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RÉPLICA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE CONCÓRDIA – SANTA CATARINA.
AUTOS Nº 000.321-25/2016.8.24-019
MARCOS ANTÔNIO ESPOSITO, já devidamente qualificado na inicial, vem mui respeitosamente, representado por sua genitora DOLORES APARECIDA BARON ESPOSITO, vem por intermédio de seus advogados infra assinados, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
DOLORES APARECIDA BARON ESPOSITO, já qualificada nos autos, vem por meio desta apresentar réplica à Contestação, no sentido de afirmar que os fatos elencados na contestação não condizem com a realidade que ora se apresenta pelo Requerido, uma vez que trata-se de tentativa de obscurecer os fatos, desviando a lide de seu real objetivo.
O Requerido exerce a função de motorista, como já dito na inicial, apesar de afirmar que está acometido de doenças graves o mesmo continua a exercer sua função habitual omitindo os fatos ora expostos.
 
Também não está em questão a propriedade do imóvel em que reside o Requerido, pois, a bem da verdade esclarece que seus pais residem em Bairro nobre e possuem uma situação financeira estável, com outros bens de estimado valor podendo ser comprovados através de busca no Registro de Imóveis na referida cidade.
A peça contestatória sofre irremediavelmente de falta de compromisso com a verdade, pois, da afirmação do Requerido quanto aos altos custos com o tratamento de saúde que ora está submetido, não condizem com a realidade, seguindo em anexo documentos comprobatórios de que o mesmo ingressou com ação junto ao Ministério Público pleiteando por ajuda nos medicamentos os quais necessita, sendo deferido liminar favorável ao Requerente.
REITERA O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE ALIMENTOS, amparado pelas provas inequívocas da verossimilhança das alegações da Requerente nos autos do processo, pressupostos esses ensejadores da concessão da medida, na forma do artigo 273 do CPC.
.
Nos autos existem provas inequívocas da verossimilhança das alegações do Suplicante. Tanto que não foram impugnados pelo Requerido.
Há fundado receio de dano irreparável, na medida em que o Suplicante, não podendo arcar com o ônus do valor exacerbado da obrigação alimentar, tornar-se-á inadimplente ou deixará de cumprir com outros encargos, colocando em risco a sua própria sobrevivência. 
Não há perigo de irreversibilidade do provimento antecipado pois a qualquer momento poderá o Suplicante ser demandado para pagar diferenças, numa eventual decisão final que lhe seja contrária. 
A norma substantiva civil é clara ao prever a possibilidade de mudança da situação financeira de quem supre os alimentos (art. 1699, C. Civil). E este fator de desequilíbrio do binômio está fartamente demonstrado.
A regularização da visita ao Requerido nos termos do Acordo de Regulamentação de Visitas e Alimentos (fls. 37) é medida que se impõe, pois que não pode o Suplicado demandar o cumprimento da obrigação do Suplicante quanto à pensão alimentícia, estando o cumprimento da outra obrigação do acordo a descoberto (ar. 476 C. Civil 2002).
Pelo exposto, REQUER:
reiteradamente, a antecipação da tutela antecipada, conforme fundamentação supra, presentes os requisitos autorizadores da sua concessão;
a procedência do pedido, alterando-se a pensão alimentar para 50% do salário mínimo nacional, a ser depositado até o dia 10 de cada mês, em conta bancária em nome da represenante do Suplicado;
a condenação do Suplicado no pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, na forma do artigo 11 da Lei 1060/50;
Termos em que,
P. E. Deferimento.
Rio de Janeiro, 07 de dezembro de 2003.

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