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4.1 aula Crédito de carbono

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Crédito de carbono 
Profa. Verônica Oliveira Vianna 
Ecologia e Gestão Ambiental 
O que é o Protocolo de Quioto? 
De forma simples podemos dizer que o Protocolo de 
Quioto é um documento produzido em conjunto 
pelas principais economias mundiais, no intuito de 
estabelecer mecanismos e políticas que 
proporcionem melhorias ambientais e de 
sustentabilidade ao mundo todo, principalmente 
relacionadas ao aquecimento global, já que 
catástrofes ambientais afetam toda a humanidade. 
Como a economia move o mundo, então criou-se 
um mercado em torno disso para incentivar e 
viabilizar tais ações. 
 O que é Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 
(MDL)? 
 
 
 
O MDL é um dos instrumentos de flexibilização estabelecidos pelo 
Protocolo de Quioto com o objetivo de facilitar o alcance das metas 
de redução de emissão de gases de efeito estufa definidas para os 
países que o ratificaram. Em síntese, a proposta do MDL (descrita no 
Artigo 12 do Protocolo) consiste em que cada tonelada de CO2 
equivalente (tCO2e) que deixar de ser emitida ou for retirada da 
atmosfera por um país em desenvolvimento poderá ser negociada no 
mercado mundial, criando novo atrativo para a redução das emissões 
globais. 
Como funciona este mercado? 
O mercado onde o recurso financeiro é 
movimentado chama-se mercado de créditos de 
carbono, o princípio é o seguinte, países 
desenvolvidos listados no Protoloco de Quioto 
devem manter suas emissões de gases causadores 
do aquecimento global dentro de uma faixa pré-
estabelecida, caso não consigam, eles podem 
comprar reduções certificadas de emissões 
(créditos de carbono) de países em 
desenvolvimento que tenham viabilizado projetos 
redutores de emissões. 
 
Os processos produtivos são grandes consumidores de recursos 
naturais e também poluidores, os créditos de carbono são 
concedidos pelos órgãos competentes, através da aplicação de 
mecanismos de desenvolvimento limpo, ou seja, projetos que 
proporcionem melhorias ambientais e sustentáveis aos sistemas de 
produção. Ressalto novamente que o ponto mais importante são as 
reduções de emissões de gases causadores do aquecimento global, 
NÃO É O EFEITO ESTUFA, este é um fenômeno natural. Como 
existem várias substâncias causadoras deste aquecimento e o 
dióxido de carbono (CO2) é o mais relevante então todos os 
demais são convertidos em equivalentes de CO2. Existem 
substâncias que são muitas vezes mais perigosos que o CO2, mas 
como a quantidade emitida destes gases é muito mais baixa então 
ele sempre será a base, por isso os créditos concedidos aos 
redutores de emissões são chamados créditos de carbono. 
O que são os créditos de carbono? 
O que isso tudo significa? 
 
 
Significa que é possível angariar recursos financeiros através da 
implementação de projetos que reduzam a quantidade de CO2 
emitido ou quaisquer outros gases causadores do aquecimento 
global, recebendo por isso créditos de carbono e vendendo estes 
créditos aos países desenvolvidos que tem dificuldades em manter 
suas emissões dentro do acordado no Protocolo de Quioto. 
 
 
 
 
Seu Zé informa... 
Você sabia? 
Por convenção, 1 ton de dióxido de carbono (CO2) corresponde 
a um crédito de carbono. 
O homem lança mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido 
de carbono (CO2) na atmosfera por ano. 
Que tipos de projetos podem receber créditos de carbono? 
Todos os projetos que utilizarem metodologias pré-aprovadas 
pelos órgãos responsáveis podem gerar créditos de carbono, ou 
seja, existem métodos comprovadamente redutores de 
emissões que os órgãos competentes aceitam na hora de dar os 
créditos. Neste site 
http://cdm.unfccc.int/methodologies/index.html estão listadas 
as metodologias aceitas. 
Além disso é possível submeter novas metodologias para serem 
aprovadas e a partir daí gerarem créditos. 
 
No agronegócio talvez as principais atividades que podem gerar 
créditos são: 
a) Confinamento de gado de corte 
b) Produção de leite com animais confinados 
c) Criação de suínos e aves 
d) Integração Lavoura-Pecuária-Floresta 
e) Reflorestamento

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