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bacia hidrografica do rio araguari

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BACIA 
HIDROGRÁFICA DO 
AMAPÁ 
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CARACTERÍSTICAS 
 
 Área de 82.696 km2; 
 
 Representa 1% do País; 
 
 Vazão média de longo período de 3.390 m3/s; 
 
 Corresponde à área de drenagem dos rios que 
deságuam ao norte da Região Hidrográfica do 
Amazonas. 
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Relevo do Amapá 
Mapa do Relevo Amapaense 
 
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Distribuição das sub-bacias 
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HIDROGRAFIA 
 
 Cerca de 39% da bacia hidrográfica do Estado faz parte 
da bacia do Amazonas 
 
 A maioria dos rios do Amapá desaguam no oceano 
Atlântico. Os principais rios são: 
 
 Rio Araguari: possui 36 cachoeiras; 
 
 Rio Oiapoque: fronteira natural entre o Brasil e a Guiana 
Francesa; 
 
 Rio Pedreira: foi utilizado para retirar pedras destinadas 
à construção da Fortaleza de São José de Macapá; 
 
 Rio Gurijuba: foi um rio com grande concentração de 
peixes. 
 
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Marés 
 Influência das marés 
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Condições de navegabilidade 
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Sub-bacia do Rio Araguari 
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Sub-bacia do Rio Araguari 
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Sub-bacia do Rio Araguari 
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Sub-bacia do Rio Araguari 
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A Pororoca 
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Sub-bacia do Rio Jari 
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Sub-bacia do Rio Jari 
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Sub-bacia do Rio Jari 
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Sub-bacia do Rio Jari 
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Sub-bacia do Rio Jari 
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Qualidade das águas 
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Rio Cunani 
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Rio Cajari 
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Rio Oiapoque 
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Rio Amazonas - Fazendinha 
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Baseado na obra Diagnóstico de 
Ressacas do Estado do Amapá: 
Bacias do Igarapé da Fortaleza e do 
Rio Curiaú, de Luis Roberto Takiyama 
e Arnaldo de Queiroz da Silva (2004) 
Caracterização socioambiental 
da bacia 
do Igarapé da Fortaleza
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Definição de áreas de ressaca 
 As ressacas são áreas desenvolvidas em costa 
de baixa energia (não têm grande movimento de 
ondas), com solo que inclui areia, silte, argila e 
turfa, abaixo do nível do mar e do rio Amazonas, 
resultados da flutuação do mar e ação das 
correntes marinhas durante os últimos cem anos 
e colmatados pelos sedimentos aluviais do rio 
Amazonas. 
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Área de estudo 
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Meio biótico 
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Inventário florístico 
 Foram identificadas 44 famílias, 83 gêneros e 
119 espécies de plantas. 
 Entre as plantas, temos: piri-piris, chapéus de 
couro, aningas, buritis e macrófitas aquáticas. 
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Inventário florístico 
 As espécies flutuantes e submersas 
normalmente estão localizadas nos canais ou 
em suas margens, onde a profundidade é maior 
e nunca secam no período de verão. 
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Inventário florístico 
 As emergentes localizam-se em áreas mais 
altas, em solos alagáveis ou raramente secos, 
assim como as anfíbias. São espécies de 
transição do cerrado, da várzea e da terra firme. 
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Percentual das formas biológicas das 
espécies amostradas 
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Inventário florístico 
Fatores que influenciam nas respostas 
morfológicas, anatômicas e fisiológicas: 
 O clima; 
 As marés; 
 Os sedimentos do Rio Amazonas e 
 Os depósitos de matéria orgânica. 
 Isso dificulta a compreensão sobre as 
estratégias adaptativas realizadas por essas 
espécies. 
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Inventário florístico 
Saturação hídrica do solo → estresse → caráter 
seletivo 
Limita as trocas gasosas do solo com a atmosfera 
Decomposição da matéria orgânica → 
microorganismos consomem rapidamente o O2 
presente na água 
Emissão de CO2 e CH4 
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Inventário florístico 
A vegetação das ressacas apresenta 
características essenciais para o desenvolvimento 
da dinâmica desse ecossistema, pois: 
Fornece a base para a cadeia alimentar destes 
ambientes aquáticos; 
Proporciona abrigos, refúgios e alimentos para 
larvas, alevinos e adultos de crustáceos, insetos, 
peixes, anfíbios, aves e pequenos mamíferos; 
Forragem para roedores e ruminantes. 
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Sumário 
 A ressaca é um ecossistema energeticamente 
aberto; 
 Dominado por uma vegetação herbácea; 
 Alta riqueza específica, com presença de espécies 
do período chuvoso, seco e de ambos; 
 A sazonalidade vegetal está relacionada com a 
maior ou menor disponibilidade de água do lençol 
freático; 
 Apresenta uma interface com os ecossistemas 
adjacentes – florestas de várzea, terrafirme e 
cerrado; 
 Descaracterização→impactos antrópicos →aterros, 
lixos e bubalinocultura. 
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Ictiofauna 
As ressacas, por constituírem ambientes 
aquáticos protegidos e de difícil acesso aos 
grandes predadores, formam um ambiente 
propício para o desenvolvimento de peixes jovens. 
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Ictiofauna 
Conforme as águas abaixam, as perdas de peixe 
são frequentemente enormes, tanto por sua 
retenção em poças, onde inúmeros pássaros 
deles se alimentam, como quando por sua saída 
pelos canais em direção aos rios, em que são 
devorados pelos peixes grandes. 
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Ictiofauna 
A espécie dominante é a Hyphessobrycon sp2, 
uma espécie de porte diminuto, muito abundante 
em todos os ambientes amostrados, e conhecida 
popularmente como peixe-neón. 
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As outras espécies, em sua maioria, apresentam 
abundância muito menor, com predomínio de 
espécies de pequeno porte, entre elas: 
Uéua; 
Piaba; 
Acará; 
Piranha; 
Traíra; 
Branquinha; 
Pratinha; 
Mafurá; 
Tucunaré; 
Jacundá; 
Muçum; 
Etc. 
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Sumário 
As ressacas do município de Macapá podem 
abrigar pelo menos uma das fases do ciclo de vida 
de pelo menos 81 morfoespécies de peixes. 
Pelo menos 28 espécies usam as ressacas como 
abrigo às fases jovens. 
O conjunto das espécies compreende espécies de 
importância para pesca assim como espécies 
ornamentais com grande potencial para 
aquariofilia. 
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Fauna de insetos 
Na região de estudo foram coletadas: 
 Abelhas nativas sem ferrão; 
 Vespas; 
 Moscas e mosquitos (inclusive o da dengue); 
 Percevejos; 
 Besouros; 
 Aranhas; 
 Baratas d´água; 
 Libélulas; 
 E outras porcarias. 
 
 
 
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Fauna de insetos 
Os insetos têm sua importância ecológica e a 
abundância de algum grupo revela um 
desequilíbrio ambiental. 
Muitas dessas espécies precisam ser 
continuamente monitoradas, por 
representarem ameaça à saúde humana, como 
por exemplo, o mosquito da dengue, algumas 
aranhas e outros. 
Entretanto, a presença de abelhas meliponíneas 
sem ferrão constitui-se numa oportunidade como 
fonte de renda para as populações dessas áreas de 
ressaca. 
 
 
 
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CARACTERIZAÇÃO SOCIAL 
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INTRODUÇÃO 
 A população amazônida urbana, tangida por disparidades e 
também pelo processo de concentração fundiária e outros 
fatores como a mecanização intensiva na agropecuária, vem 
aumentando em ritmo acelerado desde a década de 1940 e, 
segundo Moura e Moreira (2001), teve seu crescimento 
inicialmente nos anos 70 e 80 devido à ação do governo 
federal e às políticas de desenvolvimento econômico. 
 Essa progressão populacional nas metrópoles regionais 
(Belém e Manaus) concorreu para uma expansão urbana 
acelerada e desordenada, que se traduziu na degradação 
ambiental, na ocupação de áreas de risco ou de preservação 
obrigatória, na ausência ou degradação de infra-estruturas 
mínimas (saneamento, educação, saúde, segurança, 
transportes e outros) e na pressão sobre as finanças públicas, 
já precárias, traduzindo-se em insustentabildade urbana. 
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Ocupação irregular As ocupações humanas em áreas impróprias ou inóspitas ocorrem 
desde o surgimento do homem, porém este processo de ocupação 
foi intensificado na era moderna, principalmente nas cidades onde 
as áreas com melhores condições ambientais de habitabilidade são 
rapidamente ocupadas. 
 A pouca disponibilidade de áreas para morar, nas proximidades dos 
centros urbanos, leva os moradores fazer uso das ressacas para 
residir, implicando na qualidade da habitação e na vida das pessoas. 
 A constante migração, ocorrida desde a criação do Estado do 
Amapá, dificultou o planejamento, provocando um déficit de 
empregos e infra-estrutura (água, luz, saneamento básico e 
transporte). 
 Em acréscimo ao problema governamental de atendimento as 
demandas dos serviços públicos, o adensamento urbano conduziu a 
população de baixa renda a ocupar, como alternativa barata de 
moradia, as áreas úmidas urbanas (várzeas e ressacas) de Macapá 
e Santana. 
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Grau de degradação 
De acordo com Silva (2000), em estudo realizado pela 
SEMA, foram classificados e identificados três estágios da 
ocupação das margens das áreas úmidas de Macapá: 
preservadas, passíveis de recuperação e fortemente 
antropizadas. 
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As que foram consideradas em bom estágio de 
preservação, nos dias de hoje, não apresentam um grande 
número de casas, porém apresentam um risco ambiental, 
devido à presença de atividades econômicas impactantes, 
como: 
 extração de argila; 
 bubalinocultura e 
 piscicultura com criação de peixes exóticos à região 
amazônica. 
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Concentração de pessoas por domicílio 
As sedes urbanas de Macapá e Santana contêm 
respectivamente 4,63 e 5,00 pessoas por domicílio (censo 
2000), porém, para essa mesma variável, as ressacas de 
Macapá e de Santana apresentaram resultados 
estatísticos de 5,03 e 5,19 respectivamente, demonstrando 
uma maior concentração de pessoas por domicílio. 
 Provavelmente por causa do domicílio ser habitado por 
mais de uma família e/ou por ter apresentado um 
número de membros das famílias acima de 4 pessoas. 
 Ressalta-se que o número de mais de uma família no 
domicílio não caracteriza um déficit habitacional, mas 
deve-se geralmente pela ausência ou baixa renda da 
mesma, na verdade são novas famílias que dependem 
financeiramente da família de origem. 
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Idade 
 Nas ressacas de Macapá e Santana, destacam-se as 
faixas etárias de 0 a 10 anos e 26 a 65 anos, muito 
embora, a idade média seja de 20 anos para Macapá e 
18 anos para Santana, indicando uma população jovem, 
com potencial para o trabalho. 
 A idade média total das pessoas residentes em ressacas 
é 20,1 anos, este fato deve-se provavelmente devido a 
maioria dos domicílios abrigarem famílias recentemente 
construída e jovens que migraram das ilhas do Pará em 
busca de instrução. 
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Satisfação 
 Das pessoas de referência, com mais de 3 anos de 
estudo, questionadas quanto ao nível de satisfação 
funcional às condições de vida em ressacas, nota-se, 
que a maioria respondeu que são ruins. 
 Na ressaca do Paraíso, 51,72% responderam que as 
condições de moradias são boas, provavelmente devido 
a oportunidade de morar em casa própria não onerando 
gastos no orçamento familiar pois, aparentemente, essas 
famílias apresentam uma baixa renda familiar. 
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Escolaridade 
Nota-se nos dados exibidos na Tabela 16 que algumas 
ressacas destacam-se por apresentarem percentuais 
acima da média geral: Sá Comprido (86,36%) e Lago do 
Pacoval (83,65%) em analfabetismo funcional; Lagoa dos 
Índios (9 anos) em escolaridade de adultos e (64,29%) em 
potencial jovem. 
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Saúde 
 Nos domicílios entrevistados, a malária é a doença que 
tem maior ocorrência, com uma média total de 33,39%, 
seguida pela hepatite com 9,32. 
 Neste âmbito, de acordo com a comparação elucidativa 
dos dados referente a esta variável, na Tabela 18, no 
acometimento de malária destacaram-se Lago da Vaca 
(83,33%) e Sá Comprido (78,57%), embora a ocorrência 
da malária urbana seja frequente nas cidades de 
Macapá e Santana. 
 Com relação às outras doenças, nota-se que houve 
maior ocorrência de hepatite na ressaca Vaga-lume 
(66,67%); de leptospirose (9,09%) e dengue (21,05%) na 
Funda e, Fonte Nova (20%). 
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Abastecimento de água 
 Apesar de existir nas cidades de Macapá e Santana o serviço de abastecimento 
de água, nos bairros de classe social de menor renda, esse serviço têm rede de 
canalização precária, tratamento da água inadequado e irregularidade de 
fornecimento, demonstrando diretamente as dificuldades das prestadoras 
responsáveis pelo serviço. 
 Os obstáculos de abastecimento de água tratada aumentam nas áreas úmidas, 
onde os problemas essenciais vão desde a dificuldade de implementar a rede 
de abastecimento ao risco de contaminação. 
 No período de chuvas, o nível do lençol freático na bacia de acumulação de 
água se eleva e os canos, frequentemente manipulados pelos moradores, ficam 
submersos, expostos ao perigo de receber água poluída, pois na ausência de 
esgoto, os dejetos humanos são lançados diretamente no ambiente, diminuindo 
consideravelmente a qualidade da água natural. 
 Além dos problemas de intermitência do abastecimento e contaminação da água 
tratada, nas ressacas, o acesso à rede geral de água normalmente é 
clandestino, feito individualmente pelo morador através de canos pendurados 
nas estacas das passarelas de madeira, vedados com materiais improvisados 
conforme demonstrado nas Figuras. 
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LAGUINHO 
Fonte: CAESA 
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 As desigualdades no acesso e uso dos serviços de água 
potável nas áreas de ressacas perpassam pela condição 
financeira de seus moradores os quais, apesar da 
aparente pobreza, têm priorizado a obtenção deste 
serviço, pois a maioria dos domicílios está ligada a rede 
geral de abastecimento de água. 
 Julga-se que esses domicílios ligados à rede geral de 
água utilizam água tratada. Assim, verifica-se na Tabela 
20 que a maioria dos domicílios nas ressacas tem água 
tratada. 
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Coleta de lixo 
 Nas áreas de ressacas, com exceção de Lagoa dos 
Índios, normalmente não há este serviço. O carro do 
lixo passa nas ruas próximas às bordas da 
ressacas, porém o morador não carrega o lixo para 
os pontos de coleta e nem os garis entram nas 
passarelas de madeira para buscá-lo. 
 As observações in loco demonstram que o lixo é 
acumulado debaixo das casas e passarelas e que 
os resultados percentuais obtidos sobre o destino do 
lixo, mostrados na Tabela 21, não correspondem 
fielmente à realidade observada. 
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Esgoto 
 Nas áreas de ressacas geralmente a rede pública de 
esgoto é inexistente e os dejetos humanos são lançados 
diretamente no meio ambiente. 
 As instalações sanitárias são inadequadas com os 
banheiros sobre palafita, e na maioria das vezes ficam 
localizados fora da casa, ligado a ela por passarela. 
 Algumas residências no período de estiagem constroem 
fossas nas bordas, porém, dada à condição natural da 
área elas podem sofrer inundação no período chuvoso. 
 Do total dos domicílios entrevistados 13,18% declararam 
que fazem uso de fossa para destino dos dejetos. 
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Estrutura habitacional 
 Em relação ao estilo de edificação habitacional nas ressacas 
urbanas de Macapá e Santana, pode-se dizer que a maioria 
das casas é construída sobre palafitas muito próximas umas 
das outras 
 Algumas casas se resumem em um único cômodo com 
múltiplasfunções de sala, quarto e cozinha e às vezes 
apresentam divisórias internas feitas de cortinas, 
demonstrando o desejo de privacidade. 
 O padrão de construção é precário, sendo que a maioria das 
casas é construída de madeira (84,34%) com cobertura de 
amianto (92,30%), com precária iluminação solar interna, 
pouco ventilados e, em alguns casos, bastante adensados. 
 Banheiros, quando existentes são construídos com madeira, 
sem escoadouro e fora da casa. 
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Energia elétrica 
 No que diz respeito ao fornecimento de energia elétrica, 
com raras exceções, as casas localizadas nas áreas 
úmidas de Macapá e Santana têm abastecimento de 
energia elétrica formal. 
 É comum encontrar moradias com abastecimento ilegal, 
com fiações externas e instalações internas impróprias. 
Na maioria das vezes, as ligações clandestinas são 
efetuadas pelo próprio morador, podendo ocorrer 
acidentes graves. 
 Do total de domicílios amostrados, 99,16% são providos 
de energia elétrica e destes, 25,49% têm abastecimento 
clandestino. 
 Das áreas examinadas, os maiores percentuais de 
clandestinidade foram verificados em Chico Dias 
(73,33%) e Beirol (72,84%). 
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Renda 
Nas áreas estudadas a maior renda média familiar per 
capita foi obtida na ressaca Lagoa dos Índios (1,61 SM), 
onde geralmente as famílias tem um número pequeno de 
membros, boa renda familiar e a maioria População 
Economicamente Ativa tem emprego formal. 
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Renda 
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Qualidade de vida 
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Leituras recomendadas 
 Conflitos ambientais urbanos em capitais 
amazônicas (Macapá); 
 Áreas de ressaca e dinâmica urbana em 
Macapá-AP (Ivone Portilho) 
 Qualidade de vida urbana em áreas úmidas: 
Ressacas de Macapá e Santana-AP (Josiane 
Souza) 
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