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Crédito de carbono Profa. Verônica Oliveira Vianna Ecologia e Gestão Ambiental O que é o Protocolo de Quioto? De forma simples podemos dizer que o Protocolo de Quioto é um documento produzido em conjunto pelas principais economias mundiais, no intuito de estabelecer mecanismos e políticas que proporcionem melhorias ambientais e de sustentabilidade ao mundo todo, principalmente relacionadas ao aquecimento global, já que catástrofes ambientais afetam toda a humanidade. Como a economia move o mundo, então criou-se um mercado em torno disso para incentivar e viabilizar tais ações. O que é Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)? O MDL é um dos instrumentos de flexibilização estabelecidos pelo Protocolo de Quioto com o objetivo de facilitar o alcance das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa definidas para os países que o ratificaram. Em síntese, a proposta do MDL (descrita no Artigo 12 do Protocolo) consiste em que cada tonelada de CO2 equivalente (tCO2e) que deixar de ser emitida ou for retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento poderá ser negociada no mercado mundial, criando novo atrativo para a redução das emissões globais. Como funciona este mercado? O mercado onde o recurso financeiro é movimentado chama-se mercado de créditos de carbono, o princípio é o seguinte, países desenvolvidos listados no Protoloco de Quioto devem manter suas emissões de gases causadores do aquecimento global dentro de uma faixa pré- estabelecida, caso não consigam, eles podem comprar reduções certificadas de emissões (créditos de carbono) de países em desenvolvimento que tenham viabilizado projetos redutores de emissões. Os processos produtivos são grandes consumidores de recursos naturais e também poluidores, os créditos de carbono são concedidos pelos órgãos competentes, através da aplicação de mecanismos de desenvolvimento limpo, ou seja, projetos que proporcionem melhorias ambientais e sustentáveis aos sistemas de produção. Ressalto novamente que o ponto mais importante são as reduções de emissões de gases causadores do aquecimento global, NÃO É O EFEITO ESTUFA, este é um fenômeno natural. Como existem várias substâncias causadoras deste aquecimento e o dióxido de carbono (CO2) é o mais relevante então todos os demais são convertidos em equivalentes de CO2. Existem substâncias que são muitas vezes mais perigosos que o CO2, mas como a quantidade emitida destes gases é muito mais baixa então ele sempre será a base, por isso os créditos concedidos aos redutores de emissões são chamados créditos de carbono. O que são os créditos de carbono? O que isso tudo significa? Significa que é possível angariar recursos financeiros através da implementação de projetos que reduzam a quantidade de CO2 emitido ou quaisquer outros gases causadores do aquecimento global, recebendo por isso créditos de carbono e vendendo estes créditos aos países desenvolvidos que tem dificuldades em manter suas emissões dentro do acordado no Protocolo de Quioto. Seu Zé informa... Você sabia? Por convenção, 1 ton de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. O homem lança mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera por ano. Que tipos de projetos podem receber créditos de carbono? Todos os projetos que utilizarem metodologias pré-aprovadas pelos órgãos responsáveis podem gerar créditos de carbono, ou seja, existem métodos comprovadamente redutores de emissões que os órgãos competentes aceitam na hora de dar os créditos. Neste site http://cdm.unfccc.int/methodologies/index.html estão listadas as metodologias aceitas. Além disso é possível submeter novas metodologias para serem aprovadas e a partir daí gerarem créditos. No agronegócio talvez as principais atividades que podem gerar créditos são: a) Confinamento de gado de corte b) Produção de leite com animais confinados c) Criação de suínos e aves d) Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e) Reflorestamento
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