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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE IRATI SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Acadêmica: Janaine Moreira dos Santos Disciplina: História da América Professora: Nadia Guariza FICHAMENTO: ALBORNOZ, Nicolás Sanchez. A População da América espanhola colonial. In.:__História da América Latina Colonial, Vol. II, (org). Leslie Bethell, Tradução: Mary Amazonas Leite de Barros e Magda Lopes – 1ed. São Paulo: Edusp,2004. INTRODUÇÃO: Quando os espanhóis invadiram o “Novo Mundo”, este era densamente povoado; o que havia era uma distribuição desigual a maior parte da população encontrava-se na região mesoamericana e nos andes. Essa grande população nativa determinou as formas de conquista e as estruturas coloniais e que iriam florescer no “Novo Mundo”. O Capítulo de ALBORNOZ tratará da interação entre a colonização e essa população dividindo a questão da dominação em dois focos: 1. “Súbito e violento choque inicial”, e o grande declínio da população nativa. Além disso, mostrará o impacto da imigração europeia e africana na América. 2. Tratará da lenta recuperação das populações nativas e assim também da expansão da população branca e mestiça. SOBRE A OBRA: Muitos pensadores concordam quando se diz que a população pré colombiana era imensa. O nos mostra ALBORNOZ é que que o declínio após a conquista é bastante significativo, no inicio do século XVII estima-se que a população mesoamericana passou de 2 milhões para 750 mil, com base nos dados analisados pelo autor de S. F. Cook e W. Borah. Não devemos deixar de dizer que o efeito da conquista é catastrófico. Em relação a história demográfica andina temos mais documentos, uma vez que as populações organizavam uma espécie de censo facilitando as estimativas da população. Os gráficos das populações andinas informam que após um século de conquista a população passou de 232.407 para 44.691 indígenas. O sistema parecido com censos utilizado pelo incas era chamado de “quipu(quipo)” atualmente eles estão espalhados por museus, mas perderam seus significados, mas há alguns que foram salvos devido a utilização de um escrivão nos tempos da conquista que anotava tudo enquanto o cacique lia em voz alta. A partir de 1570, as incertezas em relação as informações demográficas diminui, uma vez que o vice-rei Toledo contava os indígenas afim de determinar quanto de tributo que cada aldeia devia pagar. ALBORNOZ cita Bartolome de Las Casas quando fala das possíveis causas que levaram o declínio demográfico das populações indígenas, como atos de violência contra os nativos, confiscação de alimentos, pilhagem, estupros, escravização e exploração da força de trabalho. O recrutamento para a mão de obra indígena é um ponto discutido pelo autor, os indígenas eram obrigados a trabalhar no carregamento de madeira e mais tarde serão forçados a trabalhar em minas. Outro fator da diminuição consiste na questão das patologias trazidas pelos europeus e disseminadas e transmitidas aos indígenas que não estando familiarizados com as doenças eram afetados em grande escala e muitos morriam. As famílias indígenas também diminuíram ao longo dos tempos de dominação muitos derivados de dissoluções de casamentos e devido a o menos índice de nascimento, além de optarem por não mais terem filhos os indígenas muitas vezes atentavam contra a própria vida não suportando viver em suas condições. Os primeiros homens a permanecer e fazer parte da população americana foram marinheiros, soldados, funcionários públicos e clérigos; não que tivessem o propósito de ficar mas no entanto permaceram muitos para sempre, alguns mortos e outros vivos. A principio a imigração na América foi controlado, a coroa buscava manter a pureza ideológica. Neste período muitos espanhóis vieram estabelecer-se na América. ALBORNOZ, enfatiza que a imigração masculina era bem mais acentuada que a feminina nos primórdios, devido ao fato de várias mulheres não conseguiam licença para embarque. Será nos meados do século XVII que a população feminina irá aumentar. Mas, os europeus não foram os únicos a chegar ao continente americano, muitos africanos no papel de auxiliadores faziam parte das expedições, não de forma voluntária mas com propósito econômico. Os africanos contribuíram em muito para a miscigenação das raças, “das uniões entre homens brancos e mulheres índias nasceu o zambo, e dos homens brancos e mulheres negras, o mulatto.”(p.41) Por lei os espanhóis viviam nas cidades e os indígenas nas vilas, mas na verdade essa constatação nunca ocorreu pois sempre encontrava- se índios nas cidades. Durante os séculos XVII e XVIII as taxas de mortalidade pemaneceram altas, muitos registros paroquiais demonstram a contínua ocorrência destas mortes. Epidemias e fome foram causas do excesso de mortalidade, além de outros desastres naturais como terremotos. Não é fácil explicar a redução das taxas de mortalidade, podemos dizer que uma das iniciativas foi em 1780 com a introdução da vacina contra a varíola, muitas campanhas foram feitas a partir desse momento. Os “gauchos” povoaram os pampas de Rio de la Plata, fazendeiros multiplicaram seus rebanhos nas planícies de Orinoco e muitos novos espaços foram colonizados. Muitos indígenas congregados em aldeias no século XVII decidem dispersar-se novamente. “No final do período colonial a migração oriunda da Europa continuou a ser uma fonte importante do crescimento populacional”(p.52), no entanto a corrente migratória mais forte continuou a ser a involuntária advinda da África. O grande aumento de escravos deveu- se no século XVIII ao crescente cultivo de produtos tropicais, principalmente a cana-de- açúcar. Ao final do período colonial como ressalta ALBORNOZ, “a população da América Espanhola constituía-se, pois, de um elaborado mosaico de povos”, devido as várias raças das quais viviam agora na América.
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