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2 PARTE ESPECIAL LIVRO I do direito das obrigações TITULO 02 da transmissão das obrigações

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PARTE GERAL
PARTE ESPECIAL
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LIVRO I – DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
LIVRO II – DO DIREITO DE EMPRESA
LIVRO III – DO DIREITO DAS COISAS
LIVRO IV – DO DIREITO DE FAMÍLIA
LIVRO V – DO DIREITO DAS SUCESSÕES
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TÍTULO I – DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO II – DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
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(art. 286 a 303)
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1. CONSIDERAÇÕES
	Transmissão das obrigações consiste na transferência de um direito, dever, ação ou um complexo de direitos, de modo que o adquirente (cessionário) exerça posição jurídica idêntica à do antecessor (cedente).
2. ESPÉCIES
a) cessão de crédito
	Pela qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional;
b) cessão de débito
	Constitui negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem a sua posição na relação jurídica, sem novar, ou seja, sem acarretar a criação de obrigação nova e a extinção da anterior;
c) cessão de contrato
	Em que se procede à transmissão, ao cessionário, da inteira posição contratual do cedente, como sucede na transferência a terceiro, feita pelo promitente comprador, de sua posição no compromisso de compra e venda de imóvel loteado, sem anuência do credor.
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PARTE GERAL
PARTE ESPECIAL
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LIVRO I – DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
LIVRO II – DO DIREITO DE EMPRESA
LIVRO III – DO DIREITO DAS COISAS
LIVRO IV – DO DIREITO DE FAMÍLIA
LIVRO V – DO DIREITO DAS SUCESSÕES
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TÍTULO I – DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO II – DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO III – DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO IV – DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO V – DOS CONTRATOS EM GERAL
TÍTULO VI – DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS
TÍTULO VII – DOS ATOS UNILATERAIS
TÍTULO VIII – DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULO IX – DA RESPONSABILIDADE CIVIL
TÍTULO X – DAS PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS
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CAP I – DA CESSÃO DE CRÉDITO
CAP II – DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
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(art. 286 a 298)
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1. CONCEITO
	É negócio jurídico bilateral pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional.
2. PERSONAGENS
- 3° a quem o credor transfere sua posição na relação obrigacional > CESSIONÁRIO
- credor > CEDENTE
- devedor > CEDIDO
3. REQUISITOS PARA A CESSÃO DE CRÉDITO
a) Objeto
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
	Em regra, todos os créditos podem ser objetos de cessão.
	a.1) créditos que não podem ser cedidos:
		- de caráter personalíssimo e as de direito de família (direito a nome, a alimentos etc.). 			- os créditos que tenham caráter estritamente pessoal, como são o crédito de alimentos e o estabelecido em favor de uma pessoa determinada (p. ex., a obrigação de um músico de tocar em determinada orquestra);
		- em virtude da lei:
			não pode haver cessão do direito de preempção ou preferência (CC, art. 520)
			do benefício da justiça gratuita (Lei n. 1.060/50, art. 10)
			da indenização derivada de acidente no trabalho, do direito à herança de pessoa viva (CC, art. 426)
			de créditos já penhorados (CC, art. 298)
			do direito de revogar doação por ingratidão do donatário (CC, art. 560)
		- por convenção das partes:
			mas “a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação” (CC, art. 286, segunda parte).
b) Capacidade
	Exige-se de ambos não só a capacidade genérica para os atos da vida civil como também a especial, reclamada para os atos de alienação. Para a cessão ser efetuada por mandato, deve o mandatário ter poderes especiais e expressos (CC, art. 661, § 1º).
c) Legitimação
	O tutor e o curador, por exemplo, não podem constituir-se cessionários de créditos contra, respectivamente, o pupilo e o curatelado. O mesmo se dá com os testamenteiros e administradores, que também não podem adquirir créditos caso sob sua administração esteja o direito correspondente, salvo se o contrato se constituir entre coerdeiros, em pagamento de débitos, ou para a garantia de bens já pertencentes a essas pessoas (CC, arts. 497, parágrafo único, e 498). Por sua vez, os pais, no exercício da administração dos bens dos filhos menores, não podem efetuar a cessão sem prévia autorização do juiz (CC, art. 1.691), por se tratar de ato que ultrapassa os limites da mera administração.
4. ESPÉCIES
- Gratuita;
- Onerosa;
- Total;
- Parcial;
- Judicial;
- Legal: 287, 346, 636, 785 CC;
- Convencional;
- Pro soluto: em que o cedente apenas garante a existência do crédito, sem responder, todavia, pela solvência do devedor;
- Pro solvendo: quando o cedente obriga-se a pagar se o devedor cedido for insolvente. Nesta última modalidade, portanto, o cedente assume o risco da insolvência do devedor;
5. ASPECTOS GERAIS
Art. 287 – a cessão abrange todos os acessórios.
Art. 288 – transmissão de crédito sem instrumento público ou particular = ineficaz.
Art. 289 – credito hipotecário – direito de averbação.
Art. 290 – notificação ao devedor: condição de eficácia da cessão.
	Caso não seja notificado, o pagamento feito ao cedente primitivo desobriga o credor da obrigação.
	Espécies de notificação:
		- judicial;
		- extrajudicial;
		- expressa;
		- presumida;
Art. 291 – várias cessões do mesmo crédito: prevalece o que se contemplar com a tradição.
Art. 292 – se o devedor paga antes de ter conhecimento da cessão = fica desobrigado.
	Se constar em escritura pública, prevalece a notificação.
Art. 293 – direito de exercer atos de conservação, independente do conhecimento da cessão por parte do devedor.
Art. 294 – exceções do devedor ao cedente e cessionário:
	- se notificado, não se opõe as exceções que tinha com o cedente, o devedor não poderá mais arguir contra o cessionário.
	- se não notificado, poderá opor as exceções ao cessionário as que tinha com o cedente.
Art. 295 – responsabilidade do cedente ao cessionário:
	- se oneroso, até o limite da importância paga pelo cessionário + acréscimos;
	- se gratuito, se tiver agido de má-fé;
Art. 296 – se não houver estipulação contratual, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Art. 297 – se convencionado a responsabilidade pela solvência do devedor, só o fará no limite pago pelo cessionário + juros e eventuais despesas.
Art. 298 – o crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pois não faz mais parte do patrimônio do credor.
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PARTE GERAL
PARTE ESPECIAL
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LIVRO I – DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
LIVRO II – DO DIREITO DE EMPRESA
LIVRO III – DO DIREITO DAS COISAS
LIVRO IV – DO DIREITO DE FAMÍLIA
LIVRO V – DO DIREITO DAS SUCESSÕES
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TÍTULO I – DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO II – DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO III – DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO IV – DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO V – DOS CONTRATOS EM GERAL
TÍTULO VI – DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS
TÍTULO VII – DOS ATOS UNILATERAIS
TÍTULO VIII – DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULO IX – DA RESPONSABILIDADE CIVIL
TÍTULO X – DAS PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS
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CAP I – DA CESSÃO DE CRÉDITO
CAP II – DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
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(art. 299 a 303)
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	É um negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com anuência expressa do credor, transfere a um terceiro, que o substitui, os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua posição na relação obrigacional, responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com os seus acessórios.
2. PERSONAGENS
- 3° a quem o devedor transfere sua posição na relação obrigacional > CESSIONÁRIO
- credor > CEDIDO
- devedor > CEDENTE
3. PRESSUPOSTOS
Existência e validade da obrigação transferida
Substituição do devedor na antiga relação jurídica
Concordância expressa e inequívoca do credor – silencio = recusa
	Exceção: Silêncio? Credor de imóvel hipotecado (Art. 303 do CC)
Art. 104 CC
EFEITOS
Liberação do devedor primitivo – 299 CC
Transferência do débito a 3°
Cessação dos privilégios e garantias pessoais
Sobrevivência das garantias reais
Art. 301 CC
“A” deve para “B”
“C” e “D” fiadores
“A” e “C” – coação – assunção a “E”
“D” e “B” desconhecem
“E” – anulatória
E a garantia?
ESPÉCIES
a) Expromissão: mediante contrato entre o terceiro e o credor, sem a participação ou anuência do devedor.
	a.1) Liberatória: se houver integral sucessão no débito pela substituição do devedor na relação obrigacional pelo expromitente, ficando exonerado o devedor primitivo, exceto se o terceiro que assumiu sua dívida era insolvente e o credor o ignorava.
	a.2) Cumulativa: quando o expromitente ingressar na obrigação como novo devedor ao lado do devedor primitivo, passando a ser devedor solidário, mediante declaração expressa nesse sentido (CC, art. 265), podendo o credor, nesse caso, reclamar o pagamento de qualquer um deles.
b) Delegação: mediante acordo entre terceiro e o devedor, com a concordância do credor.
ASPECTOS GERAIS
Art. 299 – consentimento do credor – expresso e inequívoco. Silencio = recusa.
Art. 300 – a assunção da dívida extingue as garantias dadas pelo devedor primitivo.
Art. 301 – anulação da assunção = status quo ante.
	Exceção às garantias prestadas por terceiros que conheciam o vício.
Art. 302 – o novo devedor não pode opor as exceções pessoais do devedor primitivo.
Art. 303 – exceção do silêncio do credor: adquirente de imóvel hipotecado = aceite do credor.

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