a fôrma para pudim que forma um 
círculo." 
159 
 
 
 
Caso facultativo: 
DÊMOS 
Para diferenciar presente do subjuntivo de 
pretérito perfeito do indicativo: 
 
"Esperam que nós dêmos tantos brinquedos 
quanto demos ano passado." 
 
 
Caso facultativo: 
Verbos terminados em [ar] 
Quando o verbo estiver na primeira pessoa do 
plural: 
 
Nós amamos (Presente) 
Nós amámos (Passado) 
 
 
Acento diferencial 
 
Ter, Vir e 
derivações 
 
 
 
 
Na terceira pessoa do plural 
recebem acento diferencial 
circunflexo 
 
ele: 
 tem, 
 vem, 
 detém, 
 intervém 
 
eles: 
 têm, 
 vêm, 
 detêm, 
 intervêm 
 
 
 
 
 
Dupla 
pronúncia e 
Silabada 
(erro de 
prosódia). 
 
São oxítonas: 
 ureter 
 mister 
 condor 
 Nobel 
 sutil 
 
 
São paroxítonas : 
 avaro 
 pudico 
 austero 
160 
 
 látex 
 recorde 
 filantropo 
 misantropo 
 rubrica 
 ibero 
 biotipo 
 gratuito 
 fortuito 
 
 
São proparoxítonas: 
aerólito 
bávaro 
ínterim 
monólito 
lêvedo 
arquétipo 
protótipo 
ímprobo 
 
 
Admitem dupla pronúncia: 
 acróbata / acrobata 
 transístor / transistor 
 hieróglifo / hieroglifo 
 réptil / reptil 
 projétil / projetil 
 Oceânia / Oceania 
 xérox / xerox 
 dúplex / duplex 
 tríplex / triplex 
 clítoris / clitóris 
 averígue / averigúe 
 enxágue / enxagúe 
 delínque / delinqúe 
 águe / agúe 
 deságue / desagúe 
 apazígue / apazigúe 
 averígue / averigúe 
 
 
Trema 
 
Não mais ocorre. 
Ainda é válido para palavras de língua estrangeira: 
Dülsseldorf, Müler, Bündcher (Gisele). 
Obs: O Trema não é acento gráfico. É um sinal 
diacrítico / notação léxica. 
 
161 
 
22) Crase ↑ Sumário 
1- Voltaram à cidade de Mariana. 
A supressão da expressão “cidade de” não comprometeria o sentido nem a 
correção gramatical do período. (F) (deverá se retirar a crase) 
2- Ela se referiu à população em geral. 
A inclusão do vocábulo nossa antes de população facultaria o uso do acento 
grave no período. (V) (inclusão do pronome possessivo crase facultativo) 
3- Era favorável ao rapaz. 
A substituição do artigo “o” pelo pronome demonstrativo “aquele” exigiria o 
emprego de acento grave, àquele, para manutenção da norma. (V) 
 
 
EMPREGO CRASE 
1- Informaram(VTDI) a assistência social(OD) de que resolveriam(OI) o caso em 
breve. (caso a preposição “de” fosse suprimida “à assistência social” se tornaria 
OI do verbo informaram) 
2- A solução encontrada foi similar à (solução – subentendido) de outras 
épocas(complemento nominal). 
3- A reunião foi marcada para as vinte horas. (a preposição para não permite a 
crase) 
4- Referiam-se a pessoas de bom gosto. (“a” sing. Seguida de palavra plural) 
5- Ficaram frente a frente durante a reunião. (palavra repetida) 
6- No Brasil, as pessoas não obedecem a lei. **CESPE** 
Se for tomada como lei (específico deve ser sem crase) 
Se tomada se modo genérico (todas as leis) – com crase 
7- Voltaram a suas origens depois de anos. 
 ...às suas... 
(“a” sing. Seguida de palavra plural) se colocar o a no plural “as” crase 
obrigatório. 
8- A partir de hoje, estariam à espera de novas oportunidades de trabalho.(sem 
crase antes de verbo, com crase antes de expressões femininas) 
04. Qual das alternativas completa corretamente os 
espaços vazios? 
I – A concorrência foi ganha por dois grupos _____ 
cuja seriedade o sindicato fazia ressalvas. 
II – Os quinze minutos foram contados no relógio 
do Rubião, (...) ____ quem ela perguntou duas 
vezes que horas eram(...) (M.de Assis) 
III – De caminho, lembrou-se de ir _____ casa; 
162 
 
podia achar algum recado de Rita, que lhe 
explicasse tudo. ( M. de Assis) 
IV – (...) de quantas famílias iguais _____ dele não 
saíam cangaceiros, criminosos? (J.L.Rego) 
A) a, a, a, à; 
B) à, à, a, a; 
C) a, a, a, a; 
D) à, a, à, a; 
E) a, à, a, à. 
9. (CESGRANRIO) Preencha os espaços vazios com a, à, as, às: 
1. “(...)Rubião teimava em dizer que ...as......noites do Rio não podiam comparar-
se.....à..(noite).. de Barbacena(...)” (Machado de Assis)2. “......a........ queda do Homem 
persiste, como ....a..(queda).... das cachoeiras.” (Guimarães Rosa)3. “É uma história 
curiosa ...a..... que vou lhe contar, minha prima.” (José de Alencar)4. A camisa que 
ganhei de minha mãe é idêntica ...à..... que você está usando hoje.5. “(...) de quantas 
famílias iguais ....à...(família). dele não saíam cangaceiros, criminosos?” (José Lins do 
Rego) 
10. Complete os espaços vazios com há, a, à, às: 
6. “....há....muito, por uma combinação tácita, nenhum deles traz mulher para casa no 
meio da noite.”(Rubem Braga)7. “Daí ...a..... meia hora vieram de novo os vômitos; 
cresceram-lhe as agonias.” (Aluísio Azevedo)8. “Vinha chegando a ele a grande 
batalha que Deus lhe reservara ..há...... vinte anos.” (José Lins do Rego)9. “deixei-me 
ficar pelas ruas até ....(às ou as) ... quatro horas da tarde, quando me dirigi ...(á ou 
a)..... sua casa, saudoso dele, ...a......... quem não via ...há.... mais de vinte dias.” 
(Lima Barreto) 
11. Complete as alternativas, usando os pronomes demonstrativos, com ou sem 
crase: 
I- “E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual 
......àquele...... que ouvira em Limoeiro.” (José Lins do Rego) (aquele/àquela)II- 
“Habituara-se .àquela..... boa vida, tendo de um tudo, regalada.” (Jorge Amado) 
(aquela/àquela)III. “Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente 
fazer isso e não fazer .........aquilo......................” (Millôr Fernandes) (aquilo/àquilo) 
CASOS PROIBIDOS NO USO DA CRASE 
1- Antes de masculino 
2- Antes de verbo 
3- Depois de preposição (exceto “até” – facultativo) 
4- Antes de “a” singular seguido de palavra plural. 
(Não obedeço a pessoas grossas) 
163 
 
5- Antes de artigo indefinido (em qualquer posição) 
6- Antes de numeral (exceto hora) 
7- Antes de nome próprio completo 
8- Antes de palavras repetidas 
9- Em sujeito 
10- Em objeto direto 
11- Antes de pronome de tratamento (exceto senhora e senhorita) 
12- Antes de pronome demonstrativo (não iniciados por “a” a esta / a essa.) 
13- Antes de pronome indefinido (Exceção: mesma, outra, própria – admitem crase) 
14- Antes de pronome pessoal 
15- Antes do pronome Relativo que A peça a que (à qual) assisti foi ótima. 
16- Antes de dona + nome 
17- Antes de casa, terra e distância sem especificador (voltou a casa depois de anos) 
18- Antes de nomes de lugar neutros sem especificador ( Ela retornará a BH em 
breve) (Ela voltará à BH das praças), 
19- Antes de nomes próprios femininos (de pessoas famosas). 
Era uma referência a Elisabeth II. Agradeceu a Virgem Maria. 
 
No Brasil, as pessoas não obedecem à lei. **CESPE** Crase contextual 
A crase pode ser retirada 
Se for tomada como lei (específico deve ser sem crase) 
Se tomada se modo genérico (todas as leis) – com crase 
 
Em certos contextos sintáticos e semânticos, uma palavra poderá ser tomada em 
sentido genérico. Nesse caso, a crase poderá ser dispensável caso o termo possa 
ser interpretado em sentido genérico.(caso a lei não for individualizado Lei, Lei 
8.112.) 
 
Não obedeço a pessoas grossas. **CESPE** sempre cobra – a sing. Seguida de 
palavra obrigatória 
 À(s)...Se colocarmos um s após o “a” a crase será obrigatória. 
 
Antes de palavras plurais quando “a” estiver no singular não haverá crase. 
Se o mesmo “A” receber indicação de plural, a crase será obrigatória. 
 
CASOS FACULTATIVOS NO USO DA CRASE 
1- Antes De pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam 
palavras. (o uso do artigo é facultativo) 
Ninguém se referiu a / à sua conduta. (pode se substituir por “a conduta dele”(F)) 
 ...`a conduta dele. (foi especificado, logo crase obrigatório) 
164 
 
— Nada conte a minha mãe. (artigo facultativo) 
a/ao meu pai. 
Mas: 
— Nada conte às suas amigas. (obrigatório) artigo obrigatório 
— Nada conte a suas amigas.(inexistente) 
 
2- Depois da preposição “até”. (o uso da preposição é facultativo) 
A preposição “a” é facultativo depois de “até” (mesmo em palavras masculinas) 
Foi até o escritório. ou Foi até ao escritório. 
Ela iria até a escola. ou Ela iria à escola. 
3- Antes de nomes próprios femininos (comuns) sem especificador. 
Referiu-se à Flavia. ou Referiu-se a Flavia. 
Referi-me à Ana, minha mulher amiga. (ideia de intimidade) crase obrigatória 
Referi-me a Ana, uma funcionária da empresa. (ideia contextual Ana não é intima 
da interlocutora, mas apenas uma simples funcionária da empresa) crase proibida 
Observação: 
1) Não se usa crase diante de nomes 
históricos: 
— Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra. 
2) Quando os nomes vêm modificados, é obrigatória: 
— Ofereceu um chocolate à linda Paloma. 
 
CRASE SERÁ EMPREGADA EM 
Caso lógica, regência 
1- Fusão da prep.. “a” com o art. “a(s)” 
Visava à felicidade de todos. 
2- Fusões da preposição “a” a um pron. Demonstrativo (aquele (s), aquela (s), aquilo, 
a (s)). Referiu-se à que estava de branco. 
 Era favorável àquele posicionamento 
 
 
 
Casos de tradição linguística 
165 
 
3- Em locuções adversativas, prepositivas ou conjuntivas formadas por palavras 
femininas.  circunstâncias: À noite, à espera de, às vésperas, às vezes, à direita, 
à procura. 
4- Em indicações de horas. Saiu às duas horas. 
5- Se as expressões “moda de” ou “maneira de” estiverem subentendidas. 
Cantava à Roberto Carlos. 
 
 
166 
 
23) Regência ↑ Sumário 
REGÊNCIA 
A Decisão implicará (VTD= ACARRETAR) problemas para as pessoas que visavam 
à paz. No entanto, para aqueles que aspiram a uma vida melhor, mais trabalho é 
preferível a mais tempo, essa é a premissa dos que chegam aonde querem 
sempre. 
1- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical inserindo a 
preposição “em” antes do vocábulo problemas. (F) 
2- Seria possível, mantendo a correção gramatical suprimir a crase na expressão 
“a paz”. .(V) (Eu Preciso De Paz) Sentido genérico (pode se retirar o artigo) 
3- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical suprimindo a 
prep.. “a” antes do termo “uma vida”. .(F) 
4- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical substituir a prep.. 
“a” por “do que” antes de “mais tempo”. .(F) 
5- Seria possível substituir a forma “aonde” por “onde” sem prejuízo sentido e a 
correção gramatical. .(F) 
Regência Nominal 
 
 
A regência nominal estuda os casos em que "nomes" (substantivos, adjetivos e 
advérbios) exigem uma outra palavra para completar-lhes o sentido. Em geral, a 
relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida por uma preposição. 
É bacharel em direito. (se é bacharel, é bacharel em algo) 
Tenho aversão a altitude. (se tem aversão, tem aversão a algo) 
É preciso ter amor a vida. (se tem amor, tem amor a algo) 
Fico feliz por você. (se fica feliz, fica feliz por alguém) 
Quero sempre estar junto a ti. (se está junto, está junto a alguém) 
 
Cabe observar que certos nomes admitem mais de uma regência, ou seja, mais de 
uma preposição. A escolha desta ou daquela preposição deve obedecer às exigências 
da clareza, da eufonia e adequar-se às diferentes nuanças do pensamento, 
obedencendo à gramática padrão. No exemplo a seguir, o adjetivo "acostumado", que 
pede um complemento (quem está acostumado, está acostumado "a algo" ou "com 
algo"), pode ser completado por intermédio de pelo menos duas preposições 
diferentes: 
Estou acostumado a essa vida agitada. 
Estou acostumado com o trânsito de São Paulo sempre travado. 
 
167 
 
 
Ao aprender a regência de um verbo, você estará praticamente aprendendo a 
regência do nome cognato (que vem da mesma raiz do verbo). É ocaso, por exemplo, 
do verbo obedecer e do nome obediente. Este verbo exige a preposição [a], que é a 
mesma exigida pelo nome derivado do verbo. Ex: 
Devemos obedecer a lei. 
Devemos ser obedientes a lei. 
 
 
Da mesma forma, todos os advérbios formados de adjetivos + [mente], tendem a 
apresentar a mesma regência dos adjetivos dos quais derivaram. Ex: 
compatível [com] => compativelmente [com] 
relativo [a] => relativamente [a] 
próximo [a, de] => proximamente [a, de] 
 
Por fim, existe também o caso em que o nome é completado por uma outra oração 
(frase com um verbo). Nestes casos, o complemento será intermediado por 
preposição e por uma conjunção integrante (que, se) exercendo sua função típica de 
integrar orações. Trata-se das orações subordinadas completivas nominais. Ex: 
Ficamos temerosos de que você demorasse muito. 
Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito. 
 
 
Para identificar facilmente os casos de orações subordinadas substantivas, basta 
verificar se a substituição da oração pelo termo ISSO é adequada. Ex: 
Ficamos temerosos dISSO (de + ISSO). 
Ficamos temerosos sobre ISSO. 
 
 
 
 
 
Erros Comuns 
 
“Quanto você pagaria por um disco em vinil com uma música de grande sucesso?” 
 
O emprego da preposição em onde ela não cabe é um erro comum. Com o verbo 
<resistir> e o substantivo <resistência>, por exemplo, não se deve usar esta 
preposição. Em vez de “resiste em fazer algo”, o correto é “resiste a fazer algo. Na 
situação do notícia acima, é clara a necessidade da preposição de. Dizemos que um 
168 
 
disco é feito de vinil, que um anel é feito de ouro ou de prata etc. É um erro usar a 
preposição em indicando a matéria de que algo é constituído. Logo, a frase correta é 
"Quanto você pagaria por um disco de vinil com uma música de grande sucesso?" 
 
 
Vejamos outro exemplo de erro comum: 
“A intenção do governo em aumentar a arrecadação é absurda.” 
 
Um caso relativamente corriqueiro é o de construções em que um substantivo 
comporta dois complementos diferentes regidos pela mesma preposição, mas o 
redator troca um desses por outra preposição para “evitar a repetição”. Atenção: 
evita-se a repetição de nomes, mas não a de elementos de coesão, que têm função 
de articular sintaticamente as partes do texto. Não é correta uma construção como a 
apresentada acima porque os dois complementos (“governo” e “aumentar a 
arrecadação”), ambos ligados ao substantivo “intenção”, devem ser introduzidos pela 
preposição de. Assim, a construção adequada é : 
 
“A intenção do governo de aumentar a arrecadação é absurda.” 
 
A regência nominal não é um assunto tão cobrado em provas, como a regência verbal. 
Mas pode aparecer. Segue abaixo uma relação de erros comuns de nomes que 
pedem complementos ou adjuntos com preposição e a forma que está de acordo com 
a norma culta. 
 
TV (em) 
Estamos na era da TV a cores. (errado) 
Estamos na era da TV em cores. 
 
Igual (a) 
Outro igual eu você não encontrará. (errado) 
Outro igual a mim você não encontrará. 
 
Bacharel (em) 
Se formou como bacharel de ciência da computação. (errado) 
169 
 
Se formou como bacharel em ciência da computação. 
 
Alienado (de, a, para) 
Estão todos alienados com os últimos acontecimentos. (errado) 
Estão todos alienados dos últimos acontecimentos. 
O veículo está alienado a um banco. 
O veículo está alienado para um banco. 
 
Curioso (de, sobre, por) 
Fiquei curioso com o que aconteceu. (errado) 
Fiquei curioso do que aconteceu. 
Fiquei curioso sobre o que aconteceu. 
Fiquei curioso pelo que aconteceu. 
 
Recurso (de, contra) 
Não cabe recurso à decisão. (errado) 
Não cabe recurso contra a decisão. 
Não cabe recurso da decisão. 
 
Acostumado / Habituado (a, com) 
Fiquei acostumado de lanches na hora do almoço. (errado) 
Fiquei acostumado a lanches na hora do almoço. 
Fiquei acostumado com lanches na hora do almoço. 
 
Ansioso (por, para, de) 
Estava ansioso em conhecê-la. (errado) 
Estava ansioso de ver o cometa. 
Está ansioso por uma nova oportunidade. 
Permaneceu ansioso para falar. 
170 
 
 
Confiante (em) 
Continuava confiante da vitória. (errado) 
Continuava confiante em vitória. 
 
Compatível (com, entre) 
O doador tinha o sangue compatível ao da vítima. (errado) 
O doador tinha o sangue compatível com o da vítima. 
Os sangues de doador e vítima eram compatíveis entre si. 
 
Entendido, Perito (em) 
Era entendido de Mecânica. (errado) 
Era entendido em Mecânica. 
Era perito em construções. 
 
Incluído (em, entre) 
Foi incluído ao grupo. (errado) 
Foi incluído no grupo. 
Estava incluído entre os mais capacitados. 
 
Morador / Residente / Situado/ Estabelecido (em, de) 
Residente à rua Vila Bernadete. (errado) 
Era morador na Rua do Lavradio. 
Foi morador da Rua Santa Clara. 
 
Junto (de, a) 
A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto) 
A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto) 
O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo italiano. 
 
O empresário não conseguiu quitar sua dívida junto ao banco. (errado) 
O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco. 
171 
 
Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado) 
Pediu vários empréstimos ao banco. 
A audiência da novela cresceu assustadoramente junto aos espectadores. (errado) 
A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores. 
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto à Portuguesa. (errado) 
O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe da Portuguesa. 
O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado) 
O advogado entrou com um recurso no tribunal. 
 
 
Próximo (a, de) 
Fiquei próximo ao muro. 
Deixamos o carro próximo da árvore. 
 
Apaixonado (por, de) 
Era um apaixonado da natureza. 
Estava apaixonada pelo colega de trabalho. 
 
Apto/Aptidão (a, para) 
Farei o teste de aptidão a pilotagem militar 
Sempre teve aptidão para as artes 
Sentia-se apto ao trabalho externo. 
Considerei-o apto para exercer a profissão. 
 
Conforme (a, com) 
Assumiu uma postura conforme às suas raízes. (semelhante) 
Essa atitude é mais conforme com seus ideais. (coerente) 
 
Estudante, Estudioso (de) 
O jornalista é estudioso de ufologia. 
 
Parecido (com, a) 
Era parecido com o avô. 
172 
 
Sendo parecido ao pai, foi aceito logo. 
 
Grato (a, para, por) 
Sou grato a todos neste dia especial. 
Sua ajuda é sempre grata para meus filhos. 
Mostrou-se grato pelo conselho que lhe dei. 
 
Medo (de, a) 
O menino tem medo do escuro. 
Tive medo ao inspetor. 
Regência verbal é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus 
complementos. 
 
Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto dizia: 
“… a marca que o mundo confia.” 
 
Acontece que quem confia, "confia em”. Logo, o correto seria dizer: 
“… a marca em que o mundo confia.” 
 
As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais 
gosto”. O correto seria dizer “A rua em que moro” (quem mora, mora em...), “Os 
países a que fui” (quem vai, vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem gosta, 
gosta de...). 
 
O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, 
“Emoções”. 
 
“… são tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci…” 
 
Se eu me esqueci, eu "me esqueci de". Quem esquece, "esquece algo". 
Quem se esquece, "esquece-se de algo". Logo, o correto seria “são momentos de que 
não me esqueci.” Pode-se, também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria 
“são momentos que eu não esqueci”. 
 
Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava: 
 
"A gentenunca esquece do aniversário de um amigo.” 
 
O que poderia ser corretamente escrito das seguintes formas: 
“A gente nunca esquece o aniversário de um amigo.” 
173 
 
(quem esquece, esquece algo) 
“A gente nunca se esquece do aniversário de um amigo.” 
(quem se esquece, esquece-se de...) 
 
 
Verbos Intransitivos 
São os verbos que não necessitam ser completados. Sozinhos, indicam a ação ou o 
fato. 
 
Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e Dirigir-se: 
Estes verbos aparentam ter complemento, por exemplo, “Quem vai, vai a algum 
lugar”. Porém a indicação de lugar é circunstância, não complementação. 
Classificamos este complemento como Adjunto Adverbial de Lugar. É importante 
observar que a regência destes verbos exige a preposição a na indicação de destino 
e de na indicação de procedência. Só se usa a preposição em na indicação de meio, 
instrumento. 
Irei em Santiago de Cuba; (errado) 
Irei a Santiago de Cuba; 
Vou em São Paulo; (errado) 
Vou a São Paulo; 
Muitos não compareceram na prova do Enem; (errado) 
Muitos não compareceram à prova do Enem; 
Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando sobre o mar; 
A comida caiu no chão; (errado) 
A comida caiu ao chão; 
Você caiu do céu; 
Voltei de lá; 
Cheguei de Curitiba há meia hora; 
 
 
OBS: O fenômeno denominado crase também ocorrerá quando houver um verbo 
intransitivo regendo a preposição a, seguido de um substantivo feminino, que exija o 
artigo a, como no terceiro exemplo acima. 
 
 
Morar, Residir e Situar-se: 
São intransitivos mas costumam estar acompanhados de adjunto adverbial, regendo a 
preposição em. 
Moro / Resido em Londrina; 
Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis; 
 
Não utilize a preposição a para logradouros. 
Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado) 
174 
 
Moro a cem metros da estrada; 
 
 
Deitar-se e Levantar-se: 
Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo. 
 
 
 
Verbos Transitivos Diretos 
São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro termo, 
denominado <objeto direto>. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de 
analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois 
somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além dos 
verbos (des)obedecer, pagar, perdoar, aludir, apelar, responder, assistir(ver), que 
admitem a passiva mesmo não sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.) 
 
O objeto direto pode ser representado por um substantivo, palavra substantivada, 
oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou pronome oblíquo. Uma vez 
que pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só são 
usados com preposição, quando estes representam objeto direto, tem-se um objeto 
direto preposicionado. 
 
 
Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: 
 
Desfrutar e Usufruir: 
São VTD, apesar de serem muito usados com a preposição de. 
Desfrutei os bens deixados por meu pai. 
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o usufruem. 
Desfrutaremos da aposentadoria na velhice. 
 
Compartilhar: 
É VTD, apesar de ser muito usado com a preposição de. 
Berenice compartilhou o meu sofrimento. 
Compartilharam de tudo durante a vida. 
 
 
 
 
Verbos Transitivos Indiretos 
 
São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O 
complemento é denominado <objeto indireto>. O objeto indireto pode ser 
175 
 
representado por substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada 
substantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo. 
 
OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, lhes como objeto indireto; alguns, 
porém, não. 
 
Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele => Obedeceu-lhe. 
 
Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, aspirar, recorrer, depender. Os 
gramáticos não trazem as razões históricas para esse modo peculiar de construção de 
alguns verbos. Nem precisariam fazê-lo, assim como não precisam justificar o motivo 
de um determinado verbo ser hoje transitivo direto e outro, transitivo indireto. Às 
vezes, os verbos são sinônimos, mas apresentam diferentes transitividades. Em 
verdade, a função primordial da Gramática não é fixar regras impositivas de cima para 
baixo, mas sistematizar os fatos e as condutas que encontra na língua como 
manifestação. 
 
Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Referir-se (a): 
Todos falam desse filme, mas eu não assiti a ele ainda. 
 
Constar (de, em): 
Quando se usa o verbo constar com o sentido de “estar escrito, registrado ou 
mencionado” ou “fazer parte, incluir-se”, as preposições – de e em – são corretas : 
Seu nome consta da lista de aprovados. 
Consta nos autos que... 
Consta dos autos que... 
Vou fazer constar o incidente em meu relatório. 
 
Já quando constar tem o significado de “ser composto, constituído ou formado; 
consistir em algo”, usa-se apenas a preposição de: 
A casa consta de partes grandes e arejadas. 
Seu relatório constava de 50 páginas. 
 
Obedecer e Desobedecer (a): 
Obedeço a todas as regras da empresa. 
 
Revidar (a): 
Ele revidou ao ataque instintivamente. 
 
Responder (a): 
Responda aos testes com atenção. 
 
Simpatizar e Antipatizar (com): 
176 
 
Não são verbos pronominais, portanto não se deve dizer simpatizar-se, 
nem antipatizar-se. 
Sempre simpatizei com ele, mas antipatizo com seu irmão. 
 
Sobressair (em): 
Não é verbo pronominal, portanto não se deve usar sobressair-se. 
No colegial, sobressaía em todas as matérias. 
 
Torcer (por, para): 
Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a 
preposição para, que dará início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade. Para 
ficar mais fácil, memorize assim: 
Torcer por + substantivo ou pronome. 
Torcer para + oração (com verbo). 
Estamos torcendo por você. 
Estamos torcendo para você conseguir seu intento. 
 
 
Verbos bitransitivos 
 
Também chamados de transitivo diretos e indiretos. São os verbos que possuem os 
dois complementos - objeto direto e objeto indireto. 
 
Agradecer, Pagar e Perdoar: 
São VTDI, com a preposição a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto 
indireto, a pessoa. 
Agradeci a ela o convite. 
Paguei a conta ao Banco. 
Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria aos jogadores a derrota em casa. 
 
Pedir: 
É VTDI, com a preposição a. A frase deve ser sintaticamente estruturada assim: 
“Quem pede, pede algo a/para alguém”; 
“Quem pede, pede que alguém faça algo”; 
Pedimos a todos que trouxessem os livros. 
Pedimos que todos trouxessem os livros. 
 
É inadequado ao padrão culto da língua: 
 "Pedir para que alguém faça algo". 
 
Preferir: 
É VTDI, com a preposição a. Não admite ênfase, como: mais, muito mais, mil vezes. 
177 
 
Prefiro estar só a ficar mal acompanhado. 
 
Informar, avisar, advertir, certificar, comunicar, lembrar, 
noticiar, notificar, prevenir: 
São VTDI, admitindo duas construções: 
“Quem informa, informa algo a alguém”; 
“Quem informa, informa alguém de/sobre algo.” 
Informamos aos usuários que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. 
Informamos os usuários de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. 
 
 
 
 
Regência oscilante / Mais de uma Regência 
 
Aspirar: 
Será VTD, quando significar sorver, absorver. 
Como é bom aspirar a brisa da tarde. 
 
Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar. 
Aspiramos a uma vaga naquela universidade. 
 
Agradar: 
Será VTI, com a preposição a, quando significar ser agradável; satisfazer. 
Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo. 
 
Será VTD, quando significar acariciar ou contentar. 
A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas. 
 
Assistir: 
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar ajudar, prestar 
assistência. 
Minha família sempre assistiu o Lardos Velhinhos. 
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos. 
 
Será VTI com a preposição a quando significar ver ou ter direito. 
Gosto de assistir aos jogos do Santos. 
O descanso semanal remunerado assiste ao trabalhador. 
 
Será VI quando implicar morada. 
Assisto em Londrina desde que nasci. 
O papa assiste no Vaticano. 
 
 
178 
 
Chamar: 
Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar dar qualidade. A qualidade 
pode vir precedida da preposição de, ou não. 
Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo) 
Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo) 
Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo) 
Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo) 
 
Será VTI com a preposição por quando significar invocar. 
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. 
 
Será VTD, quando significar convocar. 
Chamei todos os sócios para participarem da reunião. 
 
Será VTDI, com a preposição a, quando significar repreender. 
Chamei os meninos à atenção, pois conversavam na sala de aula. 
Chamei-o à atenção. 
 
Obs.: Não confundir com a express]ao sem crase “chamar a atenção”, que não 
significa repreender, mas fazer ser notado. 
O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam. 
 
 
Casar: 
Será VI quando por si só apresentar sentido completo. 
Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de pronome reflexivo). 
 
Será VTI quando requisitar um complemento regido pelo uso da preposição: 
Ele se casou com a melhor amiga. 
 
Será VTDI quando requisitar os dois complementos: 
O vizinho casou sua filha com meu primo. 
 
 
Custar: 
Será VI quando significar ter preço. 
Estes sapatos custaram muito. 
 
Será VTDI, com a preposição a, quando significar causar trabalho, transtorno. 
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família. 
 
Será VTI com a preposição a quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar 
terá como sujeito aquilo que é difícil. A pessoa a quem algo é difícil será objeto 
indireto. 
179 
 
Custou-lhe acreditar em Maria. 
Custou a ele acreditar em Maria. 
 
Ele custou a acreditar... (está errado) 
 
 
Atender: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. 
Atenderam o meu pedido prontamente. 
Atenderam ao meu pedido prontamente. 
 
 
Anteceder: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. 
A velhice antecede a morte. 
A velhice antecede à morte. 
 
 
Esquecer e Lembrar: 
Serão VTD quando não forem pronominais, ou seja, quando não forem 
acompanhados de pronome oblíquo átono (esquecer-se, lembrar-se): 
Esqueci que havíamos combinado sair. 
Ela não lembrou o meu nome. 
 
 
Esquecer-se e Lembrar-se: 
Serão VTI, com a preposição de, quando forem pronominais: 
Esqueci-me de que havíamos combinado sair. 
Ela lembrou-se do meu nome. 
 
 
Implicar: 
Será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender, produzir como consequência, 
acarretar. 
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade. 
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado. 
As despesas extras implicam em gastos desnecessários. 
 
Será VTI, com a preposição com, quando significar antipatizar. 
Não sei por que o professor implica comigo. 
Os alunos implicaram com o professor. 
 
Será VTDI, com a preposição em, quando significar envolver alguém em algo. 
Implicaram o advogado em negócios ilícitos. 
180 
 
Ela implicou-se em atos ilícitos. 
 
 
Namorar: 
Apesar de ser muito usado com a preposição com, que só deveria ser usada para 
iniciar adjunto adverbial de companhia, será VTD quando possuir os significados de 
inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência, 
cobiçar. 
Joana namorava o filho do delegado. 
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. 
Eu estava namorando este cargo há anos. 
 
Pode ser também VI: 
Comecei a namorar muito cedo. 
 
Presidir: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. 
Presidir o país. 
Presidir ao país. 
 
 
Proceder: 
Será VTI, com a preposição de, quando significar derivar-se, originar-se. 
Esse mau humor de Pedro procede da educação que recebeu. 
 
Será VTI, com a preposição a, quando significar dar início. 
Os fiscais procederam à prova com atraso. 
 
Será VI quando significar ter fundamento. 
Suas palavras não procedem. 
 
 
Renunciar: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. 
Nunca renuncie seus sonhos. 
Nunca renuncie a seus sonhos. 
 
 
Satisfazer: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. 
Não satisfaça todos os seus desejos. 
Não satisfaça a todos os seus desejos. 
 
 
Abdicar: 
181 
 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de, e também VI. 
O Imperador abdicou o trono. 
O Imperador abdicou do trono. 
O Imperador abdicou. 
 
 
Gozar: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de. 
Ele não goza sua melhor forma física. 
Ele não goza de sua melhor forma física. 
 
 
Atentar: 
Pode ser VTD ou VTI, com as preposições em, para ou por. 
Atente o ouvido. 
Deram-se bem os que atentaram nisso. 
Não atentes para os elementos supérfluos. 
Atente por si, enquanto é tempo. 
 
 
Cogitar: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição em ou de: 
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro. 
Hei de cogitar no caso. 
O diretor cogitou de demitir-se. 
 
 
Consentir: 
Pode se VTD ou VTI, com a preposição em. 
Como o pai desse garoto consente tantos agravos? 
Consentimos em que saíssem mais cedo. 
 
 
Ansiar: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por: 
Ansiamos dias melhores. 
Ansiamos por dias melhores. 
 
 
Almejar: 
Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou VTDI, com a preposição a. 
Almejamos dias melhores. 
Almejamos por dias melhores. 
Almejamos dias melhores ao nosso país. 
182 
 
 
 
Faltar, Bastar e Restar: 
Podem ser VI ou VTI, com a preposição a. 
Muitos alunos faltaram hoje. 
Três homens faltaram ao trabalho hoje. 
Resta aos vestibulandos estudar bastante. 
 
 
Pisar: 
Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a preposição em, iniciando Adjunto 
Adverbial de Lugar. 
Pisei a grama para poder entrar em casa. 
Não pise no tapete, menino! 
 
 
Prevenir 
Pode ser VTD fazendo referência a evitar dano: 
A precaução previne acontecimentos inesperados. 
 
Pode ser VTDI referindo-se ao ato de avisar com antecedência. 
Prevenimos os moradores de que haveria corte de energia. 
 
 
Querer: 
Será VTI, com a preposição a, quando significar estimar. 
Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos. 
 
Será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar. 
Sempre quis seu bem. 
Quero que me digam quem é o culpado. 
 
 
Visar: 
Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar. 
Sempre visei a uma vida melhor. 
 
Será VTD, quando significar mirar, ou dar visto. 
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro. 
O gerente visou o cheque do cliente. 
 
 
Proibir: 
Pode ser VTD. Proibir alguma coisa: 
A lei brasileira proíbe o aborto. 
183 
 
 
Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / Proibir alguma coisa a alguém: 
O pai proibiu o filho de viajar. 
A ANVISA proíbe oferecer premios à indústria farmacêutica. 
 
 
 
 
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: 
· abdicar (de) 
· acreditar (em) 
· almejar (por) 
· ansiar (por) 
· anteceder (a) 
· atender (a) 
· atentar (em, para) 
· cogitar (de, em) 
· consentir (em) 
· crer (em) 
· deparar (com) 
· desfrutar (de) 
· desdenhar (de) 
· gozar (de) 
· necessitar (de) 
· preceder (a) 
· precisar (de) 
· presidir (a) 
· renunciar (a) 
· satisfazer (a) 
· versar (sobre). 
 
Exemplos: 
· Precisamos pessoas honestas. 
· Precisamos de pessoas honestas. 
·Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias. 
· Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias. 
 
 
184 
 
24) Redação Oficial ↑ Sumário 
 
Dicas : 
 
**Vocativo para Ofícios e avisos  O memorando não traz vocativo. 
Nesse documento, o destinatário é identificado pelo cargo. 
 
Aviso e Ofício  finalidade o tratamento de assuntos oficiais 
 
Comunicação ministerial 
 para presidente da República EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 
 exclusivo por Ministros de Estado para mesma hierarquia 
 entre ministérios  aviso 
 para demais autoridades incluindo membros e 
servidores do Ministério Público.  ofício 
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS 
É forma de correspondência oficial dirigida ou assinada por Ministro 
de Estado ou por dirigentes de órgãos da Presidência da República, 
com o intuito de justificar medidas propostas em anexo 
ou submeter à deliberação presidencial assuntos administrativos. 
185 
 
 O Chefe do Poder Executivo, conforme o caso, soluciona-os 
por despacho, decreto ou mensagem ao Congresso Nacional. 
Por extensão, recebe também essa denominação a correspondência 
usada para os mesmos fins, dirigida a outras autoridades por seus auxiliares. 
Os parágrafos devem ser numerados, com exceção do primeiro e do fecho. 
MEMORANDO 
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas 
de um mesmo órgão, de igual hierarquia ou não. Trata-se, portanto, 
de uma forma de comunicação eminentemente interna. 
A tramitação do memorando em qualquer órgão deve ser rápida, por 
meio de procedimentos burocráticos simples. Para evitar o desnecessário 
aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem 
ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de 
continuação. 
Comunicação, papeleta e nota são documentos que têm as mesmas 
características do memorando, usadas conforme a tradição do órgão. 
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, 
com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo 
que ocupa. 
 
 
Pronomes de Tratamento: 
a) Vossa Excelência para as seguintes autoridades: 
PODER EXECUTIVO PODER LEGISLATIVO PODER JUDICIÁRIO 
PODER EXECUTIVO 
 
-Presidente da República; 
 
-Governadores de Estado e Distrito Federal; 
-Generais das Forças Armadas; 
 
pantes de cargos de natureza especial; 
 
 
 
*são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: 
 
a Institucional; 
-Geral da Presidência da República; 
-Geral da União; 
-Geral da União. 
 
PODER LEGISLATIVO 
 
 
itais; 
186 
 
 
 
 
PODER JUDICIÁRIO 
 
 
 
. 
 
OBS.: O Vereador e o Vice-Prefeito NÃO 
recebem tratamento de Vossa Excelência, 
apenas o de Vossa Senhoria! 
 
Vocativos: 
Excelentíssimo Senhor + cargo que ocupa Senhor + cargo que ocupa 
Apenas para os Chefes de Poder: (não pode abreviar!) 
 Senhor Presidente da República, 
 
 
Para as demais autoridades e particulares: 
 
 
l, 
 
** OBS. Tratamento de senador 
Vossa Excelência Senador 
 
VOCATIVO: Senhor Senador 
 
Exposição de Motivos: é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao 
Vice-Presidente. Em regra, é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de 
Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, esta 
deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo por essa razão 
chamada de interministerial. 
 
Mensagem: comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, 
notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder 
Legislativo. 
 
Telegrama: Devido ao alto custo, deve restringir-se apenas àquelas situações que 
não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua 
utilização. Segue a forma e estrutura disponível nos Correios. 
 
187 
 
Fax: É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e envio antecipado de 
documento, quando não há condições de envio por meio eletrônico. É conveniente o 
envio, juntamente com o documento principal, um pequeno formulário (folha de rosto) 
com os dados de identificação do órgão expedidor, data, dados incluindo telefone do 
destinatário e do remetente, quantidade de páginas enviadas, número do documento e 
observações. 
 
Correio Eletrônico (e-mail): Por seu baixo custo e celeridade transformou-se na 
principal forma de comunicação. Um dos atrativos é a flexibilidade, não interessando 
definir forma rígida para sua estrutura. O campo assunto deve ser preenchido e 
documento em anexo devem preferencialmente utilizar o formato Rich Text. (.rtf) 
Deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Para 
que a tenha valor documental (aceita como documento original), é necessário existir 
certificação digital. 
 
 R.O. pode ser impressa em ambas faces do papel, ( C ) 
 R.O  O texto é destinado Ao cidadão comum  utilizar-se uma diferenciação 
em função do fato e / ou cidadão. (tratamento homogêneo) 
 R.O. corpo da letra e o tipo (não varia) variam no texto(12), nas citações(11) e 
notas de rodapés(10) (fonte times new roman , (symbols ou Wingdings) 
 Poder público  ao redigir textos oficiais utilizam-se de linguagens específicas, 
condizentes com o interesse a adm. Pública. ( E ) (utiliza o português padrão) 
 O uso da 1ª pessoa, tanto do sing. Quanto do plural, é inadequado aos textos 
oficiais, pois fere(não fere) o princípio da impessoalidade. ( E ) (pode ser 
utilizado a 1ª) (não deve se utilizar adjetivos desnecessários... formas de 
cortesia. ) 
 A imparcialidade (impessoalidade) é uma característica essencial aos textos 
públicos. 
 5 princípios: impessoalidade, uniformidade, clareza, concisão e utilização da 
norma culta. 
 A forma adequada de se referir ao presidente da república no endereçamento de 
uma correspondência oficial é vossa (sua excelência) excelência 
 
Endereçamento (fora do texto) sua excelência 
Vocativo (início do texto)  Excelentíssimo Senhor 
Pronome de tratamento (interior do texto)  vossa excelência 
 Aviso, ofício, memorando se diferenciam mais pela forma que pelo conteúdo. ( E 
) (diferenciam + pelo do conteúdo do que a forma) 
 Todos (excluídas as comunicação do presidente) os textos oficiais devem trazer 
identificação do signatário com assinatura / nome / cargo. ( E ) 
 Os fechos mais indicados (únicos existentes) para comunicações oficiais são: 
respeitosamente e atenciosamente. ( E ) 
188 
 
 
3.1 Partes do Padrão Ofício: 
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do 
órgão que o expede: 
Mem. 123/2002-MF 
Aviso 123/2002-SG 
Of. 123/2002-MME 
 
b) local e data em que foi assinado, por extenso, 
com alinhamento à direita: 
Brasília, 15 de março de 1991. 
c) assunto: resumo do teor do documento 
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. 
Assunto: Necessidade de aquisição de novos 
computadores. 
 
d)destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem 
é dirigida a comunicação. 
• Ofício: nome, cargo e endereço; 
• Aviso: nome e cargo; 
• Memorando: somente o cargo. 
f) fecho: Respeitosamente ou Atenciosamente, 
conforme o caso. 
 
g) assinatura: do autor da comunicação. 
 
h) Identificação do signatário (identificação de quem assina): 
 excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da 
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer 
o nome e o cargo da autoridade que as expede. 
 
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do 
remetente: 
– nome do órgão ou setor; 
– endereço postal; 
– telefone e endereço de correio eletrônico. 
 
3.2 Forma de diagramação: 
Os documentos do Padrão Ofício devem 
obedecer à seguinte forma de apresentação 
189 
 
apresentada abaixo: 
 
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New 
Roman de corpo12 no texto em geral, 11 nas 
citações, e 10 nas notas de rodapé; 
 
b) para símbolos não existentes na fonte Times 
New Roman poder-se-á utilizar as fontes 
Symbole Wingdings; 
 
c) é obrigatório constar a partir da segunda 
página o número da página; 
d) os ofícios, memorandos e anexos destes 
poderão ser impressos em ambas as faces do 
papel. Neste caso, as margens esquerda e 
direita terão as distâncias invertidas nas 
páginas pares (“margem espelho”); 
 
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 
cm de distância da margem esquerda; 
 
f) o campo destinado à margem lateral esquerda 
terá, no mínimo, 3,0 cm de largura; 
 
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 
1,5 cm; 
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre 
as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, 
ou, se o editor de texto utilizado não comportar 
tal recurso, de uma linha em branco; 
 
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, 
sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, 
sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma 
de formatação que afete a elegância e a 
sobriedade do documento; 
 
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor 
preta em papel branco. A impressão colorida 
deve ser usada apenas para gráficos e 
ilustrações; 
190 
 
l) todos os tipos de documentos do Padrão 
Ofício devem ser impressos em papel de 
tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; 
 
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o 
formato de arquivo RichText (extensão .rtf) nos 
documentos de texto; 
 
n) dentro do possível, todos os documentos 
elaborados devem ter o arquivo de texto 
preservado para consulta posterior ou 
aproveitamento de trechos para casos 
análogos; 
o) para facilitar a localização, os nomes dos 
arquivos devem ser formados da seguinte 
maneira: 
tipo do documento + número do documento + 
palavras-chaves do conteúdo 
Exemplo: “Of. 123 - relatório produtividade ano 
2002” 
3.3 AVISO E OFÍCIO: 
são modalidades de comunicação oficial 
praticamente idênticas. A única diferença 
entre eles é que o aviso é expedido 
exclusivamente por Ministros de Estado, para 
autoridades de mesma hierarquia, ao passo 
que o ofício é expedido para e pelas demais 
autoridades. 
 
Ambos têm como finalidade o tratamento de 
assuntos oficiais pelos órgãos da 
Administração Pública entre si e, no caso do 
ofício, também com particulares 
 
Forma e Estrutura do Aviso e Ofício: 
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o 
modelo do padrão ofício, com acréscimo do 
vocativo, que invoca o destinatário seguido de 
vírgula. 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Senhora Ministra, 
191 
 
Senhor Chefe de Gabinete, 
 
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do 
ofício as seguintes informações do remetente: 
• nome do órgão ou setor; 
• endereço postal; 
• telefone e endereço de correio eletrônico. 
 
3.4 MEMORANDO: 
O memorando é a modalidade de 
comunicação entre unidades administrativas 
de um mesmo órgão, que podem estar 
hierarquicamente em mesmo nível ou em 
níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma 
forma de comunicação eminentemente 
interna. 
 
Pode ter caráter meramente administrativo, ou 
ser empregado para a exposição de projetos, 
ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por 
determinado setor do serviço público. 
 
Sua característica principal é a agilidade. A 
tramitação do memorando em qualquer órgão 
deve pautar-se pela rapidez e pela 
simplicidade de procedimentos burocráticos. 
Para evitar desnecessário aumento do número 
de comunicações, os despachos ao 
memorando devem ser dados no próprio 
documento e, no caso de falta de espaço, em 
folha de continuação. Esse procedimento 
permite formar uma espécie de processo 
simplificado, assegurando maior 
transparência à tomada de decisões, e 
permitindo que se historie o andamento da 
matéria tratada no memorando. 
 
Forma e Estrutura do Memorando: 
Quanto a sua forma, o memorando segue o 
modelo do padrão ofício, com a diferença de 
que o seu destinatário deve ser mencionado 
pelo cargo que ocupa. 
Exemplos: 
192 
 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos 
 
193 
 
Exemplo de Ofício 
(297 x 210mm) 
(CABEÇALHO DO OFÍCIO) 
 
[Ministério] 
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
 [Endereço para correspondência]. 
[Endereço - continuação] 
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] 
Ofício no 524/1991/SG-PR 
Brasília, 27 de maio de 1991. 
A Sua Excelência o Senhor (No envelope, o endereçamento das comunicações) 
Deputado [Nome] (destinatário nome, cargo e endereço) 
Câmara dos Deputados 
70.160-900 – Brasília – DF 
Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 
 
Senhor Deputado, (VOCATIVO) 
2,5 cm 
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril 
último, informo Vossa Excelência (Pronomes de Tratamento)de que as medidas mencionadas em sua carta 
no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de 
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e 
demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características socioeconômicas 
regionais. 
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida 
de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. 
Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame 
deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem 
pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas 
da sociedade civil. 
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados 
juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas. 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada 
pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras 
indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua 
carta, com a necessária transparência e agilidade. 
 
 Atenciosamente, (para = ou hierarquias inferiores) Fechos para Comunicações: 
 
 
 [Assinatura] Identificação do Signatário: 
[Nome] 
[cargo] 
 
 
 
 
 
 
 
194 
 
 
 
ENVELOPE 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Ministro de Estado da Justiça 
70064-900 – Brasília. DF 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Senador Fulano de Tal 
Senado Federal 
70165-900 – Brasília. DF 
 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 10a Vara Cível 
Rua ABC, no 123 
01010-000 – São Paulo. SP 
 
2. Vossa Senhoria: 
é empregado para as demais autoridades e 
para particulares. 
O vocativo adequado é: 
Senhor Fulano de Tal, 
(...) 
No envelope, deve constar do endereçamento: 
Ao Senhor 
Fulano de Tal 
Rua ABC, no 123 
12345-000 – Curitiba. PR 
2.2 FECHO 
Arrematar o texto e saudar o destinatário. 
• para autoridades superiores, inclusive o 
Presidente da República: 
Respeitosamente, 
• para autoridades de mesma hierarquia ou de 
hierarquia inferior: 
Atenciosamente, 
195 
 
Exemplo de Aviso (INTERMINISTERIAL) 
 
Aviso no 45/SCT-PR 
Brasília, 27 de fevereiro de 1991. 
A Sua Excelência o Senhor 
[Nome (destinatário nome, cargo) 
 e cargo] 
 
 
Assunto: Seminário sobre uso de energiano setor público. 
 
Senhor Ministro, (VOCATIVO) 
 
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre 
o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no 
auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas 
Isoladas Sul, nesta capital. 
 
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do 
Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em 
Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 
1990. 
 
 Atenciosamente, 
[Assinatura] 
[nome do signatário] 
[cargo do signatário] 
196 
 
Exemplo de Memorando 
(297 x 210mm) 
Mem. 118/DJ 
Em 12 de abril de 1991 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
 
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores 
 
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria 
verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste 
Departamento. 
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, 
que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de 
monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois 
tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia 
ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, 
cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos 
deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os 
servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. 
 
 Atenciosamente, 
 
[Assinatura] 
[nome do signatário] 
[cargo do signatário] 
 
 
197 
 
CIRCULAR GERAL Nº 58, Porto Alegre, 17 de dezembro de 1998. (data meio da pág,) 
 
ASSUNTO: Obras no Estacionamento 
 
Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passará por obras 
de reforma estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este 
período o local estará interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos 
veículos. 
 
 Atenciosamente, 
Fulano de Tal 
Fulano de Tal 
Diretor-Geral de Negócios 
 
198 
 
Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo 
(297 x 210mm) 
 
5 cm 
EM no 00146/1991-MRE 
Brasília, 24 de maio de 1991. 
 
 
5 cm 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República. 
 
1,5 cm 
 O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa 
mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na Conferência do 
Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de proscrição total das armas 
químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de dois por cento de seu arsenal químico até a 
adesão à convenção de todos os países em condições de produzir armas químicas, os Estados 
Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países participantes do processo 
negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado venha a ser 
concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...) 
 
 
1 cm 
Respeitosamente, 
 
 
 
 
2,5cm 
[Nome] 
Cargo 
 
Exemplo de Mensagem 
(297 x 210mm) 
5 cm 
 
 
 
Mensagem no 118 
 
4 cm 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, 
 
2 cm 
 Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM no 106 a 
110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos nos 93 a 97, de 
1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão. 
 
 
 
 
2 cm 
Brasília, 28 de março de 1991. 
 
 
199 
 
 
25) Casos Facultativos ↑ Sumário 
Pode-se retirar sem prejuízo para a correção e sentido. 
1- Objeto Indireto Oracional 
Não duvidava de que(disso) ele fosse capaz disso. 
O governo visa (deseja) a discutir o caso. 
2- Artigo Antes De Pronomes Possessivos 
Ela se referiu à população em geral. 
A inclusão do vocábulo nossa antes de população facultaria o uso do acento 
grave no período. (V) (inclusão do pronome possessivo crase facultativo) 
 
 Não lhe informaram (as) suas obrigações. 
Pode-se por as antes de suas obrigações. (V) 
3- Pred. Do obj. Preposição facultativo 
Chamaram(denominar), na ocasião, por motivos óbvios, o (ao) governo de 
corrupto(pred. Obj.). 
Trocar o por ao (V) (Regência do v. Chamar- pode tudo VTD ou VTI) 
 suprimir o de (V) (pred. Do Obj. preposição Facultativo) (frase pode ser 
passível de ambiguidade) 
4- Crase 
 1 Antes De pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam 
palavras. (o uso do artigo é facultativo) 
Ninguém se referiu a / à sua conduta. (pode se substituir por “a conduta dele”(F)) 
 ...`a conduta dele. (foi especificado, logo crase obrigatório) 
Não assisto à (a+a) novela. (determinada novela) 
Não assisto a novela. (Nenhuma novela) 
Contei tudo à (a+a) Maria. (Existe familiaridade ou afetividade) 
Contei tudo a Maria. (Maria não é próxima) 
Fiz homenagem à Joana D’arc. (Errado) 
Fiz homenagem a Joana D’arc. (Certo) 
 2 Depois da preposição “até”. (o uso da preposição é facultativo) 
A preposição “a” é facultativo depois de “até” (mesmo em palavras masculinas) 
Foi até o escritório. ou Foi até ao escritório. 
Ela iria até a escola. ou Ela iria à escola. 
 3 Antes de nomes próprios femininos (comuns) sem especificador. 
200 
 
Referiu-se à Flavia. ou Referiu-se a Flavia. 
Referi-me à Ana, minha mulher amiga. (ideia de intimidade) crase obrigatória 
Referi-me a Ana, uma funcionária da empresa. (ideia contextual Ana não é intima 
da interlocutora, mas apenas uma simples funcionária da empresa) crase proibida 
 
A Decisão implicará (VTD= ACARRETAR) problemas para as pessoas que 
visavam (desejava) à paz. No entanto, para aqueles que aspiram a uma vida 
melhor, mais trabalho é preferível a mais tempo, essa é a premissa dos que 
chegam aonde querem sempre. 
 
Seria possível, mantendo a correção gramatical suprimir a crase na expressão 
“a paz”?. .(V) (Eu Preciso De Paz) Sentido genérico (pode se retirar o artigo) 
 
 
Obs.: 
1. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa. 
*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe** 
 
Se o encontrar na cidade, dê-lhe nas tarefas. (a conjunção “Se”(caso) inicial 
indica que o verbo está conjugado no futuro do subjuntivo, logo este verbo não 
está no infinitivo.) 
CAP-QUE (Conjunção “Se” atrai a preposição caso de próclise obrigatório.) 
 
Começou a ajudá-la nas tarefas. (o verbo está no infinitivo, mas a construção “a 
a ajudar” não se craseia preposição com pronome obliquo , logo é um caso 
proibido, única construção possível é “ajudá-la”(ajudar a). 
Começou a ajudar-me nas tarefas. (A construção é possível “a me ajudar” 
preposição “a” + pronome obliquo “me”.) 
 
2. Se não houver palavra atrativa a colocação será sempre facultativa. 
O governo (-se) (facultativo) comprometer-se-ia (-se) (proibido)com o caso. 
A moça se mostrou (-se)(facultativo) uma pessoa responsável. 
Os homens se contentam(-se)(facultativo) com pouco. 
A humanidade se esqueceria (-se) (proibido)do fato. (Pode haver mesóclise) 
Nunca nos esqueceremos (-se) (proibido)do fato. (caso de Próclise com palavra 
atrativa) 
 
Obs.: 
3. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa. 
*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe** 
 
 
201 
 
5- Fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com 
 Isso fará com que ele estude mais. 
 Pode-se suprimir o com. (V) (fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com) 
 
 
 
6- SUJEITO COMPOSTODEPOIS DO VERBO 
concordância gramatical ou atrativa 
Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza, a incompetência corrupta do governo do 
Fatah, o cruel bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por Israel e a opção, tomada 
por EUA e União Europeia, de ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. 
O verbo foi flexionado no plural para concordar com o sujeito composto 
posposto: “Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a incompetência corrupta do 
governo do Fatah (1), o cruel bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por 
Israel (2) e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de ignorar 
diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP (3).”. São três os núcleos: 
incompetência, bloqueio e opção. O verbo foi flexionado, mas, por estar o sujeito posposto, 
poderia ter sido realizada a concordância atrativa, ou seja, com o núcleo mais próximo. 
Como esse primeiro núcleo está representado por um substantivo no singular, o verbo 
também poderia estar nesse número: “Facilitou a ascensão do extremismo em Gaza a 
incompetência...”. A decisão de flexionar o verbo (concordância gramatical) se deve ao 
fato de que o sujeito possui muitos elementos, e a concordância apenas com o primeiro 
núcleo acarretaria uma perda da ênfase em todos eles. 
 
7- Nas orações subordinadas adverbiais, apenas a vírgula será 
possível. Se a oração adverbial, a vírgula será facultativa. Se a oração 
adverbial estiver no início o no meio do período (deslocada), a vírgula 
será obrigatória. 
 
Ele voltará ao país, (facultativo) quando (temporal) quiser(modo subjuntivo). 
Quando quiser, (obrigatório, or. Adv. deslocada) ele voltará ao país. 
8- 
 
26) Casos Obrigatórios ↑ Sumário 
Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: 
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas. 
202 
 
27) Casos Proibidos ↑ Sumário 
1- Pron. Relativo CUJA 
 
 * pode ser substituído por a qual (F não pode ser substituído por nenhum 
outro pronome relativo) -Não apresentam sinônimo perfeito. (NÃO pode ser 
trocado por DAS QUAIS, DE QUE, DE ONDE) só com devidas alterações) 
 
 * pode ser substituído por cujo a (F não pode ser posposto por artigo) 
1- CASOS PROIBIDOS DE COLOCAÇÃO CRASE 
 
4. Inicio de frase 
(Se) Discutiu-se a proposta do político. 
Se concentravam(-se) nas tarefas domésticas. (típica da oralidade) 
 
5. Depois de particípio ado, ido, do, to, go, so... 
Tinha se expressado (-se) com clareza. 
O governo 1se tinha2-se 3se manifestado 4se (ênclise proibido, com 
particípio no verbo principal) sobre o fato. 
 
6. Depois do futuro do indicativo 
 Futuro do Presente 
-rei, rás, rá 
-remos, reis, rão 
 Futuro do Pretérito 
-ria, rias, ria 
-ríamos, ríeis, riam 
 
(se) Contar-se-ia (-se) o caso de outra maneira. 
(se) Encontrar-se-ão (-se) tais produtos em outros países. 
 
 
 
203 
 
28) Semântica ↑ Sumário 
SEMÂNTICA 
1- As ideias dos jovens e as (ideias) das pessoas mais velhas não são 
compatíveis. Pode ser retirada “das” do trecho? 
Alterou a relação semântica do trecho. Sem alterar a coerência do trecho. 
A supressão de determinantes ou contrações pode alterar o sentido do 
trecho sem necessariamente comprometer o sentido do texto. 
 
2- z 
Parte da gramática que trata do sentido das palavras. Assunto explorado em 
todos os concursos públicos, requer cuidados especiais. Vamos dividi-la em 
tópicos. 
1) Denotação e conotação. 
 ● Denotação Emprego de uma palavra com seu sentido original, real, 
dicionarizado. Ex.: A menina ganhou uma flor. 
 A palavra flor está empregada com o seu sentido normal, registrado em 
dicionários: trata-se do vegetal que todos conhecem. Diz-se que ela tem valor denotativo. 
. ● Conotação Emprego especial, figurado de uma palavra. Ex.: A menina é uma 
flor. 
 
 A palavra flor, agora, não pode ser entendida como o vegetal que colhemos em 
determinadas plantas. Na realidade, menina é um ser animal; flor, um ser vegetal. 
Então, ao pé da letra, uma menina não pode ser uma flor. A frase só pode ser entendida 
se a desdobrarmos em uma comparação: a menina é bonita como uma flor. Nesta, flor 
tem valor denotativo. No entanto, quando se diz diretamente, quando se afirma que 
alguém é uma flor, a palavra flor tem um sentido especial, que extrapola a realidade da 
palavra. Diz-se, então, que ela tem valor conotativo. 
Observações 
a) A noção de denotação e conotação é muito importante para o entendimento do texto. 
Pode ser cobrada diretamente, aparecendo as duas palavras, ou de maneira indireta, 
em 
questões de compreensão e interpretação de textos. 
 
b) Quando a conotação tem base em uma comparação, temos uma figura de linguagem 
conhecida como metáfora. 
Ex.: A jovem tem olhos de pérola. 
204 
 
 
 Ninguém pode ter olhos de pérola. Entenda-se: olhos negros e brilhantes como 
pérolas. Assim, o emprego da palavras pérola constitui um caso de conotação conhecido 
como metáfora. A linguagem se diz conotativa, figurada ou metafórica. Veja abaixo a 
famosa frase de José de Alencar a respeito de Iracema. 
 “Iracema, a virgem dos lábios de mel”. A palavra mel tem 
valor conotativo, pois os lábios de uma pessoa não podem ser de 
mel. A idéia de doçura contida na palavra mel é transferida para os 
lábios de Iracema. 
c) Às vezes é difícil perceber que se trata de conotação. 
Ex.: Nesta frase, não há coesão. 
Em gramática, coesão é, como veremos adiante, a ligação entre as partes de um 
texto. Mas coesão, em seu sentido original, primitivo, é a força atrativa que existe entre 
as moléculas de um corpo. Assim, na frase dada, coesão tem sentido conotativo. 
2) Sinonímia 
 Emprego de sinônimos, isto é, palavras de mesmo sentido. Ex.: A frase está certa. A 
frase está correta. 
3) Antonímia 
 Emprego de antônimos, isto é, palavras de sentido oposto. 
Ex.: Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa. 
 
Observações 
a) Não existem sinônimos perfeitos. Tudo depende 
do contexto. Ex.: Ele é forte. Ele é robusto. 
O seu forte é a matemática. (não cabe a palavra robusto) 
b) É claro que todos sabem o que são sinônimos e antônimos. Mas é 
preferível, em provas, que eles não apareçam. É impossível saber o 
sentido de todas as palavras. Tudo acaba tornando-se uma grande 
loteria. Veja a frase abaixo. 
 Era uma jovem pudibunda. Isso 
apareceu numa prova, há pouco tempo. Você conhece 
a palavra? A banca do concurso deu como sinônimo 
pundonorosa. Triste, não é mesmo? 
c) É necessário melhorar o vocabulário. Leia bastante. Quando 
desconhecer o sentido de uma palavra, pegue o amigo de todos nós, o 
dicionário. E procure aprender a nova palavra. 
4) Homonímia 
205 
 
 Emprego de palavras que têm identidade de pronúncia ou de 
grafia, os chamados homônimos. 
.● Homônimos homófonos 
. Mesma pronúncia, grafia diferente. Ex.: cozer − coser 
.● Homônimos homógrafos Mesma grafia, pronúncia diferente. Ex.: 
sobre (^) − sobre (´) 
.apoio − apóio Obs.: Mesmo um tendo acento, as palavras são 
consideradas homógrafas. 
. ● Homônimos perfeitos (ou homófonos e homógrafos) 
 
 Mesma grafia e mesma 
pronúncia. Ex.: pena (pluma) 
− pena (compaixão) 
5) Paronímia Emprego 
de parônimos, isto é, 
palavras muito 
parecidas. Ex.: O 
mandato do deputado é 
de quatro anos. Expediu 
um mandado de busca. 
 Procure gravar os homônimos e parônimos colocados abaixo. São 
muito importantes. 
absolver − inocentar absorver − esgotar, consumir 
acender − pôr fogo a ascender − 
elevar-se 
acento − inflexão da 
voz assento − lugar 
onde se senta 
aferir − 
conferir 
auferir − 
conseguir 
amoral − sem o senso 
206 
 
da moral imoral − que 
atenta contra a moral 
apóstrofe − chamamentoapóstrofo − tipo de sinal gráfico 
arrear − 
pôr arreios 
arriar − 
abaixar 
asado − com asas, alado 
azado − oportuno, 
propício assoar − limpar 
o nariz assuar − vaiar 
astral − sideral austral 
− que fica no sul 
atuar − exercer 
atividade autuar − 
processar 
bocal − abertura de vaso bucal − relativo à boca 
caçar − perseguir cassar − anular 
cavaleiro − que anda a 
cavalo cavalheiro − 
educado 
cegar − tirar a visão de segar − ceifar, cortar 
cela − cômodo pequeno sela − 
arreio 
censo − recenseamento senso 
− juízo, raciocínio 
cerração − nevoeiro serração − ato de 
serrar 
207 
 
cervo − veado servo − criado; escravo 
cessão − ato de ceder sessão − 
tempo que dura uma reunião seção 
− departamento, divisão 
cesto − pequena cesta, 
balaio sexto − ordinal de 
seis 
chácara − propriedade rural 
xácara − narrativa popular em 
versos cidra − tipo de fruta sidra − 
tipo de bebida 
cheque − ordem de 
pagamento xeque − lance do 
jogo de xadrez 
comprimento − extensão cumprimento − saudação; ato de cumprir 
concerto − harmonia; sessão 
musical conserto − reparo 
conjetura − hipótese conjuntura − situação; ocorrência 
coser − costurar cozer − cozinhar 
deferir − conceder, 
atender diferir − ser 
diferente; adiar 
degredar − desterrar degradar − rebaixar, aviltar 
delatar − 
denunciar dilatar − 
alargar 
descrição − ato de descrever 
discrição − qualidade de 
discreto 
208 
 
descriminar − inocentar 
discriminar − separar 
despensa − estoque de alimentos 
dispensa − ato de dispensar; 
licença 
despercebido − sem ser 
notado desapercebido − 
desprevenido 
destinto − desbotado distinto − que sobressai; diferente destratar − 
insultar distratar − desfazer 
divagar − sair do 
assunto devagar − 
lento 
elevar − levantar, 
aumentar enlevar − 
encantar, extasiar 
emergir − vir à tona 
imergir − mergulhar 
emigrar − sair de um país 
imigrar − entrar em um país 
eminente − destacado, 
importante iminente − prestes a 
acontecer 
empossar − dar posse 
empoçar − formar 
poça 
encetar − principiar 
incitar − provocar, 
instigar 
esbaforido − ofegante espavorido 
209 
 
− apavorado 
esperto − inteligente, 
vivo experto − perito 
espiar − olhar expiar 
− sofrer castigo 
estada − permanência de alguém 
estadia − tempo de um navio no 
porto 
estático − parado extático − absorto, em êxtase 
estofar − cobrir de estofo 
estufar − inchar; pôr em 
estufa estrato − camada; tipo 
de nuvem extrato − que se 
extraiu 
flagrante − evidente; o ato 
fragrante − perfumado 
fluir − correr; manar fruir − 
desfrutar 
incerto − 
duvidoso inserto 
− inserido 
incipiente − que está começando 
insipiente − que não sabe, 
ignorante 
inflação − desvalorização do 
dinheiro infração − transgressão 
infligir − aplicar (pena ou 
castigo) infringir − transgredir 
intemerato − puro intimorato − 
210 
 
corajoso 
lactante − que amamenta lactente 
− que mama 
locador − proprietário locatário − 
inquilino 
lustre − candelabro 
lustro − cinco anos; 
brilho 
mandado − ordem 
judicial mandato − 
procuração 
peão −tipo de trabalhador; peça de 
xadrez pião − tipo de brinquedo 
pleito − disputa; 
pedido preito − 
homenagem 
prescrever − receitar; 
expirar (prazo) 
proscrever − afastar, 
expulsar 
ratificar − confirmar retificar − corrigir 
sortir − 
abastecer 
surtir − resultar 
subentender − entender o que não estava 
expresso subtender − estender por baixo 
sustar − 
suspender 
suster − 
sustentar 
211 
 
tacha − tipo de prego taxa − 
imposto 
tráfego − movimento, trânsito tráfico − comércio 
usuário − aquele que usa usurário 
− avaro; agiota 
vestuário − veste, trajo vestiário − local onde se troca de roupa 
vultoso − grande, volumoso vultuoso − com vultuosidade (inchado e 
vermelho) 
6) Campos semânticos 
Diz-se que as palavras pertencem ao mesmo campo semântico 
quando estão associadas, de alguma forma, pelo sentido. Ex.: tristeza, 
melancolia, pesar 
vinho, leite, refrigerante 
7) Polissemia Pluralidade de sentidos de uma palavra. 
Ex.: A paixão de Cristo. (o sofrimento) Tinha uma grande paixão por ela. 
(sentimento forte e desequilibrado) Apresentou-me a paixão de 
sua vida. (a pessoa por quem se está apaixonado) 
● Coesão 
 Ligação que existe entre os componentes de um texto. É importante 
que se conheçam as palavras e expressões que têm a capacidade de 
ligar termos, orações, períodos, parágrafos. Ex.: Havia pouquíssimas 
pessoas trabalhando no balcão, porém fui logo atendido. 
A conjunção porém é adversativa, liga orações de sentido adverso, 
contrário. Ela é 
o elemento conector no período, que apresenta duas idéias 
contrárias: “haver poucas pessoas atendendo” e “ser logo atendido”. 
Assim, pode-se afirmar que o texto tem coesão, porque a conjunção 
porém, por seu sentido, se presta a ligar esses dois segmentos. 
Observe, agora, a frase colocada abaixo. 
 Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, portanto fui 
logo atendido. 
Ora, a conjunção portanto, que é conclusiva, não pode fazer a 
ligação de coisas 
 
212 
 
opostas. Nesta frase, está faltando coesão, isto é, a conjunção 
não está ligando devidamente os dois segmentos do texto. 
● Coerência Sentido lógico do texto.Quando falta a coesão, 
normalmente falta a coerência, ou seja, 
o texto fica ilógico. 
Ex.: Estudei muito, apesar disso fui aprovado. 
 
Não há coerência na frase, uma vez que não há coesão. Apesar 
disso é expressão concessiva, introduz termos que se opõem ao que se 
afirmou ou vai afirmar. Para tornálo coerente, precisamos de uma 
expressão que indique conclusão ou conseqüência. Assim, poderíamos 
dizer “Estudei muito, por isso fui aprovado” (portanto, por causa disso, 
então etc.) 
213 
 
 
Observações 
a) A incoerência pode não depender do emprego dos conectivos. Ex.: Foi à 
farmácia e, lá, comprou as laranjas que faltavam. Não se compram laranjas 
em farmácia. 
b) Qualquer palavra que se refira a outra no texto é coesiva, isto é, promove a coesão 
textual. 
Ex.: Cheguei muito cedo ao estádio, pois o jogo só começaria às quatro. Por isso, 
encontrei-o vazio. 
 
Além das conjunções pois e por isso, que ligam as orações do período, temos 
o pronome o, que se refere a estádio. Nesse caso, estádio é o referente da 
palavra o. Também o adjetivo vazio tem como referente a palavra estádio. 
9) Sentido de locuções adjetivas Importante para enriquecer o vocabulário. Eis 
algumas que convém saber. 
de agulha − acicular de gafanhoto − acrídeo de diamante − adamantino ou diamantino 
de cordeiro − agnelino de galo − alectório da alma − anímico de pato ou ganso − 
anserino de abelha − apícola de águia − aquilino de aranha − aracnídeo de árvore − 
arbóreo de prata − argênteo de carneiro − arietino de asno − asinino de ouro − áureo 
de orelha − auricular do sul − austral ou meridional do tio, da tia − avuncular de rã − 
batracóide da guerra − bélico do norte − boreal ou setentrional de búfalo − bubalino do 
campo − campesino ou campestre do cabelo − capilar de cabra − caprino de queijo − 
caseoso da cabeça − cefálico de cera − céreo do céu − celeste, cerúleo ou cérulo de 
veado, cervo − cerval ou elafiano do pescoço − cervical dos quadris − ciático de 
cegonha − ciconídeo de cinza − cinéreo de cobra − colubrino de pombo − columbino 
de couro − coriáceo da tarde − crepuscular, vesperal ou vespertino da coxa − crural 
de abóbora − cucurbitáceo de coelho − cunicular de cobre − cúprico da pele − cutâneo 
de marfim − ebúrneo ou ebóreo da igreja − eclesiástico de bronze − êneo de inseto − 
entômico do vento − eólio do bispo− episcopal de cavaleiro − eqüestre de cavalo − 
eqüino ou hípico do alto mar − equóreo de espelho − especular de fantasma − 
espectral ou lemural do baço − esplênico de coruja − estrigídeo de fábrica − fabril de 
falcão − falconídeo de gato − felino do fêmur − femoral de selo − filatélico de rio − 
fluvial do relâmpago − fulgural do estômago − gástrico do joelho − genicular de gesso 
− gípseo de gelo − glacial das nádegas − glúteo da garganta − gutural do sangue − 
hemático do fígado − hepático de brasão − heráldico de erva − herbáceo, herbático ou 
herbóreo de vidro − hialino ou vítreo do inverno − hibernal de mercúrio − hidrargírico 
de bode − hircino de andorinha − hirundino de peixe − ictíico ou písceo de fogo − 
ígneo de ilha − insular de alface − lactúceo de lago − lacustre de tijolo − laterário de 
lebre − leporino de madeira − lígneo de lesma − limacídeo de lobo − lupino de monge 
− monacal da morte − mortal ou letal de rato − murino ou murídeo do bosque − 
nemoral de neve − níveo ou nival da noz − nucular da nuca − occipital de serpente − 
ofídico de sonho − onírico do olho − ocular, óptico ou oftálmico do ouvido − ótico de 
pântano − palustre da borboleta − papilionáceo da parede − parietal do peito − 
pectoral de dinheiro − pecuniário de paixão − passional da bacia − pélvico de chumbo 
214 
 
− plúmbeo de chuva − pluvial de proteína − protéico de criança − pueril ou infantil do 
pus − purulento da espinha dorsal − raquiano de rocha − rupestre de açúcar − sacarino 
da Lua − selênico de velho − senil de seda − sérico de selva − silvestre de macaco − 
simiesco do corpo − somático de porco − suíno de enxofre − sulfúrico de touro − táureo 
ou taurino da Terra, do solo − telúrico de treva − tenebroso das amídalas − tonsilar do 
tórax − torácico de trigo − tritíceo ou tritícola de rola − turturino de unha − ungueal de 
esposa − uxoriano de vaca − vacum da veia − venoso de vinho − víneo de víbora − 
viperino da vida − vital da vontade − volitivo da raposa − vulpino de abutre − vulturino . 
 
215 
 
29) Interpretação de Texto ↑ Sumário 
 
Sobre interpretação, a maioria dos textos são dissertativo-argumentativos ou 
narrativos (com elementos de texto descritivo, às vezes), por isso é preciso dominar 
as características desses tipos de texto. 
Interpretação Texto 
1- Inferência Simples - Posicionamento diferente da sociedade – 
Obs. Anafóricos, contradições, manutenções, conservadores, sinônimos 
Serão consideradas alternativas incorretas em relação ao texto aquelas que 
 Extrapolarem (pode estar correta, mas não estão contidas no texto) 
 Limitarem 
 Contradizerem 
 Forem parciais (opinião do elaborador) 
 Não abordarem o tema do texto 
Como interpretar textos 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com 
a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações 
específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a 
concursos públicos. 
 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de 
responder as questões relacionadas a textos. 
 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, 
formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO 
COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma 
delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a 
posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o 
relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de 
seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado 
diferente daquele inicial. 
 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou 
indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso 
denomina-se INTERTEXTO. 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de 
um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as 
ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
216 
 
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
 
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma 
argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os 
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
 
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças 
entre as situações do texto. 
 
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, 
opinando a respeito. 
 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só 
parágrafo. 
 
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras. 
 
EXEMPLO 
 
 TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES 
 "O HOMEM UNIDO ” 
 A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) 
 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
 
Fazem-se necessários: 
 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura 
do texto), leitura e prática; 
 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: 
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
 
217 
 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
 INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, 
TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao 
afirmar que... 
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, 
ATENÇÃO AO QUE REALMENTE ESTÁ 
ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou 
ERRADA a afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de 
interpretação. Os mais frequentes são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, 
esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser 
insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. 
 
 OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. 
Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve 
ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. 
 
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, 
orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se 
quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um 
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o 
que já foi dito. 
 
 OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, 
está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este 
218 
 
depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode 
esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. 
 Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, poisseu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em 
consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, 
a saber: 
 
 
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS 
DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE. 
 
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. 
 
QUEM (PESSOA) 
 
CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O 
OBJETO POSSUÍDO. 
 
COMO (MODO) 
 
ONDE (LUGAR) 
 
QUANDO (TEMPO) 
 
QUANTO (MONTANTE) 
 
EXEMPLO: 
 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o 
demonstrativo O ). 
 
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos 
(BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem 
expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se 
erros graves como: 
 
- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. 
- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto 
oblíquo átono correto é O . 
- “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau 
uso 
 
 
219 
 
30) Dicas Locução verbal ↑ Sumário 
Loc. Verbal  apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. 
Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, 
continuar,... 
Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...) 
Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país 
Apoio volta a ser pedido no país. 
(a transitividade do verbo auxiliar é a mesma do verbo Principal) 
Ela saiu correndo pela casa. 
 a correr 
NGB (não considera como modo) é uma locução verbal (saiu correndo) 
Modo  (se não tiver outra nomenclatura deve-se classificar como modo) 
CESPE valor do gerúndio –modo 
 
“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a 
indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um 
homem 
 dele haver 
violento, pareceu compreensível aos depoentes.” 
 
** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento” 
pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido 
considerado um homem violento. 
** Devem existir ratos (suj.)no porão 
Mas... 
Deve (3ª sing. haver (VTD) ratos (OD)no porão. 
 
** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da 
legalização da maconha. 
Mas... 
220 
 
Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização 
da maconha. 
221 
 
31) Dicas Defamavos ↑ Sumário 
CASO (DEFAMAVOS) 3ª Sing. 
 
**Caso (DEFAMAVOS) DEFAMAVOS + PRONOME + V. 
INFINITIVO 
Verbos Causativos: deixar, fazer, mandar. 
 Sensitivos: Ver, ouvir, sentir. 
 
(DEFAMAVOS) + infinitivo 
Se suj. for pronome a flexão será proibida. 
Se o suj. for nome a flexão será facultativa. 
Deixou os meninos dormir / dormirem. 
(Ele)Deixou-os dormir. 
 
Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem 
**CESPE ** ( ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o 
pronome oblíquo as. 
 Pronome com Função de sujeito 
** O pronome será sempre suj. do infinitivo. 
Verbo (defamavos) + pron. (suj.) + v. infinitivo 
 
 (Eu) Mandei-/o (Suj. do verbo ficar) ficar aqui/ OD. 
(Eu) Não o (Suj.) vi /entrar em casa/OD. 
 
(Eu) Mandei o rapaz entrar. Mandei os rapazes entrarem. 
 Mandei que o rapaz entre. 
(Eu) ... ele .... 
(Eu) ... lhe .... 
(Eu) ... o .... 
 
222 
 
“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a 
indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um 
homem 
 dele haver 
violento, pareceu compreensível aos depoentes.” 
 
** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento” 
pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido 
considerado um homem violento. 
** Devem existir ratos (suj.)no porão 
Mas... 
Deve (3ª sing.) haver (VTD) ratos (OD)no porão. 
 
** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da 
legalização da maconha. 
Mas... 
Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização 
da maconha. 
 
223 
 
32) Dicas homônimos ↑ Sumário 
HOMÔNIMOS 
São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de 
homônimos: 
 
HOMÔNIMOS PERFEITOS 
Têm a mesma grafia e o mesmo som. 
- A manga está uma delícia. 
- A manga da camisa ficou perfeita. 
 
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS 
Têm a mesma grafia, mas sons diferentes. 
- Eu começo a trabalhar em breve. 
- O começo do filme foi ótimo. 
 
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS 
Têm o mesmo som, mas grafias diferentes. 
-Os concertos são realizados nas maiores e mais importantes salas de Viena, como 
a Ópera de Viena. 
-O conserto do meu celular durou uma semana. 
 
 
PARÔNIMOS: 
São palavras parecidas, mas com pronúncia, grafia e significação diferentes. 
-Jesus ascendeu aos céus. 
-A inquisição católica acendeu fogueiras. 
 
 
 
 
Emprego do C, Ç, S e SS 
 
 
Acender atear fogo Ascender subir 
Acento inflexão da voz; sinal 
gráfico 
Assento lugar onde a gente se 
assenta 
Acerto ajuste Asserto afirmação; asserção; 
Acessório que não é 
fundamental 
Assessório relativo ao assessor 
Anticético oposto aos céticos Antissético desinfetante 
Apreçar marcar ou ver o preço Apressar tornar rápido 
Caçar perseguir a caça Cassar anular 
224 
 
Cessão doação; 
anuência 
Secção 
ou 
Seção 
corte; 
divisão 
Sessão reunião 
Cesta recipiente 
aberto; 
Sexta núm. 
ordinal 
Sesta hora de descanso 
Cético que ou quem duvida Sético que causa infecção 
Cegar fazer perder a vista a Segar ceifar; cortar 
Cela prisão Sela arreio de cavalgadura 
Celeiro depósito de provisões Seleiro fabricante de selas 
Cenário decoração de teatro Senário que consta de seis unidades 
Censo recenseamento Senso juízo 
Censual relativo ao censo Sensual relativo aos sentidos 
Cerração nevoeiro espesso Serração ato de serrar 
Cerrar fechar Serrar cortar 
Cervo veado Servo servente 
Cessação ato de cessar Sessação ato de sessar 
Cessar interromper Sessar peneirar 
Ciclo período Siclo moeda judaica 
Cilício cinto para penitências Silício elemento químico 
Cinemático relativo ao movimento 
mecânico 
Sinemático relativo aos estames 
Círio vela grande de cera Sírio da síria 
Concertar harmonizar; combinar Consertar remendar; reparar 
Corço cabrito selvagem Corso natural da Córsega 
Empoçar formar poça Empossar dar posse a 
Graça favor; elegância; 
gracejo, que faz rir; 
Grassa do verbo grassar; difunde-se, 
propaga-se. 
Incerto duvidoso Inserto inserido, incluído 
indefeso sem defesa indefesso incansável 
Incipiente principiante Insipiente ignorante 
Intercessão rogo, súplica Interseção ponto em que duas linhas se 
cortam 
Laço laçada Lasso cansado, frouxo 
225 
 
Maça clava Massa quantidade de matéria; 
pasta; 
Maçudo indigesto; monótono Massudo volumoso 
Obcecação ato ou efeito de 
obcecar, teimosia, 
cegueira. 
Obsessão impertinência, perseguição, 
ideia fixa. 
Paço palácio Passo passada 
Remição ato de remir (pagar), 
resgate, quitação; 
Remissão ato de remitir; perdão, 
expiação. 
Repressão ato de reprimir, 
contenção, 
impedimento, 
proibição. 
Repreensão ato de repreender, enérgica 
admoestação, censura, 
advertência. 
Ruço pardacento; grisalho Russo natural da rússia 
Sanção aprovação; pena 
imposta pela lei ou 
por contrato para 
punir sua infração. 
Sansão personagem bíblico; certo tipo 
de guindaste. 
Sedento que tem sede; 
sequioso; 
Cedente que cede, que dá. 
Tenção 
Intenção 
propósito Tensão intensidade 
 
 
 
Empregodo S ou do Z 
 
Ás exímio em sua atividade; 
carta do baralho. 
Az esquadrão, ala do 
exército. 
Asado que tem asas Azado oportuno 
Asar guarnecer com asas Azar má sorte 
Coser costurar Cozer cozinhar 
Fúsil que pode 
fundir 
Fuzil carabina Fusível dispositivo 
elétrico 
Presar capturar, agarrar, apresar. Prezar respeitar, estimar 
muito, acatar. 
Revezar substituir alternadamente Revisar rever; corrigir 
Traz do verbo trazer Trás advérbio de lugar 
226 
 
Vês forma do verbo ver Vez ocasião 
 
 
 
 
Emprego do S ou X 
 
 
Espectador aquele que assiste 
qualquer ato ou 
espetáculo, testemunha. 
Expectador que tem expectativa, 
que espera. 
Esperto inteligente, ativo; Experto perito, entendido; 
Espiar espreitar; Expiar sofrer pena ou 
castigo; 
Espirar respirar; soprar; Expirar expelir o ar; morrer; 
Esterno osso do 
peito; 
Externo exterior; Hesterno relativo ao dia de 
ontem; 
Estrato camada sedimentar; tipo 
de nuvem; 
Extrato o que foi tirado de 
dentro; fragmento; 
 
 
Emprego do CH ou X 
 
Arrochar apertar com arrocho, apertar muito. Arroxar 
Arroxear 
roxear: tornar roxo. 
Brocha prego curto de cabeça larga e chata Broxa pincel 
Bucho estômago de animais Buxo arbusto ornamental 
Cachão borbotão; fervura Caixão caixa grande; féretro 
Cachola cabeça; bestunto Caixola pequena caixa 
Cartucho canudo de papel Cartuxo pertencente à ordem da cartuxa 
Chá arbusto; infusão Xá título de soberano no oriente 
Chácara quinta Xácara narrativa popular em verso 
Chalé casa campestre em estilo suíço Xale cobertura para os ombros 
Cheque ordem de pagamento Xeque incidente no jogo de xadrez; 
contratempo 
Cocha gamela Coxa parte da perna 
Cocho vasilha feita com um tronco de madeira Coxo aquele que manca 
227 
 
escavada 
Luchar sujar Luxar deslocar; desconjuntar 
Tacha brocha; pequeno prego Taxa imposto; preço 
Tachar censurar; notar defeito em Taxar estabelecer o preço ou o imposto 
 
 
 
 
Emprego do A ou I 
 
Acidente acontecimento casual; 
desastre 
Incidente episódio; que 
incide, que 
ocorre 
Amoral indiferente à moral Imoral contra a moral, 
libertino, devasso 
Estada ato de estar, 
permanência 
Estadia prazo para carga 
e descarga de 
navio ancorado 
em porto 
Induzir causar, sugerir, 
aconselhar, levar a 
Aduzir expor, 
apresentar 
 
 
 
Emprego do E ou I 
 
 
 
Arrear pôr arreios Arriar abaixar 
Carear atrair, ganhar, 
granjear. 
Cariar criar carie 
Delatar 
(delação) 
denunciar, revelar 
crime ou delito, 
acusar. 
Dilatar 
(dilação) 
alargar, estender; adiar, diferir 
Deferir atender Diferir distinguir-se, divergir 
Descrição ato de descrever Discrição ato de ser discreto 
Descriminar inocentar Discriminar 
 
diferenciar, distinguir 
Dessecar secar bem, enxugar, 
tornar seco 
Dissecar analisar minuciosamente, dividir 
anatomicamente. 
Despensa compartimento Dispensa desobrigação 
Destratar insultar, maltratar 
com palavras. 
Distratar desfazer um trato, anular. 
Distensão ato de 
distender; 
torção de 
ligamento
. 
Distinção elegância, 
nobreza; 
diferença; 
Dissensã
o 
desavença, diferença de opiniões 
ou interesses. 
228 
 
Elidir suprimir, 
eliminar. 
Ilidir contestar, refutar, desmentir. 
Emergir vir à tona Imergir mergulhar; adentrar 
Emigrar deixar o país 
para residir em 
outro. 
Imigrar entrar em país estrangeiro para nele viver. 
Eminente nobre, alto, 
excelente 
Iminente 
 
prestes a 
acontecer 
Emitir 
(emissão) 
produzir, 
expedir, 
publicar. 
Imitir 
(imissão) 
fazer entrar, introduzir, investir. 
Encrostar criar crosta. Incrustar cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, 
arraigar-se. 
Entender compreender, 
perceber, 
deduzir. 
Intender exercer vigilância, superintender. 
Enumerar numerar, 
enunciar, narrar, 
arrolar. 
Inúmero inumerável, sem conta, sem número. 
Estância lugar onde se 
está, morada, 
recinto. 
Instância solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo. 
Elidir suprimir, 
eliminar. 
Ilidir contestar, refutar, desmentir. 
Emergir vir à tona Imergir mergulhar; adentrar 
Emigrar deixar o país 
para residir em 
outro. 
Imigrar entrar em país estrangeiro para nele viver. 
Eminente nobre, alto, 
excelente 
Iminente 
 
prestes a 
acontecer 
Emitir 
(emissão) 
produzir, 
expedir, 
publicar. 
Imitir 
(imissão) 
fazer entrar, introduzir, investir. 
Encrostar criar crosta. Incrustar cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, 
arraigar-se. 
Entender compreender, 
perceber, 
deduzir. 
Intender exercer vigilância, superintender. 
Enumerar numerar, 
enunciar, narrar, 
arrolar. 
Inúmero inumerável, sem conta, sem número. 
Estância lugar onde se 
está, morada, 
recinto. 
Instância solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo. 
Evocar lembrar, 
invocar 
Avocar atribuir-se; 
chamar 
Invocar pedir (a ajuda de); chamar; proferir 
Incontinente imoderado, que 
não se contém, 
descontrolado. 
Incontinenti imediatamente, sem demora, logo, sem 
interrupção. 
 
Inquerir apertar (a carga 
de animais), 
encilhar. 
Inquirir procurar informações sobre, indagar, investigar, 
interrogar. 
 
229 
 
Peão aquele que anda 
a pé, domador 
de cavalos 
Pião 
 
tipo de brinquedo 
Prover providenciar, 
dotar, abastecer, 
nomear para 
cargo 
Provir originar-se, proceder; resultar 
Recrear proporcionar 
recreio, divertir, 
alegrar. 
Recriar criar de novo. 
Reincidir tornar a incidir, 
recair, repetir. 
Rescindir dissolver, invalidar, romper, desfazer: 
Subentender supor Subtender estender 
por baixo 
Subintender exercer função de subintendente 
Tráfego trânsito de 
veículos, 
percurso, 
transporte
. 
Tráfico negócio ilícito, comércio, negociação. 
 
 
Emprego do E ou O 
 
Apóstrofe figura de linguagem Apóstrofo sinal gráfico 
Lustre brilho, glória, fama; abajur. Lustro quinquênio; polimento. 
Preceder ir ou estar adiante de, 
anteceder, adiantar-se. 
Proceder originar-se, derivar, provir; levar a 
efeito, executar. 
Preeminente que ocupa lugar elevado, 
nobre, distinto. 
Proeminente alto, saliente, que se alteia acima 
do que o circunda. 
Preposição ato de prepor, preferência; 
palavra invariável que liga 
constituintes da frase. 
Proposição ato de propor, proposta; máxima, 
sentença; afirmativa, asserção. 
Preposto aquele que representa e tem 
conhecimento dos fatos. 
Proposto do verbo propor. 
Prescrever 
(Prescrito) 
fixar limites, ordenar de modo 
explícito, determinar; ficar sem 
efeito, anular-se 
Proscrever 
(Proscrito) 
abolir, extinguir, proibir, terminar; 
desterrar. 
 
 
 
Emprego do O ou U 
 
 
Arrolhar tapar com rolha Arrulhar som feito por rolas e pombos. 
Assoar limpar nariz de mucos; Assuar insultar com vaias; 
Augurar prognosticar, prever, 
auspiciar 
Agourar pressagiar, predizer 
Bocal abertura de vaso ou frasco; 
Embocadura de instrumento 
de sopro; 
Bucal relativo a boca; 
230 
 
Comprimento extensão Cumprimento saudação 
Coro conjunto de vozes Couro pelo de animal 
Costear navegar junto à costa, 
contornar. 
Custear pagar o custo de, prover, subsidiar. 
Florescente que floresce, próspero, 
viçoso. 
Fluorescente que tem a propriedade da 
fluorescência. 
 Poupa 
(Subst.) 
tufo de penas na cabeça de 
pássaros. 
Polpa parte carnosa de frutos. polpudo = 
volumoso. 
 Poupa 
(Verbo) 
do verbo poupar; economiza; 
guardar em poupança; 
Popa parte posterior de embarcação 
Sortir abastecer Surtir originar 
Soar produzir som Suar transpirar 
Vultosode grande vulto, volumoso. Vultuoso atacado de vultuosidade (congestão 
da face). 
 
 
 
 
Emprego do L ou R 
 
Flagrante ato que surpreende (flagrante 
delito); ardente, acalorado;. 
Fragrante que tem fragrância ou perfume; 
cheiroso. 
Inflação ato ou efeito de inflar; aumento 
de preços. 
Infração ato ou efeito de infringir ou violar 
uma norma. 
Pleito questão em juízo, demanda, 
litígio, discussão 
Preito sujeição, respeito, homenagem 
 
Outros casos 
 
 
Aderência característica física; 
grudar; 
Adesão fazer parte; apoiar algo; 
Aferir conferir com padrões; 
avaliar, medir 
Auferir colher, conseguir, ter bons 
resultados 
Cavaleiro que anda a cavalo, 
cavalariano. 
Cavalheiro indivíduo distinto, gentil, nobre 
Degradar deteriorar, desgastar, 
diminuir, rebaixar. 
Degredar impor pena de degredo, desterrar, 
banir. 
Derrogar revogar parcialmente 
(uma lei), anular. 
Derrocar destruir, arrasar, desmoronar. 
Despercebido que não se notou, para o 
que não se atentou 
Desapercebido desprevenido, desacautelado 
Discente relativo a alunos Docente relativo a professores 
Emenda correção de falta ou 
defeito, regeneração, 
remendo 
Ementa apontamento, súmula de decisão 
judicial ou do objeto de uma lei. 
Folhar produzir folhas, ornar 
com folhagem, revestir 
lâminas. 
Folhear percorrer as folhas de um livro, 
compulsar, consultar. 
231 
 
Fim 
(substantivo) 
contrário de início Final 
(adjetivo) 
contrário de inicial 
Friso tecido crespo; moldura; Frisa faixa decorativa; 
Infligir aplicar pena ou castigo Infringir transgredir, violar, desrespeitar 
Liberação ato de liberar, quitação 
de dívida ou obrigação. 
Libertação ato de libertar ou libertar-se. 
Mandado ordem judicial Mandato procuração 
Mau contrário de bom Mal contrário de bem 
Ordinal numeral que indica 
ordem ou série (primeiro, 
segundo, milésimo, etc.). 
Ordinário comum, frequente, trivial, vulgar. 
Original com caráter próprio; 
inicial, primordial. 
Originário que provém de, oriundo; inicial, 
primitivo. 
Percentual / 
Porcentual 
parte de um todo de cem 
partes 
Percentil uma das divisões centesimais da 
distribuição de uma variável 
observada 
Prolatar proferir sentença, 
promulgar. 
Protelar adiar, prorrogar. 
Retificar corrigir; deixar exato; Ratificar; confirmar 
Sobrescritar endereçar, destinar, 
dirigir. 
Subscritar assinar, subscrever. 
Sustar interromper, suspender; 
parar, interromper-se 
(sustar-se). 
Suster sustentar, manter; fazer parar, 
deter. 
Tapar fechar, cobrir, abafar. Tampar pôr tampa em. 
Vestiário guarda-roupa; local em 
que se trocam roupas. 
Vestuário as roupas que se vestem, traje. 
 
QUADROS DE EXEMPLOS 
EXEMPLOS DE PARÔNIMOS 
Absorver (assimilar) 
Apreciar (dar apreço) 
Comprimento (extensão) 
Conjuntura (situação) 
Deferimento (concessão) 
Descrição (ato de descrever) 
Descriminar (isentar de crime) 
Despensa (cômodo para mantimentos) 
Despercebido (desatento) 
Destratar (ofender) 
Delatar (denunciar) 
Dessecar (enxugar) 
Devisar (planejar) 
Elidir (suprimir) 
Emenda (correção) 
Emergir (vir à tona) 
Emigrar (sair do país) 
Eminente (destacado) 
Emérito (insigne) 
232 
 
Emitir (mandar para fora) 
Entender (compreender) 
Espavorido (apavorado) 
Flagrante (evidente) 
Incontinenti (sem demora) 
Infligir (aplicar pena) 
Intemerato (íntegro) 
Invicto (sem derrota) 
Lide (demanda) 
Mandato (procuração) 
Preeminente (distinto) 
Preito (homenagem) 
Prescrever (ordenar) 
Ratificar (confirmar) 
Reincidir (incidir novamente) 
Senáculo (lugar de sessões) 
Suar (transpirar) 
Sucessão (sequência) 
Torvo (que causa terror) 
Tráfico (comércio ilegal) 
Treplicar (fazer tréplica) 
Vultoso (volumoso) 
Absolver (perdoar) 
Apreçar (dar preço) 
Cumprimento (saudação, execução) 
Conjetura (suposição) 
Diferimento (adiamento) 
Discrição (reserva, modéstia) 
Discriminar (diferenciar) 
Dispensa (desobrigação) 
Desapercebido (desprevenido) 
Distratar (romper o trato) 
Dilatar (alargar) 
Dissecar (analisar em detalhes) 
Divisar (avistar) 
Ilidir (refutar, anular) 
Ementa (resumo) 
Imergir (mergulhar) 
Imigrar (entrar no país) 
Iminente (prestes a ocorrer) 
Imérito (imerecido) 
Imitir (investir em) 
Intender (superintender) 
Esbaforido (ofegante) 
Fragrante (perfumado) 
Incontinente (falto de moderação) 
233 
 
Infringir (desobedecer) 
Intimorato (destemido) 
Invito (involuntário) 
Lida (trabalho) 
Mandado (ordem, determinação) 
Proeminente (saliente) 
Pleito (eleição) 
Proscrever (banir) 
Retificar (corrigir) 
Rescindir (desfazer) 
Cenáculo (lugar de ceia) 
Soar (tilintar) 
Secessão (separação) 
Turvo (escuro) 
Tráfego (trânsito) 
Triplicar (tornar três vezes maior) 
Vultuoso (vermelhidão da face) 
EXEMPLOS DE HOMÔNIMOS HOMÓFONOS 
Acender (alumiar) 
Acento (sinal gráfico) 
Acerto (ato de acertar) 
Acessório (que não é fundamental) 
Apressar (dar pressa a) 
Caçar (apanhar animais) 
Cédula (bilhete) 
Cegar (privar da vista) 
Cerrar (fechar) 
Cessão (ato de ceder) 
Cela (prisão) 
Cesta (caixa de vime) 
Cheque (ordem de pagamento) 
Concelho (circunscrição administrativa) 
Conserto (reparo) 
Coser (costurar) 
Espectador (aquele que vê) 
Esperto (astuto) 
Estático (imóvel) 
Incipiente (principiante) 
Laço (nó) 
Paço (palácio) 
Remissão (perdão) 
Russo (da rússia) 
Sede (lugar) 
Silha (assento) 
Tacha (pequeno prego) 
234 
 
Tenção (propósito) 
Vês (verbo ver) 
Viagem (substantivo) 
Ascender (subir) 
Assento (lugar de sentar-se) 
Asserto (afirmação) 
Assessório (relativo a assessor) 
Apreçar (dar preço de) 
Cassar (anular) 
Sédula (cuidadosa) 
Segar (ceifar) 
Serrar (cortar) 
Sessão (reunião); seção (repartição) 
Sela (arreio) 
Sexta (6ª) 
Xeque (lance de xadrez) 
Conselho (aviso, reunião de pessoas) 
Concerto (sessão musical) 
Cozer (cozinhar) 
Expectador (aquele que tem expectativa) 
Experto (perito) 
Extático (em êxtase) 
Insipiente (ignorante) 
Lasso (frouxo) 
Passo (verbo passar) 
Remição (resgate) 
Ruço (pardacento) 
Cede (verbo ceder) 
Cilha (cinta) 
Taxa (tributo) 
Tensão (qualidade de tenso) 
Vez (ocasião) 
Viajem (verbo viajar) 
 
 
 
a x há 
 
Para marcar distância no espaço e no tempo, utiliza-se a preposição <a>. 
A Lua está a vários anos luz da Terra. 
Vimos o carro tombar a 30 metros de onde estávamos. 
A propaganda começou a dois meses das eleições. 
 
 
235 
 
<Há>, do verbo haver, é utilizado para indicar existência de algo ou tempo 
decorrido. Pode ser substituído por “existe” ou “faz”. 
Eu nasci há (faz) dez mil anos atrás 
Naquela sala, há (existem) quarenta estudantes. 
 
 
 
 
 
Acerca de, (A) cerca de, Há cerca de 
 
1. <Acerca de> é uma locução prepositiva, sinônimo de “a respeito de”. 
Falei acerca da situação econômica do Brasil. 
 
2. <Cerca de> é uma expressão adverbial, significa “aproximadamente”. 
Seu salário é de cerca de R$ 3 mil. 
 
3. <A cerca de> combina a preposição "a" com a expressão adverbial "cerca de", 
implicando distância aproximada. 
Estávamos a cerca de dois quarteirões do local do crime. 
 
4. <Há cerca de> combina o verbo "haver" com a expressão adverbial "cerca de", 
significando "existe / faz aproximadamente”. 
Ele viajou há cerca de duas horas. 
Não chove no Nordeste há cerca de dois meses 
Nesta gaveta, há cerca de trinta revistas antigas. 
 
 
 
 
 
Senão x Se não 
 
1. <SENÃO> junto é principalmente conjunção alternativa, sinônimo de "do 
contrário". 
Coma, senão vai ficar de castigo. 
Estuda, senão terás nota negativa no teste 
 
2. <SENÃO> pode ser também conjunção adversativa, sinônimo de "mas, porém". 
Não obteve aplausos nem respeito, senão vaias. 
 
3. <SENÃO> aindapode ser preposição, sinônimo de "com exceção de". 
Todos, senão você, riram-se do tombo do Juvenal. 
Não comeu nada senão chocolates. 
Fazes outra coisa senão dormir? 
236 
 
 
4. Pode ainda ser substantivo, indicando “qualidade negativa”. 
A casa tem apenas um senão: é muito fria no Inverno. 
 
5. <SE NÃO> separado pode ser conjunção condicional <SE> + advérbio de 
negação <NÃO>, sinônimo de "caso não". 
Se não fizerem gol, vamos perder. 
 
6. <SE NÃO> separado pode ser conjunção integrante <SE> + advérbio de 
negação <NÃO>, sinônimo de "que não". 
Verificou se não se esquecera de nada; 
Perguntou se não havia outra solução; 
 
7. <SE NÃO> pode ocorrer também na inversão da ordem normal do advérbio 
<NÃO> e do pronome <SE>. 
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das 
coisas que se não veem. 
 
OBS: A confusão que alguns fazem entre estas construções advém adicionalmente 
do fato de o uso como conjunção <senão> poder ocorrer algumas vezes no mesmo 
contexto do uso da conjunção condicional <se>. 
Senão eu, quem vai fazer você feliz? 
Se não [for] eu, quem vai fazer você feliz? 
 
 
 
 
 
Afim x A fim 
 
Afim / Afim de 
Sozinho, numa única palavra, corresponde a: que tem afinidade, ligação, 
semelhança ou parentesco. 
Eles são almas afins. 
Ele é afim da Fernanda. (parente) 
 
A fim de 
No sentido de finalidade, objetivo, equivale a "para". 
Chegou a fim de iniciar a reunião. 
A fim de retomar a amizade, ele ligou para ela. 
 
OBS: Coloquialmente é usado no sentido de <estar com vontade de> ou no sentido 
amoroso. 
Ele estava a fim de ir ao shopping. 
João estava a fim dela. 
237 
 
 
 
 
 
Em vez de X Ao invés de 
 
O termo <invés> é substantivo e variante de <inverso> e significa <lado oposto>, 
<avesso>. Na expressão <ao invés>, o substantivo <invés> é utilizado para indicar 
oposição, significa <ao contrário de>. 
O Brasil importa alimentos, ao invés de exportá-los. 
Amor, ao invés do ódio, eleva a alma. 
 
Já a expressão <em vez de> é empregada com o significado de <em lugar de>, 
quando há mais de uma possibilidade, podendo ser usado também com o mesmo 
sentido de <ao invés de>. Sempre que se usar <em vez de> não haverá erro, mas 
constitui erro usar <ao invés> quando não há oposição. 
Em vez de falar, preferiu calar. (poderia usar <ao invés de>). 
Viajou de carro em vez de avião. (não poderia usar <ao invés de>, pois há 
multiplas possibilidades, não uma oposição de termos). 
 
 
 
 
 
Onde x Aonde x Donde 
 
Seja como advérbios interrogativos ou pronomes relativos, <onde> e <aonde> são 
empregados da seguinte forma. 
 
Onde = “em que lugar”. Indica permanência, lugar sem movimento. O lugar em que 
se está ou em que se passa algum fato. É usado com verbos que expressam 
estado ou permanência. 
Onde está a mala? (= em que lugar está a mala?) 
A mala está onde a viste ontem. (= no lugar em que) 
 
Aonde = “a que lugar”, “para que lugar”. Aonde indica ideia de movimento ou 
aproximação. Normalmente, empregado com verbos de movimento (ir, vir, voltar, 
regressar, retornar, sair, subir, levar, etc.) e outros que pedem a preposição [a]. 
Aonde vais? (= a que lugar vais?) 
O lugar aonde vou não te diz respeito. (= ao qual vou) 
 
Donde = “de que lugar”, é a junção da preposição [de] + [onde]. Usado apenas 
quando se vem de algum lugar. De modo que pode ser substituído por “de que 
lugar”. 
Donde é que ele veio? (= De que lugar ele veio?) 
238 
 
Donde vens, aonde vais? (Castro Alves) 
 
 
 
 
 
Ao encontro de X De encontro a 
 
<Ao encontro de> tem significado de “para junto de”, “estar de acordo com”, 
“favorável a”. 
Vamos ao encontro de nossa turma. (para junto) 
Essa lei vem ao encontro dos interesses do povo. (vem a favor) 
 
<De encontro a> tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se 
com”. 
O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (chocou-se com a árvore). 
Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (contra os 
interesses). 
 
 
 
 
 
 
Aparte X À parte 
 
<Aparte> é um substantivo masculino que designa um comentário à margem, uma 
interrupção ou observação. 
Os apartes dele são sempre muito inconvenientes. 
 
<À parte> pode ser sinônima de “em particular” ou “exceto”. 
 O patrão chamou-o para uma conversa à parte. 
 A viagem correu bem, à parte um pequeno problema com malas; 
 
 
 
 
 
A princípio X Em princípio 
 
Ambas são locuções adverbiais que se parecem na forma e por isso são 
frequentemente confundidas, mas têm empregos diferentes. <A princípio> equivale 
239 
 
a "no começo", "inicialmente". <Em princípio> significa "em tese", 
"preliminarmente", "de modo geral". 
A princípio, o time estava nervoso, mas surgiram os gols. 
A princípio, a seleção peruana respeitou o Brasil, mas depois começou a 
gostar do jogo. 
 
Em princípio, concordo com o esquema tático da seleção. 
Em princípio, o jogo foi equilibrado. 
 
 
 
 
 
 
A ver x Haver 
 
<A ver> é uma expressão formada pela preposição “a” e o verbo “ver”, geralmente 
associada ao verbo “ter” (ter a ver com). Já o verbo <haver> é sinônimo de “existir”, 
“acontecer”, “ter passado”. 
Eu não tenho nada a ver com isso. 
Haver muito desemprego é algo que nos preocupa. 
 
 
 
 
 
 
Decerto x De certo 
 
<DECERTO>: Quando tem o sentido de “certamente” ou "por certo" devemos 
empregar o advérbio decerto. (=certamente) 
 O professor decerto aceitará nossa proposta de emprego. 
 
<DE CERTO>: Preposição “de” e pronome indefinido “certo”. (=de determinado) 
Não gosto do ar de certo indivíduo que costuma passar aqui. 
 
<DE CERTO>: Preposição de e substantivo certo. (=de certeza) 
O que temos de certo nessa história é que ela não compareceu. 
 
<DE CERTO>: Locução adverbial. (=modo) 
De certo modo, tudo ocorreu bem. 
 
 
 
240 
 
 
 
 
À medida que X Na medida em que 
 
<À medida que> é uma locução conjuntiva proporcional, expressa ideia de 
proporção, pode ser substituída por “à proporção que”. Uma oração que contenha 
“à medida que” é subordinada à principal e mantém uma comparação com a 
mesma de igualdade, de aumento ou diminuição. 
À medida que nós subimos, ficamos mais cansados. 
À medida que convivemos com pessoas, tornamo-nos mais maduros. 
(Tornamo-nos mais maduros à proporção que convivemos com pessoas.) 
 
<Na medida em que> é uma locução conjuntiva causal, haverá noções de 
causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Pode ser 
substituída pelas equivalentes “uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e 
“tendo em vista que”. 
Nós precisamos ler mais na medida em que crescemos, pois temos maior 
entendimento ao passar dos anos. (visto que) 
A pesquisa dever ser feita antes de dezembro na medida em que vamos estar 
de férias nesse período. (porque) 
Na medida em que convivemos com pessoas, tornamo-nos mais maduros. 
(Tornamo-nos mais maduros porque convivemos com pessoas.) 
 
 
 
 
 
 
De trás X detrás 
 
 
A expressão <de trás> representa uma locução adverbial designativa de lugar e/ou 
espaço, faz referência à “de onde”, com verbos expressando sempre movimento. 
O objeto foi retirado de trás do armário. (de onde o objeto foi retirado?) 
Ela saiu de trás da porta. (de onde ela saiu?) 
 
Já o vocábulo <detrás> se classifica como um advérbio, fazendo referência a “lugar 
onde”, representando o sinônimo de “atrás”. 
O garoto se escondeu detrás da porta. (onde o garoto se escondeu?) 
As crianças devem viajar no banco detrás. (onde as crianças devem viajar?) 
 
241 
 
 
242 
 
33) Coesão e Coerência ↑ Sumário 
• Ambos ou Ambas e Zero são consideradosnumerais cardinais. Ambos (as) 
significa "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente 
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. 
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. 
Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. 
OBS: A forma "ambos os dois" é considerada enfática. 
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir 
ao interlocutor a compreensão do que é dito, ou lido. 
Esses mecanismos linguísticos que estabelecem a conectividade e retomada do 
que foi escrito ou dito, são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual 
para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como 
também entre a sequência de orações dentro do texto. 
Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em 
conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. Por 
exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o público a quem se dirige 
deveria ser de conhecimento geral, evita que se lance mão de repetições inúteis. 
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e 
expressões - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações 
de sentido entre eles. 
Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais 
(repetição, substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes, 
conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações, períodos, que irão 
apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. 
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma 
contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso daqueles 
elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro 
no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do 
texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. 
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara (1), “o enunciado não se constrói 
com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios 
gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por 
unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”. 
Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é 
imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e 
coerentes formando o texto. 
Além disso, relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre 
os elementos que compõem a estrutura textual. 
Há diversas formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de 
um texto: 
1. Substituição de palavras com o emprego de sinônimos, ou de palavras ou 
expressões do mesmo campo associativo. 
2. Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo 
correspondente (desgastar / desgaste / desgastante). 
243 
 
3. Repetição na ligação semântica dos termos, empregada como recurso estilístico 
de intenção articulatória, e não uma redundância - resultado da pobreza de 
vocabulário. Por exemplo, “Grande no pensamento, grande na ação, grande na 
glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Rocha Lima) 
4. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade 
do significado de um deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais 
genérico). 
5. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com 
outros de sentido mais específico. Por exemplo, felino está numa relação de 
hiperonímia com gato. 
6. Substitutos universais, como os verbos vicários (ex.: Necessito viajar, porém só o 
farei no ano vindouro) A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de conectivos, 
como certos pronomes, certos advérbios e expressões adverbiais, conjunções, 
elipses, entre outros. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado 
anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem recolheu-se cedo. 
... Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser 
repetido e, assim, estabelece a relação entre as duas orações.). 
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a propriedade de fazer referência ao 
contexto situacional ou ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função 
de progressão textual, dada sua característica: são elementos que não significam, 
apenas indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. 
Já os componentes concentram em si a significação. Elisa Guimarães (2) nos 
ensina a esse respeito: 
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do 
discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, 
bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento da enunciação, 
podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. 
Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, 
ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano, 
depois de (futuro).” 
Esse conceito será de grande valia quando tratarmos do uso dos pronomes 
demonstrativos. Somente a coesão, contudo, não é suficiente para que haja sentido 
no texto, esse é o papel da coerência, e coerência se relaciona intimamente a 
contexto. 
Como nosso intuito nesta página é a apresentação de conceitos, sem aprofundá-los 
em demasia, bastam-nos essas informações. 
Vejamos como o examinador tem abordado o assunto: 
(PROVA AFTN/RN 2005) 
Assinale a opção em que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna 
correspondente provoca defeito de coesão e incoerência nos sentidos do texto. 
A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. ___1___ dados recentes 
mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em 
conta o risco de morte por homicídio. 
Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil 
habitantes. ___2___, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional 
aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6% 
244 
 
–, ___3___, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem 
mil habitantes. ___4___, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, 
isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% 
entre os anos 1980 e 1990. 
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da 
violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. 
___5___ a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens 
pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a 
própria vida o preço da escalada da violência no Brasil. 
a) 1 – Tanto é assim que 
b) 2 – Lamentavelmente 
c) 3 – Ou seja 
d) 4 – Simultaneamente 
e) 5 – Se bem que 
COMENTÁRIO: As lacunas no texto ocultam palavras e expressões que atuam 
como conectores – ligam orações estabelecendo relações semânticas entre os 
períodos. A banca sugere algumas opções de preenchimento. 
Dessas, a única que não atende ao solicitado é a de número 5, uma vez que a 
expressão “Se bem que” deveria introduzir uma oração de valor concessivo, 
estabelecendo, assim, ideia contrária à que foi apresentada até então pelo texto. 
Verifica-se, contudo, que o que se segue ratifica as informações anteriores ao 
fornecer dados complementares às estatísticas sobre homicídios. Sendo aceita a 
sugestão da banca, a coerência textual seria prejudicada. Por isso, o gabarito é a 
opção E. 
 
Coesão Recorrencial 
 
Caracteriza-se pela repetição de algum tipo de elemento anterior que não 
funciona, a exemplo do caso da coesão referencial, como uma alusão ao 
mesmo referente, mas como uma “recordação” de um mesmo padrão. Ela 
pode aparecer de várias formas: 
1. A recorrência de termos: Rosa falava,falava, falava... 
1. O paralelismo, que consiste na recorrência da mesma estrutura sintática: 
Pão no forno, água na garrafa e fruta na geladeira não alimentam. 
2. A paráfrase, que se refere à recorrência de conteúdos semânticos, 
marcada por expressões introdutórias como ,isto é: Ela não compareceu, ou 
seja, sumiu. 
3. Recursos fonológicos, ou sons, caso da rima: A bola não ficou triste, a 
bola alegre resiste . 
Coesão Sequencial 
É estabelecida por elementos que fazem o texto progredir, a partir da conexão por 
eles operacionalizada. Esses elementos são os conectivos, termos que 
estabelecem uma relação semântica a partir do sentido que expressam. Esse tipo 
de mecanismo de coesão se refere ao desenvolvimento textual propriamente dito, 
245 
 
ora por procedimentos de manutenção temática, com o emprego no mesmo campo 
semântico, ora por meio de processos de progressão temática. 
A progressão temática pode realizar-se por meio da satisfação de compromissos 
textuais anteriores ou por meio de novos acréscimos ao texto. 
Sequenciação por conexão 
Está interdependência semântica ou programática é expressa por operadores do 
tipo lógico, operadores discursivos e pausas. 
Os operadores do tipo lógico podem estabelecer relações de : 
Disjunção,Condicionalidade,Causalidade,Mediação,complementação,e restrição ou 
delimitação. 
Já os operadores do discurso, podem ser por exemplo de : Conjunção, Disjunção, 
contra junção, conclusão, explicação e comparação. 
Pausa para análise de textos 
Num texto a exploração de alguns fatores em detrimento de outros evidencia a 
constituição peculiar de cada texto, caracterizando consequentemente seu 
produtor. 
As marcas linguísticas constituem indicadores das intenções do autor, porém 
podem não coincidir exatamente com estas mesmas intenções ou porque eles as 
mascarou ou por que o texto permite leituras não previstas. Assim, nunca se pode 
saber o que o autor quis realmente dizer. 
Neste sentido, pode-se dizer que todo leitor é também um produtor. Por razões 
didáticas serão levantadas predominantemente marcas de coesão e posteriormente 
em outros textos, as de coerência, Por isso, embora predomine a análise de marcas 
coesivas, outras também serão coesivas. 
Facilitando a localização dos fatos apontados, os textos foram enumerados e esta 
numeração está indicada na análise. 
Nota-se que a maioria dos textos,se caracteriza pela intensa utilização da elipse e 
das pausas. 
Este procedimento trouxe, uma série de implicações ao nível da coerência, fazendo 
com que o texto possa ser coerente para uns, e não para outros, possibilitando 
amplamente várias leituras. 
Reformulando a noção de coerência 
Como já estudamos nos capítulos anteriores, os fatores de coesão são os que dão 
conta da estruturação da sequência superficial do texto, e os de coerência, os que 
dão conta do processo do texto, permitindo uma análise mais profunda do mesmo. 
Deste modo, um texto não é em si, coerente ou incoerente, ele é o objetivo principal 
para um leitor/alocutário numa determinada situação, pois sabemos que texto exige 
um pouco de conhecimento e modernismo. 
A coerência opera dois níveis de aquisição de conhecimentos: razão e experiência 
nela distinguem-se dois tipos de conhecimento: o declarativo e o procedimental . 
Conhecimento declarativo: é aquele dado por sentenças e preposições, que 
organizam os conhecimentos a respeito de situações, eventos e fatos do mundo 
real e entre as quais se estabelecem relações do tipo lógico como de 
generalização, especificação, causalidade etc. 
Conhecimento procedimental: é aquele dado pelos fatos ou convicções num 
determinado formato, para um uso determinado. Tal conhecimento, armazenado na 
246 
 
memória episódica através de determinados modelos globais, é culturalmente 
construído através da experiência e trazido na memória ativa. 
Esses conhecimentos, determinam a produção de sentido e consequentemente a 
coerência, e estão armazenados na memória em estruturas cognitivas: 
As estruturas Cognitivas 
Trata-se de uma constelação de conhecimentos armazenados, na memória 
semântica e na memória episódica, em unidades consistentes porém não 
monolíticas ou estanques. Embora não exaustiva dos conceitos, dintingui-se como 
primários e secundários. 
As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação 
e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de 
estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança 
da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo 
consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de 
assimilação e acomodação. 
modelos cognitivos globais 
Entre os modelos cognitivos globais, os frames funcionam como um tipo básico 
auxiliar na compreensão de textos. São 
modelos globais que contêm o conhecimento do senso comum sobre um conceito 
central (por exemplo: Natal, viagem aérea, estabelecem quais as coisas que, em 
princípio, são componentes de um todo, mas não estabelecem entre eles uma 
ordem ou sequência (lógica ou temporal). 
A teoria dos frames foi proposta por Minsky, dentro de uma perspectiva cognitiva, e 
como o próprio titulo da obra o indica, trata-se de um mecanismo de armazenagem 
de conhecimento por computadores, ou seja, como representar o conhecimento na 
linguagem artificial de forma que se aproxime da linguagem natural . 
Pausa para análise de textos 
Os textos apresentados, são analisados seguindo procedimentos, adotados no 
capitulo 7. cada texto é destacado a análise de coesão e coerência. No entanto são 
apresentados os seguintes textos : 
A classe – Luis Fernando Veríssimo 
Negociações – Luis Fernando Veríssimo 
O evento – Millôr Fernandes 
Infância – Carlos Drummond de Andrade 
Cidadezinha qualquer – Carlos Drummond de Andrade 
Os textos apresentam elementos coesivos bastante escassos, que tem função 
mínima na estruturação dos sentidos . Nota-se também repetições de 
acontecimentos em relação aos textos, ressaltando monotonia. Essa recorrência e 
o paralelismo constituem um meio para deixar fluir os textos, e acentuam a 
monotonia. 
Coesão e Coerência no texto conversacional 
O texto conversacional é uma atividade linguística básica que pertence as práticas 
diárias de qualquer cidadão, independente de seu nível sociocultural. 
Embora tanto no texto escrito quanto falado o sistema linguístico seja o mesmo 
para a construção das frases. [“ As regras de efetivação, bem como os meios 
247 
 
empregados são diversos e específicos o que acaba por evidenciar produtos 
diferenciados” ] ( Marcushi1986) . 
Akinnaso ressalta que tanto a língua falada como a escrita derivam da mesma base 
semântica, fazendo uso do mesmo sistema léxico – sintático e variando 
principalmente na escolha e distribuição dos modelos sintáticos e do vocabulário 
em respostas das restrições pragmáticas da modalidade especifíca ou em outras 
palavras : Fala e escrita são variações funcionais do mesmo sistema linguístico. 
Coesão e Coerência 
Muitas das regras usadas pelos interlocutores, podem ser explicitadas e 
formalizadas, identificando elementos de coesão e coerência, porém como dizem 
os linguistas que se dedicam ao estudo da questão, analisar coesão e coerência no 
texto oral é enfrentar uma questão polêmica por se tratar de um fenômeno de 
poucas evidencias empíricas. 
 
248 
 
34) Fonética e Fonologia ↑ Sumário 
RESUMO 
DIGRAFO = 2 consoantes com 1 fonema 
1 dígrafo consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs. 
Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, ar-ras-tão, as-sa-do, des-cen-den-te, 
Cres-ça, ex-ci-ta-do, ex-su-dar. 
 
2 dígrafo vocálicos ou nasais: 
a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!) 
Ex.: cam-po, an-ta/em-pre-sa, en-tra-da/im-ba-tí-vel, ca-in-do/om-bro, 
On-da/um-bigo,un-tar. 
 
DITONGO = 2 vogais unidos na mesma sílaba 
ENCONTRO CONSONANTAL = 2 consoantes com 2 fonemas 
Encontro consonantal perfeito:Braço (2 fonema) Psicologia Prato 
Encontro consonantal imperfeito: Rit-mo Ad-vogar Cor-tar 
HIATO = 2 vogais separadas em duas sílabas. 
 os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do-a, ca-a-tin-ga, 
sa-ú-de, flu-ir; 
 
DIGRAFO (consoante)= DITONGO (vogal) 
 
ENCONTRO CONSONANTAL = HIATO 
 
Ditongo 
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal). 
Crescente (SV + V, na mesma sílaba): 
Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze 
(oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio 
(nasal)... 
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): 
Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral), 
249 
 
ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)... 
Cuidado!!! 
 Os ditongos não são separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -
io, - 
oa, -ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical 
Brasileira) e por muitos gramáticos como possíveis hiatos de palavras 
proparoxítonas 
acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-tó-ria (paroxítona/ 
ditongo crescente) ou his-tó-ri-a (proparoxítona/hiato). Em concurso, é 
comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colé- 
gio, má-goa, á-gua, tênue, tríduo. Olho vivo! 
 Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou não verbo), -en (nome), - 
en(s) (verbo ou não verbo) apresentam ditongo decrescente nasal 
66/1611 
(também chamado de ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu), 
bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi), conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)... 
Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém: trenzinho, vintenzinho... 
 A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausência 
de marca de nasalização. A Língua Portuguesa apresenta outras palavras 
assim: Elaine, andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar), Roraima (também 
existe a pronúncia Roráima), etc. 
 Interessante é a palavra ioiô, que se separa em io-iô (há dois ditongos 
crescentes). 
Outras palavras podem apresentar mais de um encontro vocálico, 
como Pi-au-í (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado também 
com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos decrescentes, e 
não hiatos! 
1º) Os ditongos orais são representados por i ou u: ai, ei, éi, ui, ou: 
caixa quereis coronéis uivar cacau leu Mandou Ilheú 
2º) Algumas particularidades. 
a) As 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e também a 2ª pessoa 
do imperativo que são grafados com ui, terão a seguinte grafia: 
Constituis, influi, retribui etc. 
b) Ditongos orais geralmente são decrescentes, mas terá a existência de ditongos 
crescentes, representadas por ea, ia, ie, oa, ua, eu, uo: 
áurea, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, tênue 
250 
 
3º) Ditongos nasais podem ser de dois tipos: ditongos representados por vogal com 
til e semivogal e ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal 
m. 
a) Os ditongos nasais com til e semivogais são no total de quatro: ãe, ãi, ão, õe: 
cães, mãe, cãibra, mão, quão, Camões, põe, Guimarães 
b) Os ditongos representados por uma vogal e a consoante m são dois: am e em. 
Exceções: 
- Am empregado em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram. 
- Em usado em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo flexões 
verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela 
acentuação ou, simultaneamente, pela posição e pela acentuação: 
bem armazém cem devem nem quem sem 
virgem Benfica bens enfim homenzinho amém mantém 
 
Tritongo 
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal. 
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou 
(oral), deságuam (nasal), aguei (oral)... 
 
 
Dígrafo e Dífono 
dígrafo 
1. substantivo masculino 
ling grupo de duas letras us. para representar um único fonema; digrama, 
monotongo [No português são dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc ; incluem-
se tb. am, an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais), 
gu e qu antes de <e>e de , e tb. ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estrangeiras, 
th, ph, nn, dd, ck, oo etc.]. 
 
Dígrafo constitui-se de duas letras representando um só fonema. A segunda 
letra é diacrítica, isto é, existe apenas para ajudar numa determinada pronúncia. 
Por exemplo, se dissermos caro, o R terá um som diferente de RR, em carro. Este 
segundo 
R, em carro, é uma letra diacrítica. 
251 
 
 
Há dois tipos: 
dígrafo consonantais: 
gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs. 
Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, arrastão, assado, descendente, 
cresça, excitado, exsudar. 
 
dígrafo vocálicos ou nasais: 
a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!) 
Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatível, caindo/ombro, 
onda/umbigo, untar. 
 
Chamamos de dífono o som KS representado pela letra X. 
Ex.: tóxico (tóksico), complexo (complekso), tórax (tóraks)... 
Encontro consonantal 
1 - Folha: 
Letras: (5 letras) 
Fonemas: (4 fonemas) 
2 - Táxi: 
Letras: (4 letras) 
Fonemas: (5 fonemas) 
3 - Cheque: 
Letras: (6 letras) 
Fonemas: ( 4 fonemas) 
A letra é a representação gráfica, enquanto o fonema é a representação sonora. 
Como demonstrado pelos exemplos, é possível que uma palavra tenha mais letras 
do que fonemas, mas o oposto também pode acontecer. Entender isso é 
fundamental no momento de diferenciar dígrafo consonantal de encontro 
consonantal. Acompanhe: 
Dígrafo consonantal: É a presença de duas letras que representam um único som. 
Alguns dígrafos são inseparáveis, entretanto, há aqueles que não devem ficar 
juntos na divisão silábica. Veja alguns exemplos de dígrafos: 
Dígrafos Consonantais 
252 
 
Letras Fonemas Exemplos 
lh lhe telhado 
nh nhe marinheiro 
ch xe chave 
rr 
Re (no interior da 
palavra) 
carro 
ss 
se (no interior da 
palavra) 
passo 
qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo 
gu gue (seguido de e e i) guerra, guia 
sc se crescer 
sç se desço 
xc se exceção 
Carro 
Pássaro 
Abelha 
Guerrear 
Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais. 
Fonemas Letras Exemplos 
ã am tampa 
 an canto 
 em templo 
 en lenda 
 im limpo 
 in lindo 
õ om tombo 
 on tonto 
 um chumbo 
 un corcunda 
 
Encontro Consonantal: 
253 
 
Quando duas ou mais consoantes se unem, sem que haja entre elas uma vogal. 
O encontro consonantal pode ser classificado como perfeito (quando as 
consoantes são inseparáveis) e imperfeito (quando as consoantes devem se 
separar). Embora nesse encontro as consoantes estejam unidas, cada uma 
delas mantém sua unidade sonora (fonema). Logo, haverá correspondência 
entre letra e fonema quando houver encontro consonantal. Veja: 
 
OBS: não confundir com dígrafo! Quando as duas consoantes formam um só 
som, ou quando uma das consoantes tem som vocálico, não se caracteriza 
um encontro consonantal. Exemplos: planta, passo. (1 fonema) 
 
 
Encontro consonantal perfeito: 
Braço (2 fonema) 
Psicologia 
Prato 
Encontro consonantal imperfeito: 
Ritmo 
Advogar 
Cortar 
Se compararmos as palavras “Abelha” e “Ritmo”, comprovaremos que tanto no 
encontro consonantal quanto no dígrafo consonantal há a presença de consoantes 
unidas. Então, o que os diferencia é que, no dígrafo consonantal, duas 
consoantes representam um fonema; já no encontro consonantal, as 
consoantes representam fonemas diferentes. 
1) O M e o N usados após as vogais, nasalizando-as, não são fonemas nem 
consoantes. 
Logo, seo “homem da banca” quiser dar uma “pernada” em você, 
ele vai dizer que ocorre o encontro de duas consoantes em menta, por 
exemplo. Não caia nessa! O M e o N são apenas marcas de nasalização da 
60/1611 
vogal, como se fossem um til (~). Se vierem, porém, antes da vogal (na-tação) 
ou em outra sílaba (Fa-bi-a-na), aí sim são fonemas, são, de fato, 
consoantes. 
254 
 
2) Sempre que uma palavra tiver dígrafo, o número de letras será maior que o 
número de fonemas. Na palavra champanha, há 9 letras e 6 fonemas, pois 
há dois dígrafos consonantais (ch, nh) e um vocálico (am). 
3) Se as palavras terminam em -AM, -EM, -EN(S), tais terminações não são 
dígrafos 
vocálicos, mas sim ditongos decrescentes nasais. Falarei mais disso 
daqui a pouco. 
4) Parece bobeira, mas não confunda, por exemplo, piscina (sc: 1 som), escola 
(sc: 2 sons). Outra informação: na antiga ortografia, os dígrafos GU e QU, 
que só são dígrafos se seguidos da letra E ou I, recebiam trema em algumas 
palavras, o que facilitava a nossa vida em palavras como qüiproquó (os 
us são pronunciados, mesmo sem trema: quiproquó). Hoje (com a nova 
ortografia), 
sem trema, algumas palavras podem dificultar nossa vida. Exemplo: 
como se pronuncia liquidificador? Pronunciando o U ou não? As duas 
formas são possíveis (qüi/qui), mas se acostume com a ausência do trema, 
que tanto facilitava nossa vida na pronúncia das palavras. Depois reclamavam 
dele! Vai deixar saudades... 
5) A letra H é chamada de letra etimológica, pois se manteve do latim até o 
português 
atual. Não representa fonema algum. 
6) Nunca é demais dizer que depois de M se usa P e B: âmbar, amplexo, 
embromar, 
empréstimo etc. 
1. Classificação dos Fonemas 
Os fonemas são de três tipos: vogais, semivogais e consoantes. 
Vogais 
São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da passagem do ar. São 
mais tônicos, ou seja, têm a pronúncia mais forte que as semivogais. São o centro 
de toda sílaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais (indicadas 
61/1611 
pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem ser representadas pelas 
letras 
abaixo. Veja: 
A: casa (oral), cama (nasal) 
E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro (nasal) 
I: amigo (oral), índio (nasal) 
O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe (nasal) 
U: saúde (oral), untar (nasal) 
Y: hobby (oral) 
Obs.: Os fonemas vocálicos representados pelas letras E e O são pronunciados, 
respectivamente, como I e U quando terminam palavra: pente (penti); 
ovo (ovu). No Sul do país, a pronúncia alterna. Outra informação importante: 
sempre que o acento agudo ou circunflexo estiver em cima 
de E, I, O, U, tais fonemas serão vogais; o A será sempre vogal! 
Semivogais 
255 
 
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em 
uma vogal, na mesma sílaba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que 
as 
vogais. São representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja: 
pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, 
na mesma sílaba. 
mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois está apoiada em uma 
vogal, na mesma sílaba. 
mãe: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e está 
apoiada 
em uma vogal, na mesma sílaba. 
pão: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e está 
apoiada 
em uma vogal, na mesma sílaba. 
cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e está 
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= cantãu). 
62/1611 
dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I e está 
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= dancẽi). 
hífen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está 
apoiada 
em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi). 
glutens: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está 
apoiada 
em uma vogal, na mesma sílaba (= glutẽis). 
windsurf: note que a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e está 
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
office boy: note que a letra Y representa uma semivogal, pois tem som de I e está 
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. 
Cuidado!!! 
1) Celso Cunha, Sacconi e outros gramáticos, por exemplo, consideram a letra 
L uma semivogal em fim de sílaba (sal, mal, sol, alto...) por ter som de U. 
No Sul do Brasil, entretanto, mesmo nessa situação, o L tem som de L 
mesmo, predominantemente. Nunca vi em concurso algum tal exigência, 
mas... nunca se sabe... vai que... 
2) Em um encontro vocálico, para saber qual fonema vocálico é vogal ou 
semivogal, sugiro substituir as vogais por valores de intensidade; assim: 
A=3, E=2, I=1, O=2, U=1. Por exemplo, em vácuo (u=1, o=2, logo U é 
semivogal e O é vogal). Saiba que o encontro vocálico -eo (óleo), por não 
se encaixar na minha sugestão, é analisado assim: semivogal (e) + vogal 
(o). Por fim, num encontro vocálico com I e U, o que vier após outro 
será, normalmente, vogal. Uma maneira de perceber isso é colocando um 
acento agudo hipotético em cima desses fonemas; Ex.: partíu (i, vogal; u, 
semivogal); gratúito (u, vogal; i, semivogal); saguí (u, semivogal; i, vogal). 
Esta última palavra é escrita com trema, segundo a antiga ortografia. 
4) As palavras “windsurf” e “office boy”, de origem estrangeira, já figuram nos 
256 
 
dicionários de língua portuguesa do Brasil, por isso não podemos deixar 
de analisar as já consideradas letras do nosso alfabeto K, W e Y sob uma 
perspectiva fonológica. Só de curiosidade: Charles Darwin (w com som de 
u, semivogal). 
63/1611 
Consoantes 
São fonemas produzidos com interferência de um ou mais órgãos da boca 
(dentes, língua, lábios). Todas as demais letras do alfabeto representam, na escrita, 
os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com 
som de V, Wagner), X, Z. 
Sílaba 
A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas centrados numa vogal. Toda 
sílaba é expressa numa só emissão de voz, havendo breves pausas entre cada 
sílaba. 
Isso fica mais perceptível quando pronunciamos uma palavra bem pausadamente. 
Por isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as sílabas é falar bem 
pausadamente 
a palavra. Exemplo: FO... NO... LO... GI... A. Percebeu? 
Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, sem ela, não há sílaba, ok? Há 
palavras com apenas uma vogal formando cada sílaba: aí, que se pronuncia a-í 
(duas sílabas). 
Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em: 
• Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão. 
• Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga. 
• Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra. 
• Polissílabas (mais de três vogais, mais de três sílabas): man-guei-ren-se. 
Ou quem sabe esta: pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-nió- 
ti-co. 
Se eu ainda sei contar, são 20 vogais, logo 20 sílabas. Esta é polissílaba desde 
criancinha! 
Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta intensidade na pronúncia) e átona 
(baixa intensidade na pronúncia). Sempre há apenas uma (1) sílaba tônica por 
palavra, 
ok? Ela se encontra em uma das três sílabas finais da palavra (isto é, se a palavra 
apresentar três sílabas). 
Bizu: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, aí estará a 
sílaba tônica da palavra. 
Qual seria, então, a sílaba tônica de 
pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico? 
Moleza, não? Veja: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiÓtico. 
64/1611 
Se não houver acento agudo ou circunflexo para facilitar a nossa vida, coloque 
um acento hipotético para identificar a sílaba tônica: cástelo, castélo ou casteló? 
Como falamos? É claro que a sílaba tônica é a segunda: cas-te-lo. 
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras só podem ser: 
• Oxítonas (última sílaba tônica): condor. 
257 
 
• Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica. 
• Proparoxítonas(antepenúltima sílaba tônica): ínterim. 
Cuidado!!! 
1) Conheça a posição da sílaba tônica de algumas palavras: SÁbia, saBIa, sabiÁ, 
misTER, noBEL, ureTER, ruIM, filanTROpo, puDIco, reCORde, graTUIto, 
iBEro, LÊvedo, aRÍete, ZÊnite, QUÉops... 
2) Há palavras que têm dupla possibilidade de posição da sílaba tônica: proJÉtil/ 
projeTIL, RÉPtil/repTIL, XÉrox/XeROX... Note que há mudança na acentuação 
gráfica... 
3) Só para relaxar: “A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia 
assobiar”. 
E as sílabas tônicas? 
Falaremos sobre Prosódia (assunto que trata, basicamente, da correta posição 
da sílaba tônica) com calma mais à frente. Relax! 
Ortoepia e Prosódia 
Ortoepia ou Ortoépia trata da pronúncia adequada das palavras. Já a Prosódia 
trata, basicamente, da correta acentuação tônica das palavras, ou seja, da posição 
adequada da sílaba tônica das palavras. Quando alguém comete um desvio de 
prosódia, damos a isso o nome de silabada – deslocamento da sílaba tônica. 
Este assunto está ligado à fonologia, à ortografia e à acentuação, por isso 
revisite-o sempre. Não é incomum ouvirmos as pessoas dizendo menDINgo, 
morTANdela, aDEvogado, PREvilégio ou RÉcorde, RÚbrica, inteRIM, gratuÍto etc., 
certo? 
Até o mais conceituado apresentador de telejornal brasileiro diz RÉcorde! Preste 
atenção! 
No entanto, sabemos que mendigo, mortadela, advogado e privilégio são as 
adequadas 
pronúncias, o que acaba influenciando a ortografia, percebe? Sabemos 
também que o adequado é reCORde, ruBRIca, ÍNterim, graTUIto. Beleza? 
Nós, falantes cultos da língua, devemos nos preocupar muito em pronunciar 
adequadamente as palavras, sem acrescentar ou retirar partes das palavras, ou 
ainda 
deslocar a posição da sílaba tônica delas. Nossa ascensão social depende disso, 
seja 
em uma entrevista de emprego seja em uma prova de concurso. Fique ligado nisso! 
Leia e releia os desvios mais clássicos: 
70/1611 
ADEQUADO INADEQUADO 
 
Admissão Adimissão 
Absoluto Abissoluto 
Advogado Adevogado 
Aforismo Aforisma 
Aleijar Alejar 
Aterrissagem Aterrizagem 
Adivinhar Advinhar 
258 
 
Apropriado Apropiado 
Bandeja Bandeija 
Bugiganga Buginganga 
Beneficente Beneficiente 
Bebedouro Bebedor 
Bochecha Buchecha 
Boteco Buteco 
Braguilha Barguilha 
Bueiro Boeiro 
Cabeleireiro Cabelereiro 
Caranguejo Carangueijo 
Cutucar Cotucar 
71/1611 
Creolina Criolina 
Descarrilar Descarrilhar 
Digladiar Degladiar 
Disenteria Desinteria 
Empecilho Impecilho 
Engajamento Enganjamento 
Estourar Estorar 
Estupro Estrupo 
Esteja Esteje 
Etimologia Etmologia 
Fratricídio Fatricídio 
Freada Freiada 
Fragrância Fragância 
Frustração Frustação 
Intitular Entitular 
Lagarto Largato 
Lagartixa Largatixa 
Manteigueira Mantegueira 
Mendigo Mendingo 
Meritíssimo Meretíssimo 
72/1611 
Meteorologia Meterologia 
Mortadela Mortandela 
Prazerosamente Prazeirosamente 
Privilégio Previlégio 
Problema Pobrema/Poblema 
Proprietário Propietário 
Prostrar Prostar 
Reivindicar Reinvidicar 
Salsicha Salchicha 
Seja Seje 
Sobrancelha Sombrancelha 
Supetão Sopetão 
259 
 
Superstição Supertição 
Tábua Talba 
Tóxico Tóxico (ch) 
Umbigo Imbigo 
Basculante Vasculante 
* Para os professores de plantão, não entrarei no mérito da epêntese e de outros 
fenômenos 
prosódicos, pois isso não cai em prova. 
73/1611 
Prefixos de Origem Grega 
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos: 
 anônimo, amoral, ateu, afônico 
ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos: 
analogia, análise, anagrama, anacrônico 
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos: 
anfiteatro, anfíbio, anfibologia 
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: 
antídoto, antipatia, antagonista, antítese 
apo- : Afastamento, separação. Exemplos: 
apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia 
arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: 
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário 
cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: 
cataplasma, catálogo, catarata 
di-: Duplicidade. Exemplos: 
dissílabo, ditongo, dilema 
dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos: 
diálogo, diagonal, diafragma, diagrama 
260 
 
dis- : Dificuldade, privação. Exemplos : 
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia 
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos: 
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo 
en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos: 
encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo 
endo- : Movimento para dentro. Exemplos: 
endovenoso, endocarpo, endosmose 
epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos: 
epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio 
eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos: 
eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia 
hemi- : Metade, meio. Exemplos: 
hemisfério, hemistíquio, hemiplégico 
hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos: 
hipertensão, hipérbole, hipertrofia 
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos: 
hipocrisia, hipótese, hipodérmico 
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos: 
metamorfose, metáfora, metacarpo 
para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos: 
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma 
peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos: 
periferia, peripécia, período, periscópio 
261 
 
pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos: 
prólogo, prognóstico, profeta, programa 
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: 
prosélito, prosódia 
proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos: 
proto-história, protótipo, protomártir 
poli- : Multiplicidade. Exemplos: 
polissílabo, polissíndeto, politeísmo 
sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos: 
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse 
tele- : Distância, afastamento. Exemplos: 
televisão, telepatia, telégrafo 
Prefixos de Origem Latina 
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: 
aversão, abuso, abstinência, abstração 
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos: 
adjunto,advogado, advir, aposto 
ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos: 
antebraço, antessala, anteontem, antever 
ambi- : Duplicidade. Exemplos: 
 ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente 
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos: 
benefício, bendito 
bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos: 
262 
 
bisneto, bimestral, bisavô, biscoito 
circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos: 
circunferência, circunscrito, circulação 
cis- : Posição aquém. Exemplos: 
cisalpino, cisplatino, cisandino 
co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos: 
colégio, cooperativa, condutor 
contra- : Oposição. Exemplos: 
contrapeso, contrapor, contradizer 
de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos: 
decapitar, decair, depor 
de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos: 
desventura, discórdia, discussão 
e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos: 
excêntrico, evasão, exportação, expelir 
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, 
revestimento. Exemplos: 
 imergir, enterrar, embeber, injetar, importar 
extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos: 
extradição, extraordinário, extraviar 
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos: 
ilegal, impossível, improdutivo 
inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: 
internacional, interplanetário 
263 
 
intra- : Posição interior. Exemplos: 
- intramuscular, intravenoso, intraverbal 
intro- : Movimento para dentro. Exemplos: 
introduzir, introvertido, introspectivo 
justa- : Posição ao lado. Exemplos: 
 justapor, justalinear 
ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos: 
obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo 
per- : Movimento através.Exemplos: 
percorrer, perplexo, perfurar, perverter 
pos- : Posterioridade. Exemplos: 
 pospor, posterior, pós-graduado 
pre- : Anterioridade . Exemplos: 
prefácio, prever, prefixo, preliminar 
pro- : Movimento para frente. Exemplos: 
progresso, promover, prosseguir, projeção 
re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos: 
rever, reduzir, rebater, reatar 
retro- : Movimento para trás. Exemplos: 
retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado 
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos: 
 soterrar, sobpor, subestimar 
super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos: 
supercílio, supérfluo 
264 
 
soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: 
soto-mestre, sota-voga, soto-pôr 
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos: 
transatlântico, tresnoitar, tradição 
ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos: 
ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta 
vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos: 
vice-presidente, visconde, vice-almirante 
Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos 
PREFIXOS 
GREGOS 
PREFIXOS 
LATINOS 
SIGNIFICADO EXEMPLOS 
a, an des, in privação, negação anarquia, desigual, 
inativo 
anti contra oposição, ação contrária antibiótico, 
contraditório 
anfi ambi duplicidade, de um e 
outro lado, em torno 
anfiteatro, ambivalente 
apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair 
di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão 
dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir 
e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir, 
irromper 
endo intra movimento para dentro, 
posição interior 
endovenoso, 
intramuscular 
e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, 
mudança de estado 
êxodo, excêntrico, 
estender 
epi, super, 
hiper 
supra posição superior, 
excesso 
epílogo, supervisão, 
hipérbole, supradito 
eu bene excelência, perfeição, 
bondade 
eufemismo, benéfico 
hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculo 
hipo sub posição inferior hipodérmico, 
submarino 
para ad proximidade, adjunção paralelo, adjacência 
265 
 
peri circum em torno de periferia, circunferência 
cata de movimento para baixo catavento, derrubar 
si(n)(m) cum simultaneidade, 
companhia 
sinfonia, silogeu, 
cúmplice 
 
 
Algumas pronúncias e grafias duplas registradas em dicionários e/ou no 
VOLP 
acróbata ou acrobata/aborígine ou aborígene/arteriosclerose ou 
aterosclerose/abóbada ou 
abóboda/assoviar ou assobiar/aterrissar ou aterrizar/boêmia ou boemia/infarto, 
infarte, enfarte 
ou enfarto/diabetes ou diabete/percentagem ou porcentagem/ambrósia ou 
ambrosia/ 
hieróglifo ou hieroglifo/Oceânia ou Oceania/xerox ou xérox/zângão ou 
zangão/autopsia ou 
autópsia/biopsia ou biópsia/ortoepia ou ortoépia/projétil ou projetil/réptil ou 
reptil/sóror ou 
soror/homília ou homilia/Madagáscar ou Madagascar/elétrodo ou eletrodo/dúplex ou 
duplex (...) 
Quanto ao timbre da vogal, há muito desacordo entre os gramáticos. Tentei 
alistar algumas palavras em que há certo consenso, mas, cada vez que eu 
pesquisava 
mais profundamente, ficava mais desesperado. Há muuuuuita discordância! Você 
não tem ideia. Por isso minha lista é breve: 
• Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, coldre, dolo, grelha, inodoro, ileso, 
leso, molho (feixe, conjunto), obeso, obsoleto, piloro, suor. 
• Com timbre fechado: acervo, alcova, algoz, algozes (pode ser com timbre 
aberto), bodas, crosta, cerda, escaravelho, omeleta (a pronúncia de omeléte 
é polêmica), reses, torpe. 
O Que Cai Mais na Prova? 
Se eu fosse você, estudaria a posição da sílaba tônica (proparoxítona, paroxítona, 
oxítona), os encontros vocálicos (hiato, ditongo, tritongo) e as separações 
silábicas. 
Questões de Concursos 
Veja agora quais bancas gostam de trabalhar questões de Fonologia. De uma 
coisa eu tenho certeza: a maioria das questões relacionadas à Fonologia, 
atualmente, 
não são trabalhadas pelas bancas de maior prestígio no universo dos concursos 
civis. Além disso, a maior parte das questões é de nível fundamental/médio. 
Adaptei as questões antigas (antes de 2009) à nova ortografia, que agora foi 
adiada para 2016. Chega de papo! Vamos trabalhar! 
74/1611 
 
266 
 
 
 
35) Separação de silabas ↑ Sumário 
 
tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-tí-cio, pers-pi-caz... 
Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se. 
 
Entre as diversas regras existentes, destacam-se: 
Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. 
Regras práticas: 
 ditongos e tritongos (SV+V+SV) pertencem a uma única sílaba: au-tô-no-mo, 
ou-to-no, di-nhei-ro, sal-dar, dês-mai-a-do, U-ru-guai, i-guais, quais-quer, u-
ru-guai-a-na; 
 Separam-se grupos formados por ditongo decrescente (V+SV)+ vogal (aia, 
eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu). Ex.: prai-a, tei-a, jói-a, sa-
bo-rei-e, es-tei-o, ar-roi-o, com-lui-o, tui-ui-ú. Não confunda com tritongo: 
tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal 
(SV+V+SV); 
 os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do-a, ca-a-tin-ga, 
sa-ú-de, flu-ir; 
 os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma única sílaba: chu-va, mo-lha, 
es-ta-nho, guel-ra, a-que-la, to-cha, fi-lha, ni-nho, que-rer, guei-xa; 
 as letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, sç, xs, e xc devem ser separadas: 
bar-ro, as-sun-to, des-cer, nas-ço, es-xu-dar, ex-ce-to, car-ro, nas-cer, dês-
ço, ex-ces-so; 
 os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser 
separados, excetuando-se aquelas em que a segunda consoante é l ou r: Ex.: 
ab-do-me, sub-ma-ri-no, ap-ti-dão, dig-no, con-vic-ção, as-tu-to, ap-to, cír-cu-
lo, ad-mi-tir, ob-tu-rar; a-pli-ca-ção, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, de-ca-tlo. 
Exceção: ab-rup-to; 
 Os grupos consonantais que iniciam palavras não são separáveis: Ex.: gnós-
ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co. Lembre-se! Não há sílaba sem vogal; 
 Separam-se as vogais idênticas aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc, 
cç. Ex.: Sa-a-ra, com-pre-em-do, xi-i-ta, vo-o, pa-ra-cu-u-ba; oc-ci-pi-tal, in-te-
lec-ção; 
267 
 
 
 Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das 
palavras (prefixos, radicais, sufixos: in, a, dês, intra, pré, supra, semi, etc.). 
Ex.: de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do. Uma vez 
incorporado à alguma palavra, esses elementos mórficos passam a fazer 
parte da nova palavra. Portanto, obedecem às regras gerais; 
 Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte se iniciar por vogal. 
A consoante sempre se ligará à vogal subsequente. Ex.: sub-lin-gual, su-ben-
tem-der, dis-fun-ção, di-sen-te-ri-a, su-per-mer-ca-do, su-pe-ra-mi-go; 
 
Na translineação (partição das palavras em fim de linha), além das normas 
estabelecidas para a divisão silábica, seguir-se-ão os seguintes critérios: 
 Dissílabos como ai, sai, ato, rua, ódio, unha, etc., não devem ser partidos, 
para que uma letra não fique isolada no fim ou no início da linha; 
 Na partição de palavras de mais de duas sílabas, não se isola sílaba de uma 
só vogal: agos-to (e não a-gosto), La-goa (e não lago-a), ida-de (e não i-
dade); 
1. Na partição de compostos hifenizados, ao translinear, repetir-se-á o hífen 
quando a seção da palavra coincidir com o final de um dos elementos do 
vocábulo composto. (cf. Novo acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Ex.: 
saca-/-rolhas, melão-de-/-são-caetano, Maria-vai-/-com-as-outras. 
 Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetivada, 
formar-se palavra estranha ao contexto. Não quer dizer aqui que essas 
separações silábicas sejam erradas; é uma simples questão de elegância de 
estilo. Ex.: presi-/-dente, samam-/-baia. 
EncontrosVocálicos 
Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vocálicos. Há três tipos: 
Hiato 
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em 
sílabas separadas (V – V), porque só pode haver uma vogal por sílaba. 
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or... 
268 
 
65/1611 
Cuidado!!! 
1) Em palavras com a sequência V+SV+V, como praia, meio, joio, ocorre um falso 
hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque prai-a, por exemplo, apresenta 
semivogal (i) separada de vogal (a). Na realidade, o que ocorre é 
um fenômeno chamado glide, isto é, cada uma das palavras acima apresenta 
dois ditongos, pois a semivogal (i) se prolonga até a sílaba 
seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi isso em prova de concurso, mas... 
nunca se sabe... 
2) As palavras rio, cio, mia, tia, dia não são monossilábicas! São dissilábicas, pois 
apresentam hiato! 
2. Ditongo 
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal). 
Crescente (SV + V, na mesma sílaba): 
Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze 
(oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio 
(nasal)... 
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): 
Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral), 
ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)... 
Cuidado!!! 
 
1) Os ditongos não são separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, - 
oa, -ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical 
Brasileira) e por muitos gramáticos como possíveis hiatos de palavras 
proparoxítonas 
acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-tó-ria (paroxítona/ 
ditongo crescente) ou his-tó-ri-a (proparoxítona/hiato). Em concurso, é 
comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colé- 
gio, má-goa, á-gua, tênue, tríduo. Olho vivo! 
2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou não verbo), -en (nome), - 
en(s) (verbo ou não verbo) apresentam ditongo decrescente nasal 
66/1611 
(também chamado de ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu), 
bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi), conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)... 
Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém: trenzinho, vintenzinho... 
3) A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausência 
de marca de nasalização. A Língua Portuguesa apresenta outras palavras 
assim: Elaine, andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar), Roraima (também 
existe a pronúncia Roráima), etc. 
4) Interessante é a palavra ioiô, que se separa em io-iô (há dois ditongos 
crescentes). 
Outras palavras podem apresentar mais de um encontro vocálico, 
como Pi-au-í (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado 
também com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos 
decrescentes, e não hiatos! 
269 
 
Tritongo 
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal. 
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou 
(oral), deságuam (nasal), aguei (oral)... 
Cuidado!!! 
1) O M dos exemplos de tritongo é uma semivogal. Logo, não pense que, em 
enxáguem e deságuam, os encontros UEM e UAM formam ditongos crescentes 
nasais. São tritongos: SV+V+SV. 
2) Há duas palavras perigosas: se-quoi-a e ra-diou-vin-te. Há tritongo nelas, hein! 
3) Como eu já disse mais acima (em Hiato), palavras como praia, joio, veia não 
têm tritongo! 
Encontros Consonantais 
É a sequência de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos (inseparáveis, 
pois ficam na mesma sílaba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam na 
mesma 
67/1611 
sílaba). Geralmente, os encontros consonantais perfeitos apresentam consoante + 
l 
ou r. 
Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go 
Vasco (imperfeito) > Vas-co 
Obs.: Não confunda encontro consonantal com dígrafo consonantal! Exemplo: 
campo (o M nasaliza a vogal anterior; não é consoante, é só uma marca 
de nasalização; não forma encontro consonantal com P!). 
Separação Silábica 
Trata da adequada separação das sílabas de uma palavra. Lembre-se: toda 
sílaba tem de apresentar uma vogal. 
Separam-se 
Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na, cu-ri-o-so, ál-co-ois (ou al-
coóis)... 
Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-
so, ex-sicar... 
Os encontros consonantais que não iniciam imediatamente as palavras (pç, 
bd, cc, cç, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, oc-ci-
pi-tal, 
fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-dão, 
ins-pi-rar, 
cons-pur-car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab-rup-to... 
Obs.: Quando a palavra for seguida de um conjunto de consoantes, separar-se-á 
a última da penúltima: tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-tí-cio, pers-pi-caz... 
Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se. 
68/1611 
A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), 
quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-
sal-pi-no, 
tran-sa-tlân-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue, in-te-res-ta-du-al... 
270 
 
Obs.: É preciso atenção quando uma palavra PARECE ter prefixo. Exemplo: 
suboficial 
(a palavra oficial existe, logo “sub” é prefixo; assim: su-bo-fi-ci-al), 
mas sublime (a palavra lime não existe, logo “sub” pertence ao radical, 
não é prefixo; assim: su-bli-me). 
Não se separam 
Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o (proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, 
pleu-ra, 
bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so, plêi-a-de, 
Cui-a-bá, 
boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou... 
Obs.: Muitos dicionários divergem quanto à separação do encontro vocálico -io 
no meio da palavra; analisam ora como ditongo, ora como hiato (ambas 
as formas estão adequadas, por falta de consenso). Exemplo: fi-sio- 
te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a). 
Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra... 
Encontros consonantais perfeitos no início de palavras, normalmente: gno-mo, 
mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go, pro-ble-ma, cni-dá-rio... 
A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se 
seguida de consoante, não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dân-cia, 
subli- 
nhar (cai muito em prova!), BI-SA-VÔ cis-pla-ti-no, trans-por-tar, su-per-ho-mem, 
ex-car-ce-rar, in-ter-na- 
cio-nal... 
Cuidado!!! 
69/1611 
A translineação silábica trata da separação das sílabas de uma linha para outra 
em um texto formal, como em uma Redação Oficial. Seguem as normas 
gramaticais 
estabelecidas para a divisão silábica em uma redação: 
1) Deve-se evitar que a sílaba constituída de vogal fique isolada no fim ou no início 
de linha: úmi-do, e não ú-mido. 
2) Deve-se evitar que a translineação provoque a ocorrência de palavras chulas 
ou inadequadas: apósto-lo, e não após-tolo; dispu-ta, e não dis-puta. 
O Novo Acordo Ortográfico recomenda, por clareza gráfica, quando o hífen de 
palavra composta, ou com prefixo, coincidir com o fim de linha, repeti-lo no início 
da linha seguinte: 
.......................A defesa pleiteou no pedido de habeas corpus a expedição de salvo- 
-conduto para que o militar não 
fosse............................................................................ 
 
1. (NCE/UFRJ – TRE/RJ – Auxiliar Judiciário – 2001) O item abaixo que apresenta 
erradamente uma 
separação de sílabas é: 
a) trans-o-ce-â-ni-co; 
b) cor-rup-te-la; 
271 
 
c) sub-li-nhar; 
d) pneu-má-ti-co; 
e) e-co-no-mi-a. 
2. (FGV – SPTRANS – Especialista em Transportes – 2001) Assinale a alternativa 
em que o x representa 
fonema igual ao de “exame”. 
a) exceto. 
b) enxame. 
c) óxido. 
d) exequível. 
3. (Vunesp – Prefeitura de São Paulo – Auxiliar de Zoonoses – 2002) Assinale a 
alternativa em que as 
sílabas de todas as palavras

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