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Feminismo Latino

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FEMINISMO – HISTÓRIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES.
Acadêmica: Kawana Isabeli Vitali
Classes Sociais e Movimentos Políticos na América Latina
 Docente: Ana Carolina Teixeira Delgado
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo principal fazer um estudo histórico do movimento feminista e sua influência na ascensão das mulheres ao poder político na América Latina. Abordando as tensões envolvidas na legitimação do movimento feminista, que se originou no continente europeu. As mulheres têm sofrido com a imposição de uma cultura opressora, onde o processo de subalternização caracteriza-se pelas desigualdades nas relações de gênero, de espaço no mercado e na luta pela conquista de diretos políticos. Para isso, faz-se uma análise das ondas que ocorreram no movimento e de sua relação com a realidade latino-americana.
Palavras-chave: Feminismo. Mulher. Movimentos.
INTRODUÇÃO
O feminismo é um compromisso intelectual, um movimento político que busca a justiça para as mulheres e o fim do sexismo sob todas as formas. No entanto, existem três tipos diferentes de feminismo sendo eles: radical, individualista e o liberal. As feministas discordam sobre o que o sexismo consiste, e o que exatamente deve ser feito sobre isso, elas discordam sobre o que significa ser uma mulher ou um homem, quais as implicações sociais e políticas que o gênero tem ou deveria ter. No entanto, motivado pela busca da justiça social. A investigação feminista oferece uma ampla gama de perspectivas sobre fenômenos sociais, culturais e políticos. Temas importantes para a teoria e a política feminista incluem: o corpo, classe, trabalho, deficiência, família, globalização, direitos humanos, cultura popular, raça, racismo, reprodução, ciência, trabalho sexual e a sexualidade. Nas últimas décadas, os movimentos feministas da América Latina conduziram diversas mudanças culturais e políticas, levando as ciências humanas a lançar luzes aos processos de transformação da condição de gênero nos diversos países do continente.
HISTÓRIA E CONQUISTAS DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS
O termo feminismo pode ser usado para descrever um movimento político, cultural ou econômico destinado a estabelecer a igualdade de direitos e proteção legal para as mulheres. O feminismo envolve teorias políticas, sociológicas e filosofias relacionadas com questões de diferença de gênero, bem como um movimento que defende a igualdade de gênero para as mulheres e as campanhas para os direitos e interesses das mulheres. Embora os termos "feminismo" e "feminista" não tenham sido amplamente utilizados até a década de 1970, eles já estavam sendo usados ​​na linguagem pública muito antes.
O feminismo alterou as perspectivas predominantes em uma ampla gama de áreas dentro da sociedade ocidental, que vão desde a cultura até a lei. Ativistas feministas fizeram campanha pelos direitos legais das mulheres. Pelo direito das mulheres à integridade corporal e autonomia, pelos direitos do aborto e pelos direitos reprodutivos, para proteger as mulheres da violência doméstica, do assédio sexual e da violação, para os direitos no local de trabalho, incluindo a licença de maternidade e a igualdade de remuneração, contra a misoginia, e contra outras formas de discriminação específica de gênero contra as mulheres. Busca a igualdade entre os sexos e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino, além da libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero. Nas palavras de Saffioti (2007, p. 22):
“Os movimentos feministas só são o que são hoje porque foram o que foram no passado. Hoje nós podemos questionar as bases do pensamento ocidental porque houve um grupo de mulheres que queimou sutiãs em praças públicas. O sutiã simbolizava uma prisão, uma camisa de força, a organização social que enquadra a mulher de uma maneira e o homem de outra. A simbologia é essa: vamos queimar a camisa de força da organização social que aprisiona a mulher”.
O movimento feminista, em seu início, teve como sua meta conquistar a igualdade de direitos entre homens e mulheres, para que assim pudesse garantir a participação da mulher na sociedade de forma equivalente. Pode-se dizer que o movimento feminista foi e ainda é um movimento político e intelectual que vem desfazer a ideia de que há uma diferença entre os gêneros. As mulheres acreditavam que elas, por si só, deveriam lutar pela conquista de suas independências (MICHEL, 1982). 
Os historiadores costumam dividir o movimento feminista em três fases distintas, denominadas de ondas feministas. A primeira onda do feminismo ocorreu no século 19, marcou o início de um movimento que permitiria oportunidades progressivas para as mulheres que, de outra forma, não eram consideradas adeptas para florescer no panorama industrial e político. O objetivo do movimento era se concentrar no Sufrágio de Seneca Falls uma vila localizada em Nova York, muito conhecida internacionalmente pelo seu papel no Movimento dos Direitos das Mulheres. A Declaração de Sêneca Falls, que ocorreu nos dias 19 e 20 de Julho de 1848, foi a primeira convenção nos Estados Unidos que lutou pelos direitos da mulher. Esta convenção foi organizada por Lucretia Mott e Elizabeth Cady, que lutavam pelos Direitos das Mulheres, principalmente na área política onde as mulheres não eram vistas, nem ouvidas, e as mulheres começaram a desejar mais do que ser apenas uma dona de casa. Muito pouco progresso se conseguiu com a Declaração de Seneca Falls, mas serviu durante 70 anos para seu objetivo, o direito de voto para as mulheres, que só foi conseguido em 1920. A onda do feminismo significava estabelecer direitos legislativos iguais para as mulheres.
A segunda onda começou com o protesto contra o desfile de beleza, 'Miss América' acusando-o de objetivar as mulheres. Em 1968, o concurso de beleza foi realizado na Atlantic City. Os 'Redstockings', um grupo de feministas radicais organizou uma representação contábil para zombar do original. Eles coroaram uma ovelha como a Miss América e jogaram todos os objetos tirânicos, como maquiagem, saltos e sutiãs na lata de lixo. As outras questões relativas a esta onda foram os direitos reprodutivos e a sexualidade. A onda também foi alimentada por uma paisagem política agitada devido aos direitos civis em curso e movimentos contra a guerra. Os conceitos como o capitalismo, patriarcado, sexualidade e o papel das mulheres como meras cuidadoras domésticas foram os principais temas de crítica.
A onda tinha suas próprias complexidades. O conceito de desenvolver espaços "únicos para mulheres" foi considerado radical. A ideia de que um ambiente exclusivamente feminino levaria a uma melhor produtividade, não foi recebida favoravelmente por todos. No entanto, isso não significa que falhou completamente. Os ativistas haviam fragmentado, mas no final da onda, elas tinham serviços artificiais como clínicas de saúde, centros de crise de estupro e abrigos para mulheres. Essas instalações foram integradas ao sistema cívico principal. As organizações religiosas e políticas se apresentaram para fornecer fundos adequados.
A terceira onda teve seu início em meados dos anos 90 foi uma abordagem modernista para garantir a igualdade de direitos das mulheres e erradicar a desigualdade social e política. As noções que giravam em torno das ondas radicais do feminismo foram dizimadas juntamente com os conceitos de "papéis de gênero", sexualidade e corpo. As jovens feministas usavam os mesmos objetos com orgulho, que se tornaram intolerantes por seus predecessores. Os sutiãs, batons e os saltos agora estavam associados à identidade de uma mulher e à sua libertação sexual. Os termos depreciativos que anteriormente eram usados ​​para insultar mulheres eram agora usados ​​por elas para enfraquecer a cultura sexista. A beleza feminina tornou-se a principal propaganda. Durante esta onda, as mulheres não eram mais representadas como as vítimas que precisavam de uma solução. Estavam mais focadas nas igualdades de direitos tanto para as mulheres como para os homens. Pretendiam esmagar fronteirasde gênero, onde ambos os sexos floresceriam em um ambiente criativo e liberal. Eram mais independente, avançado e moderno.
Foram os movimentos feministas que questionaram pela primeira vez a clássica distinção entre público e o privado introduzindo o slogan “o pessoal é político”. Também insistiram em colocar como uma questão política e social, a forma como os sujeitos são generificados, politizando a subjetividade, a identidade e o processo de identificação de gênero, questionando assim o conceito de sujeito do Iluminismo, “indivisível” e unificado, centrado na imagem do “homem” racional, científico, diante do qual se estendia a totalidade da história humana, para ser compreendida e dominada. A teoria feminista passa a desconstruir a dominação do patriarcado no campo do conhecimento.
No Brasil, o movimento feminista criou forma entre o fim do século 18 e início do 19, quando as mulheres brasileiras começaram a se organizar e conquistar espaço na área da educação e do trabalho. Três grandes momentos marcam o movimento feminista no Brasil: o primeiro foi causado pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, ao divórcio, à educação e ao trabalho no fim do século 19. O segundo, no fim da década de 1960, foi caracterizado pela liberação sexual. O terceiro momento começou a ser construído no fim da década de 1970, com a luta de caráter sindical e contra a ditadura militar. Em 1907, surge em São Paulo a greve das costureiras, ponto inicial para o movimento por uma jornada de trabalho de 8 horas. Em 1917, o serviço público passa a admitir mulheres no quadro de funcionários. Dois anos depois, a Conferência do Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho aprova a resolução de salário igual para trabalho igual. O movimento sempre esteve apoiado em pilares que demandavam direitos para as mulheres, tais como o direito ao voto e na efetivação de práticas de igualdade cotidiana. Não podemos esquecer as intensas campanhas feitas no Brasil em 1932 para que a mulher pudesse ter direito ao voto e, inclusive, exercer cargos eletivos nos âmbitos executivo e legislativo, nesse momento os analfabetos continuaram sem direito ao voto. Porém, teve um momento de recessão no movimento feminista nesse país durante o regime militar que se instaurou no Brasil em 1964. Com o processo de redemocratização do país, os movimentos feministas voltam a se fortalecer e dão um salto qualitativo no que se refere à luta radical, tornando suas reivindicações mais ousadas. Podemos afirmar que os anos 1970 ficaram marcados por momentos de efervescência na busca pela garantia de direitos em favor da mulher. A partir daí, grupos de mulheres se reúnem em congressos, seminários, simpósios e outros eventos para discutir as questões relativas aos interesses feministas. Dessas discussões foram criados grupos de pesquisas nas universidades latino-americanas, para debater questões como a sexualidade, o aborto, o planejamento familiar, a popularização de métodos contraceptivos e de gênero. No Brasil, o movimento feminista assumiu uma postura diferenciada em relação aos demais países, com características bem articuladas. Aqui, o movimento feminista teve que se posicionar em relação à Ditadura Militar de 1964 e a censura instaurada e pelo processo de redemocratização do país, cujos resultados são a concretização das políticas públicas destinadas à mulher.
As conquistas do movimento feminista a partir desse período têm relação intrínseca com os movimentos populares. A maior vitória do movimento feminista no Brasil foi à aprovação da CF de 1988 com muitos direitos garantidos à mulher. Nessa década, o feminismo militante no Brasil, “passa a atuar articuladamente com outros movimentos e pautar questões como a homossexualidade e a luta pela igualdade racial” (SANTOS; OLIVEIRA, 2010, p. 6).
Com o processo de redemocratização do país a mulher passa a repensar o seu papel na sociedade. A partir daí outros movimentos sociais se aliam ao feminista e endossam as questões que por ele foram trazidas ao debate. Podemos mencionar um rol de discussões como: combate à violência feminina, direitos reprodutivos e igualdade de oportunidades no mercado de trabalho. Ainda nessa década, as mulheres brasileiras conquistam tal iniciativa do governo que representa um avanço nas políticas públicas destinadas à mulher, minimizando as desigualdades de gênero. Uma das mais significativas vitórias do feminismo brasileiro foi a criação do Conselho Nacional da Condição da Mulher (CNDM), em 1984, que, tendo sua secretária com status de ministro, promoveu junto com importantes grupos – como o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), de Brasília – uma campanha nacional para a inclusão dos direitos das mulheres na nova carta constitucional. Como consequência desse encadeamento de articulações é que a CF de 1988 é a que mais garante direitos a mulher na história das constituições brasileiras. Mais tarde, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorre a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres com a relevância de ministério. Porém, a maior conquista do movimento nesse período deu-se com a aprovação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), que em seu artigo 8º, inciso II, instiga um questionamento bastante interessante sobre a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas. Esta lei representa um avanço importante na tentativa de erradicar, prevenir e punir a violência contra a mulher. Essa conquista é o resultado de muitos anos de reivindicações para que o Estado adotasse mecanismos legais que pudessem minimizar a violência praticada contra a mulher, sobretudo, a doméstica e familiar. Apesar do avanço que a Lei nº 11.340/06, é preciso frisar que o seu cumprimento nas esferas municipal, estadual e federal ainda representa um desafio a ser ultrapassado. Brasil, o combate à violência contra a mulher e à discriminação no trabalho, e a legalização do aborto.
Há manifestações na Colômbia em 1912 a favor dos direitos civis da mulher casada, no Equador, ocorrem protestos pela demanda judicial em 1928 em prol da extensão dos direitos políticos à mulher. Em 1932, as mulheres conquistam legalmente o direito ao voto com o Código Eleitoral. Apesar da importância simbólica dessa conquista, à época foram determinadas restrições para o seu exercício, mas somente com a Constituição de 1946 o direito pleno ao voto foi concedido. Na década de 1960 acontece a luta das mulheres contra as distintas formas de opressão jurídica, econômica e política, enfatizando-se o surgimento, em 1952, da União das Mulheres do Chile e da eleição, em 1953, de Maria de la Cruz como deputada por Concepción, com 51% dos votos, pelo Partido Feminino Chileno.
O propósito original do feminismo não deve ser esquecido por causa das novas adaptações do século XXI. Hoje, o movimento dá voz a opiniões e debates sobre diferentes questões, como os direitos reprodutivos das mulheres. O aborto é uma das questões mais controversas na América Latina hoje, e o feminismo tomou parte nas discussões. Os princípios do feminismo, como mulheres com capacitação e sua independência plena na sociedade, são objetivos discutidos em debates sobre o direito à reprodução.
São mudanças conceituais que a cada dia vem comprovar que a mulher latino-americana é heterogênea, isto é, composta por vários grupos, como: indígenas, quilombolas, negras e as que vivem à margem da sociedade, excluídas dos bens culturais. Na segunda metade do século XXI, o feminismo latino-americano passa por diversas mudanças, principalmente no Brasil. Podemos destacar em nosso país os grupos que lutavam contra a repressão política e o rompimento da [...] violência, sexualidade,direito ao trabalho, igualdade no casamento, direito à terra, direito à saúde materno-infantil, luta contra o racismo, opções sexuais. Estes grupos organizavam-se, algumas vezes, muito próximos dos movimentos populares de mulheres, que estavam nos bairros pobres e favelas, lutando por educação, saneamento, habitação e saúde [...] (PINTO, 2010, p. 17).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Gerações e gerações viveram uma realidade em que as mulheres eram consideradas inferiores aos homens. Como isso era encarado como parte do destino das mulheres, tudo parecia normal e a autoridade masculina sobre as mulheres não era questionada.
O impacto cumulativo das três ondas resultou em grandes avanços sociais e culturais na sociedade. A preeminência desses movimentos não se limita apenas ao sucesso acadêmico e à geração de teóricos. A praticidade das ondas do feminismo não pode ser refutada, pois mudou o mundo para melhor. Os direitos básicos, como o direito à educação, a participação na política, o controle de seus próprios corpos, o acesso ao controle de natalidade, o auxílio a vítimas de estupro, a maioria desses dados como garantidos são os resultados dos esforços cumulativos das feministas na história humana. O conceito ainda está em mutação e quem sabe o que esperar da quarta onda. Embora a sociedade ainda esteja afligida pelos preconceitos de gênero e pelo sexismo, as mulheres percorreram um longo caminho de exigir os direitos legislativos para se tornar líderes globais, destacando-se em todos os campos.
O movimento feminista é uma expressão de suma importância materializada na heterogeneidade do processo de globalização. Uma dessas contradições consiste em separar o público do privado. É importante salientar que no interior do movimento feminista latino americano existem tendências que tem objetivos distintos. De um lado, os grupos feministas que veem o Estado como seu aliado, isto é, capazes de dialogar com grupos feministas e não feministas. E do outro lado, o grupo feminista conservador, ou seja, formado pela parcela de pessoas que dialogam somente entre si e que censuram os que não se declaram feminista. Pode-se afirmar que esta tendência é composta por um pequeno grupo de militantes que articulam a ruptura do Estado para com estas discussões. É importante frisar que o movimento feminista anticolonial e anti patriarcal sempre esteve presente na luta pela conquista de direitos pelas mulheres latinas e que por muitas delas os ideais do movimento foram pouco compreendidos até meados do século XX.
A cada vitória surgem novas demandas e novos enfrentamentos. O feminismo está longe de ser um consenso na sociedade brasileira, a implantação de políticas especiais para mulheres enfrenta ainda hoje resistências culturais e políticas.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, N. Patriarcado, sociedade e patrimonialismo. Sociedade e Estado, Brasília,vol. 15, n. 2, jun.-dez./2000.
ALVES, B. M.; PITANGUY, J. O que é feminismo. São Paulo: Brasiliense, 1991.
MICHEL, André (1982) O Feminismo, uma abordagem histórica. Rio de Janeiro, E.D.ZAGAR. 
PINTO, Celi Regina Jardim. Feminismo, história e poder. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
PINTO, Celi Regina Jardim. Uma História do Feminismo no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003. 
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero e patriarcado. In.: VENTURI, Gustavo; RECAMÁN, Marisol; OLIVEIRA, Suely de. A mulher brasileira nos espaços públicos e privados. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SANTOS, S. M. M.; OLIVEIRA, L. S. Igualdade nas relações de gênero na sociedade do capital: limites, contradições e avanços. Revista Katálysis (Impresso), v. 13, p. 11-19, 2010.
FEMINISMO. Disponível em http://www.renascebrasil.com.br/f_feminismo2.htm. Acesso em 18 de junho de 2017.
FEMINISMO. Disponível em: <https://www.significados.com.br/feminismo/>. Acesso em: 18 jun. 2017.
FEMINISMO. Disponível em: <https://unibhri.files.wordpress.com/2010/12/helena-almeida-o-feminismo-na-amc3a9rica-latina_-influc3aancia-na-ascensc3a3o-da-mulher-ao-poder-polc3adtico.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.

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