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Instalações Prediais

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Faculdade de Engenharia 
Departamento de Construção Civil e Transportes 
Edificações I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalações Prediais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo 5: 
Edgar Gois 
Hyrlan Botelho 
Max Dias 
Dezembro/2017 
2 
 
Índice Pág. 
 
Introdução.............................................................................................. 3 
 
Instalações Prediais de água fria.......................................................... 4-8 
 
Instalações Prediais de água quente..................................................... 9-12 
 
Instalações Prediais de combate a incêndio......................................... 13-17 
 
Instalações Prediais pluviais................................................................ 18-22 
 
Instalações Prediais de esgoto sanitário.............................................. 23-25 
 
Instalações Prediais de gás................................................................... 26-28 
 
Instalações Prediais de telefonia.......................................................... 29-32 
 
Instalações Prediais de rede lógica....................................................... 33 
 
Instalações Prediais elétricas............................................................... 34-35 
 
Conclusão............................................................................................... 36 
 
Bibliografia........................................................................................... 37-38 
 
 
 
 
3 
 
1. Introdução 
A respeito dos projetos de instalações, a sua importância reside em diversos 
aspectos, sendo alguns dos mais importantes à segurança da edificação, o seu 
desempenho e a economia na hora da compra de materiais. 
O projeto completo de um edifício consiste de um conjunto de documentos 
elaborados por profissionais especialistas em diversas modalidades, que tem por 
objetivo ser a documentação gráfica daquilo que se pretende erigir enquanto objeto 
físico. 
A eficácia de um conjunto de projetos pode ser avaliada, confrontando-se estes 
projetos com o objeto final edificado. O bom projeto é aquele que permite que a obra 
seja executada seguindo se fielmente aquilo que foi proposto pelos projetistas, no prazo 
estipulado pela programação, ao custo previsto pelo empreendedor e com a qualidade 
definida nos objetivos do mesmo e incorporada aos projetos pela equipe de projetistas. 
 
1.2 O que esperar das instalações prediais? 
A) Técnico 
 Propriedades dos materiais, acessórios, equipamentos e dispositivos; 
 Conforto da instalação, do ponto de vista do ruído, da temperatura e da pressão; 
B) Humano 
 Ergonomia e pelo conforto na utilização dos seus aparelhos e dispositivos; 
 O desempenho simbólico, estando associado aos gostos e tradições dos utentes; 
C) Econômico 
 Relação entre os custos (de investimento e de manutenção) e a satisfação 
(benefício) alcançada; 
D) Ambiental 
 Integração e da convivência entre o ambiente construído e a envolvente 
ambiental, isto é, do conforto ambiental, ou por outro lado, o impacto ambiental. 
 
 
 
 
4 
 
2. Instalações Prediais 
2.1 Instalações Prediais de Água Fria 
2.1.1 Objetivos. 
Os principais objetivos de um projeto desse tipo de instalação são: 
 Fornecimento contínuo de água aos usuários e em quantidade suficiente, 
amenizando ao máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do 
sistema público de abastecimento; 
 Limitação de certos valores de pressões e velocidades, definidos na referida 
Norma Técnica, assegurando-se dessa forma o bom funcionamento da instalação e, 
evitando-se assim, consequentes vazamentos e ruídos nas canalizações e aparelhos; 
 Preservação da qualidade da água através de técnicas de distribuição e 
reservação coerentes e adequadas propiciando aos usuários boas condições de higiene, 
saúde e conforto. 
 
2.1.2 Etapas de projeto: 
 Basicamente, podem-se considerar três etapas na realização de um projeto de 
instalações prediais de água fria: concepção do projeto, determinação de vazões e 
dimensionamento. 
 A concepção é a etapa mais importante do projeto e é nesta fase que devem ser 
definidos: o tipo do prédio e sua utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de 
sistema de abastecimento, os pontos de utilização, o sistema de distribuição, a 
localização dos reservatórios, canalizações e aparelhos. 
 A etapa seguinte consiste na determinação das vazões das canalizações 
constituintes do sistema, que é feita através de dados e tabelas da Norma, assim como 
na determinação das necessidades de reservação e capacidade dos equipamentos. 
 No projeto das instalações prediais de água fria devem ser consideradas as 
necessidades no que couber do projeto de instalação de água para proteção e combate 
a incêndios. 
O dimensionamento das canalizações é realizado utilizando-se dos 
fundamentos básicos da Hidráulica. 
 O desenvolvimento do projeto das instalações prediais de água fria deve ser 
conduzido concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os 
projetos de arquitetura, estruturas e de fundações do edifício, de modo que se consiga 
a mais perfeita harmonia entre todas as exigências técnico-econômicas envolvidas. 
 Os equipamentos e reservatórios devem ser adequadamente localizados tendo 
em vista as suas características funcionais, a saber: 
a) espaço; 
b) iluminação; 
 c) ventilação; 
d) proteção sanitária; 
5 
 
e) operação e manutenção. 
Só é permitida a localização de tubulações solidárias à estrutura se não forem 
prejudicadas pelos esforços ou deformações próprias dessa estrutura. 
 As passagens através da estrutura devem ser previstas e aprovadas por seu 
projetista. Tais passagens devem ser projetadas de modo a permitir a montagem e 
desmontagem das tubulações em qualquer ocasião. 
Indica-se, como a melhor solução para a localização das tubulações, a sua total 
independência das estruturas e das alvenarias. Nesse caso devem ser previstos espaços 
livres, verticais e horizontais, para sua passagem, com aberturas para inspeções e 
substituições, podendo ser empregados forros ou paredes falsas para escondê-las. 
Segundo a NBR 5626 (1) o projeto das instalações prediais de água fria 
compreende memorial descritivo e justificativo, cálculos, norma de execução, 
especificações dos materiais e equipamentos a serem utilizados, e a todas as plantas, 
esquemas hidráulicos, desenhos isométricos e outros além dos detalhes que se fizerem 
necessários ao perfeito entendimento dos elementos projetados; deve compreender 
também todos os detalhes construtivos importantes tendo em vista garantir o 
cumprimento na execução de todas as suas prescrições. Poderão ou não constar, 
dependendo de acordo prévio entre os interessados, as relações de materiais e 
equipamentos necessários à instalação. 
 
2.1.3 Sistemas de distribuição 
2.1.3.1 Sistema de Distribuição Direta 
 Através deste sistema, a alimentação dos aparelhos, torneiras e peças da 
instalação predial é feita diretamente através da rede de distribuição, conforme mostra 
a Figura 1. 
 
Vantagens: 
 Água de melhor qualidade devido à presença de cloro residual na rede de 
distribuição; 
6 
 
 Maior pressão disponível devido à pressão mínima de projeto em redes de 
distribuição pública ser da ordem de 15 m.c.a.; 
 Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, 
registros de boia, etc. 
 
Desvantagens: 
 Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de 
distribuição; Grandes variações de pressão ao longo do dia devido aos picos de maior ou de 
menor consumo na rede pública; 
 Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade; 
 Limitação da vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de 
descarga devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos 
serviços de abastecimento público; 
 Possíveis golpes de aríete; 
 Maior consumo (maior pressão). 
 
2.1.3.2 Sistema de Distribuição Indireta 
A alimentação dos aparelhos, das torneiras e peças da instalação é feita por 
meio de reservatórios. Há duas possibilidades: por gravidade e hidropneumático. 
 
A) Distribuição por Gravidade. 
 A distribuição é feita através de um reservatório superior que por sua vez é 
alimentado, diretamente pela rede pública ou por um reservatório inferior, conforme 
mostra a Figura 2. 
 
B) Distribuição por Sistema Hidropneumático. 
 A escolha por um sistema hidropneumático para distribuição de água depende 
de inúmeros fatores, destacando-se os aspectos arquitetônicos e estruturais, facilidade 
7 
 
de execução e instalação das canalizações e localização do reservatório inferior. 
Muitas vezes, torna-se mais conveniente a distribuição de água por meio de um 
sistema hidropneumático, dispensando-se o uso do reservatório superior. Além dos 
fatores anteriormente mencionados, uma análise econômica, que leve em conta todos 
os custos das partes envolvidas, fornecerá os elementos necessários para a escolha 
definitiva do sistema predial de distribuição de água. A Figura 3 mostra um esquema 
de uma distribuição hidropneumática. 
 
Em relação ao sistema de distribuição indireta, temos: 
Vantagens: 
 Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no 
fornecimento, tem-se um volume de água assegurado no reservatório; 
 Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia; 
 Permite a instalação de válvula de descarga; 
 Golpe de aríete desprezível; 
 Menor consumo que no sistema de abastecimento direto. 
 
Desvantagens: 
 Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no fundo 
dos reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos; 
 Menores pressões, no caso da impossibilidade da elevação do reservatório; 
 Maior custo da instalação devido à necessidade de reservatórios, registros de 
bóia e outros acessórios. 
 
2.1.3.2 Sistema de Distribuição Misto 
Parte da instalação é alimentada diretamente pela rede de distribuição e parte 
indiretamente. 
Vantagens: 
 Água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em torneiras para 
filtro, pia e cozinha e bebedouros; 
8 
 
 Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções no sistema de 
abastecimento ou de distribuição; 
 Permite a instalação de válvula de descarga. Observação: Geralmente em 
residências, sobrados, as pias de cozinha, lavatórios, chuveiros, têm duas torneiras: 
uma delas, abastecida pela rede pública e a outra, pelo reservatório. 
 
IMPORTANTE: 
 A Norma recomenda como mais conveniente, para as condições médias 
brasileiras, o sistema de distribuição indireta por gravidade, admitindo o sistema misto 
(indireto por gravidade com direto) desde que apenas alguns pontos de utilização, 
como torneira de jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques, situados no 
pavimento térreo, sejam abastecidos no sistema direto. A utilização dos sistemas de 
distribuição direta ou indireta hidropneumática deve ser convenientemente justificada. 
Exemplo do sistema Figura 04. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Sistema misto de distribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.2 Instalações Prediais de Água Quente 
2.2.1 Objetivos 
A instalação de Água Quente em uma residência destina-se a banhos, cozinhas 
(lavagem de utensílios e confecção de alimentos), lavagem de roupas, etc. Tem 
finalidades também em hospitais e indústrias. Para uma instalação predial de Água 
Quente estar bem projetada, de acordo com a NBR- 7198/93, é necessário que: 
 Seja contínuo o fornecimento de água aos usuários, em quantidade suficiente, 
armazenando ao máximo a um custo, o mais baixo possível; 
 Limite às pressões e as velocidades a valores adequados ao perfeito 
funcionamento das peças de utilização; 
 Conserve a temperatura adequada, e preserve a qualidade da água. Para tanto as 
temperaturas utilizadas são: 
 
Destinação Temperatura (ºC) 
Uso pessoal em banhos e higiene 35 a 50 
Cozinhas 60 a 70 
Lavanderias 75 a 85 
Finalidades médicas 100 ou mais 
Tabela 1 – Temperatura da água referente à destinação do cômodo. 
2.2.2 Sistema de Distribuição 
O abastecimento de água quente, desde os aquecedores até os pontos de 
utilização, é feito através de tubulações completamente independente do sistema de 
distribuição de água fria. Podem ser realizados de três maneiras distintas: 
A. Aquecimento Individual (local): quando o sistema aquecedor atende um único 
aparelho ou a apenas um compartimento sanitário. Como exemplo, podemos citar o 
chuveiro e a torneira elétrica, ou um aquecedor que atenda um banheiro unicamente. 
B. Aquecimento Central Privado: quando o sistema aquecedor atende a uma 
unidade residencial, ou seja, alimenta os mais diversos pontos de utilização 
localizados em banheiros, lavanderias, cozinhas, etc. Existem no comércio vários tipos 
e marcas de aquecedores, que podem ser empregados cabendo ao projetista à escolha 
do mais adequado, considerando fatores como: 
 Segurança; 
 Capacidade; 
 Custo de instalação e operação; 
 Custo e facilidade de manutenção; 
 Durabilidade; 
 Espaço e locais necessários a sua instalação, etc. 
A figura 05 mostra uma unidade residencial dotada de aquecimento central 
privado. De acordo com a norma, alguns detalhes para a instalação do aquecedor 
devem ser observados: 
 
10 
 
 A canalização de alimentação de água fria deve ser derivada da coluna de 
distribuição em cota superior ao aquecedor, devendo entrar no mesmo pela parte 
inferior; 
 Na canalização de alimentação de água fria deve-se colocar um registro de 
gaveta e válvula de segurança, sendo proibida a instalação de válvula de retenção; 
 A canalização de água quente deverá sair pela parte superior oposta, 
desaconselhando a sua ligação a um respiro conjugado para todos os pavimentos. 
 
 
Fig.05 – Exemplo de Sistema de aquecimento central privado 
 
C. Aquecimento Central Coletivo: quando um único sistema aquecedor alimenta 
conjuntos de aparelhos de várias unidades de um edifício. (quartéis, hospitais, hotéis, 
prédios residenciais, etc.). 
No caso de aquecimento central coletivo, a vazão de utilização de água quente 
varia continuamente e de uma maneira imprevisível, desta maneira utilizam-se 
aquecedores de acumulação, que permitem o armazenamento da água aquecida 
durante as horas de consumo mínimo, atendendo assim, ao abastecimento de água 
quente, durante as horas de consumo máximo (“vazão de pico”). Pode-se distribuir nos 
edifícios a água aquecida de duas maneiras: 
 
C.1 Distribuição simples (sem retorno): Pode ser ascendente ou descendente. 
Apresenta como inconveniente ter de esperar um momento até ter água quente no 
registro da unidade que se quer abastecer, o que resulta em desperdício de água, no 
entanto economiza-se em canalização. As figuras 02 e 03 apresentam um esquema 
desta distribuição. 
C.2 Distribuição com retorno: Neste caso a água quente circula 
constantemente na tubulação podendo ser de duas formas: 
11 
 
 Termossifão: utiliza o principio de que a água quente é menos densa o que faz 
com que tenha a tendência de elevar-se. Neste caso consome-semais energia pois a 
temperatura tem que ser mais elevada para provocar tal efeito e a distribuição é 
ascendente. 
 Por bombeamento: utiliza um sistema de recalque, fazendo que a água quente 
que sai do reservatório de aquecimento (storage) suba por uma coluna até o barrilete 
na cobertura, onde desce em prumadas que alimentarão os diversos aparelhos de cada 
andar. As prumadas se reúnem no pavimento onde se encontra o storage, alimentando-
o novamente com a água não consumida. 
 
C.3 Distribuição Mista: a distribuição de água quente é feita nos ramos ascendentes e 
descendentes em andares alternados. Requer cuidados especiais e por isso só 
recomendada em grandes edifícios 
 
2.2.3 Partes Constituintes de uma Instalação Predial de Água 
Quente 
De acordo com a NBR-7198 definem se as mesmas partes constituintes de uma 
instalação predial de água fria, ou seja, barrilete, coluna, ramal e sub - ramal. 
 
2.2.4 Tipos de Instalações 
A. Circulação natural (Termossifão) em circuito aberto 
 
 
Figura 6 – Circulação natural (termossifão) em circuito aberto 
 
 
 
 
 
12 
 
B. Circulação natural (termossifão) em circuito fechado 
 
Figura 7 – Circulação natural (Termossifão) em circuito fechado. 
C. Circulação forçada em circuito aberto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 – Circulação forçada em circuito aberto. 
D. Circulação forçada em circuito fechado 
 
 Figura 9 – Circulação forçada em circuito fechado 
13 
 
2.3 Instalações Prediais de Combate à Incêndio 
2.3.1 Objetivos e normas 
 Regida pela NBR-13714/2000 da ABNT Mangueiras e Mangotes; 
 Decreto-Lei Nº 247/75 – CBMERJ – Estudo e Planejamento; 
 Decreto Nº897 /76 – CBMERJ – Código de Segurança Contra Incêndio e 
Pânico. 
 
2.3.2 Composição do sistema 
Os sistemas são compostos por: 
 
2.3.2.1 Sistema de Prevenção (Fig. 10): 
Preceitos normativos aplicados na elaboração dos projetos que visa: 
 Minimizar os riscos de eclosão de chamas; 
 Dificultar o alastramento do fogo; 
 Facilitar a circulação entre o interior e o exterior do edifício. 
 
 
Figura 10 – Exemplo sistema de prevenção. 
2.3.2.2 Sistema de Combate (Fig. 11): 
Sistemas físicos, destinados a atuar na: 
 Detecção; 
 Alarme 
 Combate, contenção e extinção das chamas. 
 
14 
 
 
Fig. 11 – Exemplo sistema de combate. 
 
2.3.3 Normas, leis e decretos: 
 Pela própria definição usada pela ABNT, “norma técnica é um documento, 
estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, 
para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou 
seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado 
contexto.” Esse organismo reconhecido é a própria ABNT e nessas normas técnicas 
entram as NBRs, que podem ser meras recomendações feitas pela ABNT com base em 
estudos e testes em laboratórios, bem como o conhecimento acumulado ao longo do 
tempo pelos profissionais em cada área, porém, quando são mencionadas pelo poder 
público em Decretos, Leis ou Portarias tornam-se obrigatório o seu cumprimento. Há 
um infinito número de NBRs, principalmente na área da Engenharia Civil, sendo vital 
sua consulta, especialmente na área de Prevenção e Combate a Incêndio, devido às 
constantes atualizações nas mesmas. 
 
2.3.4 Sistema de hidrantes e mangotinho: 
 O sistema de combate a incêndios sob comando através de hidrantes e 
mangotinhos é um conjunto de equipamentos e instalações que permitem acumular, 
transportar e lançar a água (agente extintor) sobre os materiais incendiados. O sistema 
é composto basicamente por reserva de incêndio, bombas de recalque, rede de 
tubulação, hidrantes e mangotinhos, abrigo para mangueira e acessórios e registro de 
15 
 
recalque. É fundamental, que ao utilizar o sistema, a chave principal de energia da 
edificação ou setor seja desligada, a fim de evitar acidentes (UMINSKI, 2003, p.28). 
 O objetivo do sistema é dar condições de combater, com recursos próprios, 
focos de incêndio em todos os pontos da edificação, bem como oferecer uma opção de 
auxílio, no caso de necessidade, para o Corpo de Bombeiros. A principal norma 
utilizada para dimensionamento do sistema é a NBR 13714/2000. 
. Conforme o Decreto Estadual nº 37.380/97, em seu Artigo 9º do Anexo 
Único, as edificações deverão ser dotadas de instalações hidráulicas de combate a 
incêndio quando: 
 Possuírem altura superior a 12m; 
 Não sendo residenciais, tiverem área total construída superior a 750m²; 
 Forem destinadas a postos de serviços ou garagens com abastecimento de 
combustíveis, independente da área construída; 
 Forem destinadas à residência, possuírem área de pavimento superior a 750m² 
 Servirem como depósito de GLP, de acordo com Portaria nº 27/96 do DNC; 
 Servirem de depósitos de líquidos inflamáveis e combustíveis, de acordo com a 
PNB nº 216/71 de extinto CNP e PNB 98 da ABNT. 
 
2.3.4.1 Partes do sistema (Fig. 12). 
A. Reserva de incêndio: 
Compartimento destinado a armazenar uma quantidade de água que, 
efetivamente, deverá ser fornecida para o uso em combate a incêndio. Poderão ser 
elevadas, no nível do solo, semienterradas ou subterrâneas, e devem obedecer a 
especificações de construção no Anexo A da NBR 13714/2000 (UMINSKI, 2003, 
p.28). 
Seu volume será calculado em função da vazão necessária na ponta dos 
esguichos e do tempo de funcionamento simultâneo dos dois esguichos mais 
desfavoráveis, exigido pela norma, que é de 60 minutos para sistemas dos tipos 1 e 2, 
e de 30 min para sistema do tipo 3. 
 
B. Bomba de recalque: 
Tem a finalidade de efetuar a alimentação forçada de água no interior das 
tubulações e entra em funcionamento mediante acionamento manual ou automático. 
Sua especificação decorre do dimensionamento do sistema e utiliza conhecimentos da 
engenharia hidráulica, obedecendo às condições contidas na NBR 13714/2000. 
 
C. Tubulação: 
 É o conjunto de tubos, conexões e acessórios destinados a conduzir a água, 
desde a reserva de incêndio até os hidrantes. Devem ser feitos de material resistente ao 
calor. Os materiais termoplásticos devem ser usados somente enterrados e fora da 
edificação. As tubulações mais usadas são as de aço e cobre. A tubulação do sistema 
não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2 ½”). Toda a tubulação deve ser 
16 
 
pintada da cor vermelha e os acessórios de cor amarela (registros e válvulas) 
(UMINSKI,2003, p.29). 
D. Hidrante: 
 é o ponto de tomada de água no qual há uma (simples) ou duas (duplo) saídas, 
contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras 
de incêndio e demais acessórios. Os hidrantes poderão ser externos ou internos, de 
coluna ou de parede (interior do abrigo). Deverão ter conexões de engate rápido, com 
diâmetros iguais aos adotados pelo Corpo de Bombeiros. As válvulas dos hidrantes 
devem ser do tipo globo angulares de diâmetro DN65 (2 ½”), Poderá ser utilizada, 
para os hidrantes, válvula angular com diâmetro DN40 (1½") para sistemas que 
utilizem mangueiras de 40 mm, desde que comprovado seu desempenho para esta 
aplicação, enquanto que as válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura 
rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”). 
 Todos os pontos de hidrantes devem receber sinalizações que permitam sua 
rápida localização e não podem, de maneira alguma, ficar obstruídos ou comprometer 
a fuga dos ocupantes. Devem ser localizados nas proximidades das portas externas 
e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m, em posições centrais nas áreas 
protegidas, fora das escadas ou antecâmaras de fumaça e de 1,0 m a 1,5 m do piso. Nocaso dos hidrantes externos, quando afastados de, no mínimo, 15 m ou 1,5 vezes a 
altura da parede externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m 
de mangueira (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente 
dimensionados hidraulicamente. Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de 65 
mm de diâmetro para redução da perda de carga do sistema e o último lance de 40 mm 
para facilitar seu manuseio (NBR 13714/2000). 
 A sinalização do solo só será obrigatória nos locais destinados à fabricação, 
depósito e movimentação de mercadorias. 
E. Abrigo de mangueira: 
 Compartimento (cor vermelha) embutido ou aparente, dotado de porta, 
destinado a armazenar mangueiras, esguichos e outros equipamentos, capaz de 
proteger contra as intempéries e danos diversos. 
F. Esguicho: 
É o dispositivo adaptado na extremidade da mangueira, destinado a dar forma, 
direção e controle ao jato de água. Atualmente, permite-se apenas a utilização de 
esguichos do tipo reguláveis. O alcance do jato compacto produzido por qualquer 
sistema não deve ser inferior a 8 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do 
jato. 
G. Mangueira: 
Equipamento constituído essencialmente de um duto flexível dotada de uniões 
tipo engate rápido. As mangueiras mais utilizadas possuem comprimento de 15, 20 ou 
30m. Elas sempre devem ser guardadas nos abrigos na forma aduchada ou em zig-zag, 
17 
 
nunca enroladas. Isto é muito importante no tempo de reação ao incêndio (UMINSKI, 
2003, p.31). 
H. Registro de recalque: 
O sistema deve ser dotado de um registro de recalque (também chamado de 
hidrante de recalque), que consiste no prolongamento da tubulação, com diâmetro 
mínimo de 63mm até a entrada principal da edificação. Quando estiver no passeio, 
deve estar enterrado em caixa de alvenaria, com tampa articulada e requadro em ferro 
fundido, pintada em vermelho, com a palavra “Incêndio” gravada, nas dimensões de 
0,40x0,60m, afastada 0,50m da guia do passeio. É recomendável que no interior a 
caixa haja em dreno para escoamento da água. (Figura 5). Também pode ser instalado 
na fachada da edificação ou em muro de divisa. O importante é garantir a aproximação 
de viatura do Corpo de Bombeiros para que eles realizem o recalque da água sem 
problemas. 
 
 
Figura 12 – Partes constituintes do sistema de combate a incêndios. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2.4 Instalações Prediais de Águas Pluviais. 
2.4.1 Objetivos e normas. 
Regido pela NBR 10844/1989, a instalação predial de águas pluviais destina-se 
exclusivamente ao recolhimento e condução das águas pluviais, não se admitindo 
quaisquer interligações com outras instalações prediais. 
 
2.4.2 Destino das aguas coletadas: 
 Escoamento superficial 
 Infiltração no solo através de poço absorvente 
 Disposição na sarjeta ou pelo sistema público de coleta de águas pluviais. 
 Cisterna de acumulação para uso posterior. 
 
Figura 13 – Resumo esquemático do sistema de águas pluviais. 
2.4.3 Exigências a serem cumpridas por um projeto de 
drenagem pluvial. 
 Recolher e conduzir a água da chuva até locais adequados e permitidos. 
 Ser estanques. 
 Permitir facilmente a limpeza e desobstrução da instalação. 
 Não provocar ruídos excessivos. 
 Permitir absorção de choques mecânicos. 
19 
 
 Utilizar materiais resistentes às intempéries. 
 Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas. 
 Resistir aos esforços mecânicos da tubulação. 
 Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade. 
 
2.4.4 Critérios de dimensionamento de um sistema de aguas 
pluviais. 
Para elaboração de um projeto de coleta e escoamento de aguas pluviais alguns 
fatores predominantes devem ser dimensionados, são eles: 
A. Intensidade Pluviométrica 
 
Figura 14 – Chuvas internas no Brasil. (Fonte: Norma ABNT 10844/1989). 
B. Influência dos Ventos 
20 
 
 
Figura 15 – Resumo esquemático da influência dos ventos na captação das 
águas pluviais. 
C. Área de contribuição 
 
Figura 16 – Cálculo da área de contribuição. (Fonte: Norma ABNT 
10844/1989). 
D. Vazão de Projeto 
Definido de acordo com a demanda embasada em cálculos previamente 
realizados. 
E. Condutores Verticais 
F. Condutores Horizontais 
21 
 
 
 
Figura 16 – Resumo esquemático de condutores horizontais e verticais. (Fonte: 
Norma ABNT 10844/1989). 
2.4.5 Utilização doméstica de aguas pluviais 
 O aproveitamento de aguas pluviais para fins domésticos é dividido em 4 
classes, sendo essas as únicas finalidades de destinação que as normas brasileiras 
admitem para aguas de reuso. 
 Classe 1: Lavagem de carros e outros usos; 
 Classe 2: Lavagens de pisos, calçadas e irrigação dos jardins, manutenção dos 
lagos e canais para fins paisagísticos, exceto chafarizes; 
 Classe 3: Reuso nas descargas dos vasos sanitários; 
 Classe 4: Reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros 
cultivos através de escoamento superficial ou por sistema de irrigação pontual. 
 Um sistema de reuso doméstico de aguas pluviais deve conter as seguintes 
etapas: 
 Dispositivo de descarte das primeiras águas. 
 Separador de materiais grosseiros 
 Armazenamento 
22 
 
 
Figura 17 – Resumo esquemático de um sistema utilizando o reuso de águas 
pluviais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
2.5 Instalações Prediais de Esgoto. 
2.5.1 Objetivos e normas. 
Regido pela NBR 8160/1997 da ABNT que estabelece as exigências técnicas 
de segurança, higiene, economia e conforto dos usuários. 
 
 
Figura 18 – Resumo esquemático de um sistema de esgoto sanitário. 
 
2.5.2 Objetivos Específicos 
 Permitir rápido escoamento dos esgotos. 
 Permitir fácil desobstrução das tubulações. 
 Vedar a passagem de gases e animais para o interior da edificação. 
 Impedir a poluição ambiental. 
 
2.5.3 Principais componentes do Esgoto Sanitário 
 Esgoto Primário – Contato com os gases do sistema público. 
 Esgoto Secundário – Sem contato com os gases do sistema público. 
 Ramal de Ventilação – ligação do esgoto primário a coluna de ventilação. 
 
2.5.4 Componentes de Instalação 
 Ramal de Descarga 
 Desconector (Caixas Sifonadas) 
 Ramal de Esgoto 
 Tubo de Queda 
24 
 
 Coluna de Ventilação 
 
 
Figura 19 – Resumo esquemático dos principais componentes de um sistema 
de esgoto sanitário. 
 
2.5.5 Critérios de dimensionamento de um sistema de esgoto 
sanitário. 
Um projeto de esgoto sanitário pode ser definido a partir de seis etapas, são 
elas: 
A. Identificar os pontos geradores: 
 Aguas Servidas 
 Aguas negras 
 Águas com Gorduras 
 
B. 2º Definir posição dos desconectores: 
 Sifões, caixas sifonadas e caixas retentoras. 
C. 3º Definir o Sistema de Ventilação: 
 Proteger os desconectores de vácuos, pressões e dispersar os gases emanados. 
D. 4º Posicionar os Tubos de Queda: 
 Esgotos primários e de gordura 
E. 5º Definir os acessos às tubulações: 
25 
 
 Caixa de inspeção, caixas de gordura, poços de visita. 
F. 6º Definir destino do esgoto: 
 Coletor público ou destino particular (fossas e sumidouros) 
G. Destinação do Esgotamento 
O esgotamento sanitário possui dois tipos distintos de destinação final, são 
eles: 
 Coletor da Rede Pública 
 
 
Figura 20 – Resumo esquemático da destinação final de um sistema de esgoto 
sanitário para a rede pública. 
 Fossa Séptica 
 
 
Figura 21 – Resumo esquemático da destinação final de um sistema de esgoto 
sanitário para a fossa séptica. 
26 
 
2.6 Instalações Prediaisde Gás. 
2.6.1 Objetivos e normas. 
Normas brasileiras da ABNT para sistema de Gás: 
 NBR 12313/2000 – Sistema de Combustão; 
 NBR 13932/1997 – Gás GLP; 
 NBR 13933/1997 – Instalações internas de Gás GN; 
 NBR 14570/1997 – Instalações internas para uso dos gases GN e GLP. 
 
2.6.2 Tipo de gases: 
 
Figura 22 – Exemplos de Gás GLP – Botijões. 
 
 
Figura 23 – Exemplos de Gás GN – Natural. 
 
2.6.3 Sistema centralizado e descentralizado de abastecimento 
A. Sistema Centralizado (Gás GLP) 
 Central de Gás; 
 Rede de Canalizações (tubulações); 
27 
 
 Medidores de Consumo individuais; 
B. Sistema Descentralizado (Gás GN) 
 Abrigo do Regulador 
 Rede de Canalização (tubulações) 
 Medidores de consumo individuais. 
 
C. Sistema Descentralizado (Gás GN) 
 O sistema de tanque fixo permite o abastecimento de gás GLP em um tanque 
estacionário através de um caminhão de abastecimento. 
 
 
Figura 23 – Exemplo de abastecimento de um sistema descentralizado. 
Vantagens: 
 Diminuição de riscos; 
 Baixo custo de manutenção; 
 Rápido abastecimento. 
 
2.6.4 Tubulações indicadas para canalização de gás 
A. Tubulações Metálicas 
 Aço Galvanizado; 
 Cobre; 
 Latão com ou sem costura. 
B. Tubulações Polietileno 
 Polietileno de alta densidade com conexões soldadas por eletro fusão. 
 
 
28 
 
2.6.5 Precauções na instalação de um sistema de distribuição 
de gás 
Locais onde NÃO PASSAR tubulação de gás: 
 Dutos de lixo e ar condicionado; 
 Reservatórios de água; 
 Incineradores de lixo; 
 Poços de elevadores; 
 Subsolos ou porões; 
 Compartimentos não ventilados; 
 Poços de ventilação; 
 Ao longo de forros falsos; 
 Dutos de ventilação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
2.7 Instalações Prediais de Telefonia. 
2.7.1 Objetivos e normas. 
Normas brasileiras da ABNT utilizadas para a instalação de um sistema de 
telefonia: 
 NBR 13300 – Redes telefônicas internas em prédios - terminologia; 
 NBR 13301 – Redes telefônicas internas em prédios - simbologia; 
 NBR 13726 – Redes telefônicas internas em prédios – tubulação de entrada 
telefônica – projeto; 
 NBR 13727 – Redes telefônicas internas em prédios – plantas/partes 
componentes de um projeto de tubulação telefônica. 
 NBR 13822 – Redes Telefônicas em edificações com até cinco pavimentos; 
 NBR 14306 – Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes 
internas de telecomunicações em edificação – projeto; 
 NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento 
de telecomunicação para rede interna estruturada. 
Documentações técnicas de um projeto: 
 ART: anotação de responsabilidade técnica; 
 Carta de aprovação da concessionária 
 Memorial de cálculo; 
 Memorial descritivo; 
 Lista de material; 
 Plantas; 
 Prumadas de tubulação e rede interna; 
 Detalhes: caixa de dg, caixas de distribuição, etc. 
 
2.7.2 Critérios de dimensionamento de um sistema predial de 
telefonia. 
Definiremos os principais critérios em um dimensionamento de um sistema de 
telefonia: 
A. Número mínimo de pontos telefônicos. 
Tipo Base de Cálculo Pontos 
Residências 
ou 
Apartamentos 
Até 2 quartos 1 
De 3 a 4 quartos 2 
Mais de 4 quartos 3 
Lojas S - área 
 
30 
 
Escritórios S – área 
 
 Tabela 2 – Número mínimo de pontos telefônicos. 
B. Recomendações de instalação em ambiente residencial. 
Deve ser previsto pelo menos uma caixa de saída em: 
 Quartos; 
 Salas; 
 Cozinha. 
Para edifícios de habitação popular podem ser previstos apenas: 
 Uma caixa na sala; 
 Uma caixa no quarto. 
Instalação das tomadas: 
 Quartos e salas: 0,30m de altura; 
 Cozinhas e copas: 1,30m de altura. 
Diâmetro da tubulação: 
 Tubulação interna: 19 mm; 
Obs.: Apto alto padrão: 25 mm; 
 Fiação interna: Tipo CCI (de 1 ou 2 pares). 
C. Recomendações de instalação em ambiente comercial. 
Lojas 
 Prever caixas de saída na parede ou piso. 
 Evitar instalação onde estiverem prateleiras ou vitrines. 
Escritórios 
 Prever caixas de saída nas paredes, a 30cm do piso. 
 Evitar instalações onde estiverem prateleiras. 
Diâmetro da tubulação: 
 Tubulação interna: 25 mm (1”); 
 Fiação interna: Tipo CCI (de 1 ou 2 pares). 
D. Entrada telefônica. 
Aérea → Até 21 pontos. 
31 
 
 
Figura 24 – Exemplo de entrada aérea, para instalação do sistema de telefonia. 
Subterrânea → Acima de 21 pontos. 
 
 
Figura 25 – Exemplo de entrada subterrânea, para instalação do sistema de 
telefonia. 
E. Prumada de tubulação – Convencional. 
32 
 
 
Figura 25 – Exemplo esquemático de uma prumada de tubulação. 
F. Aterramento. 
O aterramento deve ser específico para o sistema telefônico e estar distante 
pelo menos 5m de outros sistemas de aterramento. Deverão ser utilizados os seguintes 
materiais: 
 Caixas com haste de aterramento – em alvenaria, dimensões 30x30x30cm; 
 Condutor de aterramento – em cobre rígido, isolado, bitola mínima 6mm²; 
 Haste de aterramento tipo Copperweld, de aço cobreado, com 16mm e 3m de 
comprimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
2.8 Instalações Prediais de Rede de Lógica. 
2.8.1 Definição. 
É um sistema de cabeamento estruturado que permite o tráfego de qualquer 
tipo de sinal elétrico de: Áudio; vídeo; controles ambientais e de segurança; dados e 
telefonia. 
Assim possibilita mudanças, manutenções ou implementações de forma rápida, 
segura e controlada. Para que estas características sejam conseguidas, existem 
requisitos mínimos relativos à: distâncias; topologias; pinagens; interconectividade; 
transmissão. 
Tendo base um sistema de cabeamento estruturado instalado em: Pisos; 
canaletas; dutos. 
OBS.: Este sistema deve ter uma vida útil de no mínimo 10 anos, este é o tempo 
médio da vida útil de uma ocupação comercial. 
2.8.2 Composição. 
Composição de um sistema de cabeamento estruturado: 
 Armário de Telecomunicações; 
 PABX; 
 Distribuidor Geral; 
 Backbone (cabeamento vertical); 
 Cabeamento Horizontal; 
 Tomadas de Telecomunicações. 
 
Figura 26 – Exemplo esquemático de um cabeamento estruturado. 
34 
 
2.9 Instalações Prediais Elétricas. 
2.9.1 Objetivos e normas. 
Normas técnicas para elaboração de um projeto elétrico: 
 NBR 5444/89 – Símbolos gráficos para instalações prediais; 
 NBR 5410/2004 – Instalações elétricas de baixa tensão; 
 NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas (SPDA); 
 NBR 14039/2003 - Aterramento e Proteção contra choques elétricos e sobre 
correntes; 
 Norma especifica aplicável da concessionária local onde se situa a edificação 
ou empreendimento 
Documentações técnicas de um projeto: 
 ART: Anotação de responsabilidade técnica; 
 Carta de aprovação da concessionária; 
 Memorial de cálculo; 
 Memorial descritivo; 
 Lista de material; 
 
2.9.2 Composição e equipamentos. 
 
Figura 27 – Exemplo esquemático de uma distribuição do sistema elétrico da 
edificação. 
2.9.3 Principais falhas nas instalações elétricas de baixa 
tensão. 
 Ausência de aterramento, ou aterramento inadequado; 
 Materiais que não atendem as normas; 
 Pontos de luz e tomadas de corrente no mesmo terminal; 
 Emendas ou conexões mal feitas; 
35 
 
 Instalação de arandelas em substituição dos pontos de luz no teto; 
 Previsão de tomadas em quantidade insuficiente; 
 Falta de coordenação entre condutores e dispositivos de proteção; 
 Verificação final das instalações não realizada;36 
 
3. Conclusão. 
Diante do exposto, verificamos a importância de se investir em um bom projeto 
de instalações para que se possa economizar nas futuras contas dos serviços utilizados 
(água, energia, gás e etc.), evitando o desperdício e futuros custos na manutenção das 
instalações. 
 Assim, podemos esquematizar em etapas a fase de projeto das instalações da 
obra: 
1. Definição do projeto; 
2. Documentação técnica de um projeto: 
3. ART; 
4. Carta de solicitação de aprovação da concessionária; 
5. Memorial de cálculo; 
6. Memorial descritivo; 
7. Plantas; 
8. Especificações; 
9. Lista de material. 
10. Atividades simultâneas; 
11. Conferência do que foi definido em projeto; 
12. Execução das Instalações nas paredes, lajes e no chão; 
13. Conferência de materiais utilizados; 
14. Depois de finalizada as instalações, se inicia a Etapa de acabamentos da obra; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
4. Bibliografia. 
1. https://www.bombeiros.go.gov.br, visitado em 01/10/17; 
2. NBR-5626/98 da ABNT- Água Fria; 
3. NBR-7198/93 da ABNT – Água Quente; 
4. NBR-13714/2000 da ABNT Mangueiras e Mangotes; 
5. Decreto-Lei Nº 247/75 - CBMERJ Estudo e Planejamento; 
6. Decreto Nº897 /76 CBMERJ – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico; 
7. http://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/projetos-instalacoes-
eletricas-prediais.htm, visitado em 01/10/17; 
8. http://engecivil-com.webnode.com/noticias/instalacoes-eletricas-telefonicas-e-
de-logica/, visitado em 01/10/17; 
9. http://files.engecivil-com.webnode.com/200000237-
b67b7b775b/MATERIAL%20%20DE%20INTERPRETA%C3%87%C3%83O%20%2
0DE%20PROJETOS-10-2015(1).pdf, visitado em 30/09/17; 
10. http://files.engecivil-com.webnode.com/200000202-3b1783d066/PEA%20-
%208%20-%20Instala-%C2%BA-%C3%81es%20El-%C2%AEtricas%2C%20Telef-
%C3%81nicas%20e%20de%20L-%C2%A6gica.pdf, visitado em 30/09/17; 
11. http://www.deinfra.sc.gov.br/jsp/relatorios_documentos/doc_tecnico/download/e
ngenharia_de_edificacoes/Projetos_de_Instalacoes_Eletricas_e_de_Comunicacao_de_E
dificacao.pdf, visitado em 30/09/17; 
12. http://www.eletricaes.com.br/downloads/apostila-de-elementos-de-instalacoes-
eletricas-prediais.pdf, visitado em 30/09/17; 
13. http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0190/Inst
alacoes_Eletricas_Prediais_19_03_2013.pdf, visitado em 30/09/17; 
14. http://www.jrrio.com.br/construcao/instalacoes/instalacoes-prediais.html, 
visitado em 29/09/17; 
15. http://arq.ap1.com.br/sistemas-prediais-instalacoes-de-logica-e-cabeamento-
estruturado/, acesso em 01/10/17; 
16. http://www.unifra.br/professores/julianepinto/aula/unidade_4_aguas%20pluviais
.pdf acesso em 01/10/17; 
17. https://ecivilufes.files.wordpress.com/2013/06/nbr-10844-1989-
instalac3a7c3b5es-prediais-de-c3a1guas-pluviais.pdf acesso em 01/10/17; 
18. http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15805/mate
rial/APOSTILA-%C3%81GUA%20PLUVIAL.pdf acesso em 01/10/17; 
19. http://www.labeee.ufsc.br/antigo/arquivos/publicacoes/AguaPluvial_EGhisi_atu
alizada.pdfhttp://www.etg.ufmg.br/wp-content/uploads/2016/06/esgotamento-
sanitario.pdf acesso em 01/10/17; 
20. http://www.etg.ufmg.br/wp-content/uploads/2016/06/esgotamento-sanitario.pdf, 
visitado em 07/10/2017; 
21. http://sertecrj.com.br/wp-
content/uploads/2015/07/Instalacoes_prediais_de_esgotos_sanitarios.pdf, visitado em 
07/10/2017; 
22. http://fauufrjatelierintegrado1.weebly.com/uploads/1/2/5/9/12591367/nbr_8160.
pdf, visitado em 07/10/2017; 
23. http://www.labeee.ufsc.br/~luis/ecv5644/aulas/es-tr.pdf, visitado em 
09/10/2017; 
24. http://www.jrrio.com.br/construcao/instalacoes/esgoto.html, visitado em 
09/10/2017; 
38 
 
25. http://www.labeee.ufsc.br/~luis/ecv5644/apostilas/gas.pdf, visitado em 
09/10/2017; 
26. NBR 12313/2000 – Sistema de Combustão; 
27. NBR 13932/1997 – Gás GLP; 
28. NBR 13933/1997 – Instalações internas de Gás GN; 
29. NBR 14570/1997 – Instalações internas para uso dos gases GN e GLP; 
30. https://www.gasnaturalfenosa.com.br/br/rio+de+janeiro/novas+construcoes/info
rmacao+para+construtores+e+instaladores/1297092078347/normas+oficiais.html, 
visitado em 09/10/2017.

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