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Aula Sobre Biomas Brasileiros Part. 2

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Biomas Brasileiros -
parte 2
Profa. Dra. Juliana de Paula Silva
1º semestre de 2017
Savana Tropical Estacional 
(peino-pirobioma)
»Localização/Aspectos Ecológicos
• Área core: Planalto Central – superfícies aplainadas entre 300 e 
1700m 
• Ocorrem nos interflúvios, com vertentes suaves. Nos vales 
ocorrem as veredas com buritis
• Áreas isoladas: PR (Campo Mourão, Jaguariaíva), no sentido 
norte chegam a RR, no NE ocorre em tabuleiros, baixos planaltos 
e chapadas, a oeste chega à Bolívia
• Cerca de 1,5 milhão de Km2
• Clima tropical estacional: temperaturas médias de 20-22 / 24-26º 
C. Pluviosidade entre 1000 e 1800 mm ano, concentradas no 
verão (80% de outubro a abril)
• Inverno muito seco (em torno de 30% de umidade)
Savana Tropical Estacional 
(peino-pirobioma)
»Localização/Aspectos Ecológicos
• Predominância de Latossolos Vermelhos e Latossolos Vermelho-
amarelos, com textura variada
• Boa porosidade e permeabilidade
• Boas propriedades físicas para agricultura
• Lençol freático oscila no ano
• Solos muito distróficos ou oligotróficos - ácidos (pH de 4,5 a 5,5)
• Correção com calcário possibilitou boa produtividade – mais de 
50% da área devastada
• Poucas UCs
Savana Tropical Estacional 
(peino-pirobioma)
»Fisionomia:
• Desde campo limpo a cerradão, que chega a apresentar porte de 
15-18 me de espécies arbóreas (perfil)
• Cerrado sensu strito ocupa 70% da área – um estrato herbáceo 
contínuo e outro lenhoso descontínuo, formado de árvores ou 
arbustos
• Fitomassa aérea de 20 a 80 t/ha – maior biomassa subterrânea
• Epífitas são raras, podem ocorrer lianas no cerradão
• Mosaico fisionômico e florístico
Savana Tropical Estacional 
(peino-pirobioma)
»Fisionomia:
• Vegetação lenhosa escleromorfa, com folhas amplas, coriáceas 
e pilosas ou brilhantes
• Troncos tortuosos (fogo ou causas genéticas), espessa camada 
de suber (cortiça), que é um isolante térmico
• Raízes pivotantes, o que explica por que as árvores transpiram e 
até florescem na estação seca (Não são xerófitas)
• Herbáceas com órgãos subterrâneos como rizomas, bulbos, 
rizóforos, xilopódios – isso permite a rebrota após episódios de 
fogo
• Ramos e folhas morrem também na estação seca, sendo que os 
órgãos subterrâneos de resistência mantêm-se vivos
Savana Tropical Estacional 
(peino-pirobioma)
»Fisionomia:
• Fogo natural (carvão datado de 32.000 anos)
• Adaptação do estrato arbóreo – cortiça
• Adaptação do estrato herbáceo – florescimento imediato após as 
chamas (antes mesmo das folhas)
• O fogo estimula e induz a floração de todos os indivíduos da mesma 
espécie na mesma época (polinização cruzada, importante para 
recombinação genética)
• Abertura do frutos e liberação das sementes, que podem dispersarem-
se a longas distâncias devido a ausência da macega
• As plântulas germinam com muita luz
• A cinza remineraliza os solos
• Se não fossem as queimadas tudo se transformaria em cerradão, 
perdendo-se ¾ da flora, que é herbácea, e a fauna associada a este 
ambiente aberto
• As Ucs deste bioma devem realizar queima programada 
Savana Tropical Estacional 
(peino-pirobioma)
»Aspectos taxonômicos
»Mais de 7000 espécies – proporção herbáceas-lenhosas 
3:1
»Hotspot de biodiversidade
»Invasão de espécies exóticas como capim-gordura, capim-
jaraguá e braquiária (especialmente este último resistente 
ao fogo) vem afetando a biodiversidade de plantas e 
animais que se alimentam das nativas
Savana Tropical Estacional 
Semiárida
»Localização
• Caatinga (mato branco)
• Ocorre no NE – interior do PI, CE, RN, AL, SE, PE e BA, norte de MG
• Área aproximada de 800.000 km2 
• Região semiárida mais povoada do mundo (50% da pop rural do Brasil)
• Depressões intermontanas e interplanálticas, superfícies aplainadas 
(200 – 300 m) e chapadas (700 - 800 m)
• Nos altos chapadões ocorre Cerrado e nos inselbergs florestas 
chamadas de brejos
• Chamada na classificação do IBGE de savana estépica (não 
apropriado por estepe ser típica de áreas frias)
Savana Tropical Estacional 
Semiárida
»Aspectos Ecológicos
• Latitudes semelhantes à Amazônia, porém com clima tropical 
estacional semiárido: 600-800 mm ano, concentradas no inverno 
(há anos que as chuvas se reduzem a 300 mm, geralmente 
associados ao El Niño)
• Período de seca de mais de 6 meses
• Temperaturas médias de 27º o ano todo (alta evapotranspiração)
• Rios intermitentes
• Solos pedregosos e com pouca capacidade de armazenar água
Savana Tropical Estacional 
Semiárida
»Fisionomia
• Savana semiárida xerofítica, decídua (diferente do cerrado que é 
savana mesofítica e da savana amazônica que é higrofítica)
• Diferentes fisionomias de acordo com as condições hídricas dos 
solos
• Suculência, cutículas foliares pouco permeáveis à água, rápido 
fechamento dos estômatos e metabolismo CAM são algumas 
adaptações à secura do sertão.
• Muitas espécies caducifólias para evitar a perda de água no 
período seco
Savana Tropical Estacional 
Semiárida
»Aspectos Taxonômicos
• Flora menos biodiversa que outros biomas, cerca de 1000 
espécies, porém alto endemismo
• Resta 63% da vegetação original
• Pecuária de caprinos, corte de árvores para fazer cerca são as 
principais causas da degradação
Floresta Quente “Temperada” Úmida 
Densa Sempre-verde de Araucária 
(orobioma)
»Localização/Aspectos Ecológicos
• Ocorre nos planaltos do norte do RS, nos estados do PR e SC, em 
altitudes entre 400 e 900 m.
• Em áreas de menor latitude (SP, RJ, MG) ocorre em áreas de 
maior altitude, como na Serra da Mantiqueira (2000 m)
• Temperaturas médias anuais de 10º a 18º C, podendo as mínimas 
chegar a -10º C
• Chuvas bem distribuídas em torno de 1500 mm/ano
• Solos provenientes de basalto, profundos, férteis e bem 
drenados.
Floresta Quente “Temperada” Úmida 
Densa Sempre-verde de Araucária 
(orobioma)
»Fisionomia/ Aspectos Taxonômicos
• Espécie dominante: Araucaria angustifólia (Gimnosperma) –
chega a 50 m de altura e 2,5 m de diâmetro (densidade entre 5 e 
25 indivíduos ha)
• Sub-bosque: espécies arbóreas e arbustivas como Canela, 
Imbuia, Mate, Bracatinga, Criciúma, Taquari
• Epífitas e Samambaia-açu
• Menor biodiversidade em relação às florestas tropicais
• A gralha azul, a gralha amarela e o papagaio-de-peito-amarelo 
são importantes dispersoras do pinhão
Floresta Quente “Temperada” Úmida 
Densa Sempre-verde de Araucária 
(orobioma)
»Segundo a International Union for Conservation of Nature (INCN) o 
bioma já perdeu 95% da área original, estimada em 220.000 km2 
»Além do grande interesse econômico pela madeira, os solos férteis 
da região também contribuíram para a substituição das matas 
nativas por campos agrícolas
»Há poucas unidades de conservação na área natural do bioma e as 
que existem têm tamanho reduzido
26
Prudentópolis - PR
Floresta Quente “Temperada” 
Úmida Semidecídua (eubioma)
»Localização/ Aspectos Ecológicos
• Distribuição no norte e oeste do PR e sul de SP, ao longo das bacias 
dos rios Paranapanema, médio Paraná e Iguaçu
• Ocorre nas partes mais rebaixadas
• Área aproximada de 100.000 km2
• Clima com verões quentes e invernos mais acentuados que no clima 
tropical (temperatura média de 15º C e média das mínimas 10º C)
• Geadas frequentes
• Chuvas distribuídas ao longo do ano – aproximadamente 1600 mm
• No noroeste do Paraná ocorre sobre rochas provenientes do basalto, o 
que contribuiu para sua devastação. Em outras regiões ocorre sobre 
solos provenientes de arenito (menos férteis)
Floresta Quente “Temperada” 
Úmida Semidecídua (eubioma)
»Fisionomia/ Aspectos Taxonômicos
• Floresta densa,com 20 – 30 m de altura
• Grande quantidade de madeira de lei
• Queda das folhas no período do inverno
• Ocorrem as espécies: jatobá, pau-d’álho, canela-preta, pau-
marfim, palmito, entre outras
• Fauna similar à da floresta densa composta, entre outras, de 
onça-pintada, anta, paca, cutia, capivara, macacos diversos, 
papagaios
Floresta Quente Temperada 
Úmida Decídua (eubioma)
»Localização/ Aspectos Ecológicos
• Centro-leste e noroeste do RS e parte do sudoeste de SC
• Cerca de 50.000km2 entre a floresta da araucária ao norte e 
pampas ao sul
• Clima quente úmido, com inverno rigoroso, com cerca de três 
meses com mínimas absolutas abaixo de 0º C, podendo atingir -5 
a -6º 
• Médias de temperatura entre 16 e 18º C
• Precipitações bem distribuídas ao longo do ano por volta de 
1.800 mm
• Boa fertilidade dos solos (resta apenas 4% da vegetação original)
Floresta Quente Temperada 
Úmida Decídua (eubioma)
»Fisionomia/Aspectos Taxonômicos
• Vegetação de 20 30 m de altura
• Densa e decídua nos estratos arbóreos superiores
• Flora mais pobre que o das floresta tropicais, ocorrendo, entre 
outras: açoita-cavalo, tarumã, ingá, branquinho, grápia, angico-
vermelho, louro-pardo, pau-marfim, canafístula, cedro, alecrim, 
pessegueiro do mato, pessegueiro bravo, canela-de-veado, 
umbu, guajuvira, guatambu, araticum...
• Fauna semelhante à floresta da araucária
SISTEMAS COMPLEXOS
»Complexo geográfico definido, mas bastante diversificado quanto a 
seus solos e fitofisionomias.
»Múltiplos ambientes, com múltiplas condições ecológicas, reunidos 
em um mesmo espaço
»Pantanal e Campos Sulinos
Complexo do Pantanal
»Localização/Aspectos Ecológicos
• Maior planície inundável do mundo, com cerca de 150.000 km2
• Área rebaixada por um abatimento tectônico no período Terciário
• Ocorre na região CO no oeste do MS e sudoeste do MT, chegando 
ao norte o Paraguai e leste da Bolívia
• Bacia do Paraguai, com afluentes como Taquari, Cuiabá, Piquiri e 
Miranda
• Altitude entre 100 e 200 m (2% do território nacional)
• Baixa declividade gera uma lenta drenagem
• Clima semelhante ao do Planalto Central (Cerrado), com verões 
mais quentes
• Alternância de enchentes (outubro a março) e vazantes (junho a 
agosto). Índices da ordem de 1000 a 1500 mm ano
Complexo do Pantanal
»Solos areno-argilosos com boa fertilidade trazida pelos sedimentos 
dos rios
»Os campos inundáveis são cobertos por capim mimoso e arroz 
nativo
»Mosaico de lagoas, rios e corichos
» 2 tipos de lagos:
» com água doce (baías)
• apresentam vegetação até a borda, formadas por brejos ou matas de 
carandazais (Copernicia australis)
• Ricas em peixes e outros animais
» salobra, alcalina (salinas)
• apresentam “praia” arenosa desprovida de vegetação
• Sem fauna de grande porte
Complexo do Pantanal
»Fisionomia
»Área de fronteira entre os biomas Amazônia, Cerrado e 
Chaco argentino-paraguaio
• Áreas não alagáveis: cerrados e cerradões sobre “cordilheiras 
arenosas”
• Florestas estacionais em solos mais argilosos e siltosos
• Quebracho ou mata chaquenha, semelhante à caatinga 
nordestina, cresce sobre afloramentos rochosos ou concreções 
lateríticas (com cactos e bromélias de folhas espinhosas)
• Ipês nos paratudais e topos do murundus
• Fauna e flora riquíssimas – considerada Patrimônio Nacional e 
Reserva da Biosfera 
Complexo do Pantanal
»Atividade tradicional de criação de gado
»Mobilidade na época das cheias
»Riscos
• Assoreamento decorrente da substituição da vegetação nativa 
das cabeceiras (cerrado e floresta) por agropecuária, 
aumentando a disponibilidade de sedimentos
Estrada 
Parque 
Pantanal Sul
Abril/2016
Campos Sulinos
»Localização/Aspectos Ecológicos
• Distribuem-se na maior parte do RS, ocorrendo manchas em SC 
e PR
• Nas regiões com altitudes entre 500 e 900 metros de altitude são 
conhecidos como campos serranos ou campos grossos
• Nas coxilhas do RS, de 100 a 200 metros de altitude, são 
conhecidos como campos finos ou pampas
• Clima com precipitações médias anuais de 1200 a 1600 mm, 
temperatura média anual entre 13º e 17º C, com verões quentes e 
invernos curtos, mas bem frios
• Segundo Coutinho (2016) o termo “estepes” não é adequado, por 
este ser aplicado a vegetação de clima frio e seco
• Solos relativamente férteis: aproveitamento para pecuária de 
corte e silvicultura
Campos Sulinos
»Fisionomia/Aspectos Taxonômicos
• Densidade e altura das gramíneas variáveis
• Grande número de espécies: estima-se cerca de 3.500, 
principalmente de asteráceas
• Espécies nativas vêm perdendo espaço por gramíneas exóticas 
invasoras
• Fauna de porte composta por emas, veados-campeiros, graxains, 
lobos-guarás, zorrilhos e furões encontra-se em avançado 
processo de extinção, devido a caça e competição por alimento 
com o gado e espécies invasoras como a lebre europeia
• Por que não pode ser considerado um bioma?
Campos Sulinos
»Condições ambientais naturais permitem desenvolvimento de 
florestas (araucária ou decídua)
»Hipóteses:
• Após o último máximo glacial a vegetação de floresta não ‘retomou seu 
espaço’ devido:
• Ação do fogo (as gramíneas são tolerantes)
• Existência de grandes herbívoros, que exerceriam um papel parecido 
ao dos atuais elefantes africanos nas savanas
• Chegada do homem primitivo há cerca de 12.000 anos – uso do fogo 
que se expandiu com o uso dos campos para pecuária
»Esses campos não parecem ser, portanto, um verdadeiro 
bioma, um ambiente natural, mas talvez, um paleobioma, um 
bioma do passado, mantido hoje pelas atividades agropastoris 
(fogo e pastoreio) do homem. Retirada essa interferência, a 
paisagem natural seria, por certo, diferente. (Coutinho, 2016)

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