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Aula 03 Breve Histórico sobre a Perícia Parte II

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PERÍCIA CONTÁBIL18
UNIMES VIRTUAL
Aula: 03
Temática: Breve Histórico sobre Perícia – Parte II
DE 1939 A 1999
1939
O decreto nº 1168, de 22 de março, dispõe que os peritos e fun-
cionários do Imposto de Renda, mediante ordem escrita do di-
retor do Imposto e dos chefes de seções nos Estados, poderão 
proceder a exame da escrita comercial dos contribuintes, para 
verificarem a exatidão de suas declarações e seus balanços. 
O decreto-lei nº 1535, de 23 de agosto de 1939, altera a denomi-
nação do Curso de Perito-Contador para Contador.
Com a publicação do decreto nº 1608, de 18 de setembro de 1939, 
Código de Processo Civil, instalou-se a partir de 1º de março de 1940 
o sistema de um perito só, que era nomeado pelo juiz do feito.
1942
O decreto-lei nº 4565, de 11 de agosto, alterava o Código para 
permitir às partes indicarem, se estivessem de acordo, o perito 
único; caso contrário, o juiz o nomeava.
1946
O decreto-lei federal nº 9295, de 27 de maio, estabelece que seja 
privativo dos contadores o exercício das funções de: perícias ju-
diciais e extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, 
verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de es-
critas, regulações judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas 
ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das Sociedades 
Anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica por 
lei conferida aos profissionais de contabilidade.
A publicação da lei nº 8570, de 7 de janeiro de 1946, que in-
troduziu a situação que vigorou até o atual Código (promulga-
do em 1973): “Uma parte indicava o seu perito e a outra, não 
concordando com o primeiro louvado, apontava o seu. Havendo 
divergência entre os laudos, o juiz nomeava um terceiro perito; 
chamado desempatador”1 .
1948
é publicado o decreto-lei nº 24337, de 14 de janeiro, que dispõe 
sobre perícias contábeis no interesse da Fazenda Nacional.
1973
É publicado em 11 de janeiro de 1973, a lei nº 5869 – Código de 
Processo Civil 2 –, em que outorga ao juiz a escolha de um perito 
de sua confiança, permitindo às partes a indicação de assisten-
tes técnicos. Essa lei define em seu artigo 420 que prova pericial 
consiste em exame, vistoria ou avaliação.
1 SANTOS, Gildo. A Prova do Processo Civil. São Paulo: Saraiva, 1975. 
2 O Código de Processo Civil, também apresenta hoje diversas alterações sobre seu original.
PERÍCIA CONTÁBIL 19
UNIMES VIRTUAL
1984
É publicada a Lei Federal nº 7270, de 10/12/84, em que delega 
ao juiz nomear apenas e tão-somente um profissional legalmente 
habilitado junto ao órgão fiscalizador da respectiva profissão, já 
regulamentada, cumprindo, assim, o preceito constitucional da 
reserva legal e respeitando o direito adquirido daquele profissio-
nal .
1988
Começa a vigorar a nova Constituição Federal do Brasil, e em 
decorrência dos direitos-garantias que são assegurados, muitos 
dos dispositivos do Código Civil de 1973 foram revogados; “entre 
os dispositivos [...] revogados, está o laudo pericial único, dos 
dois peritos oficiais, verdadeiro ‘martelo das feiticeiras’, consti-
tuindo-se num ‘alforje do diabo’, ou pré-condenação do acusado, 
tal como acontecia nos tempos medievais da Inquisição papal, ao 
cargo dos zelosos frades dominicanos” .
1992
a lei nº 8455, de 24 de agosto, traz significativas modificações 
nos trabalhos periciais. Uma delas refere-se à forma como o pe-
rito assume o compromisso para a execução de seu trabalho. 
Em 22 de outubro de 1992, são aprovadas as resoluções de nºs 
731 e 733 que tratam dos critérios para execução do trabalho 
de perícia contábil em linha de princípios que se situa no próprio 
campo do exercício profissional 3
1999
Em 21 de outubro de 1999, entram em vigor as resoluções nºs 
858 e 857, que reformulam, respectivamente, as NBC T 13 e as 
NBC P 2, que tratavam dos critérios de trabalho de perícia contá-
bil até então vigente.
 
Aliado aos dispositivos do CPC, parcialmente alterados pela 
lei nº 8455, de 24 de agosto de 1992, a perícia, hoje, apre-
senta as seguintes características:
 É realizada por um perito nomeado pelo juiz e de sua exclusiva confiança;
 Cada parte pode indicar seu assistente técnico e apresentar quesitos 
para serem respondidos pelo perito.
 Os assistentes técnicos têm o direito de acompanhar as diferentes dili-
gências realizadas pelo perito e delas participar. Ao perito incumbe a dire-
ção do trabalho pericial. 
 O perito elabora e apresenta seu laudo, no prazo fixado pelo juízo, ca-
bendo aos assistentes técnicos oferecerem seus pareceres críticos ao lau-
do do perito até dez dias após a sua apresentação.
3 Id., Samuel. Da Prova Pericial. 1ª ed., São Paulo, Edições Aduaneiras, 1985, p. 45. 
4 Palavras do Dr. Samuel Monteiro impressas na contracapa do seu livro Crimes Fiscais 
e Abuso de Autoridade, Ed.Hemus, 1994.

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