Buscar

Economia Política

Prévia do material em texto

1 
 
Rafaela Cristina da Costa Amorim 
 
 
 
 
 
 
 
 
A crise da Zona Euro e a falência do Banco Lehman Brothers 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciências da Comunicação 
Universidade Fernando Pessoa 
 
 
2 
 
Índice 
A crise da Zona Euro ...................................................................................................................... 4 
O pedido de socorro .................................................................................................................. 5 
Grécia .................................................................................................................................... 5 
Irlanda ................................................................................................................................... 6 
Portugal ................................................................................................................................. 7 
Falência da Banco Lahman Brothers ............................................................................................. 9 
A crise já instalada antes da falência do banco dos Lehman Brothers .......................................... 9 
Lehman Brothers: A História ....................................................................................................... 10 
Conclusão .................................................................................................................................... 12 
Bibliografia ................................................................................................................................. 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Introdução 
 
Com a crise imobiliária que aconteceu nos Estados Unidos, o mundo e em principal a Europa viveu a 
crise da zona euro. Uma crise com uma passagem muito negra, que afetou vários países estados membros 
da União Europeia, mas também foi sentida em por toda a parte do mundo. 
A crise passou por várias etapas, mas foi tão intensa que não demorou para que os países mais 
fragilizados e com menos instabilidade começassem a sentir o efeito. 
Apesar de tentativas por parte dos governos foi impossível impedir que o desastre acontecesse, e Grécia, 
Irlanda e Portugal foi dos países que fraquejaram ao ponto de ter que pedir ajuda a terceiros por já não 
conseguir dar a volta por cima à crise. 
Foi então que o FMI, Banco Central Europeu, a comissão europeia e outros países que pertencem a União 
Europeia tiveram que ajudar para reduzir o impacto da crise que se abateu sobre alguns países de forma a 
não acontecer um desastre ainda maior e de está se tornar uma das maiores crises que a história tem 
memória. Assim, a ajuda chegou aos países de forma a existir uma estabilização a nível europeu. 
A falência do banco Lehman Brothers foi o boom da crise. Depois de já vários bancos terem caído na 
falência e obrigar o estado e outras entidades a injetar dinheiro, chegou a vez do 
banco Lehman Brothers não resistir e cair também. Depois de muitas conquistas o banco conhecido 
"too big too fail" caiu na falência, deixando assim uma crise para enfrentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A crise da Zona Euro 
 
 
A crise da dívida pública europeia, mais conhecida por crise da Zona Euro começou a fazer-
se sentir em 2007, principalmente quando ficou conhecimento publicamente a falência 
da Lehman Brothers. 
O auge da crise começou nos Estados Unidos com a bolha imobiliária com um dejustamento do 
mercado quando os Americanos ficaram incapacitados de pagar os seus empréstimos da casa ao banco, os 
imóveis desabitados subiu. 
Depois dos EUA, a crise abriu-se para a europa e foi uma crise financeira que se fez sentir em muitos 
países, os quais já não tinham possibilidade de pagar a sua divida pública sem ajuda de terceiros. 
Esta "bomba" empurrou o sistema financeiro global para a beira do abismo e a economia ficou muito 
próxima de uma nova Grande Depressão (foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e 
que persistiu ao longo da década de 1930, que terminou apenas com a Segunda Guerra Mundial). 
 
A turbulência nos mercados financeiros, que teve origem no aumento das taxas de incumprimento e de execução das 
hipotecas subprime nos Estados Unidos, agravou-se no verão. No entanto, os seus efeitos sobre a economia 
real norte-americana mantiveram-se bastante limitados durante a maior parte de 2007 e estiveram principalmente 
relacionados com a disponibilidade e o preço dos empréstimos, em particular para hipotecas não conformes. Por 
outro lado, a turbulência manifestou-se principalmente nos mercados monetários e no setor financeiro, onde os 
bancos foram forçados a proceder a significativos abatimentos parciais ao ativo (BCE, 2007, p. 28). 
 
Os governos dos estados afetados lançaram então, uma operação para salvar os estados, comprometendo, 
dessa forma, somas enormes de fundos públicos, e meteram em risco parte do PIB mundial. Com isto, 
uma forma de ganhar tempo para impedir o agravamento da situação e o consequente colapso dos 
mercados financeiros, ficando a situação sem controlo. No entanto, as tentativas de salvar o desastre da 
crise falharam e deu assim origem a uma nova fase da crise: a da dívida pública, que afeta em particular 
os grandes estados, como os Estados Unidos, a Europa e o Japão, acabando por se concentrar com um 
grande impacto na União Europeia, em especial nos Estados-membros. 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pedido de socorro 
Todos os países da Zona Euro foram afetados pelo impacto que teve a crise sobre a moeda comum 
europeia. Houve receios de que os problemas gregos nos mercados financeiros internacionais 
despoletassem um efeito de contágio que fizesse tremer os países com economias menos estáveis da 
Zona Euro, como Portugal, República da Irlanda, Itália e Espanha e Grécia. 
Na Europa a formação de uma crise financeira na zona do euro deu-se, fundamentalmente, por 
problemas fiscais. 
 
Produto interno bruto (milhares de milhões de euros) 
Fonte: FMI 
 
Grécia 
Alguns países, como a Grécia já referido, gastou mais dinheiro do que conseguiam arrecadar por meio de 
impostos o que provocou uma grande instabilidade na Zona do Euro. 
A difusão de rumores sobre o nível da divida publica da Grécia e o risco de suspensão de pagamentos por 
6 
 
parte do governo grego aumentou ainda mais a instabilidade da Zona do Euro. Na raiz da crise grega está 
uma dívida de aproximadamente 320 bilhões de euros, que o país simplesmente não tem condições de 
pagar. A crise da divida grega, foi iniciada no final de 2009 resultante da crise econômica mundial e de 
fatores internos ao próprio pais, que obteve forte endividamento que chegou cerca de 120% do PIB e 
défice orçamental superior a 13% do PIB. Diante das dificuldades económicas da Grécia, a União 
Europeia adotou um plano de ajuda, que incluía empréstimos e a supervisão do Banco 
Central Europeu. Foi assim injetado na Grécia 110 mil milhões de euros, ficou logo claro que esta quantia 
não seria suficiente e deu-se assim um segundo resgate elevou a uma quantia total para 240 mil 
milhões de euros. 
E, nos dois casos, como condição para facilitar a liberação do dinheiro, o país teria que implementar uma 
série de medidas de austeridade. Entre estas, estavam drásticos cortes nos gastos públicos, aumento de 
impostos e reforma no sistema de previdênciae no mercado de trabalho. 
Efetivamente, os empréstimos coordenados pelo FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu 
ajudaram a reduzir o impacto da crise grega. 
 
 
 
 
 
 
Taxa de Desemprego na Grécia 
Fonte: FMI 
 
Irlanda 
A Irlanda, assim como a Grécia, começou a desestabilizar-se em 2008. No entanto, não ficou à beira da 
falência devido a um orçamento estatal fragilizado. A crise irlandesa foi provocada por dívidas privadas. 
Nos anos de boom econômico, os bancos concederam empréstimos de forma imprudente, sobretudo para 
projetos de construção de casas, criando uma bolha imobiliária. 
Em novembro de 2010, a Irlanda pediu assistência financeira do fundo de resgate europeu e do Fundo 
Monetário Internacional (FMI). O país recebeu um empréstimo emergencial de 68 mil milhões de 
euros. Diversos bancos foram estatizados, como o Anglo Irish Bank, em janeiro de 2009. 
O governo estabeleceu um severo programa de austeridade, reduzindo salários dos funcionários públicos, 
restringindo benefícios sociais e aumentando o imposto sobre valor agregado. 
A Irlanda é referida como um bom exemplo do sucesso dessas medidas. O país foi o primeiro beneficiário 
do fundo de resgate europeu a abrir mão da ajuda, em 2013. A economia cresceu cerca de 5% em 2014, 
mais fortemente que em qualquer outro país da UE. Hoje, o PIB irlandês atingiu de novo quase o nível de 
antes da crise. 
Os executivos do Anglo Irish Bank, que quase levaram o país à ruína, enfrentam agora os tribunais, no 
maior processo da história irlandesa. 
 
7 
 
 
Taxa de Desemprego na Irlanda (em %) 
Fonte: Eurostat 
 
 
 
Portugal 
No caso de Portugal, foi injetado no país e um empréstimo de 78 mil milhões de euros concedido pela 
União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu. Foi assim que Portugal se 
tornou o terceiro país a receber apoio financeiro internacional para suplantar dificuldades financeiras, 
seguindo a Grécia e a Irlanda. 
Em contrapartida, o governo português comprometeu-se a cumprir um plano de austeridade para reduzir o 
seu défice orçamental, com reduções de salários e aumento de impostos, além de outras reformas 
estruturais que levaram milhões de portugueses a protestar nas ruas contra o aumento de custo de vida e o 
desemprego que atingia 15,4% da população ativa. 
Neste contexto, diversos fenômenos sociais têm acontecido no país. A falta de trabalho, por exemplo, é 
um dos problemas maiores em Portugal. Ao longo dos anos, milhões de pessoas imigraram para países 
para terem melhores condições de vida, que atingiu todas as faixas etárias, principalmente os 
jovens recém-licenciados. Segundo Paul Krugman, um economista norte américo, vencedor de um prémio 
nobel da económica, que Portugal e Grécia estavam, já antes da crise, numa rota insustentável, para voltar 
a bater numa velha tecla: austeridade nestes casos seria inevitável, mas é um erro tremendo aplicá-la a 
toda a Europa. No entanto as melhorias no país fazem-se sentir, como por exemplo a nível desemprego no 
País, segundo uma notícia do Público publicada a vinte e três de outubro de dois mil e dezassete o número 
de desempregados nos centros de emprego baixa 16,3% em setembro segundo dados divulgados pelo 
IEPF. 
 
8 
 
 
 
Taxa de desemprego em Portugal 
Fonte: INE 
 
 
 
Taxa de desemprego entre pessoas abaixo de 25 anos, em % 
Fonte: Eurostat 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Falência da Banco Lahman Brothers 
 
A falência do banco Lehamn Brothers foi o maior "estouro" da história, e foi uma das grandes origens da 
crise que se estalou por toda uma pequena parte do mundo até chegar a crise da zona euro. A crise 
financeira teve como origem a bolha imobiliária, seguindo-se da crise económica, crise das 
dividas soberanas e por fim crise da zona euro. 
 
 
A crise financeira começou no 1º semestre de 2008 com graves problemas no sistema financeiro, havia 
falta de recursos para empréstimos, aumentou a desconfiança entre os agentes económicos. Com a falta de 
créditos, o investimento e o consumo diminuíram, com a falta de produção houve a consequência que foi 
o aumento no desemprego e com isto os rendimentos são mais baixos e o consumo diminui. A 
crise económica deu-se com intensidade no 3º trimestre de 2008, uma crise profunda e rápida instalou-se. 
A solução dos governos europeus foi aplicar a política económica Kaynesiana (é a teoria econômica 
consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes que defendia a ação do estado na economia 
com o objetivo atingir o pleno emprego, mas sem excessos pois isto podia levar a um aumento da 
inflação) com o objetivo do crescimento económico e combater o desemprego. 
Em 2010 todos os estados membros da EU estavam com graves problemas: défice orçamentais muito 
elevados e agravamento da divida pública, com isto Portugal, Irlanda e Grécia foram os 
países periféricos e menos desenvolvidos que mais dificuldades sentiram. A crise das dividas soberanas 
foi o 3º episodio, foi injetado dinheiro na Grécia e em Portugal pela Troika, Banco Central Europeu e 
Fundo Monetário Europeu e os principais credores eram os bancos alemães e os bancos franceses e foi 
aqui que se deu a tão conhecida Crise da Zona Euro, uma crise que afetou um pouco todos os países dos 
Estados Membros. 
 
A crise já instalada antes da falência do banco dos Lehman Brothers 
Em janeiro de 2007 a empresa estadunidense de hipotecas Ownit Mortgage Solutions Inc. declarou 
falência por dever 93 milhões de dólares ao Banco Merrill Lynch. Já no mês seguinte, sucedeu-se a 
falência da Mortagage Lenders Network Inc., empresa que ocupava o 15º lugar em volume de 
negócios Subprime dos EUA. As falências continuaram, em março e abril com a perda de 11 bilhões 
de dólares pelo Banco HSBC e a falência das empresas Countruywide Financiala e New Centruy. Nesta 
altura crise já estava estabelecida. O volume de perdas com a crise do Subprime, avaliado em 
150 bilhões de dólares apenas nos EUA. A American Homes, em agosto de 2007, declarou falência. Era 
uma das maiores empresas de hipotecas dos EUA. Entretanto foi injetado pelo FED 43 bilhões de dólares, 
pelo BCE 95 milhões de dólares e pelo banco do japão 8,4 bilhões de dólares. A FED também baixou os 
juros de 6,25% para 5,75% tendo como objetivo aumentar as operações e manter o crédito. Ainda com 
todos estes empréstimos bancos como HSBC fecharam por todo o mundo e houve perdas até 250 bilhões 
de dólares por todo o mundo. 
Em outubro os bancos americanos anunciaram uma criação de fundo de 100 bilhões de dólares para 
ajudar todos os bancos que estavam a ser vitimas da crise do Subprime. A FED voltou novamente a baixar 
os juros, desta vez, para 4,5%. Contudo, o valor estimado de perdas já era de 400 bilhões de dólares. 
O índice da Bolsa de Dow Jones continuava a apresentar dados negativos e foram feitas novamente novas 
injeções de liquidez nos mercados. As empresas Farnnie Mae e Freddie Mac foram adquiridas pelo 
governo dos EUA com um crédito mal parado de 12 triliões de dólares, divida que foi 
assim assumida pelo governo. As injeções do FED continuaram por várias instituições e bancos e foram 
reduzidas mais uma vez as taxas de juro em ação conjunta com o FED, Banco central da china e o banco 
central do japão. 
Investidores dos países de árabes como o Qatar e Emirados Árabes injetaram 5,8 bilhões de libras nos 
mercados estadunidenses. Mas não foi só nos EUA que houve está crise de instituições e bancos. 
Na Alemanha quase que também houve um colapso do banco German Sachen Landesbank que teve de 
ser resgatado pelo Baden-Wurttemberg Landesbank. O banco alemão IKB também anunciou perdasde 
bilhões de dólares. O banco suíço UBS admitiu ter pedido 690 milhões. 
No quarto período teria sido mais controvado por causa da venda da Merrill Lycnh, a falência 
dos Lehman Brothers, dois dos quatro restantes de investimento global. Neste momento, já se fazia sentir 
a instabilidade na Zona Euro. 
Após a falência do Lehman Brothers seguia-se uma falta de incumprimento no sistema bancário. A crise 
continuou a espalhar-se e chegou a vez da Inglaterra. O governo inglês anunciou a nacionalização do 
falido Northern Rock. A taxa de Libor aumentou para 6,8%, no entanto o Victoria Morgage Funding 
anunciou risco de falência, enquanto o banco Northen Rock pediu apoio urgente ao Banco de Inglaterra. 
10 
 
A Credit Suisse admitiu também erros nos preços de alguns produtos financeiros que precisavam de ser 
mais baixos. Entretanto, os bancos centrais dos EUA, Grã-Bretanha, Zona Euro, China, Suécia, Suíça e 
Canadá concordaram uma diminuição das suas taxas de juros pela primeira vez, como uma forma 
de tentar acalmar os países que caminhavam rumo à insolvência, e fornecer crédito (BCE, 2008, P. 195-
198). 
Finalmente as autoridades monetárias europeias no admitiram que a económica da Zona Euro estava em 
recessão. A Zona Euro, num primeiro momento começou a fazer pressão sobre os países que 
não cumpriram o Pacto de Estabilidade Económico e Crescimento (PEC) nos anos anteriores. Alguns dos 
países que enfrentavam mais dificuldades com as suas contas começaram a ter a interversão da Troika, 
grupo que foi formado pela Comissão Europeia, BCE E FMI. tinham como objetivo analisar as contas dos 
países que estavam mais endividados e ajudar os governos ditar onde e como deviam cortar nos seus 
gastos e aumentar os seus cofres. 
Em resposta à intensificação da crise financeira em setembro de 2008 (ou seja, na sequência da falência 
do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers), os governos da área do Euro adotaram 
medidas nacionais destinadas a apoiar os seus sistemas financeiros e garantir condições de financiamento 
apropriadas à economia real. (...) Inicialmente, as medidas de auxílio público centravam-se no lado do 
passivo dos balanços dos bancos através de: i) garantias do Estado para o crédito interbancário e nova 
dívida emitida pelos bancos, ii) recapitalização de instituições financeiras em dificuldades, incluindo 
injeções de capital e empréstimos, e iii) uma maior cobertura de sistemas de garantia relativos a depósitos 
a varejo (BCE, 2008, p. 81). 
 
 
Lehman Brothers: A História 
 
Voltando um pouco ao passado e contando um pouco da história de como se formou este gigante banco 
que tinha como "slogan" "Too Big Too Fail", foi em 1844 que Henry Lehman imigrou de Rimpar, na 
Alemanha para Montgormery onde abriu uma pequena loja de mantimentos, produtos secos 
e utensílios para produtores locais de algodão. Emanuel e Mayer, os seus irmãos, mais tarde, juntaram-se 
ao negócio que a partir daí passou a ser chamado Lehman Brothers. Depois da morte de Henry em 1855, 
os dois irmãos ficaram a dirigir as firmas durante longos anos. Apenas eram aceites pessoas da família 
para entrar no negócio como parceiros. 
Após a evolução do negócio, com maiores vendas e negociações em 1858 foi aberto um escritório em 
New York dando ainda mais visibilidade à empresa e maiores negociaçõe e estabelecem o mercado de 
algodão em Nova York.. A empresa não escapou as dificuldades da Guerra Civil Americana sendo 
reconstruída após a guerra. 
Lehman Brothers passou a ser assim um banco de investimentos global com sede em New York contando 
com aproximadamente 10.000 trabalhadores. Fazia negócios no ramo de investimentos de capital em 
renda fixa, gestão de investimentos mas o seu principal negócio era o mercado de valores mobiliários. 
Em 1887 tornam-se membros da Bolsa de New York Em1889 Lehman subscreve sua primeira oferta 
pública de ações para a companhia internacional Steam Pump. Em 1929 é criada Lehman Corporation, 
uma companhia de investimentos. Na década de1930 Lehman subscreve o primeiro lançamento de ações 
públicas de IPO de Dumont, o primeiro fabricante de televisores. Na década de 1950 subscreve o 
lançamento de ações públicas da Digital Equipment e de Hertz Rent-a-Car. Em1960 abre um escritório 
em Paris 1962 com Salomon Brothers, Merril Lynch e Blyth and Company, 
Em 1972 converte-se em um dos primeiros bancos de investimento que abre um escritório em Londres 
para aproveitar as vantagens do auge do mercado de bônus na Europa. Em 1975 Lehman adquire a 
Abraham & Co. 1984 American Express. Em 1986 consegue assento na Bolsa de Londres e em 1988 na 
Bolsa de Tóquio. Em 1994 Lehman torna-se independente mediante uma oferta pública de ações e as 
ações comuns da Lehman Brothers Holding Inc começam a se negociar nas bolsas de Nova York e do 
Pacífico. 
Em1994 Richard Fuld Jr. assume o cargo como presidente executivo de Lehman. Em1998 Fuld enfrenta 
rumores de que o colapso iminente do fundo Long Term Capital Management causou uma crise efetiva 
no Lehman. Em1999 Lehman estabelece uma aliança com Bank of Tokyo-Mitsubishi para fusões 
japonesas e aquisições. Em 2001 após a pressão para reduzir os custos, Fuld decide pagar menos aos 
empregados e compensar o pagamento com ações em vez de despedir os empregados. Em 
2002 Lehman estabelece sua divisão de administração de riqueza e ativos e adquire o fundo de negócios 
de ingressos fixos Lincoln Capital Management. Em 
2003 Lehman adquire Neuberger Berman e The Crossroads Group. Em 
2007 Lehman reporta um alto recorde de ingressos e lucros líquidos e ganhos por ações comuns (diluídas) 
pelo quarto ano consecutivo e registra o volume mais alto de transações na Bolsa de Londres pelo terceiro 
11 
 
ano consecutivo. demissão de 5% de sua força de trabalho, ou 1.425 funcionários, em todas as 
suas empresas e nas regiões em que opera, por causa do aprofundamento da crise nos 
mercados financeiros. 
 A 15 de setembro de 2008 a empresa abriu falência com prejuízos causados pela crise 
dos Subprimes com activos acima dos 600 milhões de dólares, marcando assim a maior falência da 
história Americana. Nomura Holdings, anunciou no dia seguinte a ser anunciado a falência do banco que 
pretendia adquirir a franchising da Lehman Brothers em algumas regiões nomeadamente Japão, Hong 
Kong e Austrália e mais tarde na Europa e no Médio Oriente. Hoje em dia esta empresa é conhecida 
como Neuberger Berman. 
"A falência da Lehman foi o culminar de um conjunto de circunstâncias que se acumularam ao longo de 
vários anos e cujas consequências eram visíveis desde a primeira metade de 2007" disse Carlos Tavares, 
ex-presidente da CMVM a uma entrevista ao Negócios a 30 de maio de 2017. 
 
"Too big too fail" ou "se você tem pulsação, nós damo-lhos crédito" era as frases mais conhecidas deste 
grande banco com grandes investimentos que deu um avanço bastante significativo na história 
da económica no mundo, acabou realmente por falhar e falhou como uma das maiores falências na 
história dos Estados Unidos 
 
 
Fonte: Bloomberg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Conclusão 
 
Depois da ajuda financeira chegar aos países mais afetados com a passagem da crise da zona euro, 
foram apresentadas evoluções em todos os países a nível positivo. Tempos difíceis foram vividos por 
muitos europeus que viram a estabilidade dos seus países a fracassar. A ajuda foi fundamental para os 
países analisados neste trabalho para que tudo voltasse a normalidade, nos dias de hoje, são conhecidas as 
melhorias destes países e de outros também afetados pela crise que tiveram que ter ajuda de terceiros. 
Em alguns países ainda se faz sentir algunsefeitos da crise, porém melhorias tem-se vindo a registar ao 
longo dos anos com a entrada de novos governos e novas medidas. 
Agora que conhecemos a história da falência do banco dos Lahman Brothers, ainda hoje referida como 
uma das maiores falências da história dos Estados Unidos. O boom da crise, polémico, foi assim que 
depois de uma grande história que surgiu de um negócio de algodão se tornou um dos principais bancos 
com mais referência do mundo caiu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
 
Previdelli, M. (2015). O fenômeno da crise na Zona do Euro (2008-2010). [Em linha]. Disponível em 
<https://revistaacessolivre.files.wordpress.com/2015/09/fc3a1tima-previdelli.pdf> [Consultado em 
29/11/2017] 
 
Cunha, P. (2011). O Euro e a crise das dívidas soberanas. [Em linha]. Disponível em 
<https://www.oa.pt/upl/%7B8f3aeb48-2544-4239-baea-f166d8b85a55%7D.pdf> [Consultado em 
29/11/2017] 
 
Sarmento, J. Os Efeitos da Crise Financeira, da Crise da Dívida Soberana e da Crise Económica no 
Sistema Fiscal 1. [Em linha]. Disponível em 
<http://www.fd.lisboa.ucp.pt/resources/documents/Centro/JoaquimSarmentoTalk.pdf> [Consultado em 
29/11/2017] 
 
Silva, L. A crise da Zona Euro e o sistema financeiro europeu. [Em linha]. Disponível em 
<http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/artigos/120106_artigodintepanoramaeuropeu.pd
f> [Consultado em 30/11/2017] 
 
Busnardo, F. (2012). Crise do subprime: como a bolha imobiliária e o mercado financeiro derrubaram a 
economia americana em 2008, e os reflexos da crise para o Brasil. [Em linha]. Disponível em 
<http://www.fclar.unesp.br/Home/Departamentos/Economia/necee_mono_felipedb.pdf> [Consultado em 
30/11/2017]

Continue navegando