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Aula EGA ESPÉCIES EXÓTICAS 2014

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PROFa. Dra. VERÔNICA OLIVEIRA VIANNA 
ECOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL 
 Fauna silvestre exótica: Todas as espécies 
que não ocorram naturalmente no território 
brasileiro, possuindo ou não populações livres 
na natureza, geralmente introduzida pelo 
homem. 
 
 Domesticação: Processo de adaptação de 
plantas e animais para viver em associação 
com o homem. 
 
 Fauna doméstica: Todas as espécies que 
através de processos tradicionais de manejo 
tornaram-se domésticas, possuindo 
características biológicas e comportamentais 
em estreita dependência do homem. 
 Fauna silvestre nativa (autóctone e 
alóctone): Táxon nativo e restrito a uma 
determinada área geográfica. 
 
 Fauna Autóctone: Formado in situ; 
originário do próprio local onde ocorre 
atualmente. 
 Fauna Alóctone: A que não é originária da 
região, que veio de fora. 
 
 Fauna asselvajada: Espécie da fauna doméstica que se 
torna selvagem. Popularmente conhecida como animal 
“alongado”. 
 
 Este é o caso do porco-monteiro no Pantanal Mato-
grossense, que hoje ocorre em populações consideráveis. 
Diz-se também que encontra-se em estado feral. 
 
 Pode-se citar o cão “alongado”, cuja presença é o problema 
mais comum em UCs paranaenses. 
 Introdução: é a soltura de indivíduos 
de uma espécie em uma área em que a 
espécie não ocorre naturalmente. 
Pode ser relativa a espécies nativas 
(brasileiras e alóctones) ou exóticas 
(de outro país). 
Invasão: é uma característica das espécies 
que, uma vez introduzidas a partir de 
outros ambientes, adaptam-se e se 
reproduzem a ponto de substituir espécies 
nativas e alterar processos ecológicos 
naturais, tornando-se dominantes após um 
período mais ou menos longo, requerido 
para sua adaptação (Ziller, 2000). 
 
 Espécies exóticas invasoras (invasive alien 
species – IAS): ”uma espécie introduzida 
que avança, sem assistência humana, e 
ameaça habitats naturais ou semi-naturais 
fora de seu território de origem” causando 
impactos econômicos, sociais ou 
ambientais. 
 Processos de invasão: 
 
 a. chegada 
 b. fase de estabelecimento 
 c. fase de dispersão 
 d. fase de integração 
 
Mamíferos 
 Lebre-européia (Lepus europaeus); 
Tem sua origem registrada na África desflorestada. 
 
Espécie introduzida no Brasil no Rio Grande do Sul, 
através da Argentina, trazida pelos colonizadores 
europeus para a América do Sul. 
Lepus europaeus Lebre-européia 
 Seu deslocamento de ocupação do território se deu 
sincronicamente com a construção de pontes, 
facilitando a travessia de rios (Silva, 1984). 
 Atualmente é registrada no estado de São Paulo tendo 
como limite o Rio Tietê e encontra-se no Mato Grosso do 
Sul também. 
 Causa prejuízos em hortaliças (Ataca: maracujá, 
melancia, feijão, milho, pupunha e hortaliças como 
repolho, couve e brócolis). 
 Atacam no crepúsculo e à noite com danos 
consideráveis. 
 Aves: 
 Pardal (Passer domesticus) 
 Ave sinantrópica típica, com origem no Oriente Próximo. 
Introduzido em 1906 no Rio de Janeiro para campanha de 
higienização da cidade. 
 
 Pombo-doméstico (Columba livia domestica) 
 Introduzido já no século XVI no Brasil. Criado há 5.000 anos 
pelos asiáticos. 
 Causa inúmeros problemas nas cidades de médio e grande 
porte, tanto em termos de saúde como prejuízos à 
arquitetura de prédios. 
 Bico-de-lacre (Estrilda astrild) 
Foi trazido para o Brasil em navios negreiros durante o reinado de D. Pedro 
I. Por volta de 1870 foi solto no interior de São Paulo, de onde se 
distribuiu pelo país. 
 
 Garça-vaqueira (Bubulcus ibis) – introdução natural. 
Registrada no Brasil pela primeira vez, em setembro de 1964 na Ilha de 
Marajó, associada a búfalos e nidificando junto a outras espécies de 
garças. Originária da África, Espanha meridional (Velho Mundo). Chegou 
pelo Norte da América do Sul, facilitado que foi o seu vôo pelos ventos 
alísios. Registros também nas Antilhas, Flórida e Canadá. 
 
Bico-de-lacre (Estrilda astrild) 
 
Garça vaqueira 
 A lagartixa-de-parede Hemidactylus 
mabouia chegou casualmente à América 
do Sul procedente da África com os 
primeiros barcos de escravos. Atualmente, 
está bem distribuída no continente, 
ocorrendo na Caatinga com baixa 
freqüência, e coexistindo com H. agrias, 
muito mais rara ainda. 
 
Hemidactylus mabouia - lagartixa-de-parede 
 O “siri killer” 
 Crustáceo de nome Charybdis hellerii, originário das regiões 
quentes do Mar Mediterrâneo e do Oceano Pacífico, chegou 
à costa do Brasil de forma clandestina, provavelmente dentro 
de tanques de lastro de navios petroleiros. Tais 
compartimentos são inundados com água marinha no local 
de embarque, a fim de dar estabilidade à embarcação 
durante a viagem, e esvaziados perto dos portos de chegada. 
 
Competem por comida com as espécies nativas e reproduzem-se 
muito rapidamente. 
Como especiaria não têm atrativos, pois sua carne tem gosto ruim e 
não representa quantidade no animal, por isso não possuem valor 
comercial, o que dificulta ainda mais o seu controle. 
Foi encontrado pela primeira vez no Brasil em 1995, na Ilha das 
Fontes, em Salvador, pelos biólogos Edílson Pires de Gouvêa e 
César Roberto Carqueija, da Universidade Federal da Bahia. Já 
foram vistos no Rio de Janeiro e em São Sebastião, no litoral de 
São Paulo. 
 
 Répteis 
 Teiú, Tupinambis merianae (espécie alóctone) 
introduzido no Parque Nacional de Fernando de 
Noronha; 
 Tigre-d’água, Trachemys scripta elegans 
 Anfíbios 
 Rã-touro, Rana catesbeiana,(Lithobates 
catesbeianus) 
Teiú Tupinambis merianae 
PEVR, Fênix, Mauro Britto 
XII.08 
Tupinambis merianae teiú 
 
Criadouro Fazenda Reserva Romanetto 
 
Lithobates catesbeianus Rã-touro 
 Espécies introduzidas e ocorrentes no Paraná: 
 Mamíferos: 
 Javali (geralmente da espécie Sus scrofa); 
Introduzido na década de 60 no município de Palmeira, com 
finalidades de criação, não teve seu controle feito de forma 
adequada e indivíduos fugiram, iniciando a formação de uma 
população de tamanho desconhecido, que hoje causa problemas 
tanto em Palmeira como em Ponta Grossa e Campo Largo, já 
tendo sido observado nos arredores e interior do Parque Estadual 
de Vila Velha, e em Campo Largo causa prejuízos a pequenos 
proprietários rurais. 
PROBLEMAS AMBIENTAIS COM 
FAUNA NO, PR 
 Controle e procedimentos: 
 Armadilhas com ceva 
 Armadilhas com porca no cio 
 Caça com cães 
 Caça com Binóculos – Específico para caça a 
um indivíduo, utilizando-se de cevas em 
locais determinados e usando cavalo em 
pontos mais altos da área. 
 Considerando que os javalis-europeus (Sus scrofa), em todas as suas formas, 
linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento com o porco doméstico, são 
animais exóticos invasores e nocivos às espécies silvestres nativas, aos seres 
humanos, ao meio ambiente, à agricultura, à pecuária e à saúde 
pública; 
 
Considerando os registros de ataques de javalis aos seres humanos no Brasil; 
 
Considerando os registros de ataques de javalis aos animais silvestres nativos e 
animais domésticos; 
Considerando, ainda, a variedade de doenças transmissíveis pelos javalis aos seres 
humanos, animais domésticos e silvestres nativos; 
 Considerando as punições previstas para o crime de difusão de doença ou praga que 
possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica, conforme 
disposto pelo Art. 259 do Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940; 
 
 Art. 2º Autorizar o controle populacional do javali vivendo em liberdade em todo o 
território 
 nacional. 
 § 1º - Paraos fins previstos nesta Instrução Normativa, considera-se controle 
do javali a perseguição, o abate, a captura e marcação de espécimes seguidas 
de soltura para rastreamento, a captura seguida de eliminação e a eliminação 
direta de espécimes. 
 § 2º - O controle do javali será realizado por meios físicos, observado o art. 10 
da Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967, e demais diplomas normativos que 
regulem a matéria. 
 § 3º - O emprego de armadilhas, substâncias químicas (salvo o uso de 
anestésicos) e a realização de soltura de animais para rastreamento com 
finalidade de controle somente serão permitidos mediante autorização de 
manejo de espécies exóticas invasoras que deverá ser solicitada no sítio 
eletrônico do Ibama na seção "Serviços". 
 § 4º - É vedado o uso de produtos cuja composição ou método de aplicação 
sejam capazes de afetar animais que não sejam alvo do controle. 
 
 § 5º - Somente será permitido o uso de armadilhas que capturem e 
mantenham o animal vivo, sendo proibidas aquelas capazes de matar ou ferir, 
como, por exemplo, laços e dispositivos que envolvam o acionamento de 
armas de fogo. 
 
 § 6º - A aquisição, transporte e uso de equipamentos e produtos para o 
controle dos javalis serão de responsabilidade do interessado, observadas as 
previsões da autoridade competente quanto ao seu emprego e destinação de 
embalagens e resíduos. 
 § 7º - A aquisição, o transporte e o uso de armas de fogo para o controle de 
javalis deverão obedecer as normas que regulamentam o assunto. 
 § 8º - O controle de javalis não será permitido nas propriedades particulares 
sem o consentimento dos titulares ou detentores dos direitos de uso da 
propriedade. 
 § 9º - O controle de javalis dentro de Unidades de Conservação Federais, 
Estaduais e Municipais deverá ser feito mediante anuência do gestor da 
Unidade. 
 
Javali 
 
Um dos menores primatas do mundo, adaptados à 
vida saltatória arbórea, o que permitiu 
oportunidades de estratégias alimentares e 
comportamentais diversificadas. 
São onívoros e alimentam-se de: flores, frutos, 
sementes, brotos, mel, néctar, exsudatos e 
artrópodes. 
Características dos Calitriquídeos 
As espécies introduzidas são Callithrix jacchus 
e C. penicilatta, as quais diferenciam-se pela 
coloração dos pêlos do tufo auricular: 
 Tufos brancos: C. jacchus Tufos negros: C. penicilatta 
ÁREA DE 
DISTRIBUIÇÃO 
NATURAL 
C. jacchus 
Nordeste: 
oeste dos Rios 
São Francisco e 
Grande, leste 
do Parnaíba. 
C. penicilatta 
Leste central: 
norte do Tietê 
e Piracicaba, 
leste do São 
Francisco e 
Grande. 
Hershkovickz, 1977 
 Área do Bosque do Parque Barigüi Nordeste – C. jacchus 
Leste central: norte do 
Tietê e Piracicaba, leste 
do São Francisco e 
Grande - C. penicilatta 
 
 
 
 
 Moluscos Gastrópodes 
 Caramujo-gigante-africano - Achatina fulica 
Em janeiro de 2000, foram coletados na região de Eufrasina, município 
de Paranaguá, exemplares deste gastrópode de origem africana. O 
problema de introdução já vem ocorrendo em Iguape, litoral de São 
Paulo e agora dissemina-se no litoral do Paraná. 
É considerado uma praga para a agricultura e encontra-se proibida nos 
Estados Unidos a sua criação e comercialização. Na França é utilizado 
normalmente como escargot. 
 É espécie apontada como a mais susceptível a infecção por 
Angiostrongylus, um nematóide responsável pela angiostrongilíase 
meningoencefálica humana. A disseminação da doença se dá por 
ingestão de alimentos contaminados com o muco do caramujo, bem 
como a ingestão direta do molusco (é uma espécie comestível). 
 
 A orientação é fazer a catação manual (com luva) e depositar os 
indivíduos coletados em baldes com água e sal. 
 
 
MUNICÍPIOS DO PARANÁ COM OCORRÊNCIA DE 
 Achatina fulica (Bowdich, 1822) 2000 a 2007 
Fonte:SESA/CSA/DV Zoonoses e Intoxicações 
*dados parciais até 01/06/2007 
Megalobulimus oblongus Mauro Britto Caramujo-do-mato 
 Molusco Bivalvos 
 Limnoperna fortunei (mexilhão-dourado) 
 Espécies invasoras dominantes, cuja origem é a Ásia. 
Chegaram ao continente provavelmente em função de 
transporte através de lastros de navios. L. fortunei entrou 
através da Argentina. Existem informações da década de 
’70 da foz do Rio da Prata. 
 
 Peixes: 
 Carpa-comum (Cyprinus carpio) 
Distribuição geográfica: Europa Oriental e Ásia 
Possui registros para Rio Passaúna (Araucária e Almirante 
Tamandaré) e Rio Verde (Campo Largo). 
Espécie exótica, introduzida na bacia a partir de seu 
emprego em piscicultura, tendo provavelmente escapado 
para águas livres. 
 Corvina (Plagioscion squamosissimus) 
Disseminada por toda a bacia do Rio Paraná e 
com importante participação na pesca do 
reservatório de Itaipu, sendo esta uma das 
mais bem–sucedidas. Introduzida em 1967 
pela CESP (Centrais Energéticas do Estado de 
São Paulo) no Rio Pardo (Mato Grosso do 
Sul). 
 
 Traíra (Hoplias malabaricus) e Trairão (Hoplias lacerdae) 
Distribuição geográfica: América do Sul 
Registro de ocorrência na bacia dó Rio Iguaçu: da nascente à foz. 
Espécie provavelmente introduzida na bacia nas últimas décadas. H. 
lacerdae com ocorrência mencionada para a bacia, e também 
introduzida. 
Alimenta-se exclusivamente de peixes nos reservatórios de Segredo 
e Foz do Areia, especialmente Astyanax sp.. 
 
 Tilápia (Tilapia rendalli) e Tilápia (Oreochromis niloticus) 
 Distribuição geográfica: África Central e Setentrional 
 Registro de ocorrência: bacia do Rio Iguaçu, Rio Iguaçu e Rio Belém 
(Curitiba).Introduzida em piscicultura, devendo ter escapado para 
águas livres. 
 Carpa-capim (Ctenopharyngodon idella) 
Originária da China é uma espécie herbívora. 
 Tambaqui (Colossoma macropomum) 
 Peixe de piracema nativo da bacia Amazônica.Onívoro, alimentando-
se de frutos, sementes e crustáceos, possui elevado valor comercial. 
É encontrado na região Norte, além dos estados de Mato Grosso, 
Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. 
 
 
 Cat-fish (Ictalurus punctatus) 
Espécie muito criada no Sul do Estados Unidos, responsável por boa parte da 
produção aquícola de água doce daquele país. Considerado um peixe 
nobre, hábitos calmos, carne muito saborosa, filés sem espinhos e com 
baixo teor de gordura. São alimentados diariamente com uma taxa de 
alimento de 4 a 5% do peso de seu corpo. Em ambientes muito iluminados 
e com alta transparência de água, ficam bastante agitados. 
 Bagre-africano (Clarias gariepinus) 
Apresenta rápido crescimento e sabor agradável (possui poucos espinhos e seu 
teor de proteína é de aproximadamente 18% e 4% de gordura). Adapta-se a 
altas densidades de estocagem e apresenta um tecido esponjoso sobre o arco 
branquial, podendo absorver o ar atmosférico por pouco tempo, conforme 
condições favoráveis do ambiente, ou seja, respiram fora da água. Espécie 
resistente às condições adversas pode crescer e se desenvolver onde poucos 
peixes sobreviveriam. Mas no Brasil, o interesse por seu cultivo está em 
declínio. 
 
 
 Tucunaré (Cichla ocellaris e C. monoculus ) : 
 
Originário da Bacia Amazônia, hoje aclimatado em quase 
todas as regiões do Brasil, é considerado o "REI DOS RIOS", 
devido à suas características de agressividade e predador 
nato. Hoje é o símbolo maior da pesca esportiva do país. 
Atualmente vem sendo introduzido em Clubes de pesca, 
como a grande atração junto ao público pela sua 
esportividade e qualidade da sua carne que é considerada 
nobre de requinte paladar. 
Tucunaré (Cichla ocellaris) 
 Gato-doméstico (Felis silvestris catus) 
 Originário do gato-selvagem Felis silvestris. 
 Domesticado há cerca de9.500 anos, 
provavelmente capturados da vida selvagem 
nos primeiros estágios da agricultura, 
quando o homem deixava de ser caçador e 
coletor e tornar-se agricultor. 
 Cão-doméstico (Canis lupus familiaris ) 
 Originário do lobo-cinzento Canis lupus. 
 Estima-se que os humanos iniciaram a domesticação do 
cão entre 12.000 e 50.000 anos atrás. 
 Este processo de domesticação pode também ter ocorrido 
não apenas uma vez, mas várias e em várias partes do 
mundo, onde ocorresse a espécie selvagem. 
Felis silvestris Gato-silvestre 
 
D. Wade & J. Bowns Ovis aries Ovelha atacada, sem ter sido consumida 
 
 
Ovis aries 
 
Ovino atacado por cães 
domésticos – (Foto cedida ao IAP 
por S. Lago). 
 
Ovino atacado por cães 
domésticos – (Foto cedida ao 
IAP por S. Lago). 
Ovis aries 
 
1. CONSEQUÊNCIAS DA EXISTÊNCIA OU 
INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS 
NAS UCs; 
 
2. EFEITOS DA INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES 
EXÓTICAS NAS UCs; 
 
 
 
1. INDICAÇÕES DE MANEJO: 
a) ARMADILHAS; 
b) TRABALHOS DE ORIENTAÇÃO NO 
ENTORNO: ►SENSIBILIZAÇÃO: 
PRENDER, ALIMENTAR, CUIDAR. 
c) ERRADICAÇÃO: QUANDO É NECESSÁRIA. 
 
Foto: Laury Cullen Jr. 
Caixa de transporte multiuso, nas 
dimensões de 120 cm de 
comprimento x 70 cm de altura x 
50 cm largura.

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