Buscar

Conjuntura IPEA Economia Mundial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sumario: O cenário externo favoreceu a economia brasileira no último trimestre. Houve um crescimento econômico para os países da EU, EUA, China e Japão, devido a políticas monetárias e fiscais. A inflação acelerou nos EUA e na Área do Euro, pelo efeito do aumento dos preços de commodities, especialmente do petróleo. As instabilidades no período estiveram relacionadas as incertezas de natureza política. Nos EUA houve mudanças na política externa, até mesmo uma proposta de rediscussão dos termos da NAFTA. Os candidatos elegidos na França e Holanda são defensores da EU, dando mais força econômica e política ao bloco. Vale notar que em 2016 a economia mundial passou por choques relativamente intensos, a instabilidade financeira da China no 1º trimestre, votação para o BREXIT e eleição de Donald Trump nos EUA.
PIB: Dados do PIB americano no 1º trimestre foram um pouco frustrantes, revelando uma desaceleração em relação ao ano de 2016. O PIB na Europa e na China se manteve em crescimento, com aceleração no caso chinês. E o Japão, cujo o desempenho vinha se mostrando instável, registrou no 1º trimestre crescimento de 0,54%. Essa recuperação deve-se a reação do consumo, e no caso dos EUA também do investimento, principalmente ligado a extração de petróleo. As projeções da FMI para 2017/18 são de um crescimento moderado, porem maior que nos 2 anos anteriores. Destaca-se também que o comercio internacional voltaria a crescer a taxas mais elevadas que o PIB mundial.
Commodities: A recuperação dos preços de commodities foi responsável pela trajetória de aceleração gradual do crescimento ao longo de 2016. De acordo com os dados da FMI, os preços de commodities em abril eram em média 17,5% superiores aos de um ano antes. Destaque para o petróleo que cresceu 30% nesse período, graças a decisão da OPEP de limitar a produção. As commodities metálicas tiveram crescimento no preço de 18%, já os produtos agriculturas para alimentação aumentaram apenas 1%, devido à grande oferta mundial. Atualmente há uma acomodação dos preços de commodities, destacando-se redução de quase 35% nos preços do minério de ferro desde o pico em fevereiro.
Atividade Econômica e Inflação: Os dados de alta frequência sobre a atividade econômica demonstram uma ligeira aceleração do crescimento. O índice de gerentes de compras expande-se nos EUA e na China, na AE esse índice tem mantido uma expansão ininterrupta desde 2016 e o nível atual é recorde, no Japão também é notável uma recuperação. OS dados iniciais para o 2º trimestre mostram sinais de aceleração do crescimento, porem há também informações conflitantes nos dados. A produção industrial cresceu 1% em abril, assim como as vendas do comercio que cresceram 5% e a taxa de desemprego caiu para 4,4% (menor nível desde 2007). No entanto, dados do mercado imobiliário de Abril mostram forte perda do dinamismo: queda de 11,4% nas vendas de novas casas e construções residenciais caíram 9%. Um aspecto importante desse crescimento que se inicia em 2016 é que a inflação voltou a mostrar alguma força. Esse é um lado positivo, já que a taxa de juros se aproxima do zero em alguns países e a alta da inflação reduz a taxa real de juros, estimulando o consumo e o investimento. Nos EUA, a inflação foi de 2,2%, na Europa a trajetória da inflação é semelhante porem com um nível ainda inferior da inflação americana.
Política Monetária e Taxas de Juros: Nessa perspectiva de inflação ainda relativamente baixa, as políticas monetárias tendem a continuar acomodavas. No caso americano, a tendência é que o Fed. promova este ano mais dois aumentos da taxa de juros básica e que sinalize futuramente, regras para redução de seu balanço. Nota-se que após a eleição de Trump, houve aumento nos juros esperados em função da expectativa de uma política expansionista. Na AE, o BCE vem promovendo expansão credito, através de operações bancarias e aquisição de ativos. O desempenho positivo da economia da AE entre 2016 e início de 2017, deve-se também aquela política, que inclui taxas negativas para depósitos livres pelos bancos no BCE. No Japão, a política monetária atualmente tem como objetivo manter taxas de juros dos títulos de 10 anos do governo em zero. 
China: A economia chinesa continua sendo fator importante para explicar o comportamento da economia mundial. O PIB chinês acelerou, como foi visto anteriormente, com crescimento interanual de6,9%. Há contudo, uma preocupação com os níveis de endividamento das empresas. Essa preocupação motivou, inclusive, a elevação do grau de risco da dívida soberana chinesa pela Moody’s, assim, a expectativa é de que os próximos trimestres e anos sejam de um crescimento mais baixo, o que leva a um impacto relevante sobre a economia brasileira, que tem como a China seu maior parceiro comercial. O comportamento dos preços das commodities exportadas pelo Brasil pode ser afetado. O aquecimento da economia chinesa entre o final de 2016 e o início deste ano, pode estar passando por um momento de desaceleração associado as regras mais restritivas para o credito

Continue navegando