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ANATOMIA MACROSCÓPICA DO CEREBELO

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ANATOMIA MACROSCÓPICA DO CEREBELO
Faz parte do sistema suprasegmentar
Funções desempenhadas são todas inconscientes
GENERALIDADES:
O cerebelo fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do teto do IV ventrículo.
Situado na fossa posterior
Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital do cérebro por uma prega da dura máter denominada tenda do cerebelo.
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pendúculo cerebelar inferior. E à ponte e ao mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente.
FUNÇÕES:
Postura, equilíbrio (principal sintoma), tônus muscular, coordenação de movimento e aprendizagem de habilidades motoras.
Embora motor, está envolvido em algumas funções cognitivas.
ASPECTOS ANATÔMICOS:
Porção ímpar e mediana, o vérmis (MEDIALMENTE), ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares.
Folhas dos cerebelo: Sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam lâminas finas.
Fissuras do cerebelo: Sulcos mais pronunciados, que delimitam os lóbulos.
Os sulcos, fissuras e lóbulos do cerebelo, aumentam consideravelmente a superfície do cerebelo sem grande aumento do volume.
Na sua organização interna é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por um fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. Antigamente denominado de árvore da vida o corpo medular do cerebelo, com as lâminas brancas que dele irradiam.
Núcleos centrais do cerebelo:
Denteado
Interpósito = globoso + emboliforme
Fastigial
Saem as fibras eferentes do cerebelo e neles chegam os axônios das células de Purkinje e colaterais das fibras musgosas.
LÓBULOS E FISSURAS
A cada lóbulo do vérmis correspondem dois nos hemisférios. São ao todo 17 lóbulos e 8 fissuras.
Entretanto, a maioria dessas estruturas não tem importância funcional ou clínica.
São importantes e deve ser memorizado:
Lóbulo Flóculo-nodular
Fissura posterolateral
Fissura prima
O nódulo é o último lóbulo do vérmis e fica situado logo acima do teto do IV ventrículo. O flóculo é um lóbulo do hemisfério, alongado transversalmente e com folhas pequenas situadas logo atrás do pedúnculo cerebelar inferior. Liga-se ao nódulo pelo pedúnculo do flóculo, constituindo o lobo flóculo-nodular, separado do corpo do cerebelo pela fissura posterolateral. --> Lobo flóculo-nodular é importante responsável pela manutenção do equilíbrio.
DIVISÃO ANATÔMICA
Divisão Transversal: A fissura posterolateral divide o cerebelo em um lobo flóculo-nodular e o corpo do cerebelo. O corpo é dividido em lobo anterior e lobo posterior pela fissura prima.
Divisão Longitudinal: em que as partes do corpo do cerebelo se dispõem no sentido mediolateral. Distinguem-se uma zona medial, ímpar, correspondendo ao vérmis, e, de cada lado, uma zona intermédia paravermiana e uma zona lateral, corrrespondendo à maior parte dos hemisférios.
Essa maneira de dividir o cerebelo é baseada nas conexões do córtex com os núcleos centrais, dá a base para divisão funcional do cerebelo em três partes, acima citadas.
PEDÚNCULOS CEREBELARES
São três pedúnculos cerebelares: superior, médio e inferior.
Superior: liga o cerebelo ao mesencéfalo
Médio: liga o cerebelo a ponte, é um enorme feixe de fibras, e constitui a parede dorsolateral da metade cranial do IV ventrículo.
Inferior: liga o cerebelo à medula.
Considera-se como limite entra a ponte e o pedúnculo cerebelar o ponto de emergência do nervo trigêmeo.
ESTRUTURA E FUNÇÕES DO CEREBELO
1. GENERALIDADES
Tanto o cerebelo quanto o cérebro apresentam um córtex que envolve um centro de substância branca (o centro medular do cérebro e o corpo medular do cerebelo), onde são observadas massas de substância cinzenta (os núcleos da base do cérebro).
CITOARQUITETURA DO CÓRTEX CEREBELAR
No córtex cerebelar, da superfície para o interior distinguem-se as seguintes camadas:
Camada molecular
É formada principalmente por fibras de direção paralela, e contém dois tipos de neurônios, as células estreladas e as células em cesto (ficam ao redor do corpo das células de purkinje).
Camadas de células de Purkinje
As células de purkinje são os elementos mais importantes do cerebelo. As células de purkinje são piriformes e grandes, são dotadas de dendritos, que se ramificam na camada molecular, e de um axônio que sai em direção oposta, terminando nos núcleos centrais do cerebelo, onde exercem ação inibitória. 
Esses axônios constituem as únicas fibras eferentes do córtex do cerebelo.
Camada granular
É constituída principalmente pelas células granulares ou grânulos do cerebelo, células muito pequenas (as menores do corpo humano), cujo citoplasma é muito reduzido.
Tais células extremamente numerosas, têm vários dendritos e um axônio que atravessa a camada de células de purkinje e, ao atingir a camada molecular, bifurca-se em T. Os ramos resultantes dessa bifurcação constituem as chamadas fibras paralelas.
Existe outro tipo de neurônio, as células de Golgi, com ramificações muito amplas, são menos numerosas que as granulares.
CONEXÕES INTRÍNSECAS DO CEREBELO
As fibras que penetram no cerebelo se dirigem ao córtex e são dois tipos: fibras musgosas e fibras trepadeiras.
NÚCLEOS CENTRAIS E CORPO MEDULAR DO CEREBELO
Núcleo denteado: é o maior dos núcleos centrais do cerebelo; assemelha-se ao núcleo olivar inferior e localiza-se mais lateralmente.
Núcleo fastigial: localiza-se próximo ao plano mediano, em relação com o ponto mais alto do teto do IV ventrículo.
Núcleo emboliforme
Núcleo globoso: os dois núcleos são bastante semelhantes do ponto de vista funcional e estrutural, sendo agrupados sob o nome de interpósito.
O corpo medular do cerebelo é constituido de substância branca e formado por fibras mielínicas, que são principalmente as seguintes:
Fibras aferentes ao cerebelo: penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex, onde perdem a bainha de mielina.
Fibras formadas pelos axônios das células de Purkinje: dirigem-se ao núcleos centrais e, ao sair do córtex tornam-se mielínicas.
CONEXÕES EXTRÍNSECAS
 5.1 VESTIBULOCEREBELO
 5.1.2 CONEXÕES AFERENTES
As fibras aferentes chegam ao cerebelo pelo fascículo vestibulocerebelar, têm origem nos núcleos vestibulares e se distribuem ao lobo floculonodular. Trazem informações originadas na parte vestibular do ouvido interno sobre a posição da cabeça, importantes para manutenção do equilíbrio e da postura básica.
5.1.3 CONEXÕES EFERENTES
As células de purkinje do vestibulocerebelo projetam-se para os neurônios dos núcleos vestibulares medial e lateral. Através do núcleo fastigial, modulam os tratos vestibuloespinhais lateral e medial que controlam a musculatura axial e extensora dos membros para manter o equilíbrio na postura e na marcha, fazendo parte do sistema motor medial da medula.
Córtex Zona Medial (células de purkinje)
↓
Núcleo fastigial
↓ ↓
 Núcleos vestibulares Formação reticular
↓
Medula (equilíbrio e postura)
 5.2 ESPINOCEREBELO
Representadas principalmente pelos tratos espinocerebelar anterior e espinocerebelar posterior, que penetram no cerebelo respectivamente pelos pedúnculos cerebelares superior e inferior e terminam no córtex das zonas medial e intermédia.
Vão atuar na propriocepção incosciente (tônus e postura)
 5.2.1 CONEXÕES EFERENTES
Os axônios das células de purkinje da zona intermédia fazem sinapse no núcleo interpósito, de onde saem fibras para o núcleo rubro e para o tálamo do lado oposto (cruzamento). Através das primeiras, o cerebelo influencia os neurônios motores pelo trato rubroespinhal, constituindo-se a via interpósito-rubroespinhal. Já os impulsos que vão para o tálamo seguem para as áreas motoras do córtex cerebral (via interpósito-tálamo-cortical), onde se origina o trato corticoespinhal. Assim, através desses dois tratos,o cerebelo exerce sua influência sobre os neurônios motores da medula situados do mesmo lado. A ação do núcleo interpósito se faz diretamente sobre os neurônios motores do grupo lateral da coluna anterior, que controlam os músculos distais dos membros responsáveis por movimento delicados.
Controle de movimentos/tônus
 5.3 CEREBROCEREBELO
 5.3.1 CONEXÔES AFERENTES (AFERÊNCIA PONTINA)
As fibras pontinas tem origem nos núcleos pontinos, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio, distribuindo-se ao córtex da zona lateral dos hemisférios. Faz coordenação de movimentos finos.
 5.3.2 CONEXÕES EFERENTES
Os axônios das células de purkinje da zona lateral do cerebelo fazem sinapse no núcleo denteado, de onde os impulsos seguem cruzado para o tálamo e daí para as áreas motoras do córtex cerebral. Função de controlar os movimentos, planejamento e responsável por movimentos delicados.
RELAÇÃO DA DIVISÃO FILOGENÉTICA E A ANATÔMICA
Vestibulocerebelo = Arquicerebelo
Espinocerebelo = Paleocerebelo
Cerebrocerebelo = Neocerebelo
MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA POSTURA
Se fazem basicamente pelo vestibulocerebelo ou arquicerebelo, que promove contração adequada dos músculos axiais e proximais dos membros, de modo a manter o equilíbrio e a postura normal. (influência do cerebelo é transmitida aos neurônios motores pelos tratos vestibuloespinhais.
CONTROLE DO TÔNUS MUSCULAR
Um dos sintomas de descerebelização é a perda de tônus, o denteado e o interpósito mantêm, mesmo na ausência de movimento, certo nível de atividade espontânea. (tratos corticoespinhal e rubroespinhal)
CONTROLE DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS
Lesões do cerebelo têm como sintomatologia uma grave ataxia, ou seja, falta de coordenação dos movimentos voluntários decorrentes de erros na força, extensão e direção do movimento. (planejamento do movimento e correção do movimento já em execução).
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS
Incoordenação de movimentos (ataxia) - marcha atáxica do doente cerebelar, também ocorre perda de equilíbrio. (pode se manifestar na articulação das palavras - voz arrastada)
Perda do equilíbrio - tende a abrir as pernas para ampliar sua base de apoio
Diminuição do tônus da musculatura esquelética - hipotonia 
Aparência do paciente se assemelha a observada em bêbados, o efeito tóxico que o álcool causa sobre as células de purkinje causa esse efeito.
SÍNDROMES CEREBELARES
Síndrome do vestibulocerebelo (arquicerebelo): Perda da capacidade de usar informações vestibulares para o movimento do corpo durante a marcha ou na postura de pé, e perda do controle dos movimentos oculares durante a rotação da cabeça, ataxia (não ocorre deitado, só em pé)
Síndrome do espinocerebelo (paleocerebelo): levam a erros na execução motora, observa-se ataxia de membros, tremor terminal, nistagmo, alterações da fala)
Síndrome do cerebrocerebelo (neocerebelo): lesão na zona lateral, atraso no inicio do movimento, decomposição do movimento multiarticular, disdiadococinesia (dificuldade de fazer movimento rápidos e alternados), rechaço (flexão de cotovelo paciente da tapa em próprio rosto - músculos extensores), tremor, dismetria (dosar os movimentos para atingir o alvo)
Lesões dos vérmis causa perda do equilíbrio, alargamento da base e alterações na marcha e fala. Já nos hemisférios falta a coordenação dos movimentos.

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