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DISSERTAÇÃO
O inciso XXVI do artigo 7º da Carta Magna dispõe que são direitos dos trabalhadores o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho, urbanos ou rurais. Hodiernamente as normas coletivas se dividem em três: Convenções Coletivas de Trabalho, Acordos Coletivos de Trabalho e Dissídios Coletivos de Trabalho, sendo que, apesar de todas essas normas caracterizarem-se por serem coletivas não se pode dizer que são equivalentes, existindo diferenças significativas quanto às suas formas e aplicações.
Os Acordos Coletivos de Trabalho tem o condão de impor regras a seus colaboradores acerca das métodos de trabalho que serão implementados nas empresas as quais tenham acordado para tal. Em suma, tem-se que os ACT’s são realizados entre empregador e o sindicato da categoria dos empregados. Nesse caso a relação é direta sem a participação do sindicato patronal. O conceito de Convenção Coletiva de Trabalho se faz presente no artigo 611 da Consolidação das Leis Trabalhistas que dispõe: “Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.” A precípua diferença entre os ACT’s e as CCT’s é que nestas no que tange às disposições das normas há uma concorrência de competência na qual de um lado estão os sindicatos que representam os empregados e do outro os patrões. As normas são discutidas entres estes que após a aprovação passa a ser exigida no âmbito empresarial. E por fim, tem-se os chamados Dissídios Coletivos, que nada mais são do que uma “válvula de escape” para os trabalhadores quando da ineficácia da auto composição de interesses coletivos através dos ACT’s e das CCT’s. Os Dissídios Coletivos são processos judiciais que visam resolver conflitos que poderão ser impetrados pela entidade sindical da categoria dos profissionais ou da categoria econômica. Ocorre que para o ajuizamento de tal ação exige-se que não haja mais a possibilidade de solução do conflito mediante negociação coletiva, outrossim por arbitragem.
	Tais instrumentos normativos foram de suma importância na busca de desburocratizar as relações de trabalho, bem como proteger os trabalhadores dos abusos muitas vezes praticados por parte das empresas. Não obstante, com a aprovação da reforma trabalhista ocorrida no ano de 2017 a tendência é que tais diplomas estejam ainda mais em evidência, haja vista uma das principais mudanças que ocorrerão quando da vigência da nova lei trabalhista é a prevalência sobre a CLT dos acordos firmados entre patrão e empregado, o que, se por um lado fragilizará a legislação trabalhista e trará profundas mudanças nas ações judiciais que tratarão do mesmo assunto, espera-se cada vez mais que as Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho sejam elaborados de maneira mais técnica revestidos de maiores poderes normativos.

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