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Contabilidade Gerencial - Unip P2 DP

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA PENDENTE (DP)
CONTABILIDADE GERENCIAL
SÃO PAULO
2017
VIVIANE MOREIRA BRIGUENTI
ra B882140
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE DISCIPLINA PENDENTE (DP)
CONTABILIDADE GERENCIAL
P2
A disciplina pendente apresentada como exigência para a conclusão do 6º semestre, da disciplina Administração Financeira do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista.
Orientador: Prof.º(Mestre) MAURICIO NARCISO.
SÂO PAULO
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordaremos os conteúdos disponibilizados no conteúdo programático do curso de Ciências Contábeis. A realização do trabalho para o cumprimento da DP será feita em duas etapas P1 e P2.
	Contabilidade Gerencial é um sistema de informação necessário para a boa administração de qualquer organização e tem como objetivo principal fornecer informações para que os empreendedores e gestores possam decidir qual o melhor caminho para a organização.
	As organizações precisam de um sistema de informação que oriente e motive as equipes a irem em direção de suas metas.
	As ferramentas da Contabilidade gerencial podem ser utilizadas tanto pelos contabilistas como pelos administradores.
	Se imaginarmos a relação que existe entre um médico e um paciente, veremos que não é muito diferente daquela que um contador/administrador e um empreendedor precisam possuir para que ambos possam cumprir as suas importantes missões.
	O paciente precisa de quem o oriente para a saúde do corpo e o empreendedor precisa de quem o guie para saúde da riqueza. Essas missões são parecidas.
O contabilista/administrador é procurado pelo seu cliente, mas além de prescrever o que fazer em matéria apenas fiscal, precisa estar atento para a maior importância de todas, que é a do sucesso da organização.
	O médico examina, observa, analisa, receita, e se o paciente não segue a prescrição, não pode obter a cura.
2. ALAVANCAGEM OPERACIONAL, ALAVANCAGEM FINANCEIRA E COMBINADA
	Alavancagem é o método que utiliza recursos de terceiros com o fim de aumentar a taxa de lucros sobre o capital próprio. Portanto, o estudo da alavancagem financeira ou operacional procura evidenciar a importância relativa dos recursos de terceiros, na estrutura de capital de uma empresa. Para isso analisa-se a taxa de retorno do capital próprio, considerando-se os custos de remuneração dos capitais de terceiros, usados para alavancar as operações da sociedade. Portanto, alavancagem é a capacidade que uma empresa possui para utilizar ativos ou recursos externos, tomados a um custo fixo, visando maximizar o lucro de seus sócios.
	Agora é necessário explicitar as características das categorias distintas de alavancagem, bem como o sentido do grau de alavancagem:
Alavancagem Financeira – Tem como base o aumento do lucro líquido, em contraponto às despesas financeiras. É a capacidade da empresa em maximizar o lucro liquido por unidade de cotas (no caso de uma empresa por cotas de responsabilidade limitada) ou por ações (no caso de uma sociedade anônima), com a obtenção de financiamento cujos juros e outros encargos são fixos. Essa capacidade é evidenciada pelo quociente entre o passivo e os recursos próprios; ou situação líquida da empresa.
Alavancagem Operacional – Tem como ponto de partida o aumento das Vendas, em contrapartida aos curtos fixos. É determinada em função da relação existente entre as Receitas Operacionais e o Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda, conhecido como LAJIR (este conceito confunde-se com o lucro operacional).
Grau de alavancagem financeira – É o aumento de rentabilidade dos sócios, em função da utilização de capitais de terceiros. Como cada empresa apresenta estruturas financeira e operacional próprios e individualizadas, o emprego de capitais de terceiros em sociedades diferentes produz resultados diferentes em termos de alavancagem. Então, grau de alavancagem financeira de um negócio é a relação entre endividamento de longo prazo e o capital empregado pela empresa, evidenciada pelo quociente encontrado pela equação “Endividamento de Longo Prazo / Capital Total Empregado”. Quanto maior for o quociente, maior será o grau de alavancagem, isto é, quanto maior a proporção de capitais de terceiros em relação ao capital próprio, mais elevado o grau de alavancagem financeira.
2.1. ALAVANCAGEM OPERACIONAL
	Os custos operacionais das empresas permanecem inalterados em determinados intervalos de produção e venda, representando que quanto maior a produção menos e seu peso relativo e vice-versa; quando menos se produz mais se sente o peso dos custos fixos. 
	Quando as empresas elaboram projetos para captar financiamentos, visando aumentar a produção sem aumentar os custos fixos ou aumentando menor do que o crescimento do lucro Antes das Despesas Financeiras e do Imposto de Rendas, elas buscam obter Alavancagem Operacional. Depois de implantado o projeto, se alcançarem seu objetivo, elas produzem “Alavancagem Positiva”; se simplesmente mantêm o mesmo nível anterior ao projeto, elas obtêm o que o mercado chama de “Alavancagem Travada” ou “Alavancagem Constante”; se o resultado for inferior ao lucro anterior, têm como resultado uma “Alavancagem Negativa”. Essa última posição, se indesejável no curto prazo, poderá ser aceita no longo prazo, pois quando da quitação dos recursos de terceiros a situação pode se reverter e, antão, produzir “Alavancagem Positiva”.
	O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) sempre é evidenciado para níveis específicos de produção e venda (BRAGA, 1992, p. 204). “Em outras palavras, para cada ponto da escala de variação do nível de operações haverá um GAO diferente, expressando o número de vezes que o ∆LAJIR representa do ∆RTV [Receita Total das Vendas]. O GAO poderá ser calculado através de qualquer das seguintes fórmulas:
GAO = Variação percentual no LAJIR / Variação percentual nas vendas (receitas ou volume) = ∆LAJIR / ∆RTV (∆quantidade) = nº de vezes
Ou
GAO” = Margem de contribuição total / LAJIR = MCT [Margem de Contribuição Total] / LAJIR = nº de vezes”
	Chega-se, então, a conclusão de que as empresas procuram obter alavancagem operacional sempre que os seus custos fixos precisam ser cobertos pela ampliação da produção e, consequentemente, das receitas advindas das vendas. De forma geral, os projetos de alavancagem visam a aquisição de ativos imobilizados que aumentem o volume produzido e resulte em receitas mais do que suficientes para cobrir todos os custos fixos e variáveis.
	Tome-se como exemplo dos vários intervalos de produção o Ponto de Equilíbrio de uma determinada empresa, que corresponda a um faturamento de R$ 23.076,92, correspondente a produção de 5.769,23 unidades. As receitas totais foram projetadas tendo-se como base um preço de venda constante por unidade de R$ 4,00, independente do volume da produção. Do mesmo modo, os custos variáveis baseiam-se na hipótese de uns custos unitários constante de R$ 1,40. Os custos fixos são estimados em R$ 15.000,00. Para que os dados de custos sejam relevantes, uma análise do Ponto de Equilíbrio deve ter como base um universo temporal bem definido, daí porque no exemplo ele representaria um período de um ano. Também é estabelecido que toda a produção foi vendida.
	O encontro das linhas que representam as vendas totais e os custos totais representam o Ponto de Equilíbrio. Dessa forma, quanto maiores forem a produção e a venda, maior é a margem de lucro. Se essa margem for maior que o montante dos juros pagos, temos uma Alavancagem Operacional Positiva.
2.2. ALAVANCAGEM FINANCEIRA
	Como vimos na introdução deste trabalho, a Alavancagem Financeira é a prática de se captar recursos de terceiros para financiar investimentos. Sua importância está na relação que deve existir entre o LAJIR (lucro antes do juro e do imposto de renda) e o LPA(lucro por ação). Quando a empresa obtém recursos externos (por financiamento bancário, emissão de debêntures ou de ações preferenciais) ela assume responsabilidade pelo pagamento de juros e outros encargos, bem como pela amortização do principal em alguma data no futuro, nos casos de financiamentos e emissão de debêntures. Como os juros são despesas dedutíveis do cálculo do imposto de renda, sobra para os sócios uma maior parcela do lucro operacional.	
	Entretanto, é necessário se chamar a atenção para o fato de que quanto mais dívidas uma empresa tiver mais frágil é a sua estrutura financeira, isso porque os seus compromissos de pagamentos de juros são constantes (fixos), qualquer que seja o seu lucro operacional. Isto quer dizer que, em uma situação de retração de mercado as vendas caem, mas o montante dos juros se mantêm no nível de vendas máxima. Portanto, quanto maior for o comprometimento dos lucros da empresa com “custos financeiros fixos”, mais ela incorre em maior no perigo de não ser capaz de efetuar esses pagamentos. Se, por um lado, um maior endividamento pode se constituir em uma maior produção, venda e lucro, por outro pode significar um aumento do risco financeiro, representado pela pressão dos pagamentos de juros, “que se tornarão muito grandes em relação ao LAJIR. Se as atividades comerciais declinarem em função de uma contração no nível econômico, o LAJIR também declinará, aumentando a probabilidade de a empresa não ser capaz de efetuar os pagamentos de juros com os lucros operacionais existentes. Portanto, lembre-se de que a alavancagem financeira (…) embora ela possa ser benéfica num período cíclico de expansão, ela é danosa numa fase cíclica de contração” (…). Via de regra quanto maior a dívida, maior o grau de alavancagem financeira da sociedade. “Entretanto, a alavancagem funciona em ambos os sentidos. Por exemplo, quando o grau de alavancagem financeira for igual a 2,0, uma queda no LAJIR de 1% produzirá uma queda de 2% no LPA. Portanto, quanto mais alavancagem financeira, mais volátil o LPA se torna – e maior o risco associado à empresa” (GROPPELLI e NIKBAKHT, 2002, p. 190 a 192).
	O Grau da Alavancagem Financeira (GAF) de uma empresa evidencia quais os feitos das variações ocorridas no Lucro Antes dos Juros e do Importo de Renda, que se refletem no Lucro Líquido. O seu cálculo sempre toma como base de referência uma determinada data e se prolonga por um universo temporal conhecido (acontecido ou projetado); tem nível específico de produção e venda; preços de venda e custos operacionais variáveis e fixos que determinam um valor base para o LAJIR. O GAF, então, expressa o número de vezes que a variação do “Lucro Líquido” representa a variação do “Lucro Antes dos Juros e do Importo de Renda”, tomando-se uma data imediatamente anterior a tomada de recursos externos, como ponto de referência para o cálculo desse crescimento.
	O GAF pode ser encontrado com o uso das seguintes fórmulas:
GAF = Variação % no Lucro Líquido / Variação % no LAJIR = ∆LL / ∆LAJIR = nº de vezes.
Ou
GAF = LAJIR / LAJIR – Despesas Financeiras = JAJIR / LAIR = nº de vezes.
2.3. ALAVANCAGEM COMBINADA
	O estudo da alavancagem empresarial parte do princípio de que todos os negócios têm condição de impulsionar sua produção e venda, com a utilização de capital de terceiros. Se por um lado, o uso de recursos externos à empresa tem sido o modus operandi por excelência do sistema capitalista, por outro todas as organizações possuem custos operacionais fixos. Daí porque todas apresentam condições ideias para uma ação combinadas de alavancagem operacional e alavancagem financeira, efeito que se conhece por Alavancagem Total ou Alavancagem Combinada (GAC), que pode ser encontrada pelas seguintes fórmulas:
GAC = Variação % do Lucro Líquido / Variação % nas vendas = ∆LL / ∆RTV (∆ da quantidade) = nº de vezes
Ou
GAC = Margem de Contribuição Total / LAJIR – Despesas Financeiras = Margem de Contribuição Total / ∆Lucro Antes do Importo de Renda = nº de vezes
3. PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, FINANCEIRO E ECONÔMICO
	O cálculo do ponto de equilíbrio é um dos métodos mais importantes para um bom controle financeiro de qualquer negócio. Com ele é possível entender a quantidade de vendas que precisam ser realizadas para que o as receitas igualem os custos e despesas, resultando em lucro zero. 
	Contudo, existem 3 variações do cálculo de ponto de equilíbrio que pode ser importante conhecer. Veja abaixo:
Ponto de Equilíbrio Contábil
Ponto de Equilíbrio Financeiro
Ponto de Equilíbrio Econômico
	 Para fazer o cálculo desses 3 métodos, você pode levar em consideração sues dados contábeis ou gerenciais, de acordo com a sua realidade e disponibilidade de informações.
	Antes de entrarmos nas diferenças de cada um, vale a pena lembrar o conceito de margem de contribuição, essencial para o cálculo dessas 3 variações do break even point, que é o preço de venda unitário menos os custos diretos para a produção de um produto ou prestação de um serviço.
Vamos ver as características de cada um agora:
3.1. PONTO DE EQUILIBRIO FINANCEIRO OU DE CAIXA
	Também é conhecido como ponto de equilíbrio de caixa por alguns autores e não leva em consideração a depreciação e a amortização, fatores que diminuem o lucro contabilmente, mas que gerencialmente não representam saída de caixa do seu negócio.
Lucro = Zero – Depreciação
Fórmula: PEE = (Gastos Fixos – Gastos não Desembolsáveis) / Margem de Contribuição
Vantagem: O cálculo não leva em consideração gastos que não vão sair do seu caixa, te mostrando exatamente quanto você precisa vender para ficar com o lucro zerado. O único problema dessa abordagem é que ela não te prepara para momentos de troca de máquinas ou equipamentos que precisarão ser trocados no futuro.
3.2. PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO
	Nesse caso, a empresa determina um lucro mínimo desejado para se embutir no cálculo, representando uma remuneração ao capital investido nela. Na prática, esse cálculo sempre deveria ser utilizado em conjunto com o ponto de equilíbrio contábil, já que existem sempre dois parâmetros de análise financeira, quanto vender para não ter prejuízo e quanto vender para lucrar o desejado.
Lucro = Zero + Remuneração do Capital Próprio
Fórmula: PEF = (Gastos Fixos + Lucro Desejado) / Margem de Contribuição
Vantagem: O cálculo já leva em consideração o quanto você quer de lucro, te ajudando a entender a quantidade de produtos ou serviços que precisam ser vendidos para você ter retorno.
3.3. EXEMPLO DE CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL, FINANCEIRO E ECONÔMICO
	Imagine os seguintes dados da sua empresa:
Preço de Venda = R$400
Custos Diretos = R$200
Gastos Fixos = R$20.000
Depreciação = R$2.000
Custo de Oportunidade = R$5.000
	Agora vamos aos cálculos do ponto de equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio econômico e ponto de equilíbrio financeiro. Antes de entrar em cada uma das fórmulas, vale a pena já fazer o cálculo da margem de contribuição que será utilizada:
MC = Preço de Venda – Custos Diretos = R$400 – R$200 = R$200
Vamos ver cada uma das contas: Ponto de Equilíbrio Contábil: PEC = R$20.000 / R$200 = 100 unidades
Ponto de Equilíbrio Financeiro: PEF = (R$20.000 – R$2000) / R$200 = 90 unidades
Ponto de Equilíbrio Econômico: PEE = (R$20.000 + 5000) / R$200 = 125 unidades
 
3.4. APLICAÇÕES GERENCIAIS DO PONTO DE EQUILÍBRIO
	Como eu falei no começo do post, esses cálculos podem ser feitos utilizando seus demonstrativos contábeis ou gerenciais. Eu particularmente prefiro uma abordagem gerencial, com o uso de uma planilha de cálculo de ponto de equilíbrio que utilize os números mais importantes do seu negócio e te dê uma resposta clara de qual deve ser a quantidade de vedas realizadas, a determinado preço, para empatar receitas e gastos.
 
4. CUSTEIO ABC
	O critério de custeio ABC é um sistema de custos que se diferencia dos métodos convencionais de custeio pela sua forma de aplicação e distribuição dos custos indiretos dentro das organizações. A principalcaracterística do custeio ABC é considerar as atividades desenvolvidas como fonte originária de custos aos produtos/serviços, os métodos mais comuns de custos se baseiam em custos de mão de obra direta e matéria prima para direcionar os custos aos produtos/serviços, e que o volume de produção, quando na verdade.
	Conforme já foi observado no item anterior, o ABC tem como principal característica considerar as atividades desenvolvidas como geradoras de custos através do consumo de recursos necessários para a sua execução. Porém, o critério de custeio ABC, possui várias características que podem ser observadas também em métodos convencionais de custeamento. Estes métodos convencionais (custeio por absorção e departamentalização) enfocam todas as despesas e custos diretos e indiretos e distribuem de forma igual a todas as unidades de produtos produzidos.
O critério ABC é um método que exige total flexibilidade da empresa, para que seja possível a sua aplicação. Este critério visa fornecer informações detalhadas dos processos e dos custos existentes em cada atividade exigida para elaboração de um produto, tendo em vista o detalhamento, a aplicação do custeio ABC é complexa e de difícil aceitação pelas empresas, que muitas vezes não se interessam em desenvolver o sistema por afirmarem que os custos de aplicação superam os benefícios gerados, a primeiro momento os custos de implantação do ABC.
	O sistema de custeio ABC permite melhor visualização dos custos através da análise das atividades executadas dentro da empresa e suas respectivas relações com os objetos de custos. Nele, os custos tornam-se visíveis e passam a ser alvos de programas para sua redução e de aperfeiçoamento de processos, auxiliando, assim, as organizações a tornarem-se mais lucrativas e eficientes.
	Com seu poder de assinalar as causas que levam ao surgimento dos custos, o ABC permite aos gerentes uma atuação mais seletiva e eficaz sobre o comportamento dos custos da organização.
	O ABC determina que atividades consomem os recursos da empresa, agregando-as em centros de custos por atividades. Em seguida, e para cada um desses centros de atividades, atribui custos aos produtos baseado em seu consumo de recursos. Com isso, é possível se determinar quais são os produtos subcusteados e quais são os supercusteados, possibilitando uma melhoria nas decisões gerenciais. O ABC permite ainda que se tome ações para o melhoramento contínuo das tarefas de redução dos custos, como a melhora dos serviços, avaliação das iniciativas de qualidade, corte de desperdícios, aprimoramento dos processos de negócio da empresa, entre outros.
	No sistema de custeio ABC a atribuição dos custos indiretos são feitos em dois estágios. No primeiro estágio, denominado de “custeio das atividades”, os custos são direcionados as atividades. No segundo estágio, denominado de “custeio dos objetos”, os custos das atividades são atribuídos aos produtos, serviços e clientes.
Assim como os demais sistemas de custeio, ele também tem suas restrições, e entre elas a de não ser aceito pelo fisco.
	Pelas suas próprias características, o ABC tem como fortes candidatas a sua implantação as organizações que utilizam grande quantidade de custos indiretos no seu processo produtivo e que tenham significativa diversificação em produtos, processos de produção e clientes.
	Embora suficientemente simples, o sistema de custeio ABC, tem contribuído para melhorar sensivelmente a tradicional metodologia de análise de custos. Seu objetivo é rastrear as atividades mais relevantes, para que se identifiquem as mais diversas rotas de consumo dos recursos da empresa. Por meio dessa análise de atividades, busca-se planejar e realizar o uso eficiente e eficaz dos recursos da empresa.
5. ANÁLISE DE CUSTOS E DECISÕES TÁTICAS
	Em parte, o enfoque financeiro da contabilidade de custos podia ser justificado pela limitada potência computacional com que contavam as organizações em meados deste século. Estudos especiais defendidos pelos economistas — para igualar o custo marginal à renda marginal, ou medir o custo de oportunidade — podiam ser facilmente motivados e ilustrados com exemplos de único produto. Mas procedimentos aparentemente simples e sensatos, para a tomada de decisões, com um punhado de produtos podiam não se aplicar a organizações que tivessem crescido demais em tamanho e complexidade. 
Teria sido impossível, para organizações produzindo milhares de produtos, através de complexos processos produtivos de múltiplos estágios, ter empreendido a coleta, armazenagem e processamento de dados exigidos pelos modelos dos economistas. Mecanismos simples de acúmulo dos custos dos produtos e distribuição das despesas dos períodos aos centros de custos e de produtos eram necessários, para a organização não submergir num oceano de dados e estudos especiais.
	De acordo com PADOVEZE (2004, p. 368):
Os conceitos de custos fixos e variáveis permitem uma expansão das possibilidades de análise dos gastos da empresa, em relação aos volumes produzidos ou vendidos, determinando pontos importantes para fundamentar futuras decisões de aumento ou diminuição de produção, corte ou manutenção de produtos existentes, mudanças no mix de produção, incorporação de novos produtos ou quantidades adicionais etc. A análise de custo/volume/lucro conduz a três importantes conceitos: Margem de contribuição, ponto de equilíbrio e alavancagem operacional.
A competição global tem exigido das organizações um comportamento dinâmico e eficaz na medida em que estas necessitam rapidamente adaptar-se às exigências do ambiente externo para que possam continuar inseridas nos mercados atuais, como também conquistar novos nichos. Adicionalmente, as mudanças tecnológicas e a expansão da capacidade de processamento de informações exigiram dos sistemas gerenciais e de custos das empresas o fornecimento de informações relevantes e oportunas para serem utilizadas em decisões gerenciais. O estudo das informações de custos relevantes para a tomada de decisão foi motivado pelo desejo de conhecer a real aplicação dessas informações como instrumento de ação administrativa pelas empresas. 
A análise de custos para fins gerenciais é realizada através do cálculo de estimativas de custos e receitas que irão ocorrer no futuro e é utilizada como alternativa para orientar as escolhas dos gestores. 
Estas (decisões) definirão os cursos de ação que a empresa deverá seguir. É chamada, por alguns autores, de análise diferencial, porque as alternativas diferem umas das outras, ou análise de custos relevantes porque, além delas serem diferentes, os dados de custos utilizados em seu cálculo precisam ser fundamentais para as decisões.
Os custos que importam em uma decisão são os diferenciais. A empresa necessita identificar quais são os custos relevantes para a tomada de decisão e, para isso é importante destacar aqueles que não são.
A primeira categoria geral de custos é irrelevante porque, independentemente da decisão a ser tomada, eles já ocorreram e, portanto, não poderão ser evitados. A segunda, como o próprio nome já diz, não difere, portanto, são irrelevantes. Garrison e Noreen prosseguem mostrando os dois passos que as empresas precisam seguir para identificar e analisar os custos e benefícios relevantes em uma decisão:
Eliminar custos e benefícios que não se comportam de modo diferente entre as alternativas. Esses custos irrelevantes consistem em (a) irrecuperáveis e (b) custos futuros, que não mudam com as alternativas. 2.Utilizar, na decisão, os custos e benefícios restantes, que mudam de acordo com as alternativas. Os custos que permanecem são diferenciais ou evitáveis. (GARRISON e NOREEN, 2001, p. 432).
 Esse isolamento é necessário, por exemplo, para a empresa tomar decisão de curto prazo, com base nos custos unitários. Horngren et al. alertam para o fato de que os custos unitários podem induzir erros na tomada de decisão. Estes podem ser de dois tipos: quando os custos fixos que não diferem (irrelevantes) são alocados ao produto,o gestor estará levando em conta um valor unitário irrelevante para decisões. Por isso, a parcela fixa precisa ser retirada dos custos unitários.
	Muitas vezes, os gestores não possuem o conhecimento das informações necessárias as suas decisões e ficam limitados a relatórios gerenciais inadequados, que não transmitem as informações apropriadas para o tipo de decisão a ser tomada. São muitas as decisões que deverão ser tomadas pelos gerentes e que determinarão a saúde financeira da empresa, como por exemplo: escolher entre manter ou substituir equipamento; decidir sobre que métodos de produção empregar; fabricar ou não um determinado produto; aceitar ou não produzir encomendas especiais; decidir sobre aceitar ou não um cliente (lucratividade de clientes) ou ainda decidir o preço do produto, a formação do preço de transferência, melhorias na qualidade de produtos, níveis de estoque, dentre outras. 
6. EXERCICIOS
1-) O que significa o Grau de Alavancagem Operacional?
Resposta:
O grau de alavancagem operacional demonstra como uma alteração no volume da atividade interfere sobre o lucro operacional da empresa, ou seja, demonstra em quantas vezes o lucro operacional varia em função da variação (aumento/redução) no volume da atividade (receita de vendas) da empresa.
2-) A B. Paschoal Ltda., ao aumentar sua produção e vendas em 30%, passando para 5.200 unidades mensais do produto Alfa, teve o custo total ( fixo + variável) aumentado de $ 470.000,00 para $ 560.000,00. Considerando que o preço de venda unitário é de $ 200,00, determine qual foi o Grau de Alavancagem Operacional. 
	DRE
	Atual
	30%
	(+) RV - Receita de Vendas
	800.000
	1.040.000
	(-) CDV - Custos e Despesas Variáveis
	(300.000)
	(390.000)
	(=) MC – Margem de Contribuição
	500.000
	650.000
	(-) CDF – Custos e Despesas Fixas
	(170.000)
	(170.000)
	(=) LOP – Lucro Operacional
	330.000
	480.000
	GAO
	1,52
	
7. CONCLUSÃO
Este artigo objetivou mostrar a importância da adoção das práticas gerenciais na estratégia e planejamento das micro e pequenas empresas. Primeiramente, destaca-se no atual cenário, onde, mais de 50% destas empresas encerram suas atividades até o quinto ano de vida, e uma das causas é a falta de conhecimento de seus gestores, evidenciando a necessidade do uso das técnicas e ferramentas gerenciais que auxiliam no planejamento, proporcionando aos gestores uma melhor visão da real situação da organização
O processo de planejamento financeiro contém uma série de pontos relevantes sensíveis à administração financeira e gerencial, os quais são de extrema importância para a elaboração do mesmo e necessários para dar mais segurança para sua aplicação, entre os quais estão o planejamento financeiro a longo prazo, planejamento financeiro a curto prazo, planejamento de caixa, e um dos mais importantes, a previsão de vendas e o planejamento do lucro, entre outros. O planejamento financeiro deve ser profundamente analisado e discutido entre os executivos até que se chegue a um consenso. O processo de planejamento financeiro não deve ser uma atividade mecanizada, apesar dos avanços da tecnologia que trouxeram muita agilidade ao processo com o uso de planilhas e gráficos.
Tem-se como um dos objetivos do planejamento financeiro desenvolver uma relação harmoniosa entre o crescimento da empresa com a necessidade de produção necessária para dar sustentação à mesma, necessidade de investimentos externos, previsão de pagamentos de dívidas e impostos, salários, estimativa de custos da produção entre outras, com o intuito de prover a empresa de recursos financeiros
8. REFERÊNCIAS
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1992.
Groppelli,A. A. Administração Financeira - Série Essencial - 3ª Ed. 2010 
GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W. Contabilidade gerencial. Trad. José Luiz Paravato. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um Enfoque em Sistema de Informação Contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004

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