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CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE E DOENÇA

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CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE E DOENÇA
A crise na saúde publica é um grave problema que ao longo do tempo obteve ascensão devido a grande demanda da sociedade influenciada por fatores como o desemprego, transtornos recorrentes à baixa qualidade de vida ou sendo vitimas da violência cotidiana. Os modelos de atenção e assistência à saúde tanto individual como coletiva, proporcionam elevada expectativa de vida comparada a décadas passadas, porém os recursos para tais benefícios provém do governo publico que encontra dificuldades em manter os modelos assistencialistas existentes devido ao declínio do financiamento às entidades públicas de saúde.
Além da crise financeira acerca da saúde, os profissionais da área encontram dificuldades de contornar os problemas e encontrar soluções para uma melhor efetividade do setor. Em contrapartida o desenvolvimento científico e tecnológico possibilitou transformações nas ciências biomédicas e no que diz respeito à atenção da saúde, principalmente, em conjunto com a engenharia genética e a bioinformática.
A crise na saúde é um fato concreto, e para compreendê-la é preciso analisar suas dimensões como um todo a fim de obter respostas para os questionamentos. O volume do financiamento é um dos principais fatores discutidos, onde principalmente na idade idosa, o paciente necessita de mais recursos tecnológicos para o seu tratamento e consequentemente a sua medicalização adquire um crescimento acerca da quantidade seguido do valor. O financiamento também está relacionado à natureza das instalações públicas onde convém ter melhores reparos e preparações técnicas, além dos equipamentos básicos necessários ao atendimento do paciente.
A descrença na efetividade médica faz parte de outro fator, este, relacionado à valorização das práticas da medicina tradicional como por exemplo, os curandeiros, que podem não oferecer a cura ao paciente, mas fornece apoio psicológico e interação comunitária além de possuir valores acessíveis para a sociedade.
Segundo a OMS o processo saúde-doença envolve o equilíbrio na expressão da saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças, onde tal é definida como a ausência de saúde, ou fisiologicamente a perda da homeostasia do organismo de um paciente.
Até a completa compreensão dos processos patológicos das doenças e a relação com a natureza e o meio ambiente, epidemias eliminavam populações de diversas partes do mundo, como na Europa no século XIV uma pandemia devastou mais de um quarto da população onde a partir de então se obteve uma nova concepção de saúde e doença. A concepção de doença muitas vezes (principalmente no ocidente) era ligada ao horror, misticismo, e pecados. Fatores que impossibilitavam ao auxílio dos profissionais de saúde da época no tratamento de certas enfermidades devido às concepções religiosas da população.
Os períodos de mercantilismo e colonização foram de grande produção de doenças devido à disseminação de novas epidemias como, por exemplo, a contaminação na produção de batatas exportadas da América para a Europa que fez com que aumentasse a epidemia de fome, seguido da mortalidade e êxodo populacional para outros continentes, visto que esse alimento era base nutricional da classe popular. A comercialização de pessoas e mercadorias resultou no agravo de transmissão e difusão de vírus e parasitas a nível global o que pode ser considerado um dos principais motivos da globalização das doenças. 
	A desigualdade e a pobreza gerava um ciclo vicioso no processo das doenças, houve lutas de classes sociais, os trabalhadores assalariados trabalhavam para garantir atendimento básico para suas famílias. 
No Brasil técnicas como saneamento, uso de medicamentos, inseticidas, vacinas e outros, reduziam a mortalidade infantil e a erradicação de doenças como varíola, febre amarela e transmissão da malária. Com o aumento da expectativa de vida, a taxa de natalidade cresceu exponencialmente gerando impactos no meio ambiente e nos recursos públicos. 
As oportunidades de intervenção no processo da doença dão-se pela promoção da saúde, ou intervenção sobre os determinantes sociais, ambientais e comportamentais inespecíficos. A prevenção, ou atuação sobre determinantes específicos, como situação de imunidade ou exposição a agentes patógenos. O tratamento, dividido em tratamento precoce, ainda no período assintomático, e tratamento das doenças já estabelecidas. E a recuperação, quando se procura superar as limitações decorrentes das doenças e promover a reinserção do doente na sociedade. Sendo a prevenção principal intervenção aplicada à sociedade devido ao seu custo-benefício.
O Sistema Único de Saúde – SUS, foi proposto como uma nova definição de saúde, reafirmando princípios da Organização Mundial da Saúde - OMS, de que a saúde não se trata apenas de ausência de doenças, mas considerando um aspecto mais ampliado que rompe com o domínio da medicina curativa (realizada por pessoas não profissionais e/ou capacitadas) apontando para a necessidade de reorganização dos modelos de atenção e promoção à saúde e participação popular considerando políticas públicas de saneamento, moradia, alimentação, transporte, emprego e lazer. Porém a idealização de um sistema desse porte levou a descentralização do mesmo, onde as três esferas de poder repassam os recursos financeiros necessários. 
A municipalização do SUS permitiu melhor atenção comunitária como controle social acerca dos problemas de saúde da população, permitindo entendimento a respeito da prevenção e tratamento das doenças antes que essas disseminassem gerando epidemias.
O repasse de verbas pelos governos federais, estaduais e municipais gera grande debate a respeito do quanto é repassado às unidades prestadoras de saúde, e quando são repassados. Os profissionais de saúde possuem papel relevante no que diz respeito a novas propostas de organização de problemas ou falhas na saúde visto que os mesmos lidam com estes agravos dia após dia e possuem maior interação com as comunidades, possibilitando melhor articulação entre conhecimentos técnicos e práticos, associados ao assistencialismo e esclarecimento a aqueles que precisam de orientações para a garantia de uma boa qualidade de vida mesmo com a doença.

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