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INTRODUÇÃO
	Vale assinalar que as exigências de um setor público mais moderno, complexo e heterogêneo motivaram o início de um processo de reforma e modernização dos sistemas contábeis no país, o que supôs, na maioria dos casos, a ampliação dos mesmos. Com isso, pretende-se satisfazer as demandas de informação que, num meio como o atual, fazem referência tanto à gestão orçamentária e ao cumprimento da legalidade, como à posição financeira da entidade e à economia, eficácia e eficiência na gestão dos serviços públicos.
2. DESENVOLVIMENTO
 	Abrucio e Loureiro citam as formas que no mundo contemporâneo visam garantir a accountability, ou seja, a responsabilização política ininterrupta do Poder Público em relação à sociedade. 
	Os autores afirmam que: A primeira delas é o processo eleitoral, garantidor da soberania popular. A segunda é o controle institucional durante os mandatos, que fornece os mecanismos de fiscalização contínua dos representantes eleitos e da burocracia com responsabilidade decisória. A terceira forma de accountability democrática relaciona-se à criação de regras estatais intertemporais, pelas quais o poder governamental é limitado em seu escopo de atuação, a fim de se garantir os direitos dos indivíduos e da coletividade que não podem simplesmente ser alterados pelo governo de ocasião. (ABRUCIO E LOUREIRO, 2005, p.1) INDICADORES DE GESTÃO.
	 No que se refere à finalidade dos indicadores de gestão propostos por Grateron (1999), o controle da gestão pública marca uma importância crescente na administração dos entes públicos, como processo que consiste em controlar as ações, através das quais se atingirão os objetivos propostos pela instituição; é o processo de verificação dos resultados, para demonstrar que as políticas ou ações tomadas se correspondem com os objetivos, e em caso contrário aplicar as medidas corretivas necessárias. Neste contexto, Grateron (1999), afirma que:
 	A aplicação de indicadores de gestão persegue um propósito que pode ser enfocado de duas formas diferentes. A primeira, da perspectiva do gestor público, ao proporcionar ferramentas que lhe permitam gerenciar melhor os recursos disponíveis, ao mesmo tempo em que possa prestar contas ou informar a comunidade sobre o uso destes recursos; a segunda, da ótica do cidadão e de entidades fiscalizadoras superiores, que poderão exercer um melhor controle e avaliação do desempenho do gestor público.
 Vimos ao longo de nosso semestre que as receitas orçamentárias públicas podem ser classificadas sob três óticas principais: da captação dos recursos; da origem dos recursos; e do orçamento a que estão vinculadas. Do ponto de vista da captação, as receitas são consideradas próprias ou de transferências. Receitas próprias são aquelas arrecadadas pela própria entidade encarregada de sua aplicação, por exemplo, o Imposto de Renda, que se trata de uma receita própria da União, ou o ICMS, que é uma receita própria dos Estados. Mas, será que possuímos regras ou normas para esta captação de recursos para o financiamento dos gastos públicos? A resposta é sim, e é sobre esta competência tributária que iremos continuar nossos estudos, debates e reflexões. 
Para começar o aminho pelo conhecimento tributário, selecionamos temas introdutórios da legislação tributária. A Constituição Federal de 1988 não definiu as espécies tributárias, nem as classificou, mas as arrolou da seguinte forma: impostos (arts. 153 a 156); taxas (art. 145, II); contribuição de melhoria (art. 145, III); pedágio (art. 150, V); empréstimos compulsórios (art. 148); contribuições sociais (art. 149); contribuições de intervenção no domínio econômico (art. 149); contribuições de interesses das categoriais profissionais ou econômicas (art. 149); contribuições para custeio do regime previdenciário de que trata o art. 40 da CF (art. 149, § 1º); contribuição para custeio do serviço de iluminação pública (art. 149-A).
2.1 UM CASO PRÁTICO 
A Prefeitura de Alagados de Cristal necessita adquirir 10 veículos para a Secretaria Municipal de Defesa Social, com o objetivo de ampliar a frota da Guarda Municipal. Para esta aquisição, deve-se considerar as seguintes informações: 
Interesse de aquisição veículos 1.6; 16v; ano de fabricação/modelo 2014/2015; 5 portas, 5 marchas, Câmbio manual; Capacidade do Tanque de Combustível 50 litros, Hi-flex, CILINDRADA (CM3) 1.598, 475 litros de volume de porta malas; distância entre eixos 2.673mm. 
II. 	Valor máximo de R$ 60.000,00. 
Veículos zero quilômetro. 
A modalidade de licitação para a Prefeitura de Alagados de Cristal é a tomada de preços, prevista pela Lei nº 8666/93, considerando que a soma dos bens a serem adquiridos é de R$ 600.000,00 (10 veículos de R$ 60.000,00). 
2.1.1 OS CUSTOS NO SETOR PÚBLICO 
A contabilidade de custos classifica os dispêndios públicos em diretos e indiretos, assim como variáveis e fixos. 
Segundo Dall’Olio (2005), os custos diretos são aqueles gastos relacionados diretamente ao bem e/ou serviço final entregue à população e que, assim, podem ser alocados diretamente, sem que haja a obrigação de estabelecer-se um critério de rateio. Já os custos indiretos, são aqueles não relacionados diretamente ao bem e/ou serviço final entregue à população, mas que contribuem para a viabilidade do mesmo. 
Na perspectiva do referido autor, os custos são variáveis quando aumentam de acordo com a população atendida; fixos, quando, até certo ponto, independentemente da quantidade beneficiada, não sofrem variação. 
O desafio das entidades públicas no que se refere à gestão de custos parte das demandas da sociedade, aliada à escassez dos recursos orçamentários. Neste contexto, a Administração Pública tenta descobrir soluções eficazes.
3. CONHECENDO UM POUCO MELHOR ALGUNS TRIBUTOS
 3.1 Impostos
	 É o tributo cujo fato gerador é uma situação que independe de uma contraprestação estatal específica relativa ao contribuinte. O fato gerador do imposto será sempre uma situação (por exemplo, aquisição de renda, prestação de serviços, etc.) que não supõe nem se conecta com nenhuma atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte (AMARO, 2009). Isso significa que basta preencher a situação legal prevista em lei para surgir a obrigação de pagar o imposto, independentemente de qualquer ato ou atitude estatal. Os artigos 153 e 154 da CF/1988 estabeleceram os impostos federais, ou seja, os impostos de competência da União (Governo Federal): imposto de importação de produtos estrangeiros (II); imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE); imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR); imposto sobre produtos industrializados (IPI); imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); imposto territorial rural (ITR); imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar (IGF); Imposto Extraordinário de Guerra ou sua iminência (IEG). 
 	O artigo 155 da Constituição de 1988 arrolou os impostos estaduais e do Distrito Federal: imposto de transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD); imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS); Imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA). 
	Por sua vez, o artigo 156 da CF/1988 apresentou os impostos de competência dos municípios, quais sejam: imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU); imposto de transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem comocessão de direitos a sua aquisição (ITBI); serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar (ISSQN).
 	
 3.1.1 Taxas 
	As taxas são tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal específica, referível ao contribuinte, que pode consistir: a) no exercício regular do poder de polícia; ou b) na prestação ao contribuinte, ou colocação à disposição deste, de serviço público específico e divisível (AMARO, 2009). 
	Vamos explicar melhor. Existem, segundo o art. 77 do CTN acima referido, dois tipos de taxa: a de serviço e a de polícia. Assim, para se exigir o pagamento de uma taxa, faz-se necessária a existência de uma atuação do Estado por meio da prestação de um serviço ou por meio de seu poder de polícia. O primeiro tipo de taxa, conhecida como taxa de serviço, tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de um serviço público, de incumbência do Estado. Se o contribuinte fizer uso do serviço que o Estado colocou à disposição, deverá pagar o tributo. 
	A taxa de polícia, por sua vez, é aquela devida em razão do exercício do poder de polícia. Em algumas situações, o Estado precisa policiar a atuação do cidadão que pode interferir na paz e na ordem pública. Por exemplo, a construção de um prédio ou a instalação de uma empresa deve obedecer às leis de zoneamento, de segurança. Cabe, então, à administração pública verificar o cumprimento das normas pertinentes e conceder a autorização, licença ou alvará, por meio do pagamento de uma taxa. 
3.1.2 Contribuição de melhoria 
	A contribuição de melhoria, tal como as taxas, é um tributo que depende de certa atuação estatal, já que o fato gerador resulta da realização de uma obra pública de que decorra uma valorização ou melhoria das propriedades adjacentes à obra realizada. 
	Vamos a um exemplo: imagine que o município asfalte as ruas do seu bairro e, deste asfaltamento (obra pública municipal), haja uma valorização de seu imóvel residencial. Pois bem, o município poderá cobrar uma contribuição de melhoria decorrente desta valorização. 
	O tributo, portanto, só pode ser cobrado se houver a real constatação de melhoria imobiliária, não podendo ser cobrado pela simples realização da obra.
4. CONCLUSÃO 
	Diante do exposto neste estudo pode-se dizer que a contabilidade pública é parte da contabilidade microeconômica ocupada da atividade econômico financeira dos entes públicos sem finalidade de lucro, e especialmente das administrações públicas. 
	O estudo também discutiu temas importantes como o accountability (prestação de contas dos governantes) deixando claro que atualmente cobra-se dos governantes, além da conduta ética perante as leis, a eficiência e efetividade das políticas públicas. Nessa esteira, pode-se construir uma nova forma de pensar as relações mal resolvidas entre Democracia e Eficiência. 
	Quanto aos indicadores de gestão, pode-se depreender que um dos problemas mais comuns que enfrentam muitas administrações públicas é a ausência de um método eficaz e sistemático para medir os resultados de uma gestão e avaliar seus resultados. Deste modo, medir o custo ou bem avaliar o resultado da prestação dos serviços públicos, agora é uma preocupação fundamental.
5. REFERÊNCIAS 
ABRUCIO, Fernando Luiz, LOUREIRO, Maria Rita. Finanças públicas, democracia e accountability: debate teórico e o caso brasileiro. Disponível em: Acesso em 20 setembro. 2017.
DALL’OLIO, Leandro Luis dos S. Custos no setor público. Disponível em: Acesso em: 20 setembro. 2017.
DAROS, Leandro Luiz; PEREIRA, Adriano de Souza. Análise das normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público – NBCASP: mudanças e desafios para a contabilidade pública. Disponível em: Acesso em 20 setembro. 2017.
GRATERON, Ivan Ricardo Guevara. Auditoria de gestão: utilização de indicadores de gestão no setor público. Disponível em: Acesso em 20 setembro. 2017.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
GESTÃO DE PESSOAS 3ºSEMESTRE
CARLOS ALBERTO MENDES
CONTABILIDADE NA GESTÃO PÚBLICA
SOUSA 
2017
CARLOS ALBERTO MENDES
CONTABILIDADE NA GESTÃO PÚBLICA
Produção textual individual apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas de:
Finanças públicas
Alessandra Petrechi de Oliveira 
Auditoria e controle no setor público
Regis Garcia 
Gestão de custos no setor público
Valdeci Araújo 
Contabilidade pública 
Carla Patrícia Ramos 
Seminário III
Regina Malassise 
 
Da universidade Pitágoras UNOPAR 
SOUSA/PB
2017

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