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PROCESSO FALIMENTAR FALÊNCIA DAS EMPRESAS DA DECLARAÇÃO JUDICIAL DA FALÊNCIA A Declaração Judicial de Falência se da de duas formas: 1) Conversão ou Convolação da Recuperação Judicial em Falência; ou 2) Pedido de Falência. O Pedido de Falência pode ser formulado por um credor que pede, ou pelo devedor que confessa a falência. BASE LEGAL = LEI n. 11.101/2005 NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO DE FALÊNCIA DAS EMPRESAS É uma ação de conhecimento, autônoma, com os mesmos elementos de uma inicial qualquer, com as peculiaridades de um pedido de falência. O art. 3º da Lei fala sobre o foro competente, sendo o principal estabelecimento do devedor. Qualquer credor, segundo o art. 97, IV da lei, sendo civil, trabalhista, empresarial etc., tem legitimação para pedir. Há uma possibilidade de a Fazenda Pública pedir (por impostos) quando credora. A legitimidade extraordinária trata do agente fiduciário, que ao emitir debêntures, normalmente se escolhe um agente fiduciário (que não é credor) para representar os credores (das debêntures) caso seja necessário pedir falência, sendo assim o agente fiduciário pede um direito de terceiros e não o dele. DO PEDIDO DE FALÊNCIA O pedido de falência, ação litigiosa, deve seguir os requisitos essenciais, entre eles a causa de pedir. A lei aponta 3 deles, quais sejam: IMPONTUALIDADE: É a mais frequente na prática. Bastando o não pagamento de obrigação liquida e certa. TER UM TÍTULO EXECUTIVO PROTESTADO: Para que possa pedir a falência sem nenhuma referencia ao ativo e ao passivo da sociedade empresária. Não se exige do credor que prove que o devedor é insolvível (empresa cujo patrimônio liquido é negativo, ou seja, o passivo é maior que o ativo). ATO DE FALÊNCIA: quando o devedor está se desfazendo dos seus bens e o autor da ação tem o ônus de provar que o devedor esta fraudando o pagamento. DA DEFESA DA EMPRESA RÉ NO PROCESSO DE FALÊNCIA O réu, em sua defesa, pode alegar o que a lei chama de relevante razão de direito. O art. 96 da Lei da Falência diz que a falência não será decretada se o requerido provar (ônus do réu) os casos previstos nos incisos. Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar: I – falsidade de título; II – prescrição; III – nulidade de obrigação ou de título; IV – pagamento da dívida; V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título; VI – vício em protesto ou em seu instrumento; VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei; VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado. DA AUTOFALÊNCIA É o auto de falência pelo próprio devedor, também entendida como a confissão de falência. Alguns doutrinadores entendem isto como um problema, pois é o juiz quem decreta, sendo assim, ele pede para que o juiz decrete sua falência. A CAPACIDADE POSTULATÓRIA é do advogado na autofalência ( como se entende que é uma confissão). O advogado deve ter poderes específicos em instrumento de mandato para postular a autofalência em juízo. DA MASSA FALIDA É criada com a sentença declaratória de falência, administrada pelo administrador judicial (Síndico) Tem duas acepções: Objetiva – é o acervo de bens; e Subjetiva – é a coletividade de credores. Não tem personalidade jurídica, mas tem capacidade judiciária, ou seja, pode ser parte, e tem capacidade negocial, dessa forma, se a massa falida tem um galpão, ele pode ser alugado e a massa falida recebe o credito. Capacidade jurídica, por exemplo, de ser parte em ação judicial, representada pelo administrador judicial. A massa falida enquanto ente jurídico é uma criação da lei para viabilizar a promessa de tutela jurídica executiva pelo Estado. CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho; II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias; IV – créditos com privilégio especial, a saber: a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia; d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA V – créditos com privilégio geral, a saber: a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei; c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei; VI – créditos quirografários, a saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento; c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias; VIII – créditos subordinados, a saber: a) os assim previstos em lei ou em contrato; b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.
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