Buscar

ARTROPLATIA TOTAL DE QUADRIL

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL - ATQ
Acadêmica: Kevilin R. Benedette
ANATOMIA DO QUADRIL
O quadril é uma articulação esférica triaxial;
DUTTON, 2010
Ligamentos intra-articulares
Ligamentos extra-articulares
ANATOMIA DO QUADRIL
Possui três graus de liberdade:
Plano sagital: flexão de quadril 110 a 120° e extensão 10 a 15°;
Plano frontal: abdução 30 a 50°, adução de 25 a 30°;
Plano transverso: rotação interna 30 a 40° e externa 40 a 60°.
DUTTON, 2010
DEFINIÇÃO
A ATQ é uma cirurgia que ocorre a substituição da articulação do quadril por prótese. Onde o osso e a cartilagem estão lesionados, assim sendo substituídos. 
Seu uso pode ser nos casos de lesões graves resultantes da osteoartrite, artrite reumatoide, artrite pós-traumática e necrose avascular.
DUTTON, 2010; INTO
TIPOS DE ABORDAGEM CIRURGICA
Segundo Dutton (2010) em 1960 foi realizada a primeira artroplastia total de quadril por John Charnley com o procedimento de abordagem lateral transtrocantérica. Após, foram desenvolvidas a abordagem ântero-lateral, lateral direta e a póstero-lateral. 
TIPOS DE PRÓTESE
Fixação com cimento: é a qual se usa cimento ósseo para fixar, é de secagem rápida, aproximadamente 90% de sua polimerização ocorre durante os 10 primeiros minutos após a aplicação.
Fixação não cimentada: o acetábulo e o componente femoral são fixados diretamente na superfície óssea, sem a utilização de cimento. 
DUTTON, 2010; CANELLA
TIPOS DE PRÓTESE
Prótese híbrida: O componente femoral é cimentado e o componente acetabular é fixado na superfície acetabular sem cimento;
Prótese de Charnley: mais utilizada, o acetábulo é confeccionado com polietileno de alta densidade e a parte femoral é feita de liga metálica cobalto-cromo-titânio;
ALENCAR, 2002; SCHWARTSMANN, 2012
COMPLICAÇÕES 
TVP: sua incidência ocorre entre a 2° e 3° semana de PO com período de risco de ate três meses após a cirurgia;
Ossificação heterotópica (calcificação fora do osso): a cirurgia envolve a dissecção de músculo e fresagem de osso no acetábulo e fêmur;
Fraturas femorais: ocorre em menos de 1% das ATQ;
Luxação- deslocamento: Aproximadamente 85% dos casos de deslocamento da prótese ocorrem dentro de dois meses de PO. Mais comum em idosas;
Lesão neurovascular: trauma direto, tensão excessiva devido ao aumento no comprimento e ou desvio do membro, sangramento e ou compressão por hematoma;
DUTTON, 2010
REABILITAÇÃO PÓS CIRÚRGICA
Importante o uso meia compressiva para evitar doenças tromboembólicas;
Em pacientes que realizaram a abordagem póstero-lateral ou transtrocantérica pode-se usar um coxim triangular entre os membros, mantendo o quadril em abdução.
É utilizado um dreno, permitindo a drenagem do sangue, podendo ficar por 48 horas;
DUTTON, 2010
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA 
Evitar complicações pós cirúrgicas como: TVP, Infecções respiratórias e embolia pulmonar;
Evitar efeitos nocivos da imobilização; Diminuir a dor e promover o relaxamento muscular;
Proporcionar o ganho gradual da ADM do quadril e manter a ADM de joelho e tornozelo;
Assegurar o treinamento da marcha com dispositivo auxiliar de locomoção e posteriormente auxiliar na normalização da marcha de meio auxiliar;
Recuperar a força muscular e flexibilidade de modo progressivo. Proporcionar a reeducação funcional proprioceptiva de acordo com as possibilidades do paciente estimulando o equilíbrio;
DUTTON, 2010
FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO PÓS OPERATÓRIA 
PO imediato: Nas primeiras 24 horas após a cirurgia é recomendado visitas diárias do fisioterapeuta, exercícios respiratórios e bomba de tornozelo ativa, exercícios de resistência para as extremidades não envolvidas. 
DUTTON, 2010
1° PO: Já pode sentar no leito; 
	Exercícios isométricos de quadríceps; 
	Exercícios isométricos de glúteo; 
	Manter o quadril em abdução; 
	Exercícios ativos assistidos de flexão e extensão do joelho.
2° a 6° PO: Abdução ativa e isometria do quadril; 
	 Flexão ativa assistida do quadril e do joelho; 
	 Treinamento de marcha com dispositivos auxiliares 	 ajustados de acordo com a altura correta do paciente;
	 A partir do terceiro dia já pode ser iniciado o treinamento de subir e descer escadas; 
	 Durante o treinamento cuidar com hipotensão postural ou déficit de equilíbrio do paciente.
	 Exercícios de flexo-extensão ativos de joelho na posição sentada;
DUTTON, 2010
A partir da 9 semana o paciente já deve obter independência para locomoção, sem disfunção da marcha, alcançar o equilíbrio e propriocepção de 80%, obter independência para subir escadas sem dispositivos auxiliares, independência funcional nas AVD’s
CUIDADOS (deve ser seguido durante 2 a 3 meses após cirurgia)
Na abordagem póstero-lateral, evitar a flexão do quadril além de 90° e abdução mínima ou rotação interna do quadril;
PO imediato: após uma abordagem lateral ou ântero-lateral, adução ao longo da linha média;
DUTTON, 2010
	Não cruzar a perna envolvida com a perna oposta;
	Na posição deitada manter a perna envolvida em uma posição neura de maneira que o joelho e o pé apontem na direção do teto;
	Caminhar pequenas distâncias, para melhorar gradualmente a resistência física; 
	Para sentar a cadeira deverá estar na posição semi‐reta e o quadril não deverá dobrar mais que 70°; 
	O paciente deve evitar movimentos combinados de rotação interna com flexão ou adução acima da linha media corporal; 		
Ao entrar no carro observar se o banco do passageiro está posicionado para trás e com o encosto reclinado. Em seguida sentar de costas para o assento e com o tronco reclinado mantendo o membro operado afastado e esticado. Gire ao mesmo tempo seu tronco colocando o membro operado para dentro.
INTO
REFERÊNCIAS
DUTTON, MARK. Fisioterapia ortopédica: Exame, avaliação e intervenção – 2° ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
https://www.into.saude.gov.br/upload/arquivos/publicacoes/cartilhas/cartilha_quadril.pdf Acessado: 01/03/17 às 17:00hrs.
SCHWARTSMANN, Carlos Roberto et al.Novas superfícies em artroplastia total do quadril. Rev. bras. ortop. [online]. 2012, vol.47, n.2, pp.154-159.
ALENCAR P.G.C., et al. Artroplastia total de quadril híbrida: estudo com sete a nove anos de seguimento. Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nº 6 – Junho, 2002.
http://richardcanella.com/pdf/atq-pre.pdf Acessado dia 02/03/17 às 15:00hrs

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais