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Teoria Geral do Processo (TGP) - Resumo

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Plano de Ensino
Teoria Geral do Processo - TGP
prof.asdias@gmail.com
Unidade 1 – Noções Teóricas Básicas do Processo
Autotutela (vedada pelo art. 349 CP)
Própria pessoa;
Art. 349 CP.
Heterotutela (proteção jurídica conferida por um outro sujeito)
Outro;
Arbitragem antiga com ideia mística, naturalista.
Autocomposição
Vide CPC 2015 – Art. 2° e 3°
Bibliografia Sugerida
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; DINAMARCO, Cãndido Rangel; GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria Geral do Processo. Malheiros Editores.
CÂMARA, Alexandre Freitas. O Novo Processo Civil Brasileiro. Ed. Atlas
MARRINONI, Luiz Guilherme. Curso de Processo Civil: Teoria Geral do Processo. v.1. Ed. Revista dos Tribunais.
LEAL, Rosemiro. Teria Geral do Processo: primeiros estudos. Ed. Forense.
Portais de Contato com o Professor
www.oprocessualista.com.br
Canal O Processualista
Página O Processualista
@oprocessualista
Projetos do Curso de Direito
Monitoria
Coordenador: Prof. Alisson de Sousa
Grupo de Estudos Direitos Humanos na Contemporaneidade
Coordenador: Prof. Mhardoqueu Geraldo Lima França
Grupo de Estudos Argumentação e Apresentação
Coordenador: Prof. Pedro Henrique Carvalho Silva
Unidade 1 – Noções Teóricas Básicas do Processo
Autocomposição
Na autocomposição, o conflito é solucionado pelas partes, sem a intervenção de outros agentes no processo de pacificação da controvérsia. As modalidades de autocomposição são as seguintes: renúncia, desistência, aceitação (resignação/submissão) e a transação.
Ocorre a renúncia quando o titular de um direito dele se despoja, por ato unilateral seu, em favor de alguém. Renuncio ao Direito.
Há desistência quando se trata de renúncia à pretensão, não ao direito. Desistência da Lide.
Já a aceitação (resignação/submissão) ocorre quando uma das partes reconhece o direito da outra, passando a conduzir-se em consonância com esse reconhecimento, exclui a resistência de uma das partes, pondo fim à lide. Exemplos: reconhecimento Jurídico do Pedido, art. 487, III, a do CPC.
E, a transação, verifica-se quando as partes que se consideram titulares do direito solucionam o conflito através da implementação de concessões recíprocas.
É de se destacar que as figuras acima podem ocorrer tanto no âmbito exclusivo da sociedade civil (classificando-se como extraprocessuais) ou no interior de um processo judicial (enquadrando-se como endoprocessuais).
Autotutela (Própria + Proteção)
É um tipo de autocomposição. Método de resolução de conflitos que tinha como base o uso da força por um dos sujeitos envolvidos no litígio sem qualquer intervenção do Estado. Não havia a figura de um terceiro imparcial.
A autotutela ocorre quando o próprio sujeito busca afirmar, unilateralmente, seu interesse, impondo-o (e impondo-se) à parte contestante e à própria comunidade que o cerca.
No atual Direito Brasileiro, de acordo com o Código Penal, autotutela é o meio de defesa do indivíduo ao mal injusto causado.
Direito de greve (Constituição Federal), legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento de dever legal, exercício regular de direito, o art. 301 do Código de Processo Penal, art. 1210 do Código Civil.
Heterocomposição
A heterocomposição ocorre quando o conflito é solucionado através da intervenção de um agente exterior à relação conflituosa original. É que, ao invés de isoladamente ajustarem a solução de sua controvérsia, as partes (ou até mesmo uma delas unilateralmente, no caso da jurisdição) submetem a terceiro seu conflito, em busca de solução a ser por ele firmada ou, pelo menos, por ele instigada ou favorecida. Considerando o fato de que se levam em linha de conta os sujeitos envolvidos e a sistemática operacional do processo utilizado, temos as seguintes modalidades de heterocomposição: Jurisdição, Arbitragem, Mediação (de certo modo) e a Conciliação.
Arbitragem (Clássica ou Contemporânea)
É um tipo de heterotutela. Antes do Estado assumir por completo a função de resolução de conflitos de interesses, em superação à autotutela, começou-se a desenvolver a arbitragem. Tinha como principal característica a inclusão de um terceiro imparcial para decidir o litígio, substituindo assim o uso da força.
Essa arbitragem não se confunde com a arbitragem moderna da Lei 9.307/96.
Tipos de Arbitragem
Arbitragem Facultativa
Primeira forma de arbitragem em que as partes escolhiam sacerdotes ou anciões das regiões onde viviam para atuar como terceiros imparciais nas resoluções de conflitos;
Arbitragem Obrigatória
Neste modelo, havendo um litígio as partes, obrigatoriamente, deveriam submete-lo sobre a análise de um arbitro, que continuava a ser um sacerdote ou ancião, mas que era previamente designado, e não escolhido pelas partes
Jurisdição
Função do Estado, por meio da qual este atua como terceiro imparcial na resolução de conflitos de interesses entre particulares e o poder público ou entre entidades diversas e integrantes o poder público.
Atividade do Estado responsável pela solução pacífica, definitiva e democrática dos conflitos.
Diz-se, muitas vezes, que a jurisdição é o poder que o Estado avocou para si de dizer o direito, de fazer justiça, em substituição aos particulares. 
Na realidade, a jurisdição é poder, função e atividade.
É “poder” porque decorre da potestade do Estado exercida de forma definitiva em face das partes em conflito.
É “função”, pois cumpre a finalidade de fazer valer a ordem jurídica em face de uma lide.
E, é também “atividade”, já que consiste em uma série de atos e manifestações externas e ordenadas que culminam com a declaração do direito e concretização do que foi consagrado.
Como a jurisdição é uma parcela da soberania do Estado, abandonou-se a autotutela como forma de resolução de litígios, tendo sido inclusive reprimida pelo ordenamento jurídico em virtude da monopolização do poder pelo Estado. É por isso, inclusive, que o Código Penal tipifica a autotutela em seu art. 345.
Em regra, a autotutela é vedada; excepcionalmente é permitida quando houver permissão legal. Exemplo: 1210, §1° do CC/2002 (Legítima Defesa da Posse).
Não confundir autotutela como forma de resolução de conflitos, em regra vedada, com autotutela administrativa, que é um princípio do Direito Administrativo segundo o qual a Administração Pública pode rever seus próprios atos, sem intervenção do Poder Judiciário, quando tais atos forem ilegais (nulos ou anuláveis).
Características da Jurisdição
Caráter substitutivo (substitutividade);
Escopo de Atuação do Direito;
Imparcialidade;
Inércia (ne procedat judex ex officio);
Definitividade.
Jurisdição Contenciosa e Voluntária
Na jurisdição contenciosa, também chamada de jurisdição propriamente dita, existe um conflito de interesses apresentado em juízo, para que seja solucionado pelo Estado-juiz, com a consequente produção da coisa julgada. A título de exemplo, temos uma ação de cobrança ou uma separação judicial litigiosa. 
No entanto, pode ocorrer que, embora não haja a presença de um conflito de interesses, dada a relevância ou a própria natureza da matéria discutida, impõe o legislador, para a validade de alguns atos, a participação de um órgão público, sendo indispensável a presença do juiz. 
Nessa intervenção o Estado age emitindo uma declaração de vontade, desejando também que o ato atinja o resultado visado pelas partes. Esses atos praticados pelo juiz recebem da doutrina o nome de jurisdição voluntária, ou graciosa, ou administrativa. Na jurisdição voluntária compete ao juiz, em atividade meramente homologatória, verificar se houve observância das normas jurídicas na realização do ato jurídico, sem incidir o caráter substitutivo, pois, antes disso, o que acontece é que o juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico, em uma intervenção necessária para a consecução dos objetivos desejados, ademais, o objetivo dessa atividade não é uma lide, mas apenas um negócio entre os interessados com a participação do magistrado.
Assim, não havendo interesses em conflitos,não é adequado falar em partes, expressão que pressupõe a ideia de pessoas que se situam em posições antagônicas, cada qual na defesa de seu interesse. Além disso, como não se trata de atividade jurisdicional, é impróprio falar em ação, pois esta se conceitua como o direito-dever de provocar o exercício da atividade jurisdicional contenciosa; e, pela mesma razão, não há coisa julgada, pois tal fenômeno é típico das sentenças jurisdicionais. 
A jurisdição voluntária está formalmente capitulada nos arts. 719 a 725 do CPC: homologação de separação judicial consensual, abertura de testamento e codicilo, herança jacente, declaração e divisão de bens de ausente, coisas vagas, curatela dos interditos, organização e fiscalização das fundações.
Importante: Com o advento da Lei n. 11.441 /2007, tanto a separação como o divórcio, desde que consensuais, podem ser realizados no cartório, por meio de escritura pública, de forma mais simplificada. Os procedimentos de separação e de divórcio extrajudiciais não ferem o direito de ação, pois não são de uso obrigatório, mas faculdade conferida aos separandos ou aos divorciandos, que podem requerer a instauração do processo de separação consensual (jurisdição voluntária) ou, preferindo, realizá-los pela via extrajudicial.
Conceitos Importantes
Pretensão: pode ser entendida como a busca por uma posição jurídica de vantagem. Em outras palavras, pretensão pode ser compreendida como a disposição de um sujeito em satisfazer um interesse próprio.
Lide: é um conceito desenvolvido por Francesco Carnelutti. Lide é um Conflito de Interesses Qualificado por uma Pretensão Resistida (CIQPR).
Exemplo: em um compromisso de compra e venda, o comprador, após o acordo e recebimento da mercadoria, deixa de pagar o credor. Não paga, não devolve o bem e o credor não desiste da cobrança. Receber /=/ Não pagar.
Exemplo: se, em um acidente de trânsito, uma das partes admite sua culpa e se propõe a pagar os danos efetuados à parte alheia, não há que se falar em lide por falta de CIQPR.
Processo
Mecanismo de resolução de conflitos caracterizado por uma relação jurídica processual (não se confunde com a relação jurídica de Direito Material) desenvolvida em contraditório e na qual os litigantes encontram-se em estado de sujeição em relação ao magistrado.
Vide regra, o Direito Processual segue a mesma linha do Direito Material, podendo haver, em algumas situações, divergências.
Teoria do Processo Como Relação Jurídica
Visão tradicional: como instrumento da Jurisdição. É a teoria mais difundida sobre o processo no Brasil, e tem como principais entusiastas os processualistas da Escola Paulista de Processo como Ada Pellegrini, Cândido Rangel Dinamarco.
O processo é compreendido como o meio precípuo de resolução de conflitos; e é assim entendido pois o próprio ordenamento jurídico admite e incentiva outros meios de resolução de conflitos.
Após 1988 a visão tradicional perde sua força.
Visão moderna (visão Neoinstitucionalista do Processo): garantia fundamental que promove a filtragem de legitimação dos direitos a partir da construção democrática dos debates. Processualistas da Escola Mineira de Processo (Rosemiro Pereira Leal).
Jurisdição: coerência sistêmica da atuação dos sujeitos de Direitos.
Estado de Direito: quando o Estado se submete às regras de Direito criadas por ele mesmo.
Você já deve ter ouvido incansavelmente as expressões “Processo”, “Procedimento” e “Autos”, porém, diferenciar categoricamente cada uma dessas expressões de acordo com seu real sentido pode ser algo, inicialmente, distante do senso comum.
Processo: ato ou garantia abstrata.
Procedimento: conjunto de atos jurídicos sistematicamente organizados em uma sequência lógica definida em lei para permitir o exercício legítimo da atividade jurisdicional. 
Autos: formalização, exteriorização do procedimento
Mecanismos de Resolução de Conflitos
Autocomposição: desistência, submissão ou transação
Conciliação
Estímulo para que as próprias partes construam a solução da controvérsia, sendo admitida a intervenção orientada por agentes externos. Diferente do mediador, o conciliador não é totalmente neutro.
A conciliação pode ser judicial (em audiência de conciliação) ou extrajudicial (fora da audiência, homologado judicialmente ou não, sendo a homologação requisito para extinção do processo, se houver)
Somente para direitos disponíveis.
Mediação
Semelhante à conciliação, a mediação difere apenas no que tange a função do mediador em comparação ao conciliador. Na mediação, o mediador tem função de apenas viabilizar e facilitar o diálogo entre as partes para que essas, sem intervenção jurisdicional, solucionem o caso concreto. O mediador não pode interferir nem orientar qualquer uma das partes.
Judicial ou extrajudicial;
Na mediação, a imparcialidade se aproxima da noção de neutralidade;
O mediador, não precisa ter formação jurídica, no entanto, a lei exige que seja capacitado por curso oferecido ou reconhecido por tribunal ou pelo CNJ. Lei 13.140/2015;
Um dos pontos que diferencia a mediação da conciliação é o fato de a mediação ser recomendada para os casos em que as partes tenham vínculo anterior ao litígio, e a conciliação para os casos em que tal vínculo não existe;
Objeto da mediação: direitos disponíveis (que podem ser dispostos pela parte), ou direitos indisponíveis (aquele que a parte não pode abrir mão) que admitam transação.
Unidade 2 – Princípios Processuais
Diferença de regras e princípios
Norma jurídica é gênero e regras (podem ser revogadas) e princípios (só podem ser revogados por superação histórica e teórica, ou seja, são maleáveis) são espécies.
Princípios são comandos nucleares de um ordenamento jurídico servindo como fundamento de sua aplicação e elemento de agregação dos valores e conquistas historicamente construídos pela sociedade funcionando como mandados de otimização, conforme a doutrina de Robert Alexy.
Regras são preceitos normativos que definem rigidamente os contornos de situações tuteláveis juridicamente de modo que sua aplicação se dá por mera subsunção.
Princípios Específicos do Processo
O Devido Processo Legal
Previsto no Art. 5°, LIV, CF, o Devido Processo Legal é condição, ou requisito, de validade e legitimidade do exercício da jurisdição e da realização concreta das faculdades dos sujeitos de Direito.
O Devido Processo Legal é classificado pela doutrina como formal (procedural due process) e material (substantive due process). Surgiu como uma imposição ao Estado para trazer contornos legítimos à jurisdição como organização e delimitação dos procedimentos, ou seja, limitar a jurisdição estatal. 
Formal: procedimento adequado e compatível como caso concreto: válido, legítimo e previsível.
Material: garantir aos cidadãos tudo aquilo e exatamente o que buscava ao procurar Poder Judiciário.
O Processo não pode mais ser reduzido a um instrumento da jurisdição (Escola Paulista/Instrumentalista), mas sim a uma garantia fundamental de filtragem de legitimação de posições/situações jurídicas (Escola Mineira).
Vide O PROCESSUALISTA e uma pesquisa comparativa entre as duas escolas processuais.
Princípio da Demanda, da Ação ou Dispositivo
Por tal princípio, cabe à parte interessada provocar o poder judiciário para que este preste a tutela jurisdicional. Em virtude da característica da inércia da jurisdição incumbe à parte disponibilizar os elementos (fatos e fundamento jurídicos) sobre os quais se desenvolverá tal atividade. Este princípio está consagrado na primeira parte do Art. 2° do CPC.
Princípio da Economia Processual
Deve-se buscar alcançar o máximo de resultados úteis com o mínimo de atos processuais a serem praticados, buscando-se otimizar e racionalizar a atuação dos sujeitos envolvidos na demanda.
Princípio da Instrumentalidade das Formas
Estabelece que os atos processuais não são um fim em si mesmo de modo que a preocupação com as formas (formalidades/solenidades) não devem prevalecer sobre os resultados perseguidos. Assim,a inobservância de requisitos ou até mesmo a existência de irregularidades, podem ser relevados caso não haja prejuízo às partes e ao processo e que seja alcançada a finalidade do ato. Art. 188 e 277 do CPC.
Ex.: citação ou intimação por correio e não por oficial de justiça possui validade desde que recebido pela parte ou, no Juizado Especial, por seu parente, desde que entregue no endereço do intimado.
Princípio da Efetividade da Tutela Jurisdicional
Tempo em que a tutela jurisdicional é prestada: “tempestividade da tutela jurisdicional” (Art. 5°, LXXVIII da CF).
Princípio da Imparcialidade
O magistrado não pode ser tendencioso a uma das partes, devendo manter certa equidistância.
Princípio da Livre Investigação das Provas (REVOGADO)
O magistrado não é mero espectador da atuação das partes que significa que o juiz, diante das provas produzidas, tem ampla liberdade de aprecia-las de forma livre. Esse princípio, no entanto, foi superado devido a própria ampla liberdade dada ao magistrado. (Art. 131 do CPC/73 ligado ao Art. 371 do NCPC).
Princípio mantido no Código de Processo Penal e na Consolidação das Leis Trabalhistas.
Princípio da Persuasão Racional do Juiz
O magistrado no exercício da sua liberdade de investigação/apreciação das provas e fundamentos, está vinculado ao que consta dos autos, devendo demonstrar lógica e racionalmente as razões que o levaram a decidir de uma forma e não de outra.
Assim vemos a ideia de haver coerência entre o seu julgamento e o que foi construído no processo.
Motivação X Fundamentação
O magistrado deve expor clara e precisamente as razões de fato e de Direito que o fizeram chega a uma determinada conclusão.
Parte da doutrina entende que motivação é diferente de fundamentação.
A motivação consiste apenas em uma simples exposição/justificativa de uma conclusão enquanto a fundamentação, assim entendida nos termos do art. 93, IX, CF, e do art. 428, §1°, NCPC estabelece um dever de esclarecimento lógico e racional construído a partir da realidade constante dos autos do procedimento e recorrente do contraditório e da ampla defesa.
Princípio do Impulso Oficial
Por tal princípio uma vez rompida a inércia da jurisdição, incumbe ao magistrado adotar os atos necessários ao desenvolvimento do procedimento a fim de que seja prestada a tutela jurisdicional. Art. 2°, segunda parte, CPC/15
Complementa o princípio da demanda
Princípio da Oralidade
Estabelece que na finalização dos atos processuais deve-se prestigiar a linguagem oral, por ser mais simples e por desburocratizar o procedimento.
Ideia de simplificação
Princípio da Publicidade
Garante o amplo acesso ao conteúdo dos atos praticados pelo Poder Judiciário, ressalvadas as restrições legais. Art. 93, IX, CF; art. 189, NCPC que impõem o segredo de justiça.
Constituição Federal Todo Dia
Princípio da Lealdade Processual
Relação direta com o princípio da boa-fé. 
As partes e inclusive o magistrado têm o dever de manter uma postura ética, cooperativa e transparente durante toda a sua atuação como decorrência do princípio da boa-fé objetiva (cláusula geral).
Cláusula geral: técnica de elaboração de normas jurídicas por meio de definições amplas e até mesmo vagas para permitir que o seu aplicador preencha e modele seu conteúdo diante do caso concreto e com base nas diretrizes normativas emanadas do ordenamento jurídico.
O princípio da lealdade processual estabelece diversos deveres (Art. 77 +, CPC). Havendo um regime de sansões para aqueles que violam tal princípio, o que configura a chamada litigância de má-fé (Art. 80, CPC) ou ato atentatório à dignidade da justiça (Art. 77, § 1° e 2°, CPC).
Princípio da Tempestividade da Prestação Jurisdicional
Também chamado de Princípio da Duração Razoável do Processo. Art. 5°, LXXVIII, CF e art. 6° do CPC.
Diferente do princípio da celeridade processual;
Ligado ao fim do tempo morto;
Princípio da Primazia do Julgamento do Mérito
O mérito é o objeto principal da demanda, ou seja, mérito trata-se da própria pretensão deduzida em juízo pela parte que provocou o Poder Judiciário. Art. 4° CPC
Por tal princípio deve-se buscar, sempre que possível, a efetiva apreciação do mérito da demanda permitindo que sejam corrigidos ou até mesmo relevados vícios e defeitos processuais que poderiam impedir a sua análise.
Este princípio tem intima relação com a instrumentalidade das formas e da economia processual.
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Trata-se de um princípio que decorre do contraditório e da ampla defesa, não possuindo previsão legal específica.
Por este princípio as partes atingidas por uma decisão judicial têm o direito-faculdade de impugnar/contrapor a ela por meio de mecanismos chamados recursos, submetendo tal decisão, geralmente, a outro órgão do poder judiciário situado em um plano ou grau superior.
Parte da doutrina e o próprio STF entendem que o duplo grau de jurisdição não seria uma garantia constitucional, de modo que seria legítima a previsão de decisões irrecorríveis.
O Professor Alisson acredita que esse princípio faz parte do devido processo legal.
Princípio do Juiz Natural – 5°, LIII, CF
Basicamente veda a criação de juízos/tribunais de exceção. Institui uma garantia fundamental que estabelece que o órgão jurisdicional legítimo para apreciação e julgamento de uma causa é aquele previamente designado pelo ordenamento jurídico como competente para tal.
Unidade 3 – Estudada com Francis. É conteúdo da Parcial II
Unidade 4
Diferença entre Competência e Jurisdição
A Competência deve ser ligada ou juízo (órgão do judiciário) e não ao juiz (servidor público). Todos os órgãos do judiciário terão jurisdição, mas nem todos terão competência para apreciação e julgamento de determinada demanda.
Relembre-se que jurisdição é função do Estado, decorrente de sua soberania e da vedação de autotutela.
Já competência é a delimitação das atribuições de cada órgão jurisdicional. Em suma, competência consiste na distribuição dos trabalhos/atribuições entre os diversos órgãos que compõem os diversos ramos do Poder Judiciário. É a competência que legitima o exercício da jurisdição diante de um caso concreto.
Critério para Determinação da Competência – Art. 46 – 53 CPC
Reparte geograficamente os trabalhos entre os diversos órgãos do Poder Judiciário em razão do lugar (ratione loci) onde o órgão se situa ou o problema que será levado a sua apreciação.
Incompetência – Art. 64 ao 66 do CPC
Fenômeno que decorre da ausência de atribuição para julgamento de determinada causa a um órgão jurisdicional. Princípio Kompetenz-Kompetenz: atribui ao juízo incompetente a competência para se declarar incompetente.
Relaciona-se com o órgão jurisdicional (juízo).
Primeiro analisa-se a competência e depois o impedimento
Impedimento – Art. 144 do CPC
Delimitação das atribuições de cada órgão jurisdicional
Relaciona-se com o agente público (juiz).
Se o juiz se declarar impedido o processo continuará correndo em sua secretaria, mas será julgado pelo substituto.
Critério para Determinação da Competência
Competência Territorial: Competência Relativa ratione loci, em razão do local. Competência de Foro. Leva em conta mais o interesse das partes que o interesse público então é caracterizado por determinação dele [o interesse das partes].
Competência Funcional: seu objeto, a hierarquia do órgão jurisdicional ou a fase do procedimento. A competência funcional pode ter como fundamento a Constituição Federal, Leis Ordinárias ou Leis Complementares (federais ou estaduais).
Competência Objetiva:
Valor da Causa: Competência Relativa este critério é importante para fixação da competência dos Juizados Especiais (9.099/95), da Fazenda Pública (12.153/09) e Federais (10.259/01). Nas leis 12.153/09 e 10.259/01, a competência é absoluta. Por sua vez, na lei 9.099 a jurisprudência pacífica entende que a competência é relativa, cabendo a parte autora escolher entre o procedimento comum e o procedimento do JESP (enunciado n° 1 do FONAJE –Fórum Nacional dos Juizados Especiais).
Matéria: “ratione materia”, em razão da matéria. Tema/assunto abstrato em uma demanda.
Pessoa: “ratione personae”, em razão da pessoa. Este critério leva em consideração a qualidade/natureza dos sujeitos do processo. Ex.: art. 109, I da CF.
Obs.: a competência territorial é, em regra, relativa. No entanto, a lei pode estipular que tal competência seja absoluta, como, por exemplo, o art. 70 do CPP.
Prevenção e Princípios da Perpetuatio Jurisidictionis
Prevenção: art. 59 CPC e art. 83 CPP.
Local da vara única: a prevenção se dá pelo registro da petição inicial.
Local com mais de uma vara com a mesma competência: a prevenção se dá com a distribuição da petição inicial. Ex.: Divinópolis.
A prevenção estabelece concretamente qual é o juízo competente para uma determinada causa quando, abstratamente houver outros igualmente competentes.
Propositura da demanda tem marco temporal diferente da prevenção. Ou seja, o protocolo da petição inicial fixa o marco da propositura e só com o registro ou distribuição que se fixa a prevenção. Art. 312 do CPC.
Perpetuatio Jurisdictionis (Prorrogação da Competência)
Em qual momento é fixada a competência?
O momento de fixação da competência é o mesmo que do registro/distribuição. Art. 41, CPC.
Se houverem mudanças na situação, seja de fato ou de Direito, são irrelevantes para a fixação da competência, exceto em casos de suprimento do órgão judiciário ou que alterem a competência absoluta.
De fato (ex.: mudança de domicílio); de direito (ex.: venda do bem objeto do processo).
A incompetência relativa do órgão jurisdicional será prorrogada/perpetuada caso a parte contra quem a demanda é proposta não alegar a incompetência no primeiro momento que lhe couber falar nos autos. Preclusão. A preclusão pode ser temporal, lógica (atos incompatíveis) ou consumativa.
Todas as hipóteses de incompetência absoluta são improrrogáveis podendo ser alegadas a qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição (art. 64, §1° do CPC).
Causas Modificativas da Competência – 54 ao 63 do CPC
Válido apenas para as hipóteses de competência relativa (em razão do território e do valor da causa), nos termos do art. 54 do CPC.
Conexão (55, CPC): as hipóteses do § 2° do art. 55 são equiparadas à conexão, mas não se confundem com esta, apenas aplicando-se o efeito de reunião dos processos para julgamento conjunto.
Continência (56, CPC): fenômeno processual caracterizado pela identidade de partes e pela causa de pedir entre ações propostas separadamente, sendo que o objeto de uma (ação continente) é mais amplo e abrange o pedido formulado na outra (ação contida). Diante disso, o CPC estabelece, no art. 57 que se a ação continente tiver sido proposta após a ação contida poderão ser reunidas para julgamento conjunto perante o juízo prevento. Por outro lado, se a ação contida tiver sido proposta depois da ação continente ela será extinta sem resolução do mérito.
As hipóteses de continência previstas no Art. 77, II do CPP referem-se a dispositivos revogados do CP. Inciso II do art. 77 CPP REVOGADO.
Fontes Normativas das Competências – Art. 44 CPC
Leis especiais (ordinárias ou complementares); CPC/2015; Leis de Organização Judiciária.
Foros Comuns – Art. 46: foros indicados pelo CPC para suprir eventual ausência de norma específica. Observa-se para delimitação do foro comum: o objeto da causa; o foro de domicilio do réu; etc.
Foros Subsidiário – Art. 46 §§ 1° ao 5°:
(In) Competência Absoluta X Relativa
O que é absoluta ou relativa é a “incompetência”, não a “competência”, sendo que o órgão competente o é plenamente (não se pode ser relativamente competente), não sendo juridicamente possível classificá-lo em uma escala gradativa.
Já os vícios que atingem a competência admitem gradação e serão absolutos:
se atingirem normas de ordem pública referentes à competência funcional,
em razão da matéria, ou da pessoa (ratione materiae, ratione personae).
Podendo ser analisados a qualquer momento ou grau de jurisdição mediante provocação de qualquer das partes ou de ofício, pelo juiz nos termos do art. 64, §1° CPC.
Quanto aos vícios relativos: atingem normas dispositivas destinadas a atender preponderantemente ao interesse das partes constituindo vícios menos graves que deverão ser alegados pela parte demandada em preliminar de contestação (sob pena de preclusão) e não poderão ser conhecidos de ofício de modo que a alegação prorroga a competência do juízo inicialmente incompetente.
Cláusula de Eleição de Foro
 Constitui a possibilidade que as partes de um negócio jurídico têm de modificar a competência em razão do território ou do valor da causa, excepcionando as regras gerais do CPC, devendo constar expressamente do contrato e se referir, especificamente, a um negócio.
ATENÇÃO: Art. 63, § 3° e 4°
Conflito de Competência
Art. 66 do CPC;
Conflito de Competência é o fenômeno processual caracterizado por uma controvérsia a respeito de qual o juízo competente para apreciar e julgar determinada causa ou perante o qual devam ser reunidas ações conexas ou continentes.
Espécies de Conflito de Competência:
Positivo, art. 66, I
Negativo, art. 66, II
Em razão de controvérsia sobre a reunião ou separação de procedimentos
O procedimento do julgamento do conflito de competência é previsto no regimento interno de cada tribunal sendo que a competência para julgamento desses conflitos é definida pela Constituição
Teoria da Ação: Conceito e Natureza Jurídica
Ação, é o direito garantia fundamental que decorre do princípio da inafastabilidade da jurisdição e confere a qualquer cidadão a faculdade de provocar o Poder Judiciário mediante a afirmação de uma lesão ou ameaça a um direito.
Teoria Imanetista (Civilista) – Savigny
Não é defendida na atualidade, é apenas um aspecto histórico.
Teoria de Carl von Savigny
O Direito de ação era inerente ao direito material, que, uma vez violado permitia que o seu titular buscasse proteção.
A ação era um poder do sujeito contra o outro responsável pela ameaça ou violação ao seu direito. Para tal teoria a ação não se dirigia ao Estado
O direito de ação não era concebido como algo autônomo em relação ao direito material. Art. 75 CC de 1916
Teoria Concreta da Ação – Adof Wach
Não se confunde o Direito Processual com o Material, sendo autônomos entre si.
Ação seria aqui o direito à obtenção de um provimento favorável.
Ação, para a teoria concreta, consistia no direito de obter um julgamento favorável (de procedência dos pedidos). Para tal teoria, se o julgamento fosse de improcedência, ou extinção sem resolução do mérito, não haveria ação.
Teoria Abstrata da Ação – Heinrich Degenkolb
Ação é o direito autônomo em relação ao direito material violado ou ameaçado que permite e assegura o acesso/obtenção de uma tutela jurisdicional, sendo irrelevante o resultado da demanda. Favorável ou não.
** O direito de ação no contexto dessa teoria era amplo, genérico, abstrato e, principalmente, incondicionável, ou seja, não dependia de qualquer requisito prévio. Bastava então, mostrar ao estado a existência de uma lide.
** A teoria abstrata nega as condições da ação.
Teoria Eclética da Ação – Enrico Tullio Liebman – CPC 73
É assim chamada porque, apesar de ser uma teoria essencialmente abstrata tem resquícios da teoria concreta, isso porque, para Liebman, a ação não era um direito incondicionado, dependendo do preenchimento de alguns requisitos: as condições da ação (PIL = Possibilidade jurídica do pedido, Interesse de agir, Legitimidade para a causa), de modo que a falta de algum desses requisitos impedia que o objeto (mérito) fosse julgado. Situação que caracterizava carência de ação.
** Quando Liebman ainda estava desenvolvendo sua teoria ele eliminou a possibilidade jurídica do pedido. Apesar disso, o CPC/73, que adotava essa teoria, trouxe a possibilidade jurídica do pedido como condição da ação, o que foi corrigido pelo CPC/2015 com a indicação de que as condições da ação sãoapenas interesse de agir e legitimidade (art. 17 CPC).
** Liebman diferenciava o direito de petição (incondicionado) do direito de ação (condicionado).
Teoria da Asserção – Elio Fazzalari, José Carlos B. Moreira
A Teoria da Asserção não seria propriamente uma teoria para explicar e determinar a natureza jurídica da ação, mas sim uma técnica para verificação do preenchimento das condições da ação (legitimidade e interesse). Aplicada no Direito Processual Brasileiro.
** Essa teoria é amplamente adotada pela doutrina e pela jurisprudência, especialmente pela do STJ.
De acordo com essa teoria, para verificar se as condições da ação foram preenchidas, o magistrado realiza, em um juízo de abstração (suposição) as afirmações feitas pelo autor na petição inicial. Com base nisso, se conseguir constatar, de imediato, as condições da ação, deverá permitir o processamento da demanda. E, caso não as constate, deverá extinguir o procedimento sem resolução do mérito. Por outro lado, caso entenda que a análise das condições da ação exige um aprofundamento sobre as provas das alegações, deverá deixar a análise para o julgamento do mérito, o que demonstra que as condições da ação são, na verdade, aspectos do mérito que são antecipadas para permitir a análise da viabilidade/utilidade de uma determinada demanda.
** Intenção de extinguir o processo antes de sua (longa) tramitação, por exemplo. Não perder tempo com burocracia inútil.
Elementos Identificadores da Ação (Demanda)
Vide Slide
Ver Requisitos da PET Inicial – Art. 319 CPC
Seção 4.4
Litispendência e Coisa Julgada – 337, §§ 1°, 2° e 3°, do CPC/15
Litispendência = ação ainda tramitando. Litispendência é um fenômeno processual caracterizado pela reprodução de uma demanda idêntica a outra já em curso, ou seja, que tenha as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. Caso ocorra o juiz irá extinguir a nova ação sem resolução do mérito.
Coisa Julgada = reprodução de uma demanda já decidida e contra qual não caiba mais recurso.
A diferença é que a litispendência é a reprodução de uma ação que ainda não foi julgada. Já a coisa julgada reproduz uma ação já julgada.
Conexão e Continência – Art. 55 e 56 do CPC
Conexão: identidade de causa de pediu ou pedido
Continência: identidade de partes e causa de pedir, mas o pedido de uma é mais abrangente.
Efeito (consequência): possibilidade de reunião das demandas do Juízo prevento par julgamento conjunto.
Tipos de Ação
Processo do Conhecimento;
Processo de Execução/Satisfativa;
Processo Cautelar: de acordo com o NCPC a Cautelar não é mais um tipo de ação autônoma.

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