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Resumo Moeda e Crédito

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CAMPUS POETA TORQUATO NETO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA
COODENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DISCIPLINA: ECONOMIA JURÍDICA
PROFESSOR: GLEUDIANO SILVA RODRIGUES
Resumo: MOEDA E CRÉDITO
JÚLIO CÉSAR LOPES MARTINS
TERESINA / PI
AGOSTO / 2017
O que é dinheiro?
É provável que o assunto “moeda” seja o termo que mais prende atenção do público em geral, sendo ao mesmo tempo o assunto menos acessível aos leigos. O que as pessoas entendem por dinheiro, diferem do que os especialistas entendem. Por isso faz-se necessário certas conceituações relacionadas ao mercado. Para definirmos o termo dinheiro, devemos percorrer um pouco pela história para entendermos melhor seu conceito. Dinheiro seria tudo aquilo que, numa economia de mercado como a nossa, todos usamos para fazer compras.
Para termos dinheiro para compras, necessitamos de vendas, o que geralmente ocorre pela nossa força de trabalho, ocorrendo assim uma economia de trocas. Nem toda economia de mercado é uma economia monetária, pois pode ocorrer trocas diretas, de mercadoria para mercadoria, sem a intermediação do dinheiro. Faz-se necessário um encontro de necessidades coincidentes em que um vendedor quer algo de outro vendedor e vice-versa. Isso ainda dependerá do tipo de mercadoria, pois se esta for muito específica, como no caso de sapatos, pois possuem numeração, cores e materiais diferentes para fabricação, este vendedor terá uma certa dificuldade de troca com outras mercadorias, como ovos, pois teria que encontrar alguém que tivesse especificamente o tamanho e a cor desejada. A especialização de uma mercadoria facilita enormemente a generalização das trocas em qualquer economia de mercado.
Evolução histórica da moeda
A partir do momento em que uma economia percebe que a quantidade de mercadorias é muito variada, é porque necessita de uma moeda para organizar esta economia. A primeira evolução se refere à moeda-mercadoria, aquele em que é trocada por diversas vezes por ter um valor específico e que teria especificamente a função de dinheiro. Com isso, quase tudo serviu de moeda, como os animais e o sal. Mas veio o intercâmbio e em alguns locais se utilizava como moeda o gado e em outras o sal. Como ocorreria essa conversão?
Com esse problema surgiram também a capacidade de ser perecível uma moeda, já que o gado, além de caro poderia morrer ou ficar doente e precisava ser alimentado e o sal por ser barato, a depender da negociação, deveria ser enchido uma carroça para pagamento. Daí surgiu a ideia de utilizar uma moeda que fosse pouco perecível e que pudesse medir com precisão as mercadorias. A partir daí começou-se a utilizar os metais preciosos, basicamente a prata e o ouro.
O crédito
A existência da moeda abre caminho para o surgimento do crédito, que significa a fé no devedor. É a crença que o credor, que está emprestando o dinheiro ou adiantando a mercadoria, tem no devedor de que ele vá realmente, no prazo convencionado, pagar. O crédito é geralmente implementado através de um instrumento que é um papel em que o devedor declara a sua dívida e assina embaixo.
Com o surgimento da moeda feita com metal precioso, que é fácil de transportar, surge também o perigo de a moeda ser perdida ou roubada. Para isso foi criada a denominada moeda-símbolo que seria uma forma de representar um valor devido através de uma letra de câmbio, evitando que grandes quantias de moeda tivessem que circular por longas distâncias entre cidades, correndo o risco de saqueadores da época.
A moeda e o Estado
Outro fato é que as moedas poderiam ser falsificadas. Para combater a falsificação, o governo passou a cunhar as moedas e passou a fazer esse dentadinho no contorno que ainda se encontram em moedas antigas. Dessa forma, a moeda passa a ser protegida pelo Estado, através de sua cunhagem. Quando essa cunhagem se torna obrigatória, o Estado passa a ter o monopólio da criação da moeda.
Nesse diapasão, o Estado tem como uma de suas funções, em uma economia de mercado, impor o cumprimento das obrigações assumidas em contratos privados e em que moeda deveria ser realizado o pagamento. Por isso, mesmo que a dívida seja em dólar, ou peso ou qualquer outra moeda, se o Estado, no caso o Brasil, obrigar uma parte a realizar o pagamento, este deve ser em “real”, garantindo ao governo, o monopólio da emissão da moeda.
O banco
Os primeiros intermediários de créditos foram os ourives. Como eles tinham muito ouro guardado, preferiam que outras pessoas passassem a guardar a sua matéria-prima, pagando-lhes uma taxa. Para isso, os ourives, em vez de pagar com ouro, emitiam ordens de pagamento em papel moeda e começaram a perceber que esse pagamento através do papel, não necessitava que o ouro saísse dos seus depósitos. Então os ourives mais espertos começaram a emitir mais papel moeda, além do que existiam em ouro e começaram a cobrar juros também. Com isso, os ourives perceberam que não tinham mais tempo para gerir o ouro, o que acabou surgindo os banqueiros, que seriam os responsáveis pela emissão do papel moeda, além de outras transações financeiras.
A essência do negócio bancário é reemprestar dinheiro, ou seja, guardar dinheiro das pessoas, das empresas, do Estado e reemprestar esse dinheiro, ficando com a moeda-mercadoria e colocando em seu lugar as suas notas, que se chamam papel-moeda. Quando o banqueiro passa a ter descrédito, surgindo rumores de que ele não tem ouro suficiente para pagar o papel-moeda emitido no mercado, ocorre a denominada corrida ao banco. Assim, os bancos começaram a quebrar por não ter ouro suficiente para pagar todo o papel-moeda em circulação.
É necessário que o banco empreste o dinheiro à prazo, pois os lucros que advém dessas transações é que são necessárias para pagar seus funcionários, a guarda dos bens, o aluguel do local e a obtenção de lucro.
O banco e o Estado
O governo, depois de algum tempo, passou a intervir nos bancos, porque não convinha que a boa-fé do público fosse iludida pelo banqueiro. Então o governo passou a controlar os bancos através de um banco próprio, o Banco Central, denominado de “banco dos bancos” pois obriga aos bancos comuns a colocar uma parte de seus depósitos no Banco Central. Assim, quando um banco está com dificuldades, o Banco Central presta o socorro necessário. Este depósito, denominado de “encaixe” foi sendo substituído por notas emitidas pelo próprio Banco Central.
Atualmente o metal precioso é utilizado como moeda de troca somente entre países, já que as moedas de circulação local são diferentes, com exceção do dólar e de outras moedas estrangeiros que possuem taxas de conversão reguladas pelo mercado financeiro. Hoje há dois tipos de moeda, sendo a moeda legal, constituída por pedaços de papel que não tem nenhum valor em si, e a moeda escritural, que é a que fica nos bancos, como o depósito bancário que é muito maior que a moeda legal.
A “criação” da moeda
A criação do “encaixe”, que é o depósito obrigatório de determinada porcentagem que o banco recebeu para o Banco Central, realiza indiretamente esse controle. A emissão da moeda legal aumenta os depósitos nos bancos. O governo regula o crescimento do volume e moeda aumentando ou diminuindo o encaixe, e aumentando ou diminuindo a moeda legal, que é a origem da moeda escritural. 
O valor da moeda
O mais interessante é que o valor da moeda, em geral, vai se alterando para menos, pois o que se compra hoje com 10 reais, daqui a 1 ano, não será possível, devido ao aumento de preços. Os economistas consideram que a explicação do valor da moeda é dada pela seguinte equação:
M = Q x P
 V
P são os preços, e Q é a quantidade de mercadorias que são compradas e vendidas no país durante um período. Q x P é o valor de todas as transações que se fazem no país, desde a compra de pão na padaria até o pagamento de aluguéis e impostos. P representa o preço unitário de cada automóvel,cada sanduíche, etc. e Q a quantidade dessas coisas são transacionadas. V é a velocidade média de circulação, ou seja o número médio de vezes em que a mesma unidade monetária, foi usada para alguma transação durante o ano. Denominamos de “equação quantitativa do valor da moeda”.
Os economistas da chamada Escola Monetarista, dizem que esta equação deveria ser escrita da seguinte maneira:
M x V = P
 Q
Desta forma mostra-se que o nível de preços é resultante da quantidade de moeda.
O controle da oferta de moeda
Para controlar M, o governo usa os depósitos bancários através da fixação do sistema de encaixe. Existe um outro instrumento, usado no Brasil, denominado de open market, o mercado aberto, que é uma forma de o governo tomar empréstimos. Para tanto, o governo emite as ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional) ou LTN (Letras do Tesouro Nacional) que nada mais são que títulos da dívida pública que o governo assume com quem lhe empresta dinheiro.
Quem determina M não é só o governo, mas já é o suficiente para o controle da massa de meios de pagamentos do país. Esse controle não é total, porque podem ocorrer as crises financeiras, em que o governo tenta impedir uma queda na economia através dessas alternativas de controle de mercado, mas que não são suficientes. A posição dos monetaristas é simples, se há inflação, a culpa é das autoridades monetárias. Segundo essa tese, se o governo quiser, ele acaba com a inflação em curto prazo, bastando segurar o M, tomar medidas de restrição ao credito, impedir que os bancos multipliquem seus depósitos, obriga-los a depositar no Banco Central maior proporção de cada novo depósito, recolher dinheiro através do open market e não emitir mais reais.
A moeda e os preços
Pela equação M x V = P, é impossível que os preços cresçam. A não ser que V aumente.
 Q
O crédito é o oxigênio de que necessita a acumulação de capital. Para formar estoques ou ampliar a capacidade produtiva, os empresários recorrem ao crédito Se este se contrai, a acumulação para.
Os preços não crescem por causa do M, mas por outras razões porque a economia capitalista não e planejada. É uma economia que funciona através de trocas, em que a oferta e demanda se ajustam por um processo de tentativa e erro. Necessariamente surgem discrepâncias, desequilíbrios que formam os chamados pontos de estrangulamento.
Em uma que se desenvolve e que se diversifica, onde estão surgindo novos ramos industriais o tempo todo e se passa a produzir coisas que antes se importavam, é altamente provável, que surjam desequilíbrios setoriais. Quem vende matéria-prima para a indústria não pode esperar noventa dias para receber, então ele emite uma duplicata que o industrial, que comprou, assina (endossa). O banco comercial aceita essa duplicata como garantia, adianta o dinheiro através de um depósito, que é aberto em nome do vendedor.
 Controle monetário da inflação
Quando a autoridade monetária tenta pisar no freio monetário, os bancos não têm como ampliar o crédito, sendo obrigados a não descontar todas as duplicatas, o que deixa os comerciantes e agricultores em dificuldades. O preço do freio monetário, é a recessão, pois há desemprego e a dificuldade em aquisição de crédito no mercado.
Já em épocas de guerra, a inflação sobe porque o governo necessita de dinheiro e começa a injetar papel moeda no mercado para suprir suas necessidades bélicas para ganhar a qualquer custo a guerra declarada. Também em épocas de lutas de classes, a inflação sobe devido aos aumentos de salários dos operários, especialmente os metalúrgicos, que são repassados ao consumidor final em seus produtos.
Quando a oferta da moeda não está sintonizada com os preços, há uma crise. O ideal seria que com a inflação pudesse viver e ir crescendo, mas não ocorre dessa forma.
A correção monetária
O Brasil, é nesse sentido pioneiro pois temos uma experiência de inflação muita antiga e violenta, inventamos uma nova moeda através da chamada indexação ou reajustamento monetário de vários preços. Mas hoje, o mercado já convive com a estabilidade econômica desde o lançamento, em 1994, do Plano Real. Existiu a UPC (Unidade Padrão de Capital), assim como a URV (Unidade Real de Valor) na transição do cruzado novo para o Plano Real.
Monetaristas e estruturalistas
Os economistas se dividem basicamente em dois grupos em relação ao significado da moeda. Um que a acredita que a moeda é fundamental, que ela determina a prosperidade ou a ruína de um país, causa ou não a inflação, etc. sendo um de seus precursores, o economista americano Milton Friedman, QUE ACREDITA QUE O Estado não tem que se meter em absoluto na economia, a qual deve ser gerida pela sociedade civil.
A moeda, em última análise, é um epifenômeno é mais ou menos um reflexo do que acontece do lado real da economia. Ela pode ser usada como freio para o crescimento da economia, assim como para a ascensão através da manipulação da própria moeda. Um de seus precursores e Galbraith que afirma que a moeda é como um barbante que dá para puxar, mas não dá para empurrar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SINGER, Paul. Aprender Economia. 25ª ed. 3ª impressão – São Paulo, Contexto, 2014. – Capítulo 02 – Moeda e Crédito.

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