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ENVELHECI! E AGORA? ASPECTOS PSICOSSOCIAIS QUE DIFICULTAM A PERMANÊNCIA ÚTIL E ATIVA DO IDOSO NA SOCIEDADE.

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UNIFAVIP/DeVry
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA
CORDENADORIA DE PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA
Allyne Lais Galindo de Lima
ENVELHECI! E AGORA? ASPECTOS PSICOSSOCIAIS QUE DIFICULTAM A PERMANÊNCIA ÚTIL E ATIVA DO IDOSO NA SOCIEDADE.
CARUARU
2017
Allyne Lais Galindo de Lima
ENVELHECI! E AGORA? ASPECTOS PSICOSSOCIAIS QUE DIFICULTAM A PERMANÊNCIA ÚTIL E ATIVA DO IDOSO NA SOCIEDADE.
Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa, pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca, como requisito parcial para obtenção de nota.
Orientadora: Dra. Mariana Andrade Figueiredo
CARUARU
2017
RESUMO 
 ENVELHECI! E AGORA? ASPECTOS PSICOSSOCIAIS QUE DIFICULTAM A PERMANÊNCIA ÚTIL E ATIVA DO IDOSO NA SOCIEDADE.
ALLYNE GALINDO¹; Dra. MARIANA FIGUEIREDO²
1. Docente do curso de Psicologia da Unifavip/DEVRY; 2. Professora da Unifavip/ DEVRY
Diversos estereótipos cercam o processo de envelhecer, quem nunca ouviu alguém dizer: “Está ficando ranzinza porque está envelhecendo ”? Mas o que não é observado geralmente, é que todos esses estereótipos contribuem para o mal-estar daquele indivíduo que além de tudo, muitas vezes, perde sua individualidade como se ao envelhecer não fosse digno de possuir sua própria identidade e incapaz de guiar sua vida. Frequentemente os quadros de depressão aparecem nos idosos, resultantes do isolamento social em que muitas vezes são submetidos, além da diminuição da qualidade de vida que pode ser resultado de diversos aspectos como: ociosidade, diminuição da renda e falta de trabalho. O mercado de trabalho por vezes apresenta-se bloqueado e inoportuno para empregar pessoas que estejam na margem da velhice. Segundo o Estatuto do Idoso, todo homem ou mulher com 60 anos é considerado idoso, mesmo com pesquisas recentes que demonstram um aumento da contratação de idosos, sua experiência e responsabilidade normalmente não são levadas em conta na hora de escolher entre um idoso ou alguém mais jovem na hora do recrutamento e seleção. O objetivo deste trabalho é justamente analisar e verificar como a aceleração das relações sociais e a alta demanda de produção rápida do mercado de trabalho podem suprimir o idoso de uma participação ativa na sociedade, além de promover uma reflexão acerca de capacidades desses indivíduos muitas vezes negligenciadas; Verificar qual a parcela de contribuição de um âmbito familiar bem estruturado para haja o processo de envelhecer saudável e como o mercado de trabalho que não se mostra receptivo a esse público, influencia o surgimento de sentimentos de incapacidade que podem resultar em transtornos psíquicos para esse indivíduo. A presente pesquisa é de natureza qualitativa do tipo descritiva, tendo como objetivo analisar as experiências de um senhor com idade de 64 anos residente da cidade de Caruaru frente ao desemprego e uma Coordenadora de Recursos Humanos de uma empresa do mesmo município. Este estudo será realizado na cidade de Caruaru-PE. O município é situado na região nordeste do país. Pertence à Mesorregião do Agreste Pernambucano e à Microrregião do Vale do Ipojuca e localiza-se a oeste da capital do estado. Após a leitura do material coletado das narrativas dos entrevistados e articulado com o objetivo da pesquisa, as informações serão organizadas em três eixos temáticos principais: Promover uma reflexão acerca das capacidades muitas vezes negligenciadas da pessoa idosa, Verificar como a dificuldade para conseguir emprego afeta essa pessoa e compreender como a dinâmica familiar pode contribuir para o adoecimento mental do idoso. 
 
PALAVRAS-CHAVES: Idoso; Depressão; Envelhecimento; Bem-sucedido.
SUMÁRIO
Pergunta Condutora.....................................................................................05
Hipótese.........................................................................................................06
INTRODUÇÃO................................................................................................07
Objetivos........................................................................................................08
 Objetivo geral............................................................................................08
 Objetivo especifico....................................................................................08
Justificativa....................................................................................................08
Fundamentação Teórica................................................................................09
Metodologia....................................................................................................13
Tipo de Estudo............................................................................................13
Descrição do local de estudo......................................................................13
População de Estudo..................................................................................13
Coleta de dados..........................................................................................14
Processamento de dados...........................................................................14
Análise de Dados........................................................................................14
 Considerações Éticas...................................................................................15
 Orçamento......................................................................................................16
 Cronograma....................................................................................................17
 Referências.....................................................................................................17
1. Pergunta condutora
Quais são os aspectos psicossociais que dificultam a permanência do idoso na sociedade de forma ativa e como estas dificuldades podem contribuir para o sentimento de inutilidade engendrar transtornos psíquicos como depressão? 
2. Hipótese
Os idosos são vistos muitas vezes pela sociedade e pelo mercado de trabalho como incapazes, haja vista a aceleração da sociedade, principalmente no âmbito de trabalho e de relações. Esta forma de enxergar o idoso pode acarretar neste indivíduo, sentimentos de inutilidade, que podem engendrar transtornos psíquicos como depressão. Refletir sobre os conceitos de envelhecer vigentes faz-se necessário para oferecer a esses indivíduos um envelhecimento sadio.
INTRODUÇÃO
Diversos estereótipos cercam o processo de envelhecer, quem nunca ouviu alguém dizer: “Está ficando ranzinza porque está envelhecendo. ”? Mas o que não é observado geralmente, é que todos esses estereótipos contribuem para o mal-estar daquele indivíduo que além de tudo, muitas vezes, perde sua individualidade como se ao envelhecer não fosse digno de possuir sua própria identidade e incapaz de guiar sua vida. Dar continuidade a determinados aspectos da vida social desse sujeito mostra-se cada vez mais importante para a manutenção de um quadro de saúde mental na terceira idade, dentre estes: as relações sociais construídas a partir da sua história de vida que poderão ser, ou não, mantidas sem descriminação, e alcançar a plenitude de sentir-se útil e atuante em sua comunidade habitual. Frequentemente os quadros de depressão aparecem nos idosos, resultantes do isolamento social em que muitas vezes são submetidos, além da diminuição da qualidade de vida que pode ser resultado de diversos aspectos como: ociosidade, diminuição da renda e falta de trabalho. O mercado de trabalho por vezes apresenta-se bloqueado e inoportuno para empregar pessoasque estejam na margem da velhice. Segundo o Estatuto do Idoso, todo homem ou mulher com 60 anos é considerado idoso, mesmo com pesquisas recentes que demonstram um aumento da contratação de idosos, sua experiência e responsabilidade normalmente não são levadas em conta na hora de escolher entre um idoso ou alguém mais jovem na hora do recrutamento e seleção. Todas essas questões que perpassam pela vida da pessoa no processo de envelhecimento se não forem bem elaboradas, podem acarretar um quadro de psicopatologia recorrente como depressão. 
4. Objetivo
Objetivo geral
Verificar através de estudos e pesquisas, como a aceleração das relações e as grandes demandas de produção do mercado de trabalho, podem contribuir para suprimir o idoso de uma participação eficaz e ativa na sociedade. 
Objetivos específicos
Promover uma reflexão acerca das capacidades muitas vezes negligenciadas da pessoa idosa;
Verificar como a dificuldade para conseguir emprego afeta essa pessoa;
Compreender como a dinâmica familiar pode contribuir para o adoecimento mental do idoso.
Justificativa
Perante os quadros de adoecimento mental na velhice, faz-se necessário estudar quais são os possíveis aspectos psicossociais que influenciam esse adoecimento. As relações sociais são construídas por toda a vida e constituem parte do sujeito, por isto, é importante elaborar formas de contribuir para uma visão menos estereotipada da velhice a fim de manter estes sujeitos incluídos em suas comunidades habituais e mentalmente saudáveis.
Fundamentação Teórica
A política nacional do idoso (PNI), Lei nº8. 842, de 4 de janeiro de 1994, e o estatuto do Idoso, Lei nº 10.741. de 1º de outubro de 2003, define como idoso, pessoas com 60 anos ou mais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002) se define idoso a partir da idade cronológica, logo, é aquele com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos. É importante reconhecer que a idade cronológica não é um marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento. Existem diferenças significativas relacionadas ao estado de saúde, participação e níveis de independência entre pessoas que possuem a mesma idade (Brasil, 2005).
A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erick Erikson estabelece que o crescimento psicológico é determinado por oito estágios que vão desde o nascimento até a morte. Para cada um desses estágios existe uma crise de vertente positiva e negativa. Os quatro primeiros estágios compõem as crises vividas na infância e os três últimos referem-se à idade adulta e a velhice (6. Intimidade X Isolamento, 7. Produtividade X Estagnação e 8. Integridade X Desesperança.). Para um desenvolvimento saudável, é imprescindível a sobreposição da vertente positiva sobre a negativa no momento da resolução das crises, que não influenciam apenas no estágio específico que estão incluídas (nesse será apenas ressaltado), mas contribuem significativamente para o processo de evolução do sujeito por serem fatores constituintes de personalidade.
O penúltimo estágio da evolução psicossocial de Erikson, corresponde a idade até 60 anos, nessa etapa prevalece grande preocupação com o outro, com o que há de vir: sejam as futuras gerações ou futuros produtos do mercado. É observável a necessidade de acrescentar ou deixar algo no mundo, o que leva o indivíduo a sentir-se feliz em ensinar e transmitir conhecimento em busca de fazer valer a pena tudo que foi vivido. Indivíduos capazes de pensar o outro como parte de si, com capacidades adquiridas ao longo de anos de experiência, possibilidades de grande criatividade e produção de ideias não seriam qualidades valorosas em um processo de recrutamento e seleção? É uma questão a se pensar.
Com o significativo aumento da população idosa, faz-se necessário cada vez mais aprofundar estudos que envolvam a busca pela garantia de um envelhecimento saudável para essas pessoas. 
Lawton (2001) aponta que para se ter uma boa qualidade de vida no envelhecer é necessário o desenvolvimento de pesquisas que enfatizem não somente aspectos físicos e sociais, mas principalmente aqueles relacionados à saúde emocional.
Desde os anos 1940, as taxas mais altas de crescimento populacional têm sido observadas entre a população idosa, e nos anos 1950, esta já atingira valores superiores a 3% a.a. [Camarano et alii (1999)] — entre 1991 e 2000 ela atingiu 3,4%. De acordo com Beltrão, Camarano e Kanso (2004), espera-se que esse contingente atinja a magnitude de aproximadamente 30,9 milhões de pessoas no ano de 2020, vindo a constituir 14% da população brasileira; os idosos do futuro próximo já nasceram.
Mesmo com o crescente significativo da população anciã com o passar do tempo e que pesquisas recentes indiquem o aumento da contratação de pessoas na faixa etária dos 60 anos, as dificuldades encontradas no momento da inserção ou reinserção (para o caso dos aposentados) no mercado de trabalho, geram nesse sujeito sentimentos inoportunos, que podem vir a atrapalhar o seu processo de seleção para uma nova vaga de emprego, por exemplo. Vergonha, inutilidade, incapacidade e dúvida são algumas sensações que podem vir à tona já no momento inicial, quando a procura por emprego é apenas uma cogitação. Segundo dados levantados nessa pesquisa através das entrevistas realizadas, dentre essas principais dificuldades estão: o preconceito, fazendo-se necessário repensar em sociedade julgamentos muitas vezes já enraizados, os estereótipos que sustentam a óptica acerca do idoso que o sugerem como alguém frágil e incapaz de produzir, letargia e o inconveniente de não dominar as tecnologias da mesma forma que as gerações posteriores. Inúmeras pesquisas demonstram o quanto o trabalho remunerado e mesmo o voluntário podem contribuir para um processo de envelhecer com bem-estar e felicidade.
Há relevantes de que sensações como as de inutilidade, incapacidade, questões de problemas financeiros e o próprio processo de envelhecimento, seriam em primeira instância, fortes motivadores para aparição de sintomas. Com o envelhecimento, a expectativa de doença mental eleva-se de 34% aos 61 anos para 67% aos 81, tornando-se um dos fatores mais preocupantes quanto à repercussão em saúde pública, e dentre essas doenças mentais está a depressão (MONTEIRO et. al., 2002) que pode ser caracterizada segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira como sendo “... abaixamento de nível, resultante de pressão ou de peso; baixa de terreno ou ainda, abatimento moral ou físico, letargia”. (CLARO, 2002). A depressão é uma doença que ocorre desde a infância até a terceira idade; o fato é que no indivíduo senil ela é mais prejudicial. (BLAZER, 2003). Dois motivos levantados por Zimerman trazem à reflexão sobre o sofrimento psíquico causado pela perda de alguma coisa representativa, como uma crença ou objeto estimado; ou através de um estado depressivo passageiro, que ocorre quando o indivíduo é frustrado por causa de um objetivo não alcançado, por exemplo. (ZIMERMAN, 2005).
O Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741. de 1º de outubro de 2003. Estabelece que o trabalho é um direito assegurado pelo estado para a pessoa idosa. Segundo o Capítulo VI, que discorre sobre a Profissionalização e o Trabalho, demonstra que os idosos estão acobertados pelo estado para não sofrerem qualquer tipo de descriminação na hora da seleção para uma vaga de emprego. O estado Brasileiro assegura condições de permanência atuante dessa pessoa na sociedade. 
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.
Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.
 Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idademais elevada.
Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
 I – Profissionalização especializada para os idosos, aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas;
II – Preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
 III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho.
Neri e Nogueira (1994) salientam que os aspectos socioculturais também desempenham papel no processo de envelhecer com qualidade. Essa fase é marcada por transformações psicológicas marcantes, Antonucci (2001) considera que as relações sociais nessa fase são permeadas mais intensamente por influências de fatores psicológicos, físicos e da saúde mental. Todavia, quando um idoso perde a capacidade de se recordar dos fatos, alguns relacionamentos, inclusive com familiares, podem ficar abalados, ao passo que muitas pessoas que convivem com o idoso não compreendem as mudanças que ocorrem na vida da pessoa.
A preservação da integridade física e mental é de suma importância e é dever da sociedade como um todo buscar práticas para a manutenção de uma velhice satisfatória. Por muitas vezes a depressão não tem sido diagnosticada e tratada corretamente. Os sintomas da depressão geralmente são confundidos com doenças clínicas gerais que o indivíduo senil apresenta, ou ainda, como uma consequência normal e aceitável do processo do envelhecimento. (MONTEIRO et. al., 2002)
 É importante ressaltar que o preconceito contra o idoso é uma questão social brasileira, em países de alto desenvolvimento, a população idosa é tratada com respeito e dignidade e é considerada importantíssima para a contribuição do crescimento da economia e a construção das relações sociais benéficas. 
A síndrome do ninho vazio e a falta de convívio social, muitas vezes com a própria família, podem converter aquela pessoa em alguém triste, impaciente e até raivoso com os familiares por sentir-se incompreendido. 
Por muitas vezes os familiares mostram-se intolerantes com o idoso que não demonstre estar mentalmente bem. Falta de memória, desânimo ou insatisfação por parte do paciente faz com que a maioria dos familiares se afaste e, não sabendo lidar com tal situação, acabe contratando uma pessoa especializada para que cuide do idoso depressivo, ou pior, acabe mandando- o para uma casa de repouso, onde se espera que ele tenha atenção redobrada. O idoso depressivo também pode mostrar-se sem paciência com familiares, sentindo raiva e mágoa por não ser compreendido. (BLAZER, 2003)
A família representa para esses idosos, um fator que influencia significativamente a sua segurança emocional (MENDES, et al, 2005). Em estudo realizado com idosos em domicílio, foi constatado que quando a qualidade afetiva em relação à família foi ótima (14 idosos) e boa (46 idosos), os idosos tiveram um menor grau de dependência emocional e atividades de lazer, em contraposição aos idosos que avaliaram como regular (16 idosos) e péssima (1 idoso) a qualidade afetiva em relação à família, os quais tiveram aumento substancial no grau de dependência emocional (MENDES, et al, 2005). Em famílias onde há desarmonia, falta de respeito e não reconhecimento de limites, o relacionamento é carregado de frustrações, com indivíduos deprimidos e agressivos. Essas características promovem retrocesso na vida das pessoas, o idoso torna-se isolado socialmente e com medo de cometer erros e ser punido (ZIMERMAN, 2000).
 A depressão é uma doença que não atinge só o idoso depressivo; toda a família acaba envolvida, causando sofrimento em todos os entes queridos. A família acaba sendo um tipo de “vítima oculta” da depressão, pois o conflito que a doença causa em suas vidas acaba sendo esquecido. (MONTEIRO et. al, 2002). Cabe ao clínico perceber como a família trata o idoso, estipulando normas básicas para facilitar a convivência e a melhora do paciente. Delegar pequenos “serviços” ao paciente, como olhar os netos pequenos enquanto os pais vão ao mercado, preparar um doce gostoso, pedir sua opinião sobre determinado assunto ajudará o idoso a se sentir útil novamente, facilitando assim que ele aceite receber também um tipo de ajuda - mesmo que indireta - dos filhos. (BLAZER, 2003)
Metodologia
7.1 Tipo de estudo
A presente pesquisa é de natureza qualitativa do tipo descritiva, tendo como objetivo analisar as experiências de um senhor com idade de 64 anos residente da cidade de Caruaru e uma Coordenadora de Recursos Humanos de uma empresa do mesmo município (APÊNDICE A). 
7.2 Descrição do local de estudo
Este estudo será realizado na cidade de Caruaru-PE. O município é situado na região nordeste do país. Pertence à Mesorregião do Agreste Pernambucano e à Microrregião do Vale do Ipojuca e localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 130 km. Ocupa uma área de 920,611 km², sendo que 16,65 km² estão em perímetro urbano e os 903,961 km² restantes formam a zona rural, e sua população em 2013 era de 337416 habitantes, sendo então o mais populoso do interior de Pernambucano.
O estudo será realizado na Câmara Municipal de Caruaru. A pesquisa será realizada no período de novembro de 2017. A Câmara Municipal está localizada na Rua Quinze de Novembro, nº 201 – Nossa Sra. Das Dores, Caruaru – PE, 55004-160.
7.3 População de Estudo
Serão avaliados dois participantes: Um homem de 64 anos que está desempregado há 3 meses e uma Coordenadora de Recursos Humanos (41) de uma empresa de grande porte, que aceitaram participar sem maiores restrições após convite da pesquisadora. 
7.4 Coleta de dados
O questionário será aplicado pela pesquisadora em seu escritório de trabalho, após autorização dos sujeitos pesquisados.
7.5 Processamento dos dados
Os dados coletados no questionário serão digitados e organizados no Programa Microsoft Office Word®versão 2007, para formação do banco de dados. 
7.6 Análise dos dados
Após a leitura do material coletado das narrativas dos entrevistados e articulado com o objetivo da pesquisa, as informações serão organizadas em três eixos temáticos principais: Promover uma reflexão acerca das capacidades muitas vezes negligenciadas da pessoa idosa; Verificar como a dificuldade para conseguir emprego afeta essa pessoa; Compreender como a dinâmica familiar pode contribuir para o adoecimento mental do idoso, a fim de possibilitar uma melhor compreensão e discussão dos dados, tendo como referências a literatura pesquisada.
Considerações Éticas
Acatando as normas da resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde, referente à ética em pesquisa com seres humanos, o projeto desta pesquisa será submetido à apreciação do Comitê de ética em Pesquisa.
A pesquisa apresentará um risco mínimo, pois não será realizada nenhuma intervenção, não sendo invasiva a intimidade de nenhum dos sujeitos pesquisados, garantindo que nenhum será identificado e que se manterá o caráter confidencial da informação relacionada com a sua privacidade; e ainda, assegurando a não utilização das informações em prejuízo das pessoas. 
Não haverá benefícios diretos para os sujeitos pesquisados, mas o conhecimento gerado com a realização do estudo poderá contribuir para a compreensão do fenômeno, como também para o desenvolvimento de possíveis ações de promoção da educação inclusiva.
Orçamento
A pesquisa não tem financiamento de nenhuma empresa ou instituição pública e/ou privada. Os gastos descritos e outros mais que possam surgir ao longo do desenvolvimento da pesquisa a cargo da pesquisadora.
	DISCRIMINAÇÃO
	QUANTIDADE
	Valor R$
	Cartucho de tinta
	01
	20,00
	Resma de papel A4
	01
	14,00
	Transporte coletivo
	4
	5,20
	Alimentação
	01
	9,00
	TOTAL
	
	48,20
 Cronograma
	
	RESUMO DAS ATIVIDADES
	1.
	Definição de tema
	2.Definição de objetivos e elaboração da justificativa
	3.
	Construção da revisão de literatura
	4.
	Elaboração da introdução
	5.
	Apresentação do pré-projeto de pesquisa
	6.
	Coleta de dados
	7.
	Processamento e análise de dados 
	8.
	Conclusão e formatação do trabalho
	9.
	Apresentação da Pesquisa
	
	 2017
	
	 MESES
	
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	1
	X
	
	
	
	
	
	x
	
	
	
	
	2
	X
	
	
	
	
	
	x
	
	
	
	
	3
	X
	
	
	
	
	
	x
	
	
	
	
	4
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	
	
	5
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	
	6
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	7
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	8
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	x
	9
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	x
REFERÊNCIAS
CLARO, Izaias. Depressão Causas, Conseqüências e Tratamento. 13 ed. Matão, Casa Editora O Clarim, setembro 2002.
BLAZER, Dan. Depressão em Idosos. 3 ed. São Paulo, Editora Andrei, 2003. p. 403-)
Zimerman GI. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000.
Mendes, M.R.S.S.B.; Gusmão, J.L.; Faro, A.C.M.; Leite, R.C.B.O. A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração. Acta Paul Enferm.; vol.18, no.4, 2005
Brasil. Estatuto do idoso. Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, Brasília, DF. 2003
CAMARANO, A. A., EL GHAOURI, S. K. Idosos brasileiros: que dependência é essa? In:
CAMARANO, A. A. (org.). Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros. Rio de Janeiro:
IPEA, dez. 1999.
MONTEIRO, R.M. Dulcinéa. Depressão e Envelhecimento Saídas Criativas. Rio de Janeiro. Revinter, 2002.
Antonucci, T. C. (2001, 4th ed.). Social relations: An examination of social networks, social support, and sense of control. In J. E. Birren & K. W. Schaie (Eds.), Handbook of the psychology of aging. (pp. 427-453). : Academic.
APÊNDICES
APÊNDICE A– Questionário
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
A empresa que você trabalha tem atualmente algum funcionário com 60 anos ou mais? Não ( ) Sim ( ) Quantos? ____.
 ________________________________________________________________.
Na hora do recrutamento e seleção é considerado a idade do candidato? 
 ________________________________________________________________.
Você já teve experiência de realizar a contratação de um funcionário nessa faixa etária?
________________________________________________________________.
Não ( ) Sim ( ) Quantos? ________.
Quais as qualidades que geralmente prevalecem na hora da contratação que você pode enxergar em um indivíduo dessa idade?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Quais os defeitos que geralmente aparecem após a contratação de um funcionário que pertença a essa faixa etária?
__________________________________________________________________________________________________________________________________
Você enxerga alguma importância em estudos que envolvam o mercado de trabalho e o idoso?
___________________________________________________________________
Data do preenchimento 01/12/2017
APÊNDICE B– Questionário
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Na última empresa que você trabalhou havia mais funcionários da sua faixa etária? Não ( ) Sim ( ) Quantos? ____.
 ________________________________________________________________.
Como você se sente na hora do recrutamento e seleção? Você acha que é considerado a idade do candidato? 
 ________________________________________________________________.
Como foi a sua última experiência profissional?
________________________________________________________________.
Quais as qualidades que você acredita ter que sobressaem, em um emprego, uma pessoa mais jovem?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 Como é sua dinâmica familiar? Você se sente feliz neste momento?
__________________________________________________________________________________________________________________________________
Você enxerga alguma importância em estudos que envolvam o mercado de 
trabalho e o idoso?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Data do preenchimento 01/12/2017
ANEXOS
ANEXO A
TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS
A empresa tem atualmente algum funcionário com 60 anos ou mais? Quantos?
Sim, tem sim.... Agora não sei responder de cabeça... cre:io eu que uns cinco ou seis. 
Na hora do recrutamento e seleção é considerado a idade do candidato?
Não.
Você já teve experiência de realizar a contratação de um funcionário nessa faixa etária?
Sim... unhum... Dois ou três, não sei dize/ao certo mesmo não.
Quais as qualidades que geralmente prevalecem na hora da contratação que você pode enxergar em um indivíduo dessa idade?
Ah... são MUITAS! Não teria como pensar/NÃO pensar em um dos principais aspectos que tanto valorizam esses profissionais que é a maturidade de resolução de conflitos. Como sou a coordenadora do RH, lido a todo momento com resolução de conflitos e os funcionários mais “maduros”, né... mais experientes são aqueles que melhor consigo atender, entender e resolver as demandas. Além d:a boa resolução dos conflitos... a expertise também... é de grande valia.
Quais os defeitos que geralmente aparecem após a contratação de um funcionário que pertença a essa faixa etária?
Bem Allyne... eu não diria defeitos... eu ressaltaria algumas dificuldades entende? Claro, dificuldades são processos naturais a todos nós, ma::s o principal desses embates... seria na letargia que é natural do corpo que já está né... envelhecendo... e é natural. Não se pode esperar que esse senhor tenha o mesmo desempenho de um Jovem Aprendiz (risos). Alguns obstáculos quando se trata de tecnologia... mas nada que o impeça de realizar o trabalho totalmente.
Você enxerga alguma importância em estudos que envolvam o mercado de trabalho e o idoso?
SI::M. Enxergo que muitos nessa faixa etária tenham muito a contribuir com as empresas. Porque... Hoje temos muitos jovens no mercado, por::ém, há uma carência de pessoas COMPROMETIDAS, maduras e experientes. Os problemas crescem a cada dia Allyne, com a oferta de muita técnica, mas pouco comprometimento e falhas de comportamento.
ANEXO B
TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS
Na última empresa que você trabalhou havia mais funcionários da sua faixa etária?
Não, minha filha tinha não. Era só eu de véi mermo.
Como você se sente na hora do recrutamento e seleção? Você acha que é considerado a idade do candidato? 
Or::a mais com certeza, veja eu tô desempregado já vai fazer 4 meses quase... até hoje nunca consegui trabalhar de novo. Tô longe de me aposentar ainda, porque tem uma dinheirama lá pra pagar, mas me diga: Como é que paga se eu não trabalho? Eu passei muito tempo trabalhando na ilegalidade, sem contribuir com o INSS, num sabe? E agora tô vendo o que é que vou fazer.
Como foi a sua última experiência profissional?
Eu trabalhei por 5 anos na copa de uma escola da prefeitura, num sabe? Mas minha filha sabe como são essas coisas: Entra prefeito, sai prefeito. Nunca tinham mexido comigo não, acho que é porque era o mesmo prefeito, né? Mas agora que mudou aí eu fui demitido. Mas eu nunca arrumei problema com ninguém lá não, TODO MUNDO gostava de mim. 
Quais as qualidades que você acredita ter que sobressaem, em um emprego, uma pessoa mais jovem?
Olhe, eu acho queé como a colega falou... é uma questão de responsabilidade, num sabe? A gente chega no horário porque acorda cedo, não arruma briga, nem picuinha por causa de besteira... agora tem o lado ruim né? Que a gente num sabe mexer nessas coisas aí que vocês mexe tão rápido (Apontou pro celular) e não tem mais condições de passar horas em pé, a coluna dói... Mas responsável, tranquilo, não se envolve em briga isso tudo/eu sou assim.
 Como é sua familia? Você se sente feliz neste momento?
Olhe... minha família é o seguinte: eu tenho um filho só. Agora minha vida toda eu passei dizendo a ele: estude meu filho, estude. Ele N-Ã-O QU-IS saber de estudar... Or... Eu não fui muito presente na vida dele não, mas toda vez que eu tava com ele, num sabe? Eu orientava ele pra ele estud:ar, querer saber era de es-tu-dar, mas ele não quis saber, não deu ouvido. Agora vive aí sendo vendedor, agora me diga que futuro que tem esse menino? Trinta e tantos anos já e não tem NA-DA. A Minha mulher... minha mulher mora só eu e ela mesmo a gente nunca teve filho, num sabe? Só tive esse que eu lhe falei... E eu não tô me sentindo bem não minha filha... As coisa tão começando a faltar em casa, veja mesmo, tô véi já... 64 anos onde é que danado eu vou arrumar um emprego? Esse meu filho só me dá desgosto, num sabe? Olhe minha vida não tá boa não, tem hora que bate uma tristeza que eu fico pensando: Meu Deus é melhor eu ir embora daqui logo... mas aí eu respiro fundo e peço força a Deus porque só ele pra me ajudar nessa situação que eu tô. 
Você enxerga alguma importância em estudos que envolvam o mercado de trabalho e o idoso?
Olhe minha fia, todo tipo de estudo é importante. Desde o mais si:mples ao mais difícil. Estude mesmo, estude bem muito que é pra daqui a um tempo você tá ai sendo dotôra e cuidando da gente.

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