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Analise do modelo administrativo Sul Coreano e Sueco baseado na leitura do livro

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 
 
 
MATHEUS VIEIRA DA CUNHA R. (00191536) 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO MODELO ADMINISTRATIVO SUL COREANO E SUECO BASEADO 
NA LEITURA DO LIVRO: “A ADMINISTRAÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO E A 
RENOVAÇÃO” DE OMAR AKTOUF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 
23 de Junho de 2014 
Introdução 
É importante destacar, que ambos os modelos a serem analisado neste texto, foram 
implementados em sociedades com uma identidade cultural muito forte, um espaço geográfico 
relativamente pequeno ou médio e mais importante ainda, ambas as sociedades foram 
fortemente abaladas por crises tanto de caráter cultural quanto social e econômicos. 
Destaco essas observações pois, ao ler ambos os textos no livro de Omar Aktouf, eu tentei fazer 
uma parênteses ou uma relação qualquer com a situação brasileira e se possível, procurar 
explicações ou até mesmo possíveis soluções para o nosso modelo administrativo-político. Com 
a leitura cuidadosa do texto conclui o quanto essas características foram decisivas para o sucesso 
da Coréia do Sul e Suécia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coréia do Sul 
Além do surgimento da Coreia medieval ter sido basicamente marcada por conflitos, a península 
coreana moderna – surgida no sec. XX – foi fortemente influenciada pela invasão e anexação de 
seu território por reinos vizinhos. No ano de 1910 o Japão invadiu e anexou a Coreia “Unificada” 
ao seu território, em parte devido ao seu programa expansionista, em vigor na época, em parte 
para afrontar diretamente o seu vizinho chinês. Em 1945 foi a vez dos Estados Unidos da América 
penetrarem o território coreano na tentativa de criar uma zona militar que afronta-se a extinta 
URSS. Essa tomada por parte dos americanos criou um clima propício para um conflito que 
iniciou-se em 1950 e foi interrompido em 1953 com um cessar fogo – importante destacar que 
foi um cessar fogo e não um armistício ou um tratado de paz que encerrou o conflito na época, 
esta diferença é vital para entender a situação política assim como clima social da península nos 
dias atuais. 
Esse contexto histórico é importante para analisar a sensação de unidade patriótica que existe 
na Coréia do Sul. Como destaca Omar Aktouf: “Com isso o patriotismo sul-coreano teria sido 
um forte fermento eficaz na luta pelo desenvolvimento”. Essa identidade cultural pode ser 
observada também na Suécia, como será visto mais adiante. 
Além dos eventos históricos conflituosos, que a Coréia do Sul passou, a doutrina religiosa 
adotada pelo povo, faz parte da cultura coreana e portanto merece destaque e analise. 
A espiritualidade, ou religiosidade de um povo, assim como a existência de várias linhas ou não 
de pensamento religioso, é parte fundamental da personalidade cultural de uma nação. Como 
parte dessa identidade a religião é responsável pela compreensão filosófica. A religião, mais do 
que influenciar um indivíduo, têm por objetivo a “manipulação” das massas. O termo 
“manipulação” não deve ser interpretado de forma pejorativa, pois o objetivo de qualquer 
ordem de pensamento filosófico-espiritual é a doutrinação e o encaminhamento de uma 
unidade espiritual, não limitando-se apenas ao indivíduo ou grupo familiar, mas transcendendo 
o coletivo local e nacional. Essa sensação de fazer parte de algo maior e de estar predestinado 
a cumprir o destino escolhido por uma força superior é importante para o desenvolvimento de 
um colegiado voltado para a unidade da sociedade. Dessa forma, o confucionismo cumpriu com 
as expectativas de liderar um movimento de desenvolvimento socioeconômico, no que diz 
respeito a parte de um entendimento social. “A doutrina confucionista valoriza a pratica do Jen 
(humanidade, bondade, generosidade e caridade), que vai do indivíduo à família, ao estado e à 
humanidade, progressivamente”, como é destacado por Omar Aktouf. 
O confucionismo é parte fundamental do pensamento coletivista e da necessidade de 
desenvolvimento que surgiu na Coréia do Sul na segunda metade do século XX. 
A moral confucionista doutrina, o indivíduo e o coletivo, para obedecer uma ordem 
predestinada, por uma “força superior”. Esse é o ideal do destino, que obriga o indivíduo a 
aceitar seu papel social no plano carnal. Basicamente o Jen é uma doutrina do “não 
questionamento”, isso cria uma ordem hierárquica natural que deve ser seguida visando o bem 
comum, acima do bem próprio. 
Uma análise da doutrina religiosa na Coreia do Sul nos permite observar relações com o modelo 
Weberiano de burocracia, assim o sistema Fayolista, onde em ambos os modelos, uma rígida 
doutrina de obediência as normas preestabelecidas devem ser seguidas para o bom 
desenvolvimento do sistema. Novamente, é importante salutar a necessidade de observação no 
modelo religioso da Coreia do Sul pois ela é parte significativa do sucesso coreano. A doutrinação 
deles deve ser tratado como um pilar do pensamento social. 
O que eu considero como sendo essencial para a construção de uma sociedade qualificada para 
competir no mercado internacional é acima de tudo o ensino. Tendo um ensino qualificado - 
especialmente o ensino público - e de acesso condizente com as classe sociais, a administração 
poderá voltar sua atenção para as demais áreas de interesse público. A Coreia do Sul percebeu 
essa necessidade no início do seu programa de planos quinquenais e não tardou a solucionar os 
déficits. O modelo de industrialização sul coreano necessitava de uma grande estrutura de mão 
de obra qualificada, técnica e especializada. Para sanar essa disparidade, o governo lanço em 
1974 uma lei visando a formação de tais profissionais. No entendimento da administração 
governamental as empresas e grandes conglomerados, têm funções sociais que se estendem a 
mera conquista de mercado e lucro. “Não existe responsabilidade social nas empresas sem o 
apoio do estado”. (Nota de Aula – 7 de abril de 2014). Para Peter Drecker: “a sociedade é 
formada por organizações que necessitam contribuir com a própria sociedade – começa a ideia 
de responsabilidade Social”. (Nota de Aula – 5 de maio de 2014) 
A carta de direitos humanos – da qual a Coreia do Sul é signatária – prevê que o exercício de 
uma profissão digna é um direito natural devendo ser assegurado pelos governos. Dessa forma, 
por algum motivo os sul coreanos observaram que além de propiciar a condição para que todos 
os cidadãos sejam empregados e exerçam uma atividade remuneratória digna, as empresas 
devem ajudar o governo, e portanto o povo, na formação profissional de seus compatriotas. 
Essa decisão fez com as dívidas públicas fossem reduzidas, uma vez que transferia parte da 
responsabilidade social do governo para as empresas. No âmbito da gestão, isso melhorou o 
rendimento técnico das empresas, pois agora elas voltavam a atenção dos alunos para áreas 
que eram essenciais para o desenvolvimento da organização. “Drecker teoriza sobre o 
investimento tecnológicos sem desprezar o fator humano”. (Nota de Aula – 5 de maio de 2014) 
É importante observar que isso gerava uma condição de vassalagem e suserania entre os 
empregados e empregadores, uma característica da Escola das Relações Humanas, o autor não 
cita isso durante a obra essa é uma conclusão minha fundamentada nos meus estudos e na 
seguinte afirmação: “o trabalhador vem sendo cada vez mais valorizado, quer pelo seu nível de 
educação, quer pelo seu salário [...]”. (Irene Chedaux, “A motivação: Taylor morreu”, Les 
informations, Paris, maio de 1970). Omar Aktouf enfatiza mais de uma vez o como o ensino 
superior, ou técnicoé importante para a família Sul Coreana, obter um diploma é mais do que 
uma conquista é um dever dos jovens para obterem uma boa posição social, as empresas se 
apropriam dessa necessidade e criam um laço de falsa relação emocional. 
Ao saírem do ensino regular, os jovens tem uma carga grande de conhecimentos gerais, 
científicos, sociais e humanísticos. Contudo, existe um déficit considerável na área técnica-
tecnológica, que deverá ser sanado pelo sistema universitário do pais. Grande parte das 
universidade na Coreia do Sul são públicas, e a entrada nesses centros de ensinos são acirrados. 
Omar Aktouf ressalva esses aspectos várias vezes. Da mesma forma Salomé e Charmes chamam 
a nossa atenção para um fator interessante. 
“DURANTE OS PRIMEIROS PLANOS QUINQUENAIS, A ESTRATÉGIA DE INDUSTRIALIZAÇÃO 
PELA PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES NÃO NECESSITAVA DE MÃO DE OBRA MUITO 
QUALIFICADA E TINHA ACOSTUMADO OS EMPREGADORES A SE APOIAREM INTEIRAMENTE 
EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ENSINO PARA SATISFAZER AS SUAS NECESSIDADES. OS 
EMPREGADORES PARECEM TER CONSIDERADO ESTA LEI COMO UM ABANDONO, PELO 
ESTADO, DE UMA DE SUAS FUNÇÕES ESSENCIAIS” (SALOMÉ E CHARMES, 1988, P. 49) 
[COMO CONSTA NO LIVRO DE OMAR ARTOUF] 
Essa observação são realmente interessantes. Em parte as empresas tinham razão, isso não 
deixava de ser uma maneira do governo de se isentar de parte das suas atribuições primárias, 
não obstante, podemos entender com uma manobra social para aproximar a empresa das 
necessidades dos empregados e contribuir para os planos administrativos que estavam em vigor 
na época. Os planos quinquenais tinham por objetivo garantir as necessidades básicas da 
população, diminuir a necessidade de produtos importados e aumentar as quotas de 
exportação. Para obter-se êxito nesses objetivos de longo prazo o investimento pesado em mão 
de obra qualificada e no aprimoramento do sistema de ensino era essencial. Como as empresas 
iam se beneficiar com o investimento pesado do governo, por que não as empresas ajudarem 
no próprio desenvolvimento? Uma característica da ERH, é o falso afeto e a criação de um 
vínculo do empregado com a organização, algo que pode se aproximar de um regime de 
suserania e vassalagem, como eu já havia dito. Uma falsa dependência emocional e uma 
verdadeira dependência financeira que induz o empregado ao comportamento esperado e 
desejado pela empresa, visando nada além do lucro e o alto desempenho. Destaquei essa 
relação com a ERH, pois as empresas da época certamente aproveitaram-se dessa situação, o 
que me faz pensar que parte do questionamento das organizações foram infundadas, uma vez 
que elas certamente saíram ganhando com a situação. 
Os planos quinquenais, que tiveram início em 1962 durante o governo do General Parck, foram 
e ainda são o maior feito no âmbito administrativo governamental da Coreia do Sul. Sem esses 
planos e a mobilização social completa para que os modelos fosse bem sucedidos a Coreia do 
Sul não teria obtido o êxito que obteve, que podem ser observados nos números e dados 
econômicos no mesmo período além da visível qualidade de vida alcançada. 
O primeiro plano iniciado em 62’ tinha como objetivo eliminar as necessidades que a Coreia do 
Sul tinha com os aliados internacionais. Basicamente eles queria poder sustentar por conta as 
próprias dívidas e gerar renda para a sociedade. O primeiro foco desse novo tipo de 
investimento foi na “indústria branca” – como o autor chama. 
“Para escapar a dependência vis-à-vis à ajuda externa e gerar as divisas 
necessárias ao desenvolvimento, o Governo orientou-se em seguida, de 
forma radical, para as atividades de exportação, que passaram a ter 
prioridade absoluta” 
(A Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 50) 
Após ser dado início essa fase o Governo Sul Coreano priorizou as exportações, atraindo capital 
para ser reinvestido. Essa mudança de perspectiva fez as exportações da “indústria branca” 
superar a primária, aumentando 15 vezes a sua participação do PNB nacional. 
O segundo plano que iniciou-se em 67 visou o aumento do setor industrial pesado e da 
tecnologia petroquímica. Nesse período o aumento de exportações de equipamentos 
eletrônicos também foi relevante, antes limitados tecnologicamente pelo maquinário deixado 
pelo invasores, até meados de 80’ a Coreia do Sul tinha participação significativa na criação e 
exportação de tais produtos em escala global. 
No terceiro plano foi dado uma atenção especial a indústria pesada, especialmente a naval que 
até então despendia de boa parte da receita dos planos, agora passava a ser uma das 
prioridades. É interessante observar que foi mais ou menos nessa época que a Samsung passou 
a ser um dos gigantes que é hoje. Na época o símbolo deles era um escudo com uma ponta de 
lapiseira e a poupa de um navio, o que demonstrava que a zaebol estava presente desde a 
construção de grafite para escrita até a construção de petroleiros. 
Agora vamos tentar observar o porquê do êxito desses planos. 
Na época, em que os três primeiros planos foram iniciados, o projeto de redistribuição da 
responsabilidade social do Governo não tinha sido iniciado, portanto, existia uma grande 
quantidade de mão de obra barata e desempregada no território coreano. Os especialistas e 
técnicos ainda eram importados, em parte, e a formação da nova geração ainda estava 
engatinhando. Até meados dos anos 90’ os trabalhadores não tinham direitos individuais, seus 
direitos trabalhistas eram mínimos – para dizer pouco –, em parte por conta do pensamento 
confucionista que citei antes. Além disso, os conglomerados conhecidos como zaebols tinham 
privilégios concedidos pelo governo como, baixa nos juros, créditos para exportação, etc. Quem 
pagou a conta dessas medidas foram os pequenos e médios empresários que eram fracos 
demais para concorrer com as grandes industriais. 
A ideologia das zaebols é algo extremamente significativo para a cultura sul coreana. Toda a 
gestão dessa estrutura de privilégios, monopólios e oligopólios foi decididamente 
responsabilidade da intervenção do estado. Após as guerras que devastaram a nação, o Governo 
coreano precisava levantar a economia e fazer a máquina econômica girar novamente. 
As zaebols, com suas redes de informações em escala global propiciaram isso para o estado. O 
Governo favoreceu esse modelo administrativo até meados do ano de 1988 com o intuito de 
mover o modelo dos planos quinquenais. Além da escala global das zaebols é preciso observar 
a existência de industrias manufatureiras, cujo único propósito é servir de montadora para uma 
cliente, geralmente uma zaebol. Pode ser feito um paralelo desse sistema com as cooperativas 
de terceirização no Brasil, que a partir da abertura de mercado com Collor e FHC começaram a 
surgir para suprir as brechas deixadas pela privatização de várias funções do governo. Um 
parênteses que pode ser feito é com a situação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
que terceiriza funções de manutenção necessárias para o funcionamento da universidade, 
muitas dessas cooperativas possuem apenas a UFRGS como cliente. 
Essa rede de micro e média empresas satélites, das zaebols, permite uma maior troca de 
informações na cadeia produtiva e facilita na resolução de problemas durante a montagem. 
Como o autor destaca: “Este sistema facilita as trocas de informações e favorece a parceria na 
busca de soluções comuns.”. (A Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 
55). Essa é uma característica do modelo da Teoria Geral do Sistemas (TGS). Um dos princípios 
desse modelo é a troca de informação dentro da organização, contudo, no caso da organização 
das empresas satélites que existem na Coreia, essa trocade informação é notoriamente mais 
complexo. Além de passar pela administração da zaebol, há uma troca de informação entre 
organizações que ocorre no mesmo ritmo e sincronismo. “Sistema é a ideia de um conjunto de 
elementos interligados para formar um todo. Esse todo apresenta propriedades e características 
próprias que não são encontrados em nenhum dos elementos isolados”. (Chiavenato, p. 252). 
Lembrando que esse modelo está aplicado em escala nacional, a permeabilidade que existe nos 
conglomerados existe também entre o governo e as empresas e as próprias zaebols. 
“Além disso, a sistematização dos métodos de melhoria contínua do desempenho dos sistemas 
de produção (kanba, just in time) teve como efeito o reforço da coordenação e da articulação 
entre a empresa dirigente e seus subcontratados”. Além disso o autor fala: “Membros do 
pessoal técnico do zaebol são frequentemente destacados para as cadeias de produção ou 
montagem do subcontratado, sendo diretamente responsáveis pelo desempenho a atingir”. (A 
Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 56). Fica complicado dizer se a 
estrutura dessas organizações tão complexas pode ser considerado um sistema aberto ou 
fechado - nos moldes da TGS. Existe uma variação na característica a medida que os problemas 
surgem então basicamente a organização está sempre moldando-se conforma a necessidade 
em um grau extremamente acelerado, o oposto do modelo burocrático de Weber e 
estruturalista de Fayol. 
Não obstante, a cadeia diretiva - ou o “estado-maior”, como Omar Aktouf cita – possui uma 
característica que parece ser completamente a parte do restante da organização. No livro é 
enfatizado o fato das organizações serem familiares para possuir uma estrutura tão rígida nesse 
aspecto. A leitura apresenta um significado medieval, beirando ao significado arcaico da palavra. 
Lembrando que a estrutura da Coreia do Sul é fortemente familiar, com o homem como chefe 
e centro da família e, seguindo a lógica confucionista do Jen, é necessário um reconhecimento 
do estado natural e predestinado imposto pelo universo nessa cadeia. 
Essa característica do órgão diretor da empresa é profundamente semelhante as características 
de Fayol. Pois não necessariamente o executivo, chefe da organização, tem capacidade para 
exercer a função, todavia, como é o seu “destino”, muitas vezes, uma pessoa incapacitada 
exercera a função. Isso gera um círculo vicioso de incompetência que deve ser sanado de alguma 
forma, no caso das zaebols a solução está dentro da organização complexa que dirige o 
conglomerado. Ainda assim as falhas são ressaltadas pelo autor no seguinte trecho: “Num 
recente estudo sobre 41 zaebol, entre os mais importantes, Chung (1993) coloca o problema da 
falta de integração entre as funções de produção e planejamento. Constata o isolamento entre 
os centros de planejamento estratégico e os centros de produção que, segundo ele, tomam 
poucas iniciativas e são pouco criativos.”. (A Administração entre a Tradição e a Renovação, 
Omar Aktouf, p. 57). Na estrutura Fayolista, o responsável pela administração é o funcionário 
com tempo de serviço que tenha cumprido as metas e dessa forma foi recompensado com 
promoções, podendo atingir pontos chaves na administração da empresa. Nas zaebols, mesmo 
que esse princípio possa ser utilizado para melhorar o desempenho da organização, as famílias, 
donas das empresas, costumam ser as portadoras das posições chaves dentro da organização. 
Isso dificulta a “visão global” da organização, contudo, geralmente, devido à alta renda dessa 
classe mandante, os sucessores familiares possuem alto grau de escolaridade e quase sempre 
em centros acadêmicos de grande valor internacional. Uma característica do modelo 
burocrático é justamente essa qualidade do profissional dentro da sua área de formação, 
contudo, não consigo analisar maior semelhança do modelo familiar das zaebols com o modelo 
weberiano. 
Um ponto interessante do livro é a lista de comparação feita pelo autor Jackson (apenas citado) 
entre os pontos forte e ruins dessa forma de estruturação. Chamou minha atenção para a lista 
de pontos fracos constatada na página 59, pois no decorrer da leitura – e baseado nos 
ensinamentos ao longo do semestre – conclui o mesmo sobre o modelo administrativo da 
coreia. Mesmo tendo essa característica de sistema fechado, conforme TGS, a estrutura coreana 
das organizações tem fortes semelhanças com os sistemas abertos pela troca constante de 
informações e matéria com o meio em que está inserido, não somente na península coreana e 
na Ásia mas em todo o globo. 
O investimento tecnológico desferido pelos conglomerados e o investimento em educação são 
a maior herança desse modelo. Mesmo tendo a disparidade que há nas classes sociais e na 
distribuição de renda, os coreanos possuem uma qualidade de vida notável, tanto pelas 
facilidades que a tecnologia pode proporcionar quanto pela lógica filosófica adotada pela 
sociedade. 
 
Suécia 
Omar Aktouf, inicia o capitulo 3 chamando o modelo sueco de “terceira via”. Ao terminar a 
leitura do capitulo a impressão que me passou foi, não, há uma “terceira via”, mas a proposta 
de uma “primeira via”. Muito provavelmente é presunção a minha dizer isso, admito, contudo, 
a filosofia de organização social dos suecos é – na minha humilde opinião – um exemplo de 
democracia e de organização, tanto social quanto governamental. 
A estrutura e disciplina organizacional sueca pode ser interpretado como uma organização 
“socialista” (como o autor mesmo ressalva na página 69), todavia a leitura cuidadosa do capitulo 
atendo-se aos fatos históricos em que a sociedade se inseriu, ao longo do séc. XX, nos permite 
evidenciar as necessidades enfrentadas pela população para se manter ativa no cenário 
econômico mundial. Os modelos de cooperação e participação dos membros da classe operária 
nas decisões do concelho diretor além das intervenções estatais, que foram necessárias, são um 
exemplo de sucesso que pode ser observado igualmente no Japão e Alemanha pós-guerra. 
 Na análise do modelo coreano eu ressaltei a profunda influência que o confucionismo gerou 
naquela sociedade e o quão relevante essa filosofia era para a manutenção e desenvolvimento 
do modelo. No caso sueco a linha religiosa, ou filosófica, é a Luterana. A mesma linha em que o 
modelo weberiano foi baseado, no idioma alemão o beruf possui mais do que o mero significado 
de trabalho ou função empregatícia, é parte da pessoa (Ich bin ... von Beruf!) - o inglês segue a 
mesma lógica. Como eu já havia dito antes, na carta dos Direitos Universais do Homem, o laboro 
é visto não somente como uma função econômica, mas como uma função social e mais ainda 
um direito assegurado universalmente a todos os homens em condições de exercer tais funções. 
“[...] o trabalho é considerado mais como um direito fundamental do cidadão 
e como um fator de respeito de sua dignidade de ser humano [...]” 
(A Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 70). 
O valor do trabalho nos países de corrente protestantes é evidentemente acentuado. 
Diferentemente dos Estados Unidos da América, na Suécia existe um incentivo governamental 
para a produção, que servi tanto para o mercado interno manufatureiro quanto no mercado de 
importação altamente industrial. Essa influência do estado é um contraste com o ideal liberalista 
estadunidense, pois o modelo administrativo sueco está mais preocupado com a manutenção 
do emprego do cidadão e na distribuição equitativa da renda obtida pelas empresas altamente 
familiares e fechadas. 
O modelo sueco é baseado na negociação das classes dos empregados e empregadores 
mediados pelo governo. A disparidade dascondições sociais é corrigida pelo poder que os dois 
maiores centros sindicais do pais possui. No meu estudo não encontrei referência se há algo 
semelhante a justiça trabalhista que há no Brasil, contudo, as leis do acordo padrão de 1938 e 
70’ deixam claro que talvez não haja necessidade de um poder político específico para isso 
naquele pais, uma vez que os próprios sindicatos – tanto do trabalhadores quanto dos 
empregadores – fazem essa mediação em conjunto com o Estado. 
Na introdução da CLT brasileira, fica citado que a necessidade de um conjunto de normas ditadas 
pelo Estado e validas a toda a esfera econômica brasileira é por consequência da disparidade 
econômica que existe entre a classe empregada e empregadora, e possui como objetivo garantir 
o cumprimento – por parte dos empregadores, que são os principais agentes econômicos – os 
direitos do cidadão. Portanto, no Brasil a justiça trabalhista é o peso da balança que tende para 
o empregado. 
Fiz essa ressalva no parágrafo anterior, pois considero importante essa semelhança entre o 
modelo sueco e brasileiro. É um fator que aproxima o Brasil da capacidade administrativa das 
grandes potências, pois hoje é impensável consternar ou mesmo questionar a relevância da CLT. 
A partir de 60’, o modelo do acordo-padrão começou a passar por modificações, mantendo 
sempre os princípios solidariedade salarial e da responsabilidade social dos grupos sindicais. 
(Omar Aktouf, p. 71). Para manter o padrão estabelecido anteriormente, durante as crises dos 
anos 70’, o governo criou e adotou para si várias funções que antes eram de empresas 
particulares criando dessa forma uma rede de serviço público extremamente intensa e 
complexa. 
Outra característica particular dos suecos e realmente relevante é a busca constante da 
população por aprimoramento e formação. Como fica destacada no livro nas páginas 72 e 73, o 
povo sueco, especialmente a classe operária, é uma leitora assídua o que reforça a capacidade 
tecnicidade da população, fazendo dessa mão de obra uma das mais qualificadas no cenário 
europeu e global. O modelo burocrático de Weber ressalva a necessidade de uma mão de obra 
especializada e qualificada, para cumprir com as premissas da lógica filosófica Luterana essa 
condição é indispensável. 
Nos anos 90’ o modelo sueco passou por sérios problemas e intervenções, mudando 
drasticamente algumas de suas características. Até então o modelo sueco podia ser interpretado 
como uma administração altamente burocrática e portanto um sistema fechado, conforma a 
TGS, o que causou sérios problemas e disparidades com o mercado europeu. Tentado reverter 
a situação o novo governo, de 1991, iniciou estudos e programas de reestruturação do plano 
administrativo em exercício. Vários benefícios obtidos pala categoria dos empregados ao longo 
dos anos de 50’ até 80’ tiveram de sofrer alterações drásticas. 
Essas mudanças no modelo não foram exatamente uma complicação do ponto de vista 
gestionário, contudo, a perda dos privilégios certamente não deve ter agradado a sociedade 
acostumada com um padrão de vida muito pouco visto nos países mais desenvolvidos do 
ocidente. Medidas essas que asseguravam o pleno emprego – meta constante do governo –, um 
número significativo de pessoas ativas no mercado de trabalho, reduções de gastos com 
medidas sociais entre outros. No âmbito empresarial, o governo aliviou consideravelmente a 
pesada carga tributária que gerava equidade salarial e de renda e no âmbito público, os anos 
90’ na Suécia seguiram a tendência global do neoliberalismo que privatizou muitas das funções 
atribuídas à responsabilidade do estado. 
Todo essa nova perspectiva da Suécia com o mercado europeu e mundial gerou modificações 
significativas do modelo burocrático para algo mais semelhante a Teoria Geral do Sistemas. A 
sociedade, o governo, as empresas suecas, não poderiam mais ignorar a influência que o meio 
ambiente econômico e comercial geravam. “Os sistemas abertos são aqueles que mantém um 
jogo de forças com o meio, sempre objetivando a qualidade e otimização dos elementos vivendo 
um processo de adaptabilidade constante, ou seja, um processo de aprendizagem contínuo.”. 
(Nota de Estudos). 
Na área da pesquisa e do desenvolvimento, pelo contrário, a Suécia não ficou à mercê e prestou 
grande investimento a empreendimentos e pesquisas, tanto nas áreas de ciência de ponta, 
quanto nas ciências básica, de bem estar e industrial. No livro o R&D dispensado pelo governo 
em 1985, e indústria, estava na faixa dos 2,7% do PIB, hoje esse valor caiu para 1,3% - segundo 
pesquisa realizada pelo jornal Deutsch Welle em fevereiro de 2014 – o que é uma infelicidade, 
contudo, o mercado atual (especialmente no cenário europeu) não está muito propício a 
pesquisa e desenvolvimento científico. Parte da responsabilidade é da recente crise econômica 
e parte é devido o modelo mais liberal que a Suécia adota atualmente. 
Em 1984 o governo lançou um projeto que visava conceder uma ajuda de custo para as 
pequenas e médias empresas desenvolverem programas de pesquisa e melhoria nos seus 
produtos e nas suas linhas de montagem. Da mesma forma influenciou as empresas de grande 
porte permitindo a elas que fosse deduzido parte do investimento atribuído a pesquisa direto 
na folha antes da tributação. Todas essas informações constam no livro nas páginas 77 e 78, 
estou apenas parafraseando para ressaltar o valor que o modelo sueco Weberiano dava ao 
desenvolvimento nas técnicas empregadas nos processos industriais e também nos programas 
de bem estar social. Diferentemente da ERH, o modelo sueco não visava, ou pelo menos a partir 
da leitura me permito concluir dessa forma, que houvesse uma falta de sensibilidade com as 
condições de vida dos trabalhadores. As empresas e o governo não eram permitidos subjugarem 
os cidadãos e suas necessidades reais. A falsa sensação emocional tão difundida pela ERH, que 
deveria haver entre organização e quadro de funcionários, não era vigente durante todo o 
processo de industrialização e melhoria da nação. 
A Suécia é um pais polar, com uma alta taxa de indústria mais ao sul na região do mar balcânico 
e no norte com um alto índice de florestas primevas de pinhos e coníferas. 
Dessa forma, a Suécia é um dos grandes expoentes na produção de celulose, tendo um cuidado 
especial para garantir a qualidade e segurança ambiental tanto na exploração quanto no 
refinamento dos produtos finais. Da mesma forma a siderúrgica sueca é de excelente qualidade 
sendo um dos responsáveis pelo rápido crescimento vivido pelo pais durante o final do século 
XIX. Até hoje as indústrias florestais e siderúrgicas na Suécia estão entre as que mais empregam 
melhorias no processo de produção, tendo um dos matérias mais requisitados pela indústria e 
mercado global. 
“[...] a Suécia teve que enfrentar um conjunto de crises e problemas que 
também sacudiram outras economias do mundo: crise de energia, inflação, 
desemprego, burocracia, etc. Como todo pais de pequena dimensão, a Suécia 
depende bastante do comercio internacional. As capacidades de cooperação 
e de mobilização negociadas por seus diferentes agentes socioeconômicos 
são as responsáveis por ter permitido sair-se das crises bem melhor que 
muitos dos outros países.” 
 
(A Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 80) 
Essas crises foram em parte pelo modelo burocrático adotado por tanto tempo na administração 
sueca, contudo o autor ressalta em vários trechos, e eu repito aqui, a capacidade do povo sueco 
de adaptar-se e abrira mão de condições até então imutáveis em prol da sobrevivência e 
manutenção de um padrão de vida digno. Uma entre as várias medidas que a Suécia tomoufoi 
o congelamento das demissões, o que já não era costumeiro pelo modelo do acordo-padrão, a 
diminuição de salários frente acordos coletivos, e reduções de benefícios geridos pelo Estado. 
“Com o apogeu da industrialização, intensificou a luta contra o aparecimento 
de um cidadão médio, anônimo, instrumento assalariado ou mercadoria 
intercambiável entre empresas que compram seu trabalho. Inicia-se assim, a 
tentativa de aproximação do empregado e de seus problemas. Segue-se a 
edição de uma série de leis sobre a qualidade de vida no trabalho, vista pelo 
ângulo mais amplo: o bem-estar e a satisfação tanto material quanto 
psíquica.” 
(A Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 81) 
Destaquei esses dois trechos pois a leitura deles me remeteu as diferenças que encontrei com 
o modelo sul coreano. Toda a estrutura do emprego e a diferença entre as filosofias adotadas 
são marcantes. Mesmo podendo se dizer a semelhança que existe entre o beruf, nórdico-
germânico, e o ideal social confucionista do emprego e do destino social do empregado as 
diferenças são berrantes. Onde na Suécia o empregado tem direitos iguais aos do empregador 
e o estado serve apenas de mediador nos conflitos e decisões, assim como exerce a função de 
reguladora e executora, na Coréia do Sul o empregador está “divinamente” acima do empregado 
e mesmo tendo uma regulamentação por parte do estado, o empregado é apenas um produto 
– como o autor mesmo diz – “uma mercadora assalariada”. 
O último parágrafo que citei, remete ao pensamento da ERH, não obstante, na minha 
compreensão eu acredito que ele reforça o que eu já havia dito: “Diferentemente da ERH, o 
modelo sueco não visava, ou pelo menos a partir da leitura me permito concluir dessa forma, 
que houvesse uma falta de sensibilidade com as condições de vida dos trabalhadores”. As 
intenções do Governo de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no ambiente de 
trabalho não visava apenas a melhoria da produção, para isso bastaria adotar um modelo mais 
rígido fayolista ou fazer uso massivo de robôs – o que no livro fica claro o efeito oposto. A 
administração sueca não dispensou o valor do operário frente a modernização e a escala de 
produção acentuada proporcionada pelo maquinário. Ao contrário eles fizeram o caminho 
oposto, elevando o trabalho manufatureiro a um patamar de “sinônimo de qualidade”. Uma 
evidência clara da teoria de Drucker pela valorização do fator humano tanto quanto do 
desenvolvimento e melhoria tecnológica, correspondente a Escola das Relações Humanas, 
todavia essa perspectiva só foi possível graças ao empreendimento da Teoria Geral dos Sistema 
empregada ao longo das últimas décadas. 
No âmbito da gestão, o excesso de formalismo, destacado por Merton no modelo de Weber, 
não é tão presente quanto se esperaria para um conjunto de organizações que se baseia nesse 
modelo. Mais um dos efeitos da TGS empregado pela administração sueca, uma vez que a 
dificuldade de comunicações é predominantemente um dos maiores entraves do modelo de 
Weber. Eliminando essas etapas de formalismo, as organizações, sindicais, empresarias, 
governamentais, etc. Puderam dedicar-se as falhas concretas do sistema e baseado no modelo 
de cooperativismo que já vimos, a Suécia pode transpor diversos dos desafios impostos pelo 
isolamento auto imposto a estrutura do mercado europeu e liberal-ocidental. Além da quase 
ausência de formalismo e normas, dentro da estrutura das linhas de montagem, ou como é 
chamado pelo autor na “cadeia de produção”, é vigorado uma ausência de “chefia”. A ideia de 
um gerente ou diretor, “um carrasco do patrão”, não é vista. Os funcionários das diferentes 
esferas da linha de produção escolhem entre si, com total liberdade, um membro do grupo, que 
deverá ser aprovado pelo sindicato laboral, como seu representante e “tutor”, elevando dessa 
forma a função de chefe a algo mais próximo de um “Líder”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Uma frase no subcapitulo do livro chamou minha atenção pois eu compreendi ela como um 
resumo quase que perfeito dos capítulos dois e três. 
“Mas antes de ser uma política ou uma forma específica de ação e de 
proteção social, o modelo sueco é uma construção simbólica, um discurso 
ideológico cuja força de legitimação deve-se a sua justificação democrática.” 
(A Administração entre a Tradição e a Renovação, Omar Aktouf, p. 85) 
Estendendo essa frase ao modelo coreano eu obtive uma perspectiva muito maior do assunto 
tratado em ambos os textos. 
Tanto o modelo sueco quanto o coreano, são moldes, símbolos, ideais. Ao longo dos capítulos 
ficou evidenciados que ambos os sistemas passaram por dificuldade significativas e o único meio 
que ambos encontraram para a sobrevivência do padrão de vida obtido, foi a capacidade de 
adaptabilidade, na sua realidade demográfica e geográfica, com o restante do cenário 
econômico-político. Esses são as característica mais significativas dos dois modelos. Podemos 
fazer a análise e comparar com os quase infinitos ideais administrativos e não conseguiremos 
compreender com plena capacidade as tomadas de decisões nos diferentes períodos de tempo-
espaço. A administração fica, para mim, como o estudo da capacidade que o ser humano tem 
para se adaptar a diferentes realidades e a busca pela melhoria, mas acima de tudo fica como o 
estudo dos conjuntos humanos e seus diferentes meios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência bibliográfica 
 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇAO (2006) - VASCONCELOS, ISABELLA F. GOUVEIA DE / 
MOTTA, FERNANDO PRESTES - THOMSON PIONEIRA 
 INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO (1993) – CHIAVENATO, IDALBERTO 
– 4ª ED., MAKRON BOOKS DAVID BEETHAM, MAX WEBER AND THE THEORY OF 
MODERN POLITICS, CAMBRIDGE, POLITY PRESS, 1985 
 CLT, CPC, LEGISLAÇÃO PREVIDÊNCIÁRIA E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL / OBRA COLETIVA (2013) – ANTÔNIO LUIZ DE TOLEDO PINTO, 
MÁRCIA CRISTINA VAZ DOS SANTOS WINDT E LÍVIA CÉSPEDE – 6ª ED., EDITORA SARAIVA 
– SÃO PAULO, 2013 
 A ADMINISTRAÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO E A RENOVAÇÃO – OMAR AKTOUF; 
ORGANIZAÇÃO, ADAPTAÇÃO E REVISÃO DA EDIÇÃO BRASILEIRA ROBERTO C. FACHIN, 
TÂNIA FISCHER – 3ª ED., EDITORA ATLAS - SÃO PAULO, 1996 
 PÓS-GLOBALIZAÇÃO, A ADMINISTRAÇÃO E RACIONALIDADE ECONÔMICA: A SÍNDROME 
DO AVESTRUZ – OMAR AKTOUF; TRADUÇÃO MARIA HELENA C. V. TRYLINSKI; REVISÃO 
TPECNICA ROBERTO C. FACHIN – EDITORA ATLAS – SÃO PAULO, 2004

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