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Modo de viver yanomamis

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Introdução/ resumo
Palavras chave: Etnia Yanomami. Cultura. Festa. Agricultura. Religião.
O objetivo deste trabalho é apresentar a etnia Yanomami, com enfoque em suas festividades, agricultura e religiosidade. Compreendendo suas relações sociais e sua forma de conviver entre si e com o resto da humanidade. 
Os Yanomamis são uma etnia indígena que vive isolada no extremo Amazônico e na região de fronteira com a Venezuela na área do interflúvio Orinoco - Amazonas (afluentes da margem direita do rio Branco e esquerda do rio Negro), este território corresponde aproximadamente à 192.000 km².
No território brasileiro, a população yanomami é em cerca de 12.500 pessoas, repartidas em 188 comunidades, segundo o censo da FUNASA. É a sétima maior tribo indígena do Brasil. 
Este povo forma uma sociedade de caçadores-agricultores, as aldeias são organizadas em malocas – chamadas de yano ou shabono, são habitações coletivas circulares que podem acomodar até 400 pessoas – onde se desenvolvem as festividades e rituais. Cada maloca, ou aldeia, considera-se entidade econômica e política autônoma, de forma que seus membros, idealmente, se relacionam entre si.
Entretanto, todos os grupos locais formam redes de relações para trocas com grupos aliados, de tal forma que é possível a união entre pessoas de grupos distintos formando uma complexa organização sócio-política. 
Por acreditarem fortemente na igualdade entre as pessoas não reconhecem líderes e as decisões são tomadas de forma coletiva. 
Religiosidade
São extremamente espirituais, acreditando que cada forma de vida possui uma entidade espiritual representante. Possuem termos específicos afim de expressar respeito e admiração pela grandiosidade da floresta. Por exemplo; urihi designa a floresta e seu chão; yanomae thëpë urihipë, "a floresta dos seres humanos", é a mata que Omama deu para os Yanomami viverem de geração em geração e também, o nome do mundo: urihi a pree, "a grande terra-floresta".
A floresta não é um simples espaço para ser controlado pelos humanos, mas sim uma entidade viva, que possui imagem essencial (urihinari), um sopro (wixia), bem como um princípio imaterial de fertilidade (në rope).
Os animais (yaropë) são considerados avatares de antigos antepassados violentos e descontrolados que assumiram formas de animais. A morte é justificada através dos inúmeros seres maléficos (në waripë), que se escondem na floresta. 
Omama, uma espécie de Deus Yanomami, além de deixar a floresta, criou os xapiripë para que cuidassem dos índios, essas criaturas vivem por toda a floresta, refletindo em seus espelhos a vida da aldeia. No fundo das águas, esconde-se a casa do monstro Tëpërësik«, sogro de Omama, onde moram também os espíritos yawarioma, cujas irmãs seduzem e enlouquecem os jovens caçadores yanomami, dando-lhes, assim, acesso à carreira xamânica.
O contato com esses espíritos de forma miniatura humanoide enfeitadas de ornamentos cerimoniais coloridos e brilhantes, dá iniciação a carreira dos pajés, através da inalação de pó alucinógeno por muitos dias, até conseguirem contatar os espíritos e eles responderem seus cantos. A chegada dos espíritos é comemorada com uma rica e ruidosa festa intercomunitária.
Logo após a iniciação, os pajés atuam como espíritos auxiliares dos xapiripë, possuindo poderes de contato com o mundo essencial, são pilares da sociedade Yanomami. Eles protegem suas comunidades, tanto de ameaças humanas quanto sobrenaturais, controlam a natureza e curam os enfermos. 
 Festividades 
Como são uma etnia de caçadores-agricultores suas atividades diárias para sobrevivência não duram mais do que quatro horas por dia, deixando muito tempo livre para atividades de lazer e sociais. Costumam festejar em épocas de boa colheita. 
As festas costumam ser preparadas durante um período lunar e duram dias inteiros, na festa Reahumu as mulheres cantam e dançam até o amanhecer e quando terminam, a aldeia toda grita em homenagem a floresta. 
Visitas entre as comunidades são frequentes. Cerimônias são realizadas para marcar os eventos, tais como a colheita do fruto da pupunheira, e o reahu (festa de funeral), que comemora a morte de um indivíduo. A festa fúnebre é feita por toda a aldeia, todos choram, cortam os cabelos e as mulheres pintam o rosto de preto. O corpo é guardado numa caixa, e logo após o término da decomposição seus ossos são triturados, cremados e as cinzas misturadas num mingau tomado por todos. 
Agricultura 
Os solos de terras Yanomamis, em sua maioria são pobres e em intervalos de 4 à 8 anos os grupos precisam se descolar de 10 à 30 km, devido ao esgotamento do solo, pesca e coleta. 
As mulheres responsáveis pela roça, produzem cerca de 80% de toda alimentação da aldeia. Elas possuem cerca de 60 culturas, além de coletar nozes, mariscos, larvas e 15 tipos de mel. 
Os homens são responsáveis pela caça, muitas vezes usando o curare para envenenar o alvo. Eles não podem consumir sua própria caça, somente compartilhar com a aldeia, em troca recebem carne de outros caçadores. Homens e mulheres podem pescar, batem cipós tóxicos que flutuam sobre a água. O líquido atordoa os peixes que sobem para a superfície da água e são pegos nas cestas. Eles usam nove espécies de videira apenas para envenenar os peixes.
Os Yanomami têm um enorme conhecimento botânico e utilizam cerca de 500 plantas para alimentos, remédios, construção de casas e outros artefatos.
Conclusão 
Os Yanomamis com seu estilo recluso de vida, isolados nos extremos Amazônicos são praticamente uma máquina do tempo viva.
Em quando grupo humano sem qualquer contato ocidental, eles mostram como funcionava, por exemplo, a diversidade bacteriana antes de mutações de doenças, sabão e antibióticos. 
Através de todas suas características, mostram como o ser humano pode se desenvolver sem a ocidentalização. Por tanto, o contato com garimpeiros é extremamente perigoso, uma vez que eles além de trazerem doenças desconhecidas, nas quais os indígenas não tem proteção, destruir traços culturais, além do risco de extermínio da etnia. 
Os yanomamis são símbolo da importância da preservação da cultura indígena.
Referências Bibliográficas
Todas as fontes e referências foram acessadas no dia 08/04/2017.
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/17/ciencia/1429277446_083699.html
http://www.iande.art.br/musica/yanomami.htm
https://pib.socioambiental.org/pt/povo/yanomami/580
http://www.survivalinternational.org/povos/yanomami/mododevida
http://triboyanomami.blogspot.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ianom%C3%A2mis

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