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Curso sobre Sistema Remuneratório do Servidor Público

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Curso sobre Sistema 
Remuneratório do 
S id PúbliServidor Público
Agentes PúblicosAgentes Públicos
Definição:Definição:
Reputa-se agente público para os efeitos deste artigoReputa-se agente público, para os efeitos deste artigo, 
quem exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, ç p ç ç g ç
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos 
tid d d d i i t ã úbli di t i di tou entidades da administração pública direta, indireta, ou 
fundacional. (art. 73, § 1º, da Lei nº 9.504/97)
Agentes PúblicosAgentes Públicos
1) AGENTES POLÍTICOS: são os detentores dos cargos1) AGENTES POLÍTICOS: são os detentores dos cargos 
das mais altas hierarquias na Administração Pública. Seu 
vínculo com o Estado não é de natureza profissional, mas 
de natureza política. Exercem atividade de governo. 
Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da 
República, Governador do Estado e Prefeito Municipal e 
ti i ) ili i di t (Mi i trespectivos vices) e seus auxiliares imediatos (Ministros 
e Secretários); membros do Poder Legislativo 
(Deputados Senadores e Vereadores)(Deputados, Senadores e Vereadores). 
Agentes PúblicosAgentes Públicos
2) AGENTES ESTATAIS: dividem-se em:2) AGENTES ESTATAIS: dividem se em:
a) Servidores públicos: agentes titulares de cargos públicosa) Servidores públicos: agentes titulares de cargos públicos 
do Estado, nas autarquias e nas fundações de Direito 
Público;
b) Empregados públicos: agentes vinculados com o Poder ) p g p g
Público sob o regime celetista (obrigatório para a 
sociedade de economia mista e empresa pública).
c) Agentes temporários: agentes contratados por período 
determinado, para atender a excepcional interesse 
público (art. 37, IX, da CRFB).
Agentes PúblicosAgentes Públicos
3) AGENTES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO:3) AGENTES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO: 
composta por agentes públicos que, sem perderem a 
qualidade de particulares, exercem função pública, ainda que 
à át ádi S bdi idàs vezes em caráter esporádico. Subdividem-se em:
a) requisitados: jurados membros de Mesa receptora ea) requisitados: jurados, membros de Mesa receptora e 
apuradora de votos, recrutados para o serviço militar 
obrigatório. Exercem um munus público;g
b) contratados por locação civil de serviços: profissionais 
liberais renomados;
c) concessionários e permissionários de serviços públicos, 
bem como os delegados de função ou ofício público e os 
diretores de faculdades particulares reconhecidas pelo Poderdiretores de faculdades particulares reconhecidas pelo Poder 
Público. 
Regime jurídicoRegime jurídico
Regime jurídico estatutário: é de índole não contratual, criado 
por lei pelo ente federativo como instrumento de relação 
jurídica entre o servidor público e a Administração Pública 
direta e indireta (relação vertical de poder). 
Características:
a) município quem estabelece as regrasa) município quem estabelece as regras
b) alteração unilateral das relações jurídicas
c) obrigatório para cargos efetivos e comissionadosc) obrigatório para cargos efetivos e comissionados
d) podem gerar estabilidade
e) afasta recolhimento do FGTS)
f) aplicável a todos os poderes do ente federativo 
Regime jurídicoRegime jurídico
Há direito adquirido ao regime jurídico estatutário?Há direito adquirido ao regime jurídico estatutário?
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. 
SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO. REGIME 
JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. 1. A jurisprudência desta 
Suprema Corte se consolidou no sentido de que não háSuprema Corte se consolidou no sentido de que não há 
direito adquirido a regime jurídico. O vínculo entre o 
servidor e a Administração é de direito público, definido em lei, 
sendo inviável invocar esse postulado para tornar imutável o 
regime jurídico, ao contrário do que ocorre com vínculos de 
natureza contratual de direito privado este sim protegidonatureza contratual, de direito privado, este sim protegido 
contra modificações posteriores da lei. 2. Agravo regimental 
improvido. (STF, RE nº 287.261/MG, julgado em 28/06/2005)
Regime jurídicoRegime jurídico
Qual jurisdição é competente para julgar as demandas Qua ju sd ção é co pete te pa a ju ga as de a das
advindas da relação estatutária?
INCONSTITUCIONALIDADE A ã di t C tê iINCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Competência. 
Justiça do Trabalho. Incompetência reconhecida. Causas 
entre o Poder Público e seus servidores estatutários. Ações 
que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito 
estrito desta relação. Feitos da competência da Justiça 
Comum. Interpretação do art. 114, inc. I, da CF, introduzido p ç , , ,
pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida para excluir 
outra interpretação. O disposto no art. 114, I, da 
Constituição da República, não abrange as causasConstituição da República, não abrange as causas 
instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja 
vinculado por relação jurídico-estatutária. (STF, ADI-MC nº 
3395/DF liminar julgada em 05/04/2006)3395/DF, liminar julgada em 05/04/2006) 
Regime jurídicoRegime jurídico
Regime jurídico celetista: é subordinado às normas daRegime jurídico celetista: é subordinado às normas da 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (Decreto-lei nº 
5.452/43), apresentando-se como relação contratual, onde a 
Ad i i t ã Públi ã d lt il t l tAdministração Pública não pode alterar unilateralmente as 
relações entre as partes (relação horizontal de poder). 
Características:
a) as normas não são elaboradas pelo Municípioa) as normas não são elaboradas pelo Município
b) regime facultativo para a Administração Pública Direta
c) regime obrigatório para as Empresas Públicas e S.E.M.) g g p p
d) não gera estabilidade
e) há recolhimento do FGTS
f) obedecem as normas constitucionais dos arts. 37, 38 e 39.
Regime jurídicoRegime jurídico
Regime jurídico administrativo (especial): constitui-se paraRegime jurídico administrativo (especial): constitui se para 
fins de disciplinar as relações jurídicas entre a Administração 
Pública e os agentes contratados temporariamente, nos 
t d ti 37 IX CRFBtermos do artigo 37, IX, CRFB.
Características:Características:
a) não exercem cargo nem emprego público
b) exercem apenas função públicab) exercem apenas função pública
c) por tempo determinado, para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse públicop p p
d) não gera estabilidade
e) cada município estabelece em lei os direitos e deveres
f) assina-se contrato administrativo
Regime jurídicoRegime jurídico
Quais as matérias que merecem disciplina na lei queQuais as matérias que merecem disciplina na lei que 
regulamenta os agentes temporários?
a) normas da relação contratual (especial ou CLT);
b) direitos e obrigações;
c) período de contratação;c) período de contratação; 
d) possibilidade ou não de prorrogação da contratação;
e) forma de remuneração dos agentes públicos;e) o a de e u e ação dos age es púb cos;
f) fixação das funções que podem ser objeto de contratação;
g) término e extinção do contrato;
h) carga horária de trabalho;
i) vinculação ao RGPS (INSS) (art. 40, § 13, da CRFB);
j) forma e condições de realização de processo de seleçãoj) forma e condições de realização de processo de seleção 
pública, previamente à contratação.
Regime jurídicoRegime jurídico
Qual o regime jurídico mais adequado para os Q g j q p
contratados temporariamente?
Não é correto os servidores contratados por tempo determinadoNão é correto os servidores contratados por tempo determinado, 
nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, serem regidos 
pelo estatuto dos servidores ou pela CLT, devendo a lei 
respectiva de cada ente da federação determinar (a exemplo do p ç ( p
que ocorreu noâmbito da União, com a edição da Lei n. 8.745/93) 
o regime "especial" a que estarão submetidos esses servidores 
contratados por tempo determinado para atender às 
necessidades temporárias de excepcional interesse públiconecessidades temporárias de excepcional interesse público.
Não deverá ser feito contrato de trabalho e nem ser editada 
portaria, devendo, sim, ser firmado contrato administrativo com as 
pessoas que desempenharão por prazo determinado as funçõespessoas que desempenharão, por prazo determinado, as funções 
públicas necessárias ao atendimento da necessidade temporária 
de excepcional interesse público. (TCE/SC, prejulgado 1877, 
julgado em 04/06/2007)j g )
Regime jurídicoRegime jurídico
Caso as contratações temporárias sejam disciplinadasCaso as contratações temporárias sejam disciplinadas 
pela CLT, há necessidade de recolhimento de FGTS?
Caso o regime adotado pela Lei Municipal seja o da 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, todas as ç
normas do referido estatuto jurídico se aplicam à 
contratação, incluindo a anotação na CTPS e o 
lhi t d t ib i ã FGTSrecolhimento de contribuição ao FGTS.
(TCE/SC, prejulgado nº 1668, julgado em 18/07/2005) 
Regime jurídicoRegime jurídico
A Justiça do Trabalho é competente para julgar contratações ç p p j g ç
temporárias calcadas em regime jurídico administrativo 
especial?
Reclamação. Contrato temporário. Regime jurídico 
administrativo. Descumprimento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade n. 3.395. Competência da Justiça p ç
Federal. Contrato firmado entre a Anatel e a Interessada tem 
natureza jurídica temporária e submete-se ao regime jurídico 
administrativo, nos moldes da Lei n. 8.745/93; do inc. XXIII do 
art. 19 da Lei n. 9.472/97 e do Decreto n. 2.424/97. 
Incompetência da Justiça Trabalhista para o 
processamento e o julgamento das causas que envolvam 
P d Públi id lh j i l do Poder Público e servidores que lhe sejam vinculados 
por relação jurídico-administrativa. Precedentes. 
Reclamação julgada procedente. (STF, RCL nº 4.762, 
julgamento em 02/03/07)julgamento em 02/03/07)
Regime jurídicoRegime jurídico
Como fica a estabilidade da gestante contratada g
temporariamente?
"O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido deO Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de 
que as servidoras públicas e empregadas gestantes, 
inclusive as contratadas a título precário, 
independentemente do regime jurídico de trabalho, têm p g j ,
direito à licença-maternidade de cento e vinte dias e à 
estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até 
cinco meses após o parto, nos termos do art. 7º, XVIII, da 
C tit i ã d B il d t 10 II "b" d At dConstituição do Brasil e do art. 10, II, "b", do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias. Precedentes." (STF, 
RE n. 600.057-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-9-
09 2ª Turma DJE de 23 10 09)09, 2ª Turma, DJE de 23-10-09). 
No mesmo sentido: TJSC, Apelação Cível n. 2008.021698-2, p ç
de Correia Pinto e Ação Rescisória n. 2009.003021-3,da Capital.
Regime jurídicoRegime jurídico
Exemplo:
- Contrato Temporário: 01/02/2009 a 15/12/2009
- Confirmação da gravidez em 01/03/2009
- Início da licença-maternidade: 15/11/2009
- Parto em 01/12/2009Parto em 01/12/2009
- Término do CT: 15/12/2009 (prorrogação formal do contrato) 
- Fim da licença-maternidade: 15/03/2010 (encerra-se contrato)
- Estabilidade provisória: 01/05/2010 (posição do STF e TJSC)
Cargo PúblicoCargo Público
Cargo público: são as menores unidades funcionais criadas no Ca go púb co são as e o es u dades u c o a s c adas o
órgão para serem providas por agentes que exercerão as suas 
atribuições na forma da lei. (MEIRELLES, 2002: 74). 
a) Criação e extinção
- Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicas no Poder Executivo: por lei, de iniciativa do Chefe do Poder 
Executivo (art. 61, § 1º, II, “a”) ( , § , , )
- Extinção de função ou cargos públicos vagos no Poder Executivo:
decreto do Chefe do Poder Executivo (art 84 VI “b”)decreto do Chefe do Poder Executivo (art. 84, VI, b )
- Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
úbli P d L i l ti l ã d C ( t 51 IV)públicas no Poder Legislativo: resolução da Casa (art. 51, IV)
Cargo PúblicoCargo Público
b) Classificação: em carreira ou isoladosb) Classificação: em carreira ou isolados
c) Formas de provimento: originário e derivado) p g
ORIGINÁRIO: dá-se pela nomeação de agente público 
independente do vínculo anterior com a Administração 
Pública (comissionados, efetivos e vitalícios). 
Cargos comissionados: são aqueles ocupados em 
caráter transitório por pessoa de confiança da autoridade p p ç
competente para preenchê-los, a qual também pode 
exonerar ad nutum, isto é, livremente, quem os esteja 
titularizando (MELLO 2002: 269) (art 37 II e V)titularizando. (MELLO, 2002: 269) (art. 37, II e V) 
Cargo PúblicoCargo Público
Efetivo: são aqueles cargos cujo provimento tem caráterEfetivo: são aqueles cargos cujo provimento tem caráter 
permanente, que integram o quadro da Administração e 
exigem para o ingresso prévio concurso público, nos 
termos do art. 37, II, da Constituição Federal, tendo sua 
relação de trabalho regida pelo Estatuto dos Servidores 
Públi dit d l tPúblicos editado pelo ente. 
Vit lí i ã i t â bit d t i i l (M bVitalício: não existe no âmbito do ente municipal (Membros 
do Poder Judiciário, membros do Ministério Público, 
Conselheiros dos Tribunais de Contas)Conselheiros dos Tribunais de Contas)
Cargo PúblicoCargo Público
DERIVADO: quando o agente público já possuía vínculo 
com a Administração Pública. Os mais conhecidos são:com a Administração Pública. Os mais conhecidos são:
1) Promoção1) Promoção 
2) Readaptação (por limitações físicas ou mentais)
3) Reintegração (retorno por exoneração indevida)3) Reintegração (retorno por exoneração indevida)
4) Reversão (reingresso de servidor aposentado)
5) Aproveitamento (em cargo de atribuições e requisitos de5) Aproveitamento (em cargo de atribuições e requisitos de 
ingresso semelhantes)
6) Recondução (retorno ao cargo por inabilitação em outro6) Recondução (retorno ao cargo por inabilitação em outro 
cargo)
ReadaptaçãoReadaptação
“4 O instituto da readaptação tem como objetivo a4. O instituto da readaptação tem como objetivo a 
reabilitação funcional digna e eficaz do servidor público. 
No plano individual tem como objetivo o respeito à 
dignidade da pessoa humana com o desenvolvimento de 
atividades produtivas de acordo com as limitações 
f id D f t d i ó dsofridas. Dessa forma, a aposentadoria só deve 
ocorrer se o servidor não for capaz de desenvolver 
qualquer outra atividade compatível com o cargoqualquer outra atividade compatível com o cargo 
anteriormente ocupado.” (STF, RE nº 585109/RS, rel. 
Minª Cármen Lúcia, julgado em 16/06/2009) 
ReadaptaçãoReadaptação
AGRAVO REGIMENTAL ADMINISTRATIVOAGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. 
SERVIDOR PÚBLICO OCUPANTE DE CARGO 
COMISSIONADO SEM VÍNCULO EFETIVO COM A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. READAPTAÇÃO. 
IMPOSSIBILIDADE. 1. A readaptação, conceituada como 
d " i tid d id d t ib i õsendo "a investidura do servidor em cargo de atribuições 
e responsabilidades compatíveis com a limitação que 
tenha sofrido em sua capacidade física ou mentaltenha sofrido em sua capacidade física ou mental 
verificada em inspeção médica" é instituto que se 
destina apenas aos servidores efetivos, não se 
estendendo aos ocupantes de função comissionada, 
sem vínculo com a Administração Pública Federal. 2. 
Agra o impro ido (STJ AgRg no REsp n 749852/DFAgravo improvido. (STJ, AgRg no REsp n. 749852/DF, 
Min. Paulo Gallotti)
Sistema remuneratórioSistema remuneratório
- VencimentoVencimento
- SalárioSalário
- Subsídio-Subsídio
Vencimentos- Vencimentos
Remuneração- Remuneração 
Vantagens pecuniárias- Vantagens pecuniárias
JetonJeton
A percepção de jeton por dirigente de estatal ou 
Secretário de Estado que não seja servidor públicoSecretário de Estado que não seja servidor público 
estadual, por exercer função como membro de conselho 
de administração, conselho fiscal, ou outros órgãos 
colegiados da administração direta ou indireta, nas 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias não encontra óbice na Lei Estadual nºsubsidiárias, não encontra óbice na Lei Estadual nº 
8.675/92 e, tampouco, caracteriza duplicidade de 
pagamento, sendo, destarte, regular. (TCE/SC, p g , , , g ( ,
prejulgado 710)
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
Art 39 ( )Art. 39 (...)
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais 
componentes do sistema remuneratório observará:componentes do sistema remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade 
dos cargos componentes de cada carreira; g p
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos.p g
- Súmula 339, do STF - Não cabe ao Poder Judiciário, 
que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de q g
servidores públicos sob fundamento de isonomia.
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
a) Fixação e aumento da remuneração dos servidoresa) Fixação e aumento da remuneração dos servidores 
públicos no Poder Executivo dá-se por lei, de iniciativa do 
Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, “a” c/c art. 37, 
X)
b) Fixação e aumento da remuneração dos servidores 
públicos no Poder Legislativo dá-se por lei, de iniciativa 
d Ch f d P d L i l ti ( t 51 IV / t 48do Chefe do Poder Legislativo (art. 51, IV c/c art. 48, 
caput e 37, X)
- Súmula n. 679, do STF: A fixação de vencimentos dos 
servidores públicos não pode ser objeto de convençãoservidores públicos não pode ser objeto de convenção 
coletiva.
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
RESOLUÇÕES DA CÂMARA LEGISLATIVA DO 
DISTRITO FEDERAL QUE DISPÕEM SOBRE O 
ÃREAJUSTE DA REMUNERAÇÃO DE SEUS 
SERVIDORES. (...)
Permanece válido pois o fundamento daPermanece válido, pois, o fundamento da 
inconstitucionalidade dos atos impugnados, na presente 
ação direta de inconstitucionalidade, qual seja, a 
necessidade de, em matéria de remuneração, todas as 
alterações serem veiculados por meio de lei específica 
(CF, art. 37, X; art. 51, IV; e art. 52, XIII), respeitando-se,(CF, art. 37, X; art. 51, IV; e art. 52, XIII), respeitando se, 
portanto, o princípio da reserva de lei.
(STF, ADI nº 3.306-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado 
em 23/2/06)
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
- Fixação e aumento do subsídio do prefeito e vice-Fixação e aumento do subsídio do prefeito e vice
prefeito e secretários municipais por lei de iniciativa da 
Câmara de Vereadores, vigorando para a mesma 
legislatura (art. 29, V).
- Fixação e aumento do subsídio dos vereadores por lei 
de iniciativa da respectiva Casa, somente vigorando para 
ó i l i l t b d í i da próxima legislatura, observando-se o prazo mínimo de 
publicação da lei de seis meses de antecedência do final 
de mandato (art 29 VI e 37 X da CRFB c/c art 111 VIIde mandato (art. 29, VI e 37, X, da CRFB c/c art. 111, VII, 
da CESC)
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
O instrumento legal para fixação do subsídio dos 
Vereadores é lei de iniciativa da Câmara, por força do art.Vereadores é lei de iniciativa da Câmara, por força do art. 
29, VI, c/c o art. 39, § 4º, e art. 37, X, da Constituição 
Federal.
Estão derrogadas as disposições que permitiam a fixação 
dos subsídios dos Vereadores por Resolução. Deverá a 
Câ M i i l i d l i j t àCâmara Municipal, por via de lei, ajustar-se às 
disposições nela contidas. (TCE/SC, prejulgado nº 1214, 
julgado em 02/09/2002)julgado em 02/09/2002)
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
Cuidado:Cuidado:
- Vício na iniciativa de projeto de lei é insanável;
- Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo 
não pode ser usado como indexador de base de cálculonão pode ser usado como indexador de base de cálculo 
de vantagem de servidor público ou de empregado, nem 
ser substituído por decisão judicial. (súmula vinculante nº 
4/STF) (problema do adicional de insalubridade)4/STF) (problema do adicional de insalubridade)
- O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidorO cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor 
público não incide sobre o abono utilizado para se atingir o 
salário mínimo. (súmula vinculante nº 15/STF)
Fixação da remuneraçãoFixação da remuneração
Como fica a remuneração do servidor que tem lei nacional 
fixando piso profissional?fixando piso profissional?
O servidor público municipal sob regime estatutário, que p p g q
exerce as funções de engenheiro agrônomo, não tem direito 
ao piso mínimo da categoria, pois esta prerrogativa prevista 
na legislação federal é somente aplicável aos trabalhadores a eg s ação ede a é so e e ap cá e aos aba ado es
sob regime celetista. Nada impede que a legislação municipal 
estenda o direito aos seus servidores, mas esse não é o caso. 
(TJSC Apelação Cível n 2004 034838-0 de Tubarão rel(TJSC, Apelação Cível n. 2004.034838 0, de Tubarão, rel. 
Des. Jaime Ramos) 
No mesmo sentido: TJSC, Apelação Cível n. 2003.013223-6 e 
TRF 4ª região, Apelação Cível n. AC 1998.04.01022952-0
Em sentido contrário: STF, RE n. 589.870, rel. Min. Eros Grau 
Sistema remuneratórioSistema remuneratório
Vantagens pecuniárias:- Vantagens pecuniárias: 
1) Adicionais1) Adicionais 
2) Gratificações2) Gratificações
3) Indenizações3) Indenizações
4) Ab4) Abonos
5) P ê i5) Prêmios
Sistema remuneratórioSistema remuneratório
- Adicionais:
a) por tempo de serviço (pro labore facto): resulta de serviço ) p p ç (p ) ç
já prestado. Ex.: triênios e quadriênios.
b) de função (ex facto officii): situações diferenciadas de ) ç ( ) ç
trabalho de determinados cargos, que exigem um regime 
especial de trabalho, uma particular dedicação ou uma 
i l h bilit ã d tit l E di i i despecial habilitação de seus titulares. Ex.: adicionais de 
tempo integral, de dedicação plena e de nível 
universitáriouniversitário.
Sistema remuneratórioSistema remuneratório
- Gratificações:Gratificações:
a) gratificações de serviço (propter laborem): serviçosa) gratificações de serviço (propter laborem): serviços 
normais prestados em condições anormais, colocando 
em risco a saúde e a vida. Ex.: gratificação de g ç
periculosidade e insalubridade.
b) gratificações pessoais (propter personam): decorrem de 
fatos e situações pessoais ou familiares previstas em lei. 
E lá i f íli li t t liEx.: salário-família, licença-gestante e licença-
paternidade.
Sistema remuneratórioSistema remuneratório
- Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor 
público não serão computados nem acumulados para finspúblico não serão computados nem acumulados para fins 
de concessão de acréscimos ulteriores (art. 37, XIV, da 
CRFB) (proibição do efeito repicão ou cascata)
- Somente as gratificações e adicionais permanentes 
incorporam-se ao patrimônio jurídico do servidor, ou seja, 
aqueles que não pressupõe um caráter de 
transitoriedade e precariedade.
Adicionais e gratificaçõesAdicionais e gratificações
- Se incorporam ao patrimônio do servidor: triênios, 
quinquênios e aquelas previstas expressamente em lei.quinquênios e aquelas previstas expressamente em lei.
- Não se incorporam ao patrimônio do servidor, salvo 
previsão expressa em lei municipal : adicional noturno, p p p ,
hora-extra, insalubridade, periculosidade, regência de 
classe, participação em comissões ou bancas, entre 
toutras.
Cuidado:ver legislação de cada ente federativo
Adicionais e gratificaçõesAdicionais e gratificações
Há possibilidade de agregação de valores pelo exercício deHá possibilidade de agregação de valores pelo exercício de 
função comissionada ou de confiança?
Não há vedação constitucional que lei específica, de 
iniciativa do Chefe do Executivo Municipal, estabeleça a 
fincorporação ao vencimento do cargo efetivo de 
vantagem pecuniária percebida pelo exercício de 
cargo em comissão ou função de confiança É salutarcargo em comissão ou função de confiança. É salutar, 
contudo, que a lei estabeleça um período de carência 
não inferior a 10 (dez) anos. De qualquer forma, em ( ) q q ,
razão dos princípios da eficiência e da economicidade, tal 
medida tem se mostrado contrária à moderna política de 
d i i t ã d l (TCE/SC j l d 1505)administração de pessoal. (TCE/SC, prejulgado 1505)
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Características:Características:
- Irredutibilidade jurídica não acompanhando o poder de- Irredutibilidade jurídica, não acompanhando o poder de 
compra (inflação) e aumento da carga tributária
- Incide sobre a remuneração global e não sobre as 
parcelas da remuneração isoladamentep ç
- Exige a proporcionalidade na redução ou aumento da g p p ç
jornada de trabalho
- Estende-se aos cargos em comissão e de confiança
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Assim a Administração Pública ao aplicar o disposto nessaAssim, a Administração Pública, ao aplicar o disposto nessa
legislação, para o período de março a junho/2002, procedera ao 
aumento do vencimento básico e, ao mesmo tempo,
efetuara a compensação remuneratória da verba de êxito e 
da verba de representação, preservando o princípio da 
irredutibilidade de vencimentos, já que o valor nominal totalirredutibilidade de vencimentos, já que o valor nominal total 
da remuneração aumentara. Asseverou-se, por fim, a 
jurisprudência da Corte no sentido de não haver direito 
d i id à i lt bilid d d i j ídi ti t àadquirido à inalterabilidade do regime jurídico pertinente à 
composição dos vencimentos, desde que a eventual 
modificação introduzida por ato legislativo superveniente ç p g p
preserve o montante global da remuneração e não provoque 
decesso de caráter pecuniário. (STF, Rcl 2482 ED/SP, rel. p/ o 
acórdão Min Joaquim Barbosa 30 8 2007)acórdão Min. Joaquim Barbosa, 30.8.2007)
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Remuneração de setembro: R$ 1.200,00ç ,
- Vencimento – R$ 1.000,00
- Triênio (5%) – R$ 50,00( ) $ ,
- Hora-extra – R$ 150,00
Publicação de lei extinguindo o triênio (mês de setembro)
Remuneração de outubro : R$ 1.050,00
- Vencimento – R$ 1 000 00Vencimento R$ 1.000,00
- VPNI (direito adquirido) – R$ 50,00
- Hora-extra – R$ 0 00- Hora-extra – R$ 0,00
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Remuneração de setembro: R$ 1.250,00ç ,
- Vencimento – R$ 1.000,00
- Triênio (5%) – R$ 50,00( ) $ ,
- Regência de classe – R$ 200,00
Publicação de lei extinguindo o triênio e regência de classe 
Remuneração de outubro : R$ 1.250,00
- Vencimento – R$ 1 000 00Vencimento R$ 1.000,00
- VPNI (triênio) – R$ 50,00
- VPNI (regência de classe) – R$ 200 00- VPNI (regência de classe) – R$ 200,00
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Remuneração de setembro: R$ 1.250,00ç ,
- Vencimento – R$ 1.000,00
- Triênio (5%) – R$ 50,00( ) $ ,
- Regência de classe – R$ 200,00
Publicação de lei extinguindo o triênio e regência de classe 
e aplicando reajuste de 25% sobre o vencimento , com p j ,
compensação de valores (parcela absorvível)
Remuneração de outubro : R$ 1.250,00
- Vencimento – R$ 1.250,00
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Dedução dos reajustes e verbas pecuniárias na revisãoDedução dos reajustes e verbas pecuniárias na revisão 
geral anual
REESTRUTURAÇÃO DE CARREIRA. AUMENTO. 
DEDUÇÃO DA REVISÃO GERAL ANUAL. 
POSSIBILIDADE. O texto normativo inserido artigo 37, X, 
da Constituição do Brasil não impede a dedução de 
eventuais aumentos decorrentes da reestruturação daeventuais aumentos decorrentes da reestruturação da 
carreira, criação e majoração de gratificações e 
adicionais ou de qualquer outra vantagem inerente ao q q g
respectivo cargo ou emprego da revisão geral de 
vencimentos.” (STF, RE 573.316-AgR, Rel. Min. Eros 
Grau, julgamento em 4-11-08, 2ª Turma)
IrredutibilidadeIrredutibilidade
- Remuneração de janeiro: R$ 1.000,00Remuneração de janeiro: R$ 1.000,00
(reajuste de 10%)
- Remuneração de fevereiro: R$ 1.100,00
- Revisão Geral em maio, referente últimos 12 meses
(5% com base na variação do INPC)(5%, com base na variação do INPC)
- Remuneração de junho: R$ 1 050 00 (?)- Remuneração de junho: R$ 1.050,00 (?)
R$ 1.100,00 (?)
R$ 1 155 00 (?)R$ 1.155,00 (?)
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Redução da jornada de trabalho x remuneração
Em regra, não é possível a redução unilateral, pela 
Ad i i t ã d h á i d t b lh d idAdministração, da carga horária de trabalho do servidor 
público, em virtude da garantia constitucional da 
irredutibilidade de remuneração e dos primados dairredutibilidade de remuneração e dos primados da 
supremacia e indisponibilidade do interesse público. 
Entretanto, havendo imperiosa necessidade da , p
Administração, voltada ao atendimento de um interesse 
público primário, claramente fundamentada e 
d t d á í l d ã il t l ddemonstrada, será possível essa redução unilateral da 
carga horária, sem redução da remuneração do 
servidor mediante lei que regulamente a matériaservidor, mediante lei que regulamente a matéria. 
(TCE/SC, prejulgado nº 1935, julgado em 05/12/2007)
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Ampliação temporária da jornada de trabalho
APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA -
PROFESSORA MUNICIPAL CONCURSADA PARA 20PROFESSORA MUNICIPAL CONCURSADA PARA 20 
HORAS SEMANAIS - ATRIBUIÇÃO TEMPORÁRIA DE 
MAIS 20 HORAS EM SUBSTITUIÇÃO - CESSAÇÃO DOMAIS 20 HORAS EM SUBSTITUIÇÃO - CESSAÇÃO DO 
PERÍODO - DECESSO REMUNERATÓRIO -
INEXISTÊNCIA.
Não configura decesso remuneratório o retorno da 
professora municipal concursada à carga horária para a 
l t d i d t id j dqual prestou concurso, depois de ter cumprido jornada 
temporária de substituição.
(TJSC Apelação Cível em MS n 2007 060333-3 rel(TJSC, Apelação Cível em MS n. 2007.060333-3, rel. 
Des. Jaime Ramos) 
IrredutibilidadeIrredutibilidade
Readaptação (tema polêmico)Readaptação (tema polêmico)
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇARECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDORA ESTADUAL DO 
MAGISTÉRIO. READAPTAÇÃO. GRATIFICAÇÃO DE 
Ê ÊREGÊNCIA DE CLASSE. SUPRESSÃO. CARÊNCIA DA 
AÇÃO. A impetrante, servidora readaptada, não logrou 
demonstrar o alegado direito líquido e certo Nos termos dademonstrar o alegado direito líquido e certo. Nos termos da 
legislação de regência, a Gratificação de Regência é 
devida ao servidor, desde que preenchidos os q p
requisitos, dentre eles estar no efetivo exercício do 
magistério. Recurso desprovido. (STJ, RMS 17471/SC, rel. 
Min JOSÉ ARNALDO DA FONSECA julgado emMin. JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, julgado em 
12/04/2005)
IrredutibilidadeIrredutibilidade
ReadaptaçãoReadaptação
ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL -ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL -
READAPTAÇÃO – GRATIFICAÇÃO DE EXTENSÃO DE 
JORNADA - VERBA DE CARÁTER PROPTER 
LABOREM
Sendo a gratificação de extensão de jornada verba de 
caráter propter laborem, somente será devida ao 
servidor quando prestar o serviço na atividade 
laboral exercida e não enquanto estiver emlaboral exercida, e não enquanto estiver em 
readaptação. (Ap. Cív. n. 2007.056789-3, rel. Des. Luiz 
César Medeiros, j. em 5/3/2008).César Medeiros, j. em 5/3/2008).
FériasFérias
Art. 7 (...)( )
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
um terço a mais do que o salário normal;ç
- Estatuto estabelecerá:a) acumulação de mais de um período aquisitivo de férias;
b) parcelamento do gozo das férias (dois ou três períodos);
c) casos de interrupção das férias
d) base de cálculo para pagamento das férias 
FériasFérias
“O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou nesta tarde p ( )
jurisprudência que determina o pagamento de férias 
não usufruídas, acrescidas do adicional de um terço 
d lá i t b lh d f d t i d ldo salário, ao trabalhador, conforme determinado pelo 
inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal.
O caso foi julgado por meio de um RecursoO caso foi julgado por meio de um Recurso 
Extraordinário (RE 570908) apresentado contra decisão 
judicial que deu ganho de causa a um servidor públicojudicial que deu ganho de causa a um servidor público 
comissionado do Estado do Rio Grande do Norte, que 
foi exonerado após trabalhar entre dezembro de 2001 e 
janeiro de 2003.” (STF, RE n. 570908, rel. Min. Carmen 
Lúcia, julgado em 16/09/2009) 
FériasFérias
- Adicional de um terço incide sobre:ç
1) vencimento )
2) adicionais habituais 
3) gratificações habituais
4) abonos habituais
- Não incide sobre: 
1) verbas indenizatórias
2) horas extras (para CLT conta)
FériasFérias
Quanto ao reflexo (das horas extras) no terço de férias,Q ( ) ç ,
entende-se como indevido, visto que a sua base de
cálculo é o vencimento do mês respectivo do descanso,cálculo é o vencimento do mês respectivo do descanso,
sendo lógico concluir que não haveria prestação de horas 
extras naqueles meses, já que o recorrente estariaextras naqueles meses, já que o recorrente estaria 
afastado do serviço. (TJSC, Apelação Cível n. 
2005 026563-2 julgado em 06 10 2005)2005.026563 2, julgado em 06.10.2005)
FériasFérias
Inexistindo no Município de Ibicaré lei ordinária que 
discipline o cálculo para pagamento de adicional de fériasdiscipline o cálculo para pagamento de adicional de férias, 
entendemos possa, o mesmo, adotar o que se aplica para 
os servidores públicos da União ou seja cálculo comos servidores públicos da União, ou seja, cálculo com 
base na remuneração habitual (vencimento e 
vantagens permanentes) excluindo se as vantagensvantagens permanentes), excluindo-se as vantagens 
suplementares, horas extras, dentre outras. (TCE/SC, 
prejulgado n 397)prejulgado n. 397)
FériasFérias
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. CÁLCULO DE FÉRIAS. 
INEXISTÊNCIA DE DIREITO AO CÔMPUTO DE 
GRATIFICAÇÃO EXERCIDA EM SUBSTITUIÇÃO NO MÊS 
ANTERIOR. ALEGAÇÃO DE JULGAMENTO EXTRA PETITA 
AFASTADA. 1. O cálculo das férias de servidor é feito
levando-se em conta seus ganhos habituais, não incluídas
t i i ( tifi ã í i d f ã dvantagens ocasionais (gratificação por exercício de função de
direção em substituição), não incorporáveis, como a recebida
pelo julgamento no mês anterior 2 alegação de julgamento extrapelo julgamento no mês anterior. 2. alegação de julgamento extra 
petita afastada. 3. Apelação improvida. (TRF 1ª região, Apelação 
Cível n 1997 01 000428957)Cível n. 1997.01.000428957)
FériasFérias
A gratificação/adicional de insalubridade deve ser considerada
para fins de cálculo da gratificação natalina (13º salário), e das
ÉFÉRIAS e respectivo TERÇO CONSTITUCIONAL. (TJSC, Apelação
Cível n. 2007.033887-6, de Laguna)
As horas extras, gratificação propter laborem concedida em 
razão das condições excepcionais e transitórias em que se realiza oç p q
serviço, não repercutem nas FÉRIAS e no ADICIONAL de um terço.
(TJSC, Apelação Cível n. 2007.009346-0, de Palmitos )
FériasFérias
O pagamento do terço constitucional de servidorO pagamento do terço constitucional de servidor 
público nomeado para cargo de agente político 
(secretário Municipal) deverá ser efetuado com base 
no subsídio do cargo que o servidor ocupar 
quando do gozo das férias, na forma disposta pelo 
t 7º i i XVII / t 39 § 3º d C tit i ãart. 7º, inciso XVII, c/c o art. 39, § 3º, da Constituição 
Federal. (TCE/SC, prejulgado n. 2033) 
Hora-extraHora-extra
Art. 7 (...)( )
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; , q p ;
- Características:
1) no mínimo 50% (mesmo que não previsto no estatuto)
2) não cabe p/ cargo em comissão e função de confiança2) não cabe p/ cargo em comissão e função de confiança
3) em regra, não se incorpora ao patrimônio jurídico
4) base de cálculo: vencimento + vantagens habituais4) base de cálculo: vencimento + vantagens habituais
Hora-extraHora-extra
1. O município, ao regulamentar a remuneração do serviço 
extraordinário dos servidores sob regime estatutário, deve 
d fi i i l i b d ál l d di i ldefinir, inclusive, a base de cálculo do adicional, 
esclarecendo se a apuração do valor da hora normal de 
trabalho utilizará como parâmetro a remuneração ou p ç
apenas o vencimento padrão do cargo. 
2 De acordo com a legislação do Município de Agrolândia o2. De acordo com a legislação do Município de Agrolândia, o 
pagamento do adicional pela prestação de serviço 
extraordinário pelos servidores sob regime estatutário deve ser 
calculado considerando como hora normal de trabalho a 
remuneração do servidor. (TCE/SC, prejulgado n. 2019)
Hora-extraHora-extra
Compete ao município regulamentar a concessão de horas-
extras mediante lei, definindo o limite máximo de horas-
t itid i í i i itextras permitido no município, os requisitos para a sua 
concessão e o percentual de acréscimo sobre o valor da 
hora normal.
A lei municipal que regulamentar a concessão de horas-extras 
aos servidores do município não poderá definir percentual 
inferior ao previsto no inciso X do art 90 da Lei Orgânicainferior ao previsto no inciso X do art. 90 da Lei Orgânica 
Municipal, que apresenta a mesma redação do inciso XVI do 
art. 7º da Constituição da República. (TCE/SC, prejulgado n. 
1742)
Hora-extraHora-extra
Qualquer servidor ocupante de cargo efetivo no município 
pode prestar horas-extras, entretanto, no âmbito da 
d i i t ã úbli li ã d d dadministração pública, sua realização depende da 
caracterização da necessidade imperiosa, temporária e 
excepcional do serviço e somente deve ocorrer mediante p ç
convocação direta do servidor para cumprir jornada de 
trabalho extraordinária e deve ser precedida de autorização 
por ato da autoridade superiorpor ato da autoridade superior.
Para viagens fora da sede do município, a título de 
indenização, devem ser concedidas diárias. (TCE/SC, 
prejulgado n. 1742)
Hora-extraHora-extra
1. É indevido o pagamento de horas-extras a p g
servidores ocupantes de cargos em comissão e a 
servidores que desempenham função gratificada, em 
f ã d t d f õ d dfunção da natureza das funções que demandam, 
eventualmente, jornada de trabalho além do horário 
normal de expedientenormal de expediente. 
2. Não é cabível a sistemática de compensação de 
horas-extras quando o servidor ocupa cargohoras extras quando o servidor ocupa cargo 
comissionado ou exerce função gratificada, pois o 
acréscimo remuneratório que recebe abrange o custeio 
das horas que porventura tenham de ser realizadas, além 
do horário normal de expediente. (TCE/SC, prejulgado nº 
1913)1913)
Hora-extraHora-extra
A incorporação das horas extras instituída pelo artigo 6º 
da Lei Municipal n. 4.279/93, foi declarada 
Óinconstitucional pelo Órgão Especial deste Sodalício nos 
autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 
1999 017652 5 por infringir os artigos 23 VI da1999.017652-5, por infringir os artigos 23, VI, da 
Constituição Estadual e 37 da Constituição da República. 
Logo, o servidor público municipal de Florianópolis ogo, o se do púb co u c pa de o a ópo s
não possui direito a agregação nos seus 
vencimentos da média dos valores percebidos 
através horas extras, exercidas nos últimos vinte e 
quatro meses. (TJSC, AC n. 2005.040289-0,da Capital)
Hora-extraHora-extra
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA -Ç Ç Ç
INCORPORAÇÃO DAS HORAS-EXTRAS TRABALHADAS -
SUPRESSÃO DO HORÁRIO EXTRAORDINÁRIO PELA 
CONTRATAÇÃO DE NOVO SERVIDOR LEGALIDADECONTRATAÇÃO DE NOVO SERVIDOR - LEGALIDADE -
GRATIFICAÇÃO PROPTER LABOREM - VERBAS 
PECUNIÁRIAS - AUSÊNCIA DE PROVA - ÔNUS DO AUTOR 
(ART. 333, I, CPC) - RECURSO DESPROVIDO. 
As verbas de caráter extraordinário (horas-extras) ou 
percebidas a título de exercício de função temporária nãopercebidas a título de exercício de função temporária, não 
estão protegidas pelo disposto no art. 37, XV, da CF/88. Tais 
verbas podem e devem ser suprimidas pela Administração 
sempre que o serviço extraordinário ou temporário deixar de 
ser prestado pelo servidor. (TJSC - AC n. 1999.022752-9, de 
Maravilha )Maravilha ) 
Décimo-terceiroDécimo-terceiro 
Art 7º ( )Art. 7 (...)
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria;integral ou no valor da aposentadoria;
- Características:
1) estatuto definirá data de pagamento 
2) 1/12 da remuneração de dezembro2) 1/12 da remuneração de dezembro
3) base de cálculo: vencimento + todas as vantagens 
pecuniáriaspecuniárias
Décimo-terceiroDécimo-terceiro 
Mediante previsão em lei, o valor do décimo-terceiro
b ídi d á l Câ M i i l d fsubsídio deverá ser pago pela Câmara Municipal de forma 
proporcional ao número de dias em que efetivamente o 
vereador esteve no exercício de suas funções, tanto
para o titular como para os suplentes que tiverem assumido 
no exercício. (TCE/SC, prejulgado n. 2039)
Décimo-terceiroDécimo-terceiro 
fEnquanto o Prejulgado n. 1271 afirma que os direitos sociais 
prescritos pelo art. 39, § 3º, da Constituição Federal (entre eles o 
dé i t i b ídi ) ã ã t ib íd d t t ddécimo terceiro subsídio) não são atribuídos aos detentores de 
mandato eletivo, mas aos servidores ocupantes de cargo público, 
o Prejulgado n 1510 elucida que embora não haja previsãoo Prejulgado n. 1510 elucida que, embora não haja previsão 
constitucional da extensão deste direito, também não há 
vedação constitucional impedindo que a legislaçãovedação constitucional impedindo que a legislação 
municipal institua décimo terceiro subsídio aos agentes 
políticos. (TCE/SC, prejulgado n. 2017)p ( , p j g )
Décimo-terceiroDécimo-terceiro 
O décimo terceiro salário a ser pago ao funcionário públicoO décimo terceiro salário a ser pago ao funcionário público, 
nos termos do artigo 7º, inciso VIII, da C.F., em vigor, deve ser 
calculado com base na remuneração integral ou nos proventos g
de aposentadoria.
A legislação municipal que dispuser diferentemente sobre o 
assunto em questão deixará de ser aplicada por ter sidoassunto em questão deixará de ser aplicada, por ter sido 
sobreposta pela norma constitucional que passa a prevalecer.
Quem tenha percebido pagamento de 13º salário, a partir 
da promulgação da Constituição Federal, calculado com 
base no vencimento do cargo ou função e não 
remuneração integral ou proventos de aposentadoria temremuneração integral ou proventos de aposentadoria, tem 
direito de requerer pagamento de eventuais diferenças, 
observada a prescrição qüinqüenal, nas esferas administrativa 
( C /SC )ou judicial. (TCE/SC, prejulgado n. 35)
Décimo-terceiroDécimo-terceiro 
Direito dos agentes temporários
ÉÉ a lei municipal que disciplinará os direitos dos servidores em 
caráter temporário, devendo ela estabelecer sobre a 
concessão de férias ou não e o respectivo adicional, décimo-concessão de férias ou não e o respectivo adicional, décimo
terceiro salário, horas-extras, etc., observados os preceitos 
gerais da Constituição Federal. Caso a lei municipal não 
di h d t i di it ã á í ldisponha acerca de tais direitos, não será possível a sua 
concessão em razão do princípio da legalidade e da 
indisponibilidade do patrimônio público. (TCE/SC, prejulgado p p p ( , p j g
nº 1299)
Discordamos do prejulgado
Adicional de InsalubridadeAdicional de Insalubridade
Art. 7º (...)
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
- Características:Características:
1) não é obrigatório para os ocupantes de cargos públicos 
2) i t i t l t d l i d t2) precisa estar previsto e regulamentado em lei do ente
3) não se incorpora ao patrimônio jurídico do servidor
4) base de cálculo definida na lei municipal (salário mínimo4) base de cálculo definida na lei municipal (salário mínimo
ou vencimento)
5) CLT: 10, 20 e 40% sobre salário mínimo
6) L i 8 112/90 5 10 20% b i t6) Lei n. 8.112/90: 5, 10 e 20% sobre vencimento
Adicional de InsalubridadeAdicional de Insalubridade
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimoSa o os casos p e stos a Co st tu ção, o sa á o o
não pode ser usado como indexador de base de cálculo de
vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
b tit íd d i ã j di i l (STF Sú l Vi l t 4)substituído por decisão judicial. (STF, Súmula Vinculante 4)
Se a legislação municipal não prevê o valor ou o índice do 
adicional de insalubridade ou periculosidade, 
remetendo a matéria para lei específica, enquanto não editada 
esta a verba a tal título não pode ser exigida" (Ap Cív nesta, a verba a tal título não pode ser exigida (Ap. Cív. n. 
2008.004740-4, de Trombudo Central) 
Adicional de InsalubridadeAdicional de Insalubridade 
A gratificação/adicional de insalubridade deve ser g ç
considerada para fins de cálculo da gratificação natalina 
(13º salário), e das férias e respectivo terço 
constitucional. (TJSC, Apelação Cível n. 2007.033887-6, 
de Laguna, rel. Des. Jaime Ramos) 
Adicional de periculosidadeAdicional de periculosidade
- No regime estatutário: idem ao Adic. Insalubridade 
(precisa estar previsto e regulamentado em lei municipal)
- No regime celetista: 30% sobre o salário (art. 193 da CLT) 
10% b i t (U iã )- 10% sobre vencimento (União)
Súmula 191, do TST: “O adicional de periculosidade incide 
apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de 
outros adicionais.”
Trabalho noturnoTrabalho noturno 
Art. 7º (...)
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno;diurno;
- Características:
1) estatuto definirá base de cálculo e percentual do adicional
2) horário noturno (22h às 5h dia seguinte)
3) cada hora tem 52m30’3) cada hora tem 52m30
3) reflete em férias, décimo terceiro e hora-extra
4) CLT (20% s/ salário normal)
5) Lei n. 8.112/90 (25% sobre valor-hora normal) 
Trabalho noturno x Adicional noturnoTrabalho noturno x Adicional noturno 
Portanto, como se vê, a legislação municipal pertinente não 
prevê o pagamento do adicional noturno, mas determina 
que a duração da hora noturna laborada entre 22 horas de umque a duração da hora noturna, laborada entre 22 horas de um 
dia e 05 horas do dia seguinte, seja menor do que a hora 
normal de trabalho, vale dizer, a hora normal, no período 
noturno previsto na lei, é reduzida em aproximadamente 12% 
(doze por cento).
Ora o inciso IX do art 7º da Constituição Federal prevê aOra, o inciso IX, do art. 7º, da Constituição Federal, prevê a 
remuneração do trabalho noturno superior à do diurno, 
circunstância que se verifica na espécie, haja vista que a hora 
noturna, de 52 minutos e 30 segundos, está sendo 
remunerada pelo valor da hora normal (60 minutos). (TJSC, 
Apelação Cível n. 2006.012258-6, de Balneário Camboriú)
Licença-prêmioLicença-prêmio 
- Características:
1) deve estar prevista no estatuto1) deve estar prevista no estatuto
2) pode ser estendida aos comissionados 
3) não pode ser estendida aos temporários) p p
4) caso não usufruída, deve ser indenizada 
Art. 40 (...)
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem 
de tempo de contribuição fictício.(Incluído pela Emenda 
C tit i l º 20 d 15/12/98)Constitucional nº 20, de 15/12/98)
Licença-prêmioLicença-prêmio 
Licença não gozada x indenização
1. Em razão da aposentadoria ou de outra forma de extinção do
vínculo funcional de servidor público com a Administração
Pública é possível independentemente de previsão legalPública, é possível, independentemente de previsão legal
expressa, a indenização (conversão em pecúnia) de licença
prêmio ou férias adquiridas e não usufruídas por motivo de
id d d i iê i d Ad i i t ãnecessidade de serviço ou conveniência da Administração,
devidamente comprovados, visto que se trata de verba
indenizatória decorrente do art. 37, § 6º, da Constituição da, § , ç
República, sob pena de configuração do enriquecimento sem
causa da Administração Pública. (TCE/SC, prejulgado n. 1974)
Licença-prêmioLicença-prêmio 
Comissionado x licença-prêmio
O servidor exercente de cargo de provimento em 
comissão faz jus à percepção do adicional por tempo de j p pç p p
serviço, da licença-prêmio e do auxílio-natalidade, desde 
que existente previsão legal nesse sentido. (TCE/SC, 
prejulgado 1971)
SobreavisoSobreaviso
Art. 244 (...) 
§ 2º C id d " b i " d f ti§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que 
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer 
momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-momento o chamado para o serviço. Cada escala de sobre
aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas. As horas de 
"sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão 
d 1/3 ( t ) d lá i l (CLT)de 1/3 (um terço) do salário normal. (CLT)
- Características: 
1) deve estar previsto no estatuto 
2) lei deve dispor sobre vantagens e limites 
3) tem de haver requisição da Administração Pública3) tem de haver requisição da Administração Pública
SobreavisoSobreaviso
Não fora isso, não caracteriza o instituto do sobreaviso o 
fato de poder o servidor em tese ser a qualquerfato de poder o servidor, em tese, ser a qualquer 
momento chamado para atender alguma emergência, 
salvo se comprovado ser ele obrigado a permanecer emsalvo se comprovado ser ele obrigado a permanecer em 
local certo e determinado aguardando chamada previsível, 
daí não podendo se ausentar sob a cominação de sanção 
Disciplinar. (TJSC - AC n. 2003.024136-1, de Concórdia, 
Rel. Des. Luiz Cézar Medeiros)
CuidadoCuidado
- Desvio de função
Súmula n. 378, STJ: Reconhecido o desvio de função, o 
servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes.j ç
É OBRIGAÇÃO d t d t l i t- É OBRIGAÇÃO do gestor e do controle interno a
identificação dos casos de desvio de função e sua imediata 
resoluçãoresolução.
CuidadoCuidado
- Devolução de parcela remuneratória indevida
Súmula n. 249, TCU - É dispensada a reposição de
i tâ i i d id t bid d b féimportâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por 
servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de 
erro escusável de interpretação de lei por parte do p ç p p
órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente 
investida em função de orientação e supervisão, à vista da 
presunção de legalidade do ato administrativo e do caráterpresunção de legalidade do ato administrativo e do caráter 
alimentar das parcelas salariais.
CuidadoCuidado
- Posição do STJ
O requisito estabelecido pela jurisprudência, para a não 
devolução de valores recebidos indevidamente pelo ç p
servidor, não corresponde ao erro da Administração, 
mas, sim, ao recebimento de boa-fé. 2. Pelo princípio da 
boa-fé, postulado das relações humanas e sociais, deve-se , p ç ,
orientar o Direito, sobretudo as relações de trabalho entre 
agente público e Estado. (RMS 18.121, Rel. Min. Paulo 
Medina) 3. Valores recebidos indevidamente pelo servidor, ) p
a título de vencimento ou de remuneração, não servem de 
fonte de enriquecimento, mas de subsídio dele e de sua 
família. 4. Ainda que o recebimento de determinado 
úvalor por servidor público não seja devido, se o 
servidor o recebeu de boa-fé e com base na teoria da 
aparência, não se pode exigir sua restituição. (STJ, 
ERE 612 101/RN j l d 12/03/2007)EREsp n. 612.101/RN, julgado em 12/03/2007) 
Teto remuneratórioTeto remuneratório
- Poder Executivo e Legislativo: subsídio do prefeitoPoder Executivo e Legislativo: subsídio do prefeito
- Vereadores: varia entre 20% e 75% do subsídio do- Vereadores: varia entre 20% e 75% do subsídio do 
Deputado Estadual (atualmente, o subsídio do Deputado 
Estadual em SC é de R$ 12.384,07 - Lei estadual nº 
13.912/06; e dos Deputados federais é de R$ 16.512,09 -
Decreto-legislativo nº 112/2007)
- Incluem-se as vantagens pessoais e de qualquer outra 
t ( t 37 XI) ã d t d lnatureza (art. 37, XI), não sendo computadas as parcelas 
de caráter indenizatório previstas em lei (art. 37, § 11). 
Teto remuneratórioTeto remuneratório
Em face da inexistência de norma legal que vincule o 
limite de remuneração de servidor público municipal, emlimite de remuneração de servidor público municipal, em 
razão de sua carga horária, proporcionalmente ao 
subsídio do Prefeito Municipal, é possível que a 
remuneração daquele, com jornada de trabalho não-
integral (20 h), seja superior a 50% do valor do subsídio 
do Prefeito desde que respeitados os princípios dado Prefeito, desde que respeitados os princípios da 
administração pública, em especial, da moralidade e 
proporcionalidade. (TCE/SC, prejulgado nº 1914, julgado p p ( , p j g , j g
em 03/09/2007)
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
Art 37 ( )Art. 37 (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos, exceto, quando houver compatibilidade depúblicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
fi i i d úd fi õprofissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
Súmula n. 246, do TCU
O fato de o servidor licenciar-se, sem vencimentos, do 
úbli ó ãcargo público ou emprego que exerça em órgão ou 
entidade da administração direta ou indireta não o 
habilita a tomar posse em outro cargo ou empregohabilita a tomar posse em outro cargo ou emprego 
público, sem incidir no exercício cumulativo vedado pelo 
artigo 37 da Constituição Federal, pois que o instituto g ç , p q
da acumulação de cargos se dirige à titularidade de 
cargos, empregos e funções públicas, e não apenas à 
ã d t iá ipercepção de vantagens pecuniárias.
( é C /SC)Discordamos (não é a posição do TCE/SC)
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
CA Constituição Federal em seu art. 37, inciso XVI, admite no 
máximo, havendo compatibilidade de horário, a acumulação 
remunerada de dois cargos, assim combinados: dois cargosremunerada de dois cargos, assim combinados: dois cargos 
de professor; um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; dois cargos privados de profissionais de saúde, com 
fi õ l t dprofissões regulamentadas.
Fere o permissivo Constitucional a acumulação de três cargos, 
exemplificadamente: dois cargos de professor e outro técnico p g p
ou científico.
A carga horária dos cargos acumulados, além de 
compatíveis não deve ser superior a doze horas diáriascompatíveis, não deve ser superior a doze horas diárias 
ou sessenta horas semanais. (TCE/SC, prejulgado n. 1644, 
julgado em 25/04/2005)
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
PESSOAL. ADMISSÃO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE INCOMPATIBILIDADE DEPROFISSIONAIS DE SAÚDE. INCOMPATIBILIDADEDE 
HORÁRIOS. ILEGALIDADE. LIMITE MÁXIMO ADMITIDO PARA 
ACUMULAÇÃO DE CARGOS OU EMPREGOS PÚBLICOS. NÃO 
DESCARACTERIZAÇÃO DO VÍNCULO DO SERVIDOR COM ADESCARACTERIZAÇÃO DO VÍNCULO DO SERVIDOR COM A 
ADMINISTRAÇÃO NO CASO DA LICENÇA DO CARGO .
1. É ilegal a acumulação de cargo e emprego públicos privativos de g ç g p g p p
profissionais de saúde quando não observada a compatibilidade de 
horários.
2 A jurisprudência do TCU tem admitido como limite máximo em2. A jurisprudência do TCU tem admitido como limite máximo em 
casos de acumulação de cargos ou empregos públicos a 
jornada de trabalho de 60 (sessenta) horas semanais.
3. A licença do cargo não descaracteriza o vínculo jurídico do servidor 
com a administração, podendo, inclusive, ser interrompida, a 
qualquer tempo, no interesse do serviço ou a pedido do servidor. 
(TCU, Acórdão 54/2007 - Segunda Câmara )
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
Qual a definição de cargo técnico ou científico?
2. É considerado cargo técnico ou científico, para os fins 
previstos no art 37 XVI “b” da Constituição Federalprevistos no art. 37, XVI, b , da Constituição Federal, 
aquele que requeira a aplicação de conhecimentos 
científicos ou artísticos obtidos em nível superior de p
ensino, sendo excluídos dessa definição os cargos e 
empregos de nível médio, cujas atribuições se 
t i d t b áti titicaracterizam como de natureza burocrática, repetitiva e 
de pouca ou nenhuma complexidade. (TCU, Acórdão n. 
1347/2007 Segunda Câmara)1347/2007, Segunda Câmara)
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
1) Cargo efetivo com cargo de Secretário Municipal1) Cargo efetivo com cargo de Secretário Municipal
“Servidor público ocupante de cargo efetivo do quadroServidor público ocupante de cargo efetivo do quadro 
permanente de pessoal da municipalidade, quando 
nomeado para exercer o cargo de Secretário Municipal, p g p
durante o período em que nele permanecer, poderá optar 
pela remuneração do referido cargo ou pelo subsídio 
i t tit l d t d tprevisto para o titular da pasta, sendo que, neste caso, 
deve ser remunerado pela forma de subsídio fixado em 
parcela única sem as vantagens inerentes ao cargo deparcela única, sem as vantagens inerentes ao cargo de 
provimento efetivo.” (TCE/SC, prejulgado 1670) 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
2) Cargo em comissão com cargo efetivo
“A Constituição Federal não permite no art. 37, incisos 
XVI e XVII, a acumulação remunerada de cargo deXVI e XVII, a acumulação remunerada de cargo de 
provimento efetivo com a de cargo de provimento em 
comissão.” (TCE/SC, prejulgado nº 653) 
“Apenas quando o cargo em comissão contiver natureza 
técnica e existir compatibilidade de horário é que poderá 
haver acumulação remunerada com o cargo de professor 
(magistério) ” (TCE/SC prej lgado nº 1690)(magistério).” (TCE/SC, prejulgado nº 1690) 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
3) Cargo em comissão com cargo em comissão
“É incompatível a acumulação de dois cargos em 
comissão, no Poder Executivo e no Poder Legislativo,comissão, no Poder Executivo e no Poder Legislativo, 
pelo mesmo servidor, por não se enquadrar nas 
exceções passíveis de acumulação estabelecidas pelo 
art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal. ” (TCE/SC, 
prejulgado nº 1690) 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
Art 38 Ao servidor público da administração diretaArt. 38. Ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional, no exercício de mandato 
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do 
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo 
tibilid d d h á i b á tcompatibilidade de horários, perceberá as vantagens 
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo e não havendoremuneração do cargo eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
CuidadoCuidado
Lei n 8212/91:Lei n. 8212/91: 
Art 12 São segurados obrigatórios da PrevidênciaArt. 12. São segurados obrigatórios da Previdência 
Social as seguintes pessoas físicas: 
I - como empregado: 
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não vinculado a regime próprio p , q g p p
de previdência social; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 
2004).
CuidadoCuidado
O Prefeito é segurado obrigatório da previdência 
social, nos termos do art. 12, inciso I, alínea 'j', da Leisocial, nos termos do art. 12, inciso I, alínea j , da Lei 
Federal nº 8.212/91 (acrescido pela Lei Federal nº 
10.887/2004), devendo as contribuições serem 
recolhidas ao INSS, exceto se forem servidores 
públicos efetivos integrantes de Regimes de 
Previdência do Serviço Público RPSP (RegimesPrevidência do Serviço Público – RPSP (Regimes 
Próprios de Previdência). (TCE/SC, prejulgado nº 1819)
CuidadoCuidado
LC estadual n 412/2008:LC estadual n. 412/2008:
Art. 4º (...)( )
§ 3º Permanece filiado ao RPPS/SC, mediante contribuição 
previdenciária, o segurado que estiver afastado de suas 
f õ dfunções, quando:
I - cedido ou à disposição para outro órgão ou entidade da 
administração direta e indireta da União dos Estados do Distritoadministração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios;
II - afastado ou licenciado, temporariamente, do cargo e de p g
suas funções; ou
III - no exercício de mandato eletivo, nas condições previstas 
l iem lei.
CuidadoCuidado
LC estadual n 412/2008:LC estadual n. 412/2008:
Art. 19. No caso de cessão de segurado para órgão ou g p g
entidade da administração direta ou indireta da União, dos 
Estados ou Municípios, o desconto e o recolhimento das 
contribuições previdenciárias do segurado e patronal ( ) serãocontribuições previdenciárias, do segurado e patronal (...) serão 
de responsabilidade:
II - do órgão cessionário, caso a remuneração do seguradoII do órgão cessionário, caso a remuneração do segurado 
ocorrer à conta daquele. 
Art. 20. Nas hipóteses de cessão ou afastamento do segurado, 
de que trata o art. 4º, § 3º, o cálculo da contribuição será feito 
de acordo com o salário de contribuição do cargo de que ode acordo com o salário de contribuição do cargo de que o 
segurado seja titular.
CuidadoCuidado
Lei n. 8.212/91:Lei n. 8.212/91:
Art. 13. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da 
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem 
d ti t i f d õ ã l íd dcomo o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do 
RGPS consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por 
regime próprio de previdência social.g p p p
§ 1º Caso o servidor ou o militar venham a exercer, 
concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo 
Regime Geral de Previdência Social tornar se ão seguradosRegime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados 
obrigatórios em relação a essas atividades. 
§ 2º Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de § , p p g p p
previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade 
cujo regime previdenciário não permita a filiação nessa condição, 
permanecerão vinculados ao regime de origem obedecidas aspermanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas as 
regras que cada ente estabeleça acerca de sua contribuição. 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
Art. 37 (...)
§ 10 É vedada a percepção simultânea de proventos§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos
de aposentadoria decorrentesdo art. 40 ou dos arts. 42 e 
142 com a remuneração de cargo, emprego ou função 
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em 
i ã d l d l i d li ãcomissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEAÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
READMISSÃO DE EMPREGADOS DE EMPRESAS 
PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. 
ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS E VENCIMENTOS. 
EXTINÇÃO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO POR 
APOSENTADORIA ESPONTÂNEA NÃOAPOSENTADORIA ESPONTÂNEA. NÃO-
CONHECIMENTO. INCONSTITUCIONALIDADE. (...) É 
inconstitucional o § 1º do art. 453 da CLT, com a redaçãoinconstitucional o § 1 do art. 453 da CLT, com a redação 
dada pela Lei 9.528/1997, quer porque permite, como 
regra, a acumulação de proventos e vencimentos -
vedada pela jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal -, quer porque se funda na idéia de que a 
aposentadoria espontânea rompe o vínculo empregatícioaposentadoria espontânea rompe o vínculo empregatício. 
(STF, ADIN n. 1770, rel. Min. Joaquim Barbosa)
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
1) Subsídio de Vereador com proventos de aposentadoria
“1. A percepção acumulada de proventos e vencimentos 
só é admitida quando não caracterize a vedação contida 
§ 10 d t 37 d C tit i ã F d lno § 10 do art. 37 da Constituição Federal.
2. O subsídio de vereador só poderá ser pago p p g
cumulativamente com a remuneração de cargo, emprego 
ou função, se houver compatibilidade de horário.
3. A percepção cumulativa de subsídio de vereador e 
proventos de aposentadoria não encontra 
impedimento legal.“ (TCE/SC, prejulgado n. 653)
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
2) Proventos de aposentadoria com novo cargo público) o e tos de apose tado a co o o ca go púb co
“Para ocupar cargo efetivo não-acumulável (art. 37, XVI, 
C tit i ã F d l) t d R i P ó i ( tConstituição Federal), o aposentado por Regime Próprio (arts. 
40, 42 e 142 da Constituição Federal), na hipótese de novo 
ingresso no serviço público após 15/12/1998 (data da Emenda 
Constitucional n. 20), além da aprovação em concurso público, 
deverá renunciar aos proventos de sua aposentadoria.
É permitida a contratação de professor aposentado por outro 
ente, que ingressar em cargo de professor da rede municipal, 
pois está entre as exceções que permitem haver apois está entre as exceções que permitem haver a 
acumulação remunerada, consoante a alínea "a" do inciso XVI 
do art. 37 da Constituição Federal, observado o concurso 
público para o seu reingresso “ (TCE/SC prejulgado nº 1385)público para o seu reingresso. (TCE/SC, prejulgado nº 1385) 
Acumulação remunerada de cargos públicosAcumulação remunerada de cargos públicos
3) Proventos do INSS e Conselheiro Tutelar3) Proventos do INSS e Conselheiro Tutelar
1 Sendo eleito Conselheiro Tutelar servidor inativo que1. Sendo eleito Conselheiro Tutelar servidor inativo que 
perceba proventos de aposentadoria pagos tão-somente 
pelo Regime Geral de Previdência Social (INSS), sem p g ( )
complementação por ente estatal, é possível a 
acumulação daqueles proventos com a remuneração 
d t d f ã id C lhdecorrente da função exercida no Conselho.
2 Os Conselheiros Tutelares embora sejam eleitos pela2. Os Conselheiros Tutelares, embora sejam eleitos pela 
comunidade local, não são detentores de mandato 
eletivo. (TCE/SC, prejulgado nº 1965) ( p j g )
Revisão geral anualRevisão geral anual
- Sempre na mesma data e sem distinção de índices (art. 
37, X)37, X)
- Competência privativa do Chefe do Poder Executivo, eCompetência privativa do Chefe do Poder Executivo, e 
valerá para todos os poderes (sempre por lei específica). 
“Os vereadores fazem jus à revisão geral anual dos seus 
subsídios a partir do 1º ano da legislatura, devendo o 
índice eleito incidir sobre o período aquisitivo de primeiro 
de janeiro até a data da concessão, respeitadas as 
demais condições do instit to ” (TCE/SC prej lgado nºdemais condições do instituto.” (TCE/SC, prejulgado nº 
1693)
Isonomia e equiparaçãoIsonomia e equiparação
Constituição da República:Constituição da República:
- Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do- Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos 
pelo Poder Executivo (art. 37, XII)p ( )
- É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer ç q p ç q q
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração 
de pessoal do serviço público (art. 37, XIII)
Isonomia paridade e equiparaçãoIsonomia, paridade e equiparação
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. SÚMULA STF Nº 339. 1. O 
princípio da isonomia dirige se aos Poderes Executivo eprincípio da isonomia dirige-se aos Poderes Executivo e 
Legislativo, a quem cabe, mediante avaliação de 
conveniência e oportunidade, estabelecer a remuneração 
d id úbli iti d f ti ã 2dos servidores públicos, permitindo a sua efetivação. 2. 
Vedado ao Judiciário elevar os vencimentos de um servidor 
para o mesmo patamar de outro com base nesse postulado, 
nos termos da Súmula STF nº 339. 3. Agravo regimental 
improvido. (RE n. 395273-AgR, Min. Ellen Gracie, julgado em 
08/06/2004) )
- Súmula 339, do STF – Não cabe ao Poder Judiciário, que não 
tem função legislativa aumentar vencimentos de servidorestem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores 
públicos sob fundamento de isonomia.
IsonomiaIsonomia
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO TRIBUNALORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO TRIBUNAL 
SUPERIOR DO TRABALHO SEÇÃO DE DISSÍDIOS 
INDIVIDUAIS (Subseção I): 
297. EQUIPARAÇÃO SALARIAL. SERVIDOR PÚBLICO 
à ÁDA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA E 
FUNDACIONAL. ART. 37, XIII, DA CF/1988 (DJ 
11 08 2003) O art 37 inciso XIII da CF/1988 veda a11.08.2003) O art. 37, inciso XIII, da CF/1988, veda a 
equiparação de qualquer natureza para o efeito de 
remuneração do pessoal do serviço público, sendo ç p ç p ,
juridicamente impossível a aplicação da norma 
infraconstitucional prevista no art. 461 da CLT quando se 
pleiteia equiparação salarial entre servidores públicos, 
independentemente de terem sido contratados pela CLT. 
Desconto na remuneração multa de trânsitoDesconto na remuneração – multa de trânsito
É de inteira responsabilidade da Prefeitura o pagamentoÉ de inteira responsabilidade da Prefeitura o pagamento 
de multas advindas de infrações de trânsito cometidas 
por servidores quando da condução de veículos de 
propriedade do Município.
Está o Poder Público obrigado a propor ação regressiva 
t id úbli d d Ad i i t ãcontra servidores públicos, devendo a Administração 
regulamentar o assunto através de instrumento 
adequadoadequado.
Reiteradas infrações deliberadas dos responsáveis pelo 
cometimento de multas de trânsito devem ser passíveis 
de sanção, podendo até dar ensejo a dispensa por justa 
causa ou até fundamentar suspensão contratual. 
(TCE/SC prej lgado 1678 j lgado em 01/08/05)(TCE/SC, prejulgado 1678, julgado em 01/08/05)
Contribuição sindicalContribuição sindical
Art 579 - A contribuição sindical é devida por todosArt. 579 A contribuição sindical é devida por todos 
aqueles que participarem de uma determinada categoria 
econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, 
em favor do sindicato representativo da mesma categoria 
ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do 
di t t 591 (CLT)disposto no art. 591 (CLT). 
A t 582 O d ã b i d d tArt. 582. Os empregadores são obrigados a descontar, 
da folha de pagamento de seus empregados relativa ao 
mês de março de cada ano a contribuição sindical pormês de março decada ano, a contribuição sindical por 
estes devida aos respectivos sindicatos. 
(valor correspondente à remuneração de um dia de(valor correspondente à remuneração de um dia de 
trabalho)
Contribuição sindicalContribuição sindical
Instrução Normativa nº 01, de 30 de setembro de 2008, 
do Ministério do Trabalho e Emprego:do Ministério do Trabalho e Emprego:
Art. 1º Os órgãos da administração pública federal, 
estadual e municipal, direta e indireta, deverão recolher a p
contribuição sindical prevista no art. 578, da CLT, de 
todos os servidores e empregado públicos, observado o 
di t ti 580 i t d C lid ãdisposto nos artigos 580 e seguintes da Consolidação 
das Leis do Trabalho.
- Mesmo sentido: STJ e TJSC.
Estágio inovações da Lei n 11 788/08Estágio – inovações da Lei n. 11.788/08
- Duração máxima do estágio é de dois anos, salvo para 
portadores de deficiência;portadores de deficiência;
- Jornada máxima de 4 (EJA) ou 6 (ensino médio eJornada máxima de 4 (EJA) ou 6 (ensino médio e 
superior) horas diárias;
- É assegurado ao estagiário o direito de férias;
- Caso descumpridas as normas da lei, são devidos todos 
os direitos de empregado.p g
Piso salarial do magistérioPiso salarial do magistério
Art 2º O piso salarial profissional nacional para osArt. 2 O piso salarial profissional nacional para os 
profissionais do magistério público da educação 
básica será de R$ 950,00 mensais, para a formação em 
nível médio, na modalidade Normal, prevista no art. 62 
da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que 
t b l di t i b d d ã i lestabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
§ 1º O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo 
do qual a União os Estados o Distrito Federal e osdo qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das 
Carreiras do magistério público da educação básica, para g p ç , p
a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas 
semanais. (cuidado: ADIN n. 4.167, do STF)
Piso salarial do magistérioPiso salarial do magistério
Art 5º O piso salarial profissional nacional do magistérioArt. 5 O piso salarial profissional nacional do magistério 
público da educação básica será atualizado, 
anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 
2009.
Parágrafo único. A atualização de que trata o caput
deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo 
percentual de crescimento do valor anual mínimo por 
aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamentalaluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental 
urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei n. 
11.494, de 20 de junho de 2007. (ver PL n. 3776/2008 –, j (
institui INPC como critério de atualização do piso)
Valor atual: R$ 1.024,67 (segundo informações do MEC 
e CNM)
Piso salarial do magistérioPiso salarial do magistério
Art. 3º O valor de que trata o art. 2º desta Lei passará a q p
vigorar a partir de 1º de janeiro de 2008, e sua integralização, 
como vencimento inicial das Carreiras dos profissionais da 
educação básica pública, pela União, Estados, Distrito Federal 
M i í i á f it d f i i le Municípios será feita de forma progressiva e proporcional, 
observado o seguinte:
II – a partir de 1º de janeiro de 2009, acréscimo de 2/3 (dois 
terços) da diferença entre o valor referido no art. 2º desta Lei, 
atualizado na forma do art. 5º desta Lei, e o vencimento inicial 
da Carreira vigente;
III – a integralização do valor de que trata o art. 2º desta Lei,III a integralização do valor de que trata o art. 2 desta Lei, 
atualizado na forma do art. 5º desta Lei, dar-se-á a partir de 
1º de janeiro de 2010, com o acréscimo da diferença 
remanescente. (cuidado: ADIN n. 4.167, do STF)( , )
Riscos Ambientais do Trabalho - RATRiscos Ambientais do Trabalho - RAT
Art 22 da Lei nº 8 212/91Art. 22, da Lei n 8.212/91
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 
da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles 
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade 
laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre 
o total das remunerações pagas ou creditadas no decorrer doo total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do 
mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade ) ( ) j
preponderante o risco de acidentes do trabalho seja 
considerado leve; 
b) 2% (d i t ) j ti id db) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade 
preponderante esse risco seja considerado médio; 
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividadec) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade 
preponderante esse risco seja considerado grave. 
Riscos Ambientais do Trabalho - RATRiscos Ambientais do Trabalho - RAT
- A Lei nº 10.666/2003 criou o Fator Acidentário de Prevenção 
(FAP) – regulamentado pelo Decreto federal nº 6.042/2009. 
- O FAP afere o desempenho da empresa, dentro da respectiva 
ti id d ô i l ti t id t d t b lhatividade econômica, relativamente aos acidentes de trabalho 
ocorridos num determinado período, consistindo num 
multiplicador variável num intervalo contínuo de 0,5000 a p ,
2,0000, aplicado sobre a alíquota RAT. 
- Alíquota do RAT passou a variar entre 0,5% até 6%, 
dependendo do FAP de cada pessoa jurídica.
Riscos Ambientais do Trabalho - RATRiscos Ambientais do Trabalho - RAT
- Para a Adm. Pública, aplica-se a alíquota de 2% de 
RAT (CNAE 8411-6/00, constante do Anexo V, do ( , ,
Decreto federal nº 6.957/2009). 
- Para Adm. Pública o RAT, após aplicado o FAP, varia 
entre 1% e 4%, dependendo de caso a caso.
- Percentual soma-se à alíquota de 20% patronal.
Federação Catarinense de Municípios - FECAMFederação Catarinense de Municípios - FECAM
MARCOS FEY PROBST
Advogado e assessor jurídico da FECAMAdvogado e assessor jurídico da FECAM
marcos@fecam.org.br
marcosprobst@gmail commarcosprobst@gmail.com

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