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Relaxamento de prisão

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA COMARCA ...
	ROMUALDO, nacionalidade..., profissão..., Portador da Cédula de Identidade nº..., Inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº..., residente e domiciliado à Rua..., bairro..., número..., cidade..., CEP..., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que ao final subscreve (instruído conforme documento procuratório em anexo), com fulcro no art. 5º, LXV da CRFB c/c art. 310, I do CPP, requerer o 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE
pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
I- DOS FATOS:
Na data de ontem, por volta das 22 horas, Romualdo encontrava-se no interior de sua residência, quando ouviu um barulho no quintal. Munido de um revólver, abriu a janela de sua casa e percebeu que uma pessoa, que não pôde identificar devido à escuridão, caminhava dentro dos limites de sua propriedade. Considerando tratar-se de um ladrão, desferiu três tiros que acabaram atingindo a vítima em região letal, causando sua morte. Ao sair do interior de sua
residência, Romualdo constatou que havia matado um adolescente que lá havia entrado por motivos que fogem ao seu conhecimento. Imediatamente, Romualdo dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima, onde comunicou o ocorrido. O Delegado plantonista, após ouvir os fatos, prendeu-o em flagrante pelo crime de homicídio.
II- DO DIREITO
a) DA ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Meretíssimo, é de suma importância ressaltar que o caso em tela não configura o momento passível de prisão em flagrante, sendo desrespeitada a disposição do código de processo penal, uma vez que não se encaixa na figura de flagrante quem, como Romualdo, se dirige à Delegacia para comunicar o ocorrido, por falta de subsunção às hipóteses do art. 302 do CPP. Além disso, fica claro que o flagrante prevê a conduta de levar o acusado, quando diz no início do art. 304 do CPP “apresentado o preso à autoridade competente...”, de forma que, mais uma vez, corrobora com a ilegalidade da prisão em tela, pois o próprio agente compareceu à autoridade para narrar os fatos.
b) DA LEGÍTIMA DEFESA
Além disso, caso Vossa Excelência não entenda como sendo motivo de relaxamento da prisão em flagrante, é imprescindível ressaltar que o agente agiu em legítima defesa art. 23, II do CP, por crê que trata-se de um assaltante, de modo que incidirá no parágrafo único do artigo 310 do CPP, pois o agente praticou o ato nas condições retromencionadas, devendo ser decretada sua liberdade provisória.
III- DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer que
a) após ouvida do Ministério Público, seja deferido o pedido de relaxamento da prisão em flagrante com fulcro no art. 5º, LXV CRFB, com a expedição do competente alvará de soltura.
b) Subsidiariamente, que seja concedida a Liberdade Provisória do agente, uma vez que a conduta foi praticada em legítima defesa, de modo que o acusado se comprometerá ao comparecimento de todos os atos do processo, nos termos do Parágrafo Único do artigo 310 do CPP.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., data...
Advogado Oab nº ...

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