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FACULDADE DO SUL DA BAHIA –FASB ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO II TEIXEIRA DE FREITAS - BA 2017 IANE LUCIANA MAGNA TAYLOR VANDERLEI Trabalhabilidade dos Pilares Efeito de 1ª e 2ª ordem Trabalho realizado como requisito parcial da disciplina de Estruturas de Concreto Armado II, turma do 8º período de Engenharia Civil sob a orientação do prof. º Victor Augusto. TEIXEIRA DE FREITAS – BA. 2017 Classificação dos Pilares Dentro da área de estruturas os pilares de concreto armado são classificados por diferentes autores de duas formas diferentes: quanto a sua posição dentro da planta de forma e quanto ao seu índice de esbeltez. São essas classificações definem os métodos adequados de dimensionamento. Classificação de Pilares Quanto a Posição “Os pilares de uma edificação, como consideração de projeto, podem ser classificados quanto a sua posição na estrutura. Eles podem ser intermediários (situação mais próxima da compressão centrada), de extremidade (caracteriza flexocompressão reta) ou de canto (caracteriza flexo-compressão oblíqua)”. (OLIVEIRA, W. L. A. 2004, p. 44) A Figura 1 apresentada por Melo (2009) demonstra de forma clara as diferentes situações de projeto, os pilares são classificados da seguinte forma: a) Pilar intermediário: P5; b) Pilares de extremidade: P2, P4, P6 e P8; c) Pilares de canto: P1, P3, P7 e P9. Figura 1: Situações de projeto de pilares ÍNDICE DE ESBELTEZ Classificação de Pilares Quanto a Esbeltez A determinação do índice de esbeltez λ do pilar é definido pela relação: -> , onde : le = comprimento equivalente do pilar; i = raio de giração do pilar, definido pela equação: h= altura do pilar; Ic = momento de inércia da seção; Ac = área da seção Comprimento Equivalente Segundo a NBR 6118, o comprimento equivalente ou comprimento de flambagem de um elemento fixado em ambas as extremidades é o menor valor entre os resultados das seguintes equações: onde é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos horizontais, que vinculam o pilar; h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura em estudo; é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está vinculado. A Figura 2 demonstra estas definições com mais nitidez. Apresentação do Projeto Para este trabalho foram analisados exemplares de três tipos diferentes de pilares: pilares intermediários, pilares de extremidade e pilares de canto, todos com índice de esbeltez inferior a 90. Estes pilares provenientes de um projeto estrutural de um edifício comercial de 4 pavimentos, sendo extraídos os dados de geometria do pilar, esforço normal e momentos fletores dos pilares retangulares apresentados na planta de forma do 2ª pavimento. Parâmetros de Dimensionamento Para os cálculos foram utilizados alguns parâmetros determinados, a) Concreto C30 (25 MPa); b) Armaduta longitudinal com aço CA-50 c) γf = 1,4 d) γs = 1,15 e) εs = 210 GPa f) Cobrimento de armadura = 30 mm; Método do Pilar Padrão com Curvatura Aproximada Conforme a NBR 6118/2014 este método pode ser aplicado somente para pilares com λ ≤ 90, com seção transversal constante e armadura simétrica ao longo do eixo do pilar. A norma também diz que a não linearidade geométrica é considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformação da barra seja senoidal. Já a não linearidade física é considerada através de uma expressão aproximada da curvatura na seção crítica. Para o cálculo do momento total máximo no pilar deve-se usar a expressão: sendo 1/r a curvatura na seção crítica, calculada por: Onde: sendo h a altura da seção na direção considerada e v a força normal adimensional. Momento fletor de segunda ordem local, a ser aplicado no dimensionamento de pilares pelo método do pilar-padrão com curvatura aproximada: Cálculos Iniciais A distância do centro da barra do canto até a face do pilar (d’) é dada pela expressão abaixo: .d’ = c + Փt + Փ/2 .d’ = c + Փt + Փ/2 d’= 2,0 + 0,50 + =9,38 cm Pilar 5 (intermediário) Dados: Dimensões pilar: 30 x 30 [cm] carga Nk = 4000 kN, concreto de fck = 25 Mpa e aço CA 50A Nd = ϒn.ϒf.Nk Nd = 1 x 1,4 x 4000kN Nd = 5600 kN Fcd = fck/1,4 Fcd = (25*10^6)/1,4 -> fcd = 17857,14 kpa -> 1,786 kN/cm² Ap = 30cm x 30cm Ap = 900 cm² => Ap = 0,09 m² = Face de 58,26cm Ap < Ac Adotar pilar: 50 x 50cm Comprimento Equivalente do Pilar: (h menor da seção transversal-do pilar) = 280 + 50 = 330 cm = 280 + 17,5 + 17,5 = 315 cm Obs: Usa-se o le menor: le = 315cm Cálculo do índice de esbeltez λ= 3,46 λx = λ y λ= 3,46 = 19,82 -> Pilar curto! λ < 35 -> Ok! Não ocorrerá Momento de 2ª Ordem Cálculo de Momento Fletor Mínimo de 1ª Ordem Direção X =176,4 kNm e1x,mín = = 0,032 m Direção Y =176,4 kNm e1y,mín = 0,032 m Para pilares curtos e com carga centrada, deve-se verificar o primeiro caso de dimensionamento. Situação de projeto e situações de cálculo do pilar intermediário MId, mín = 176,40 knm Com v = 1,25 e utilizando os ábacos de VENTURINI (1987)9 para Flexão Reta, faz-se o cálculo de µ e d’/h, segundo as direções x e y: 9 Dir. x: = 0,18 = 0,17 ~0,20 Ábaco A – 4 ω = 1,05 = = 107,81 cm² 9 Փ 20mm - Adotar número par 10 Փ 20mm c/ 12cm P5 = ( 50 x 50) Dimensionamento de Pilares (extremidade) Fck= 25 Mpa -> 2,5 kN/cm² fcd= 1,786 kN/cm² Área: P1=P2=P3=P4=P6=P7=P8=P9 => 20 X 30cm Ap = ( 20x 30)= 600cm² Eix= 5cm Nk = 2000kN. Nd = 2000 x 1,4 x1= 2800 kN M1dAx= eix x Nd Mdx = 2800 x 5=14000 kN.cm Força: P2=P4=P6=P8 => 2000 KN. Vigas: Todas de mesma seção transversal: 20x 35cm Face = 50,45 cm Ap < Ac Adotar Nova seção = 20 x 60 = 1200cm2 Comprimento Equivalente do Pilar: (h menor da seção transversal) = 280 + 20 = 300 cm = 280 + 17,5 + 17,5 = 315 cm Obs: Usa-se o le menor: le = 300cm Cálculo do índice de esbeltez 1.1 – Índice de esbeltez Para x: = 17,30 λ < 35 Ok! Para y: 51,90 35 < λ ≤ 90 (pilar médio) Ocorrerá momento de 2ª ordem. Momento fletor mínimo Para x: = 2800 X ( 0,015 + 0,03 X 0, 60) = 92,40 Knm ou 9240 kNcm Dirx e1, xmím = = 3,3 cm Para Y: = 2800 X ( 0,015 + 0,03 X 0,2) = 58,80 Knm Diry e1, ymím = = 2,1 cm Limite de Esbeltez M1dAx= -M1dBx= 14000kN.cm Momento de 2ª ordem: Em x: M1dAx= -M1dBx= 14000kN.cm Em y: 9240 kN.cm Força Normal adimensional Em x: Em y: Curvatura na direção y sujeito a momentos fletores de segunda ordem: Para y: =>0,0046 m^-1 ≤ ok! Para x: ≤ 0,025 Ok! A excentricidade máxima de 2a ordem na direção y é: Fazendo M1d,A ≥ M1d,mín em cada direção, tem-se o momento fletor total máximo: Dir. y: Md,tot,y = M1d,mín,y = 58,80 kN.cm Dir. x: : Md,tot,x = 1,0 x 92,40+ 2800 x 116,55 kNm : Md,tot,x ≥ M1d,mín,x ok! extremidades submetidas aos momentos fletores de 1ª ordem (M1d,A e M1d,B): 0,6 x 3,30 +0,4x (-3,30)= 0,66cm 0,4 x 3,3 = 1,32 cm e1x,C = 1,32 cm Situações de projeto e de cálculo da seção intermediária Para x: 0,14 Para y: 0,09 .d’ = c + Փt + Փ/2 d’= 2,0 + 0,50 + =5 cm Dir x: = 0,14 ; v= 1,31; = 0,25 -------- Ábaco A – 5 ω = 1,0 = 49,3 cm² 10 Փ 25mm 10 N1 Փ 25mm c/ 3,00m 15 N2 Փ 6.3mm c/ 1,46m espaçados de 20//20cm Dimensionamento de Pilares de Canto Área: P1=P3=P7=P9=> 20x30 Força: P1=P3=P7=P9=> 1500kN. Eix= 7cm E1y= 6 cm Nk = 1500 kN Md,y = e1 y Nd = = 6 x 2100 = 12600 kNcm Mdx = e1x x Nd= 7 x 2100 =14700 kNcm seção 20 x 30 (Ac = 600 cm2 ) lex = ley = 280+ 10+ 10=300 cm γc = γf = 1,4 Nd = Yn . Yf . Nk =2.100 kN. = Ap < Ac Adotar nova seção de pilar: 20 x 60cm 1200cm² Comprimento Equivalente do Pilar (h menor da seção transversal) = 280 + 20 = 300 cm = 280 + 17,5 + 17,5 = 315 cm Le = 300 cm .e1x = = 7cm ok b) Índice de esbeltez =51,90 Ocorre momento 2ª ordem = 34,60 λ < 30 Md1,min = Nd (1,5 + 0,03h) Emx : 2100(1,5 +0,03x 20) = 4410 kn.cm; Exmín= 2,10cm Emy: : 2100(1,5 +0,03x 60)= 6930 kN.cm; Eymín=3,3 cm Esbeltez Limite Em x =7 M1dax= -M1dbx = 14700 kN.cm Momento totais solicitantes Em x= M1dAx = 14700 kN.cm > M1d,minx Em y= M1dAy = 12600 kn.cm > M1d, míny Força normal adimensional V= 0,98 ~ 1 = 0,34 µy = = 0,098 ~0,10 d’x/h = 5/20 = 0,25 Ábaco – A5 ω = 1,42 As = (1,4x 1200x1,786)/(50/1,15) = 70 cm² = N1 14 Փ 25mm c/3,00m = 15 N2 com Փ 6,3mm com 1,54m espaçados de 20//20cm NBR 6118
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