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Disciplina Fundamentos da Engenharia Ambiental Professora: Dayana Andrade de Freitas E-mail: dayanafandrade@yahoo.com.br Questões ENADE – Engenharias 2005 2008 2011 2014 Estrutura Prova ENADE Questão (ENADE 2005) Questão Discursiva Um dos principais problemas das grandes cidades brasileiras é a urbanização desordenada, que provoca impactos negativos diretos sobre o sistema de drenagem urbana, como sintetizado na figura ao lado. Considerando esse problema, apresente e descreva duas medidas do tipo estrutural e uma medida do tipo não-estrutural que possam ser implementadas para evitar ou amenizar o problema das enchentes nos grandes centros urbanos. (valor: 10,0 pontos) • Aumento de densidade populacional (Maior demanda por água e aumento da poluição das águas) ; e Alterações no Clima Urbano. Ocupação Desordenada das Várzeas dos Cursos d’água Problemas resultantes das Enchentes e Inundações Depende: Área Urbana - Frequência das inundações - sendo baixa, a população despreza o risco e ocupa as margens inundáveis. - Grau de ocupação da várzea pela população (habitação, recreação, uso agrícola, comercial ou industrial). Obras Hidráulicas Canalização dos rios, córregos e riachos Obras Hidráulicas Canalização dos rios, córregos e riachos Canal natural meandrante Área de inundação Canal retificado Aumento da energia das águas Quebra de energia Aumento de energia Fonte: Murick, Skinner e Porter (1995) Cobertura Vegetal • Tende a retardar o escoamento superficial • Geração de escoamento superficial é quase imediata • Infiltração é quase nula Ambiente Urbanos – ÁREAS IMPERMEÁVEIS Bacia rural - Maior interceptação vegetal - Maiores áreas permeáveis - Menor escoamento superficial - Drenagem mais lenta - Menores frequências de inundações Bacia urbana - Superfície impermeáveis - Aceleração do esc. Sup. (urbanização) - Alterações nos cursos de água - Ocupação desordenada - Aumento da frequência da inundação Urbanização Urbanização Modificação no hidrograma de Cheias Intervenções no Controlo de Enchentes e Inundações MEDIDAS ESTRUTURAIS X MEDIDAS NÃO- ESTRUTURAIS - Não se pode controlar totalmente as inundações, existem medidas que visam minimizar suas consequências. Medidas de Controle de Inundações Medidas Estruturais - São obras de engenharia implementadas para reduzir o risco de inundações; - Podem ser na área da própria bacia ou no curso de água; - Custos elevados e investimentos concentrados. Medidas Estruturais Exemplos - Controle da cobertura vegetal e Controle de erosão do solo; - Diques; - Modificações nos cursos dos rios (Dragagens); - Construção de Barragens - Técnicas Compensatórias de Infiltração. Controle da Cobertura Vegetal e Erosão do Solo - Reduz a vazão máxima de escoamento; - Reduz erosão do solo; - Custos do reflorestamento. Diques - Construção de muros laterais de terra ou concreto; - Protegem as áreas ribeirinhas contra o extravasamento. Risco de Rompimento Modificações nos Cursos dos Rios - Dragagem do rio, retirada de obstrução ao escoamento. - Aumentar a vazão através do aumento da seção transversal ou aumento da velocidade do fluxo. Modificações nos Cursos dos Rios Dragagem do rio Beberibe Desassoreamento e Revitalização do rio Beberibe – PE Projeto de revitalização do rio Beberibe envolve diversas intervenções, tanto nas margens, quanto no leito do rio. No total, 13 quilômetros do rio Beberibe vão sofrer intervenções. Investimento de R$ 63 milhões no projeto. Recursos foram viabilizados através da Caixa Econômica Federal (CEF), com contrapartida do Governo do Estado, através da secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos (SRHE) – responsável pela execução da obra. www.srhe.gov.pe.br Construção de Barragens - Reservatórios Reservatório Tapacurá Acumulam água e reduzem a vazão máxima, distribuindo no tempo, garantindo o controle para jusante das áreas vulneráveis. Técnicas Compensatórias para Impermeabilização em Solo Urbano Alternativas de Drenagem Sustentável CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Pavimentos Permeáveis Grupo de Recurso Hídricos – UFPE Técnicas Compensatórias • Pavimentos Permeáveis – Arthur Coutinho CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Trincheiras de Infiltração CONTROLE DE DRENAGEM URBANA CONTROLE DE DRENAGEM URBANA • Trincheira de Infiltração – João Fialho Grupo de Recurso Hídricos – UFPE Técnicas Compensatórias Calçadas para infiltração CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Fonte: Matos. A. E., Silv a, A. C. S., Bunn, J., Claro, A. -Drenagem –Trabalho da disciplina Tecnologia de Edif icação I, Curso de Arquitetura e Urbanismo – UFSC, 2007. CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Grupo de Recurso Hídricos – UFPE Técnicas Compensatórias • Jardim de Chuva – Tássia dos Anjos Telhado Verde CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Benefícios • Redução de temperatura (Conforto Térmico); • Diminuição nos gastos de energia; • Redução das ilhas de calor; • Redução de emissão de Carbono; • Redução de ruídos (Conforto sonoro); • Retardo do escoamento superficial em ambientes urbanos. Captação de água Pluvial e Micro-reservatório de detenção ou infiltração CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Fonte: Tucci, Carlos E.M., “Elementos para Controle da Drenagem Urbana” Bacias de Retenção CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Lago do Ibirapuera - SP Lagos Permanentes – Usos Recreacionais e Paisagísticos Parque Campolim – Sorocaba - SP • O escoamento de um dado evento de cheia é armazenado e NÃO É DESCARREGADO no sistema de drenagem a jusante durante o evento. • A água armazenada pode ser utilizada para irrigação, manutenção de vazão mínima ou para ser evaporada ou infiltrada no solo. • O reservatório é permanentemente preenchido com água (reservatório “molhado”) Bacias de Detenção CONTROLE DE DRENAGEM URBANA Bacia de Detenção Praça Júlio Andreatta, Porto Alegre – RS • O armazenamento é de curto prazo, com atenuação do pico de vazão de saída a um valor inferior ao de entrada. • Usualmente, esvaziam em menos de um dia. • A área é seca e pode ser utilizada para fins recreacionais. Bacias de Retenção X Bacias de Detenção CONTROLE DE DRENAGEM URBANA • O escoamento de um dado evento de cheia é armazenado e NÃO É DESCARREGADO no sistema de drenagem a jusante durante o evento. • A água armazenada pode ser utilizada para irrigação, manutenção de vazão mínima ou para ser evaporada ou infiltrada no solo. • O reservatório é permanentemente preenchido com água (reservatório “molhado”) • O armazenamento é de curto prazo, com atenuação do pico de vazão de saída a um valor inferior ao de entrada. • Usualmente, esvaziam em menos de um dia. • A área é seca e pode ser utilizada para fins recreacionais. Medidas de Controle de Inundações Medidas Não-Estruturais - Ações que proporcionam melhor convivência da população com as inundações (adaptação); - Não implicam na execução de obras de engenharia; - Caráter sociopolítico (educação, legislação, fiscalização, coleta e destinação correta de resíduos, etc); - Custo inferior a medidas estruturais. Medidas Não-Estruturais Exemplos -Zoneamento de área inundáveis; - Sistema de ações civis: articulação da defesa civil, polícia, trânsito, serviço social, abrigos, hospitais, etc; - Previsão e alerta: - Aquisição de dados em tempo real; - Transmissão da informação em tempo real para um centro de análise; - Previsão em tempo real com modelos matemáticos; - Previsão de defesa civil (alerta). Zoneamento de áreas inundáveis Objetivo: Disciplinar a ocupação do solo; Estabelecimento de faixas onde são definidos condicionantes da ocupação; Critérios de ocupação: 1. Zona de passagem da inundação: alto risco; 2. Zona com restrição: TR 5 a 25 anos (Deve ser complementado por um sistema de alerta); 3. Zona de baixo risco. Mapeamento de Áreas Inundáveis de Acordo com os Eventos de Chuvas Intensas Cidade de Palmares, mata sul pernambucana junho de 2010 GRH/UFPE Questão (ENADE 2005 – Engenheiro Ambiental) Questão Discursiva Padrão Resposta Esperava-se que o estudante, a partir do texto motivador da questão, apresentasse e comentasse duas medidas do tipo estrutural e uma medida do tipo não- estrutural que possam ser implementadas para evitar ou amenizar o problema das enchentes nos grandes centros urbanos, que foram pontuadas de acordo com o critério abaixo especificado. Resposta esperada: um dos impactos da ocupação desordenada é a ocupação da várzea de inundação dos rios. Nesse sentido, uma medida do tipo não-estrutural aplicável é o zoneamento que impõe diferentes graus de restrições à ocupação conforme o risco de inundação. Por outro lado, a ocupação desordenada ocasiona impermeabilização de grandes áreas, o que diminui a infiltração e aumenta o escoamento superficial. Nesse caso, para compensar esses efeitos negativos podem ser implementadas medidas do tipo estrutural, como reservatórios de detenção, estruturas de infiltração ou percolação. A retirada de vegetação em grandes áreas pode levar ao empobrecimento do solo, ao assoreamento dos rios, à ocorrência de enchentes e à alteração do clima local. PORQUE A vegetação protege o solo contra a erosão da água e do vento, que causam a perda da camada superior fértil. Além disso, ela abastece o solo com matéria orgânica de suas folhas e frutos, amortece a água das chuvas, retarda o escoamento superficial, favorece a infiltração e favorece o aumento da evapotranspiração. Analisando essas afirmações, conclui-se que (A) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (B) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (C) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. (D) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. (E) as duas afirmações são falsas. A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em três componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica. Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe A) a preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, o que não justifica a desaceleração do desenvolvimento econômico e político de uma sociedade. B) a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e da preservação. C) o reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, deve ser traçado um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade. D) a redução do consumo das reservas naturais com a consequente estagnação do desenvolvimento econômico e tecnológico. E) a distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as regiões em nível global e regional. Formação Geral Desenvolvimento Sustentável “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e conservando as espécies e os habitats naturais.” — Relatório Brundtland – 1987 Elementos a considerar no estabelecimento do Desenvolvimento Sustentável Triple Bottom Line Tripé da SustentabilidadePensador Britânico John Elkington Desenvolvimento Sustentável = socialmente justo + ecologicamente equilibrado + economicamente viável ECONÔMICOSOCIAL ECOLÓGICO Socialmente injusto Econimicam. Inviável Ecologicamente desequilibrado Triple Bottom Line Tripé da Sustentabilidade Bases do Desenvolvimento Sustentável I - O desenvolvimento sustentável (DS) se baseia no chamado tripé da sustentabilidade, onde deve haver um equilíbrio dinâmico entres os fatores ambientais, sociais e econômicos, não esquecendo dos valores culturais II – O DS preza por satisfazer as necessidades das atuais gerações, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. III – Para alcançar a sustentabilidade deve haver o uso racional dos recursos naturais e para tanto as atividades humanas devem ser ecologicamente equilibradas, socialmente justas e economicamente viáveis. Para empresas alcançar a Sustentabilidade deve haver uma sinergia entre a proteção ambiental e viabilidade econômica e lucratividade A gestão ambiental apresenta-se como importante ferramenta para alcançar a sustentabilidade dentro das indústrias, permitindo o controle dos impactos ambientais que suas atividades, produtos e serviços podem causar. Uma das normas que regulamentam a Gestão Ambiental é a ISO 14001/2004, que se baseia na metodologia PDCA (tabela abaixo): Considerando a ISO 14001/2004, assinale a opção que ordena adequadamente as 5 etapas do Sistema de Gestão Ambiental: I. Implementação e Operação II. Política Ambiental III. Análise pela Administração IV. Planejamento V. Verificação A) I, II, III, IV, V. B) IV, I, V, II, III. C) III, V, IV, I, II D) II, IV, I, V, III. E) II, I, V, IV, III. Requisitos de um SGA • Política Ambiental; • Planejamento; • Implementação e Operação; • Verificação e Ação Corretiva; • Revisão pela Gerência. Implantação de um Sistema de Gestão Ambiental NBR ISO 14001 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 1 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Melhoria Contínua Comprometimento, Diagnóstico inicial e Definição da Política Ambiental Ciclo do PDCA Estabelecer objetivos e metas e programar as ações PlanejarAgir Executar ações para promover a melhoria contínua ExecutarVerificar Monitorar e medir os resultados alcançados, corrigir ações e auditar Organizar pessoas, treinar e implementar as ações propostas Importante para entender a lógica de um SGA Análise Critica pela Administração Política Ambiental Planejamento Implementação e operação Verificação e ação corretiva Melhoria Contínua P D C A AMBIENTAL 1 2 3 6 5 4 Ciclo do PDCA TEMPO Análise de processo e novo padrão proposto P DC A P DC A P DC A ROTINA ROTINA ROTINA É uma metodologia que se preocupa com a melhoria contínua dos processos O ciclo PDCA evita que a empresa tenha um ciclo produtivo baseado no processo do serrote. Ciclo do PDCA Principais melhorias da nova versão ISO 14001:2015Passa a exigir: • Que a gestão ambiental seja mais importante no posicionamento estratégico da empresa; • Maior comprometimento da liderança; • Implementação de iniciativas proativas que visem proteger o meio ambiente contra danos e degradação, como por exemplo, o uso sustentável dos recursos e a mitigação das alterações climáticas; • Enfoque no conceito de ciclo de vida a fim de garantir que aspectos ambientais sejam levados em consideração desde o desenvolvimento até o fim da vida útil do produto; • Adoção de uma estratégia de comunicação com foco nas partes interessadas; Além disso, ela possibilita uma integração mais fácil a outros sistemas de gestão, visto que têm a mesma estrutura e os mesmos termos e definições. A gestão ambiental apresenta-se como importante ferramenta para alcançar a sustentabilidade dentro das indústrias, permitindo o controle dos impactos ambientais que suas atividades, produtos e serviços podem causar. Uma das normas que regulamentam a Gestão Ambiental é a ISO 14001/2004, que se baseia na metodologia PDCA (tabela abaixo): Considerando a ISO 14001/2004, assinale a opção que ordena adequadamente as 5 etapas do Sistema de Gestão Ambiental: I. Implementação e Operação II. Política Ambiental III. Análise pela Administração IV. Planejamento V. Verificação A) I, II, III, IV, V. B) IV, I, V, II, III. C) III, V, IV, I, II D) II, IV, I, V, III. E) II, I, V, IV, III. Obrigada!
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