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Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Laboratório de Processos Químicos Experimento 4: OBTENÇÃO DA CURVA DA BOMBA Grupo 4 Ananda Silva Singh 264946 Felipe Augusto de Mello Freire 265896 Fernando dos Santos Dutra 266426 Graziele Cristina Silveira 266116 Lincoln Hideo Hatanda 266132 1. Introdução 1.1 Objetivos O experimento realizado teve como objetivo determinar o ponto de operação de um sistema hidráulico através da determinação da curva da bomba, da curva do sistema e da intersecção entre as duas curvas. Para obtenção das curvas, foram utilizadas seis vazões diferentes para determinar pressões manométrica e de vácuo para o sistema bomba-tubulação estudado. Os dados coletados a respeito das pressões, da vazão média e dos comprimentos da tubulação e comprimentos equivalentes dos acessórios serviram para os cálculos referentes à perda de carga e velocidade média que possibilitaram o estabelecimento dos pontos das curvas. 1.2 Materiais Para a realização do experimento aqui descrito, foram utilizados os seguintes materiais: Tubulação com acessórios; Manômetro; Manovacuômetro; Bomba; Rotâmetro Balde Termômetro Cronômetro Balança 1.3 Métodos O experimento consistiu na medida da pressão manométrica e da pressão de vapor a seis diferentes vazões. As pressões foram estabelecidas através de pontos eqüidistantes da pressão manométrica no intervalo entre a maior vazão possível para o sistema (total abertura da válvula) e a vazão nula. As vazões médias foram estabelecidas através de três medidas para cada tomada de medidas de pressões, abrindo uma válvula que desviava o fluxo de água para um cano aberto que deixava a água cair no balde. Assim, depois de cronometrado um tempo aleatório, fechava-se a válvula e media-se a massa do balde com a água em uma balança. Anteriormente, o balde vazio teve sua massa medida para obtenção da massa da água. A cada tomada de medidas, também era medida a temperatura da água, a vazão medida no rotâmetro para comparação e a pressão barométrica. Os dados coletados foram transcritos em uma folha fornecida, para ser posteriormente utilizados na resolução dos cálculos necessários. 2. Equações Neste item será apresentado os métodos de cálculo e estimativa de parâmetros utilizados no relatório para o experimento da Obtenção da Curva da Bomba. Algumas variáveis foram coletadas a partir de consultas bibliográficas ou disponibilizadas para a experiência. São elas: ρ= densidade da água (Kg/m3); μ= viscosidade da água (Kg/m.s); D= diâmetro da tubulação(m); A= área da secção transversal da tubulação (m2); e=rugosidade (mm); g= gravidade (m/s2) f*= fator de atrito de Darcy; A obtenção dos valores dos fatores de atrito de Darcy foram coletados através do Diagrama de Moody (f*= f(Re,e/D)) utilizando os dados da rugosidade e o número de Reynolds para cada vazão medida. Cálculo das velocidades médias para cada vazão (L/h) medida A equação usada para cálculo foi: ub= Q / (A x ρ) (1) Para o seu cálculo foram utilizados os seguintes dados: ub =velocidade média(m/s); Q= vazão mássica (Kg/s); A = área da secção transversal da tubulação (m2); ρ= densidade da água (Kg/m3). Cálculo do numero de Reynolds: A equação usada para cálculo foi: Re= [(ρ) x (ub) x (D)]/ μ (2) Para o seu cálculo foram utilizados os seguintes dados: ρ= densidade da água (Kg/m3). ub =velocidade média(m/s); D= diâmetro da tubulação(m); μ= viscosidade da água (Kg/m.s); Re= número de Reynolds; Cálculo da perda de carga (lwf) A equação usada para cálculo foi: lwf= (f* x L x ub2)/(D x 2 x g) (3) Re= número de Reynolds (adimensional); f= perda de atrito no tubo (adimensional) ub =velocidade média(m/s); L=soma dos comprimentos do tubo e comprimentos equivalentes dos acessórios (m) D= diâmetro da tubulação (m); g= gravidade (m/s2) Cálculo da altura manométrica A equação usada para cálculo foi: H=(ΔP/ ρ x g) + (Δz) + (Δub2 / 2 x g) + lwf (4) ΔP= diferença entre as pressões de dois pontos (Pa) Δz= diferença entre as alturas de dois pontos(m) Δub2=diferença entre o quadrado das velocidades médias em dois pontos (m2/s2) ρ= densidade da água (Kg/m3). ub =velocidade média(m/s); g= gravidade (m/s2) lwf = perda de carga (m) 3. Memorial de cálculos a) Cálculos para determinação da curva do sistema Cálculo do L equivalente (Resultados na Tabela 2): L= Ltubo + L acessórios Ltubo= 581 cm (medição feita na prática) L de cada acessório: - Curva 90 graus metal= (2x40) = 80 cm - Curva 90 graus PVC rígido = 50 cm - Joelho 90 graus = (9x120) = 1080 cm - T de passagem direta = 80 cm - Válvula de gaveta = (2x10) = 20 cm - Válvula de esfera = 6,279 cm Lacessórios = (L de cada acessório = 80 + 50 + 1080 + 80 + 20 + 6,279 = 1316,279 cm Assim, L = 1316,279 cm + 581 cm = 1897,279 cm Cálculo das velocidades médias: A partir da equação (1) foi possível se obter as velocidades médias para cada valor vazão mássica. ub1= (0)/(1000*0,000344)= 0 m/s ub2= (0,35)/(1000* 0,000344) = 1,018 m/s ub3 = (0,673)/(1000*0,000344) = 1,957 m/s ub4 = (0,883)/(1000*0,000344) = 2,568 m/s ub5 = (1,039)/(1000*0,000344) = 3,023 m/s ub6 = (1,231)/(1000*0,000344) = 3,582 m/s Cálculo do número de Reynolds (Re): A partir da equação (2), calculou-se o Re para cada valor de velocidade obtido acima: Re1 = (1000*0*0,02093)/0,001=0 Re 2 = (1000*1,018*0,02093)/0,001 = 21306,83 Re 3 = (1000*1,957*0,02093)/0,001 = 40965,86 Re4 = (1000*2,568*0,02093)/0,001 = 53760,13 Re 5 = (1000*3,023*0,02093)/0,001 = 63281,36 Re6 = (1000*3,582*0,02093)/0,001= 74984,27 Cálculo de e/D: e/D = 0,005/(0,02093*1000) = 0,000239 Cálculo de f* (fator de atrito): A partir do gráfico Figura 7, foram obtidos os seguintes valores de f*: f*1 = 0 f*2 = 0,025 f*3 = 0,023 f*4 = 0,0215 f*5 = 0,0205 f*6 = 0,02 Cálculo da perda de carga (lwf): A perda de carga pode ser calculada a partir da equação (3). lwf1 = (18,97/(0,02093*2*9,8)* (0)2* 0 = 0 m lwf2 = (18,97/(0,02093*2*9,8)* (1,018)2*0,025 = 1,198 m lwf3 = (18,97/(0,02093*2*9,8)* (1,957)2*0,023 = 4,075 m lwf4 = (18,97/(0,02093*2*9,8)* (2,568)2*0,0215 = 6,560 m lwf5 = (18,97/(0,02093*2*9,8)* (3,02)2*0,0205 = 8,667 m lwf6 = (18,97/(0,02093*2*9,8)* (3,58)2* 0,02 = 11,872 m Cálculo dos valores de altura manométrica (H): A partir da equação (4), podemos calcular os valores de H para o sistema. Os fatores envolvidos na equação encontram-se na tabela 4. h1=0/9,8*1000+0+0+0=0m h2 = 0/9,8*1000+0+1,036/(2*9,8)+1,198=1,251m h3 =0/9,8*1000+0+3,830/(2*9,8)+4,075=4,271 m h4 =0/9,8*1000+0+6,597/(2*9,8)+6,560=6,897 m h5 =0/9,8*1000+0+9,141/(2*9,8)+8,667=9,133 m h6 =0/9,8*1000+0+12,835/(2*9,8)+11,872=12,257 m A diferença entre as pressões foi considerada desprezível, porque nos pontos considerados (na ponta do tubo de entrada de água no tanque e próximo do tubo de saída da água no tanque), as pressões podem ser consideradas semelhantes. Da mesma forma, como os pontos considerados estão à mesma altura, a diferença de altura foi considerada nula. - Convertendo-se os valores de vazão mássica obtidos para vazão volumétrica: Q(m3/h) = Q(kg/s)*3600/(() Onde (= densidade da água = 1000 kg/ m3 Q1 = 0*3600/1000 = 0 m3/h Q2 = 0,350072*3600/1000 = 1,260 m3/h Q3 = 0,673071*3600/1000 = 2,423 m3/h Q4 = 0,883282*3600/1000 = 3,179 m3/h Q5 = 1,039716*3600/1000 = 3,742 m3/h Q6 = 1,231995*3600/1000 = 4,435 m3/h b) Cálculos para determinação da curva da bomba Cálculo do L equivalente: L= Ltubo Ltubo= 84 cm (medição feita na prática) Cálculo das velocidades médias: A partir da equação (1)foi possível se obter as velocidades médias para cada valor vazão mássica. ub1= (0)/(1000*0,000344)= 0 m/s ub2= (0,35)/(1000* 0,000344) = 1,018 m/s ub3 = (0,673)/(1000*0,000344) = 1,957 m/s ub4 = (0,883)/(1000*0,000344) = 2,568 m/s ub5 = (1,039)/(1000*0,000344) = 3,023 m/s ub6 = (1,231)/(1000*0,000344) = 3,582 m/s Cálculo do número de Reynolds (Re): A partir da equação (2), calculou-se o Re para cada valor de velocidade obtido acima: Re1 = (1000*0*0,02093)/0,001=0 Re 2 = (1000*1,018*0,02093)/0,001 = 21306,83 Re 3 = (1000*1,957*0,02093)/0,001 = 40965,86 Re4 = (1000*2,568*0,02093)/0,001 = 53760,13 Re 5 = (1000*3,023*0,02093)/0,001 = 63281,36 Re6 = (1000*3,582*0,02093)/0,001= 74984,27 Cálculo de e/D: e/D = 0,005/(0,02093*1000) = 0,000239 Cálculo de f* (fator de atrito): A partir do gráfico de Moody (Figura 7/ Anexo), foram obtidos os seguintes valores de f*: f*1 = 0 f*2 = 0,025 f*3 = 0,023 f*4 = 0,0215 f*5 = 0,0205 f*6 = 0,02 Cálculo da perda de carga (lwf): A perda de carga pode ser calculada a partir da equação (3). lwf1 = (0,84/(0,02093*2*9,8)* (0)2* 0 = 0 m lwf2 = (0,84/(0,02093*2*9,8)* (1,018)2*0,025 = 0,053 m lwf3 = (0,84/(0,02093*2*9,8)* (1,957)2*0,023 = 0,180 m lwf4 = (0,84/(0,02093*2*9,8)* (2,568)2*0,0215 = 0,290 m lwf5 = (0,84/(0,02093*2*9,8)* (3,02)2*0,0205 = 0,383 m lwf6 = (0,84/(0,02093*2*9,8)* (3,58)2* 0,02 = 0,525 m Cálculo dos valores de altura manométrica (H): A partir da equação (4) também, podemos calcular os valores de H para a bomba. Os fatores envolvidos na equação encontram-se na tabela 5. h1 = (213738,8 – 0)/ 9,8*1000 + 0,85 + 0+0 = 22,660 m h2 = (199949,2 – 3447,4)/ 9,8*1000 + 0,85 +0+ 0,53051 = 21,658 m h3 = (186159,6 -9652,72)/ 9,8 *1000 + 0,85 + 0+0,180421= 21,011 m h4 = (172370 -20684,4)/9,8*1000 + 0,85 + 0+0,290452 = 20,840 m h5 = (158580,4 -30337,1)/9,8*1000 + 0,85 + 0+0,383726 = 20,511 m h6 = (144790,8 -37231,9)/9,8*1000 + 0,85 + 0+0,525637 = 19,949 m Deve-se atentar que ao valor marcado no manovacuômetro foi subtraído o valor de 0,9 psi por causa da desregulagem do mesmo (que marcava pressão positiva de 0,9 psi quando era para estar a 0 psi). Os valores de pressão foram transformados de “psi” para “Pa” através do fator de correção: 6894,8. A diferença do quadrado de velocidades foi considerada zero , porque não houve diferença de diâmetro entre o tubo que entra na bomba e o que sai da bomba. - Convertendo-se os valores de vazão mássica obtidos para vazão volumétrica: Q(m3/h) = Q(kg/s)*3600/(() Onde (= densidade da água = 1000 kg/ m3 Q1 = 0*3600/1000 = 0 m3/h Q2 = 0,350072*3600/1000 = 1,260 m3/h Q3 = 0,673071*3600/1000 = 2,423 m3/h Q4 = 0,883282*3600/1000 = 3,179 m3/h Q5 = 1,039716*3600/1000 = 3,742 m3/h Q6 = 1,231995*3600/1000 = 4,435 m3/h 4. Resultados (tabelas e gráficos) e Discussões a) Dados coletados: A Tabela 1 mostra os dados coletados durante o experimento. Tabela 1 – Dados coletados durante o experimento Fonte: Elaboração Própria. A Tabela 2 mostra os comprimentos equivalentes para cálculo da perda de carga em todo o sistema, contando com os comprimentos dos tubos e os comprimentos equivalentes dos acessórios. Tabela 2 – Comprimentos dos Tubos e Comprimentos Equivalentes dos Acessórios Comprimentos Equivalentes do Sistema Material Número Valor unitário Valor total Unidade Tubos PVC rígido 581 cm Acessórios curva 90o metal 2 40 80 cm curva 90o PVC rígido 1 50 50 cm Joelho 90o PVC rígido 9 120 1080 cm Tê de passagem direta PVC rígido 1 80 80 cm Válvula de Gaveta metal 2 10 20 cm Válvula de Esfera metal 1 6,279 6,279 cm Total 1897,279 cm Fonte: Material próprio e FALCÃO (2006). O comprimento equivalente para a obtenção da curva da bomba foi de 84 cm. Outros dados foram utilizados para os cálculos da perda de carga estão na Tabela 3. Tabela 3 – Dados para cálculo da perda de carga Outros Dados ρ 1000 Kg/m3 e 0,005 mm D 0,02093 m μ 0,001 Kg/m.s g 9,8 m/s2 A rugosidade considerada foi a do tubo de PVC rígido (o qual está presente na maior parte do sistema. O diâmetro interno foi considerado para um tubo Schedule 40 3/4 in. Os fatores para cálculo da altura manométrica do sistema são mostrados na Tabela 4. Tabela 4 – Fatores para cálculo da altura manométrica do sistema Fatores para cálculo da altura manométrica ΔP Δz Δub2 lwf 1 0 0 0 0 2 0 0 1,036333 1,198244 3 0 0 3,830943 4,075111 4 0 0 6,597542 6,560342 5 0 0 9,141409 8,667082 6 0 0 12,83518 11,87238 Fonte: Elaboração Própria. Os fatores para cálculo da altura manométrica da bomba são mostrados na Tabela 5. Tabela 5 – Fatores para cálculo da altura manométrica da bomba Fatores para cálculo da altura manométrica ΔP Δz Δub2 lwf 1 213738,8 0,85 0 0 2 203396,6 0,85 0 0,053051 3 195812,3 0,85 0 0,180421 4 193054,4 0,85 0 0,290452 5 188917,5 0,85 0 0,383726 6 182022,7 0,85 0 0,525637 Os principais resultados para a curva do sistema estão esquematizados na Tabela 6 e na Tabela 7. Tabela 6 - Resultados para a curva do sistema Q(Kg/s) ub (m/s) Re e/D f* lwf (m) H (m) 1 0,000 0,000 0 0,000239 0,000 0,000 0,000 2 0,350 1,018 21307 0,000239 0,025 1,198 1,251 3 0,673 1,957 40966 0,000239 0,023 4,075 4,271 4 0,883 2,569 53760 0,000239 0,022 6,560 6,897 5 1,040 3,023 63281 0,000239 0,021 8,667 9,133 6 1,232 3,583 74984 0,000239 0,020 11,872 12,527 Fonte: Elaboração Própria. Tabela 7 - Resultados para a curva da bomba Q(Kg/s) ub (m/s) Re e/D f* lwf (m) H(m) 1 0,000 0,000 0 0,000239 0,0000 0,000 22,660 2 0,350 1,018 21307 0,000239 0,0250 0,053 21,658 3 0,673 1,957 40966 0,000239 0,0230 0,180 21,011 4 0,883 2,569 53760 0,000239 0,0215 0,290 20,840 5 1,040 3,023 63281 0,000239 0,0205 0,384 20,511 6 1,232 3,583 74984 0,000239 0,0200 0,526 19,949 Fonte: Elaboração Própria. As curvas da bomba e do sistema obtidas através dos pontos dados por cada vazão são mostradas na Figura 1. Nesta, a altura manométrica está no eixo vertical e a vazão volumétrica está no eixo horizontal. Fonte: Elaboração Própria. Figura 1 – Curva da bomba e do sistema Observa-se que a curva do sistema se comporta como o previsto. Já a curva da bomba é pouco pronunciada. Como podemos ver na Figura 2, essa curva poderia ser caracterizada por ser do tipo plana. Fonte: CURVAS [s.d.] Figura 2 – Tipos de Curva H x Q Nas vazões consideradas para o estudo, não pôde ser encontrado o ponto de operação. Então, para estimá-lo foram encontradas as curvas que melhor se ajustavam aos dados e suas respectivas equações como pode ser visto na Figura 3. Fonte: Elaboração Própria. Figura 3 – Curva da bomba e do sistema e curvas ajustadas Igualando-se as duas equações das retas ajustadas, o ponto de operação foi estimado em (H=19,34 m e Q=5,60 m3/h). Assim, conclui-se que a bomba foi superdimensionada para o sistema hidráulico considerado. Deve-se observar que a parábola se ajustou muito bem à curva do sistema, validando as medições efetuadas. Já a curva da bomba se aproximou bastante de uma relação linear, ressaltando a sua característica como uma curva HxQ tipo plana. As vazões medidas experimentalmente puderam ser comparadas com as vazões medidas pelo rotâmetro. A Tabela 8 mostra essa comparação. Tabela 8 – Comparaçãoentre as Vazões Comparação entre Vazões Medições experimentais Medições do rotâmetro Diferença percentual Q(Kg/s) Q (l/h) Q (l/h) % 0,00 0,0 700 - 0,35 1260,3 1250 0,82 0,67 2423,1 2400 0,96 0,88 3179,8 3300 -3,64 1,04 3743,0 3700 1,16 1,23 4435,2 4050 9,51 Fonte: Elaboração Própria. A média do módulo da diferença percentual ficou em 3,22%, mostrando uma pequena diferença entre as vazões medidas com o balde e as vazões obtidas no rotâmetro. Pode-se então observar que as medidas experimentais foram válidas para a realização de todos cálculos efetivados. 5. Comentários sobre o experimento Toda bomba opera em uma faixa de valores de H e Q, que são valores relacionados. Os fabricantes de bomba disponibilizam no mercado catálogos com famílias de bombas, para que o cliente faça previamente a escolha pela família para, posteriormente, escolher a bomba que melhor se adequa às suas necessidades. Um exemplo de várias famílias de bombas é mostrado na figura 4. Fonte: HIDROVECTOR [s.d.]. Figura 4 – Famílias de Bombas No entanto, para que o fabricante monte seu catálogo, é necessário que ele faça testes (experimentos) com suas diversas bombas para determinar suas respectivas curvas. Um dos objetivos deste experimento foi exatamente esse: determinar a curva de uma bomba. Um exemplo de curva de uma bomba centrífuga é mostrado na figura 5. Fonte: HIDROVECTOR [s.d.]. Figura 5 – Curva de bomba centrífuga A escolha da bomba a ser utilizada não depende apenas da vazão e da altura manométrica, mas também de outros fatores como o rendimento, o NPHS requerido pela bomba e o NPHS disponível pelo sistema, fatores estes que não estão sendo destacados aqui por não constituírem parte do foco do experimento. Outro ponto a ser destacado é o “ponto de operação”, mostrado na figura [...]. Este ponto é formado pelo encontro da curva do sistema com a curva da bomba e marca a vazão volumétrica e a altura manométrica correspondente que o sistema e a bomba deveriam, idealmente, operar. Um sistema não pode ser operado à direita do ponto de operação pois a bomba não suportaria. Caso o sistema opere à esquerda do ponto de operação, diz-se que a bomba está superdimensionada (fato ocorrido neste experimento), o que pode ser motivo de problemas, conforme descrito a seguir: “Existe uma grande tendência em superdimensionar equipamentos na intenção de obter mais segurança. Entretanto, isso pode ser um grave erro. Ao adquirir um equipamento “maior” que o necessário, além do custo inicial mais elevado, corre-se um risco de provocar um péssimo funcionamento, com conseqüentes aumentos de custos de manutenção e de energia elétrica, além das interrupções operacionais.” (HIDROVECTOR, s.d.) Fonte: HIDROVECTOR [s.d.]. (adaptado) Figura 6 – Curva da bomba e curva do sistema Anexo Fonte: TABELAS [s.d.] Figura 7 – Gráfico de Moody Bibliografia Curvas características de uma turbobomba. Disponível em: <http://www.feg.unesp.br/~caec/quarto /hg_turbobombas.doc>. Acesso em: 27 mai. 2008. FALCÃO, J. C. S. Análise de escoamento de um fluido real: água. Disponível em: <http://www.cct.uema.br/Monografias/EngMecanica/m_em_2006-01.pdf>. 2006. Acesso em: 27 mai. 2008. HIDROVECTOR. Soluções em bombeamento. Disponível em: <http://www.hidrovector.com.br/>. Acesso em: 28 mai. 2008. MOREIRA, R. F. P. M.; SOARES, J. L. Bombas. Disponível em: <http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/bombas.htm>. Acesso em: 27 mai. 2008. TABELAS e gráficos. Disponível em: < http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5415/ tabelasegraf.htm>. Acesso em: 27 mai. 2008.
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