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Conservação da Energia Capítulo 08 Física 1 – Prof. Fernando Pilotto UERGS - Guaíba • As leis de Newton foram formuladas por volta de 1690. • Os conceitos relacionados à energia foram evoluindo lentamente. • Somente em 1850, com muito custo, foi formulado o princípio da conservação da energia. Trabalho • O trabalho é a transferência de energia por meio de uma força • O objeto que aplica a força transfere energia para o outro. ∫ ⋅= rdFW rr Energia cinética • Já vimos um tipo de energia • A energia cinética está associada ao movimento • Para um objeto atingir uma certa velocidade, ele tem de receber uma certa quantidade de energia cinética • Se o objeto diminui a velocidade, ele tem de liberar um pouco de energia cinética 2 2 v mK = Energia potencial • A energia potencial é um tipo de energia que está relacionada à configuração interna de um objeto ou à sua localização em relação a outros objetos. • A energia potencial depende da natureza das forças envolvidas e do tipo de objeto. potencial [Do lat. med. potentiale.] Adjetivo de dois gêneros. 1.Respeitante a potência. 2.Virtual, possível. 3.Filos. Que está em potência. [Opõe-se a atual (4) e virtual (4).] Substantivo masculino. 4.Poder ou força potencial: “Esses dois núcleos, o de Paris e o de Varsóvia, .... estabeleciam o dever de acudir com todo o seu potencial militar em caso de ‘agressão’” (Fidelino de Figueiredo, Entre Dois Universos, p. 88). Em potencial. 1. Como possibilidade ou probabilidade de realização ou aproveitamento; como virtualidade: O Brasil apresenta grandes riquezas em potencial. • Quando o objeto sobe, o vetor deslocamento aponta para cima e o vetor força aponta para baixo • O trabalho realizado pela força gravitacional exercida pela Terra sobre o objeto é • Como o trabalho altera a energia cinética, a velocidade diminui mghdFW −=⋅= rr if KKKW −=∆= Energia potencial gravitacional • Quando o objeto desce, o vetor deslocamento e o vetor força apontam para baixo • O trabalho realizado pela força gravitacional exercida pela Terra sobre o objeto é • Como o trabalho altera a energia cinética, a velocidade aumenta mghdFW +=⋅= rr if KKKW −=∆= • A Terra e um objeto que esteja em sua superfície formam um sistema • Esse sistema pode acumular energia – a energia potencial gravitacional • Quando um objeto é atirado para cima, ele perde energia cinética (velocidade) e ganha energia potencial gravitacional • Quando o objeto cai, ele perde energia potencial gravitacional e ganha energia cinética (velocidade) • A energia total é conservada, ou seja, não se altera. • Deste modo, • No entanto, • A energia potencial então é calculada como UKE += 0=∆+∆=∆ UKE KU ∆−=∆ KW ∆= WU −=∆ • O trabalho realizado pela força gravitacional da Terra sobre o objeto é • E a energia potencial gravitacional é • A energia total do objeto é mghdFW −=⋅= rr 0 h WU −=∆ mghU =∆ mghmvUKE +=+= 221 Energia potencial elástica • Um objeto está preso a uma mola; x é o deslocamento a partir do equilíbrio • A força que ele sofre é [ ]xx xkxdxkWU 0221 0 )( ′=′′−−=−=∆ ∫ kxF −= x r F r x r F r 2 2 1 kxU =∆ Um pequeno detalhe • Vimos que a energia potencial está relacionada à configuração interna do objeto ou do sistema • Vimos também que a variação da energia potencial é o oposto do trabalho realizado • Note que somente as variações da energia potencial têm significado • O valor da energia potencial depende de convenções arbitrárias • Podemos medir ∆U, mas não podemos medir U WU −=∆ Energia potencial elástica A energia potencial elástica pode ser escrita como onde C é uma constante arbitrária. Convenção: A escolha mais simples é estipular que a energia potencial é nula quando o deslocamento é nulo, Portanto: 0)0( =U 00 2 1)0( 2 ==+= CCkU CkxxU += 2 2 1)( 2 2 1)( kxxU = Energia potencial gravitacional A energia potencial gravitacional pode ser escrita como onde C é uma constante arbitrária. Convenção: A escolha mais simples é estipular que a energia potencial é nula quando a altura é nula, Portanto: 0)0( =U 00)0( ==+⋅= CCmgU CmghhU +=)( mghhU =)( Uma nova maneira de entender o movimento • Em vez de pensar nas forças que atuam sobre o objeto, focamos na energia que o objeto possui O pêndulo O sistema massa-mola Exercícios Forças conservativas e não- conservativas • Cuidado: essa terminologia é enganadora • Se uma força for conservativa, existe uma energia potencial associada a ela (força gravitacional, força elétrica, força da mola) • Se a força não for conservativa, não há energia potencial (atrito, força magnética – depende da velocidade) • A energia é conservada – sempre – não importa se a força é conservativa ou não Teste 1 • A energia potencial depende somente da posição do objeto • Vejamos o seguinte: um objeto está numa posição inicial; aí uma força atua sobre ele de modo que ele se mova e acabe parando na mesma posição inicial • Como a posição é a mesma, temos ∆U=0 • Como ∆U= – W, temos W=0 • Teorema: se o trabalho realizado por uma força ao longo de qualquer circuito fechado for nulo, a força é conservativa • Se para todo caminho fechado, então existe uma energia potencial U(x) 0)( == ∫ dxxFW Teste 2 • Suponha que o objeto saia da posição “a”, vá para a posição “b” e depois volte para a posição “a” • Se a força é conservativa, então W=0 • Ou seja • Note que, , portanto, se percorrermos o caminho 2 no sentido inverso, temos e assim • Concluindo: • Em palavras: se a força é conservativa, o trabalho não depende do caminho 02,1, =+ baab WW 2,2, abba WW −=dxxd −=′ ∫= f i x x dxxFW )( 2,2,1, abbaab WWW =−= Cálculo da força a partir da energia potencial • Vimos que • Se o objeto for deslocado por uma distância infinitesimal, • Ou seja ∫−=−=∆ f i x x dxxFWU )( dxxFdU )(−= dx dU xF −=)( Exemplos • Força gravitacional • Força da mola mghU = mg dh dUF −=−= 2 2 1 kxU = kx dx dUF −=−= O gráfico da energia potencial • O gráfico da energia potencial pode dizer muita coisa sobre o movimento • Note que a força é um vetor (tem 3 componentes) enquanto que a energia potencial é um escalar • Assim, muitas vezes é melhor pensar em termos de energia do que em termos de forças O objeto tem esta energia: )( 2 1 2 xUmvE += Esta região é proibida, pois requer mais energia (6 J) do que o objeto tem (5 J). )(2 15 2 xUmvJ += O objeto tem 3,5 J de energia )( 2 1 2 xUmvE += Região em que acontece o movimento X dx dU xF −=)( F r Derivada negativa, força positiva F r Derivada positiva, força negativa F r F r dx dU xF −=)( F r Se um objeto é largado nesta posição, a força o levará para a esquerda; ele vai acelerar até x4, depois vai desacelerar até x3, depois vai acelerar até x2 e vai desacelerar até o ponto de retorno. Depois o objeto vai percorrer tudo de novo, indo e voltando infinitamente. F r F rF r X dx dU xF −=)( Quando a derivada énula, não há força. 0 rr =F equilíbrio metaestável equilíbrio instável equilíbrio estável Observação: as seções 8.6, “Conservação da Energia”, 8.7, “Trabalho Executado por Forças de Atrito”, 8.8, “Massa e Energia”, e 8.9, “Quantização da energia”, não caem na prova.
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