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5ªaula DOENÇAS FUNGICAS Ana Valeria

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Faculdade Barão do Rio Branco Curso de Graduação em Odontologia
Disciplina: Propedêutica Clinica III
DOENÇAS FUNGICAS
ANA VALÉRIA DE SOUZA FREITAS
 
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Antigamente, a candidíase era considerada apenas uma infecção oportunista, afetando apenas indivíduos debilitados por outra doença. 
Certamente, nos dias atuais, tais pacientes ainda constituem o maior número de indivíduos com infecção por Candida.
 No entanto, os clínicos atualmente reconhecem que a candidíase oral pode se desenvolver em pacientes saudáveis.
 Como resultado desta complexa interação entre hospedeiro e o micro-organismo, a candidíase pode variar do leve envolvimento superficial da mucosa, observado na maioria dos pacientes, até a doença fatal e disseminada observada em pacientes intensamente imunodeprimidos. 
Candidíase Oral (Candidose)
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DIAGNÓTICO
O diagnóstico das doenças fúngicas normalmente é feito por meio:
 do exame clínico;
e anamnese assim como da citologia exfoliativa 
e do exame histológico das peças de biopsia.
A identificação definitiva do microorganismo é definida pelo exame de cultura do material coletado.
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Candidíase Oral (Candidose)
Microorganismo: Cândida albicans
Componente frequente na flora bucal pode ser considerado microorganismo próprio da cavidade oral; 
Com o avanço da idade ( acima de 60 anos) aumenta a prevalência de candidose na população;
Pelo menos três fatores gerais podem determinar se existe evidência clínica de infecção:
1. O estado imunológico do hospedeiro
2. O ambiente da mucosa oral
3. A cepa da C. albicans
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Dimorfismo: forma de leveduras e hifas
Na forma de leveduras quase não há prejuízo ao hospedeiro
Na forma de hifas ocorre a invasão dos tecidos subjacentes
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A variabilidade de manifestações clínicas dificultam o diagnóstico
A doença pode variar de uma pequena alteração localizada na mucosa, a doença fatal em indivíduos severamente imunocomprometidos
Características Clínicas
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Candidose Pseudomembranosa (sapinho)
Manifestação mais comum
Placas brancas que quando raspadas deixam leito eritematoso ou uma mucosa normal
Doença desencadeada pelo uso de antibióticos que destroem bactérias competidoras e disfunções imunológicas
Recém nascidos são afetados em função do sistema imune imaturo
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Candidose Pseudomembranosa (sapinho)
As placas brancas são compostas por uma massa desordenada de hifas, leveduras, células epiteliais descamadas e fragmentos de tecido necrótico. 
Placas podem ser removidas pela raspagem com um abaixador de língua ou pela fricção com uma compressa de gaze seca. 
A mucosa subjacente pode se apresentar eritematosa ou normal. 
Se o sangramento ocorrer, provavelmente a mucosa está afetada também por outra condição, como líquen plano ou pelo efeito de quimioterapia para tratamento de câncer.
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Candidose Pseudomembranosa (sapinho)
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Candidose Eritematosa
Não há substância branca sobre a mucosa afetada 
Mais comum que a Pseudomembranosa
Candidose atrófica aguda / boca ferida ou dolorosa
(uso de antibiótico de amplo espectro) 
Pacientes relatam:
Sensação de queimação e perda difusa das papilas filiformes na porção dorsal da língua.
Aparência vermelha “careca da língua”
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Candidose eritematosa
Os pacientes que possuem xerostomia, independentemente do motivo:
 (p. ex., efeito colateral medicamentoso,
 pós-radioterapia, 
síndrome de Sjögren), 
têm uma prevalência aumentada de candidíase eritematosa que também é, geralmente, sintomática
As áreas desnudas irregulares (não as áreas brancas) da superfície dorsal da língua representam a candidíase eritematosa.
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Candidíase Eritematosa
As outras formas em geral são assintomáticas e crônicas:
Atrofia papilar central da língua, ou glossite romboidal mediana.
Candidose Multifocal
Crônica
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Candidíase Eritematosa
As outras formas em geral são assintomáticas e crônicas:
 Algumas vezes, esta condição é um componente da candidíase multifocal crônica, porém muitas vezes ocorre isoladamente
 
 
 Quelite Angular
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Queilite Angular
Pacientes idosos ângulos da boca: eritema, fissuração, descamação
Dimensão vertical reduzida pela falta de dentes
acúmulo de saliva
proliferação de fungos e bactérias
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Estomatite Protética
Eritema acompanhado de petéquias hemorrágicas nas áreas mucosas em contato com próteses
 ( material acrílico)
Acúmulo de microorganismos na prótese:
e falta de higiene regular levam ao quadro normalmente assintomático
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Estomatite Protética
Meio de cultura inclinado de ágar Sabouraud semeado com esfregaços obtidos da mucosa palatina eritematosa e da superfície de contato da Prótese.
Colonização exuberante da prótese é observada, enquanto se observa apenas pequena evidência de fungos na mucosa.
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Candidose Crônica Hiperplásica
Placas brancas não removíveis por raspagem
Forma menos comum
Suspeitar de infestação da cândida sobre área de leucoplasia
Presença de hifas invadindo os tecidos e remissão completa do quadro com antifúngicos determinam o diagnóstico
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Candidose Crônica Hiperplásica
Apresentam:
histopatologicamente uma frequência aumentada de displasia epitelial.
Diagnóstico:
 é confirmado pela presença de hifas de Candida associadas à lesão e pela resolução completa da lesão após a terapia antifúngica
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Candidíase
Esta citopatologia demonstra hifas fúngicas com aspecto tubular e leveduras ovoides de Candida albicans
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Tratamento
Drogas Antifúngica
Nistatina 100.000UI ( não absorvida no trato gastro intestinal)
Clotrimazol
Cetoconazol
Fluconazol
Itraconazol
Anfotericina B ( severos efeitos colaterais)
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Nistatina - Posologia
“AGITE ANTES DE USAR”.
 PREMATUROS E CRIANÇAS DE BAIXO PESO: estudos clínicos demonstraram que a dose de 1ml (100.000 U.I. de Nistatina) quatro vezes ao dia é efetiva.
LACTENTES: a dose recomendada é de 1 ou 2ml (100.000 a 200.000U.I. de Nistatina) quatro vezes ao dia.
CRIANÇAS E ADULTOS: a dose varia de 1 a 6ml (100.000 a 600.000U.I. de Nistatina) quatro vezes ao dia.
A solução deve ser bochechada e mantida por algum tempo na cavidade oral antes de ser engolida.
Nos lactentes e crianças menores deve-se colocar a metade da dose utilizada em cada lado da boca.
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DOENÇAS DE AÇÃO SISTÊMICA COM REFLEXOS ORAIS
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Histoplasmose
Microorganismo: Histoplasma capsulatum
Habitat: Áreas úmidas com excrementos de pássaros e morcegos
Esporos inalados germinam nos pulmões e gânglios linfáticos
Indivíduos saudáveis: assintomático ou leve indisposição como gripe por 1 a 2 semanas
Histoplasmose disseminada: 
Condição grave e fatal quando não tratada a tempo
 lesões bucais na língua, mucosa jugal e palato
Lesões ulceradas de bordas firmes e elevadas com várias semanas de duração, semelhantes a úlceras malignas
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Histoplasmose
Macrófagos epitelioides, misturados com linfócitos e plasmócitos. 
Alguns macrófagos contêm organismos do Histoplasma capsulatum (setas).
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Paracoccidioidomicose
(Blastomicose Sul-Americana)
Microorganismo: Paracoccidioides brasiliensis
Alta prevalência no Brasil entre os trabalhadores rurais do gênero masculino
Lesões bucais afetam mucosa alveolar, gengiva e palato bem como lábios, orofaringe e mucosa jugal
Lesões ulceradas granulares eritematosas
Exame histopatológico: brotamentos múltiplos a partir da célula mãe
Tratamento: Itraconazol, Anfotericina B (casos mais graves)
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Paracoccidioidomicose
EXAME HISTOLÓGICO
CARACTERÍSTICA CLÍNICA
Cirurgião-dentista: ação de diagnóstico e tratamento coadjuvante
 Biópsia Excisional
Grande levedura de Paracoccidioides brasiliensis (seta) dentro do citoplasma de uma célula gigante multinucleada. O quadro inferior à esquerda ilustra o aspecto característico
em “orelhas de Mickey Mouse” dos brotamentos das leveduras, em um corte corado com o método prata metenamina de Grocott-Gomori
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Lesão eritematosa, ulcerada, granular
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Zigomicose
Zigomicetos: Absidia, Mucor, Rhizomucor e Rhisopus
Infecção oportunista que causa morte fulminante em pacientes imunocomprometidos
Microorganismos encontrados em matérias orgânicas em decomposição
Zigomicose Rinocerebral: obstrução nasal, cefaléia, tumefação ou celulite facial
 Destruição tecidual difusa com superfície negra e necrótica 
Tratamento em nível hospitalar: debridação cirúrgica da ferida e altas doses de Anfotericina B
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Zigomicose
Esta fotomicrografia em maior aumento mostra as hifas fúngicas grandes e não septadas, características dos organismos zigomicóticos.
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ASPERGILOSE
Microorganismos: Aspergillus
Esporos que habitam o solo, a água, matérias orgânicas em decomposição disseminados no ar são aspirados e se alojam nos pulmões
Pacientes imunocomprometidos AIDS, câncer (quimioterápicos), diabetes melito
Diagnóstico feito por meio de cultura 
Aspergilose oral pós extração dentária ou tratamento endodôntico 
Tecidos vizinhos com ulcerações dolorosas que tendem à necrose tecidual severa ( úlcera amarela ou negra com tumefação facial) 
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Aspergilose: aumento de volume doloroso e violáceo no palato duro
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ASPERGILOSE
Esta fotomicrografia revela a presença de hifas fúngicas e um corpo reprodutor de uma espécie de Aspergillus
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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