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INFRAESTRUTURA E ESPAÇO URBANO Prof. Cristiano Othon Prof. Eduardo Ciccarelli HABITAÇÃO PRINCÍPIOS DE URBANIDADE Princípios de Urbanidade � Uma habitação não é unicamente uma casa, ou um lugar para morar. Na verdade, uma habitação se reflete diretamente na vida dos habitantes que nela habitam, como exemplo, podemos citar a satisfação das necessidades fisiológicas primordiais, como alimentação, descanso, higiene pessoal, alimentação; ou psicológicas, como proteção, status pessoal, etc. Por esta razão, vem a ser uma das principais preocupações dos planejadores urbanos. � Há o consenso sobre o direito do ser humano a uma moradia digna, com bom padrão construtivo, situada em ambiente saudável, com boa acessibilidade e facilidades com transportes. No entanto, é notório o grande déficit habitacional existente na maioria das cidades brasileiras. � Assim, os setores de planejamento urbano dispendem grandes esforços em legislações, códigos de obra, planos e ações voltadas a dar solução, mesmo que parciais, aos problemas habitacionais. Características � Neste sentido, uma moradia considerada adequada aos mínimos padrões urbanísticos, deveria apresentar boas características em vários aspectos, entre os principais, poderíamos citar: � Padrão Construtivo � Conforto � Fornecimento de Energia (Elétrica e Gás) � Instalações Hidrossanitárias � Serviços Públicos Básicos � Accessibilidade � Transporte Público PADRÃO CONSTRUTIVO CONFORTO INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS ACESSIBILIDADE TRANSPORTE PÚBLICO SERVIÇOS PÚBLICOS BÁSICOS AS NECESSIDADES CONSTRUTIVAS MUDAM COM O TEMPO PRINCÍPIOS DA HABITABILIDADE ASPECTOS CONSTRUTIVOS PRINCÍPIOS DA HABITABILIDADE � As habitações devem apresentar um padrão edilício mínimo, visando condições adequadas de habitabilidade, cumprindo assim, suas funções de abrigo, conforto, higiene; proporcionando proteção à intimidade de seus ocupantes e mantendo bons níveis de salubridade, insolação e ventilação. � Cabe à municipalidade estabelecer condições mínimas a serem atendidas nas construções, através de legislações específicas, orientando os projetos para sua aprovação. Em São Paulo, estão previstas orientações construtivas no Código de Obras do Município e também, na Legislação de Uso e Ocupação do Solo. � O Código de Edificações estabelece disposições a serem atendidas, para garantir ambientes saudáveis, boa funcionalidade, conforto, enfim, níveis adequados de habitabilidade. Por exemplo, quartos pequenos, pouco arejados e mal iluminados podem induzir a perigos de infecção por contágio; A altura dos ambientes (pé direito) proporciona melhor conforto ambiental; Uma escada com degraus forçados podem provocar acidentes; ambientes úmidos podem desenvolver bolores e fungos, etc. � As disposições do Código de Edificações, de forma geral, referem-se a: � Áreas mínimas, � Pé-direito mínimo, � Circulação, � Escadas, � Acessos, � Recuo das edificações com as divisas, � Aberturas, � Ventilação, � Insolação, � Garagens e sub-solos, etc. � No que se refere à LUOS, se alinham orientações relativamente ao tamanho mínimo dos lotes, taxa de ocupação dos terrenos, altura e recuo dos edifícios. PRINCÍPIOS DA HABITABILIDADE SITUAÇÃO LOCALIZACIONAL � A localização de uma habitação tem tanta importância na vida de seus habitantes, quanto seus padrões construtivos. De forma geral, interfere com seu equilíbrio comportamental, por exemplo, diante da exposição de periculosidade com diversos atores, como criminalidade, enchentes, etc., distante de meios de transportes, dificultando deslocamentos para o trabalho, compras, escolas, etc., falta de qualidade ambiental, face a existência de lixo nas ruas, esgotos a céu aberto, poluição atmosférica, etc. � De forma geral, as habitações devem estar localizadas em áreas que não coloquem em risco seus moradores, não os exclua das oportunidades de trabalho e que propiciem a comodidade mínima necessária para descanso e lazer. Poderíamos citar como exigências: � Atendimento pelos serviços públicos, � Ruas calçadas e existência de drenagem urbana, � Existência de transporte público, � Proximidade a escolas, postos de saúde, correios, etc., � Proximidade a parques, praças de esporte e lazer e centros comunitários, � Proximidade a comércio local. � As habitações não devem estar submetidas a riscos, como: � Deslizamento de encostas, � Inundações / enchentes, � Assaltos, criminalidade, � Isolamento por falta de acesso a ambulância, coleta de lixo, caminhão de gás, � Exposição a agentes poluentes, como: � Subterrâneos, pela contaminação do subsolo, � Superficial, por lixo depositado, esgoto a céu aberto, efluentes industriais, � Aéreo, por gases lançados à atmosfera, � Sonoros, causados por casas noturnas, proximidade a aeroportos, indústrias, etc. SITUAÇÃO LOCALIZACIONAL Plano Diretor e LUOS � A exigência de um Plano Diretor e Lei de Uso e Ocupação do Solo se faz necessária para garantir a qualidade de vida da população e organizar o uso e ocupação do território, de modo a estabelecer regras para convívio dos vários usos, evitando conflito e interferência entre os mesmos. � O Plano diretor Municipal cruza as necessidades dos vários usos com fatores de incomodidade, inviabilidades construtivas e de uso, deterioração do meio e qualidade de vida de modo a buscar o melhor desempenho das atividades exercidas nas cidades e bem estar de seus habitantes. INSTALAÇÕES PREDIAIS E ATENDIMENTO POR SERVIÇOS PÚBLICOS INSTALAÇÕES PREDIAIS � As instalações prediais devem dotar as habitações de recursos técnicos para satisfazer exigências mínimas quanto à higiene, segurança e conforto. Neste sentido, o atendimento por serviços públicos de água, esgoto, eletricidade, lixo e outros, trazem facilidades à eficiência destes recursos. Nas grandes cidades, o atendimento por serviços públicos é indispensável, já que as aglomerações humanas inviabilizam a obtenção destes serviços por vias naturais. � O atendimento dos domicílios por serviços públicos é responsabilidade dos Municípios. No entanto, com o crescimento das cidades e formação das aglomerações, muitos Municípios não conseguiram manter um nível satisfatório de eficiência nestes serviços e vêm repassando esta incumbência. � Os serviços de abastecimento de água e coleta e disposição de esgotos sanitários foram em muitos Municípios, encampados pela SABESP. A coleta de lixo, por sua vez, na maioria dos casos, tem sido terceirizada e o fornecimento de energia elétrica, pela complexidade da geração, transmissão e fornecimetno de energia a baixos custos, esteve sempre sob concessão de grandes companhias. ABASTECIMENTO DE ÁGUA � Uma das principais exigências para se garantir a satisfação das necessidades fisiológicas fundamentais é a provisão de suprimento de água nas residências. Vale o ditado popular: “Água é Vida”. � A água potável em grandes cidades só é possível, se oferecida pelos sistemas públicos. Os sistemas individuais, ou naturais, como poços, fontes e nascentes, só subsistem em pequenos núcleos habitacionais, isolados dos grandes centros. Nestes, a ocupação intensiva do solo torna precários tais sistemas, em decorrência da inevitável contaminação das águas subterrâneas ou de sua escassez. � Nos sistemas públicos, a água é coletada dos rios, poços artesianos profundos, ou de reservatórios (represas), construídas para esta finalidade. A água, então, é levada para tratamento em instalações especiais, onde são removidas as impurezas, é filtrada e posteriormente purificada. Só então, é lançada nas redes de abastecimento. SISTEMAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS � As habitações devem serprovidas de instalações e serviço de coleta de esgotos sanitários, devidamente planejada para que ofereça proteção contra contaminações pelos próprios esgotos, o que causaria risco de transmissão de doenças. � Nas regiões adensadas recomenda-se que o esgotamento das residências, assim como no caso do abastecimento de água, seja feito pelos sistemas públicos. A incidência de sistemas individuais em áreas adensadas pode levar à contaminação do meio ambiente. � Existem dois sistemas individuais em prática: � Direto � Por descarga TIPOS DE ESGOTO SANITÁRIO � Direto: Trata-se do sistema mais precário, onde o vaso sanitário é instalado diretamente sobre um poço absorvente (fossa séptica), devidamente vedado para não transmitir odores. Utiliza-se este sistema em edifícios que não são abastecidos por água corrente. Tem o inconveniente de contaminar o lençol freático. � Por Descarga: Mais usual, são utilizados em edificações providas de água corrente, porém sem serviço de coleta de esgotos por serviços públicos. A descarga lança o esgoto em uma caixa (fossa séptica), que retém as partes sólidas (lodo) e liberam a parte líquida (efluente), que é lançada no meio físico, em poços absorventes ou veios d´água, para ser dissipado. Causa contaminação do lençol freático ou mais diretamente, das águas superficiais. � Os sistemas públicos preveem a coleta direta do esgoto sanitário, que é levado através da rede a uma instalação de tratamento de esgotos, onde é removido o lodo. As partes líquidas são então tratadas para eliminação dos agentes de contaminação, como as bactérias do tipo coliforme fecal e só então, são lançadas nos rios. TIPOS DE ESGOTO SANITÁRIO COLETA DE LIXO � O lixo produzido pelo ser humano deve ser recolhido, transportado e disposto no seu destino final, os aterros sanitários, estações de compostagem, incineração, ou mesmo, precariamente, nos tradicionais lixões. � A não previsão deste serviço em alguma localidade específica deve ser compensada por rígidas orientações a seus habitantes, para o devido descarte de seu lixo, enterrando-o ou conduzindo-o para deposição em locais apropriados. O não desenvolvimento de tais hábitos pode levar os habitantes da localidade a descartar o lixo em terrenos baldios, o que propiciaria a proliferação de doenças, insetos, ratos. No caso de ser lançado em córregos, ainda pior, pois além dos problemas já citados, ainda podem causar o assoreamento e entupimentos, vindo a agravar o problema de enchentes. REDE ELÉTRICA � Hoje é simplesmente inconcebível imaginar uma edificação sem energia elétrica. � As concessionárias públicas têm levado seus serviços aos locais mais distantes, incluindo propriedades rurais. � Nos casos da falta deste serviço, o problema é geralmente solucionado através de geradores, que trabalham à combustão. FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO Número de Unidades Financiadas pelo SBPE no Brasil 1980-2010 0.00 50.00 100.00 150.00 200.00 250.00 300.00 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 0 02 04 06 08 TIPOS DE FINANCIAMENTO � PARA A PRODUÇÃO IMOBILIÁRIA: � Sistema Financeiro da Habitação (SFH) � Carteira Hipotecária (CH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SI) � Carta de Crédito � Fundos Imobiliários � Securitização de Recebíveis Imobiliários e Operações Estruturadas de Recebíveis Imobiliários (Build-to-suit ou não) � Abertura do Capital das Construtoras e Incorporadoras � Consórcios � Auto- Financiamento SFH - Sistema Financeiro da Habitação � Sistema de crédito para fins imobiliários sucessor do BNH (Banco Nacional da Habitação), criado em 21/8/1964 pela lei n.º 4.320, a fim de captar recursos para a área habitacional e financiar a construção e a compra da casa própria, para o 1º. imóvel. Carteira Hipotecária e SFI � Carteira Hipotecária é a linha de crédito habitacional criada pelo presidente Getúlio Vargas em 1936, que possui regras de financiamento normalmente indicadas para imóveis acima de R$ 500 mil, prazo de pagamento e taxas de juro definidas pelas instituições financeiras e, portanto, mais altas . � O SFI foi criado em 1997 pela lei n.º 9.514 (20/11/1997) como alternativa ao Sistema Financeiro da Habitação e à Carteira Hipotecária, o sistema autoriza a securitização dos créditos imobiliários e introduz a alienação fiduciária no mercado imobiliário. � O SFI ou Sistema Financeiro Imobiliário dá acesso a financiamentos feitos com recursos dos próprios bancos, destinados normalmente à classe média e alta, para compra de primeiro imóvel, segundo imóvel ou até imóveis comerciais. Carta de Crédito � Documento que comprova a concessão a alguém do empréstimo de certa quantia. Emitidos pelos agentes financeiros ou companhias de crédito imobiliário, costuma valer por 30 dias, às vezes prorrogáveis. Fundos Imobiliários � O Fundo ImobiliárioFundo ImobiliárioFundo ImobiliárioFundo Imobiliário é o instrumento mais eficiente para qualquer tipo de investidor que queira ter acesso aos negócios de base imobiliária. � A gestão do FI, responsável por escolher os empreendimentos, é garantida por especialistas e o custo desse serviço fica diluído entre os cotistas. � O ganho é proporcional à aplicação e depositado mensalmente, com chance de se valorizar ao longo do tempo. Securitização de Recebíveis � Conversão de empréstimos ou dívidas bancários em títulos (securities, em inglês) para vendê-los a investidores. � A instituição que fez o empréstimo vende-o a uma empresa securitizadora. Com lastro nesse crédito, a securitizadora emite "certificados de recebíveis imobiliários", ou simplesmente recebíveis, postos à venda para investidores. � A securitização do crédito imobiliário pode ser feita de acordo com a lei n.º 9.514, que criou o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Abertura de Capital � Abertura de capital é o processo pelo qual a propriedade de uma empresa é transferida, total ou parcialmente, para um grande número de pessoas (acionistas) que desejam dela participar e que não mantêm, necessariamente, relações entre si ou com o grupo controlador. � É o processo pelo qual uma empresa torna-se uma sociedade anônima de capital aberto, disponibilizando ações para serem comercializadas na Bolsa de Valores, depois de ser registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Consórcios e Auto Financiamento � No consórcio define-se um valor que se deseja receber, de acordo com o tipo de imóvel que tem em vista, e adere-se a um grupo de consórcio. Como norma genérica, as administradoras obtêm o número de consorciados por grupo multiplicando por dois o número de meses previstos. Assim, no caso de imóveis, se o prazo do grupo for de 180 meses (15 anos), o número mínimo de cotistas será de 360. � A grande vantagem do consórcio imobiliário sobre os financiamentos bancários é terem taxas de correção muito mais baixas. Comparados ao SFH (Sistema Financeiro da Habitação), o consórcio de imóveis leva vantagem ao possibilitar a compra de um segundo imóvel financiado. � O auto financiamento é constituído pelos meios financeiros da própria empresa, que ficam disponíveis para financiar livremente a sua atividade e investimentos futuros . Ou seja, é todo o dinheiro que a empresa gera na sua atividade e que não distribui aos seus acionistas ou quotistas. As regras do crédito são estabelecidas pela empresa, dentro da legislação vigente. � PARA A AQUISIÇÃO DE UM IMÓVEL: � Sistema Financeiro da Habitação (SFH) Até R$ 500 mil (até 90%) Usar o FGTS � Carteira Hipotecária (CH) – Acima de R$ 500 mil � Sistema Financeiro Imobiliário (SI) � Carta de Crédito � Consórcios � Financiamento Direto com o Produtor doImóvel TIPOS DE FINANCIAMENTO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH) � É a linha de crédito mais conhecida � Baseada nos recursos da Caderneta de Poupança � Permite utilizar o saldo do FGTS do mutuário � Valor máximo do imóvel é de até R$ 500.000,00 � Máximo financiado é de 90 % do valor do imóvel, ou seja, R$ 450.000,00 � Taxa máxima de juros é de 12% a.a. + TR (taxa referencial) � Taxa de juros praticada por alguns agentes: de 8 % a.a. + TR a 12% a.a. (sem TR) � Prazo máximo para quitação é de 30 anos � Prestação não deve ultrapassar 20% a 30% da renda � Juros calculados pela Tabela Price (Sistema Francês de Amortização) ou SAM (Sistema de Amortização Misto) e SAC (Sistema de Amortização Constante) 38 SAC Sistema de Amortização Constante Sistema de Amortização Constante (SAC) n Juros Amortização Prestação Saldo devedor 0 0 0 0 300.000,00 1 12.000,00 60.000,00 72.000,00 240.000,00 2 9.600,00 60.000,00 69.600,00 180.000,00 3 7.200,00 60.000,00 67.200,00 120.000,00 4 4.800,00 60.000,00 64.800,00 60.000,00 5 2.400,00 60.000,00 62.400,00 0 Totais 36.000,00 300.000,00 336.000,00 Tabela Price ou Sistema Francês Eng Denise L Batalha Vasconcelos 39 � As prestações são iguais, periódicas e sucessivas. � Comparam-se ao modelo de fluxo de caixa com “anuidades” constantes. � Os juros crescem e a amortização decresce ao longo do tempo. Sistema Price (ou Sistema de Amortização Francês) n Juros Amortização Prestação Saldo devedor 0 0 0 0 300.000,00 1 12.000,00 55.388,13 67.388,13 244.611,87 2 9.784,47 57.603,66 67.388,13 187.008,21 3 7.480,32 59.907,81 67.388,13 127.100,40 4 5.084,01 62.304,12 67.388,13 64.796,28 5 2.591,85 64.796,28 67.388,13 0 Totais 36.940,65 300.000,00 336.940,65 PV = PMT . 1- (1 + i i i i ) -n iiii SAM Sistema Misto 40 � Sistema de Amortização Misto (SAM) � Este sistema de amortização foi desenvolvido para o SFH. É calculado fazendo-se a média aritmética entre a forma SAC e a Price. Sistema de Amortização Misto (SAM) n Juros Amortização Prestação Saldo devedor 0 0 0 0 300.000,00 1 12.000,00 57.694,06 69.694,06 242.305,94 2 9.692,24 58.801,83 68.494,07 183.504,11 3 7.340,16 59.953,91 67.294,07 123.550,20 4 4.942,01 61.152,06 66.094,17 62.398,14 5 2.495,93 62.398,14 64.894,07 0 Totais 36.470,34 300.000,00 336.470,94 TIPOS DE GARANTIA NOS FINANCIAMENTOS ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA HIPOTECA "Só aquele que pode alienar, poderá hipotecar“ “É o direito real que o credor de uma dívida tem sobre um imóvel dado em garantia ou caucionado, sem que haja transferência de titularidade ou de posse A transferência de posse ou titularidade para o credor se dá, somente se a dívida não for quitada Art. 22. A alienação fiduciária é o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. Da propriedade remanesce com o transmitente a expectativa de sua recuperação futura. Não há fracionamento do domínio em dois segmentos com titularidade distinta: o que se fraciona, como ocorre em muitos negócios jurídicos de garantia, é a posse: o devedor fiduciante retém a direta, inclusive a fruição do bem, ao passo que a indireta passa ao credor fiduciário. Art. 23. Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título. POLÍTICAS PÚBLICAS NA HABITAÇÃO - HABITABILIDADE � O Poder Público deve ser o grande agente para garantir as condições mínimas de habitabilidade à população de mais baixa renda. Os problemas a serem solucionados, no setor da habitação, vão além da própria edificação. De forma geral, abrange questões que envolvem aspectos da urbanização, como abaixo: � Acessibilidade; � Serviços públicos; � Acesso a serviços essenciais, como saúde e educação; � Transporte público; � Trabalho. POLÍTICAS PÚBLICAS NA HABITAÇÃO - HABITABILIDADE � A intervenção do Poder Público nas questões da Habitação se faz inclusive, através de Legislações Urbanas, como no Plano Diretor Estratégico, que prevém não somente a produção de habitação, mas também a recuperação e melhora das condições existente de habitar. � No Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, por exemplo, foram criadas Zonas Especiais de Interesse Social, que são porções do território destinadas, prioritariamente, à recuperação urbanística, à regularização fundiária e à produção de Habitações de Interesse Social (HIS), que incluem a recuperação de imóveis degradados, a provisão de equipamentos sociais e culturais, espaços públicos, serviço e comércio de caráter local POLÍTICAS PÚBLICAS NA HABITAÇÃO - HABITABILIDADE � ASPECTOS DE INVESTIMENTOS NA URBANIZAÇÃO DE PERIFERIAS COM OCUPAÇÃO DE BAIXA RENDA POLÍTICAS PÚBLICAS NA HABITAÇÃO - MERCADO � É importante a interveniência do Poder Público para o bom desempenho econômico do segmento habitacional, por meio de políticas públicas para: � Fornecer as Condições Básicas para a Oferta e a Demanda imobiliária; � Estabelecer a Estrutura do Mercado; � Regular a Conduta das Firmas; � Favorecer o bom Desempenho do Mercado. � O Poder Público atua também, diretamente, através de Companhias de Habitação, na oferta de Habitações por meio de linhas especiais de crédito, acessíveis à população de baixa renda. POLÍTICAS PÚBLICAS NA HABITAÇÃO � PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO PELO PODER PÚBLICO � As políticas públicas brasileiras mais usuais são: � Arcabouço Legal; � Fomento ao Investimento e ao Crédito; � Fomento à Pesquisa e Inovação; � Sindicalismo; � Impostos e Subsídios; � Regras de Comércio Nacional e Internacional; � Legislação para Regulação da Atividade; � Controle de Preços, quando necessário; � Atuação Antitrust e Controle do Mercado Financeiro; � Fornecimento de Informações e Dados Confiáveis. POLÍTICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS NA HABITAÇÃO Minha Casa Minha Vida � O maior plano de moradia popular desde 1964, quando foi fundado o BNH, substituído pelo SFH. � E � O plano é uma política de Estado, de subsídio e financiamento de moradias para a população de baixa renda com a grandiosa meta de erradicação do déficit habitacional brasileiro. Eng Denise L Batalha Vasconcelos 49 Características Gerais O objetivo do programa MCMV é a solução do déficit habitacional em até 15 anos. O programa habitacional traça uma política de Estado, mais desejável. Foram sugeridas ‘grandes diretrizes’ para redução do déficit habitacional, que poderá se configurar em primeiro passo nessa direção. O governo pediu para que as famílias fossem contempladas e não os bancos ou empresas: � A proposta foi contemplada e incluiu isenção de custos cartoriais para essas famílias, além de significativa redução dessas custas àquelas com renda de até 10 salários mínimos; � O RET (Regime Especial Tributário) foi reduzido de 7% para 1% para habitações de baixa renda conforme solicitado, incentivando o uso do Patrimônio de Afetação; � Foi criado um fundo garantidor para refinanciar parte das prestações caso o comprador perca o emprego. � As políticas variam em função da faixa de renda do adquirente, mas contemplam reais subsídios.
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