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Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 26 
 
SOLUÇÕES DE EDO LINEARES DE 2A ORDEM NA FORMA INFINITA 
 
Conforme foi visto é muito simples se obter a solução geral de uma EDO linear de 2a 
ordem a coeficientes constantes 
0 cyybya
. 
em termos das funções algébricas e transcendentes elementares 
tetetee tttt   sen,cos,, . 
Já no caso não-homogêneo 
)(tfcyybya 
 
isso nem sempre é possível, pois depende de 
)(tf
. Nos casos em que 
)(tf
 não é um 
quase-polinômio, utilizando-se o método da variação dos parâmetros, o que se obtém é 
solução geral na forma de uma integral definida. 
De modo que, já seria de se esperar um aumento no grau de dificuldade para se obter a 
solução geral de uma EDO linear de 2a ordem a coeficientes variáveis mesmo no caso 
homogêneo 
0 ytcytbyta )()()(
. 
Isso talvez não tenha ficado muito evidente, pois no caso muito particular da equação de 
Euler a solução geral ainda pode ser dada em termos de funções elementares. Entretanto, 
no caso geral, invariavelmente a solução geral tem de ser dada através de novas funções 
transcendentes, denominadas funções especiais, as quais só podem ser expressas numa 
representação infinita: seja em séries infinitas, seja em frações contínuas ou seja através 
de integrais definidas. Na verdade, as funções transcendentes podem ser divididas em 
duas classes: as que,como as funções de Bessel, são soluções de EDO’s e as que, como a 
função Zeta de Riemann, não satisfazem nenhuma EDO. No presente capítulo, nos 
ateremos as EDO’s cuja solução geral pode ser representada através de séries infinitas, 
mais especificamente séries de potência. 
 
 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 27 
 
Alguns exemplos importantes de EDO’s da Física-Matemática são 
Equação de Cauchy-Euler 
2
0 0( ) ( ) 0 , , , Ra x x y b x x y cy a b c      
. 
 
Equação de Bessel 
2 2 2( ) 0 , Rx y xy x y      . 
 
 
Equação de Legendre 
2(1 ) 2 0 , Rx y xy y      . 
 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 28 
 
Equação de Airy 
0 , Ry xy   
. 
 
 
Equação de Hermite 
2 2 0 , Ny xy ny n    
. 
 
Equação de Chebyshev 
2 2(1 ) 0 , Nx y xy n y n     
. 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 29 
 
 
Equação Hipergeométrica 
 
(1 ) ( ( 1) ) 0 , , , Rx x y c a b x y aby a b c        
 
 
OBS: Todas as EDO’s acima possuem coeficientes polinomiais. Isso ocorre na maioria das 
EDO’s da Física-Matemática. De modo que, poderíamos nos restringir as EDO’s com 
coeficientes polinomiais, apesar do método das séries de potências se aplicar a EDO’s com 
coeficientes não polinomiais. 
Definição: Dada a EDO 
0 yxcyxbyxa )()()(
 (LH) 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 30 
 
onde 
)(),(),( xcxbxa
 não possuem fatores comum da forma
kxx )( 0
, onde k é um 
inteiro positivo. Tem-se que 
(i) 
0x
 é um ponto ordinário se 
00 )(xa
. 
(ii) 
0x
 é um ponto singular 
00 )(xa
. 
OBS: Como queremos a proteção do T. E. U. estamos supondo que (LH) possui 
coeficientes contínuos em algum intervalo comum 
[,] 
. De modo que, se 
0x
 é um 
ponto ordinário en tão existe um subintervalo no qual 
0)(xa
.Neste subintervalo pode 
ser posta na forma normal 
0 yxqyxpy )()(
 
e aplicando o T. E. U. obtemos a existência e unicidade de solução para qualquer par de 
dados iniciais 
1000 yxyyxy  )()( , 
 
 tomados em
0x
. 
OBS: Se 
0x
 é um ponto singular, então pelo menos um dos no 
)(),( 00 xcxb
 é diferente de 
zero. De modo que, pelo menos um dos coeficientes 
)(),( xqxp
 fica ilimitado quando 
0xx
e não se pode aplicar o T.E.U. 
 
REVISÃO DE SÉRIES DE POTÊNCIAS 
 
A mais simples série de potências é uma função polinomial 
n
n xaxaaxf  ...)( 10
. 
Esta é uma representação finita. Do Cálculo aprendemos que as funções elementares 
podem ser representadas na forma infinita através de séries de potências. Alguns 
exemplos são 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 31 
 
111
1
1
12
1
12
1
1206
2
1
2
1
242
1
1
0
2
0
12
1253
0
2
242
0


























xxxxx
x
xx
nn
xxx
xx
xx
nn
xxx
x
x
n
x
n
x
xe
n
nn
n
n
nn
n
n
n
nn
n
n
nn
x
 , 
 , 
 , 
 , 
......
)!(
)(
...
)!(
)(...sen
)!(
)(
...
)!(
)(...cos
!
...
!
...
 
Uma representação mais geral é 




0
0
n
n
n xxaxf )()(
. 
Neste caso diz-se que a função foi expandida em série em torno do ponto 
0x
. Nas 
expansões acima tem-se que 
00 x
. Relembramos os seguintes resultados 
1.Uma série de potências converge num ponto 
xx ~
 se 




m
n
n
n
m
xxa
0
0 )
~(lim
. 
 Toda série converge em 
0xx 
, podendo convergir em todo 
Rx
, ou apenas em alguns 
x
. 
2. Uma série converge absolutamente num ponto 
x
 se a série 




0
0
n
n
n xxa )(
 
for convergente. Tem-se que conv. absoluta  convergência.A recíproca não é 
necessariamente verdadeira. 
3. Teste da Razão: critério para verificação da convergência absoluta. Se 
10  nan ,
 e 
se para algum valor de 
x
 
L
a
a
xx
xxa
xxa
n
n
nn
n
n
n
n


 




1
0
0
1
01 lim
)(
)(
lim
 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 32 
 
então a série converge absolutamente no ponto 
x
 se 
1L
 e diverge se 
1L
. Se 
1L
, 
o teste não é conclusivo. 
 
4. Intervalo de Convergência: existe um real 
0
, denominado raio de convergência, tal 
que a série converge absolutamente em 
 0xx
 e diverge em 
 0xx
.Se a série 
só converge em 
0x
, o raio de convergência é zero. Se a série converge em todos os reais, 
o raio de convergência é infinito.Se
0
,o intervalo 
[,]   00 xx
é o intervalo de 
convergência. 
A série pode convergir ou divergir em 
 0xx
. 
5. Se 




0
0
n
n
n xxa )(
e 




0
0
n
n
n xxb )(
forem convergentes em 
 0xx
.Então, tem-
se que 








0
0
0
0
0
0
n
n
nn
n
n
n
n
n
n xxbaxxbxxa ))(()()(
 
 e 
n
n k
knk
n
n
n
n
n
n xxbaxxbxxa )()()( 0
0 00
0
0
0 

























  









 
 são convergentes em 
 0xx
. Além disso, se 
00 b
, então 


 




 


0
0
0
0
0
0
n
n
n
n
n
n
n
n
n
xxc
xxb
xxa
)(
)(
)(
 
 onde 
nc
 pode ser obtido através de 
n
n
n
k
knk
n
n
n
n
n
n
n
n
n xxbcxxbxxcxxa )()()()( 0
0 00
0
0
0
0
0 







  

 







, 
 sendo que o raio de convergência pode ser menor que 

. 
6. Suponha que 




0
0
n
n
n xxaxf )()(
 converge em 
  x
. Então 
 
  

















2
2
000
2
2
0
02
2
1
1
0
0
0
0
0
1
n
n
n
n
n
nn
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
xxannxxa
dx
d
xxa
dx
d
xf
xxnaxxa
dx
d
xxa
dx
d
xf
)()()()()(
)()()()(
 
e assim sucessivamente, sendo que cada série converge absolutamente em 
  x
. 
Além disso, tem-se a seguinte relação 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 33 
 
!
)()(
n
xf
a
n
n
0
 
e a série é chamada série de Taylor de 
f
em torno de 
0xx 
. 
OBS: Dada uma função 
)(xf
 contínua possuindo derivadas de todas as ordens em 
 0xx
, 
)(xf
 pode sempre ser representa- 
da por uma série de potências convergente em 
 0xx
? Ou seja, quando se tem que 




0
0
0
n
n
n
xx
n
xf
xf )(
!
)(
)(
)( , em 
 0xx
? 
Definição: Uma função cuja série de Taylor converge em 
 0xx
 é dita ser analítica 
em 
0xx 
. 
 
SOLUÇÃO EM SÉRIE NA VIZINHANÇA DE UM PONTO ORDINÁRIO 
 
Dada a EDO 
)()()()( xdyxcyxbyxa 
 (1) 
analisaremos o problema de sua resolução em uma vizinhança de um ponto ordinário 
0xx 
 através do emprego de séries de potências.No caso de coeficientes e lado direito 
polinomiais o candidato natural seria um polinômio.No caso geral, assumindo que os 
coeficientes lado direito são analíticos em torno de
0xx 
, o candidato será uma série de 
potências. De modo que, existem duas questões que precisam ser consideradas: 
Como determinar formalmente os coeficientes da série? 
Qual será o raio de convergência da solução obtida? 
Utilizando o fato de 
0xx 
 ser um ponto ordinário, a EDO pode ser posta na forma 
normal 
)()()( xryxqyxpy 
 (2) 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 34 
 
Então se os coeficientes e lado direito puderem ser expandidos em séries de potências em 
algum intervalo em torno de 
0x
, ou seja se 








0
0
0
0
0
0
n
n
n
n
n
n
n
n
n xxrxrxxqxqxxpxp )()(,)()(,)()(
 
Tentaremos uma solução na forma 




0
0
n
n
n xxaxy )()(
. 
Exemplo: Obter a solução geral da EDO 
 xyy , 0
. 
Como 
1)(xa
 então a EDO não possui pontos singulares em. De modo que, podemos 
tomar 
00 x
 e 




0n
n
n xaxy )(
. 
Derivando termo a termo obtém-se que 




1
1
n
n
n xnaxy )(
e 




2
2
1
n
n
n xannxy )()(
. 
Substituindo na EDO segue-se que 
01
02
2  





n
n
n
n
n
n xaxann )(
. 
Transladando o índice na primeira série de n para n+2, obtém-se 
012
0 0
2  





n n
n
n
n
n xaxann ))((
 
ou seja 
  012
0
2 



n
n
nn xaann ))((
. 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 35 
 
O que ocorre se só se 
0012 2   naann nn , ))((
. 
Esta equação se chama relação de recorrência. Como a um descompasso de 2 entre os 
índices dos coeficientes, os coeficientes pares e ímpares são determinados 
separadamente. Tem-se que 
,... , , 
!.!.!. 656434212
04
6
02
4
00
2
aa
a
aa
a
aa
a 
 
e 
 ,... -- , , 
!.!.!. 767545332
15
7
13
5
11
3
aa
a
aa
a
aa
a 
 
Utilizando-se indução finita conclui-se que 















,...,,,
)!(
)(
)!(
)(
321
12
1
2
1
112
02
n
a
n
a
a
n
a
a
n
n
n
n
n 
Portanto, a solução geral será dada por 
...
)!(
)(
)!(
)(
...
!!!!
)( 




 121205140312010
12
1
2
1
5432
n
n
n
n
x
n
a
x
n
a
x
a
x
a
x
a
x
a
xaaxy
 
ou seja 



































0
12
1
0
2
0
12
3
1
2
2
0
12
1
2
1
12
1
32
1
2
1
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
x
n
ax
n
a
x
n
x
xax
n
x
axy
)!(
)(
)!(
)(
...
)!(
)(
...
!
...
)!(
)(
...
!
)(
 
 
Agora que obtivemos a solução formal, devemos estudar a convergência das séries 
obtidas. Utilizando o Teste da Razão, obtemos que 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 36 
 
2( 1) 1 2( 1)
2( 1) 0
2 2
2 0
( 1) / (2 2)! (2 )!
lim lim lim
( 1) / (2 )! (2 2)!
1
lim 0 1
(2 2)(2 1)
 , R
n n n
n
n n nn n n
n
n
a x a x n n
x
a x a x n n
x x
n n
  

  

 
  
 
    
 
 
e 
2( 1) 1 1 2 3
22( 1) 1 1
2 1 2 1
2 1 1
( 1) / (2 3)! (2 1)!
lim lim lim 0 1,
( 1) / (2 1)! (2 3)!
R
n n n
n
n n nn n n
n
a x a x n n
x x
a x a x n n
   
 
   

  
     
  
 
De modo que, podemos definir duas soluções da EDO em toda reta 





0
2
1
2
1
n
n
n
x
n
xy
)!(
)(
)(
 e 







0
12
2
12
1
n
n
n
x
n
xy
)!(
)(
)(
. 
Observamos que 
0010 11  )()( yy , 
 e 
1000 22  )()( yy , 
 
Então, aplicando Abel obtém-se que 
10 0
0
2121 

x
dx
eyyWxyyW )](,[)](,[
. 
De modo que, 
1y
 e 
2y
 formam um conjunto fundamental para a EDO e, portanto, a 
solução geral é realmente dada por 
Raaxyaxyaxy  102110 ,)()()( , 
. 
Na verdade, tem-se que 
)()( 00 10 yaya  , 
. 
Logo, conclui-se que 
1y
 é a única solução do seguinte 





0010
0
)(,)(
:
yy
yy
PVI
 
e que 
2y
 é a única solução do seguinte 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 37 
 





1000
0
)(,)(
:
yy
yy
PVI
 
Por outro lado, aprendemos no Cálculo que 
1y
 é a série de Taylor para 
xcos
 em 
00 x
 
e 
2y
 é a série de Taylor de 
xsen
 em 
00 x
. De modo que, as funções 
xcos
 e 
xsen
podem ser definidas através de PVI’s. Na verdade, a maioria das funções especiais 
da Física-Matemática é definida como soluções de PVI’s. Para a maioria dessas funções 
não existe forma mais simples de defini-las. 
Exemplo: Obter a solução geral da Equação de Airy 
 xxyy , 0
. 
Tem-se que 
xxqxp  )(,)( 0
 então a EDO não possui pontos singulares. Podemos 
tomar 
00 x
 e como candidato a solução 




0n
n
n xaxy )(
 (1) 
e supor que a série em 
x
, sendo 

 determinado a posteriori. Derivando (1) e 
substituindo na EDO obtém-se após deslocamento do índice 
012
00
2  





n
n
n
n
n
n xaxxann ))((
 
ou seja 
012
0 0
1
2  






n n
n
n
n
n xaxann ))((
 
Deslocando novamente o índice na segunda série, substituindo n por n-1, obtém-se que 
012
0 1
12  





n n
n
n
n
n xaxann ))((
 
Finalmente “soltando” o primeiro termo da primeira série 
0122
1 1
122   





n n
n
n
n
n xaxanna ))((
 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 38 
 
De modo que, a relação de recorrência é dada por 
,...,))(( 2112 12   naann nn , 
 
sendo que 
02 a
 . 
Agora o descompasso entre os índices é de três unidades e tem-se que 
... 8520 aaa
. 
Novamente obtém-seuma dicotomia entre os coeficientes 
 , , 
9865329865326532
06
9
03
6
0
3
...........
aa
a
aa
a
a
a 
,... 
ou seja 
,...,
))()()((...
21
31333436532
0
3 

 n
nnnn
a
a n , 
 
Por outro lado, 
10976431097643
17
10
4
7
1
4








aa
a
a
a
a
a , 
7643
a
 , 1
.
,... 
ou seja 
,...,
))()()((...
21
13323337643
1
13 

 n
nnnn
a
a n , 
 
De modo que, 



















 



 1
13
1
1
3
0
1333231332
1
n
n
n
n
nn
x
xa
nn
x
axy
))((...))((...
)(
(2) 
donde obtém-se novamente que 
00 ay )(
 e 
10 ay  )(
. 
Análise da convergência das séries: utilizando o teste da razão, conclui-se que 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 39 
 
3( 1)
3
/ 2 3 ... [3( 1) 1][3( 1)] 2 3 ... (3 1)(3 )
lim lim
/ 2 3 ... (3 1)(3 ) 2 3 ... (3 1)(3 )(3 2)(3 3)
1
lim 0 .
(3 2)(3 3)
 , R
n
nn n
n
x n n n n
x
x n n n n n n
x x
n n

 

         
 
         
   
 
 Logo, 
a primeira série converge em toda reta. O mesmo acontecendo com a segunda série. 
Definindo as funções analíticas 


 

0
3
1
31332n
n
nn
x
xy
))((...
)(
 e 





0
13
2
13332n
n
nn
x
xy
))((...
)(
 
obtém-se que 
1y
 é a única solução do seguinte 





0010
0
)(,)(
:
yy
xyy
PVI
 
e 
2y
 é a única solução do 





1000
0
)(,)(
:
yy
xyy
PVI
 
Além disso, tem-se que 
RxyyWxyyW  , 102121 )](,[)](,[
. 
De modo que, 
},{ 21 yy
 é um conjunto fundamental para a EDO de Airy e a solução geral é 
dada por (2). As funções 
1y
e 
2y
 não são funções transcendentes elementares do Cálculo. 
Exemplo: Obter a solução geral da EDO de Airy em uma vizinhança de 
10 x
. 
Como 
10 x
 é ponto ordinário podemos tomar como candidato 




0
1
n
n
n xaxy )()(
 
em algum intervalo de convergência 
1x
. Tem-se que 






 
0
1
1
1
111
n
n
n
n
n
n xanxnaxy )()()()(
 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 40 
 
e 
 






 
0
2
2
2
11211
n
n
n
n
n
n xannxannxy )())(()()()(
 
Substituindo obtém-se que 
 
011112
0
1
0
2  






n
n
n
n
n
n xanxxann )()()())((
. 
Tomando o desenvolvimento de Taylor de 
x
 em torno de 
10 x
, obtém-se que 
)( 11  xx
. 
Substituindo obtém-se 
 




 
0 0
2 0111112
n n
n
n
n
n xaxxann )()]([)())((
 
ou seja 
011112
0
1
00
2  








n
n
n
n
n
n
n
n
n xaxaxann )()()())((
 
Soltando o primeiro termo nas duas primeiras séries e transladando o índice na última 
série chega-se a 
  01122
1
1202  



n
n
nnn xaaannaa )())((
. 
De modo que, a relação de recorrência é dada por 
112 12   naaann nnn , ))((
. 
Logo, 
,... , , , 
30120202012241212662
0123
5
1012
4
01
3
0
2
aaaa
a
aaaa
a
aa
a
a
a 
 
O que leva a seguinte solução geral 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 41 
 
...)()()()()( 











 4103012010 1
1224
1
66
1
2
1 x
aa
x
aa
x
a
xaaxy
 
ou seja 



























 ...
)()(
)(...
)()()(
)(
12
1
6
1
1
24
1
6
1
2
1
1
43
1
432
0
xx
xa
xxx
axy
 
OBS: Em geral quando a fórmula de recorrência possui mais de dois termos, a 
determinação de 
na
 em função de 
0a
 e 
1a
 pode se tornar muito difícil e até mesmo 
impossível. Sem esta dependência não podemos verificar a convergência das séries 
através de um método direto, como ,por exemplo, o teste da razão. 
OBS: Quando se tenta uma solução na forma de série de potências de 
)( 0xx 
 então os 
coeficientes da EDO devem ser representados também em potências de 
)( 0xx 
. 
O seguinte resultado devido a Immanuel Lazarus Fuchs, obtido em 1866, delimita o que 
pode ser feito no caso de pontos ordinários para uma vasta classe de EDO’ s 
Teorema: (Fuchs) 
 Dada uma EDO linear normal de ordem n 
 
)()(...)( )()( xfyxayxay nn
n   0
1
1
. (LN) 
 
Hipóteses: 
 (H1) 
)(),(),...,( xfxaxa n 10 
 analíticas em 
  x
. 
 (H2) Existe 
0
 tal que as expansões em série de potências de 
 
)(),(),...,( xfxaxa n 10 
 são convergentes em 
 0xx
. 
Tese: 
 Toda solução de (LN) é analítica em 
0x
 com intervalo de convergência 
Paulo Marcelo Dias de Magalhães - UFOP Página 42 
 
 
 0xx
. 
 
 OBS: No caso n = 2, o teorema pode ser posto do seguinte modo: A solução geral de (LN) 
é dada por 
)()()()( xyaxyaxxaxy
n
n
n 2110
0
0 


 
onde 
10 aa ,
 são arbitrários e 
21 yy ,
 são soluções na forma de séries infinitas linearmente 
independentes, analíticas em 
0x
, sendo que o raio de convergência de cada série é pelo 
menos tão grande quanto o menor dos raios de convergência das séries representando os 
coeficientes e o lado direito 

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