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curso 13894 aula 04 v1 pc estrategia penal 2017 2018

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Aula 04
Direito Penal p/ Polícia Civil-GO (Agente) - Com videoaulas
Professor: Renan Araujo
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AULA 04: CONCURSO DE PESSOAS. 
SUMÁRIO 
!
1. CONCURSO DE PESSOAS .............................................................................. 2 
1.1. Conceito, natureza e características ......................................................... 2 
1.2. Requisitos ................................................................................................ 3 
1.3. Modalidades ............................................................................................. 8 
1.3.1. Coautoria ................................................................................................ 8 
1.3.2. Participação ........................................................................................... 12 
1.4. Comunicabilidade das circunstâncias ..................................................... 14 
1.4.1. Espécies de elementares e de circunstâncias .............................................. 15 
1.4.2. Cooperação dolosamente distinta ............................................................. 17 
2. RESUMO .................................................................................................... 18 
3. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 22 
4. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 31 
5. GABARITO ................................................................................................. 50 
!
!
Olá, meus amigos! 
Hoje é dia de estudarmos um instituto que costuma ser bastante 
cobrado em provas de concursos públicos: concurso de pessoas. 
Portanto, muita atenção, pois há várias teorias doutrinárias que 
podem cair na prova. Temos muitas questões interessantes! 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
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1.! CONCURSO DE PESSOAS 
1.1.! Conceito, natureza e características 
O concurso de pessoas pode ser conceituado como a colaboração 
de dois ou mais agentes para a prática de um delito ou 
contravenção penal. 
O concurso de pessoas é regulado pelos arts. 29 a 31 do CP: 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída
de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Circunstâncias incomunicáveis 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Casos de impunibilidade 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição 
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a 
ser tentado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Mas como compreender a natureza jurídico-penal de uma 
conduta criminosa praticada por diversas pessoas? Três teorias 
surgiram: 
•! Pluralista (ou pluralística) - Para esta teoria cada pessoa 
responderia por um crime próprio, existindo tantos crimes 
quantos forem os participantes da conduta delituosa, já que a 
cada um corresponde uma conduta própria, um elemento 
psicológico próprio e um resultado igualmente particular1. 
•! Dualista (ou dualística) – Segundo esta teoria, há um crime 
para os autores, que realizam a conduta típica emoldurada no 
ordenamento positivo, e outro crime para os partícipes, que 
desenvolvem uma atividade secundária. 
•! Monista (ou monística ou unitária) – A codelinquência 
(concurso de agentes) deve ser entendida, para esta teoria, 
como CRIME ÚNICO, devendo todos responderem pelo 
mesmo crime. É a adotada pelo CP. Isso não significa que 
todos que respondem pelo delito terão a mesma pena. A pena 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Geral. Ed. Saraiva, São Paulo, 2015, 
p. 548
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de cada um irá corresponder à valoração de cada uma das 
condutas (cada um responde “na medida de sua culpabilidade). 
Em razão desta diferenciação na pena de cada um dos 
infratores, diz-se que o CP adotou uma espécie de teoria 
monista temperada (ou mitigada). 
O concurso de pessoas pode ser, basicamente, de duas espécies: 
•! EVENTUAL – Neste caso, o tipo penal não exige que o fato seja 
praticado por mais de uma pessoa. Isso não impede, contudo, 
que eventual ele venha a ser praticado por mais de uma pessoa 
(Ex.: Furto, roubo, homicídio). 
•! NECESSÁRIO – Nesta hipótese o tipo penal exige que a 
conduta seja praticada por mais de uma pessoa. Divide-se em: 
a) condutas paralelas (crimes de conduta unilateral): Aqui os
agentes praticam condutas dirigidas à obtenção da mesma
finalidade criminosa (associação criminosa, art. 288 do CPP);
b) condutas convergentes (crimes de conduta bilateral ou de
encontro): Nesta modalidade os agentes praticam condutas
que se encontram e produzem, juntas, o resultado pretendido
(ex. Bigamia); c) condutas contrapostas: Neste caso os
agentes praticam condutas uns contra os outros (ex. Crime de
rixa)
1.2.! Requisitos 
Mas quais são os requisitos para que se possa falar em 
concurso de pessoas? Cinco são os requisitos para que seja caracterizado 
o concurso de pessoas:
•! Pluralidade de agentes – Para que possamos falar em 
concurso de pessoas, é necessário que tenhamos mais de uma 
pessoa a colaborar para o ato criminoso. É necessário que 
sejam agentes culpáveis? A doutrina se divide, mas 
prevalece o entendimento de que todos os comparsas devem 
ter discernimento, de maneira que a ausência de culpabilidade 
por doença mental, por exemplo, afastaria o concurso de 
agentes, devendo ser reconhecida a autoria mediata. Assim, se 
uma pessoa, perfeitamente mental e maior de 18 anos 
(penalmente imputável) determina a um doente mental (sem 
qualquer discernimento) que realize um homicídio, não há 
concurso de pessoas, mas autoria mediata, pois o autor do 
crime foi o mandante, que se valeu de uma pessoa sem 
vontade como mero instrumento2 para praticar o crime. 
Não há concurso, pois um dos agentes não era culpável. Essa 
regra só se aplica aos crimes unissubjetivos (aqueles em 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2 WELZEL, Hans. Derecho Penal, parte general. Ed. Roque Depalma. Buenos Aires, 1956, p. 106 
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que basta um agente para sua caracterização). Nos crimes 
plurissubjetivos (aqueles em que necessariamente deve 
havermais de um agente, como no crime de associação 
criminosa, por exemplo – art. 288 do CP), se um dos 
colaboradores não é culpável por qualquer razão, mesmo 
assim permanece o crime. Nos crimes eventualmente 
plurissubjetivos (crime de furto, por exemplo, que 
eventualmente pode ser um crime qualificado pelo concurso de 
pessoas, embora seja, em regra, unissubjetivo) também não 
é necessário que todos os agentes sejam culpáveis, 
bastando que apenas um o seja para que reste 
configurado o delito em sua forma qualificada. Nessas 
duas últimas hipóteses, no entanto, não há propriamente 
concurso de pessoas, mas o que a Doutrina chama de 
concurso impróprio, ou concurso aparente de pessoas. 
Contudo, essa ressalva só se aplica ao caso de concurso entre 
culpável e “não culpável que possui discernimento”. Assim, se 
o agente culpável se vale de alguém sem culpabilidade como
mero instrumento, sem que ele possua qualquer discernimento,
teremos sempre autoria mediata. No caso do concurso entre
um agente culpável e um menor de 17 anos, por exemplo (não
culpável por inimputabilidade), pode ser reconhecido o
concurso de pessoas (concurso aparente), já que o menor
possuía vontade e esta vontade convergia com a do imputável,
não tendo sido utilizado como mero instrumento.
•! Relevância causal da colaboração – A participação do 
agente deve ser relevante para a produção do resultado, de 
forma que a colaboração que em nada contribui para o 
resultado é um indiferente penal. Além disso, a colaboração 
deve ser prévia ou concomitante à execução, ou seja, 
anterior à consumação do delito. Se a colaboração for posterior 
à consumação do delito, como o fato já ocorreu, não há 
concurso de pessoas, podendo haver, no entanto, outro crime 
(favorecimento real, receptação, etc.). Porém, se a 
colaboração for posterior à consumação, mas combinada 
previamente, há concurso de pessoas. Ex: Imagine que 
Poliana decide matar seus pais, e combina com seu namorado 
para que ele esteja às 20h em ponto na porta de sua casa para 
lhe ajudar na fuga. Assim, a conduta do namorado (auxiliar na 
fuga) é posterior à consumação, mas fora combinada 
anteriormente, havendo, portanto, concurso de pessoas. 
Diversa seria a hipótese, no entanto, se o namorado tivesse ido 
à casa da namorada sem saber que deveria lhe ajudar na fuga. 
Lá chegando, a namorada conta o ocorrido e ele, a partir daí, 
concorda em auxiliá-la na fuga. Nessa hipótese, o namorado 
comete o crime de favorecimento pessoal (nos termos do art. 
348 do CP). Cuidado com isso! 
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•! Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo) – Também é 
conhecido como concurso de vontades. Assim, para que haja 
concurso de pessoas, é necessário que a colaboração dos 
agentes tenha sido ajustada entre eles, ou pelo menos tenha 
havido adesão de um à conduta do outro. Deste modo, a 
colaboração meramente causal, sem que tenha havido 
combinação entre os agentes, não caracteriza o concurso de 
pessoas. Trata-se do princípio da convergência. Caso haja 
colaboração dos agentes para a conduta criminosa, mas sem 
vínculo subjetivo entre eles, estaremos diante da autoria 
colateral, e não da coautoria. 
•! Unidade de crime (ou contravenção) para todos os 
agentes (identidade de infração penal) – Nos termos do 
art. 29 do CP: Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua 
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Daí 
podemos perceber que se 20 pessoas colaboram para a prática 
de um delito (homicídio, por exemplo), todas elas respondem 
pelo homicídio, independentemente da conduta que tenham 
praticado (um apenas conseguiu a arma, o outro dirigiu o 
veículo da fuga, outro atraiu a vítima, etc.). As condutas dos 
agentes, portanto, devem constituir algo juridicamente 
unitário3.
•! Existência de fato punível – Trata-se do princípio da 
exterioridade. Assim, é necessário que o fato praticado pelos 
agentes seja punível, o que de um modo geral exige pelo menos 
que este fato represente uma tentativa de crime, ou crime 
tentado. Para a caracterização do crime tentado, é necessário 
que seja dado início à execução do crime. Se o fato ficar 
meramente no plano abstrato, no plano da cogitação, não há 
fato punível, nos termos do art. 14, II do CP. O art. 31 do CP 
determina, ainda, de modo específico para a hipótese de 
concurso de pessoas, que a colaboração só é punível se o 
crime for, ao menos, tentado: Art. 31 - O ajuste, a determinação
ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são 
puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
CUIDADO! Na autoria mediata, não basta que o executor seja um 
inimputável, ele deve ser um verdadeiro INSTRUMENTO do 
mandante, ou seja, ele não deve ter qualquer discernimento no caso 
concreto. 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 553 
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Ex.: José e Pedro (este menor de idade, com 17 anos) combinam de 
matar Maria. José arma o plano e entrega a arma a Pedro, que a executa. 
Neste caso, Pedro é inimputável por ser menor de 18 anos, mas possui 
discernimento, não se pode dizer que foi um mero “instrumento” de José. 
Assim, aqui não teremos autoria mediata, mas concurso aparente 
de pessoas. 
Ex.2: José, maior e capaz, entrega a Mauro (um doente mental sem 
nenhum discernimento) uma arma e diz para ele atirar em Maria, que 
vem a óbito. Neste caso há autoria mediata, pois Mauro (o 
inimputável) foi mero instrumento nas mãos de José. 
Mas esta é a única hipótese de autoria mediata? A resposta é 
negativa. A melhor Doutrina divide a autoria mediata em três hipóteses, 
basicamente4: 
1 – Autoria mediata por erro do executor – Neste caso, aquele que 
pratica a conduta foi induzido a erro pelo mandante (erro de tipo ou erro 
de proibição). Ex.: Médico que entrega à enfermeira uma injeção 
contendo determinada substância tóxica, e determina que esta aplique 
no paciente, alegando que se trata de morfina, para aliviar a dor5. A 
enfermeira, aqui, não atua dolosamente (do ponto de vista “finalístico”), 
pois apesar de dar causa à morte do paciente (causalidade física, pois foi 
ela quem injetou a substância), não dirigiu sua conduta a este resultado. 
O domínio do fato pertencia ao médico, o real infrator. 
2 – Autoria mediata por coação do executor – Aqui o infrator coage 
uma terceira pessoa a praticar um delito. Em se tratando de coação 
MORAL irresistível, teremos um agente não culpável (a coação moral 
irresistível afasta a culpabilidade). Desta forma, aquele que executa o faz 
em situação de não culpabilidade. A culpabilidade recai apenas sobre o 
coator, não sobre o coagido. Ex.: Médico que determina à enfermeira que 
aplique sobre o paciente uma dose cavalar de veneno. O médico, porém, 
não esconde da enfermeira que se trata de veneno, ao contrário deixa 
isso bem claro. Porém, diz à enfermeira que se ela não fizer o que foi 
determinado, irá matar sua filha. Vejam que, neste caso, a enfermeira 
sabe que está injetando o veneno, de forma que age dolosamente, mas 
ainda assim sem culpabilidade, por inexigibilidade de conduta diversa. 
3 – Autoria mediata por inimputabilidade do agente – Nesta 
hipótese o infrator se vale de uma pessoa inimputável para a prática dodelito. A inimputabilidade, aqui, pressupõe que o executor (inimputável) 
não tenha discernimento necessário6. Caso o executor, mesmo 
inimputável, possua discernimento, não haverá autoria mediata. Ex.: 
José, 20 anos, organiza um plano para furtar uma loja de eletrônicos, e 
combina com Marcelo, de 17, a execução do plano. Neste caso, não há 
autoria mediata, pois Marcelo, a despeito de sua inimputabilidade legal, 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
4 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 560 
5 O exemplo é de Hans Welzel. (cf. WELZEL, Hans. Op. Cit.___, p. 106) 
6 WELZEL, Hans. Op. Cit.___, p. 107-108 
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tem discernimento para não ser considerado como “objeto”. Por outro 
lado, no mesmo exemplo, imaginemos que Marcelo tenha 30 anos, mas 
seja absolutamente incapaz de entender o que se passa (doente mental 
completo). Neste caso, a inimputabilidade de Marcelo afasta o 
reconhecimento do concurso de pessoas com José, que responderá como 
autor mediato do crime. 
É cabível autoria mediata nos crimes próprios e de mão 
própria? Em relação aos crimes próprios se admite a autoria mediata, 
desde que o autor MEDIATO reúna as condições especiais exigidas 
pelo tipo penal. 
EXEMPLO: Paulo, servidor público, coage moralmente Maria (coação 
irresistível), obrigando-a a subtrair 10 notebooks da repartição em que 
ele, Paulo, exerce suas funções. Paulo, para a execução do delito, se 
valeu de sua função para facilitar a subtração. Neste caso, Paulo poderá 
responder por peculato-furto na qualidade de autor mediato. 
Mas, e se Maria é quem fosse a servidora e Paulo fosse um 
particular? Poderia haver autoria mediata? Não, neste caso não 
poderíamos falar em autoria mediata. 
Contudo, se não há autoria mediata e não há concurso de 
pessoas (pois não há concurso de pessoas entre coator e coagido), 
Paulo ficará impune? Não, a Doutrina desenvolveu, para tais casos, a 
figura da AUTORIA POR DETERMINAÇÃO. Consiste, basicamente, em 
punir aquele que, embora não sendo autor nem partícipe, exerce sobre a 
conduta domínio EQUIPARADO à figura da autoria.7 
Não se pode considerar o agente como autor por não reunir os 
elementos necessários para tanto. Também não se pode considera-lo como 
partícipe, eis que a participação pressupõe o crime praticado por outro 
autor (e não há). Ele será punido, portanto, por ser o autor da 
determinação para a conduta (ter sido o responsável por sua 
ocorrência). 
Em relação aos crimes de mão própria, contudo, não se admite a 
figura da autoria mediata, eis que o crime não pode ser realizado por 
interposta pessoa (Ex.: A testemunha, no crime de falso testemunho, não 
pode coagir alguém a depor em seu lugar, prestando testemunho falso). 
Neste caso, porém, exemplificativamente, se a testemunha for coagida 
por terceira pessoa, esta terceira pessoa poderá ser considerada AUTOR 
por determinação, conforme explicado anteriormente. 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7 PIERANGELI, José Henrique. ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Manual de Direito Penal Brasileiro. Ed. RT. 
São Paulo, 2008, p. 580/581 
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1.3.! Modalidades 
1.3.1.! Coautoria 
Para entendermos o fenômeno da coautoria, devemos, 
primeiramente, estudar o que seria a autoria do delito. 
Várias teorias, ao longo do tempo, procuraram definir o conceito 
de AUTOR. 
O conceito extensivo de autor não diferencia autor e partícipe, 
considerando que todos aqueles que concorrem para o crime são autores 
do delito. Esse conceito é baseado numa premissa “causal-naturalista” de 
que todo aquele que dá causa ao delito (por qualquer forma), deve ser 
considerado autor do crime. 
Contudo, como pelo conceito extensivo de autor não era possível 
definir quem era autor e quem era partícipe, surgiu a teoria subjetiva da 
participação, que considerava como autor aquele que pratica o fato como 
próprio, que quer o crime “como próprio”, como seu, e partícipe aquele que 
quer o fato como alheio, pratica uma conduta acessória ao “crime de outra 
pessoa”.8 Isso era fundamental para a fixação da pena de cada um, já que 
aos autores deveriam ser aplicadas penas, em tese, mais severas. 
Como o conceito extensivo apresentou mais problemas que soluções, 
surgiu o conceito restritivo de autor9. Para esta teoria restritiva10, autor 
e partícipe não se confundem. Autor será aquele que praticar a conduta 
descrita no núcleo do tipo penal (subtrair, matar, roubar, etc.). Todos os 
demais, que de alguma forma prestarem colaboração (material ou moral), 
serão considerados partícipes. Esta foi a teoria adotada pelo CP. 
Agora que já sabemos que o CP diferencia autor e partícipe, 
precisamos saber qual é o critério para se diferenciar um do outro. 
Três teorias surgiram. 
A primeira teoria, a teoria objetivo-formal, estabelece que autor é 
quem realiza a conduta prevista no núcleo do tipo, sendo partícipes todos 
os outros que colaboraram para isso, mas não realizaram a conduta 
descrita no núcleo do tipo. Para esta teoria, por exemplo, no crime de 
homicídio, somente seria autor aquele que efetivamente praticasse a 
conduta de “matar” alguém. Todos os outros colaboradores seriam 
partícipes. O grande problema desta teoria é considerar o autor intelectual 
(mandante) como partícipe, e não como autor. Mais que isso: Essa teoria 
não explica o fenômeno da autoria mediata (quando alguém se vale de um 
inimputável para cometer um crime). 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
8 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 555 
9 PIERANGELI, José Henrique. ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Manual de Direito Penal Brasileiro. Ed. RT. 
São Paulo, 2008, p. 572. 
10 Também chamada por alguns de teoria dualista ou objetiva. 
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A segunda teoria, a teoria objetivo-material, entende que autor é 
quem colabora com participação de maior importância para o crime, e 
partícipe é quem colabora com participação reduzida, independentemente 
de quem pratica o núcleo do tipo (verbo que descreve a conduta criminosa 
– matar, subtrair, etc.).
A terceira e última teoria, a teoria do domínio do fato, criada pelo 
pai do finalismo, Hans Welzel11, e posteriormente desenvolvida por Claus 
Roxin, defende que autor é todo aquele que possui o domínio da 
conduta criminosa, seja ele o executor (quem pratica a conduta prevista 
no núcleo do tipo) ou não12. Para esta teoria, o autor seria aquele que 
decide o trâmite do crime, sua prática ou não, etc. Essa teoria explica, 
satisfatoriamente, o caso do mandante, por exemplo, que mesmo sem 
praticar o núcleo do tipo (“matar alguém”), possui o domínio do fato, pois 
tem o poder de decidir sobre o rumo da prática delituosa. 
Para esta teoria, o partícipe existe, e é aquele que contribui para a 
prática do delito13, embora não tenha poder de direção sobre a conduta 
delituosa. O partícipe só controla a própria vontade, mas a não a conduta 
criminosa em si, pois esta não lhe pertence. 
A teoria do domínio do fato tem por finalidade estabelecer uma 
diferenciação entre autor e partícipe a partir da noção de “controle da 
situação”. Aquele que,mesmo não executando a conduta descrita no 
núcleo do tipo, possui todo o controle da situação, inclusive com a 
possibilidade de intervir a qualquer momento para fazer cessar a conduta, 
deve ser considerado autor, e não partícipe. 
O controle (ou domínio) da situação pode se dar mediante14: 
1 - Domínio da ação - O agente realiza diretamente a conduta 
prevista no tipo penal 
2 - Domínio da vontade - O agente não realiza a conduta 
diretamente, mas é o "senhor do crime", controlando a vontade do 
executor, que é um mero instrumento do delito (hipótese de autoria 
mediata). 
3 - Domínio funcional do fato - O agente desempenha uma 
função essencial e indispensável ao sucesso da empreitada criminosa, 
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11 WELZEL, Hans. Op. Cit.___, p. 105 
12 MUÑOZ CONDE, Francisco. Teoría general del delito. Ed. Temis Editorial. Bogotá, 1999, p. 155-
156 
13 WELZEL, Hans. Op. Cit.___, p.117-119 
14 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 557-558 
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que é dividida entre os comparsas, cabendo a cada um uma parcela 
significativa, essencial e imprescindível. 
Em todos estes casos, o agente será considerado autor do delito. 
A teoria do domínio do fato, porém, não se aplica aos crimes 
culposos, pois neste não há domínio final do fato, pois o fato final 
(resultado) não é buscado pelos agentes, que pretendiam outro 
resultado15. 
A teoria adotada pelo CP é a teoria objetivo-formal, 
considerando autor aquele que realiza a conduta descrita no núcleo do tipo, 
já que denota sua “vontade de autor” (animus auctoris), em contraposição 
à “vontade de colaboração” do partícipe (animus socii). Entretanto, 
considera-se adotada a teoria do domínio do fato para os crimes em 
que há autoria mediata, autoria intelectual, etc., de forma a 
complementar a teoria adotada. 
Esta é, portanto, a posição doutrinária a respeito da posição do CP 
sobre a diferença entre autor e partícipe. 
Desta maneira, após entendermos quem seria considerado autor do 
delito para o CP, podemos definir a coautoria como a espécie de concurso 
de pessoas na qual duas ou mais pessoas praticam a conduta descrita no 
núcleo do tipo penal. Assim, no crime de roubo, se duas ou mais pessoas 
entram num banco, portando armas, e anunciam um assalto, todas elas 
praticaram a conduta descrita no núcleo do tipo do art. 157, § 2°, I e II do 
CP (subtrair para si ou para outrem, mediante violência ou grave 
ameaça...). Logo, todas são coautoras do delito. 
No mesmo exemplo, o motorista que fica do lado de fora (o “piloto 
de fuga”) é considerado partícipe, pois embora concorra para a prática do 
delito, não pratica a conduta descrita no núcleo do tipo penal. Contudo, 
para a teoria do domínio do fato o motorista é autor, pois detém o controle 
funcional do fato (divisão de tarefas). 
Por outro lado, José, que apenas emprestou o carro para o roubo, 
não podendo influenciar, de alguma forma, no desfecho posterior do delito 
(uma vez esgotada sua participação), é considerado partícipe. 
A coautoria pode ser funcional (ou parcial), que é aquela na qual 
a conduta dos agentes são diversas e se somam, de forma a produzir o 
resultado. Assim, se Ricardo segura a vítima para que Poliana a espanque, 
ambos são coautores do crime de lesão corporal, mediante coautoria 
funcional. 
Porém, a coautoria pode ser, ainda, material (direta), que é a 
hipótese em que ambos os coautores realizam a mesma conduta. Assim, 
no exemplo acima, se Ricardo e Poliana espancassem a vítima, ambos 
seriam coautores mediante coautoria material. 
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15 Idem, p. 558 
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No quadro abaixo vou mostrar para vocês algumas hipóteses 
polêmicas de aplicação do instituto da coautoria: 
!! Admite-se a coautoria nos crimes próprios, desde que ambos
os agentes possuam a qualidade exigida pela lei, ou que, aqueles
que não a possuem, ao menos tenham ciência de que o outro
agente age nessa qualidade.
!! Não se admite a coautoria nos crimes de mão-própria, pois
são considerados de conduta infungível, só podendo ser praticados
pelo sujeito especificamente descrito pela lei.
!! A Doutrina se divide quanto à possibilidade de coautoria em
crimes omissivos, da seguinte forma:
1 – Parte entende que NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE 
COAUTORIA OU PARTICIPAÇÃO (Concurso de agentes), 
pois TODAS AS PESSOAS PRATICAM O NÚCLEO DO TIPO, 
DE MANEIRA AUTÔNOMA; 
2 – Outra parte da Doutrina entende poderia haver 
concurso de pessoas, na modalidade de coautoria, mas 
é minoritário; 
3 – A Doutrina ligeiramente majoritária entende que é 
possível PARTICIPAÇÃO, mas NÃO COAUTORIA. 
!! Na autoria mediata não há concurso de pessoas entre autor
mediato autor imediato, respondendo apenas o autor mediato, que
se valeu de alguém sem culpabilidade para a execução do delito.
!! Entretanto, é possível coautoria e também participação na autoria
mediata, desde que haja colaboração entre os agentes
mediatos. NUNCA HAVERÁ CONCURSO DE PESSOAS ENTRE
AUTOR MEDIATO E AUTOR IMEDIATO.
!! CUIDADO! Na coação física irresistível, não há autoria mediata,
mas autoria direta, pois o agente que realiza a ação não possui
conduta, já que não há vontade. Nesse caso, aquele que pratica a
coação física irresistível é autor direto, não mediato;
!! Admite-se a autoria mediata nos crimes próprios, mas não nos
crimes de mão própria (há alguns doutrinadores que entendem ser
possível).
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1.3.2.! Participação 
Conforme estudamos, no Brasil adotou-se o conceito restritivo 
de autor, distinguindo-se autor e partícipe. Adotou-se, ainda, a teoria 
objetivo-formal, de forma que podemos definir a participação como a 
modalidade de concurso de pessoas na qual o agente colabora para a 
prática delituosa, mas não pratica a conduta descrita no núcleo do tipo 
penal. 
A participação pode ser: 
•! Moral – É aquela na qual o agente não ajuda materialmente na 
prática do crime, mas instiga ou induz alguém a praticar o 
crime. A instigação ocorre quando o partícipe age no psicológico 
do autor do crime, reforçando a ideia criminosa, que já existe 
na mente deste. O induzimento, por sua vez, ocorre quando o 
partícipe faz surgir a vontade criminosa na mente do autor, que 
não tinha pensado no delito; 
•! Material – A participação material é aquela na qual o partícipe 
presta auxílio ao autor, seja fornecendo objeto para a prática 
do crime, seja fornecendo auxílio para a fuga, etc. É também 
chamada de cumplicidade. Este auxílio não pode ser 
prestado após a consumação, salvo se o auxílio foi previamente 
ajustado. 
Já que o partícipe não pratica a conduta descrita no núcleo do 
tipo penal, como puni-lo? 
A punibilidade do partícipe não pode ser realizada diretamente pela 
descrição do fato típico. De fato, aquele que empresta uma arma para que 
alguém mate outra pessoa, não poderia responder por homicídio, pois o 
art. 121 do CP diz: “matar alguém”. Aquele que empresta a arma não está 
“matando”, por isso se diz que não há, aqui, adequação típica imediata. 
Contudo, a punibilidade do partícipeé possível porque há normas de 
extensão da adequação típica (no caso, o art. 29 do CP), que permitem a 
extensão do raio de aplicação do tipo penal para aqueles que, de alguma 
forma, tenham contribuído para o delito. Trata-se da chamada adequação 
típica mediata. 
Como a conduta do partícipe é considerada acessória em relação à 
conduta do autor (que é principal), o partícipe é punido em razão da teoria 
da acessoriedade16. Porém, existem quatro teorias da acessoriedade: 
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16 A teoria da acessoriedade deriva de uma das teorias dos FUNDAMENTOS da punibilidade do 
partícipe, que é a TEORIA DO FAVORECIMENTO (ou da CAUSAÇÃO), que diz que o partícipe deve 
ser punido por ter coloborado para que o delito fosse realizado. Em contraposição a esta, havia a 
teoria da participação na culpabilidade, que defendia que o partícipe deveria ser punido apenas por 
exercer “influência negativa” sobre o autor. Esta última foi abandonada pela Doutrina há algumas 
décadas. 
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•! Teoria da acessoriedade mínima – Entende que a conduta 
principal deva ser um fato típico, não importando se é ou não 
um fato ilícito. EXEMPLO: Imagine que Marcio e João 
combinam de matar Paulo. Na data combinada para a 
execução, Marcio guia o carro até o local e fica esperando do 
lado de fora. João se dirige até Paulo e, após uma discussão, 
Paulo começa a agredir João, que na verdade mata Paulo em 
legítima defesa. João matou Paulo em legítima defesa e não 
em razão do ajuste com Marcio (não tendo praticado fato ilícito, 
mas apenas típico), mas por esta teoria, mesmo assim Marcio 
responderia como partícipe do crime. Veja que João, de fato, 
matou Paulo. Contudo, o fato não é ilícito, pois João agiu em 
legítima defesa. Porém, para esta teoria, ainda que a conduta 
de João seja considerada apenas típica, mas não ilícita, Marcio 
deveria ser punido. O pior de tudo é que, neste caso, Márcio, 
que não praticou a conduta seria punido, mas João seria 
absolvido pela legítima defesa. 
•! Teoria da acessoriedade limitada – Exige que o fato 
praticado (conduta principal) seja pelo menos uma conduta 
típica e ilícita. Assim, no exemplo dado acima, a conduta do 
partícipe Marcio não é punível, pois a conduta principal, apesar 
de típica, não é ilícita. Veja que, para esta corrente 
Doutrinária, se o fato praticado pelo autor NÃO FOR 
ILÍCITO (Ainda que seja um fato típico), em razão de 
legítima defesa, etc., o partícipe não deve ser punido; 
•! Teoria da acessoriedade máxima – Para esta teoria, o 
partícipe só será punido se o fato for típico, ilícito e praticado 
por agente culpável. Essa teoria faz exigência irrazoável, pois 
a culpabilidade é uma questão pessoal do agente, não 
guardando relação com o fato. Assim, imagine que Carlos, 
maior de idade, seja partícipe de um roubo praticado por Lucas, 
menor de idade. Para esta corrente, Carlos não poderia 
responder pelo roubo praticado (na qualidade de 
partícipe), pois Lucas (o autor principal) é inimputável 
(não tem culpabilidade), sendo o fato apenas típico e 
ilícito, sem o complemento da culpabilidade. 
•! Teoria da hiperacessoriedade – Exige que, além de o fato 
ser típico e ilícito e o agente culpável, o autor tenha sido 
efetivamente punido para que o partícipe responda pelo crime. 
É ainda mais irrazoável que a última. Imagine que José seja 
partícipe de um roubo praticado por Marcelo. No decorrer do 
processo, Marcelo vem a falecer (o que gera a extinção da 
punibilidade de Marcelo, nos termos do CP). Para esta 
corrente, como houve extinção da punibilidade em 
relação a Marcelo (o autor do delito), o partícipe (José) 
não poderá mais ser punido. 
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O Nosso CP não adotou expressamente nenhuma das quatro 
teorias, mas com certeza não adotou a teoria da acessoriedade mínima 
nem a teoria da hiperacessoriedade (as extremas). 
A Doutrina entende que a teoria que mais se amolda ao nosso 
sistema é a teoria da acessoriedade limitada17, exigindo que o fato 
seja somente típico e ilícito para que o partícipe responda pelo crime. 
Questões interessantes acerca da participação: 
!! A lei admite a redução da pena de 1/6 a 1/3 se a participação é de
menor importância (art. 29, § 1° do CP). Isto não se aplica às
hipóteses de coautoria, mas apenas à participação;
!! A Doutrina admite a participação nos crimes comissivos por
omissão, quando o partícipe devia e podia evitar o resultado (art.
13, § 2° do CP).
!! A participação inócua não se pune. Assim, se A empresta uma
faca a B, de forma a auxiliá-lo a matar C, e B mata C usando seu
revólver, a participação de A foi absolutamente inócua, pois em
nada auxiliou no resultado. Da mesma forma, se A instiga B a matar
C, e B realiza a conduta porque já estava determinado a isso, a
instigação promovida por A não teve qualquer eficácia, pois B já
mataria C de qualquer forma.
!! Participação em cadeia é possível: Assim, se A empresta uma
arma a B, para que este a empreste a C, a fim de que este último
mate D, tanto A quanto B são partícipes do crime, por prestarem
auxílio material em cadeia.
!! A participação em ação alheia ocorre quando o partícipe, sem
qualquer liame subjetivo com o autor, contribui de maneira culposa
para a prática do delito. Assim, o funcionário público que não tranca
a porta da repartição ao final do expediente, e esta vem a ser
furtada por um particular na madrugada, responde por peculato
culposo (art. 312, § 2° do CP), enquanto o particular responde por
furto. Não há concurso de pessoas pois falta o liame subjetivo entre
ambos (coerência de vontades).
1.4.! Comunicabilidade das circunstâncias 
O art. 30 do CP estabelece que: 
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17 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit.___, p. 565 
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Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Antes de estudarmos a comunicabilidade ou não das circunstâncias, 
devemos diferenciar a mera circunstância da circunstância elementar do 
crime. 
A circunstância elementar é aquela que se refere a algo 
indispensável para a caracterização do crime. Assim, a circunstância 
“alguém” no crime de homicídio, é uma elementar, pois se o fato for 
praticado contra um animal, por exemplo, não haverá homicídio. 
Por sua vez, a mera circunstância não é indispensável à 
caracterização do crime, pois apenas agregam um fato que, se presente, 
aumenta ou diminui a pena. Assim, o “motivo torpe” é uma circunstância 
não-elementar, ou mera circunstância, pois caso o fato seja praticado sem 
essa circunstância, continua a existir homicídio, no entanto, sem a 
qualificadora. 
1.4.1.! Espécies de elementares e de circunstâncias 
Podem ser subjetivas (de caráter pessoal), quando relativas à 
pessoa do agente. É o caso da condição de funcionário público, que é 
pessoal, pois se refere ao agente. 
Podem ser, ainda, objetivas (ou de caráter real), quando se 
referem ao fato criminoso em si, seu modus operandi, etc. Assim, o 
emprego de violência,no crime de roubo (art. 157 do CP) é uma elementar 
objetiva. 
As condições pessoais não se confundem com as 
circunstâncias ou elementares de caráter pessoal. As primeiras são 
fatores pessoais do agente, que independem da prática da infração penal. 
Assim, o fato de o agente ser menor de 21 anos é uma condição pessoal, 
e não uma circunstância de caráter pessoal, tampouco uma elementar. 
Com base nesses três institutos (elementares, circunstâncias e 
condições pessoais), podemos extrair três regras do CP: 
"! As circunstâncias e condições de caráter pessoal não se
comunicam – Se A contrata B, para que este mate C, em razão
deste último ter estuprado sua filha, A comete o crime de 
homicídio privilegiado, em razão do relevante valor moral (art. 
121, § 1° do CP). Entretanto, B não comete o crime de 
homicídio privilegiado, pois a circunstância “relevante valor 
moral” é pessoal, não se estendendo ao coautor; 
"! As circunstâncias de caráter real, ou objetivas, se
comunicam – Porém, é necessário que a circunstância
tenha entrado na esfera de conhecimento dos demais 
agentes. Imagine que A contrata B para matar C. B informa a 
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A que usará de emboscada (portanto, homicídio qualificado, 
nos termos do art. 121, § 2° do CP), e A concorda com isto. 
Nesse caso, a circunstância objetiva “emboscada” (relativa ao 
meio utilizado), se comunica, pois embora A não tenha usado 
de emboscada, concordou com esta prática por B. 
Diversamente, se B praticasse o crime mediante emboscada 
sem nada comunicar ao mandante, A, esta circunstância não 
se comunicaria, por não ter entrado na esfera de conhecimento 
de A; 
"! As elementares sempre se comunicam, sejam objetivas
ou subjetivas – No entanto, mais uma vez se exige que estas
elementares tenham entrado no âmbito de conhecimento dos 
demais agentes. Imaginem que Júlio, servidor público, convida 
Marcelo a entrar na repartição onde trabalham, valendo-se da 
condição de Júlio, para subtrair alguns computadores. Caso 
Marcelo conheça a condição de funcionário público de Júlio, 
ambos respondem pelo crime de peculato-furto (art. 312, § 1° 
do CP). Caso Marcelo desconheça essa circunstância elementar, 
responde ele apenas pelo crime de furto, pois a ausência dessa 
circunstância faz desaparecer o crime de peculato-furto, mas a 
conduta ainda é punível como furto comum. 
Não confundam coautoria com autoria colateral. Na coautoria, deve 
haver vínculo subjetivo ligando as condutas de ambos os autores. Na 
autoria colateral, ambos praticam o núcleo do tipo, mas um não 
age em acordo de vontades com o outro. Imaginem que A e B, 
desafetos de C, sem que um saiba da existência do outro, escondem-se 
atrás de árvores esperando a passagem de C, a fim de matá-lo. Quando 
C passa, ambos atiram, e C vem a óbito. Nesse caso, não houve 
coautoria, mas autoria colateral. Entretanto, aí vai mais uma informação: 
Imaginem que o laudo identifique que apenas uma bala atingiu C, direto 
na cabeça, levando-o a óbito. Nesse caso, o laudo não conseguiu apontar 
de qual arma saiu a bala que matou C. Nesse caso, como não se pode 
definir quem efetuou o disparo fatal, ambos respondem pelo crime de 
homicídio TENTADO, pois não se pode atribuir a nenhum deles o 
homicídio consumado, já que o laudo é inconclusivo quanto a isto. Este é 
o fenômeno da autoria incerta. No entanto, se ambos estivessem agindo
em conluio, com vínculo subjetivo, ou seja, se houvesse concurso de
pessoas, ambos responderiam por crime de homicídio CONSUMADO,
pois nesse caso seria irrelevante saber de qual arma partiu a bala que
levou C a óbito.
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1.4.2.! Cooperação dolosamente distinta 
A cooperação dolosamente distinta, também chamada de 
“participação em crime menos grave” ou “desvio subjetivo de conduta”, 
ocorre quando ambos os agentes decidem praticar determinado crime, mas 
durante a execução, um deles decide praticar outro crime, mais grave. 
Nesse caso, aplica-se o art. 29, § 2° do CP: 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
(...) 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
EXEMPLO: Imaginem que Camila e Herval combinam de realizar um furto 
a uma casa que imaginam estar vazia. Camila espera no carro enquanto 
Herval adentra à residência. Entretanto, ao chegar à residência, Herval se 
depara com dois seguranças, e troca tiros com ambos, levando-os a óbito 
(sinistro esse cara). Após, entra na casa e subtrai diversos bens. Volta ao 
carro e ambos fogem. 
Camila não quis participar de um latrocínio (que foi o que 
efetivamente ocorreu), mas apenas de um furto. Assim, segundo a primeira 
parte do § 2° do art. 29 do CP, responderá somente pelo furto. 
Entretanto, se ficar comprovado que Camila podia prever que o 
latrocínio era provável (se soubesse, por exemplo, que Herval estava 
armado e que havia a possibilidade de ter seguranças na casa), a pena do 
crime de furto (não a do latrocínio!!) será aumentada até a metade. 
A lei diz “até a metade”, logo, o aumento pode não chegar a 
esse patamar. O aumento de pena irá variar conforme o grau de 
previsibilidade do crime mais grave para o qual Camila não se 
predispôs, mas era previsível. 
CUIDADO MASTER! Existe uma questão muito controvertida no que se 
refere ao concurso de pessoas. É a possibilidade (ou não) de 
concurso de pessoas em crimes CULPOSOS. 
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São muitas, MUITAS ideias diferentes. Cada autor inventa alguma coisa 
para vender seu livro, certo? Bom, resumidamente, podemos definir a 
Doutrina majoritária da seguinte forma: 
COAUTORIA EM CRIMES CULPOSO – É possível, pois é possível que 
duas pessoas, de comum acordo, resolvam praticar uma conduta 
imprudente, por exemplo. Ex.: Dois rapazes resolvem atirar um móvel do 
10º andar de um prédio, sem intenção de atingir ninguém, mas acabam 
lesionando uma pessoa. 
PARTICIPAÇÃO EM CRIME CULPOSO – Depende. Podemos estar 
falando de participação DOLOSA ou participação CULPOSA. 
DOLOSA – Não cabe participação dolosa em crime culposo, pois a 
Doutrina entende que não há “unidade de vontades” entre os agentes 
(um quer o resultado a título de dolo, e o outro, executor, é apenas um 
descuidado). Assim, não há “vínculo subjetivo” entre eles no que tange 
ao resultado. Logo, cada um responde por sua conduta. 
CULPOSA – É possível, pois é possível que alguém, por culpa, induza, 
instigue ou preste auxílio ao executor de uma conduta também culposa, 
e haveria “unidade de vontades”. 
CUIDADO: O STJ entende que NÃO cabe nenhum tipo de 
participação em crime culposo. Parte da Doutrina também segue 
este entendimento. 
Por fim, o que é “multidão delinquente” ou “multidão 
criminosa”18? São considerados pela doutrina como aqueles atos em que 
inúmeras (incontáveis, uma multidão) pessoas praticam o mesmo delito, 
agindo em concurso de pessoas,muitas vezes sem um acordo prévio, mas 
cada uma aderindo tacitamente à conduta da outra. Ex.: Linchamentos, 
brigas de torcidas organizadas, saques a lojas ou a carretas tombadas, etc. 
A Doutrina sustenta que, mesmo nestes casos, têm-se 
CONCURSO DE PESSOAS, pois há vínculo subjetivo entre estas pessoas, 
ainda que tácito (não explícito). O agente que praticar o delito nestas 
condições, porém, deverá ter sua pena atenuada, nos termos do art. 65, e 
do CP, já que se trata de situação em que há maior vulnerabilidade 
psicológica para que uma pessoa venha a aderir a uma conduta criminosa. 
Por outro lado, os que promoverem, organizarem ou liderarem a conduta 
criminosa terão suas penas agravadas (art. 62, I do CP). 
2.! RESUMO 
CONCURSO DE PESSOAS 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
18 O termo “multidão criminosa” é utilizado, dentre outros, por René Ariel Dotti (cf. DOTTI, René 
Ariel. Curso de Direito Penal, Parte Geral. Ed. Revista dos Tribunais. 4º ed. São Paulo. 2012, p. 459) 
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Conceito - Colaboração de dois ou mais agentes para a prática de uma 
infração penal. 
Teoria adotada pelo CP – Teoria monista temperada (ou mitigada): 
todos aqueles que participam da conduta delituosa respondem pelo mesmo 
crime, mas cada um na medida de sua culpabilidade. Há exceções à 
teoria monista (Ex.: aborto praticado por terceiro, com consentimento da 
gestante. A gestante responde pelo crime do art. 126 e o terceiro pelo crime 
do art. 124). 
Espécies: 
#! EVENTUAL – O tipo penal não exige que o fato seja praticado por
mais de uma pessoa. 
#! NECESSÁRIO – O tipo penal exige que a conduta seja praticada por
mais de uma pessoa. Divide-se em: a) condutas paralelas (crimes 
de conduta unilateral): Aqui os agentes praticam condutas dirigidas 
à obtenção da mesma finalidade criminosa (associação criminosa, 
art. 288 do CPP); b) condutas convergentes (crimes de conduta 
bilateral ou de encontro): Nesta modalidade os agentes praticam 
condutas que se encontram e produzem, juntas, o resultado 
pretendido (ex. Bigamia); c) condutas contrapostas: Neste caso 
os agentes praticam condutas uns contra os outros (ex. Crime de 
rixa) 
Requisitos 
#! Pluralidade de agentes - É necessário que tenhamos mais de uma
pessoa a colaborar para o ato criminoso. 
#! Relevância causal da colaboração – A participação do agente
deve ser relevante para a produção do resultado, de forma que a 
colaboração que em nada contribui para o resultado é um indiferente 
penal. 
#! Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo) – É necessário que a
colaboração dos agentes tenha sido ajustada entre eles, ou pelo 
menos tenha havido adesão de um à conduta do outro. Trata-se 
do princípio da convergência. 
#! Unidade de crime (ou contravenção) para todos os agentes
(identidade de infração penal) – As condutas dos agentes, 
portanto, devem constituir algo juridicamente unitário. 
#! Existência de fato punível – Trata-se do princípio da
exterioridade. Assim, é necessário que o fato praticado pelos 
agentes seja punível, o que de um modo geral exige pelo menos que 
este fato represente uma tentativa de crime, ou crime tentado. 
Modalidades 
Coautoria – Adoção do conceito restritivo de autor (teoria restritiva), 
por meio da teoria objetivo-formal: autor é aquele que pratica a 
conduta descrita no núcleo do tipo penal. Todos os demais são partícipes. 
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OBS.: Autoria mediata: situação na qual alguém (autor mediato) se vale 
de outra pessoa como instrumento (autor imediato) para a prática de um 
delito. Pode ocorrer quando: 
#! O autor imediato age sem dolo (erro provocado por terceiro)
#! O autor imediato age sem culpabilidade (Ex.: coação moral
irresistível) 
Tópicos importantes: 
#! Pode haver autoria mediata nos crimes próprios - Desde que o
autor MEDIATO reúna as condições especiais exigidas pelo tipo 
penal. 
#! Não há possibilidade de autoria mediata nos crimes de mão
própria – Impossibilidade de se executar o delito por interposta 
pessoa 
#! AUTORIA POR DETERMINAÇÃO – Pune-se aquele que, embora
não sendo autor nem partícipe, exerce sobre a conduta domínio 
EQUIPARADO à figura da autoria. 
Teoria do domínio do fato – Deve ser aplicada para as hipóteses de 
autoria mediata. Para esta teoria, o autor seria aquele que tem poder de 
decisão sobre a empreitada criminosa. Pode se dar por: 
#! Domínio da ação - O agente realiza diretamente a conduta
prevista no tipo penal 
#! Domínio da vontade - O agente não realiza a conduta
diretamente, mas é o "senhor do crime", controlando a vontade 
do executor, que é um mero instrumento do delito (hipótese de 
autoria mediata). 
#! Domínio funcional do fato - O agente desempenha uma
função essencial e indispensável ao sucesso da empreitada 
criminosa, que é dividida entre os comparsas, cabendo a cada 
um uma parcela significativa, essencial e imprescindível. 
Tópicos importantes 
#! Não se admite coautoria nos crimes de mão própria
#! Doutrina ligeiramente majoritária entende não ser cabível coautoria
em crimes culposos 
#! Não existe coautoria entre autor mediato e autor imediato
#! Há possibilidade de coautoria entre dois autores mediatos
PARTICIPAÇÃO 
Espécies 
•! Moral – O agente não ajuda materialmente na prática do 
crime, mas instiga ou induz alguém a praticar o crime. 
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•! Material – A participação material é aquela na qual o partícipe 
presta auxílio ao autor, seja fornecendo objeto para a prática 
do crime, seja fornecendo auxílio para a fuga, etc. 
Punibilidade do partícipe – Adoção da teoria da acessoriedade: Como a 
conduta do partícipe é considerada acessória em relação à conduta do autor 
(que é principal), o partícipe deve responder pela conduta principal (na 
medida de sua culpabilidade). 
OBS.: A Doutrina majoritária defende que foi adotada a teoria da 
acessoriedade limitada, exigindo-se que o fato seja típico e ilícito para 
que o partícipe responda pelo crime. 
Participação de menor importância - redução da pena de 1/6 a 1/3 
Participação inócua - Não é punível 
Participação em crime culposo – Controvertido. STJ entende que não 
cabe participação em crime culposo. Doutrina se divide: parte entende 
que cabe participação culposa em crime culposo, outra parte entende que 
não cabe participação nenhuma (nem culposa nem dolosa) em crime 
culposo. UNANIMIDADE: não cabe participação dolosa em crime 
culposo. 
COMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS 
#! As circunstâncias e condições de caráter pessoal não se
comunicam 
#! As circunstâncias de caráter real, ou objetivas, se comunicam
#! As elementares sempre se comunicam, sejam objetivas ou
subjetivas 
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA 
Também chamada de “participação em crime menos grave” ou “desvio 
subjetivo de conduta”, ocorre quando ambos os agentes decidem praticar 
determinado crime, mas durante a execução, um deles decide praticar 
outro crime, mais grave. CONSEQUÊNCIA: agente responde pelo crime 
menos grave (que quis praticar). A pena, contudo, poderá ser 
aumentada até a metade, caso tenha sido previsível a ocorrênciado 
resultado mais grave. 
“Multidão delinquente” ou “multidão criminosa - Aqueles atos em que 
inúmeras (incontáveis, uma multidão) pessoas praticam o mesmo delito. 
___________ 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
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3.! EXERCÍCIOS DA AULA 
01.! (UEG – 2013 – SEGPLAN/GO – CADETE DA POLÍCIA MILITAR) 
Sobre o concurso de pessoas, verifica-se que 
a) o crime de quadrilha ou bando encerra um crime de concurso necessário
de condutas convergentes.
b) as circunstâncias subjetivas e objetivas da infração penal se comunicam
entre os concorrentes.
c) ocorrerá autoria colateral quando duas pessoas concorrerem para um
mesmo resultado, sem que tenha havido vínculo subjetivo entre elas.
d) cumplicidade é o ato de cooperação psicológica com o evento.
02.! (UEG – 2013 – PC/GO – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Para que ocorra o concurso de pessoas, são indispensáveis 
a) autoria
b) pluralidade de condutas, relevância causal de cada uma das ações
c) participação e coautoria
d) coautoria e autoria
03.! (UEG – 2013 – PM/GO – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR) 
Sobre concurso de pessoas, tem-se que 
a) participação é a prática da atividade principal daquele que colabora para
conduta do autor.
b) autoria mediata é apenas o que realiza diretamente e indiretamente ação
ou omissão típica.
c) coautor é quem executa, juntamente com outras pessoas, a ação ou
omissão que configura o delito.
d) autoria dirige-se àquele que realiza o tipo penal, ou seja, o sujeito que
não realiza a ação tipificada.
04.! (PM-MG – 2013 – PM-MG – OFICIAL) 
Marque a alternativa CORRETA. Para que se possa concluir pelo concurso 
de pessoas, será preciso verificar a presenc∗a dos seguintes requisitos: 
a) pluralidade de condutas, releva+ncia causal de cada conduta, liame
subjetivo entre os agentes e a infra,ão penal.
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b) pluralidade de agentes ou de condutas, releva+ncia causal de cada
agente, liame subjetivo entre os agentes e a infrac∗ão penal.
c) pluralidade de agentes e de condutas, releva+ncia causal de cada conduta,
liame subjetivo entre os agentes e identidade de infra,ão penal.
d) pluralidade de condutas, relev−ncia causal de cada agente, liame
subjetivo entre os agentes e a infrac∗ão penal.
05.! (FCC – 2013 – TRT1 – JUIZ) 
Quanto aos demais agentes do crime, o parentesco entre o autor e a vítima; 
a) comunica-se, desde que elementar ao tipo.
b) comunica-se sempre, desde que por aqueles conhecido.
c) comunica-se para agravamento genérico da pena concreta.
d) comunica-se para atenuação genérica da pena concreta.
e) não se comunica em qualquer hipótese.
06.! (FCC – 2014 – METRÔ-SP – ADVOGADO) 
Joaus, Joseh e Pedrus acertaram, mediante prévio ajuste, a prática de um 
crime de furto qualificado em residência. Pedrus escolheu a residência e 
emprestou seu veículo para o transporte dos objetos furtados. Joaus 
arrombou a porta da residência indicada por Pedrus e entrou. Joseh entrou 
em seguida. Joaus e Joseh recolheram todos os objetos de valor, colocaram 
no veículo e fugiram do local. Nesse caso, 
a) Joaus, Joseh e Pedrus foram coautores.
b) Joaus foi autor, Joseh partícipe e Pedrus autor mediato.
c) Joaus e Joseh foram partícipes e Pedrus foi autor imediato.
d) Joaus, Joseh e Pedrus foram autores.
e) Joaus e Joseh foram coautores e Pedrus partícipe.
07.! (FCC – 2014 – DPE-CE – DEFENSOR PÚBLICO) 
No concurso de pessoas, 
a) há autoria colateral quando os concorrentes se comportam para o
mesmo fim, conhecendo a conduta alheia.
b) a infração penal não precisa ser igual, objetiva e subjetivamente, para
todos os concorrentes.
c) é necessário que cada concorrente tenha consciência de contribuir para
a atividade delituosa de outrem, dispensada a prévia combinação entre
eles.
d) os concorrentes devem necessariamente realizar o fato típico.
e) dispensável a adesão subjetiva à vontade do outro.
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08.! (FCC – 2014 – TJ-CE – JUIZ) 
Em tema de concurso de pessoas, é possível afirmar que 
a) o concorrente, na chamada cooperação dolosamente diversa,
responderá pelo crime menos grave que quis participar, mas sempre com
aumento da pena.
b) indispensável a adesão subjetiva à vontade do outro, embora
desnecessária a prévia combinação.
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio nunca são puníveis,
se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
ainda que elementares do crime.
e) a participação de menor importância constitui causa geral de diminuição
da pena, incidindo na segunda etapa do cálculo.
09.! (FCC – 2015 – CNMP – ANALISTA) 
No concurso de pessoas, 
a) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será aumentada de 1/3 a 2/3, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua periculosidade.
c) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.
d) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega a ser
consumado.
e) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída
até metade.
10.! (FCC - 2011 - TCE-SP - PROCURADOR) 
Em matéria de concurso de pessoas, é correto afirmar que 
A) coautores são aqueles que, atuando de forma idêntica, executam o
comportamento que a lei define como crime.
B) partícipe é aquele que, também praticando a conduta que a lei define
como crime, contribui, de qualquer modo, para a sua realização.
C) é possível a coautoria nos crimes de mão própria.
D) é admissível a coautoria nos crimes próprios, desde que o terceiro
conheça a especial condição do autor.
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E) é inadmissível a participação nos crimes omissivos próprios.
11.! (FCC - 2007 - MPU - ANALISTA - PROCESSUAL) 
Maria, enfermeira, por ordem do médico João, ministrou veneno ao 
paciente, supondo tratar-se de um medicamento, ocasionando-lhe a 
morte. Nesse caso, 
A) não há concurso de agentes, mas apenas um autor mediato, pela
realização indireta do fato típico.
B) há concurso de agentes, sendo João autor principal e Maria co-autora.
C) há concurso de agentes, sendo João autor principal e Maria partícipe.
D) há concurso de agentes, figurando tanto João como Maria na condição
de autores.
E) há concurso de agentes, figurando Maria como autora e João como co-
autor.
12.! (FCC - 2007 - MPU - ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
José instigou Pedro, agindo sobre a vontade deste, de forma a fazer nascer 
neste a ideia da prática do crime. João prestou auxílio a Pedro, 
emprestando-lhe uma arma para que pudesse executar o delito. José e 
João são considerados, tecnicamente,A) co-autores.
B) autores.
D) partícipe e co-autor, respectivamente.
E) co-autor e partícipe, respectivamente.
13.! (FCC - 2008 - MPE-CE - PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
Nos chamados crimes monossubjetivos, 
A) o concurso de pessoas é eventual.
B) o concurso de pessoas só ocorre no caso de autoria mediata.
C) o concurso de pessoas é necessário.
D) não há concurso de pessoas.
E) há concurso de pessoas apenas na forma de participação.
14.! (FCC - 2011 - TRE-PE - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
De acordo com o Código Penal brasileiro, 
A) não há distinção entre autores, co-autores e partícipes, que incidem de
forma idêntica nas penas cominadas ao delito.
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B) os autores, co-autores e partícipes incidem nas penas cominadas ao
delito na medida de sua culpabilidade.
C) ao autor principal será obrigatoriamente imposta pena mais alta que a
dos co-autores e partícipes.
D) ao autor principal e aos co-autores será obrigatoriamente imposta pena
mais alta que a dos partícipes.
E) ao autor principal será imposta a pena prevista para o delito, sendo que
os co-autores e os partícipes terão obrigatoriamente a pena reduzida de
um sexto a um terço.
15.! (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - 
SEGURANÇA) 
João instigou José a praticar um crime de roubo. Luiz forneceu-lhe a arma. 
Pedro forneceu-lhe todas as informações sobre a residência da vítima e 
sobre o horário em que esta ficava sozinha. No dia escolhido, José, 
auxiliado por Paulo, ingressou na residência da vítima. José apontou-lhe a 
arma, enquanto Paulo subtraiu-lhe dinheiro e jóias. Nesse caso, são 
considerados partícipes APENAS 
A) Luiz e Pedro.
B) João, Luiz, Pedro e Paulo.
C) João, Luiz e Pedro.
D) José, Pedro e João.
E) João, José, Luiz e Pedro.
16.! (FCC - 2011 - TRE-TO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
No concurso de pessoas, 
A) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída
de metade.
B) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
C) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena do crime cometido, reduzida de um a dois terços.
D) as circunstâncias e as condições de caráter pessoal se comunicam,
sejam, ou não, elementares do crime.
E) a instigação e o auxílio, em qualquer hipótese, são puníveis mesmo que
o crime não ocorra.
17.! (FCC – 2006 – BCB – ANALISTA) 
Aquele que, sem praticar ato executório, concorre, de qualquer modo, para 
a realização do crime, por ele responderá na condição de 
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a) coautor.
b) partícipe.
c) autor mediato.
d) coautor moral.
e) autor.
18.! (FCC – 2010 – SEFIN/RO – AUDITOR-FISCAL) 
José, sabendo que seu desafeto Paulo estava andando de bicicleta numa 
estrada estreita, instiga João, motorista do veículo em que se encontrava, 
a imprimir ao veículo velocidade elevada, na esperança de que Paulo venha 
a ser atropelado. João passa a correr em alta velocidade e atropela Paulo, 
mais adiante, ocasionado-lhe a morte. Nesse caso, ambos responderão 
pelo crime, sendo que 
a) ambos responderão por culpa.
b) José responderá por culpa e João por dolo eventual.
c) Jose responderá por dolo eventual e João por culpa.
d) ambos responderão por dolo eventual.
e) José responderá por dolo direito e João por dolo eventual.
19.! (FCC – 2012 – ISS/SP – AFTM) 
A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar que 
a) a importância da participação não influi na pena a ser imposta.
b) não é possível participação por omissão em crime comissivo.
c) é possível a participação em crime omissivo puro.
d) não pode haver participação em contravenção.
e) é possível participação dolosa em crime culposo.
20.! (FCC – 2009 – DPE/MA – DEFENSOR PÚBLICO) 
Os requisitos para a ocorrência do concurso de pessoas no cometimento de 
crime são: 
a) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o
comportamento do partícipe e o resultado do crime e vínculo objetivo-
subjetivo entre autor e partícipe.
b) presença física de autor e partícipe, nexo de causalidade entre o
comportamento do coautor e o resultado do crime; vínculo subjetivo entre
autor e partícipe e identidade do crime.
c) presença física de autor e partícipe, pluralidade de comportamentos,
nexo de causalidade entre o comportamento do partícipe e o resultado do
crime; vínculo subjetivo entre autor e partícipe e identidade do crime.
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d) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o
comportamento do partícipe e o resultado do crime; vínculo objetivo entre
autor e partícipe e identidade do crime.
e) pluralidade de comportamentos, nexo de causalidade entre o
comportamento do partícipe e o resultado do crime; vínculo subjetivo entre
autor e partícipe e identidade do crime.
21.! (FCC – 2012 – TJ/GO – JUIZ ESTADUAL) 
Em matéria de concurso de pessoas, é correto afirmar que 
a) nos crimes plurissubjetivos o concurso é eventual.
b) a autoria mediata configura coautoria.
c) nos crimes funcionais a condição de servidor público do autor não se
comunica ao partícipe não funcionário, se este desconhecia a condição
daquele.
d) a participação de menor importância constitui circunstância atenuante,
a ser considerada na segunda etapa do cálculo da pena.
e) as mesmas penas deverão ser aplicadas a todos os coautores e
partícipes.
22.! (FCC – 2012 – TCE/AP – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) 
A respeito do concurso de pessoas, é correto afirmar: 
a) Para fins de aplicação da pena no concurso de pessoas é irrelevante que
a participação tenha sido de menor importância.
b) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-
lhe-á aplicada a pena do crime mais grave.
c) É possível a participação em crime comissivo puro.
d) As condições e circunstâncias pessoais comunicam-se entre os coautores
e partícipes quando não forem elementares do crime.
e) Pode ocorrer participação culposa em crime doloso ou participação
dolosa em crime culposo.
23.! (FCC - 2013 - TJ-PE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE 
REGISTROS - PROVIMENTO) 
Necessariamente, autores e partícipes recebem 
a) penas idênticas.
b) penas, respectivamente, mais e menos graves.
c) penas, respectivamente, menos e mais graves.
d) penas igualmente graves, mas de espécies distintas.
e) penas igualmente graves, salvo se diversa for sua culpabilidade.
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24.! (FCC - 2013 - DPE-AM - DEFENSOR PÚBLICO) 
Se alguém instiga outrem a surrar inimigo comum, mas o instigado se 
excede e mata a vítima, é correto afirmar que 
a) a conduta do partícipe é atípica.
b) o partícipe poderá responder por lesão corporal, sem qualquer aumento
de pena, se não podia prever o resultado morte.
c) o partícipe poderá responder por homicídio doloso,mas fará jus,
necessariamente, ao reconhecimento da participação de menor
importância.
d) o partícipe poderá responder por lesão corporal, com a pena aumentada
até um terço, se previsível o resultado letal.
e) o partícipe não poderá responder por homicídio doloso, mesmo que
tenha assumido o risco do resultado morte.
25.! (FCC – 2012 – TRF5 – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
Indivíduos que são alcançados pela lei penal, não porque tenham praticado 
uma conduta ajustável a uma figura delitiva, mas porque, executando atos 
sem conotação típica, contribuíram, objetivamente e subjetivamente, para 
a ação criminosa de outrem 
a) não são punidos por atipicidade da conduta.
b) são coautores e incidem na mesma pena cabível ao autor do crime.
c) são concorrentes de menor importância e têm a pena diminuída de um
sexto a um terço.
d) são considerados partícipes e incidem nas penas cominadas ao crime,
na medida de sua culpabilidade.
e) podem ser coautores ou partícipes e a pena, em qualquer caso, é
diminuída de um terço.
26.! (VUNESP – 2015 – PC-CE – INSPETOR) 
No que diz respeito ao concurso de pessoas, segundo as disposições 
previstas no Código Penal, é correto afirmar que 
a) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
mesmo quando elementares do crime.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, independentemente se quis participar de crime menos grave
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são p uníveis, se o crime, apesar de iniciada a
execução, não chega a ser consumado.
d) quem, de qualquer modo, concorre para o crime i ncide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
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e) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena
pode ser diminuída de um sexto a um terço.
27.! (VUNESP – 2014 – PC-SP – DELEGADO) 
Segundo o conceito restritivo, é autor aquele que 
a) tem o domínio do fato.
b) realiza a conduta típica descrita na lei.
c) contribui com alguma causa para o resultado.
d) age dolosamente na prática do crime.
e) pratica o fato por interposta pessoa que atua sem culpabilidade.
28.! (VUNESP – 2014 – CÂMARA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – 
ADVOGADO) 
CP, art. 30: quando se verifica o concurso de pessoas em matéria penal, 
não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, 
a) salvo nos crimes contra a Administração Pública.
b) salvo no caso de extinção da punibilidade.
c) salvo nos crimes contra a Fé Pública.
d) salvo quando elementares do crime.
e) em hipótese alguma.
29.! (VUNESP – 2012 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO) 
No que tange ao concurso de pessoas nos crimes de corrupção ativa e 
passiva, o Código Penal adotou a teoria 
a) monista.
b) causal.
c) dualista.
d) pluralística.
30.! (VUNESP – 2002 – SEFAZ-SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS) 
No crime de concussão, a circunstância de ser um dos agentes funcionário 
público: 
a) não é elementar, não se comunicado, portanto, ao concorrente
particular.
b) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular.
c) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este
desconheça a condição daquele.
d) é elementar comunicando-se ao concorrente particular, este conhecia a
condição daquele.
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e) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação ao concorrente
particular.
4.! EXERCÍCIOS COMENTADOS 
01.! (UEG – 2013 – SEGPLAN/GO – CADETE DA POLÍCIA MILITAR) 
Sobre o concurso de pessoas, verifica-se que 
a) o crime de quadrilha ou bando encerra um crime de concurso
necessário de condutas convergentes.
b) as circunstâncias subjetivas e objetivas da infração penal se
comunicam entre os concorrentes.
c) ocorrerá autoria colateral quando duas pessoas concorrerem
para um mesmo resultado, sem que tenha havido vínculo subjetivo
entre elas.
d) cumplicidade é o ato de cooperação psicológica com o evento.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: O crime de associação criminosa (antigo crime de quadrilha ou
bando), previsto no art. 288 do CP, configura-se como crime de concurso
necessário, mas de condutas paralelas, não convergentes.
b) ERRADA: Item errado, pois as circunstâncias subjetivas, ou seja,
relativas à pessoa do agente, não se comunicam entre os comparsas, salvo
se elementares do delito, nos termos do art. 30 do CP.
c) CORRETA: Item correto, pois esta é a exata definição de autoria
colateral.
d) ERRADA: Item errado, pois cumplicidade é o nome dado pela Doutrina
às hipóteses de auxílio material (participação material. Ex.: fornecer a arma
do crime).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
02.! (UEG – 2013 – PC/GO – ESCRIVÃO DE POLÍCIA) 
Para que ocorra o concurso de pessoas, são indispensáveis 
a) autoria
b) pluralidade de condutas, relevância causal de cada uma das
ações
c) participação e coautoria
d) coautoria e autoria
COMENTÁRIOS: Para que o concurso de agentes se configure, é 
necessário que haja pluralidade de agentes e de condutas, relevância 
causal de cada conduta, identidade de infração penal e vínculo subjetivo 
entre os agentes, além da existência de um fato punível. 
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Coautoria e participação não são requisitos, mas espécies de concurso de 
agentes. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 
03.! (UEG – 2013 – PM/GO – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR) 
Sobre concurso de pessoas, tem-se que 
a) participação é a prática da atividade principal daquele que
colabora para conduta do autor.
b) autoria mediata é apenas o que realiza diretamente e
indiretamente ação ou omissão típica.
c) coautor é quem executa, juntamente com outras pessoas, a ação
ou omissão que configura o delito.
d) autoria dirige-se àquele que realiza o tipo penal, ou seja, o
sujeito que não realiza a ação tipificada.
COMENTÁRIOS: 
a) ERRADA: Item errado, pois na participação o agente não desempenha a
atividade principal, mas atividade secundária, embora relevante para a
conduta do autor.
b) ERRADA: Na autoria mediata o autor mediato realiza INDIRETAMENTE a
conduta típica, por meio de pessoa que é utilizada como mero instrumento
do delito.
c) CORRETA: Item correto, pois aquele que executa, em concurso com
outras pessoas, a conduta descrita no tipo, é considerado coautor.
d) ERRADA: Item errado, pois a coautoria se dirige àquele que REALIZA a
conduta tipificada pela norma penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C. 
04.! (PM-MG – 2013 – PM-MG – OFICIAL) 
Marque a alternativa CORRETA. Para que se possa concluir pelo 
concurso de pessoas, será preciso verificar a presenc ;a dos 
seguintes requisitos: 
a) pluralidade de condutas, releva <ncia causal de cada conduta,
liame subjetivo entre os agentes e a infra=ão penal.
b) pluralidade de agentes ou de condutas, releva <ncia causal de cada
agente, liame subjetivo entre os agentes e a infrac;ão penal.
c) pluralidade de agentes e de condutas, releva <ncia causal de cada
conduta, liame subjetivo entre os agentes e identidade de infra=ão
penal.
d) pluralidade de condutas, relev>ncia

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