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www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA Direito Constitucional – Aula 01 Robério Nunes 1 1. (VUNESP – Juiz – TJ/MT – 2009.) Movimento político, social e cultural que, sobretudo a partir de meados do século XVIII, questiona nos planos político, filosófico e jurídico os esquemas tradici- onais de domínio político, sugerindo, ao mesmo tempo, a invenção de uma nova forma de ordena- ção e fundamentação do poder político. Esta de- finição, formulada por J. J. Gomes Canotilho, de- signa: A) o poder constituinte B) o constitucionalismo moderno. C) o constitucionalismo antigo D) a democracia E) a autocracia 2. (CESPE – MPE – RN/2009) “A Carta outorgada em 10 de novembro de 1937 é exemplo de texto constitucional colocado a serviço do detentor do poder, para seu uso pessoal. É a máscara do po- der. É uma Constituição que perde normativi- dade, salvo nas passagens em que confere atri- buições ao titular do poder. Numerosos preceitos da Carta de 1937 permaneceram no domínio do puro nominalismo, sem qualquer aplicação e efe- tividade no mundo das normas jurídicas.” (Raul Machado Horta. Direito constitucional. 2ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1999, p. 54-5, com adapta- ções). Considerando a classificação ontológica das constituições, assinale a opção que apresenta a categoria que se aplica à Constituição de 1937, conforme a descrição acima. A) constituição semântica. B) constituição dogmática C) constituição formal D) constituição outorgada E) constituição ortodoxa Classificação da Constituição. Classificação ontológica (Karl Loewenstein) A) Constituição normativa B) Constituição nominal (nominalista) C) Constituição semântica 3. (Magistratura/PB – CESPE/UnB 2011) Com re- lação ao objeto, aos elementos e aos tipos de Constituição, assinale a opção correta: A) Quanto ao modo de elaboração, a vigente CF pode ser classificada como uma Constituição histó- rica, em oposição à dita dogmática B) O objeto da CF é a estrutura fundamental do Es- tado e da sociedade, razão por que somente as nor- mas relativas aos limites e às atribuições dos pode- res estatais, aos direitos políticos e individuais dos ci- dadãos compõem a Constituição em sentido formal C) Por limitarem a atuação dos poderes estatais, as normas que regulam a ação direta de inconstitucio- nalidade e o processo de intervenção nos estados e municípios integram os elementos ditos limitativos Elementos da Constituição. José Afonso da Silva: A) Elementos Orgânicos B) Elementos Limitativos C) Elementos Sócio-ideológicos D) Elementos de Estabilização E) Elementos Formais de Aplicabilidade D) Os elementos formais de aplicabilidade são exte- riorizados nas normas constitucionais que prescre- vem as técnicas de aplicação delas próprias, como, por exemplo, as normas inseridas no Ato das Dispo- sições Transitórias. E) Distintivamente da Constituição analítica, a Cons- tituição dirigente tem caráter sintético e negativo, pois impõe a omissão ou negativa de ação ao Estado e preserva, assim, as liberdades públicas 4. (MPE-MA 2014 (adaptada).) Sobre a natureza ju- rídica e força de aplicação das previsões norma- tivas de direitos constantes do Preâmbulo da Constituição Federal de 1988, julgue: Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em uma espécie de introdução ao texto constitucional, um resumo dos direitos que permearão a textualização a seguir, apresen- tando o processo que resultou na elaboração da Constituição e o núcleo de valores e princípios de uma nação. ( ) Correto ( )Errado Estrutura da Constituição. Estrutura da Constituição: A) Preâmbulo; B) Parte Dogmática; e C) Disposições Transitórias. Estrutura da Constituição. Preâmbulo: www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA Direito Constitucional – Aula 01 Robério Nunes 2 “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercí- cio dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual- dade e a justiça como valores supremos de uma so- ciedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fun- dada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” Estrutura da Constituição. STF e Preâmbulo: “Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma de reprodução obrigatória na Constitui- ção estadual, não tendo força normativa” (STF, ADI por omissão 2076, j. em 15/08/2002). Estrutura da Constituição. c) Disposições Transitórias Exemplo do ADCT: “Art. 4º. O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março de 1990.” 5. (MPE-GO 2010) O preâmbulo é o pórtico da Constituição e revela a síntese do pensamento do legislador constituinte. Acerca de sua natureza jurídica, marque a resposta correta: A) Para o STF o preâmbulo constitucional deve ser contado como norma constitucional, integrando o ar- ticulado constitucional, possuindo eficácia jurídica plena B) O preâmbulo na CF/88 é dotado de força norma- tiva cogente, fazendo parte da declaração de direitos e, por isso, tomado como cláusula pétrea C) O preâmbulo, por expressa disposição constituci- onal, tem como finalidade a resolução das chamadas lacunas ocultas, que são aquelas decorrentes de erro do Poder Constituinte ou de desatualização da Cons- tituição D) Para o STF o preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e reflete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém relevância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor interpre- tativo das normas constitucionais, não servindo como parâmetro para o controle de constitucionalidade. 6. (CESPE – MP/RO – 2010) Assinale a opção cor- reta com referência ao conceito e à classificação das constituições: A) Para a teoria da força normativa da constituição - desenvolvida, principalmente, pelo jurista alemão Konrad Hesse -, a constituição tem força ativa para alterar a realidade, sendo relevante a reflexão dos valores essenciais da comunidade política subme- tida. B) De acordo com a classificação quanto à extensão, no Brasil, a Constituição de 1988 é sintética, pois constitucionaliza aspectos além do núcleo duro das constituições, estabelecendo matérias que poderiam ser tratadas mediante legislação infraconstitucional C) As constituições denominadas rígidas são aquelas que não admitem alteração e que, por isso mesmo, são consideradas permanentes D) Para o jurista alemão Peter Härbele, a constituição de um país consiste na soma dos fatores reais de po- der que regulamentam a vida nessa sociedade E) O legado de Carl Schmitt, considerado expoente da acepção jurídica da constituição, consistiu na afir- mação de que há, nesse conceito, um plano lógico- jurídico, em que estaria situada a norma hipotética fundamental, e um plano jurídico-positivo, ou seja, a norma positivada 7. (VUNESP – Juiz – TJ/MT – 2009.) Aponte a al- ternativa que corresponde aos respectivos auto- res ou defensores das seguintes ideias ou teorias do direito constitucional: conceito jurídico de constituição; poder constituinte; poder modera- dor; e controle judicial de constitucionalidade. A) Ferdinand Lassale; Konrad Hesse; D. Pedro I; e Montesquieu B) Konrad Hesse; Ferdinand Lassale; Rui Barbosa; e Rudolf Von Ihering C) Hans Kelsen; Emmanuel J. Sieyès; Benjamin Constant; e John Marshal. D) Carl Schimidtt; Ferdinand Lassale; Clóvis Bevila- qua; e Immanuel KantE) Hans Kelsen; Emmanuel J. Sieyès; Benjamin Constant; e Ferdinand Lassale 8. (CEFET – Promotor de Justiça – BA/2015) As diferentes formas de se compreender o direito acabam por produzir diferentes concepções de constituição, conforme o prisma de análise. (...). (NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional, 3 ed., Editora Método, 2009, p.101). Tendo como norte conceitual a doutrina do autor acima, ob- serve a seguinte formulação, realizada pelo mesmo, acerca do fundamento de uma constitui- ção: www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA Direito Constitucional – Aula 01 Robério Nunes 3 “(...) surge a ideia de constituição total, com as- pectos econômicos, sociológicos, jurídicos e filo- sóficos, a fim de abranger o seu conceito em uma perspectiva unitária (...)”. Trata-se da: A) Concepção sociológica B) Concepção jurídica C) Concepção política D) Concepção culturalista. E) Estão incorretas todas as alternativas anteriores 9. (TJ – MG – Juiz de Direito – MG/2014.) Sobre o conceito de Constituição, assinale a alternativa CORRETA. A) É o estatuto que regula as relações entre Estados soberanos B) É o conjunto de normas que regula os direitos e deveres de um povo C) É a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação, à forma- ção dos poderes públicos, direitos, garantias e deve- res dos cidadãos. D) É a norma maior de um Estado, que regula os di- reitos e deveres de um povo nas suas relações 10. (TJ – MG – Juiz de Direito – MG/2014.) Dentre as formas de classificação das Constituições, uma delas é quanto à origem. Em relação às ca- racterísticas de uma Constituição quanto à sua origem, assinale a alternativa CORRETA. A) Dogmáticas ou históricas (quanto à forma) B) Materiais ou formais (divisão clássica) C) Analíticas ou sintéticas (quanto à extensão) d) Promulgadas ou outorgadas. (quanto à origem) 11. (FCC – Juiz de Direito – RR/2015.) Constitui- ção rígida: A) dispensa forma escrita B) dispensa cláusulas pétreas. C) pode ser modificada por lei complementar D) exclui quaisquer mecanismos de controle preven- tivo de constitucionalidade E) pressupõe mecanismo difuso de controle de cons- titucionalidade 12. (Vunesp – Juiz de Direito – MS/2015) Conside- rando os diferentes conceitos de Constituição, abordados sob a ótica peculiar de diversos dou- trinadores, analise as seguintes manifestações sobre o tema: I. Constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem uma determinada nação. II. Constituição é a decisão política fundamental sem a qual não se organiza ou funda um Estado. Assim, é correto afirmar que os conceitos I e II podem ser atribuídos, respectivamente, a: A) Konrad Hesse e Carl Schimitt B) Ferdinand Lassale e Hans Kelsen C) J.J. Canotilho e Hans Kelsen D) Hans Kelsen e Konrad Hesse E) Ferdinand Lassale e Carl Schimitt. 13. (TJ – MG – Juiz de Direito – MG/2014.) Sobre a supremacia da Constituição da República, assi- nale a alternativa CORRETA. A) A supremacia está no fato de o controle da cons- titucionalidade das leis só ser exercido pelo Supremo Tribunal Federal B) A supremacia está na obrigatoriedade de submis- são das leis aos princípios que norteiam o Estado por ela instituído. C) A supremacia está no fato de a interpretação da constituição não depender da observância dos prin- cípios que a norteiam D) A supremacia está no fato de que os princípios e fundamentos da constituição se resumem na decla- ração de soberania 14) EJEF - TJMG - Magistratura - MG/2007. Dissertação: Constitucionalismo. Bons Estudos !! Facebook: www.facebook.com/prof.roberionunes Instagram: prof.roberionunes www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA Direito Constitucional – Aula 01 Robério Nunes 4 GABARITO 01. B 02. A 03. A) (Incorreta - A CF/ 88 é dogmática, formal) B) (Incorreta - Todas as normas escritas compõem a Constituição em sentido formal) C) (Incorreta - São elementos de estabiliza- ção constitucional) D) (Correto) E) (Incorreto - A Constituição dirigente é ana- lítica, prolixa, longa, volumosa, ampla e ex- tensa) 04. CORRETO 05. A) (Incorreto - Para o STF, o prêambulo não tem força normativa, portanto não é norma) B) (Incorreto - PARA o STF, o prêambulo não tem formça normatica) C) (Incorreto - Para o STF, o prêambulo não tem essa função.) D) (Correto) 06. A) (CORRETO) B) (INCORRETO – A CF/88 não é sintética, e sim prolixa (analítica), que é aquela corres- pondente à descrição da assertiva.) C) (INCORRETO – As constituições rígidas admitem alterações, porém feitas por meca- nismos diferentes da elaboração da lei co- mum.) D) (INCORRETO – A concepção sociológica não diz respeito à doutrina de Peter Häberle (A Constituição como um processo público), e sim aos ensinamentos de Ferdinand Las- salle.) E) (INCORRETO – A concepção jurídica não diz respeito à doutrina de Carl Schmitt, e sim aos ensinamentos de Hans Kelsen.) 07. C 08. D 09. C 10. D 11. B 12. E 13. B 14. RESPOSTA PESSOAL
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