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Sociedade Personificada - Valores Mobiliários

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Sociedade Personificada: Valores Mobiliários
Os valores mobiliários em sociedade personificada varia dependendo do tipo empresarial, nesse caso podem haver diferenças nos valores das negociações e se as mesmas ocorrerão ou não. No caso de Sociedade Anônima o capital está dividido em ações, o importante, neste tipo de sociedade, são os capitais acumulados e não o acionista em si. A posse de ações é que faz valer a participação do sócio, e ainda, os títulos só podem ser emitidos pela empresa com autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cuja a função é justamente fiscalizar a emissão de valores mobiliários no mercado, como ações, debêntures e bônus de subscrição, e onde, obrigatoriamente a Sociedade Anônima deverá manter registro.
No caso da Sociedade Anônima, existem o tipo de capital aberto e fechado, neste caso o de capital aberto se dá quando os valores mobiliários podem ser negociados no mercado, e, quanto ao fechado, seus valores mobiliários não passam por negociações, ambos na bolsa ou no mercado de balcão.
Quando ofertados de forma pública, são todos os títulos ou contratos de investimentos coletivos que proporcionem direito de participação, parceria ou remuneração, até mesmo, resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos são provenientes do esforço do empreendedor ou terceiros. O conceito está previsto na Lei 6.385 de 7 de Dezembro de 1976, mas anteriormente, era muito limitada. Com o tempo e as mudanças no mercado, foram incluídos vários outros títulos e contratos de investimentos que por anos se mostrou ineficiente, tendo em vista o crescente surgimento de novos produtos financeiros. Por esses motivos, foi editada a Medida Provisória 1.637/1998, convertida para a Lei 10.198/2001, que procurou definir o conceito de valor mobiliário de modo mais amplo. 
De acordo com a lei são classificados como valores mobiliários:
	Ações, debêntures e bônus de subscrição;
	Cupons, Direitos, Recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativo aos valores mobiliários;
	Certificados de depósito de valores mobiliários;
	Cédulas de debêntures;
	Cotas e fundos de investimentos em valores imobiliários ou de clubes de investimentos em quaisquer ativos;
	Notas comerciais;
	Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
	Outros contratos derivativos, independente dos ativos subjacentes;
	Quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.
Excluem-se do regime da Lei:
	Os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;
	Os títulos Cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures.
De forma mais geral, pode-se dizer que são valores mobiliários aqueles citados nos incisos de I a IX do artigo 2º da Lei 6.385/1976. Qualquer outro criado e classificado por lei ou regulamentação específica, como certificados de recebíveis imobiliários (CRI's), certificados de investimento audiovisuais, cotas de fundos de investimento imobiliário (FII), e, qualquer outro título ou contrato de investimento coletivo que se enquadrem no inciso IX da norma legislativa. 
Existem os diversos tipos de valores mobiliário que são títulos emitidos por companhia, são elas:
As AÇÕES - que são títulos de créditos que legalizam a participação de um sócio na empresa, onde, essa ação representa uma parte do capital da sociedade anônima.
As DEBÊNTURES – que são os títulos de dívidas que dão ao debenturista (ou credor), a médio e longo prazo, o direito de crédito contra a emissora (empresa). Ele pode pedir a devolução do empréstimo a qualquer momento, com a devida correção do valor monetário aplicado. A remuneração pode ser feita através de juros fixos ou variáveis, participação e/ou prêmios, tudo dependendo do contrato que for firmado.
A NOTA COMERCIAL – também conhecido como nota promissória ou commercial paper, é um título de crédito de curto prazo que é usado como uma promessa de pagamento do emissor (devedor) a determinado favorecido (credor) que devem ser repassados no valor combinado em data específica.
E a ainda há o BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO – que são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações, que permite ao proprietário subscrever ações do capital social, em condições prévias definidas.
Sendo assim, o conceito de valor mobiliário é altamente relevante para o mercado. Se determinado título for considerado um valor mobiliário, significa dizer que ele deve se sujeitar as regras e à fiscalização da CVM. Isso implica uma mudança significativa na forma como esses títulos podem ser ofertados e negociados no mercado. Vale dizer, que o Valor Mobiliário se dá quanto aos bens que a empresa possui e o que disponibiliza para o comércio, neste caso, pode variar se for sociedade aberta ou fechada. Portanto, os valores mobiliários são documentos emitidos por empresas ou outras entidades, em quantidade, que representam direitos e deveres, podendo ser comprados e vendidos. Representam, para as empresas emitentes, uma forma de financiamento alternativo, designadamente, ao crédito bancário bem como a outros modos de financiamento menos conhecidos.
Por: Araujo, Felipe de Sousa / Graduando em Direito Bacharelado pela Universidade Nove de Julho / Estagiário-Gestor pela Prefeitura Municipal de Caieiras – SP.

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