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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

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Leishmaniose Tegumentar 
Americana 
• Enfermidade polimórfica da pele e mucosas 
caracterizada pela presença de lesões 
ulcerosas indolores, únicas ou múltiplas 
(forma cutânea simples), lesões nodulares 
(forma difusa) ou lesões cutaneomucosas 
(forma cutaneomucosa) que afetam regiões 
nasofaríngeas concomitantemente ou após 
infecção cutânea inicial 
Histórico 
• Ásia Central: descrições no século 1 d.c. 
• Afeganistão: ferida de Balkh 
• Síria: botão de Aleppo 
• Iraque: botão de Bagdá 
• Botão do Oriente 
América 
• Peru e Equador: cerâmicas (400-900 d.c.) 
• Descrições clínicas: século XVI (Oviedo e 
Pizarro) 
• 1764: Bueno demonstra que no Peru a 
doença era transmitida pela picada de 
Flebotomíneos 
 
Brasil 
• Conhecida desde 1855 
• 1908: Ferrovia Noroeste do Brasil (SP) 
• Baurú: Úlcera de Baurú 
Importância 
• Prevalência Mundial: 12 milhões de casos 
(OMS) e incidência de 400.000 casos 
• Brasil: 3 mil novos casos em Manaus 
 
Distribuição 
AM PA 
MT 
AC 
RO 
RR 
BA 
MG 
SP 
PR 
RS 
Transmissores 
Mosquitos fêmea do gênero Lutzomyia 
Conhecidos como mosquito-palha 
São Hematófagos 
Agente Etiológico 
• Parasitos do gênero Leishmania, Ross 
(1903) 
• Leishmania braziliensis 
• Leishmania amazonensis 
• Leishmania guyanensis 
• Leishmania shawi 
• Leishmania naiffi 
• Leishmania lainsoni 
Morfologia 
Amastigotas (intracelulares) 
Promastigotas (extracelulares) 
Morfologia 
• Amastigotas: são intracelulares, 
encontrados no interior de histiócitos 
(macrófagos) do hospedeiro vertebrado 
 
• Promastigotas: extracelulares, encontrados 
no tubo digestivo dos flebotomíneos 
Amastigotas 
Promastigotas 
Ciclo Biológico 
Transmissão 
• Picada de insetos hematófagos do gênero 
Lutzomyia, popularmente conhecidos como 
tatuquira, birigui, mosquito-palha etc... 
Patogenia 
 
• A inoculação de formas promastigotas na 
pele atraem para o local células fagocitárias 
mononucleares, macrófagos e outras células 
da série branca 
• Somente macrófagos fixos (não 
estimulados) são hábeis para o 
estabelecimento da infecção 
Período de Incubação 
• Variável: 1 semana a 3 meses 
• Definição: período decorrido entre a picada 
do inseto e o aparecimento de lesão 
Lesão Inicial 
Formas Clínicas 
• Leishmaniose Cutânea 
• Leishmaniose Cutaneomucosa 
• Leishmaniose Cutânea Difusa 
Forma Cutânea 
Forma Cutaneomucosa 
Forma Cutaneomucosa 
Forma Cutaneomucosa 
Forma Difusa 
Leishmaniose Cutânea 
• Leishmaia braziliensis 
• Leishmania guyanensis 
• Leishmania amazonenis 
• Leishmania lainsoni 
Leishmaniose Cutaneomucosa 
• Leishmania braziliensis 
• Leishmania guyanensis 
Leishmaniose Cutânea Difusa 
• Leishmania amazonensis 
Epidemiologia 
• Primariamente uma Enzootia de animais 
silvestres 
• Zoonose 
• Ocorre em: roedores, marsupiais, edentados, 
canídeos, primatas e homem 
Cão parasitado 
Distribuição 
• Índia, Paquistão, Oriente Médio, sul da 
URSS, litoral de países à beira do Mar 
Mediterrâneo, África 
• México e América Central 
• América do Sul: todos os países com 
exceção do CHILE 
Brasil 
• L. braziliensis: Pará, Ceará, Amapá, 
Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Rio de 
Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, 
Goiás e Mato Grosso 
• L. guyanensis e L. amazonensis: Floresta 
Amazônica 
L.amazonensis 
L. guyanensis L. braziliensis 
Ciclos Epidemiológicos 
Profilaxia 
• Proteção individual: telas, repelentes e 
mosquiteiros 
• Ideal: VACINA 
Diagnóstico 
• Clínico: Baseado na característica da lesão 
• Diferencial com Hanseníase, Tuberculose 
Cutânea, Blastomicose e Esporotricose, 
Úlcera Tropical e Doença de Jorge Lobo 
 
Diagnóstico laboratorial 
• Exame direto: pesquisa de amastigotas em 
material de biópsia e curetagem das bordas 
da lesão 
• Cultura do tecido em NNN + LIT 
• Exame histopatológico 
• Inóculo em hamster (patas e focinho) 
 
Pesquisa do DNA do parasito 
• PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é 
feito com fragmentos da borda da lesão em 
pacientes suspeitos de LTA 
• O agente pode ser definido a nível de 
gênero 
• Técnica sensível 
Métodos Imunológicos 
• Teste de Montenegro: mais empregado 
 
• Reação de Imunofluorecência Indireta 
(RIFI): reações cruzadas 
Teste de Montenegro 
Tratamento 
• Antimoniato de n–metilglucamina 
(Glucantime) : 1ml/5kg diários (10 dias) 
• Isotianato de Pentamidina 
• Anfotericina B 
• Paramomicina 15%: unguento 
• Cloridrato de metil benzotonium 12% 
• Imunoterapia 
Imunoterapia 
• Leishvacin (Biobrás, Montes Claros, MG) : 
vacina preparada para imunoprofilaxia 
• Alternativa nos casos resistentes aos 
antimoniais pentavalentes ou onde o uso 
dos mesmos é contraindicado (cardiopatas, 
nefropatas, grávidas, idosos)

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