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MOVIMENTOS SOCIAIS CONTROLE SOCIAL E PARTICIPACAO

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MOVIMENTOS 
SOCIAIS, 
CONTROLE 
SOCIAL E 
PARTICIPAÇÃO. 
Ministração: Sâmia Lacerda Chaves 
Fernandes 
APRESENTAÇÃO 
 Nesta aula iremos estudar os conceitos de movimentos 
sociais, controle e participação popular. Detalharemos 
estes conceitos através dos estudos de Maria Valéria Costa 
Correia, Carlos Montanõ, Maria Inês Souza Bravo, Maria 
Lúcia Duriguetto e Maria da Glória Gohn. 
 
 Autores que nos ajudarão a perceber a linha de 
elaboração das provas de concursos – quando tratam 
destes temas - como também, refletir o papel do serviço 
social no contexto dos movimentos sociais, controle e 
participação social. 
 
Bons estudos!!!!!!!!!!!!! 
CONCEITOS IMPORTANTES PARA O 
ESTUDO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS. 
 Para o estudo dos movimentos sociais clássicos e dos 
novos movimentos sociais(NMS), faz-se necessário, os 
conceitos das duas dimensões de “classe”, citado por 
Montanõ, (2011) fundamentado nas obras de Marx e 
Hegel. São eles: 
1- Classe em si: É constituída pela população cuja 
condição social corresponde com determinado lugar e 
papel no processo produtivo, e que 
independentemente de sua consciência e/ou 
organização para a luta na defesa de seus interesses, 
caracteriza uma unidade de interesses comuns em 
oposição aos de outros. Remete apenas a mera 
existência de uma classe. 
2- Classe para si: Consiste em uma classe que consciente 
de seus interesses e inimigos, se organiza para a luta da 
defesa de seus interesses. 
3- Consciência de classe: Ao superar a mera percepção 
imediata e parcial da realidade e a alienada vida cotidiana sob 
hegemonia do capital, desmistificando a ideologia 
hegemônica, desenvolve-se uma “consciência humano-
genérica” em que se dá o trânsito de uma consciência em si , 
para uma consciência para-si. Procura-se 
conhecer/compreender as causas dos fenômenos numa visão 
de totalidade. 
Neste contexto os interesses imediatos e individuais, ou até de 
grupos, cedem espaços aos interesses de classes. Assim, a consciência 
de classe é inseparável das lutas de classes. 
LUTAS DE CLASSES E LUTAS SOCIAIS 
 Montanõ destaca(2011) que a análise mais concreta das 
classes e da consciência destas classes, se mostra 
complexa, heterogênea e diversificada. 
 
 Da mesma forma as manifestações das lutas sobre 
variados temas: Organizações que lutam pela igualdade 
racial, meio ambiente, liberdade e orientação sexual, 
gênero, instalação de hospitais e creches. 
 
 Daí a importante de entendermos os conceitos de lutas 
de classes e lutas sociais, importantes para a 
compreensão dos movimentos sociais que 
trabalharemos adiante. 
• Autores (fundamentalmente da tradição marxista), consideram as 
“lutas sociais” como derivações, manifestações, desdobramentos 
específicos das “lutas de classes”, e delas constitutivas, na medida em 
que as questões específicas em torno das quais se organizam e lutam 
são entendidas como manifestações variadas da central “Questão 
Social”(fundada na contradição capital-trabalho). 
 
•Autores( fundamentalmente liberais, pós-modernos) consideram as 
“lutas sociais” – e o conjunto das ações sociais, reivindicatórias, 
propositivas ou afirmativas - como diferentes, contrapostas e até 
antagônicas às lutas de classe, ao interpretarem estas questões 
específicas como identidades particulares e independentes da questão 
de classe. 
 
•A luta de classes, para estes autores( Habermas,Castel) perdeu seu 
poder explicativo, aglutinador e emancipador, sendo agora a vez das 
“lutas sociais por identidades particulares”. 
“Entendemos as lutas pela igualdade de gênero, racial, meio 
ambiente, direitos humanos, como lutas diferentes (nos seus 
campos de atuação,organização e objetivos), mas 
constitutivas das lutas de classes. 
Lutas que não podem esperar uma “grande revolução” para 
resolver seus problemas pontuais,mas cujos objetivos de curto 
prazo(como igualdade de gênero por exemplo) não 
necessariamente são antagônicos à finalidade de longo 
prazo.Articular curto e longos prazos,objetivos alcançáveis 
“agora” com as finalidades de maior alcance, torna-se 
imprescindível.(Montanõ,2011,pág.119) 
Consideramos válido o posicionamento de Montanõ, quando 
destaca: 
NESTA DISCUSSÃO É VÁLIDO DESTACARMOS 
OS CONCEITOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA E 
EMANCIPAÇÃO HUMANA. 
 Para Montanõ e Diriguete (2011) para não cairmos no equívoco de 
imaginar que qualquer conquista representaria em si a emancipação, 
vamos recorrer à diferenciação que Marx e Hegel faz destes dois termos. 
 
1- Emancipação política - Remete ao conjunto de direitos políticos e sociais 
que garantem uma “liberdade” e uma “igualdade” formais dos cidadãos, 
a igualdade de liberdade perante a lei, portanto meramente jurídica. São 
importantes mas realizam-se no interior da ordem social do capital, na 
manutenção de um sistema estruturalmente desigual. 
 
2- Emancipação humana - Exige a eliminação de toda forma de 
desigualdade,dominação e exploração. 
 
OBS.: Se a emancipação política é compatível com a ordem do capital a 
emancipação humana supõe sua superação. 
Mas... o 
que são 
movimento
s sociais? 
UMA DISTINÇÃO IMPORTANTE! 
 Montanõ,(2011) destaca que para tratar de MOVIMENTOS SOCIAIS é 
necessário termos o esclarecimento destas duas distinções: 
 
1- Movimento e mobilização social - a) movimento - caracteriza uma 
organização, com relativo grau de formalidade e de estabilidade, que 
não se reduz a uma dada atividade ou mobilização. b) mobilização 
social – remete a uma atividade que se esgota em si mesma quando 
concluída, não necessariamente significa uma organização nem 
constitui um movimento social. 
 
2- Movimento social e ONG - a) movimento social - é conformado pelos 
próprios sujeitos portadores de certa identidade/ necessidade/ 
reivindicação/ pertencimento de classe, que se mobilizam por 
respostas ou para enfrentar tais questões, ou seja, se constitui pelos 
próprios envolvidos diretamente da questão. b) ONG – é constituída 
por agentes, remunerados ou voluntários, que se mobilizam na 
resposta a necessidades, interesses ou reinvidicações em geral 
alheios, não próprios. 
MOVIMENTOS SOCIAS CLÁSSICOS E 
OS NOVOS MOVIMENTOS 
SOCIAIS(NMS) 
Conforme Montanõ... 
 
1- Movimentos sociais clássicos – Ligados a sindicatos e 
partidos políticos, ligados a lutas de classes, diretamente 
vinculados a contradição capital/trabalho: os 
movimentos sindicais e trabalhistas ( que enfrentam o 
capital para o objetivo imediato de diminuir, 
regulamentar a exploração); e os movimentos de 
liberdade nacional socialistas e/ou anti-imperialistas, que 
visam à superação da ordem vigente. 
 
 No período da república velha(1889-1930) temos a 
constituição não só do movimento operário, mas também 
da classe operária no Brasil. 
“ O impulso para as lutas adivinha das péssimas condições de 
trabalho e de vida da classe trabalhadora, com jornadas sem limite, 
sem descanso semanal remunerado, férias, salário mínimo e etc. Em 
1910, nas fábricas de São Paulo, a idade média do trabalhador 
chegava a 19 anos de idade, exatamente igual às de cem anos atrás 
na Inglaterra” ( Montanõ,2011) 
A ausência de direitos mínimos refletia nas reivindicações dos 
partidos operários criados ao longo da República Velha. A 
primeira regulamentação da vida associativa operária ocorreu 
com um decreto promulgado em 1907. Com ele, cria-se o 
direito de associação sindical para todas as 
profissões.(Montanõ,2011). 
 
2- Novos movimentos sociais (NMS) - Os chamados novos movimentos sociais, 
que surgem principalmente em meados do século XX, têm por vezes o objetivo 
ou a função de ser um complemento das lutas de classes dosmovimentos 
clássicos(somando-se a estas lutas), e outras vezes são vistos como 
alternativos aos movimentos de classes tradicionais e aos partidos políticos de 
esquerda(substituindo tais lutas). 
 
• Tem como marco referencial os processos revolucionários, as ditaduras 
militares e o maio Francês de 1968 (ajudou a abrir o caminho para que 
surgissem movimentos que levantassem bandeiras político-culturais). 
 
•Situam-se fora da esfera imediata do trabalho e da produção. 
 
•Colocaram no cenário político temas como a questão de gênero, raça, etnia, 
religião, sexualidade, ecologia entre outros. 
 
•Outra característica dos novos movimentos sociais é que, à diferença dos 
movimentos tradicionais, não visam “tomar o poder” pela conquista do Estado, 
mas geralmente constituem espaços políticos não-institucionais a partir dos 
quais procuram afetar hábitos e valores da sociedade de modo a interferir nas 
políticas estatais. 
 
Em síntese... 
Características Movimento 
sindical/autores 
marxistas 
Novos movimentos 
sociais (NMS)/ autores 
marxistas 
Novos movimentos 
sociais/autores 
acionalistas 
1. Conformação 
e composição 
Classe social • Desdobramentos da 
questão social; 
•Contradição capital-
trabalho. 
•Identidades particulares; 
 
•Não classistas 
2.Esfera de 
atuação 
principal 
Esfera de produção Desdobramentos no 
mercado – oriundos da 
esfera produtiva. 
Desigualdade na esfera 
do mercado. 
3. Formas de 
intervenção 
•Lutas de classes; 
•Contradição capital-
trabalho. 
Lutas sociais, confluentes 
com as lutas de classes. 
Lutas sociais, alternativas 
das lutas de classes 
4. Alvo de ação • Inimigo: burguesia 
•Causa: Exploração 
•Alvo de demandas e 
pressões: O Estado. 
 
•Causa: desigualdade. 
• Alvo de demandas e 
pressões: a sociedade 
civil ao Estado; 
 
•Causas: carências 
5. Dimensões da 
ação 
Econômico-politica Econômica-política •Politicismo; 
•Deseconomização. 
6. Objetivos 
perseguidos 
•Reformista sindical: 
limites na exploração. 
 
•Revolucionário: 
superação da ordem. 
•Reformista mercantil: acesso 
ao consumo de bens e 
serviços 
•Revolucionário: superação 
da ordem. 
•Reformista mercantil: 
Acesso ao consumo de 
bens e serviços; 
•Demandas por 
reconhecimento de 
identidade e/ ou 
emancipação social. 
Montanõ e Duriguette, pág.341. 
CONTROLE SOCIAL E 
PARTICIPAÇÃO 
 
 
 
 
 
 Com base nos estudos de Correia(2012), A participação 
social nas políticas sociais foi concebida na perspectiva do 
controle social , no sentido de os setores organizados na 
sociedade civil participarem desde as suas formulações, 
acompanhamento de suas execuções, até a definição de 
alocação de recursos. 
 
 A participação e controle social deu-se a partir das 
conquistas dos movimentos populares no período do 
processo de redemocratização do Brasil, frente a um Estado 
autoritário e centralizador. 
Os mecanismos 
de controle 
institucionalizados 
são: Conferências 
e Conselhos. 
 
Participação 
social é direito e 
está na 
constituição e em 
diversas 
legislações de 
regulamentação. 
ALGUMAS LEGISLAÇÕES COMO 
EXEMPLO 
 LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 
 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de 
Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros na área da saúde e dá outras providências. 
 Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das 
funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: 
 
 I - a Conferência de Saúde; e 
 II - o Conselho de Saúde. 
 
 § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação 
dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as 
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, 
convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo 
Conselho de Saúde. 
 § 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão 
colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, 
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no 
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, 
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão 
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do 
governo. 
 
 
 
 
 
LEI 8742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 
Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras 
providências. 
 
 Art. 16. As instâncias deliberativas do SUAS, de caráter 
permanente e composição paritária entre governo e sociedade 
civil, são: (Redação dada pela Lei nº12.435,2011) 
 I - o Conselho Nacional de Assistência Social; 
 II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social; 
 III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; 
 IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social. 
 
 Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social: 
 
 VI - a partir da realização da II Conferência Nacional de 
Assistência Social em 1997, convocar ordinariamente a cada 
quatro anos a Conferência Nacional de Assistência Social, que 
terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e 
propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema; 
 
 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. 
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras 
providências. 
 
 
 Art. 88. São diretrizes da política de 
atendimento: 
 
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos 
direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e 
controladores das ações em todos os níveis, assegurada a 
participação popular paritária por meio de organizações 
representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais. 
Em seguida, seguem exemplos de controle 
institucional e social!!!!!!!!!!!! 
O que é? Tribunal de contas -
Criado pelos arts.70 
e 71 na CF/88, é 
orgão supremo de 
fiscalização das 
despesas públicas 
Ministério Público – 
Criado pela CF/88 nos 
arts.127-130, é um 
orgão autônomo que 
tem como objetivo 
defender e fiscalizar a 
aplicação das leis. 
Conferências – 
Criada por leis 
complementares a CF/88, 
reúne gov. e soc. civil para 
defender interesses da 
população. 
Audiência Pública - 
É garantida pela 
Constituição 
Federal, regulada 
por leis federais, 
constituições 
estaduais e leis 
orgânicas 
municipais. 
 Reúnem 
 
 
Ação Popular 
 
Garantida no artigo 5º 
da CF/88. 
O que faz? Fiscaliza as contas 
do poder 
executivo(federal, 
estadual e municipal 
e também de outros 
orgãos públicos. 
Zela pelos respeitos aos 
poderes públicos e 
pela garantia dos 
serviços públicos. 
convocadas pelo poder 
executivo ou pelo conselho 
responsável ; 
•servem para definir 
princípios e diretrizes; para 
dar voz e voto a vários 
segmentos; 
•discutir e deliberar sobre 
os conselhos; avaliar e 
propor instrumentos de 
participação popular 
• fazer indicações para a 
formulação da referida 
Política pública . 
 
 
Expor temas e 
debater com a 
população sobre a 
formulação de 
políticas públicas. 
Qualquer cidadão, 
desde que seja eleitor, 
recorra a Poder 
Judiciário para exercer 
diretamente a 
fiscalização dos atos 
do poder público. 
Como se relacionar c/o 
conselho? 
Caso tenha suspeita 
de irregularidades 
no uso de recursos 
públicas o conselhoaciona através de 
denuncia. 
Tendo em vista que 
defende os direitos 
sociais é parceiro dos 
conselhos. 
As conferências são lugares 
de tomada de decisão que 
servirão de referência, 
indicando caminhos que os 
conselhos nacional, 
estadual, municipal 
deverão seguir. 
 
 
São espaços 
importantes no 
processo de 
planejamento, pois 
permitem ampliar a 
discussão sobre os 
planos, o 
detalhamento das 
ações, critérios de 
contratação de 
serviços. Podem 
ocorrer por 
demanda da 
própria população. 
 
 
O uso desse 
instrumento contribui 
para a atuação do 
conselho na medida 
em que amplia o 
campo de pessoas 
comprometidas com o 
controle social. 
 
 
Fonte: www.mds.gov.br 
IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!! 
 “O controle social acontece via políticas públicas. Na 
perspectiva das classes subalternas envolve a 
capacidade destas, em luta na sociedade civil, de 
interferir na gestão pública, orientando as ações do 
Estado e os gastos estatais na direção de seus 
interesses”. 
 
 
“Os Conselhos e Conferências não são espaços neutros e 
nem homogêneos, neles existem o embate de 
propostas portadoras de interesses divergentes para dar 
o rumo das políticas sociais na direção dos interesses 
dos segmentos das classes dominantes ou das classes 
subalternas lá representados”. 
 
Nesta discussão atenção para a formula: 
 Participação= Controle Social= Democracia 
RELAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL COM 
O CONTROLE SOCIAL E 
PARTICIPAÇÃO. 
 Como explicita Mota e Amaral(2009) – As condições do exercício 
profissional são historicamente determinadas, onde a natureza 
contraditória da profissão, é atravessada por uma tensão: a) a 
necessidade de responder às demandas profissionais, como uma 
condição de sua existência; 
 b) e pelo mesmo caminho, colocar em questão o processo de 
reprodução social da sociedade que gera aquelas demandas. 
 
 Neste contexto, o serviço social pode contribuir com o controle social de 
duas formas: 
 
1- Auxiliar o controle social para a manutenção do consenso e da ordem 
necessários à reprodução capitalista; 
2- Contribuir enquanto mecanismos de controle dos “grupos sociais 
subalternos” organizados na sociedade civil, sobre as ações do estado, 
para que este, atenda aos seus interesses, viabilizando políticas sociais 
universais e de qualidade. 
 
 
“ As contradições 
inerentes aos espaços 
ocupacionais e às 
práticas educativas de 
mobilização e 
organização não 
impedem uma atuação 
comprometida com os 
interesses das classes 
subalternas, mas impõem 
exigências e desafios 
para a construção 
autônoma dessas classes, 
tendo como horizonte a 
perspectiva da 
emancipação humana”. 
Neste diapasão destacam, Abreu e Cardoso(2009), destacam: 
IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!! 
 Correia(2012) destaca que a prática profissional como auxiliar 
do controle social, requer um profissional que, dependendo 
das exigências de sua realidade, deve ter: 
 Aporte teórico crítico que seja referencial de sua prática; 
 Compreensão histórica da política social em que atua, 
observando suas determinações econômicas,sociais,políticas 
e culturais na sociedade de classe; 
 Conhecimentos dos aspectos legais e jurídicos que regem a 
política social específica como leis, normas, 
regimentos,estatutos,medidas provisórias,resoluções e etc.; 
 Clareza da heterogeneidade de interesses de classes ou 
frações de classes presentes na sociedade civil; 
 Capacidade de elaborar planos, programas e projetos de 
forma participativa. 
Continuando.... 
 Capacidade de realizar análises conjunturais constantes da 
política social específica nas instâncias nacional, estadual 
e municipal, percebendo a correlação de forças entre os 
sujeitos políticos presentes e os projetos de sociedade que 
defendem; 
 
 Compreensão de que os espaços de participação nas 
políticas setoriais são contraditórios, pois podem servir tanto 
para a legitimação do gestor e cooptação dos movimentos 
sociais, como para a democratização da gestão; 
 
 Habilidade para articular a composição dos conselhos sem 
a ingerência do gestor, sugerindo a promoção de eventos 
participativos e amplamente divulgados como 
conferências, seminários, fóruns, assembleias e etc. 
 
REFERÊNCIAS 
 ABREU, Marina Maciel. CARDOSO, Franci Gomes. Mobilização social e práticas educativas. In: Serviço Social: 
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. 
 
 BRAVO, Maria Inês de Souza; MENEZES, Juliana Souza Bravo de. Saúde, Serviço Social, Movimentos Sociais e 
Conselhos: desafios atuais. São Paulo: Cortez, 2012. 
 
 GOHN, Maria da Glória (org.). Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. 2ª ed. 
Petrópolis: Vozes, 2003. 
 
 MONTAÑO, Carlos; DURIGUETTO, Maria Lúcia. Estado, classe, e movimento social. 3ª ed – São Paulo: Cortez, 2011. 
(biblioteca básica do serviço social). 
 
 RAICHELIS, Raquel. Esfera pública e conselhos de assistência social: caminhos da construção democrática. 3ª ed. – 
São Paulo: Cortez,2005. 
 
 Revista Serviço Social & Sociedade 109 - Sociedade civil e controle social. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0101-662820120001&lng=en&nrm=iso 
 
 CORREIA, Maria Valéria Costa.Sociedade civil e controle social: desafios para o serviço social. In: BRAVO, MIS; 
MENEZES, JSB. Saúde, Serviço Social, Movimentos Sociais e Conselhos: desafios atuais. São Paulo: Cortez, 2012. p. 
293- 306. 
 
 DURIGUETTO, Maria Lúcia. Conselhos de direitos e intervenção profissional do serviço social. In: BRAVO, MIS; 
MENEZES, JSB. Saúde, Serviço Social, Movimentos Sociais e Conselhos: desafios atuais. São Paulo: Cortez, 2012. p. 
293- 306. 
 
 MOTA, Elizabeth;AMARAL, Ângela. Projeto profissional e projeto societário. Revista inscrita.ano.2009.

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