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1144357 PROCESSO FALIMENTAR

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PROCESSO FALIMENTAR
FALÊNCIA DAS EMPRESAS
DA DECLARAÇÃO JUDICIAL DA FALÊNCIA
A Declaração Judicial de Falência se da de duas formas:
1) Conversão ou Convolação da Recuperação Judicial em Falência; ou
2) Pedido de Falência.
O Pedido de Falência pode ser formulado por um credor que pede, ou pelo devedor que confessa a falência.
BASE LEGAL = LEI n. 11.101/2005
NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO DE FALÊNCIA DAS EMPRESAS
É uma ação de conhecimento, autônoma, com os mesmos elementos de uma inicial qualquer, com as peculiaridades de um pedido de falência.
O art. 3º da Lei fala sobre o foro competente, sendo o principal estabelecimento do devedor.
Qualquer credor, segundo o art. 97, IV da lei, sendo civil, trabalhista, empresarial etc., tem legitimação para pedir. 
Há uma possibilidade de a Fazenda Pública pedir (por impostos) quando credora. 
A legitimidade extraordinária trata do agente fiduciário, que ao emitir debêntures, normalmente se escolhe um agente fiduciário (que não é credor) para representar os credores (das debêntures) caso seja necessário pedir falência, sendo assim o agente fiduciário pede um direito de terceiros e não o dele.
DO PEDIDO DE FALÊNCIA
O pedido de falência, ação litigiosa, deve seguir os requisitos essenciais, entre eles a causa de pedir. A lei aponta 3 deles, quais sejam:
 IMPONTUALIDADE: É a mais frequente na prática. Bastando o não pagamento de obrigação liquida e certa. 
TER UM TÍTULO EXECUTIVO PROTESTADO: Para que possa pedir a falência sem nenhuma referencia ao ativo e ao passivo da sociedade empresária. Não se exige do credor que prove que o devedor é insolvível (empresa cujo patrimônio liquido é negativo, ou seja, o passivo é maior que o ativo). 
 ATO DE FALÊNCIA: quando o devedor está se desfazendo dos seus bens e o autor da ação tem o ônus de provar que o devedor esta fraudando o pagamento.
DA DEFESA DA EMPRESA RÉ NO PROCESSO DE FALÊNCIA
O réu, em sua defesa, pode alegar o que a lei chama de relevante razão de direito. O art. 96 da Lei da Falência diz que a falência não será decretada se o requerido provar (ônus do réu) os casos previstos nos incisos.
Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar:
I – falsidade de título;
II – prescrição;
III – nulidade de obrigação ou de título;
IV – pagamento da dívida;
V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título;
VI – vício em protesto ou em seu instrumento;
VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei;
VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado.
DA AUTOFALÊNCIA
É o auto de falência pelo próprio devedor, também entendida como a confissão de falência. Alguns doutrinadores entendem isto como um problema, pois é o juiz quem decreta, sendo assim, ele pede para que o juiz decrete sua falência. 
A CAPACIDADE POSTULATÓRIA é do advogado na autofalência ( como se entende que é uma confissão). O advogado deve ter poderes específicos em instrumento de mandato para postular a autofalência em juízo.
DA MASSA FALIDA
É criada com a sentença declaratória de falência, administrada pelo administrador judicial (Síndico)
Tem duas acepções: 
Objetiva – é o acervo de bens; e
Subjetiva – é a coletividade de credores.
Não tem personalidade jurídica, mas tem capacidade judiciária, ou seja, pode ser parte, e tem capacidade negocial, dessa forma, se a massa falida tem um galpão, ele pode ser alugado e a massa falida recebe o credito.
Capacidade jurídica, por exemplo, de ser parte em ação judicial, representada pelo administrador judicial.
A massa falida enquanto ente jurídico é uma criação da lei para viabilizar a promessa de tutela jurídica executiva pelo Estado. 
CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
      I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
      II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
      III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
    IV – créditos com privilégio especial, a saber:
  a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
 b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
 c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
 d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de2006        (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA
V – créditos com privilégio geral, a saber:
        a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
        b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
        c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
        VI – créditos quirografários, a saber:
        a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
        b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
        c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
       VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
     VIII – créditos subordinados, a saber:
    a) os assim previstos em lei ou em contrato;
   b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

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