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Resumo TGP

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Aula 01 - 31/09/2017 
AÇÃO
1. Ação Material e Ação Processual 
1.1 Relação Jurídico Material
Sujeito Ativo x Sujeito Passivo
Objeto
Dir ⇄ Dever
Pretensão ⇄ Obrigação
Ação Material ⇄ Situação de Acionado
1.2 Ação Processual
Texto: Professor Marcos Melo (teoria da ação)
2. Teorias da Ação
2.1 Modelo civilista ou monista ou imanentista
Aqui, o direito de ação é considerado o próprio direito material em movimento, reagindo a uma agressão ou ameaça de agressão (aspecto dinâmico). O direito de ação seria algo imanente, característica própria do direito material lesado.
Nessa concepção, que não compreende o direito de ação como autônomo, quando há respeito ao direito material, ele permanece estático, colocando-se em movimento somente no caso de agressão ou ameaça, hipótese que passa a ser considerado direito de ação.
Tendo Savigny como seu maior defensor, entendia-se o direito de ação como um direito que o cidadão possui contra seu adversário, e não contra o Estado, sendo o processo um mero procedimento.
2.2 Crítica ao Modelo Monista
ação declaratória de inexistência de relação jurídica
a autonomia do direito de ação
A referida teoria já foi abandonada tendo apenas interesse histórico, mesmo porque entendia o direito de ação e o direito material como um mesmo direito.
2.3 Modelo Autônomo Concretista
Ação é o direito a uma sentença favorável, subordinada a condições. (Adolf Wach)
Ação é o direito potestativo do autor contra o réu (Chiovenda)
Para seus defensores, o direito de ação é um direito do indivíduo contra o Estado (com o objetivo de uma sentença favorável) 	e, ao mesmo tempo, um direito contra o adversário (que estará submetido à decisão estatal e aos seus efeitos jurídicos), separando o direito em dois planos, o substancial e o processual. 
O maior argumento de Wach foi a existência da “ação declaratória negativa”, que tem por finalidade certificar a inexistência de um vínculo jurídico entre determinados sujeitos, extirpando uma incerteza que possa pairar com relação a eles. Em suma, é ação dirigida ao Estado, que deve outorgar uma proteção; e se opõe à parte contrária, frente a qual deve ser outorgada a dita proteção.
Defende-se que o direito de ação só existiria se o direito material existisse, condicionando a existência do primeiro à existência do segundo. Reconhece-se a “autonomia” do direito de ação, mas não a sua “independência”, considerando que o direito de ação dependeria do direito material. Só haveria ação quando restasse comprovada razão ao autor. 
Enfim, para essa teoria a concessão da tutela jurídica dependeria de um pronunciamento judicial favorável; a própria existência da ação, portanto, ficaria sujeita à procedência da demanda ajuizada. É exatamente por isso que se atribui o adjetivo “concreta” à teoria elaborada pelo jurista alemão.
Como vertente da teoria do direito concreto, Chiovenda (discípulo de Wach), na Itália, defendeu que o direito de ação seria um “direito potestativo”, considerando que o direito a uma sentença favorável não cria nenhuma obrigação ao adversário diante do exercício do direito de ação, simplesmente estando sujeito ao seu exercício, independentemente de sua vontade ou de conduta por ele prestada. A ação não seria um “direito” contra o Estado, mas um “poder” a ser exercido contra o réu, que ficaria sujeito aos efeitos jurídicos derivados do exercício do direito de ação pelo autor e a consequente sentença a seu favor.
Embora superada e apenas tendo relevância por seu caráter histórico, tal teoria foi a primeira a falar nas “condições da ação”.
2.3 Modelo Autônomo Abstrato
Ação é o direito a uma sentença de mérito (Plósz)
Teoria criada por Plósz e Degenkolb, os quais procuraram um fundamento para a ação, desvinculado e independente de qualquer direito anterior. 
A ideia principal foi a de incorporar o entendimento assimilado pela “teoria concreta” de que direito de ação e direito material não se confundiam, mantendo a autonomia entre esses dois direitos e também afirmando que o direito de ação é independente do direito material, podendo existir o primeiro sem que exista o segundo. Foi a grande responsável pelo salto científico da ciência processual, marcando a fase autonomista do direito processual civil. 
Importante ressaltar que as teorias de Plósz e Degenkolb não são absolutamente abstratas, uma vez que ambos consideravam que o exercício do direito de ação estava condicionado à boa-fé do ajuizador, ou seja, à efetiva crença de ser realmente detentor do direito alegado.
O direito de ação, portanto, passou a ser entendido como o direito abstrato de obter um pronunciamento do Estado, por meio da decisão judicial, inexistindo requisito que precise ser preenchido para sua existência. Não há condições para a ação, pouco importando se a demanda era exitosa ou não.
Essa característica de do direito de ação ser incondicionado (portanto, subjetivo e público no sentido de obtenção da tutela jurisdicional), leva os abstrativistas puros a rejeitar a existência das condições da ação consagradas em nosso ordenamento processual. 
Assim, o termo “carência de ação” não existe, sendo as condições da ação, na realidade, matéria de mérito, de forma que a inexistência das chamadas condições da ação no caso concreto devem gerar uma sentença de improcedência, com a rejeição do pedido do autor e a declaração da inexistência do direito material.
Consequência prática da adoção desse entendimento é relevante: ao entender que toda sentença de carência da ação é na realidade uma sentença de mérito, após o trânsito em julgado essa sentença estará protegida pelo fenômeno da coisa julgada material, o que não ocorre com a sentença terminativa fundada em carência da ação. 
2.5 Modelo Eclético de Liebman
Ação é o direito a uma sentença de mérito subordinada a condições (Liebman)
Liebman, adepto do abstrativismo, idealizou essa teoria como uma teoria abstrata com temperamentos.
Aqui, o direito de ação existe de forma autônoma e independente em relação ao direito material, subordinando-se, porém, à existência de pressupostos denominados condições da ação, sem a existência de tais condições não há, verdadeiramente, ação.
Em suma, seria, a ação, o direito a um julgamento de mérito, sendo que esse julgamento de mérito só ocorreria no caso concreto quando alguns requisitos são preenchidos de forma a possibilitar ao juiz a análise da pretensão do autor.
Para ele, a ação é formada por três elementos distintos: os sujeitos, o pedido (a manifestação e atuação judiciais desejadas pelo autor) e a causa de pedir (as questões fáticas e jurídicas que embasam o pedido).
Aqui, as conhecidas condições da ação não se confundem com o mérito, mesmo que aferidas à luz da relação jurídica de direito material discutida no processo, sendo analisadas preliminarmente e, quando ausentes, geram uma sentença de extinção sem resolução do mérito (terminativa) por carência de ação, sem a formação de coisa julgada material. Tratando-se de matéria de ordem pública não há preclusão.
O CPC adotou a teoria eclética e prevê, de forma expressa, que a sentença fundada em ausência das duas condições de ação remanescentes no texto é meramente terminativa, não produzindo coisa julgada material.
3. As Condições de Liebman
Conforme mencionado anteriormente, nosso CPC consagrou a teoria eclética, sendo indispensável, portanto, a análise das “condições da ação”. Há que se ponderar, porém, o pensamento daqueles que entendem que a retirada do termo “condições da ação” fez com que elas passassem a ser tratadas como pressupostos processuais ou como mérito.
Para Fredie Didier Jr, há diferenciação entre “mérito” e “condição da ação”: realmente, há uma dificuldade muito grande de diferenciar aquilo que é mérito daquilo que seja simples condição da ação. A discordância reside em ponto fundamental, notadamente porque, de acordo com o nosso sistema, a sentença de carência de ação, por não ser sentença de mérito,não poderia ficar acobertada com a imutabilidade da coisa julgada material, o que permite que a demanda seja repetida. Se de mérito se tratasse, este problema não existiria.
3.1 Possibilidade Jurídica do Pedido 
Inicialmente, convém observar que o próprio Liebman reformulou seu entendimento original, a partir da 3ª edição do seu “Manual”, passando a defender que a “possibilidade jurídica do pedido” estaria contida no interesse de agir, de forma que ao final de seus estudos restaram somente duas condições da ação: interesse de agir e legitimidade.
O novo CPC não mais a prevê como condição da ação. Um dos aspectos menos versados da teoria da ação, é considerado por Calmom de Passos como uma “invenção nacional”.
À luz do ordenamento jurídico, são três os possíveis resultados:
O pedido está expressamente previsto como apto a receber a prestação jurisdicional;
Não há nenhuma previsão legal a respeito do pedido;
Existe uma expressa vedação na lei ao pedido formulado.
Dos três resultados possíveis, somente a “vedação legal” constitui a impossibilidade jurídica do pedido. Numa análise abstrata realizada “a priori”, o juiz deve considerar hipoteticamente que o autor tem razão em tudo que alega, e a partir daí verificar se existe “vedação legal” ao que pretende receber, o que impedirá a continuidade do processo.
Moniz de Aragão ensina que a possibilidade jurídica não deve ser compreendida com vistas à existência de uma previsão no ordenamento jurídico, que torne o pedido viável em tese, mas, sim, com vistas à inexistência, no ordenamento jurídico, de uma previsão que o torne inviável. 
Atentar para a redação dos seguintes dispositivos:
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando. VI - quando verificar ausência de legitimidade ou interesse processual.
3.2. Legitimidade da Parte (pertinência subjetiva da lide)
Ativa/passiva
Ordinária/extraordinária/concomitante
A todos é garantido o direito constitucional de provocar a atividade jurisdicional, mas ninguém está autorizado a levar a juízo, de modo eficaz, toda e qualquer pretensão, relacionada a qualquer objeto litigioso. Impõe-se a existência de um vínculo entre os sujeitos da demanda e a situação jurídica afirmada, que lhes autorize a gerir o processo em que esta será discutida. Surge, então, a noção de legitimidade ad causam.
A legitimidade para agir é condição da ação que está ligada a pertinência subjetiva da ação. Parte legítima é aquela que se encontra em posição processual coincidente com a situação legitimadora, decorrente de certa previsão legal, relativamente àquela pessoa e perante o respectivo objeto litigioso.
São suas principais características:
Situação jurídica regulada por lei;
Qualidade que se refere a ambas as partes;
Afere-se diante do objeto litigioso, a relação jurídica substancial deduzida.
Para Liebman, a ação é problema de dupla face: pertinência ao autor, do interesse de agir, e pertinência ao réu, do interesse em defender-se. É bilateral pois o autor está legitimado a promover a demanda em face daquele determinado réu, e não em face de outro.
Todavia, a legitimidade é uma atribuição específica para agir concretamente, conferida exclusivamente pelo direito objetivo aos titulares da lide, podendo, às vezes, ser conferido a outras pessoas que não integram a relação jurídica afirmada em juízo.
A classificação principal (baseada na relação entre o legitimado e o objeto litigioso) é aquela que divide a legitimidade em:
Ordinária - uando há correspondência entre a situação legitimante e as situações jurídicas submetidas à apreciação do magistrado; legitimado ordinário é aquele que defende em juízo interesse próprio.q
Extraordinária (também chamada de legitimação anômala ou substituição processual) - ocorre quando não houver correspondência total entre a situação legitimante e as situações jurídicas submetidas à apreciação do magistrado; legitimado extraordinário é aquele que defende em nome próprio interesse de outro sujeito de direito. 
A doutrina ainda divide a legitimação extraordinária em:
Legitimação extraordinária autônoma (legitimado está autorizado a conduzir o processo independente de participação do titular):
Exclusiva - somente se dá com a presença de um determinado sujeito
Concorrente - mais de um sujeito está autorizado a discutir em juízo determinada situação jurídica. Ex.: Tutelas de direitos transindividuais.
Legitimação extraordinária subordinada - ocorre quando a presença do titular da relação jurídica controvertida é essencial para a regularidade do contraditório. Autoriza-se o terceiro estranho ao objeto da lide, a participar no processo como assistente do legitimado ordinário. Ex.: Assistente Simples.
Diferença entre substituição processual (legitimação extraordinária) e sucessão processual
Sucessão processual se caracteriza pela substituição dos sujeitos que compõem os polos da demanda, ocorrendo sempre que um sujeito que compõe o polo ativo ou passivo é retirado da relação jurídica processual para que um terceiro tome o seu lugar.
Segundo o Art. 109, sendo alienado bem litigioso, o autor será intimado e:
caso concorde com a saída do réu originário e o ingresso do terceiro adquirente em seu lugar, haverá sucessão processual.
caso não concorde haverá substituição processual, considerando-se que a partir da alienação da coisa litigiosa o réu originário permanecerá no processo em nome próprio defendendo interesse alheio, admitindo-se o ingresso do terceiro adquirente como assistente litisconsorcial do réu.
3.3 Interesse de Agir
utilidade
adequação - meio (procedimento adequado)
Necessidade
Também chamada de interesse processual, essa condição da ação está intimamente ligada à “utilidade” da prestação jurisdicional que se pretende obter com a movimentação da máquina jurisdicional. Assim, cabe àquele que busca o Poder Judiciário demonstrar que o provimento jurisdicional pretendido será capaz de lhe proporcionar uma melhora em sua situação fática, o que será suficiente para justificar o tempo, a energia e o dinheiro que serão gastos pelo Poder Judiciário na resolução da demanda.
Se o autor tem, efetivamente, o direito que alega ter e que, portanto, se sagrará vitorioso na demanda, tal situação diz respeito ao mérito. O juiz deve analisar em abstrato e hipoteticamente se o autor, sagrando-se vitorioso, terá efetivamente a melhora que pretendeu obter com o pedido de concessão da tutela jurisdicional que formulou por meio do processo.
O interesse de agir deve ser analisado sob dois aspectos:
a necessidade de obtenção da tutela jurisdicional reclamada - se dará sempre que o autor não puder obter o bem da vida pretendido sem a devida intervenção do Poder Judiciário
a adequação que deve haver entre o pedido e a proteção jurisdicional que se pretende obter (o pedido formulado pelo autor deve ser apto a resolver o conflito de interesses apresentado na petição inicial).
O interesse-adequação, apesar de adotado por considerável doutrina, não agrada a todos, existindo parcela doutrinária que entende não haver nenhuma correlação entre o interesse de agir e a adequação, até porque a inadequação da pretensão não gera a perda do interesse de agir, considerando-se que mesmo de forma inadequada o autor pretende uma melhora em sua situação (Dinamarco e Didier)
Por outro lado, há doutrina (Greco e Costa) que entende ser a inadequação da tutela pretendida questão referente aos pressupostos processuais e não às condições da ação. Assim, a escolha do procedimento inadequado significa que o meio adotado é impróprio, o que deve gerar uma extinção do processo sem resolução do mérito. 
Daniel Assumpção entende que o interesse-adequação está intimamente associado à ideia de utilidade na prestação jurisdicional, estando presente essa condição da ação quando o pedido de formulado tem aptidão concreta para melhorar a situação do autor.
4. Críticas a Liebman
4.1 Ascondições da ação, possibilidade jurídica do pedido e legitimidade originária SÃO mérito.
4.2 Legitimidade Extraordinária e interesse de agir são pressupostos processuais.
07/09/2017 - Feriado
14/09/2017 - Não houve aula
Aula 02 - 21/09/2017 
Aula dada pela monitora idêntica à primeira aula do professor.
Elementos da Ação
São reconhecidos como elementos identificadores da ação, importante tarefa quando se pretende comparar uma ação com a outra. A coisa julgada, a litispendência e a perempção, por exemplo, exigem a existência de ações idênticas. São os componentes mínimos e suficientes da ação que as identificam como tais e, consequentemente, as distinguem de quaisquer outras ações. A indicação vem da própria lei: 
Art. 337 (...) § 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
São eles: partes, pedido e causa de pedir.
1. Partes: 
Sentido formal: o autor e o réu, isto é, aquele que pede, em nome próprio, a prestação jurisdicional e aquele contra quem ou em face de quem o autor formula o seu pedido. Ou a pluralidade de autores ou de réus, litisconsortes ativos ou passivos.
Sentido material: são partes os sujeitos da relação interpessoal que a sentença irá regular diretamente.
Posições de Chiovenda e Liebman
Chiovenda - conceito restritivo - “partes na demanda” - parte é o sujeito que “pede” ou “contra quem se pede” tutela jurisdicional.
Liebman - conceito ampliativo - partes no processo - parte é todo sujeito que participa da relação jurídica processual em contraditório defendendo interesse próprio ou alheio, podendo sofrer alguma consequência com a decisão final. Pode ser parte na demanda (autor e réu) ou parte auxiliar (assistente). Ao defenderem direito próprio ou alheio em juízo esses sujeitos se tornam titulares de situações jurídicas “ativas” e “passivas” (faculdades, ônus, poderes, deveres, estado de sujeição).
A doutrina aponta que existem quatro formas de adquirir a qualidade de parte:
pelo ingresso da demanda (autor/opoente)
pela citação (réu, denunciado à lide e chamado ao processo)
de maneira voluntária (assistente e recurso de terceiro prejudicado)
sucessão processual (alteração subjetiva da demanda)
2. Pedido
Sentido processual - representado pela providência jurisdicional pretendida (condenação, constituição, mera declaração, acautelamento, satisfação).
Sentido material - representado pelo bem da vida perseguido, ou seja, o resultado prático (vantagem no plano dos fatos) que o autor pretende obter com a demanda judicial.
De acordo com a doutrina tradicional, o pedido pode ser desdobrado em:
Pedido imediato - aspecto processual, providência judicial solicitada ao Estado-juiz.
Pedido mediato - aspecto material, aquilo que é desejado através dessa providência.
Requisitos: certeza e determinação do pedido.
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
A certeza é exigida no:
a. pedido imediato - autor deve indicar, de forma precisa e clara, qual a espécie da tutela jurisdicional pretendida
b. pedido mediato - deve indicar o gênero do bem da vida pleiteado.
A determinação só se refere ao pedido mediato, significando a liquidez do pedido, ou seja, a quantidade e a qualidade do bem da vida pretendido.
Excepcionalmente, permite-se o pedido genérico quando houver previsão em lei.
Pedido implícito (...)
Aula 03 - 26/09/2017 (terça-feira, foi adiantada)
➤ Processo
Procedimento - Deve ser compreendido como uma sucessão de atos interligados de maneira lógica e sequencial visando à obtenção de um objeto final, é o meio pelo qual a lei estampa os atos e fórmulas da ordem legal do processo. A doutrina abalizada de Cândido Rangel Dinamarco aponta que o procedimento é a exteriorização do processo, seu aspecto visível, considerando-se que a noção de processo é teleológica (finalística), voltada para a finalidade de exercício da função jurisdicional no caso concreto. Por outro lado, a noção de
procedimento seria formal, significando essa sucessão de atos com um objetivo final. Ainda que não seja possível confundir o procedimento com o processo, como feito à época imanentista, o certo é que o processo não vive sem o procedimento. Tanto essa constatação é verdadeira que os próprios defensores modernos da teoria da relação jurídica explicam que a relação jurídica não é sinônimo de processo, sendo sempre necessária a presença de um procedimento, ainda que impulsionado pelos participantes da relação jurídica processual no exercício contínuo de suas posições jurídicas ativas e passivas. 
Pensemos assim: o processo é o meio através do qual se operará a transformação da ação em coisa julgada. O conteúdo do direito material trazido pelo autor por meio da ação se transformará, em razão das atividades dos sujeitos processuais, em relação certa e definida (coisa julgada). Para tanto, será necessária uma sucessão desses atos inter-relacionados que se complementarão até que se caminhe, da primeira extremidade à coisa julgada.
➟ Teorias
⏩ Processo como Procedimento 
Tecnicamente, nem se pode conceber a existência de uma teoria do processo na época imanentista, em virtude da negação da autonomia do processo diante do direito material. De qualquer forma, a essa época, entendido o direito de ação como o próprio direito material reagindo a uma agressão ou a uma ameaça de agressão, o processo era confundido com o procedimento, imaginando-se que os atos processuais praticados durante essa reação perante o Poder Judiciário, e que formavam o procedimento necessário para a efetiva proteção do direito material, representassem o processo. É evidente que a partir do momento em que se reconheceu a autonomia da ciência processual, superando-se a teoria imanentista da ação, o entendimento de que o processo seja somente o procedimento perde seus defensores, passando a ter relevância meramente histórica.
⏩ Processo como Contrato
Na tentativa de enquadrar o processo em fenômenos jurídicos privados, a teoria do processo como contrato teve muita força nos séculos XVIII e XIX, fundada em texto de Ulpiano. O fundamento principal dessa teoria tinha como ponto de partida em geral o direito romano formular, e em especial a litiscontestatio, que representava a concordância das partes em sofrer os efeitos da demanda. Em época na qual o Estado ainda não era forte o suficiente para intervir na vida dos cidadãos, tudo dependia da concordância dos sujeitos envolvidos no conflito de se sujeitarem à tutela prestada, acatando o respectivo julgamento.
Esse acordo de vontade das partes representado pela litiscontestatio romana fez com que os defensores dessa teoria entendessem pela existência de um negócio jurídico de direito privado, concluindo-se a partir dessa premissa que o processo seria um contrato. Atualmente, a teoria guarda importância meramente histórica porque a ideia de sujeição das
partes ao processo e a seus resultados é um dos princípios da jurisdição, não havendo contemporaneamente nada nem parecido com a antiga litiscontestatio.
1. Teoria da Relação Jurídica
Linear
Angular
Triangular
Angularizável
A doutrina credita a Oskar Von Bullow, em sua famosa obra “Teoria dos pressupostos processuais e das exceções dilatórias”, o mérito por retirar o processo do âmbito privatista, finalmente alçando-o aoâmbito publicista, em que até hoje se encontra. Tratando-se daquilo que é considerado como a primeira obra jurídica a respeito do direito processual, a ideia principal do doutrinador que interessa no momento é a nítida distinção entre a relação jurídica processual e a relação jurídica material. Para Bullow, a relação de direito material é o objeto da discussão no processo, enquanto a relação de direito processual é a estrutura por meio da qual essa discussão ocorrerá.
	A diferença nítida entre os dois planos permitiu ao doutrinador perceber que, em seus três elementos essenciais, a relação jurídica processual não se confunde com a relação jurídica material. Observou diferenças nos sujeitos que dela participam, dos seus objetos e de seus requisitos formais (para a relação processual chamou-os de pressupostos processuais, em consagrada nomenclatura até os dias atuais acolhida). A existência no processo de múltiplos e variados liames jurídicos entre o Estados juiz e as partes, dotando tais sujeitos de titularidade de situações jurídicas a exigir uma espécie de conduta ou a permitir a prática de um ato, representaria a relação jurídica processual. Essa relação jurídica é complexa e continuada, sendo composta de inúmeras posições jurídicas ativas (poderes, ônus, faculdades e direitos) e passivas (sujeição, deveres e obrigações).
2. Teoria da Situação Jurídica - Goldshimdt
Não vislumbra no processo uma relação jurídica (existência de um direito contraposto a um dever). Goldsmith via no processo uma expectativa de direito. Eu só vou saber realmente o resultado daquela pretensão ao final do processo.
Crítico ferrenho da teoria do processo como relação jurídica, James Goldsmith criou a teoria do processo como situação jurídica. O processo para essa corrente de pensamento tem um dinamismo que transforma o direito objetivo, antes estático, em meras chances, representadas por simples possibilidades de praticar atos que tenham perspectivas de uma sentença favorável e os ônus representados pelos encargos de assumir determinadas posturas como forma de evitar a derrota. Justamente essa sucessão de diferentes situações jurídicas, capazes de gerar para os sujeitos deveres, poderes, ônus, faculdades e sujeições, representava a natureza jurídica do processo.
Em suma, procurou mostrar que no processo inexistiam direitos e deveres, mas sim expectativas, possibilidades e ônus, considerando a situação processual como “estado generalizado de incerteza”. Ainda que o entendimento de Goldsmith não tenha sido recepcionado pela doutrina, algumas de suas observações são válidas até os dias atuais, ainda que aplicáveis à teoria do processo como relação jurídica processual. Dessa forma, é corrente hoje afirmar que a relação jurídica processual cria em relação aos seus sujeitos sucessivas situações jurídicas ativas e passivas no decorrer do procedimento, o que, inclusive, torna tal relação jurídica complexa, conforme se verá adiante.
Ex.: o filho não tem direito adquirido a herança enquanto o pai estiver vivo.
⏩ Conciliação entre a doutrina da Relação Jurídica e da Situação Jurídica
A teoria da situação jurídica contribuiu muito para a compreensão do processo, pois pensou no aspecto dinâmico da relação jurídico processual. A complementaridade entre as duas correntes está em conceber a relação jurídica como continente e a situação jurídica como conteúdo.
3. Teoria do processo como instrumento da jurisdição
O processo como finalidade (paz social, justiça), não como estrutura.
4. Teoria do processo como garantia (antagônica a teoria acima)
O processo é uma garantia do cidadão contra o Estado.
Paradoxo: O processo é ao mesmo tempo regulado pelo estado e instrumento do cidadão contra esse próprio Estado.
5. Teoria do processo como Instituição
Instituição - categoria para resolver problemas/conflitos.
Para Jaime Guasp, o processo seria uma instituição jurídica, não porque a teoria da relação jurídica fosse em si mesma inexata, mas antes porque a reputava insuficiente para explicar todos os fenômenos que se desenrolam dentro do processo. Seu principal representante foi Eduardo Couture, sendo a maior dificuldade esclarecer o que significa a expressão “instituição jurídica”, mesmo porque o conceito de constituição possui origem eminentemente sociológica, e não jurídica.
6. Teoria do processo como procedimento em contraditório
O mais recente processualista a criticar a teoria do processo como relação jurídica foi Elio Fazzalari, com a ideia de módulo processual. Defende que o procedimento contém atos interligados de maneira lógica e regidos por determinadas normas, sendo que o posterior, também regido por normas, dependerá do anterior, e entre eles se formará um conjunto lógico com um objetivo final. Para a prática de cada ato deve-se permitir a participação das partes em contraditório, sendo justamente essa paridade simétrica de oportunidades de participação a cada etapa do procedimento que o torna um processo. O doutrinador italiano afirma que o processo é uma espécie do gênero contraditório. No Brasil, existem doutrinadores que defendem a tese.
⏩ Processo como procedimento animado por uma relação jurídica em contraditório
Parcela da doutrina que tradicionalmente se filiava à teoria do processo como relação jurídica, diante da tese defendida por Elio Fazzalari, não se incomoda com a inclusão do contraditório no conceito de processo, mas entende que isso não é o suficiente para a exclusão da relação jurídica processual de tal conceito. É na realidade uma crítica parcial à doutrina do processualista italiano, que expressamente nega que a relação jurídica processual faça parte do conceito de processo. De qualquer maneira, poder-se-á concluir que essa corrente doutrinária trabalha com as duas teorias: relação jurídica (Büllow) e contraditório (Fazzalari). Para os defensores desse entendimento, a relação jurídica processual representa a projeção e a concretização da exigência constitucional do contraditório. As faculdades, poderes, deveres, ônus e estado de sujeição das partes no processo significam que esses sujeitos estão envolvidos numa relação jurídica, que se desenvolverá em contraditório. São duas facetas de uma mesma realidade, não havendo razão para descartar a relação jurídica ou o contraditório na conceituação de processo.
7. Teoria do processo como fattispécie (fato jurídico) de formação sucessiva. 
A maioria das teorias são aspectos que se complementam. 
➟ Acepções do termo processo
1. Processo como ação
2. Processo como procedimento.
Processo - estrutura formal
Procedimento - maneira como essa forma se manifesta
3. Processo como autos
Autos - suporte físico, concretização do procedimento.
➟ Pressupostos Processuais
⏩ Pressupostos processuais por CJ
Diz o art.104, CC, que a validade do negócio jurídico requer:
a) agente capaz;
b) objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
c) forma prescrita ou não defesa em lei.
Pode-se afirmar que são esses os requisitos mínimos de validade de uma relação jurídica de direito material. No campo do processo, a relação jurídica processual também tem seus requisitos de validade e de existência, chamados de pressupostos processuais. Tratam-se de matérias preliminares, essencialmente ligadas a formalidades processuais, que devem ser analisadas antes de o juiz enfrentar o pedido do autor.
Aula 04 - 05/10/2017
Competência
critérios de competência
Material
Pessoal/funcional
Territorial ou espacial
Valor da causa
➤ Pressupostos Processuais
Pressupostos processuais de existência.
Os pressupostos processuais subjetivos são:
1. Capacidade de ser parte
	A capacidade de ser parte é a personalidade judiciária: aptidão para, em tese, ser sujeito de uma relação jurídica processual (processo) ou assumir uma situação jurídica processual (autor, réu, assistente etc.). 
	Dela são dotados todos aqueles que tenham personalidade civil - ou seja, aqueles que podem ser sujeitosde uma relação jurídica material, como as pessoas naturais e as jurídicas -, como também o nascituro, o condomínio, o nondum conceptus, a sociedade de fato, sociedade não personificada e sociedade irregular" os entes formais (como o espólio, massa falida, herança jacente etc.), as comunidades indígenas ou grupos tribais e os órgãos públicos (Ministério Público, PROCON, Tribunal de Contas etc.). A capacidade de ser parte decorre da garantia da inafastabilidade do Poder judiciário, prevista no inciso XXXV do art. 5º da CF/88.
	Trata-se de noção absoluta: não há alguém que tenha meia capacidade de ser parte; ou se tem ou não se tem personalidade judiciária.
	Não se exige, para que o processo exista, a capacidade de ser parte do réu. Nem mesmo a existência de réu identificado na petição inicial pode ser considerada um pressuposto de existência do processo. 
Primeiro, porque há processo sem réu, como ocorre em diversas hipóteses de jurisdição voluntária (pedido de alteração de nome, por exemplo).
Segundo, porque o processo nasce com a demanda, e não com a presença do réu em juízo.
Terceiro, porque caso o autor proponha demanda sem indicar o réu, o magistrado o intimará para regularizar a petição inicial e, depois, se não o fizer, extinguirá o processo por defeito do instrumento da demanda. A existência do réu é fundamental para a eficácia do processo em face dele, não para a existência dessa mesma relação jurídica. Diante da inexistência de réu, deve o magistrado, sem análise do mérito, extinguir o processo, que já existe, por falta de requisito processual de validade, que é a formulação correta da demanda.
2. Existência de órgão investido de jurisdição
A investidura na função jurisdicional é pressuposto de existência do processo e dos atos jurídicos processuais do juiz [decisões, despachos, colheita de provas etc.).
Considerar-se-á inexistente o processo se a demanda for ajuizada perante não juiz e decisão prolatada por não juiz é uma não decisão, é apenas um simulacro a que não se pode emprestar qualquer eficácia jurídica. São exemplos de não juízes: aquele que não foi investido de jurisdição pela posse no cargo, em virtude de nomeação ou concurso; aquele que, embora tenha prestado concurso ou tenha sido nomeado, ainda não tomou posse; o magistrado aposentado ou em disponibilidade; aquele que não foi designado como árbitro pela convenção de arbitragem.
Cumpre lembrar que para alguns autores a "incompetência constitucional" implica inexistência de jurisdição e, portanto, a decisão porventura prolatada seria a non judice (uma não sentença, pois).
Já o pressuposto processual objetivo é a existência de ato inicial do procedimento que introduza o objeto da decisão (demanda)
A existência de demanda, que nesse caso deve ser compreendida como continente (o ato de pedir) e não como conteúdo (aquilo que se pede). O ato de pedir é necessário para a instauração do processo – é o seu fato jurídico. Ao dirigir-se ao Poder judiciário, o autor dá origem ao processo (art. 312 do CPC); a sua demanda delimita a prestação jurisdicional, que tem o pedido e a causa de pedir como os elementos do seu objeto litigioso. 
Trata-se, portanto, de pressuposto processual de existência do processo, porque sem a provocação do interessado por meio do ato de demandar a relação jurídica processual de direito processual nem mesmo chegará a existir.
Requisitos de Validade
Os requisitos de validade podem ser subjetivos e objetivos.
Requisitos subjetivos de validade.
Relacionados à parte:
1. Capacidade Processual 
A capacidade processual é a aptidão para praticar atos processuais independentemente de assistência ou representação (pais, tutor, curador etc.), pessoalmente, ou por pessoas indicadas pela lei, tais como o síndico, administrador judicial, inventariante etc.
	A capacidade processual pressupõe a capacidade de ser parte. É possível ter capacidade de ser parte e não ter capacidade processual; a recíproca, porém, não é verdadeira. Há uma estreita relação entre a capacidade processual e a capacidade material (capacidade de exercício). No entanto, são capacidades autônomas e distintas. O sujeito pode ser processualmente capaz e materialmente incapaz ou processualmente incapaz e materialmente capaz.
2. Capacidade Postulatória
Alguns atos processuais, porém, além da capacidade processual, exigem do sujeito uma capacidade técnica, sem a qual não é possível a sua realização válida. É como se a capacidade, requisito indispensável à prática dos atos jurídicos, fosse bipartida: a) capacidade processual; b) capacidade técnica. A essa capacidade técnica dá-se o nome de capacidade postulatória. Frise-se: há atos processuais que não exigem a capacidade técnica, (por exemplo, o ato de testemunhar e o ato de indicar bens à penhora); a capacidade postulatória somente é exigida para a prática de alguns atos processuais, os postulatórios (pelos quais se solicita do Estado-juiz alguma providência]. A capacidade postulacional abrange a capacidade de pedir e de responder.
Têm-na os advogados regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, os defensores públicos e os membros do Ministério Público e, em alguns casos, as próprias pessoas não advogadas, como nas hipóteses dos juizados Especiais Cíveis (causas inferiores a vinte salários-mínimos), das causas trabalhistas e do habeas corpus.
3. A legitimidade ad causam 
Hipótese de requisito de admissibilidade subjetivo relacionado às partes
Relacionados ao juiz:
4. Competência
A competência do órgão jurisdicional é requisito de validade do procedimento que o órgão jurisdicional porventura vier a conduzir e, por consequência, da decisão que vier a proferir.
5. Imparcialidade
A imparcialidade é requisito processual de validade; portanto, o ato do juiz parcial é ato que pode ser invalidado. Há dois graus de parcialidade: o impedimento e a suspeição. A parcialidade é vício que não gera a extinção do processo: verificado o impedimento ou a suspeição do magistrado, os autos do processo devem ser remetidos ao seu substituto legal. Os atos decisórios praticados devem ser invalidados.
Convém lembrar, por oportuno, que a imparcialidade e a competência são pressupostos processuais relativos ao órgão julgador que derivam da garantia fundamental do direito ao juiz natural.
Requisitos objetivos de validade:
1. Requisito processual objetivo intrínseco: respeito ao formalismo processual
Os pressupostos processuais objetivos intrínsecos, como o próprio nome sugere, são pressupostos processuais analisados na própria relação jurídica processual. Os requisitos intrínsecos de validade podem ser reunidos sob a seguinte rubrica: respeito ao formalismo processual.
Pode-se dizer que o formalismo responde às perguntas: como funciona (o processo) e quais são as regras do jogo. Trata-se – em linguagem simples – do regulamento da disputa. O cerne do formalismo processual está no procedimento – espinha dorsal, na feliz expressão de Carlos Alberto Alvaro de Oliveira.
Assim, exemplificativamente, podem ser citados os seguintes requisitos objetivos intrínsecos de validade: 
a) petição inicial apta; 
b) comunicação dos atos processuais, inclusive e principalmente a citação; 
c) respeito ao princípio do contraditório; 
d) obediência ao procedimento, como, por exemplo, a necessidade de intimação da parte para manifestar-se sobre documento juntado ao processo pela outra; 
e) escolha correta do procedimento.
2. Requisitos processuais objetivos extrínsecos e negativos
Para Fredie Didier os requisitos objetivos podem ser positivos, como o interesse de agir ou negativos. Os requisitos objetivos extrínsecos negativos são analisados fora da relação jurídica processual. São considerados pressupostos processuais negativos, porque nesse caso o vício verifica-se justamente pela presença do pressuposto processual, ao contrário de todos os outros, que geram vício justamente porque estão ausentes da relação jurídica processual (por exemplo, falta de capacidadepostulatória, falta de imparcialidade do juiz, falta de citação válida etc.).
	São exemplos:
Coisa julgada material
Litispendência
Perempção
Transação
Convenção de arbitragem
Ausência de pagamento de custas processuais em demanda idêntica extinta anteriormente por sentença terminativa
Sobre a coisa julgada material, embora a doutrina majoritária entende que a decisão que não respeite a coisa julgada seja maculada pela invalidade, há parcela minoritária que enxerga nisso um vício tão grave que lhe reputa a própria inexistência. Ora, Só é possível rescindir uma decisão que juridicamente exista, já que não se concebe a desconstituição de um nada jurídico. 
Requisito processual objetivo extrínseco positivo - interesse de agir
- Disposições do nCPC
- Das partes e dos procuradores: arts. 70 a 76
Art. 70 - estar em juízo (legitimatio ad processum)
Art. 73. Outorga uxória e autorização marital
Art. 75. Representação em juízo
O CPC foi feito para os operadores do direito.
- Deveres das partes: arts. 77 a 81
Art. 77. Verdade como consistência. Mentira é um ilícito processual
§7 - inovação legal, antigo CPC era atentado (demarcação de terra, incidente, juiz mandava restabelecer, enquanto não fosse restabelecido processo caminhava e parta não podia se manifestar.
Art. 78. dever de urbanidade
Dívida é diferente de responsabilidade. Dívida é do sujeito de direito (pf, pj ou ente não personificado), a responsabilidade incide sobre o patrimônio do sujeito (seja o sujeito devedor, seja terceiro, que é responsável, mesmo sem ter dívida - ex.: fiança).
- Despesas e honorários: arts. 82 a 97
Regra: o processo é pago. Natureza jurídica das custas: TAXA.
Regra: irrecorribilidade das decisões no curso do processo, salvo expressa previsão legal
- Gratuidade da Justiça: arts. 98 a 102
- Procuradores: arts. 103 a 107
art. 104- cauço de ratio
Art. 105. Exceções: cláusula específica (poderes especiais)
- Sucessão das partes e procuradores: arts. 108 a 112
Sucessão de parte e procuradores se dá excepcionalmente (casos previstos em lei)
- Litisconsórcio
Litis - lide. Consórcio - conjunto. Lide em conjunto. O litisconsórcio é uma das técnicas de cumulação subjetiva de demandas. 
Classificação
Pelo polo: 
ativo
passivo
misto
Pela obrigatoriedade: 
facultativo: 
necessário:
Pela uniformidade da decisão: 
simples: a decisão PODE ser diferentes para os litisconsortes
unitário: é impossível que a decisão seja diferente. Ex.: A e B querem anular a questão 23 da prova da OAB por conter duas alternativas corretas (impossibilidade lógica de a decisão ser diferente). Consequências art. 115
Facultativo: simples ou unitário
Necessária: simples ou unitário
Discussão na doutrina: pode litisconsorte necessário ativo? Resultaria em obrigar alguém a litigar?
Usucapião (de terreno): Litisconsorte passivo necessário e simples (sentença pode ser diferente para os donos do terreno circunvizinhos).

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