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Morbidade Marcos T. Obara Professor de Epidemiologia Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Ceilândia – FCE Disciplina de Epidemiologia Descritiva Turmas A Ações da Epidemiologia Perceber Descobrir Caracterizar Detectar Definir Comparar Analisar Identificar Ordenar Raciocinar Morbidade Ações que exigem medir e avaliar Seguem as ações: Sugerir, propor, postular Em resumo: 1) Pensar 2) Quantificar e qualificar 3) Estabelecer: diagnóstico medidas de controle prognóstico Essas três ações conduzem a três de maior complexidade 4) Decidir 5) Executar 6) Avaliar Fonte: Adaptado de ROJAS, R. A. Epidemiologia basica en atencion primaria de la salud. Madrid: Diaz de Santos, 1994. 295p. Morbidade Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto de indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. Usos das estatísticas de morbidade Avaliação do nível de saúde Aconselhamento de medidas de caráter abrangente (p.ex. saneamento básico) Assegurar a correção das decisões (p.ex. eficácia de vacinas) Apoiar ações específicas de controle de doenças Públicos de interesse Campo da saúde pública: planejador, administrador, epidemiologista, toda comunidade ligada ao SUS. Medicina clínica Prevenção de agravos à integridade física Planejamento de seguros de vida Morbidade Coeficiente de morbidade Relação entre o número de casos de uma doença e a população exposta a Adoecer. Discriminado em coeficiente de incidência e coeficiente de prevalência. Muito útil para o objetivo de controle de doenças ou de agravos, bem como para estudos de análise do tipo causa/efeito. Número de casos de uma doença População Morbidade x10n Incidência - em epidemiologia traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população, enquanto que prevalência é termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades. Coeficiente de prevalência Número de casos conhecidos de determinada doença em determinada área e determinado período de tempo x10n População da área naquele período Coeficiente de incidência Número de casos novos de doença ocorrentes em determinada área e determinado período de tempo x10n População exposta ao risco da área naquele período Morbidade Prevalência pontual Prevalência medida pela frequência da doença ou pelo seu coeficiente em um ponto definido no tempo, seja o dia, a semana, o mês ou o ano. Sinônimos: Prevalência instantânea Prevalência momentânea Prevalência lápsica É a prevalência que abrange um lapso de tempo mais ou menos longo e que não concentra a informação em um dado ponto desse intervalo. Sinônimo: Prevalência por período Morbidade Exemplos Prevalência pontual e prevalência lápsica Jan Jun Jan Jun 2009 2010 Pessoa Nº 1 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Em junho de 2009: Prevalência pontual de 3 casos De janeiro a junho de 2010: Prevalência lápsica de 8 casos Morbidade Eventos que influenciam a prevalência em comunidades abertas Prevalência e incidência P = I . D P: prevalência I: incidência D: duração da doença Quando o coeficiente de incidência e a duração permanecem constantes com o tempo, diz-se que a morbidade é estável. Morbidade Número absoluto x incidência Morbidade < 1 ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 0 200 400 600 800 1000 N ú m er o de c as os 0 2 4 6 8 10 In cidên cia por 100.000 Nº de casos Incidência Número de casos e incidência de AIDS em crianças e adolescentes, segundo faixa etária, Brasil, 1980 a 1992 Fonte: M.S/Programa DST - AIDS/Bol. 36-40, 92. Faixa etária (em anos) Faixa etária mais afetada: de 15 a 19 anos de idade (frequência absoluta). Faixa etária de maior risco: < 1 ano (coeficiente). Morbidade Detecção e Prevalência da Hanseníase no Ceará, de 1984 a 1998 Marilac.pr4 deepi13/vr 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 0 5 10 15 20 25 30 35 40 D et ec çã o / 1 00 .0 00 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Prevalência / 10.000 Detecção Prevalência Ano Pode detecção superar prevalência? Morbidade Detecção e Prevalência da Hanseníase no Ceará, 1984/1998 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 0 2 4 6 8 10 12 14 16 De te cç ão / 10 .0 00 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Prevalência / 10.000 Detecção Prevalência marilac.pr4 deepi13 - vr Ano Detecção nunca é superior à prevalência. Observar escalas dos indicadores. Bancos de dados dos sistemas de vigilância em saúde: Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação (SINAN) Sistema de Informação de Avaliação do Programa de Imunizações (SI-API) Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-EAPV) Sistema de Informação de Notificação de Eventos Adversos da Vigilância Sanitária – (NOTIVISA) Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Morbidade Para obtenção dos dados gerados pelos bancos do SUS: www.datasus.gov.br Morbidade Site recomendado Morbidade Livro recomendado Informações de Saúde Livro 'Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações' - 2ª edição Está disponível para consulta o livro 'Indicadores de Saúde no Brasil: conceitos e aplicações', 2ª edição (http://www.ripsa.org.br/php/level.php?lang=pt&component=68&item=20), publicado pela RIPSA*. Desde que foi lançado, este livro tem sido amplamente utilizado nas áreas de epidemiologia, planejamento, gestão e avaliação de saúde. Também tem servido de referência para a construção de indicadores e como material didático na formação de profissionais. É o documento base para a publicação dos Indicadores e Dados Básicos do Brasil - IDB. São explicitados os conceitos gerais que fundamentam o uso de indicadores na análise de situação de saúde. São apresentadas a matriz de indicadores e as fichas de qualificação, sistematizando elementos essenciais para a compreensão do significado de 120 indicadores, entre demográficos, socioeconômicos, de mortalidade, de morbidade e fatores de risco, de recursos e de cobertura. Cerca de 30 fontes de informação utilizadas na construção desses indicadores são também descritas. É permitida a reprodução parcial ou total da obra, desde que citada a fonte.* RIPSA: Rede Interagencial de Informações para a Saúde. Morbidade O quantificar/medir (trabalhar os indicadores) é um dos papéis da Epidemiologia, uma ciência básica da Saúde Coletiva, esta última por sua vez pode ser compreendida como revela o pensamento apresentado a seguir de Granda. Saúde Coletiva no século XXI un decidido esfuerzo por ver más allá del horizonte que nos há legado la Salud Pública convencional; es una profunda vocación por transformar nuestra acción en el quehacer humano profundamente comprometido con a vida e con o cuidado de la enfermedad de nuestras poblaciones (una militancia sociopolítica, en las palabras de Testa); es un intento de construirnos sujetos salubristas en función a respetar individualidades y apoyar la construcción de ciudadanos; es un intento de crear espacios de aprendizaje para multiplicar las fuerzas del compromiso; es buscar el desarrollo de las ciencias de la salud para potenciar con ellas el desarrollo de la salud y la felicidad, así como la disminución del sufrimiento de los enfermos y controlar las enfermedades controlabes; es el empeño porque nuestras instituciones tengan sabor a nosotros a pesar de que cada día nos quieren convencer que no vale a pena lo humano. Esa cosa llamada Salud Colectiva, es algo que vale a pena darle cariño e impulsionar su crecimiento porque en última instancia es crear aquello que es una gran realidad: a solidariedad para generar el mundo que soñamos.” E. Granda (VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, Brasília, 2003). Morbidade Agradecido! Morbidade
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