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fichamento títulos de crédito

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FMU Faculade Metropolitana Unidas
Disciplina: Títulos de crédito, Professor: Robson Kublika 
Curso de Direito, Morumbi, 4° semestre, manhã
Juliana Schvan Mariano N° 15
VI. A INFORMATICA BANCÁRIA E OS TITULOS DE CRÉDITO
 Os títulos de crédito de um lado, e o desenvolvimento os sistema bancário, de outro propiciaram a mudança da constituição econômica da sociedade. Pelos títulos de crédito, deslocava-se a propriedade dos bens materiais para pedaços de papel, que nada mais eram do que a própria corporificação desses bens.
(...) Os títulos de crédito começaram a descrever uma longa trajetória de retorno limpo de onde vieram. Tão sobrecarregados na gestão dos efeitos comerciais estavam os sistemas bancários de alguns países pelo excesso de títulos entregues aos bancos – fosse para a realização da operação da operação de desconto, fosse para efetuar a cobrança – , que procurou um sucedâneo menos oneroso do que a prática tradicional. Pensou-se, então, em alguns mecanismos que pudessem substituir o papel pela fita magnética dos computadores.
 No caso da LCR - papel, a inovação básica consistia no fato de que o título de crédito não mais iria circular materialmente após a remessa da LCR – papel ao banco sacador, os dados eram transportados para uma fita magnética.
 O titulo era conservado em poder do banco do sacador passava a circular somente a fita magnética: do banco do sacado. Somente no banco do sacado era que o papel reaparecia: e extrato da LCR (releve).
 Cumpre fazer-se, agora, uma indispensável referência, ainda que brevíssima, à Lastchriftverkehr, na Alemanha. Trata se de um sistema de cobrança e não de desconto. La não ocorre, bem como no Brasil e na França, a emissão de um titulo de crédito para documentar a compra e venda mercantil.
 O processo de pagamento é muito semelhante ao do cheque. O credor entrega ao banco as notas de débito no dia em que ocorre vencimento de seus créditos. Nelas constam o nome do credor, o nome do banco, o número das contas do credor e do devedor e a importância devida.
 O resgate das notas, efetivamente, só ocorrerá quando o banco ( no qual o devedor mantém sua conta), debitar a importância das mesmas na conta de cada devedor.
 A problemática jurídica decorre de sistemas de pagamento tais como a Lettre de Change-Relevé e a Lastschriftverkehr, era em síntese, a seguinte:
 O art. 136, alínea 1, do código comercial Francês acompanhando a mesma disposição do art. 39 da lei uniforme, estabelece que o sacado pode exigir, tendo pago a letra de câmbio, que ela lhe seja remetida quitada pelo portador.
2. A Duplicata Escritural no Brasil
 Aos 5 de fevereiro de 1979, referida entidade editou uma Circular acerca da Cobrança de Títulos de Crédito com o propósito simultâneo tanto de estudar a racionalização e a padronização dos procedimentos existentes nos bancos comerciais como, igualmente, investigar a viabilidade da importação no Brasil dos sistemas informatizados e já utilizados com êxito no exterior, analisando-a tanto sob o ponto de vista técnico quanto no que se referia à sua problemática jurídica.
 O acumulo de títulos cambiariformes – causando, no caso, pelas nossas duplicatas mercantis – e a demora no fluxo dos documentos estavam a indicar que se deveria buscar solução semelhante à que, anos antes, já havia sido adotada na França.
 Há, contudo, diferenças assinaláveis entre o sistema francês da LCR e técnica brasileira da duplicata escritural. A precariedade da nossa duplicata escritural reside, em primeiro lugar, no problema da caracterização legal da apresentação do titulo de pagamento.
 Não houve a padronização do boleto, por partes das autoridades monetárias.
 Precisam-se bem os termos da preposição: o processo judicial ainda é totalmente papelizado, ou seja, desenvolve se apenas em suporte papel. Os autos materializam o processo através da reunião cronológica e formal de petições, documentos, decisões de outros escritos. Assim, o titulo executivo será forçosamente exibido em juízo como documento ou documentos em suporte papel, não há outro jeito. Para a execução de titulo magnético, desmaterializado, será necessária alteração legislativa, com certeza.o direito em vigor da sustentação, contudo, à execução da duplicada virtual, porque não exige especificamente a sua exibição em papel, como requisito para liberar a prestação jurisdicional satisfativa, institutos assentes no direito cambiário nacional como são o aceite por presunção, o protesto por indicações e a execução da duplicata não assinada permitem que o empresário, no Brasil, possa informatizar por completo a administração do crédito concedido (grifos do autor).
Conclui, enfim, da seguinte maneira:
 “Na verdade, a natureza de titulo executório não estaria sendo dada a DEFM e sim, tal como acontece hoje em relação à duplicada comum, à situação jurídica preexistente consubstanciada numa compra e venda mercantil. É o Inadimplemento da obrigação de pagar que tem o comprador que dá ensejo è execução contra ele e não ele e não este ou aquele documento. Tais documentos apenas serviriam para provar a relação jurídica que se quer, em ultima análise, proteger.”
 Sempre me pareceu cristalino que a força executiva de uma duplicada comum deveria da situação jurídica comprobatória da remessa e do recebimento da mercadoria e não da duplicata em si, de resto raramente aceita em nossa prática comercial.
 Os juízes e os tribunais estão abarrotados de processos e não têm mais tempo para dar conta nem mesmo daqueles feitos que independem de qualquer raciocínio jurídico para que sejam levados a julgamento.
 Há que se distinguir, talvez, o conceito de necessário do simplesmente útil. Num plano rigorosamente dogmático, inexiste necessidade de uma autorização legislativa para aparelhar a execução de uma duplicata.
VII- CONTRATOS ELETRÔNICOS 
Contratos pela via telemática
 Quantos navegam pela internet hoje no mundo? As cifras apresentadas pelos especialistas da área são extremamente variáveis e nem sempre confiáveis. 
 Mas não deixam de ser um referencial para qualquer tipo de reflexão que se queira fazee a respeito da matéria.
Ninguém mais Poe em duvida, presentemente, a extrema importância da internet, em geral, e do comércio eletrônico, em particular, para a sociedade contemporânea e, por via da conseqüência, para a reflexão jurídica.

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