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Estrutura Atômica e Tabela Periódica Química Geral I – Profª Flávia Garcia • Origem da Teoria Atômica (460 – 379 a.C) A origem da teoria atômica vem da Grécia antiga e foi proposta por Demócrito e Leucipo (filósofo e seu discípulo). Eles acreditavam que se um pedaço de matéria fosse dividido em pedaços cada vez menores, ao final iria se chegar a uma minúscula partícula, indivisível. Esta partícula indivisível recebeu o nome de átomo. • Modelo Atômico de Dalton (1803) Toda matéria é composta de partículas fundamentais, os átomos; Estes são permanentes e indivisíveis, não podendo ser criados e nem destruídos; Os elementos são caracterizados por seus átomos. Todos os átomos de um dado elemento são idênticos. Átomos de diferentes elementos tem propriedades distintas; As transformações químicas consistem em uma combinação, separação ou rearranjo de tomos; Compostos químicos são formados por átomos de dois ou mais elementos em uma razão fixa. A Descoberta da Estrutura Atômica (sec XIX – 1875) Evidências da natureza elétrica da matéria: No antigo Egito, foi observado que o âmbar era capaz de atrair pequenos objetos após ser atritado com lã ou seda; A experiência de Benjamim Franklin (1706-1790); A Descoberta da Estrutura Atômica (sec XIX – 1875) Radioatividade Substância radioativa Bloco de chumbo Placas eletricamente carregadas Placa fotográfica raios a raios g raios b Henri Becquerel descobriu, em 1896, que um minério de urânio emitia raios capazes de escurecer uma placa fotográfica, ainda que esta estivesse protegida da exposição à luz; Em 1898, o casal Marie e Pierre Curie isola o polônio e o rádio, emissores do mesmo tipo de raio; Em 1899, a emissão destes raios é atribuída à desintegração de certos átomos. Ao fenômeno foi atribuído o termo radioatividade e às substâncias dotadas desta característica o termo radioativas. A Descoberta da Estrutura Atômica (sec XIX – 1875) A natureza dos raios catódicos: radiação ou feixe de partículas? • Modelo Atômico de Thomson (1897) Em 1897, o físico britânico Joseph John Thomson determinou a razão entre a carga elétrica e a massa de um elétron com o uso de um tubo de raios catódicos. Carga elétrica = 1,76x108 Coulombs/grama Proporção carga-massa = 1,76.108 C/g • Modelo Atômico de Thomson (1897) Em 1909, Robert Milikan mediu com êxito a carga do elétron, realizando o procedimento conhecido como ‘experimento da gota de óleo de Milikan’. Carga elétrica = 1,76x108 Coulombs/grama Carga do elétron = 1,60.10-19 C Fonte de raios X (radiação ionizante) Microscópio visualizador Atomizador Borrifador de óleo Placas carregadas eletricamente Exercício: Calcule a massa do elétron. Relação carga-massa = 1,76.108 C/g R: 9,10.10-28 g Após este experimento, Thomson sugeriu que os elétrons estariam mergulhados em uma massa homogênea, como ameixas em um pudim (Plum Pudding ). A esta proposta foi originado o "Modelo Atômico de Thomson", modelo este conhecido como pudim de passas ou bolo de ameixas. • Modelo Atômico de Ernest Rutherford (1911) Rutherford propusera um novo modelo para o átomo baseado em seus resultados que contradiziam o modelo atômico proposto por J. J. Thomson. O modelo proposto por Thomson, com os elétrons grudados na massa positiva, levava a uma distribuição uniforme de cargas. "Digo com certeza que não acreditava que houvesse aqueles desvios, pois sabíamos que α era partícula de grande massa, com muita energia...Lembro- me de que dois ou três dias depois Geiger me procurou muito excitado dizendo: conseguimos detectar algumas partículas α sendo refletidas para trás. ...Foi o mais incrível episódio que até então me ocorrera. Foi como se disparasse um projétil de 15 polegadas contra um pedaço de papel e o projétil refletisse e atingisse o atirador.” "O átomo era formado por núcleos positivos de grande massa, mas pequeno em relação ao volume total do átomo e os elétrons ficariam orbitando ao redor do núcleo”. Ao lançar partículas a contra uma folha fina de Au, esta partícula não sofreria qualquer perturbação em sua trajetória. Rutherford realizou a experiência com o α em uma caixa de Pb com uma fenda por onde sairiam as emissões. As partículas ao atravessarem a fina folha de Au se chocavam contra um anteparo fluorescente de ZnS. A experiência revelou que grande parte das partículas α atravessava sem problemas a folha de Au, mas algumas sofriam desvios e outras partículas voltavam direto para a fonte emissora. • Reprodução moderna do aparato usado por Ernest Rutherford O nêutron foi descoberto por James Chadwick em 1932. 10 deflexões por minuto ao trocar a placa de chumbo por uma placa de parafina. Cálculos indicaram que a nova radiação era formada por prótons, porém a energia destes prótons não correspondia a bombardeamento por raios gama.. Se o choque frontal entre raios gama e a parafina não seria capaz de arrancar prótons da parafina com a energia observada, isto só poderia ter sido feito por uma partícula neutra de massa semelhante à do próton (1,0073 u; 1 u = 1,66054.10-24 g). Usando a radiação do berílio para bombardear uma série de gases e medindo a energia dos átomos desses gases após o processo, calculou-se o valor da massa do nêutron (1,0087 u). 4 deflexões por minuto, mesmo colocando placa de chumbo com 2 cm de espessura entre o berílio e a câmara. Exercício: Quantos elétrons (9,1097.10-28g) seriam necessários para igualar a massa de um próton? E para igualar a massa de um nêutron? R: 1836; 1839 Tamanhos relativos em um átomo Se o átomo tivesse o tamanho de um estádio de futebol, o núcleo atômico seria do tamanho de uma bolinha de gude. Em contraponto com o volume tão pequeno, ele possui densidade de 1013-1014 g/cm3. Uma caixa de fósforo cheia de átomos de material com esta densidade, equivalente ao interior de uma estrela cadente, pesaria 2,5 bilhões de toneladas. Exercício: O diâmetro de uma moeda de um centavo é 19 mm. O diâmetro de um átomo de prata (Ag) é 2,88 Å. Quantos átomos de prata podem ser arranjados lado a lado em linha reta ao longo do diâmetro de uma moeda de um centavo? 1 Å = 10-10 m Núcleo R: 6,6.107 átomos de Ag Características do átomo Número de massa (A): Soma do número de prótons com o número de nêutrons (n). Número Atômico (Z): É o número de prótons. A = Z + n Exercícios Semelhanças atômicas Isótopos: Mesmo número de prótons. Ex: 1H 1, 1H 2 e 1H 3 Isóbaros: Mesmo número de massa. 19K 40 e 20Ca 40 Exercícios Isótonos: Mesmo número de nêutrons. 37Cl 17 e 20Ca 40 Massa atômica média Exemplo: Calcule a massa atômica média do cloro, sabendo-se que na natureza ele constitui-se em 75,78% de Cl35 (34,969 u) e 24,22% de Cl37 (36,966u). R: 35,45 u Química Nuclear Reações envolvendo elétrons X Reações envolvendo núcleos Aplicações: Medicina, reações químicas, datação de fósseis, entre outras. Núcleons = constituintes do núcleo (prótons e nêutrons) Núcleo = conjunto de prótons mais nêutrons Vocábulos utilizados: Representações: Uma das formas de representar diferentes isótopos, tanto estáveis como radioativos, é mencionar o nome do elemento e seu número de massa. Exemplos: urânio-235; urânio-238; bismuto-207. Química Nuclear Estabilidade nuclear Todo o núcleo que se desintegra é um núcleo instável. A desintegração sempre se dá de forma a atingir um núcleo mais estável. O núcleo se desintegra porque a forçanuclear forte não mais é suficiente para manter o núcleo coeso. A desintegração pode acontecer por meio do ganho e/ou emissão de partículas, a saber Química Nuclear Estabilidade nuclear Observações: A emissão b corresponde à conversão de um nêutron em um próton. A emissão de um pósitron, ao contrário da emissão b, corresponde à conversão de um próton em um nêutron. Exemplos (caderno) A captura de um elétron corresponde à conversão de um próton em um nêutron, como na emissão de um pósitron. Química Nuclear Estabilidade nuclear Cinturão de estabilidade A razão nêutron-próton. Até Z = 20, a razão nêutron-próton é igual a 1. Acima de Z = 20, a relação nêutron-próton desvia-se cada vez mais deste valor. Acima do bismuto (Z = 83), todos os isótopos são instáveis. Química Nuclear Estabilidade nuclear Cinturão de estabilidade: Forma mais provável de estabilização Z acima de 83: Emissão de partículas a, pois diminui mais rapidamente o número de prótons; Acima do cinturão e abaixo de Z = 83: Emissão de partículas b, pois aumentará o número de prótons diminuindo assim a relação n/p; Abaixo do cinturão: Emissão de pósitron ou captura de elétron, pois diminui o número de prótons deixando n/p mais próximo de 1. Observação: Há exceções! Exemplos (caderno) Química Nuclear Energia de Coesão ou Energia de Ligação Nuclear É a energia necessária para desintegrar o núcleo em prótons e nêutrons. Defeito de massa: A massa do núcleo, massa atômica, é sempre menor que a soma das massas de seus prótons e nêutrons. Exemplo: Calcule o defeito de massa (Dm) para a desintegração do deutério. O cálculo da energia de coesão nuclear é baseado na equação de Einstein, E = (Dm)c2. Exemplo: a) Calcule a energia de coesão por mol de núcleos de deutério em kJ/mol. b) Calcule a energia de coesão por mol de núcleons de deutério. Dado: 1J = 1 kg.m2/s2. Os mesmos cálculos podem ser aplicados para avaliar a energia liberada na reação de desintegração de um elemento radioativo. Exemplo: Calcule a variação de energia na seguinte reação: Dados: U = 238,0003 u; Th = 233,9942 u; He = 4,0015 u R: -4,1.1011 J R: 0,00239 g/mol R: a) 2,15.108 kJ/mol; b) 1,08.108 kJ/mol Química Nuclear Exercícios 1 - Complete as seguintes equações nucleares: 2 – Calcule a energia de ligação por mol de núcleons para o . As massas necessárias para o cálculo são . (a)26Fe 54 + 2He 4 → 2 0n 1 + ? (b) 13Al 27 + 2He 4 → 15P 30 + ? (c) 95Am 241 + 2He 4 → 97Bk 243 + ? (d)96Cm 246 + 6C 12 → 4 0n 1 + ? (e) 92U 238 + ? → 100Fm 249 + 5 0n 1 • Problemas do Modelo Atômico de Rutherford: Como podiam um núcleo positivo e uma carga negativa, o elétron, estarem tão próximos e não se atraírem? O problema foi parcialmente resolvido com o movimento circular exercido pelo elétron. Ao descrever uma trajetória em torno do núcleo, havia uma força centrífuga que compensaria a força atrativa. Eletromagnetismo: qualquer carga acelerada, como o elétron neste caso, emitiria energia continuamente, tendo como conseq•uência uma diminuição do raio entre o núcleo e o elétron. Conforme o elétron emitisse energia, mais próximo do núcleo ele ficaria, até o momento onde o choque entre o elétron e o núcleo seria inevitável. E sobre essas condições o átomo não poderia existir. • Modelo Atômico de Bohr: Agregou em seu modelo atômico Concepções de Max Planck sobre a interação da matéria com a radiação eletromagnética; Concepções de Einstein sobre o Efeito Fotoelétrico; O espectro de emissão do átomo de hidrogênio. • Max Planck (1900): Segundo a teoria Clássica: Ao aquecer um objeto, os átomos que compõem este objeto estão vibrando, causando a emissão da radiação eletromagnética. Acrescentou que essas vibrações são quantizadas (somente vibrações com frequências específicas são permitidas). Natureza ondulatória da luz Radiações Eletromagnéticas - Teoria matemática desenvolvida por James Maxwell (1864) para descrever todas as formas de radiações em termos de campos elétricos e magnéticos. O Espectro Eletromagnético nó c = l. c = velocidade da luz, l = comprimento de onda, ν = freq•uência • Max Planck (1900): Havia uma troca de energia entre a matéria e a radiação. Essa energia era descontínua e o processo de absorção e emissão acontecia segundo a equação: “A energia de um sistema que vibra é proporcional à frequência da vibração." E = h E = energia, h = constante de Planck = 6,63.10-34 J.s • Einsten (1905) Propôs que a radiação eletromagnética consistia de partículas chamadas fótons. Efeito fotoelétrico: "Ejeção de elétrons de um metal quando sua superfície é exposta a luz”. Cada fóton era considerado um pacote de energia e a energia do fóton estava relacionada com a freq•uência da radiação. Efeito Fotoelétrico Espectro de Emissão do Átomo de Hidrogênio Espectros de linhas Raias espectrais do hidrogênio Conjunto de linhas (séries convergentes): Série de Lyman (UV) Série de Balmer (VIS) Exercícios • Postulados de Niels Bohr: 1- Estabilidade do átomo frente à física clássica. Os elétrons que estão em órbita de energia permitida não emitem radiação. 2- O elétron deixa seu estado fundamental se absorver uma quantidade de energia equivalente a diferença de energia entre o estado fundamental e o estado excitado. A energia é emitida ou absorvida como fóton. • Dualidade Onda-Partícula: Louis De Broglie. Sugeriu que todas as partículas poderiam apresentar propriedades de onda, ondas de matéria. Uma vez que para Einstein: E =m.c2 - E = hc/l - De Broglie igualou as equações e obteve: "O elétron, uma partícula pequena em uma velocidade muito alta, assume comprimento de onda (l) próximo ao dos raios X, assim essa partícula pode ter um comportamento de onda.” Por que objetos de maior massa não apresentam comportamento ondulatório? • Dualidade Onda-Partícula: Louis De Broglie. Assim o caráter ondulatório dos elétrons passou a ser questionado, e foi considerado quando um feixe de elétrons foi direcionado a um prisma de níquel. Foi observado, neste experimento, a difração dos elétrons como havia sido determinado, anteriormente, a difração da luz. • Dualidade Onda-Partícula: Experimento da fenda dupla • Problema no modelo atômico de Bohr: Se o elétron apresenta comportamento ondulatório, considerar que ele realiza uma órbita não é certo. • Princípio da Incerteza de Heisenberg: Heisenberg Sugere que existe uma grande incerteza na localização do elétrons. - O elétron não pode ser tratado como partícula com seu movimento descrito precisamente. - O elétron pode ser considerado uma onda com uma incerteza na sua localização. "O princípio da incerteza afirma que quanto mais precisamente se conhece a posição menos precisamente se conhece o momento da partícula. Em outras palavras, se soubermos muito bem onde está partícula, não podemos saber para onde ela vai.” O princípio da incerteza de Heisenberg: "Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente.” • Átomo pela Mecânica Quântica: Erwin Schrödinger Se a matéria tem um comportamento de onda é necessário determinar uma função de onda que descreva este comportamento. - Substitui a trajetória precisada partícula por uma função de onda (). 2 = probabilidade de encontrar o elétron numa dada região do espaço; - - Função radial = Descreve a variação orbital a diferentes distâncias do núcleo. - Função angular = Dá a forma do orbital e sua orientação. • Visão do Átomo: Mecânica Clássica X Mecânica Quântica Órbita x Orbital – Órbita: Região onde o elétron está localizado e se desloca em volta do núcleo. Localização precisa. – Orbital: Probabilidade de encontrar o elétron numa dada região do espaço. • Átomo pela Mecânica Quântica: Max Born Sugeriu que a probabilidade de encontrar a partícula numa pequena região do espaço poderia ser dada pela função de onda ao quadrado (2). No nó não há probabilidade de encontrar o elétron. No nó, =2=0 Probabilidade de encontrar o elétron numa dada região do espaço. • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml n = número quântico principal Número inteiro que especifica os níveis de energia. n=1 para o primeiro nível n=2 para o segundo nível n=7 para o sétimo nível A energia do elétron ligado ao átomo aumenta à medida que n aumenta. • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml l = número quântico momento angular orbital Indica a forma angular do orbital l Nome do orbital Forma Nó angular 0 s esférico 0 1 p hálter 1 2 d hálter 2 3 f hálter 3 • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml l = número quântico momento angular orbital Orbitais s: O orbital s não tem nó angular, somente nó radial (pela passagem do nível energético). Orbitais s: visão externa Orbitais s seccionados para visualização da parte interna. • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml l = número quântico momento angular orbital Orbitais p: O orbital p tem nó angular. • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml l = número quântico momento angular orbital Orbitais d: O orbital d tem nó angular • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml l = número quântico momento angular orbital Orbitais f: O orbital f tem nó angular Orbitais G • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml ml = número quântico magnético Determina a orientação da órbita ocupada pelo elétron: – Vai de –l a +l. Subnível l Nº orbitais ml possíveis s 0 1 p 1 3 d 2 5 f 3 7 • Números Quânticos (Mecânica Quântica): = n, l, ml s = número spin magnético Spin: é o momento angular intrínseco do elétron. Um elétron pode ser considerado como tendo um momento angular que surge do movimento de rotação. É o movimento que o elétron faz para se acoplar com o núcleo. Pode assumir dois valores: + ou - ½ ms = - ½ ms = + ½ Diamagnetico Paramagnetico Todos os elétrons emparelhados Elétrons desemparelhados • Diagrama de Aufbau Os orbitais podem ser classificados em termos de energia para produzir um diagrama. À medida que n aumenta, o espalhamento entre os níveis de energia torna-se menor. Há problemas de penetração e blindagem. Diagrama de Linus Pauling Exercícios Propriedades Atômicas Algumas propriedades características dos átomos como tamanho, energia associada à remoção e adição de elétrons mostram variações periódicas com o número atômico. O conhecimento destas variações permite organizar as observações e predizer o comportamento químico e estrutural. Propriedades Periódicas P E R Í O D O S G R U P O S OU F A M Í L I A S IA IIA II IB IV B V B V IB V II B V II IB IB II B IIIA IVA VA VIA VIIA VIIIA ou 0 Carga Nuclear Efetiva (Zef ou Z*) no Período O número de prótons cresce com o número de elétrons, assim tem-se um aumento da carga nuclear efetiva. Ex: 1s2 2s1 1s2 2s2 1s2 2s2 2p1 3Li 4Be 5B Aumento da Zef Carga nuclear efetiva é a carga nuclear que efetivamente um elétron percebe. Blindagem é o efeito causado pelos elétrons mais internos e os elétrons mais próximos ao elétron considerado. Carga Nuclear Efetiva (Zef ou Z*) no Período Zef = Z - S Cálculo do fator de blindagem (Slater): * Quando a blindagem é sobre elétron s ou p Onde Z é o número atômico e S é o fator de blindagem. -Elétrons à direita não são contabilizados; -Cada elétron no mesmo n conta 0,35; -Cada elétron em n-1 conta 0,85; -Cada elétron em n-2 e anteriores conta 1. * Quando a blindagem é sobre elétron d ou f -Elétrons à direita não são contabilizados; -Cada elétron com mesmo n e l conta 0,35; -Cada um dos demais elétrons conta 1. Carga Nuclear Efetiva no Período Ex: 1) Qual elemento possui o maior Z*, Li ou Be? 3Li Be, pois possui maior Zef. 4Be 2) Qual elemento tem maior Z*, Be ou B? Pq? 5B R: B 6C 7N 8O 9F 1s2 2s2 2p6 10Ne 1s2 2s2 2p5 1s2 2s2 2p4 1s2 2s2 2p3 1s2 2s2 2p2 1s2 2s2 2p1 1s2 2s2 1s2 2s1 3Li S = 2 x 0,85 = 1,70 Zef = 3 – 1,70 = 1,3 4Be S = 1 x 0,35 + 2 x 0,85 = 2,05 Zef = 1,95 5B S = 2 x 0,35 + 2 x 0,85 = 2,40 Zef = 2,6 6C S = 3 x 0,35 + 2 x 0,85 = 2,75 Zef = 3,25 7N S = 4 x 0,35 + 2 x 0,85 = 3,10 Zef = 3,90 8O S = 5 x 0,35 + 2 x 0,85 = 3,45 Zef = 4,55 9F S = 6 x 0,35 + 2 x 0,85 = 3,80 Zef = 5,20 10Ne S = 7 x 0,35 + 2 x 0,85 = 4,15 Zef = 5,85 Carga Nuclear Efetiva no Período Li Be B C N O F Ne Z 3 4 5 6 7 8 9 10 Z*(2s) 1,95 2,58 3,22 3,85 4,49 5,13 5,75 Z*(2p) - 2,60 3,25 3,90 4,55 5,20 5,85 1,30 - Carga Nuclear Efetiva no Grupo O valor de Z* no grupo é obtido experimentalmente, não segue uma tendência. Assim, para determinar se a Z* será maior ou menor no grupo é melhor entender o raio atômico. Raio Atômico Descreve o tamanho dos átomos, está relacionado com a posição do elétron em relação ao núcleo. Raio atômico dos metais: metade da distância, experimental, determinada entre os núcleos dos átomos vizinhos mais próximos em um sólido. Ex: A distância entre átomos vizinhos no Cobre é de 256 pm. Qual o raio do Cobre? R: 256/2=128 pm Raio Atômico no Grupo A medida que aumenta o nível energético de um elemento para o outro aumenta o raio atômico no grupo. Ex: Aumento do raio 1s2 2s2 2p5 9F 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 17Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 3Br Raio Atômico no Período O número de elétrons cresce com o número de prótons mas os elétrons se encontram no mesmo nível energético. Ex: 1s2 2s1 1s2 2s2 1s2 2s2 2p1 3Li 4Be 5B Aumento do raio À medida que aumenta o número de elétrons aumenta o número de prótons, assim a carga nuclear vai aumentando. À medida que aumenta o número de elétrons, eles vão ficando menos blindados, aumentando, como consequência, a força de atração entre os elétrons e o núcleo. Assim, os átomos vão ficando mais compactos. Raio Iônico É a distância entre os núcleos de cátions e ânions que estão vizinhos. Raio Iônico (Cátion) Todos os cátions são menores que seus átomos geradores. Ex: 1s2 2s1 (157 pm) 3Li 1s2 (58 pm) 3Li+ Raio Iônico (Ânion) Todos os ânions são maiores que seus átomos geradores. Ex: 1s2 2s2 2p5 9F - 1s2 2s2 2p6 9F Átomos Isoeletrônicos Átomos e íons com o mesmonúmero de elétrons. Ex: + 1s2 2s2 2p6 11Na 1s2 2s2 2p6 9F - 1s2 2s2 2p6 12Mg2+ Para saber qual o íon de menor raio? É só observar a sua carga nuclear. "Quanto maior a carga nuclear, maior a atração entre os prótons e os elétrons e maior será a atração". O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+ Raio atômico para não metais: Raio Covalente Se um elemento é um não-metal usa-se a distância entre os núcleos dos átomos unidos por uma ligação química. Este raio é chamado de raio covalente. Ex: Distância entre os núcleos de uma molécula de cloro 198 pm. Qual o raio covalente do cloro? 99 pm Raio atômico para gases nobres: Raio de Van der Waals 266 pm 430 pm Ex: Molécula de I2 Energia de Ionização (EI) Definição: Energia necessária para remover um elétron de um átomo neutro, isolado e em fase gasosa. A(g) A+(g) + e- É expressa em elétron-volts (eV), onde 1eV = 96,485 kJ/mol e é sempre positiva (endotérmica). É possível remover mais que um elétron, tendo assim a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª energia de ionização (potencial de ionização). Energia de Ionização (EI) Para a primeira energia de ionização, EI1, partimos do átomo neutro. Por exemplo, para o cobre: Cu(g) Cu+(g) + e- energia requerida = EI1 (785 kJ mol-1 ) A segunda energia de ionização, EI2, é a energia necessária para remover um elétron de um cátion gasoso com carga unitária. Para o cobre: Cu+(g) Cu2+(g) + e- energia requerida = EI2 (1.955 kJ mol-1 ) A segunda EI será sempre maior que a primeira, pois haverá uma maior Zef que a do átomo neutro, uma vez que terá menos elétrons para serem atraídos pelo núcleo. Energia de Ionização (EI) Energias de Ionização Sucessivas Para casa: Analise e explique as tendências marcadas em vermelho na tabela acima. Energia de Ionização (EI) no Período Quanto mais os elétrons sentem a carga do núcleo mais atraídos pelo núcleo, portanto maior será a EI. No período a EI não é uniforme. ↑↓ ↑↓ ↑↓ ↑ Energia de Ionização (EI) no Período Avaliemos dois casos: Li Be B C N O F Ne EI 519 900 799 1090 1400 2080 (KJ/mol) Aumento do raio 2) N (7e) e O (8e) 1) Be (4e) e B (5e) 1s2 2s2 2p3 1s2 2s2 7N 4Be 1s2 2s2 2p4 1s2 2s2 2p1 8O 5B 2s2 2p1 2s2 2p4 1310 1680 Energia de Ionização (EI) no Grupo Tendências: Quanto maior n, menor a EI (efeitos de tamanho e blindagem). Espécies marcadas com retângulo vermelho de fundo amarelo são exceções! Afinidade Eletrônica (AE) Definição: É a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo neutro, isolado e no estado gasoso para formar um ânion. A(g) + e- A-(g) Pode ser exotérmica (libera energia) ou endotérmica (absorve energia). Segue a tendência da energia de ionização. EAE = E(X) – E(X -) Onde E(X) é a energia do átomo X na fase gasosa e E(X-) é a energia do ânion X- na fase gasosa. Afinidade Eletrônica (AE) Raio atômico Z* AE AE = -DHGE onde DHGE é a entalpia de ganho de elétron. exc na linha exc na coluna (1º e 2º elemento) exc na coluna (3º elemento em diante) Eletronegatividade É definida como a força de atração de um átomo em atrair elétrons de uma ligação para si próprio. é aquele que: a) Não perde elétron com facilidade, alto valor de EI. b) Aceita elétrons com facilidade, altos valore de AE.
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