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CAPÍTULO 75: HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS E O SEU CONTROLE PELO HIPOTÁLAMO

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CAPÍTULO 75: HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS E O SEU CONTROLE PELO HIPOTÁLAMO
Marcela Maria Lopes Costa 
CAXIAS, 2017
A HIPÓFISE E A SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO
A hipófise tem duas porções distintas – os lobos anterior e posterior
	
Embriologicamente, as duas porções da hipófise tem origem distintas
A adenohipofise da bolsa de Rathke, do epitélio faríngeo; 
A neurohipófise derivada do crescimento de tecido neural do hipotálamo.
ADENOHIPÓFISE 
GH – hormônio do crescimento
Adrenocorticotropina (corticotropina) – controla a secreção de alguns hormônios Adrenocorticais - afetam o metabolismo das proteínas, glicose e gordura. 
Hormônio estimulante da tireoide (tireotropina) – controla a secreção de tiroxina e tri-iodotironina e a velocidade da maioria das reações químicas intracelulares. 
Prolactina – desenvolvimento da glândula mamaria e produção do leite 
FSH e LH – crescimento dos ovários e testículos. 
NEUROHIPÓFISE 
Hormônio antidiurético (vasopressina) – controla a excreção da agua na urina 
Ocitocina – auxilia na ejeção do leite pelas glândulas mamárias para o mamilo e auxilia durante o parto 
A hipófise anterior contém tipos celulares diferentes que sintetizam e secretam hormônios 
1. Somatotropos – hormônio do crescimento humano (GH) 
2. Corticotropos – adrenocorticotropina (ACTH) 
3. Gonadotropos – hormônios gonadotrópicos, como LH e FSH 
4. Tireotropos – hormônio estimulante da tireoide (TSH) 
5. Lactotropos – prolactina (PRL)
Os hormônios da hipófise posterior são sintetizados por corpos celulares no hipotálamo neurônios magnocelulares, nos núcleos supatrópticos e paraventriculares. 
O HIPOTÁLAMO CONTROLA A SECREÇÃO HIPOFISÁRIA
A secreção da hipófise posterior é controlada por sinais neurais que tem origem no hipotálamo e termina na região hipofisária posterior. 
A secreção da hipófise anterior é controlada por hormônios, chamados de hormônios liberadores e inibidores, secretados pelo próprio hipotálamo, que são então levados por minúsculos vasos sanguíneos chamados de vasos porta hipotalâmico-hipofisários.
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Os principais são: 
Hormônio liberador da tireotropina (TRH) 
Hormônio liberador de corticotropina (CRH) 
Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) – provoca o hormônio inibidor do crescimento (somatostatina) 
Hormônio liberador da gonadotropina (GnRH) 
Hormônio inibidor da prolactina (PIH) 
Os hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores são secretados na eminencia mediana 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO
Todos os principais hormônios da adenohipofise, com exceção do GH, exercem seus efeitos principais por meio do estimulo de glândulas-alvo.
O GH promove o crescimento de diversos tecidos do organismo 
O GH apresenta diversos efeitos metabólicos 
Aumenta a síntese de proteínas;
Aumenta a mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo
Reduz a utilização da glicose pelo organismo. 
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O GH PROMOVE A DEPOSIÇÃO DE PROTEÍNAS NOS TECIDOS
Através: 
Aumento do transporte de aa através das membranas celulares 
Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas pelos ribossomos 
Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA – promove maior síntese proteica e o crescimento se houver energia, aa e vitaminas Redução do catabolismo das proteínas e dos aa. 
O GH AUMENTA A UTILIZAÇÃO DAS GORDURAS COMO FONTE DE ENERGIA 
Ele libera os ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando assim a sua concentração nos líquidos orgânicos. Nos tecidos do organismo, aumenta a conversão de ácidos graxos em acetil-coA e sua utilização como fonte de energia. 
Efeito “cetogênico” do GH em excesso. 
 GH REDUZ A UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS 
Diminuem a captação da glicose pelos tecidos; 
Aumentam a produção de glicose pelo fígado;
Aumentam a secreção de insulina. 
Por isso, os efeitos do GH são chamados de diabetogênicos!
Os aumentos induzidos pelo GH, nas concentrações séricas de ácidos graxos, contribuem para a deficiência das ações da insulina, sobre a utilização de glicose pelos tecidos.
O GH ESTIMULA O CRESCIMENTO DAS CARTILAGENS E DOS OSSOS 
Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas;
Aumento da reprodução; 
Efeito especifico de conversão de condrócitos em células osteogênicas.
O GH EXERCE GRANDE PARTE DE SEUS EFEITOS ATRAVÉS DE SUBSTANCIAS INTERMEDIARIAS CHAMADAS DE “SOMATOMEDINAS” (FATORES DE CRESCIMENTO SEMELHANTES A INSULINA”) 
O GH leva o fígado a formar diversas proteínas pequenas, as somatomedinas, que apresentam o efeito de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo. 
Muitos dos efeitos das somatomedinas sobre o crescimento são similares aos efeitos da insulina sobre o crescimento. 
Quatro somatomedinas foram isoladas, mas a mais importante é a somatomedina C – IGF-1. 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO GH 
Após a adolescência, a secreção diminui lentamente; 
O padrão de secreção do GH é pulsátil, aumentando e diminuindo. 
O papel do hipotálamo, hormônio liberador do hormônio do crescimento e da somatostatina no controle da secreção do hormônio do crescimento
Os sinais hipotalâmicos representando as emoções, estresses e traumas são capazes de afetar o controle hipotalâmico da secreção do GH. 
A maior parte do controle da secreção do GH é mediada pelo GHRH, em vez da somatostatina. 
Quando o GH é administrado diretamente na corrente sanguínea, durante horas, a secreção endógena do GH diminui. Isso demonstra um feedback negativo.
ANORMALIDADES DA SECREÇÃO DO GH 
Pan-hipopituitarismo: secreção reduzida de todos os hormônios da hipófise anterior. Pode ser congênita ou ocorrer súbita, resultando quase sempre de tumor hipofisário. 
Nanismo: Pan-hipopituitarismo durante a infância. A pessoa nesse caso não entra na puberdade e nunca secreta quantidades suficientes de hormônios gonadotrópicos para desenvolver as funções sexuais adultas. No tipo de nanismo em pigmeu africano, a secreção do GH está normal ou elevada, mas existe incapacidade hereditária de produzir somatostatina C. 
TRATAMENTO COM GH HUMANO:
Pan-hipopituitarismo no adulto: Geralmente por condições tumorais ou trombose nos vasos sanguíneos hipofisários. 
Gigantismo: As células produtoras do GH ficam excessivamente ativas, e produzem grandes quantidades de GH. 
Acromegalia: Ocorre protrusão da mandíbula inferior, o nariz dobra de tamanho, e pés e mãos aumentam.
HIPÓFISE POSTERIOR E A SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO
ADH/OCITOCINA é imediatamente liberado dos grânulos secretores nas terminações nervosas por meio do mecanismo secretor usual de exocitose e captado pelos capilares adjacentes. 
Tanto a ocitocina como o ADH são hormônios polipeptídios de 9 aa, quase idênticos, por isso são similares funcionalmente. 
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Funções fisiológicas do ADH 
O ADH diminui a excreção de agua pelos rins.
Regulação da produção de ADH
O aumento da osmolaridade do liquido extracelular estimula a secreção de ADH. 
Os líquidos corporais concentrados estimulam os núcleos supraópticos e os líquidos diluídos os inibe.
O baixo volume sanguíneo e a baixa pressão sanguínea estimulam a secreção do ADH – os efeitos vasoconstritores do ADH 
Concentrações mais elevadas de ADH apresentam potente efeito de vasoconstrição. 
Os átrios contem receptores de distensão, que são excitados pelo enchimento excessivo. Quando excitados enviam sinais para o cérebro para inibir a secreção de ADH. 
Hormônio Ocitocina 
Provoca contração uterina: Ela faz isso no Final da gestação, e é responsável pelo nascimento dos bebês. 
Auxilia na ejeção de leite pelas glândulas mamárias: Através da sucção, provoca transmissão de sinais por nervos sensoriais nos núcleos paraventricular e supraóptico no hipotálamo. Esse mecanismo é a ejeção do leite ou descida do leite.

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